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SOUZA, O. P.
MELO, B.
MANCIN, C.A.
1. INTRODUÇÃO
A origem do coqueiro é do sudeste da Ásia. A planta foi introduzida no Brasil através do estado da
Bahia (daí côco-da-Baia), disseminando-se pelo litoral nordestino, sendo hoje o nordeste responsável
por 95% da produção nacional (Quadro 1). No contexto mundial, a produção brasileira de coco mesmo
sendo pequena, pelo fato do Brasil não produzir óleos, sempre foi de fundamental importância na vida e
economia das populações do nordeste como os estados da Bahia, Sergipe, Rio Grande do Norte,
Pernambuco, Paraíba, Alagoas. Atualmente vem assumindo importância como estados produtores Pará,
São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
O coqueiro é uma das principais oleaginosas do Mundo, com uma produção de 44.723 milhões de
toneladas de frutos seco no ano de 1996, sendo Indonésia e Filipinas os principais produtores, enquanto
que o Brasil ocupa a nona posição no ranking mundial.
No Brasil, o cultivo do coqueiro representa significante importância social e econômica, visto que
75% das propriedades produtoras possuem área inferior a 10 ha.
Embora a produção no Brasil ocupe mais de um milhão de tonelada (quadro 2), o rendimento da
cultura é dos mais baixos, contribuindo com apenas 2% da oferta mundial.
A distribuição geográfica do coqueiro compreende as regiões entre as latitudes20° N e 20° S
(Frémonde et al., 1966). Estima-se uma área plantada de 11.600.000 hectares, distribuída por mais de
86 paises (Persley, 1992).
PRODUTIVIDADE
REGIÕES PRODUÇÃO (t) ÁREA COLHIDA (ha)
(Kg/ha)
NORDESTE 1.024.524 210.366 4.870
Bahia 393.885 60.307 6.531
Ceará 222.363 41.467 5.362
Rio Grande do Norte 173.126 42.619 4.062
ESPECIFICAÇÕES
ANOS Produtividade
Produção (t) Área colhida (ha)
(Kg/ha)
1990 1.101.627 213.908 5.150
1991 1.276.546 231.446 5.515
1992 1.317.904 235.796 5.589
1993 1.226.058 226.990 5.401
1994 1.353.199 232.372 5.823
1995 1.424.098 237.589 5.994
1996 1.078.374 213.834 5.052
Fonte: Agrianual/97 e IBGE.
O Brasil é o único lugar do mundo onde o coco é utilizado como fruta, empregado na produção de
balas, doces e sorvetes, além de ser bastante empregado na culinária nordestina, enquanto que nos
demais Países produtores, o coco é utilizado para extração do óleo. No Brasil, os produtos mais nobres
do coco são o coco-ralado e o leite-de-coco, e mais recentemente a água vem ocupando lugar de
destaque dentre os produtos derivados do coco.
Sabendo de sua importância na alimentação, pois substitui a carne, o ovo, o queijo, o leite; e o seu
uso diversificado na medicina, como nos tratamentos da hipertensão arterial é importante saber a
composição química e sais minerais, que está especificada nos quadros 3 e quadro 4 respectivamente.
Quantidade
Composição Química
Polpa Leite
Calorias 589,80 kcal 38,60 kcal
Água 14,00 g 90,80 g
Carboidratos 27,80 g 7,00 g
Proteínas 5,70 g 0,40 g
Lipídios 50,50 g 1,00 g
Cinzas 2,00 g 0,80 g
Vitamina B1 (Tiamina) 173,00 mcg 2,00 mcg
Vitamina B2 (Riboflavina) 102,00 mcg 4,00 mcg
Niacina 0,10 mg 0,07 mg
Vitamina C (Ácido ascórbico) 8,20 mg 10,40 mg
Fonte: As frutas na medicina natural
Quadro 4 - Sais minerais contidos em 100g de coco
Quantidade
Composição Química
Polpa Leite
Fósforo 191,00 mg 10,00 mg
Cálcio 43,00 mg 20,00 mg
Ferro 3,60 mg -
Magnésio 9,00 mg -
Enxofre 13,00 mg -
Silício 0,50 mg -
Fonte: As frutas na medicina natural
O coqueiro é uma planta pertencente a Família Palmae, uma das mais importante famílias da
classe Monocotyledoneae. Sendo que todos os coqueiros cultivados pertencem a espécie Cocos
nucifera L. O coqueiro é uma planta que apresenta contínuo florescimento e frutificação ao longo do
ano.
