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RESUMO
O crescimento do turismo em âmbito mundial, fez com que num curto período de tempo,
muitas localidades se adequassem e começassem a receber turistas. Atualmente o turismo se
enquadra em uma das maiores movimentações de renda no mundo. Em Santa Catarina esse
montante chega a 800 milhões de dólares por temporada, segundo a SANTUR(2007) e em
Florianópolis a atividade turística vem ganhando maiores proporções não somente em
números de turistas que visitam a capital mas também em investimentos na área. Contudo, é
imprescindível investir em qualificação profissional, sendo assim, o presente estudo apresenta
a experiência do Projeto Guias Mirins na capacitação profissional à jovens carentes, na área
de turismo, no receptivo do Município de Florianópolis, com o viés da temática turismo
receptivo: Uma engrenagem para o desenvolvimento do turismo de qualidade em
Florianópolis. A pesquisa qualitativa basea-se na coleta de dados, com análise bibliográfica,
análise documental e visitas na execução do projeto. Na qual destaca-se a importância da
qualidade e da inter-relação dos diversos setores do trade turístico para a satisfação do turista,
mostrando que a qualidade da oferta é o principal marketing para ter-se uma demanda de
quallidade. Conclui-se com o estudo que o turismo vem crescendo em Florianópolis, porém a
capacitação profissional e valorização dos atrativos histórico-culturais da cidade precisam ser
mais valorizados e para que isso aconteça, o envolvimento do Poder Público, Iniciativa
Privada, Instituições de Ensino e Entidades de Classe se fazem cada vez mais necessários.
1. INTRODUÇÃO
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Graduada em Turismo e Hotelaria pela UNIVALI, especializando em Gerenciamento de Projeto pela Gama
Filho e auxiliar administrativo do Projeto Guias Mirins de Turismo. E-mail: aps@univali.br
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Mestre em Turismo e Hotelaria pela Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI (2003). Coordenadora do
Projeto de Extensão Guias Mirins de Turismo, pesquisadora e professora do Curso de Turismo e Hotelaria da
Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI). E-mail: flaviads@univali.br
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2. DESENVOLVIMENTO
necessidade, se possuir condições financeiras para suprir sua necessidade ou desejo e se ele
tiver intenção de satisfazê-los.
Conforme o mesmo autor, menciona a elasticidade da demanda de acordo com as
atitudes da oferta, criando suas curvas congruentes.
Neste cenário, as “engrenagem” do turismo deve operar aos pares (parceiros), na qual
os dentes de um se encaixa nos dentes do outro, proporciona então, o desenvolvendo do
processo através da divisão de: início, meio e um contínuo movimento cíclico,
metaforicamente, esses conjuntos de engrenagens deixam de ser físicos e mecânicos para se
tornarem atores no cenário dinâmico em que estão inseridos.
Com isso, a sobrevivência e até o desenvolvimento dos negócios depende do esforço
individual e coletivo, da comunidade, da legislação, da infra-estrutura urbana, da estrutura de
apoio; enfim precisa-se ter um receptivo que funcione bem e que preencha as necessidades,
gostos, vontades, anseios da clientela eleita, para que ela gaste o máximo que possa gastar e
fique satisfeita em ter gasto.
Relacionando o tema discutido com o Projeto de Extensão Guias Mirins de Turismo,
verifica que a Universidade através dos professores, alunos e ambiente de trabalho; as
Organizações não Governamentais com suas ações sociais; a Prefeitura com seu planejamento
e políticas públicas de turismo, além das empresas, desenvolvem o sistema de engrenagens.
Na qual do apoio de uma entidade na outra, permite que haja a alavancagem do processo
produtivo do turismo e cada uma agregando um valor diferenciado possibilita o princípio de
multiplicação de forças aplicado às alavancas e engrenagens mecânicas.
Portanto, o projeto contribui para a formação acadêmica aos universitários e ao mesmo
tempo acrescenta a população jovem carente a capacitação profissional, valores sobre a
cultura local, a importância do turismo para Florianópolis e e para a comunidade, bem estar e
qualidade de vida. Sempre, destacando as circunstâncias éticas, sociais, econômicas,
ambientais e biológicas.
Através da articulação da teoria com a prática e a sedimentação dos conteúdos teóricos
favorecidos pelo projeto, pode-se observar um incremento ao crescimento pessoal e
profissional dos alunos, despertando neles um perfil com formação humanista, crítica e
reflexiva embasado na responsabilidade social.
Assim, a principal responsabilidade que o trade turístico deve ter é construir uma
organização confiável. A organização confiável é aquela onde todas as operações são
realizadas certo da primeira vez e onde os relacionamentos com os clientes, os funcionários e
os fornecedores são bem sucedidos. Nenhuma organização será bem sucedida nesta economia
globalizada se não for considerada útil e confiável. (CROSBY, 2009)
Dentro desta pespectiva, o trade turístico precisa entender que a qualidade é obtida
através da prevenção, e não da detecção de erro, pois conforme já foi mencionado
anteriormente “a primeira impressão é a que fica”, o turista não irá dar outra oportunidade.
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Por isso, o padrão de desempenho é zero defeito, ou seja , a certeza, e não os níveis de
qualidade aceitáveis.
Na ótica de Crosby (2009), as ferramentas utilizadas para o sucesso em qualquer
gestão, são aquelas mencionadas nas ações de cada instituição envolvida no projeto: política,
educação, requisitos éticos e morais, envolvimento social e principalmente a insistência.
3. METODOLOGIA
4. CONCLUSÃO
O turismo receptivo é uma equipe, que tem como objetivo atender as primeiras e as
principais necessidades do turista, desenvolver metas em comum com as todas as etapas do
turismo, passa por reciclagem, se adapta, é um processo dinâmico, ágil e primordialmente
coletivo, pode se dizer que é a essência prática do socialismo, ou o célebre “um por todos,
todos por um”.
E a partir desta análise tratar o turismo como uma téia de desafios e oportunidades,
tendo interligado e associado uma ação com outras, não adianta as empresas qualificarem e
exigerem de seus funcionários desempenhos elevados, se o turista irá vivenciar vários
“momento da verdade” com moradores, taxistas, garçons, vendedores e atendentes. A
qualificação tem que ocorrer em todos os níveis, començando com a educação básica, cultura
e ética.
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5. REFERÊNCIAS
MOURA. Heber José; GOMES. Danielle Miranda de O. O efeito da qualidade dos serviços
turísticos e da imagem na satisfação do turista de Canoa Quebrada. Revista Centientífica.
Ciências e Adminção. Fortaleza, v. 11, n. especial, p. 62-73. 2005. Disponível em
<http://www.unifor.br/notitia/file/1478.pdf> Acessado em 27 de maio de 2009.
VAZ, Gil Nuno. Marketing turístico: receptivo e emissivo. São Paulo: Pioneira, 1999.