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1. Processo Penal:
É um instrumento, não tem realidade concreta. Significa que o direito penal
“flutua”, diferente do processo civil, que se auto-executa nas ações do dia-a-
dia.
2. Processo: limita a ação do Estado. É uma garantia que o réu tem de que
não será penalizado sem prévio processo.
3. Sistema Misto Século XVII até hoje. Tem origem no código Napoleônico.
Modelo inquisitório:
- ausência de separação entre as funções de acusar e julgar;
- aglutinação das funções do juiz;
- gestão e iniciativa da prova nas mãos do juiz (juiz ator – atua na investigação);
- o processo é secreto;
- tem que ser escrito;
- a confissão é a rainha das provas;
- prisão cautelar é regra;
- o direito de defesa é nulo ou limitado;
- há o uso de tortura (disposição do corpo do réu).
Modelo acusatório:
- há a separação das funções;
- a produção de provas compete às partes (o juiz é espectador);
- o processo é público;
- é oral;
- nenhuma prova é absoluta e vigora o livre convencimento motivado.
• Premissas:
- A CF permite um sistema acusatório!
Art. 129,I;
Art. 5º LV;
Art. 95, IX;
Art. 5º, LIX.
3) tempo do direito:
no direito;
na sociedade;
da sociedade.
1º. Compensatórias:
a. Cível: pedir indenização pelo anormal funcionamento do processo penal.
b. Penal: detração – Art. 42 CP – AP 70007100902 TJRS – primeira vez que se
discutiu prazo razoável a luz da proporcionalidade.
Art. 66 do CP – atenuantes.
d. Sancionatória: Art. 93, II, e – Caso o prazo não seja razoável, o juiz não terá
promoção.
a. Direito de defesa:
auto defesa: feita pelo próprio imputado. É uma defesa disponível.
- defesa positiva: o réu faz a prova para se defender.
- defesa negativa: “Nemo tenetur se deteger” nada a temer por se deter – O réu
tem o direito de não faz prova contra si. Direito de silêncio. Não existe
presunção de veracidade, nem inversão do ônus da prova.
Dever de Tratamento:
- dimensão interna: dentro do processo, a carga probatória é inteiramente do
acusador. O réu só prova se quiser.
Prisão cautelar: fere a presunção de inocência.
• Crítica à luz da CF: A CF assegura, seja qual for a lei, que ela sempre retroaja
se for para beneficiar o réu. Essa é a regra geral.
- Tendência: retroage dependendo a fase processual.
- Novo CPP: se já estiver na fase de instrução, continua e no final só repete o
interrogatório.
Espécies:
- Inquérito Policial;
- Inquérito policial militar;
- Sindicância;
- CPI.
2º. Função simbólica: O inquérito tem a função simbólica de que o crime está
sendo apurado, que o estado está agindo contra a impunidade.
Brasil hoje:
- O MP pode investigar? No inquérito policial o promotor não pode instaurar,
mas pode pedir. (Aury: MP pode fazer seu próprio inquérito) – Art. 129 CF).
a. Elementos Fáticos:
- materialidade (provas da existência do fato).
b. Elementos do Crime:
- tipicidade;
- ilicitude;
-culpabilidade.
1. Obrigatória / facultativa
2. Oral / Escrita
3. Secreta Pública
4. Direito de Defesa e Contraditório?
5. Valor probatório
6. Prazo:
Ação Penal:
- Privada
- Pública: Condicionada e Incondicionada.
• No Brasil hoje:
1. publicidade externa;
2. ausência total de informação interna.
Não se pode condenar alguém com base APENAS no Inquérito Policial (pode
haver cotejo de informações).
Provas Irrepetíveis:
1. provas técnicas (feitas no inquérito, podem ser usadas no processo, pois são
irrepetíveis. Ex.: local do crime, exame de corpo de delito).
O Indiciado;
Arquivamento:
Ação é:
Princípios:
a. Oficialidade ou Investidura: É exercida por um órgão público (MP) e assinada
por um promotor, devidamente investido.
• A denúncia não pode ser genérica nem alternativa. Ex.: Ele fez isso e estou
pedindo a condenação dele por isso.
a. À Representação:
- da vítima ou do seu representante legal – Art. 24, §1º c/c Art. 39: pode ser
feita por advogado com procuração.
- maior de 18 anos e menor de 21 – Art. 34: não existe mais legitimidade
concorrente entre 18 e 21, foi revogada pelo CC.
- menor de 18 anos não conta o fato à ninguém: o prazo para representar não
corre, porque o representante não sabe. Quando o ofendido fizer 18 anos,
começa a correr o prazo para a representação (6 meses – Súmula 594).
Retratação – Art. 25
É a faculdade de retirar o que foi dito, desdizer!
A Representação será irretratável depois de oferecida a denúncia. (saiu do MP,
ta oferecida a denúncia, não é mais possível se retratar).