3.1. Raízes
3.2. Caule
3.4. Inflorescência
O coqueiro possui
inflorescências paniculadas e
axilares, protegidas por brácteas
grandes, chamadas espatas. A
espata, ao complementar seu
desenvolvimento (três a quatro
meses), abre-se, libertando a
inflorescência, que é formada pelo
pedúnculo, espigas e flores. Cada
espiga possui flores masculinas e
Fonte: foto do autor
3.5. Fruto
O fruto do coqueiro é uma drupa. É formado por epiderme lisa ou epicarpo, que envolve o
mesocarpo espesso e fibroso, ficando mais para o interior uma camada muito dura, o endocarpo. A
semente é envolvida pelo endocarpo que é constituído por uma camada de cor marrom chamada
tegumento que fica entre o endocarpo e o albúmem. O albúmem é uma camada branca, carnosa e muito
oleosa, formando uma grande cavidade onde fica o albúmem líquido( água de coco). Próximo a um dos
orifícios do endocarpo e envolvido pelo albúmem sólido está o embrião.
5. VARIEDADES
Dentre as variedades destacam-se a Gigante, híbridos e a Anã, sendo que a Anã apresenta três
sub-variedades: Anã-Verde, Anã-amarela, Anã-Vermelha, e os cujas características são apresentadas
na tabela 1.
O coqueiro é constituído de uma única espécie (Cocos nucifera), e pode ser dividido em três
grupos:
• Gigantes
• Intermediários (híbridos)
• Anões
Cada grupo contém um número de variedades. As variedades são geralmente nomeadas de
acordo com a sua suposta localidade de origem. As variedades gigantes apresentam de modo geral,
fecundação cruzada; seu crescimento é rápido e fase vegetativa longa (cerca de sete anos). As
principais variedades existentes no Brasil são:
• Coqueiro-Gigante
o Gigante da Praia do Forte - GBrPF - Bahia
o Gigante do Oeste Africano - GOA - Costa do Marfim
o Gigante de Renell -GRL p; - Taiti
o Gigante da Malásia - GML p; - Malásia
• Coqueiro-Anão
o Amarelo-da-Malásia - AAM - Malásia
o Vermelho-da-Malásia - AVM - Malásia
o Vermelho-dos Camarões - AVC - República dos Camarões
o Verde do Brasil - AVeB - Rio Grande do Norte
o Amarelo do Brasil –AAB - Parraíba
o Vermelho do Brasil -AVB - Paraíba
6. PROPAGAÇÃO
Em qualquer das situações, a sementeira deve ter 1,0 m de largura e comprimento variando em
função da disponibilidade de área e do número de mudas a serem produzidas, bem como estar
localizada distante de áreas com coqueiros bem como de outras palmeiras, as quais poderão funcionar
como hospedeiros de pragas e patógenos do coqueiro.
Quando a opção for pela semeadura direta, onde a muda deve permanecer por um tempo
variando de dois a quatro meses após a germinação, deve-se utilizar uma densidade de 10 sementes
por m² de sementeira. O período considerado para germinação vai até 120 dias após a semeadura. Após
este período, deve-se proceder a eliminação das sementes não germinadas e descartes e incineração
das plântulas que se apresentarem defeituosas, albinas, duplas, etc.
Após esta prática, e com objetivo de possibilitar um crescimento mais rápido e vigoroso das
mudas, deve-se processar a adubação na sementeira, aplicando-se 75 g de uréia + 105 g de
superfosfato simples + 50 g de cloreto de potássio por planta, devendo ser aplicado em três parcelas,
com intervalo de aproximadamente 30 dias uma da outra.
2
Quando se optar pelo método de repicagem para o viveiro, deve-se empregar 25 sementes por m
de sementeira. Quando a plântula atingir 15 cm de altura, a mesma deve ser repicada do germinadouro
para o viveiro, onde as mesmas devem ser plantadas em covas medindo 40 cm x 40 cm 40 cm, e
espaçadas de 60 cm x 60 cm x 60 cm em triângulo equilátero.
