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RESUMO
Este trabalho é parte integrante de um projeto maior que buscou a promoção de atividades sócio-econômicas que
possibilitassem geração de trabalho e renda de forma interdisciplinar e participativa, articulando escola-família
como resgate cultural, ambiental e dos princípios do viver e conviver para conquista da melhoria da qualidade de
vida e do meio ambiente no Vale do Tinguá, Município de Nova Iguaçu, Rio de Janeiro. Com este propósito, a
Escola Família Agrícola (EFA, EMFRAS), reforçou a parceria com a UFRuralRJ e o curso de Economia
Doméstica, por meio de atividades relacionadas ao vestuário e moda, de modo a criar e confeccionar artigos
têxteis para contribuir com a geração de renda. As atividades buscam atender aos objetivos da Pedagogia de
Alternância proposto pela EFA do Vale do Tinguá que dentre outros, sugere viabilizar o potencial auto-
sustentável do meio rural, ecológico e humano existente na região de Tinguá, segundo a proposta da Pedagogia.
As oficinas destinaram-se aos educandos, às suas famílias e à comunidade local de baixa renda, visando
despertar e estimular os pequenos produtores com mais uma alternativa auto-sustentável quando associou a
produção agrícola com o aproveitamento de materiais descartáveis e reaproveitáveis, de uma maneira geral, para
produção de objetos de utilidade doméstica, comercial e cultural.
INTRODUÇÃO
1
Docente do Curso de Economia Doméstica e Técnica em Laboratório DED, ICHS da UFRuralRJ, E-mail
luasant@ufrrj.br
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Economista Doméstico, formado pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Docente do Curso de Economia Doméstica DED, ICHS da UFRuralRJ
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se buscado em todas as atividades de extensão desenvolvidas pelo curso de graduação em
Economia Doméstica. As oficinas de artesanato e moda do vestuário atendeu a 17 jovens na
faixa etária de 11 aos 16 anos, de ambos os sexos, que cursam o ensino fundamental na Escola
Família Agrícola Vale do Tinguá (EFA)/EMFRAS e contam com a pedagogia da alternância
para a viabilização de atividades que busquem a melhoria de sua qualidade de vida, assim
como de sua família e da comunidade local.
REVISÃO DE LITERATURA
Atividades não agrícolas são cada vez mais visíveis no meio rural brasileiro. Segundo
Couto (1998), no entanto, essas atividades no meio rural não são recentes, uma vez que já faz
parte da história dos campesinos 4 . Com isso é importante buscar a agricultura a partir de um
enfoque da pluriatividade, já registrado em suas origens culturais, mas com as transformações
atuais, visando não mais a produção para utilização própria, mas como atividade geradora de
renda, diante de um novo contexto do campo, o do turismo rural. As atividades agrícolas
acopladas às artesanais possibilitam maior fonte de renda familiar.
A pluriatividade pode ser definida como "atividades complementares ou
suplementares à produção agrícola, exercidas por um ou mais membros de um grupo
doméstico" (CARNEIRO, 1992 in COUTO, 1998).
Para Couto (1998) a pluriatividade insere-se nos diferentes rumos que meio rural vem
tomando, e é nesse contexto que o artesanato se relaciona a uma face da realidade rural
brasileira, reestruturando-se e solidificando-se estrategicamente como reprodução da
agricultura familiar. Desta forma, a pedagogia da alternância possibilita o desenvolvimento
dessas atividades na esfera familiar com o auxílio dos filhos, alunos de escolas agrícolas, que
recebem monitoramento no âmbito de atividades não agrícolas, visando possibilitar a
permanência destes no campo, com trabalhos mais abrangentes, mas não se distanciando de
suas raízes culturais.
Com o desenvolvimento do artesanato o homem desvenda-se em uma nova profissão,
que requer muita criatividade, bom gosto e visão da demanda da atualidade. Neste sentido
4
Couto (1998), quando posiciona no tempo as atividades não agrícolas afirma que: os camponeses, dada a
precariedade e pobreza que sempre caracterizou sua existência, o distanciamento e mal conservação das
estradas e meios de locomoção insuficientes que os separavam dos núcleos urbanos, eram forçados à produção
de objetos e utensílios domésticos para sua própria utilização”. (COUTO, 1998)
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Ferreira (2006) define como artesão o “artista que exerce uma atividade produtiva de caráter
individual (...) um ofício manual”, onde sejam utilizados materiais retirados diretamente da
natureza e que esteja ligado às raízes familiares.
Entretanto, com a crescente modernização se pode observar produtos ditos artesanais
produzidos a partir de materiais que já sofreram transformações em indústrias (TEIXEIRA,
2004).
Diante desta circunstância Teixeira (2004) discute o conceito de artesanato urbano,
como atividade artesanal que não utiliza apenas matéria-prima extraída diretamente da
natureza. Assim, o artesanato urbano/atual desenvolve-se também a partir de materiais
industrializados, onde são utilizadas técnicas bastante difundidas em diversos meios de
comunicação.
Diante do atual contexto ambiental se faz importante e extremamente necessário o
trabalho a partir desta nova realidade visando a conscientização ambiental no que se refere a
redução do lixo, através de seu reaproveitamento.
Segundo Ferreira(2006) a palavra lixo deriva do termo latim lix que significa “cinza”
e, lixo, é tudo o que não presta e se joga fora, ou ainda, resíduos que resultam de atividades
domésticas, industriais, comerciais, etc., sujeira, imundice, coisa ou coisas inúteis, velhas,
sem valor.
Na linguagem técnica, lixo é sinônimo de resíduos sólidos e é representado por
materiais descartados pelas atividades humanas. Apesar da atual era do consumo, nos últimos
anos, nota-se uma tendência mundial em reaproveitar cada vez mais os produtos jogados no
lixo para fabricação de novos objetos, por meio dos processos de reciclagem ou rearranjo do
produto, o que representa economia de matéria-prima e de energia fornecidas pela natureza.
Segundo Gentil (2005), “lixo tende a ser modificado, podendo ser entendido como
coisas que podem ser úteis e aproveitáveis pelo homem”.
O artesanato valorizando o ambiente rural, mesmo que visando aumento da renda
familiar e no turismo rural, para possível melhoria da qualidade de vida, deve ser
fundamentado na conscientização ambiental, garantindo a sua sustentabilidade.
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METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GONÇALVES, Anne Caroline Silva & OLIVEIRA, Elisabete Costa de. A arte em fuxico. RJ:
GONÇALVES, folder, 2005.4p.
TEIXEIRA, Edilene Lagedo & SANTOS, Luanda. Estamparia por Tye-die. RJ:UFRRJ,
folder. 24p.
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