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Intrepid - 4
grupo de contrabandistas liderado por Talon
FELIZ NATAL
NAT
Karrde.
Um dia, durante a crise provocada pelo
Grão-Almirante Thrawn, Luke acabou sendo
feito prisioneiro de Karrde e Mara o encontrou.
Desde o primeiro momento ela deixou claro
para ele que iria matá-lo, mas não teve
oportunidade de fazê-lo já que precisava da
ajuda dele. Afinal, Thrawn estava dando
trabalho até para os contrabandistas e Karrde
havia feito uma aliança informal com a Nova
República.
Com o desenrolar da crise e as aventuras
para sobreviver, Mara e Luke foram ficando
cada vez mais próximos. Quando a crise
acabou, eles já eram muito amigos. Ela treinou
por um tempo na Academia Jedi fundada por
ele antes de viajar pela galáxia com Lando
Calrissian atrás de um artefato antigo. Essa
viagem causou ciúmes em Luke e o Mestre Jedi
acabou declarando seus sentimentos, no que
foi totalmente correspondido por Mara. É
aquela história que eu falei lá no primeiro
parágrafo: amor e ódio são sentimentos muito
próximos.
Mara acabou completando seu
treinamento Jedi e se tornou uma das mais
poderosas da Ordem e mestra de Jaina Solo,
filha de Han e Leia. Ela e Luke se casaram em
duas cerimônias, uma seguindo as tradições
Jedi e outra “normal”. Mara passou então a
ajudar Luke no comando da Nova Ordem Jedi,
sendo às vezes quem puxa Luke para a ação.
Pouco tempo depois do casamento, ela ficou
doente, infectada por algo que nenhum médico
conseguia descobrir o que era. Logo se soube
que essa doença era parte do plano dos
Yuuzhan Vong para desestabilizar os Jedi e
invadir a galáxia.
Enquanto estava doente, Mara descobriu
que estava grávida. Na hora do parto, foi
preciso que Luke se unisse a seu filho com a
Força para que ela finalmente conseguisse ser
curada completamente. O pequeno recebeu o
nome de Ben Skywalker
Para quem acompanha suas aventuras,
Mara Jade deixa claro que não é intimidada
facilmente. De agente imperial a Jedi, passando
por contrabandista, foi um longo caminho.
Mas se tem uma coisa que esta ruiva não sabe
fazer, é desistir.
Intrepid - 6
cinemas com muita coisa nova, embora já conhecida pelos mais
aficionados; e até mesmo E.T. – O Extraterreste voltou para a
sala de edição e lá se foram armas e outras cenas que renderam
várias críticas negativas.
Caso estes rumores concretizem-se, vai ser a maior
edição já feita num clássico. Algo realmente sem
precedentes. O fato de George Lucas ser o pai da criança e
dono da marca levanta uma curiosa questão: até onde ele
pode fazer o que bem entender? A princípio ele não teria
limites, mas por se tratar de coisas tão importantes, filmes
como Guerra nas Estrelas deveriam ser patrimônios culturais
da Humanidade, algo assim.
A grande questão é realmente o fato de que com isso os
filmes não tenham seu formato definitivo. Peter Jackson é
outro que agora leva uma versão estendida de sua trilogia
- reutilizar a cena original de Han Solo mandando fogo no aos cinemas e, pelo que ele filmou, ainda deve render
Greedo. Taí uma coisa que poderia acontecer! Aliás, a única! algumas reedições no fértil mercado de DVD.