Como adubação deve-se empregar as mesmas doses recomendadas para o sistema de
semeadura direta, só que a primeira aplicação deve ser realizada 30 dias após a repicagem, quando o
novo sistema radicular se encontrará formado.
O tempo de permanência da muda no viveiro deve ser de quatro a seis meses, quando as mudas
se encontram aptas a serem plantadas no local definitivo.
Além da adubação, deve-se manter as plantas sempre no limpo para se evitar a concorrência com
as plantas invasoras, o controle de pragas e doenças, bem como a irrigação com aproximadamente seis
2
litros de água por m de sementeira/viveiro por dia.
O pomar deve ser implantado após a realização de estudo prévio das potencialidades do mercado,
bem como o destino da produção, ou seja, se irá produzir para indústria de coco seco, ou frutos para o
consumo de água de coco. Caso a opção seja pela produção para indústria de processamento, deve-se
cultivar o coqueiro gigante ou o híbrido entre anão x gigante, o qual apresenta frutos semelhantes ao
gigante, porém com a vantagem de ser mais produtivo, isto é, produz em torno de 150 a 180 frutos
/planta/ano, enquanto que o gigante produz no máximo de 60 a 80 frutos/planta ano.
Se a opção for pela a produção de frutos para o mercado de água de coco, deve-se empregar a
variedade Anã-Verde, se for para o consumo "in natura", ou Anã-Verde e/ou Anã-Amarela se for para a
indústria de água de coco em embalagem longa-vida.
Quando se verificar a necessidade da correção do solo, esta deverá ser feita através do uso de
calcário dolomítico, quando se tratar de solos ácidos, que é a quase totalidade dos solos brasileiros. A
calagem deve ser realizada distribuindo-se o calcário em toda a área, sendo 50% aplicado antes da
aração e o restante antes da gradagem, devendo ser realizada com pelo menos 60 dias de antecedência
do plantio da muda, porém é fundamental que haja umidade no solo para que o calcário reaja e surta o
efeito esperado.
Após o preparo do solo, deve-se proceder a marcação e o piqueteamento da área para a posterior
abertura das covas de plantio. O espaçamento a ser utilizado depende da variedade a ser cultivada. Se
for a Gigante, o espaçamento deve ser de 9m x 9m x 9m, totalizando 143 plantas/ha. Se for a variedade
Anã, este deve ser de 7,5m x 7,5m x 7,5m, totalizando 205 plantas/ha. No caso da opção pelo híbrido,
deve-se usar o espaçamento de 8,5m x 8,5m x 8,5 m, totalizando 163 plantas/ha, todas arranjadas no
esquema de triângulo equilátero.
Após o piqueteamento da área, procede-se a abertura das novas, as quais devem medir 80 cm x
80 cm x 80 cm. Estas poderão ser abertas através de ferramentas de uso manual ou de "brocas"
acopladas à tomada de potência do trator.
Após a abertura das covas, deve-se efetuar o enchimento das mesmas através do emprego de
800 g de superfosfato simples + 20 litros de esterco de curral curtido + resíduo de da casca de coco ou
outro material orgânico.
7.3. Plantio
O plantio deverá ser efetuado no início da estação chuvosa quando se tratar de cultivo de sequeiro
ou em qualquer época do ano quando se utilizar irrigação.
Após o enchimento da cova, as mudas devem ser colocadas no centro da cova, em posição
vertical, sendo cobertas por uma camada de solo suficiente para cobrir a semente, tendo-se o cuidado
de não cobrir a região do colo da muda, para se evitar a proliferação de doenças causadas por fungos do
solo 30 dias após o plantio deve ser aplicado em cobertura, 300g de uréia e 200g de cloreto de potássio
por planta, distribuindo-se a mistura dos fertilizantes em torno da mesma, observando-se um raio de
20cm de distância.
8. CONDUÇÃO DO POMAR
O pomar deverá ser conduzido de forma técnica e racional para que se possa maximizar a
produção de forma econômica e possibilitar retorno do investimento efetuado pelo produtor. Para que
isto ocorra, algumas medidas deverão ser observadas.