É possível a retratação da retratação (retirar o que foi retirado) = fazer nova
representação: o único detalhe a ser observado é a decadência. Ao retirar a 1º
representação, o prazo volta a correr.
Princípios:
a. Oportunidade e Conveniência: ninguém é obrigado a fazer a queixa.
Renúncia:
É um ato unilateral, que significa a renúncia ao direito de representação ou
queixa. Só é possível abrir mão daquilo que ainda não se fez.
Perdão:
É bilateral, só cabe na ação penal privada, no curso do processo.
Perempção:
É uma punição de natureza processual, ao querelante negligente, que conduz à
extinção da punibilidade.
• Art. 60:
I. querelante 30 dias inerte;
II. morte do querelante;
III. querelante ausente na audiência, ou sem ter pedido a condenação nas
alegações finais da queixa. (se pedir JUSTIÇA! Opera-se a perempção).
• Impróprio: não inclui fatos nem pessoas, apenas corrige erro material da
denúncia.
Jurisdição:
É a garantia de ter um juiz para julgar.
c. Juiz natural: garantia de ser julgado por um juiz anterior ao fato criminoso.
Sua competência, em relação a matéria, pessoa e lugar, é pré-fixada, em
relação ao crime, por lei.
Competência:
É a limitação à jurisdição.
• Art. 69 – tem que ser interpretado com cuidado, não dá para seguir.
Três perguntas:
Justiça Especial:
- justiça militar: federal ou estadual.
- justiça eleitoral
Justiça Comum
- justiça federal
- justiça estadual (é dela tudo o que não for das anteriores).
Estrutura:
- Juiz Eleitoral – juiz de direito;
- TRE;
- TSE.
- Art. 73 do CPP: crimes de ação penal privada, é o único caso em que a vítima
pode escolher o foro.
- Art. 83 e 85 do CPP.
Critério da prevenção: (plantão não gera prevenção). O juiz que tiver o 1º ato
decisório, na fase pré- processual, será o juiz prevento (prevenção) = fica a
competência.
Variáveis de Competência:
1. Prerrogativa de Função:
Algumas pessoas, em conseqüência do cargo, são julgadas em tribunal.
a. Prerrogativas Importantes:
Regra:
- ganha prerrogativa = Júri sobe para o Tribunal;
- perde prerrogativa = Júri cai para 1º grau.
Conexão:
A conexão exige, sempre, pluralidade de crimes. Reúne crimes para julgamento
“simultaneus processus”.
Art. 76 do CPP
I.
a. conexão Intersubjetiva Ocasional / simultaniedade: O crime é cometido ao
mesmo tempo, por várias pessoas reunidas. Essa reunião não é pré-meditada.
Ex.: velhinhas invadem o Zaffari num protesto contra o aumento do Royal. Uma
rouba, outra mata...
II.
a. Conexão Objetiva ou Teleológica: o crime é cometido por várias pessoas,
cada uma com a função de facilitar ou ocultar as outras.
Ex.: uma mata e a outra oculta o cadáver.
III.
a. Conexão probatória (é a mais ampla): o crime é cometido por várias
pessoas, sendo qeu a prova de um ajuda na prova do outro.
Ex.: lavagem de dinheiro, quando decorre de outro crime (evasão de divisas).
Continência:
É a reunião de processos para julgamento simultâneo. Não há pluralidade de
crimes.
A Continência pressupõe a existência de um único crime.
Art. 77
I. duas ou mais pessoas acusadas pelo mesmo crime:
Ex.: duas ou mais pessoas cometem homicídio.
II. infração nas condições dos Art. 70, 73, 74 do CP (concurso formal)
Ex.: unidade delitiva por ficção normativa. Atropelar 3 pessoas de uma só vez.
Regras do Art. 78
Ex.:
• Crime de furto em POA, de roubo em Canoas e de Homicídio em Mostardas =
O JURI prevalece sobre os demais órgãos, e o lugar onde a infração cometida
tem pena maior é em Mostardas;
JURI em Mostardas.
Cisão – Art. 80
- Art. 82: se surgirem processos em cada cidade, o juiz mais competente avoca
os outros para ele! Salvo se já houver sentença em uma das cidades. Aí só vai
reunir na execução penal.
- Art. 567: tem que ser lido à luz da CF, portanto, se o juiz for completamente
incompetente, não se anulam só os atos decisórios, mas sim todos, desde o
início do processo!
Condições da Ação
São as condições necessárias para o exercício da pretensão acusatória.
1. Teorias:
legitimidade:
- ativa: propositor;
- passiva: réu.
justa causa.
legitimidade:
- ativa: MP, quando for ação penal pública; vítima, quando for ação penal
privada.
- passiva: réu.
I. se for inepta.
Nesse caso o MP / vítima pode fazer nova acusação.
Art. 387, IV c/c 63 o CPP: A condenação imposta pelo juiz fixará um quantum
indenizatório que o réu deverá pagar à vítima.
Nada impede que a vítima busque mais indenização na área cível.