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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL -

UNIJUÍ

CARINE DE CAMARGO FISCHER

Ijuí
2009
Sumário
Introdução
Capítulo 1: Descrição e Análise sobre Documentos Relativos ao Curso de Química
Licenciatura
1.1. Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Química
1.1.a - Descrição da DCN

As diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) é um documento o qual trata sobre a


formação dos indivíduos nos cursos de química bacharelado e licenciatura, este
documento foi aprovado em 06 de novembro de 2001, e tem por objetivo “propiciar às
instituições a elaboração de currículos próprios adequados à formação de cidadãos e
profissionais capazes de transformar a aprendizagem em processo contínuo, de maneira
a incorporar, reestruturar e criar novos conhecimentos”.
Hoje estamos em uma sociedade que usa muito a tecnologia, esta trás muitas
informações, mas muitas vezes não ensina o que fazer e de como interpretar tais
informações. O ensino atual está baseado na informação, e isso nos traz a necessidade
de que haja uma mudança em que se privilegie o papel e a importância do estudante no
processo da aprendizagem, em que o papel do professor, não seja mais o de "ensinar
coisas e soluções", mas passe ao de ensinar o estudante “a aprender” coisas e soluções
para que ele possa usar no seu cotidiano.
Para que isso aconteça as DCN estão proporcionando as instituições, uma nova
elaboração de currículos, segundo nas DCN as intuições:

“devem ter currículos próprios adequados à


formação de cidadãos e profissionais capazes de
transformar a aprendizagem em processo contínuo, de
maneira a incorporar, reestruturar e criar novos
conhecimentos; é preciso que tais profissionais saibam
romper continuamente os limites do "já-dito", do "já-
conhecido”, respondendo com criatividade e eficácia aos
desafios que o mundo lhes coloca”. ()

Os estudantes formados nos cursos de química precisam ter uma formação a qual
os possibilite compreender a química como ciência e os conceitos a ela ligados, precisa
na sua formação como professor saber desenvolver pesquisas na área de ensino e
também saber interpretar seus resultados, visando solucionar problemas de
ensino/aprendizagem.

1. 1.b – Análise da DCN


As DCN nos fazem pensar sobre a formação dos profissionais em química, hoje
as instituições formadoras desses profissionais precisam reorganizar seus currículos de
forma que atentam aos novos anseios da sociedade.
Para que haja esta reorganização precisa-se que haja uma mudança de postura
por parte das instituições formadoras, que essas possam pensar seus currículos com base
no novo paradigma educacional que está sendo estabelecido.
Esse novo paradigma nos faz pensar o conhecimento como algo a ser produzido, em
todos os âmbitos escolares, para que um licenciado em química possa exercer sua
profissão de modo satisfatório é preciso que este tenha em seu currículo disciplinas que
possam estruturar sua atividade, segundo as DCN os licenciados precisam

“aprender a "ler" o mundo, aprender a questionar as


situações, sistematizar problemas e buscar criativamente
soluções. Mais do que armazenar informações, este novo
profissional precisa saber onde e como rapidamente buscá-
las deve saber como "construir" o conhecimento
necessário a cada situação.”

Nesse novo contexto o licenciado, para ser professor precisa aprender a fazer
pesquisas sobre o ensino de química, de como ele pode ensinar esta ciência de modo
interdisciplinar, trazendo assim o envolvimento das outras áreas do conhecimento na sua
disciplina, contextualizando assim o ensino.

1.2. Orientações Curriculares Nacionais para o Ensino Médio de Química


1.2.a - Descrição das OCNEM
As Orientações Curriculares Nacionais do Ensino Médio (OCNEM) são
orientações que visam discutir a prática docente, elas foram elaboradas com base em
discussões de professores, alunos da educação pública e de representantes das
comunidades acadêmicas. As OCNEM ter por finalidade promover um ensino de
qualidade e estimular a revisão de práticas pedagógicas, em busca da melhoria do
ensino.
Podemos dizer que a forma que ainda se encontra distribuído os currículos
atualmente, favorece para uma educação disciplinar, com uma visão fragmentada dos
conceitos, segundo as OCNEM
“Cada disciplina traz consigo sua razão de ser, seu objeto de
estudo, seu sistema de conceitos e seus procedimentos
metodológicos, associados a atitudes e valores. As disciplinas
podem ter suas especificidades conservadas, mas precisam pensar
também em desenvolver um diálogo com as outras disciplinas,
para que haja assim uma interdisciplinaridade e assim um
aprendizado mais contextualizado.”