8.2 Calagem
O método recomendado para avaliar a necessidade de calagem baseia-se no trabalho de
Kamprath (1970), que preconiza a neutralização do alumínio trocável. No entanto, em razão das
+ +2
pequenas quantidades recomendadas, foi adicionado o critério de elevar o teor de Ca + Mg para
-3
20mmolc.dm de solo. Outro método de avaliação de calagem e o de saturação por bases, que tem
como premissa a relação entre a saturação e o pH. Para o calculo, utiliza-se a seguinte formula:
A analise foliar também é uma fonte importante, pois indica os teores de cálcio e magnésio, o que
ajuda na definição da quantidade de calcário, se ele for usado como fonte supridora de cálcio e
magnésio. Na cultura do coqueiro, a calagem pode ser efetuada em toda a área ou somente na projeção
3
da copa. Se o alumínio estiver acima de 5mmolc.dm de solo, a calagem devera ser efetuada na área
toda, para reduzir a toxidez. Na hipótese de alumínio, cálcio e magnésio baixos, a calagem deve ser
efetuada na área do circulo, que tem como centro o estipe e como limite a projeção da copa. Para
aplicação na área total, deve-se levar em conta que os solos arenosos apresentam muito baixo poder-
-1
tampão. Nessas condições, a quantidade de calcário não deve ultrapassar 2 t.ha . Nos dois métodos, a
incorporação e importante, pois favorece as reações de dissolução do calcário. Quanto as quantidades a
serem aplicadas na projeção da copa, ainda não se dispõe de dados que permitam recomendações
generalizadas. Um fator importante é o período entre a calagem e a adubação, que deve ser de, no
mínimo, 60 dias. Nessas condições, por um período, o pH pode-se elevar muito, o que favorecera a
volatilização do N aplicado, a insolubilização do P e a lixiviação do K, pois grande parte das cargas
negativas estará ocupada com cálcio e magnésio advindos do calcário.
8.3 Adubação
Quando não se tem acesso as informações de análise do solo, sugere-se proceder a adubação
levando-se em consideração a idade da planta e as quantidades de fertilizantes apresentadas na Tabela
2.
Tabela 2: Quantidade de fertilizante recomendada.
A adubação do coqueiro deve ser efetuada na área do coroamento conforme figura. Em locais
planos os fertilizantes devem ser aplicados e incorporados para evitar perdas de nitrogênio por
volatilização, principalmente quando a fonte do nutriente fora a uréia. Em terrenos com declive, deve-se
fazer um suco com aproximadamente 20cm a 30cm de largura e 5cm a 10cm de profundidade, aplicar o
adubo e em seguida fechá-lo. É importante a utilização de matéria orgânica para melhorar as condições
do solo, retenção de água.
9. TRATOS CULTURAIS
Compreende uma série de práticas agrícolas, com objetivo de minimizar o stress causado pela
competição exercida pelas plantas daninhas, as quais concorrem com a planta por água e nutrientes do
solo, devem ser realizadas com o coqueiro ainda na fase jovem, as quais serão discutidas a seguir.
9.1. Roçagem
Deve ser realizada nas entrelinhas, de forma a manter a cobertura do solo o tempo todo, e assim
amenizar as perdas de água por evaporação, bem como minimizar as perdas de solo por erosão. Deve
ser realizada duas vezes durante o ano, sendo a primeira no início da estação chuvosa e a segunda no
final do período de chuvas.
9.2. Gradagem
Deve ser realizada apenas quando for necessário proceder a calagem. A alternância entre a
gradagem no inicio do período seco e a roçagem na estação chuvosa apresenta grande vantagem para
o produtor e para o meio ambiente, já que, a gradagem no inicio do período seco induz a queda de
capilaridade no solo, ocasionando a morte de gramíneas.
9.3. Coroamento
É uma prática que tem por objetivo manter a região de maior concentração de raízes responsáveis
pela absorção de água e nutrientes livre da concorrência com as ervas-daninhas. Deve ser realizada
mantendo-se um raio de dois metros de distância do caule totalmente sem competição com o mato.
9.4. Irrigação
Regiões com grandes períodos de estiagem e em função da disponibilidade de recursos por parte
do produtor deve-se proceder a irrigação através do método de micro-aspersão, onde a quantidade de
água a ser aplicada varia em função das características de clima e do solo da região. Em média, um
coqueiro adulto exige em torno de 150 litros de água por dia.
