Professional Documents
Culture Documents
Cap. 8 ‐ Desvios e Tolerâncias Geométricas
Nomenclatura:
Dfi ‐ Dimensão funcional do furo
Dfe ‐ Dimensão funcional do eixo
De ‐ Diâmetro externo (do eixo)
Di ‐ Diâmetro interno (do furo)
TPOi ‐ Tolerância de posicionamento do furo (funcional)
TPOe ‐ Tolerância de posicionamento do eixo (funcional)
Re ‐ Desvio total de forma e posição
Re' ‐ Desvio total de forma
Ff ‐ Folga Funcional (determina Fmin necessária nas condições limite de montagem)
Fn ‐ Folga nominal (folga teórica, caso não existisse os desvios geométricos)
Fmáx ‐ Folga máxima possível (Furo tem Ømáx e Eixo tem Ømin)
u e v ‐ Coordenadas cartesianas
Fórmulas:
Fn =
Fmáx =
Dfi = Di ‐ 2TPOi
Dfe = De + 2TPOe
Ff ≥ 0
Ff = ≥ 0
Dfi ≥ Dfe
TPO = √
Fórmula Geral: Di ‐ 2TPOi ‐ De ‐ 2TPOe ‐ 2Ff = 0
Para determinar Ff e Fmáx:
Caso I: Não há sub‐montagem (peças inteiras). Neste caso, a tolerância é controlada no processo de fabricação
(exemplo: usinagem).
Solução: Di ‐ 2TPOi ‐ De ‐ 2TPOe ‐ 2Ff = 0
Fmáx =
Caso II: Há sub‐montagem de pelo menos 1 elemento. A posição do eixo é obtida pelo desvio composto
proveniente da fixação de pinos ou parafusos rosqueados em furos. A posição do eixo (pino ou parafuso) é uma
função do furo usinado.
TPOe = TPOi + TPOi = TPOi(eixo) +
TPOi' = TPOi(furo) +
Re são todos os desvios do eixo real.
Assumimos TPOis iguais.
Solução: Di ‐ 4TPOi ‐ De ‐ Re ‐ 2Ff = 0
Fmáx =
Caso III: Semelhante ao caso II, mas todos os furos são passantes. Devido a isso, os eixos são auto‐alinhados.
TPOe =
Re' ‐ todos os desvios de forma do eixo
Solução: Di ‐ 2TPOi ‐ De ‐ Re' ‐ 2Ff = 0
Fmáx =
Indicações em desenhos:
A seta sai da referência. A seta entra na superfície que será controlada.
Exercícios:
1 ‐ Duas peças com furo de diâmetro 11.5mm devem ser montadas com um parafuso de diâmetro 10mm. As
duas peças estão alinhadas com duas superfícies de referência e posicionadas uma em relação a outra de acordo
com a tolerância u = v = 0.25mm. Determinar se a montagem será sempre possível.
{Condição para a montagem ser sempre possível: Ff = , ou seja, Dfi > Dfe}
Dfi ‐ Dfe ‐ 2Ff = 0
Dfe = De + 2TPOe
TPOe = TPOi + {Parafuso: TPOe = 0}
Dfe = De = 10mm
Dfi = Di ‐ 2TPOi
Dfi = 11.5 ‐ 2(0.35) = 10.8mm
10.8mm > 10mm (Dfi > Dfe), ou seja, a montagem é sempre possível.
2 ‐ Supondo que na montagem anterior o diâmetro do furo e do eixo fossem respectivamente 6.72mm e
6.50mm. Quais deveriam ser as tolerâncias u e v para a montagem ser sempre possível? Supor u = v.
{ Condição para a montagem ser sempre possível: Ff = }
{Dfi ‐ Dfe ‐ 2Ff = (Di ‐ 2TPOi) ‐ (De + 2TPOe) ‐ 2Ff = 0}
TPOe = 0 {Parafuso}
Dfe = 6.50mm
TPOi = √
Dfi = Di ‐ 2TPOi
Dfi > Dfe
Di ‐ 2TPOi > Dfe
6.72 ‐ 2TPOi > 6.50
TPOi < 0.11
.
u = v < = 0.078
√
3 ‐ Uma haste de diâmetro 6.5mm é rosqueada em uma peça formando um conjunto haste‐pistão. Este conjunto
deverá ser montado em um cilindro com um furo de diâmetro igual a 6.75mm. Determinar as tolerâncias
cartesianas e de verdadeira posição para que a montagem da haste no furo do cilindro seja sempre possível.
Considerar todas as tolerâncias cartesianas iguais e os desvios geométricos desprezíveis.
{(Di ‐ 2TPOi) ‐ (De + 2TPOe) ‐ 2Ff = 0}
{Todas as coordenadas iguais: u = v}
{ deverá ser desprezado por não ter sido mencionado}
{Ff = 0, pois consideramos o pior caso}
TPOi = ?
TPOe = TPOi
(Di ‐ 2TPOi) ‐ (De + 2TPOi) = 0
4TPOi = Di ‐ De
TPOi = = 0.625
TPOi = √ {u = v}
TPOi = √2u
u = v = = 0.0442mm
√
4 ‐ Dê o valor de Di.
{(Di ‐ 2TPOi) ‐ (De + 2TPOe) ‐ 2Ff = 0}
{Ff = 0, pois consideramos o pior caso}
Øcoluna = 50mm
De = 50mm
TPOi = 0.4mm
TPOe = TPOi +
Re = 0.5 + 0.01 + 0.05 = 0.56
.
TPOe = 0.4 + = 0.68
Di = De + 2TPOe + 2TPOi = 50 + 2(0.68) + 2(0.4) = 52.16