Dessa forma, com um sistema de ensino, associado a interdisciplinaridade o


estudante poderá aplicar esses conhecimentos adquiridos na escola no seu cotidiano,
podendo assim estimular seu pensamento sobre o mundo, podendo analisar as diversas
situações as quais for submetido. Quando as disciplinas que formam a área Ciências da
Natureza e Matemática, trabalham de forma interdisciplinar, isso traz uma significação
no contexto escolar, esta é muito mais rica e a aprendizagem mais consistente,
contribuindo para o maior desenvolvimento dos estudantes.

As OCNEM afirmam “a contextualização e a interdisciplinaridade como eixos


centrais organizadores das dinâmicas interativas no ensino de Química, na abordagem
de situações reais trazidas do cotidiano ou criadas na sala de aula por meio da
experimentação, precisa-se dar importância as vivências, aos saberes, e as concepções
que os estudantes trazem consigo.
As situações precisam ser analisadas, discutidas e conceitualizadas. A química
como ciência não se apóia “somente em aparências nem busca essências escondidas na
natureza”, ela é uma construção histórica, uma construção que se faz pela
contextualização dos conceitos.
As propostas pedagógicas usadas para o ensino de química precisam romper com
a visão clássica do conhecimento químico dos programas tradicionais, segundo as OCNEM:
“Ainda que o professor opte por modelos que se aproximem desses programas, sempre
é possível buscar um tratamento e reordenamento conceitual de determinadas unidades,
visando à superação da visão compartimentada e descontextualizada”.

1.2.b - Análise OCNEM

Nos últimos anos, os currículos vêm sofrendo a pressão da explosão do conhecimento


científico e de seus meios de divulgação que resultam em uma sobrecarga do cognitivo e
pulverização dos conhecimentos, contudo extrapolam o tempo real de desenvolvimento de
forma concreta e proveitosa destes para com os estudantes. A maioria dos currículos atuais é
fragmentado em disciplinas isoladas, desvinculadas da realidade profissional, hipertrofiadas
em conteúdos, voltadas para formação tecnicista e para especialidade, não formando
profissionais que atendam as necessidades que a sociedade em geral prima, sendo uma das
principais o desenvolvimento da capacidade crítica frente a possíveis situações ainda
desconhecidas.

A valorização dos conhecimentos prévios torna-se necessário que a escola tanto


quanto o professor considere o meio social em que o estudante está inserido, para que haja
integração entre estes de forma a desenvolver-se um ensino-aprendizagem de grande valia
para ambos. Para Vygotski (1998) “é necessário que o conceito espontâneo tenha alcançado
um certo nível para que o conceito científico seja internalizado. Eles dependem e se
constroem a partir dos conceitos cotidianos.”

A idéia primordial onde se acredita que o estudante tem a capacidade de aprendizado


independente, estabeleceu que se deveria visar a educação continuada; que as aulas
expositivas não seriam a principal forma de transmitir o conhecimento, criaram novas formas
de instigar o estudante a relacionar sua prática com o contexto desenvolvido na sala de aula,
aprimorando aí sim, seu conhecimento e expandindo sua forma de relacionar diferentes áreas
do conhecimento, que a partir daí pareceram estar interligadas no mesmo contexto.

Uma forma de relacionar diferentes temas é através da interdisciplinaridade, que nos


mostra a ruptura e a fragmentação dos conteúdos no currículo, onde se tem uma visão da
totalidade dos conteúdos para então se direcionar ou dar ênfase a determinado tema, ou seja,
perceber o sentido, construir significado e estabelecer relações e fazer conexões com as
diversas áreas, sendo também necessária a parceria entre os educadores e dedicação de todas
as partes possibilitando assim, trocas de diálogo e conhecimento. O sentido do trabalho
interdisciplinar está exatamente na compreensão e intencionalidade que o professor coloca a
seus alunos.