Vantagens:
a) aumento da receita dos sistemas de produção;
b) redução da competição da vegetação e dos custos com o seu controle;
c) uso mais efetivo do solo;
d) aumento da produção de alimentos (carne, leite, etc);
e) produção de esterco para melhoria da fertilidade, estrutura e capacidade de retenção da
umidade do solo;
f) aumento do rendimento da colheita do coco;
g) aumento da produção do coco (eventualmente).
Desvantagens:
a) danos causados pêlos animais ao coqueiro jovem;
b) competição entre pastagens e coqueiros por nutrientes e umidade;
c) compactação do solo (dependendo da textura do solo e da taxa de lotação);
d) erosão e perda de fertilidade com o superpastejo (topografia acidentada);
e) maior requerimento de capital para as duas atividades;
í) necessidade de maior habilidade para manejo das duas atividades.
11. PRAGAS
Existem cerca de 579 pragas que atacam o coqueiro em todo o Mundo. Entretanto, dentre as
pragas que atacam o coqueiro no Brasil, as que apresentam-se em maior freqüência e com prejuízos
significativos, destacam-se as coleobrocas, dentre estas, a broca-do-olho (Rhinchophorus palmarum ) e
a broca-do-estipe (Rhinostomus barbirostris ); a traça da inflorescência (Hyalospila ptychis); o ácaro
(Eriophyes guerreronis); as lagartas-das-folhas (Brassolis sophoroe e Automeris sp), além das formigas
cortadeiras, durante os três primeiros anos do plantio.
11.1 Broca-do-olho do coqueiro
11.2. Broca-do-estipe
11.8. Formigas
Fonte: Embrapa
12.5. Murcha-de-phytomonas -Phytomonas sp.
A roçagem mecânica expõe as formas adultas do inseto à radiação solar. Podem ser utilizados
inseticidas sistêmicos através da raiz do coqueiro (Azodrin ou Nuvacron). O Monocrotophos (acaricida)
aplicado a cada 3 meses age por fumigação e contato.
Quadro 5: Produção estimada por planta/ano com irrigação convencional por aspersão e irrigação
localizada na cultura do coqueiro-anão-verde.
IDADE FRUTOS/PLANTA/ANO*
(anos) Aspersão Localizada
3 80 90
4 100 120
5 130 150
6 150 180
7 180 210
8 200 240
9 230 270
10 260 300
Fonte: PESAGRO-RIO
∗ Os dados do quarto ano com irrigação localizada foram coletados na área de Quissamã-RJ.
∗ Os dados do quinto ano com irrigação por aspersão foram obtidos na Empresa de Pesquisa Agropecuária de
Minas Gerais e referem-se ao semi-árido mineiro e a coqueiral com três anos e meio de implantação.
∗ Os dados do sexto ao décimo ano foram estimados.
14. INDUSTRIALIZAÇÃO
Quadro 6: Comparação entre o coco anão e o coco-da-praia no que se refere ao rendimento em água.
Este aspecto deve ser considerado, pois já se encontra no mercado água de coco engarrafada ou
em outros tipos de embalagens, principalmente no mercado da Grande São Paulo.
No Rio de Janeiro, encontra-se água de coco importada das Filipinas a R$ 0,92 a caixinha. Deve-
se ressaltar que se tratam de subprodutos da indústria da compra do coco para fins de produção de óleo,
sendo água de coco do tipo coco-da-praia ou de plantas híbridas, com características organolépticas
distintas e inferiores às da água do coco-anão-verde.
O consumo atual de água de coco é de 119.700 litros/ano, o que equivale a 1,33% do consumo de
refrigerantes no Brasil. A meta a atingir é de 5% do consumo anual de refrigerantes.
A água e a polpa do coco-verde têm, atualmente, excelente mercado, sendo que, as indústrias
padronizam a água comercializada com 60% procedente de coco-verde e 40% de coco amadurecido.
O coqueiro é uma cultura de custo relativamente baixo, em torno de R$ 4,00 / planta/ano. Quando
bem manejada, o custo unitário do fruto gira em torno de R$ 0,02; R$ 0,04 e R$ 0,07 para os frutos das
variedades Anã, Híbrido e Gigante respectivamente, enquanto que o valor médio recebido pelo produtor
na comercialização gira em torno de R$ 0,25 tanto para o coco-verde quanto para o coco-seco.
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