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Devido a sua estranha lógica com relação à maneira como suas cordas
são afinadas, é muito mais difícil para um guitarrista dominar o que pode ser
feito em termos de notas, acordes e escalas do que seria, por exemplo, para
um pianista.
Exemplo: a nota E (Mi) da primeira corda solta. Ela pode ser tocada
também na segunda corda, quinta casa; na terceira corda, nona casa; na
quarta corda, décima quarta casa; na quinta corda, décima nona casa; e na
sexta corda, vigésima quarta casa (porém, nem toda guitarra tem 24 casas,
vale dizer)! Veja isso na tablatura abaixo:
Se compararmos essa situação com a de um pianista, por exemplo, a
coisa fica bem absurda já que ele tem a mesma nota apenas em um lugar!
Apenas uma tecla é a responsável por fazer soar esse mesmo E (Mi) que
temos na nossa primeira corda solta!
E além disso tudo, esse herói nos mostra um caminho que, se seguirmos
diligentemente ao longo do nosso estudo, irá também nos dizer exatamente
que notas estamos tocando a cada momento e o que essa nota representa
no contexto (tonalidade) que estamos tocando, ou seja, que intervalos
estamos utilizando!
C = acorde de Dó maior
A = acorde de Lá maior
E = acorde de Mi maior
D = acorde de Ré maior
E estes são os acordes:
Para que estes acordes nos sejam úteis, precisamos fazer com que eles
saiam dessa região inicial do instrumento e possam ser movidos para
qualquer casa do braço da guitarra.
E como fazemos isso? Simples.
De novo, vale muito mais ver do que ler, então veja como ficaram os
acordes básicos agora transformados em modelos móveis. Para facilitar,
todos modelos móveis estão no tom de F.
Perceba nos acordes básicos quem são as notas tônicas (o ‘baixo’ de
cada acorde) e perceba como elas se mantém em todos desenhos. A nota
que ‘cair’ no dedo que está com a tônica é a nota que dirá qual é o tom do
acorde que estamos movendo ao longo do braço (no caso deste exemplo
estamos usando apenas a tonalidade de F, portanto, todas tônicas serão a
nota F em diferentes cordas).
Mas é mais fácil ver do que falar sobre isso, então, vamos dar uma
olhada nas escalas maiores que ‘saem’ de cada um dos modelos móveis dos
acordes que já vimos. Perceba que antes de cada escala eu coloquei o
acorde de referência para você perceber como a escala e o acorde estão na
mesma região.
Mais uma vez, está tudo no tom de F (antes de cada modelo de escala,
perceba que eu coloquei o acorde da tríade maior correspondente ao modelo
em questão pra ajudar a situar, ok?):
PERAÍ, MAS COMO É QUE MODULA PROS OUTROS TONS MESMO?
Bom, pra modular, como eu já disse, é só você pegar a tônica mais grave
de cada escala (nos exemplos acima é sempre a nota inicial e final) e movê-
la pelo braço da guitarra até achar a nota que representa o tom que você
quer.