Hoje temos diferentes tipos de propostas pedagógicas sendo desenvolvidas nas


escolas, visando a interação entre as diferentes disciplinas do currículo escolar envolvendo os
alunos de tal forma que estes contextualizem e que isto seja absorvido pelo mesmo, a fim de
proporcionar-lhe interesse e capacidade de interagir com diferentes situações.
“Muitos alunos e alunas demonstram dificuldades em aprender
Química, nos diverso níveis de ensino, por não perceberem o
significado, a validade do que estudam. Quando os conteúdos
não são contextualizados adequadamente, estes tornam-se
distantes, assépticos e difíceis, não despertando interesse e a
motivação dos alunos”. (ZANON, 1995).

A educação reflete diretamente na vida da população. É fundamental que haja um


ensino de boa qualidade para que se possa ter também melhores condições de vida, já que
estamos diante de inúmeras e contínuas transformações tecnológicas que acabam
modificando nosso modo de viver, precisamos formar estudantes que possam articular e
mobilizar conhecimentos e habilidades diante de situações e problemas não só rotineiros,
mas também imprevistos em sua vida cotidiana, e para que isso aconteça é preciso que haja
uma reformulação na educação, segundo as OCNEM:

“É importante salientar a necessidade de aprofundamento


da visão de uma formação humana/social integral e
integradora, que não apresente uma percepção segmentada
do conhecimento humano, nem do sujeito, nem da
realidade; que não dissocie desenvolvimento intelectual e
profissional, formação teórica e prática; que articule
saberes concernentes a conteúdos formativos
diversificados, associados a conceitos que necessitam ser
(re)significados em contexto escolar,incluindo dimensões
plurais e múltiplas do saber, do ser, do saber-fazer, do
conviver,associadamente a valores, atitudes e posturas a
serem incorporadas como vivências sociais mais
solidárias, responsáveis e justas.”

Havendo essa mudança no modo de ensinar e conseqüentemente no ensino nas


escolas, através de uma nova proposta , poderemos produzir um ensino eficaz e
consolidado , com bases epistemológicas que ira resultar em sujeitos críticos e
independentes com opinião própria sobre o mundo e suas constantes transformações.

1.3. Projeto Político-Pedagógico do Curso


1.3.a – Descrição sobre o PPC
O presente documento tem como objetivo explicitar a proposta político-
pedagógica dos cursos de química licenciatura da Unijuí, este curso tem como objetivo
geral segundo o plano político pedagógico (PPC)

“formar professores capacitados para atuarem na


Educação Básica de forma a atender à demanda regional de
educação em Ciências Naturais e em Química, numa perspectiva
pluralista, humanizadora, reflexiva, crítica e integradora,
assegurando a qualidade da formação historicamente desenvolvida
e propiciada no Curso de Química da UNIJUÍ.”

A escola é uma instituição que tem por finalidade proporcionar uma


aprendizagem aos sujeitos que a ela freqüentam, de maneira que esta seja de boa
qualidade, nos últimos anos esta aprendizagem vem sendo analisada de varias formas,
uma delas diz respeito aos professores, que são quem fazem o papel principal nesse
contexto, temos que pensar na “formação de professores, que tenham novas
preocupações, muito além do simples repasse conteúdos escolares. Também não se
pode falar de uma escola genérica, sem mencionar seus componentes curriculares e
os educadores que têm a responsabilidade de desenvolvê-los”.

Os PPC orientam para que se possa formar um:

“professor de Ciências com domínio dos


conteúdos, com metodologias de ensino adequadas,
com postura crítica sobre o ensino e a avaliação, com
visão objetiva clara dentro da Escola e da Sociedade,
que tenha meios e condições para contribuir de forma
decisiva, na promoção de melhorias em vários aspectos
da vida do Homem, principalmente nos ligados ao meio
ambiente, à natureza, à alimentação, à saúde, á
energia, à agricultura, à tecnologia, com vistas á
melhoria da qualidade da vida entendida como um
todo.”

Essa mudança da educação só poderá acontecer se formarmos professores


bem preparados, e para isso precisa-se introduzir nos currículos dos cursos de
licenciatura, disciplinas que contribuam para uma formação desse sujeito. Uma
forma de fazer isso é introduzindo a pesquisa educacional no ensino de
Ciências/Química como atividade curricular, criando as condições básicas para a
formação contínua e continuada dos futuros professores.

1.3.b – Análise do PPC

Em uma sociedade em que convive com a supervalorização do conhecimento e com a


interação da tecnologia, não é possível pensar na formação do cidadão crítico à margem do
saber científico. Assim, se pretende uma prática educativa mais dinâmica, construtivista e
crítica, que tenha como produto inacabado, mas que oportunize a consciência de que o
avanço acontece a partir de uma atitude reflexiva, questionadora, investigatória e
reformuladora de conceitos.

O mundo atual mais do que a interpretação das informações, exige também


competências e habilidades ligadas ao uso dessas interpretações nos processos investigativos
de situações problemáticas, objetivando resolver ou minimizar tais problemas.

Em nossa pratica docente, surgem questionamentos, onde se tem como objetivo levar
os estudantes a terem uma visão critica do mundo que o cerca, podendo analisar,
compreender e utilizar esse conhecimento no cotidiano, tendo condições de perceber e
interferir em situações que contribuem na sua qualidade de vida. Mudanças tecnológicas,
tanto quanto o modelo de ensino/aprendizagem fazem com que sejam elaborados novos
métodos de proporcionar o conhecimento, enfocando assim, o aprimoramento dos cursos de
licenciatura em todas as universidades. O desenvolvimento da personalidade crítica perante a
sociedade e até mesmo frente aos conteúdos explorados nas salas de aula independente da
área que aborda, constrói-se um vasto pensamento sobre diferentes áreas do conhecimento.

E para que essa mudança ocorra de forma eficaz se precisa formar professores que
sejam pesquisadores do ensino, que saibam avaliar o que esta acontecendo nas salas de aula,
a fim de se construir um ensino de melhor qualidade nas escolas, já que a educação reflete
diretamente na vida da população.

“Aprendizagens significativas e consistentes em Ciências


podem proporcionar o desenvolvimento de novas consciências
e, desse modo, desenvolver de forma mais plena as
potencialidades da vida na sociedade e no ambiente.
(MALDANER e ZANON, 2001, p. 41).

Maldaner (2003) destaca que um dos caminhos necessários para refletir sobre
problemas crônicos ao ensino podem ser os projetos de pesquisa e extensão em ensino
que privilegiem a interação e parceria entre professores da Escola Básica, professores de
Universidade e alunos de graduação, bem como a percepção da necessidade da pesquisa
como principio educativo na prática docente, tanto na formação inicial quanto na
continuada e com isso poder buscar soluções adequadas para a formação de professores
qualificados para atender a realidade da escola atual.

1.4. Algumas Considerações sobre a Formação Esperada na Licenciatura em Química

A relação aluno/professor/conhecimento é uma relação complexa, pois professor e


aluno são sujeitos contextualizados, que irão atuar sobre a informação veiculada na relação,
reelaborando-a, pois o que denominamos conhecimento escolar surge da interação desses três
elementos.

Temos claro de que não se torna suficiente ao professor um livro didático e aulas
previamente bem elaboradas, são necessários sim, a emoção, o conhecimento, a
humildade para que ocorra a interação com diferentes meios escolares que podemos
encontrar na caminhada como docentes. Educando através de conceitos químicos de
forma a transformar isto numa atividade de afetividade, amor e principalmente, encanto
sobre nosso trabalho.

Capítulo 2: Descrição e Análise sobre o Foco X no âmbito do Curso de Licenciatura


Cursado
2.1. O Foco X em Documentos como DCN, OCNEM e PPC
2.1.a – Descrição relativa ao Foco nas DCN, OCNEM e PPC
2.1.b - Análise do Foco X nas DCN, OCNEM e PPC

2.2 - O Foco X num Livro de Química do Ensino Superior


2.2.a – Descrição sobre X num Livro do Ensino Superior
2.2.b – Análise sobre X num Livro do Ensino Superior

2.3 – O Foco X num Livro de Química do EM


2.3.a – Descrição sobre X num Livro do EM
2.3.b – Análise sobre X num Livro do EM

2.4 – O Foco X e no Curso (nas disciplinas do Curso)


2.4.a – Descrição do Foco X quanto à Relação com Disciplinas do Curso
2.4.b – Análise do Foco X quanto à Relação com Disciplinas do Curso

Considerações Finais

Referências Bibliográficas

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