- Mais Tie Fighters e X-Wings explodindo na Batalha de Este “fenômeno” pode parecer pequeno, mas pode ter
Yavin. Se matarem o Wedge eu sou deportado, mas vou até conseqüências bem complexas em longo prazo já que com o
lá e mato um por isso. Ah, piora: Naboo Starfighters na intuito de gerar mais dinheiro, ou o desejo do diretor de
mesma cena. Impensável. mudar algo, todos os filmes com grande apelo de público
- Trocar o escrito “Tractor Beam” para algo em são passíveis de uma reedição e, especialmente as novas
Aurabesh. Lógico, mas já não fez na Edição Especial. Um produções, podem passar por tantas delas quanto os
pouco tarde para notar isso, eim? estúdios acharem necessário, já que o material produzido
- Mudar a cena em que os Rebeldes vêem os planos da hoje em dia é muito mais rico e volumoso que o das décadas
Estrela da Morte, para algo igual ao mostrado pelo “povo de 70 e 80.
formiga” em EPII. Enfim, algumas das mudanças propostas pelo tal boato
- Refazer a queda de Luke na Cidade das Nuvens com são boas e tem boa chance de acontecer: novos efeitos nos
um dublê e novos efeitos. sabres, o retorno da cena original de Han e Greedo, retoques
de cenários e personagens com computação gráfica e outros
As piores (ah, tá brincando, pode? Pode!): pontos técnicos. Agora, a inclusão de novas cenas e a
- Rancor refeito em computação gráfica e mais nojento. substituição de atores são coisas difíceis de se engolir, sem
Gente, pára tudo! O Rancor e seus efeitos horríveis são dúvida. Pura questão de bom-senso.
marcas registradas de SW! Boas ou ruins, porém, só saberemos se estas alterações
- Neimoidianos inseridos digitalmente na Cantina de realmente serão feitas no na que vem, quando, finalmente,
Mos Eisley. Wüher vai quebrar tudo! podemos ter a Trilogia Clássica em DVD.
- R2-D2 voando pelos degraus da Millennium Falcon, Realmente, espero que só a parte técnica valha e que as
assim como em Episódio II. cenas permaneçam.
- Para fechar com chave de ouro: Sebastian Shaw seria
REMOVIDO de O Retorno de Jedi para que o rosto de Darth
Vader seja de Hayden Christensen, assim como o “espírito de
Anakin” na cena final depois da Batalha de Endor. Já que tem
Hayden, é claro que tem o espírito de Padmé aparecendo também.
Num dia histórico, o primeiro ator da nova trilogia de Star Wars pisou em
terras brasileiras e mostrou que há muito mais em Samuel L. Jackson do
que simplesmente um dos Jedi mais poderosos da galáxia. Imortalizado na
saga de George Lucas pelo papel de Mace Windu, o ator norte-americano
veio ao Brasil para divulgar o imperdível Violação de Conduta, estrelado por
ele e John Travolta, e dirigido por John McTierman.
Samuel Leroy Jackson visitou o Rio de Janeiro, por conta do Festival de
Cinema do Rio, e foi, sem dúvida, a principal atração do evento.
Acompanhado por uma equipe de fiéis profissionais, Sam – como gosta de
ser chamado – passou um dia atendendo à imprensa de todo o país e
também aos colegas do Conselho Jedi Rio de Janeiro, que participaram de
todas as atividades e ainda conseguiram preciosos minutos com o ator.
Completamente despreocupado com fato de que Mace Windu tem data
marcada para morrer, o ator fala com desenvoltura sobre Star Wars e,
graças a alguns jornalistas despreparados, foi envolvido uma “polêmica”
forçada sobre porte de armas. Durante a coletiva de imprensa, uma
nervosa e jovem jornalista tentou fazer uma pergunta relativamente
conceitual, enrolou no inglês, ninguém entendeu nada e acabou
perguntando sobre Episódio III. Ele, prontamente, respondeu: é nesse que
eu morro. A garota, com cara de espanto, devolve: você morre? Aí começou
a aula. Samuel, numa mistura de bom-humor e sarcasmo, explicou assim:
Caso você não tenha assistido a Episódio IV, que é o primeiro filme, e o
resto da trilogia, devo dizer que só sobraram quatro Jedi vivos – são eles
Luke Skywalker, Obi-Wan Kenobi, Yoda e Darth Vader – o resto deles está
morto. Incluindo eu.
Devo confessar, fui em quem começou a bater palmas depois dessa.
Onde essa mulher esteve nos últimos 25 anos? Enfim, alguns jornalistas
não gostaram do tom e isso gerou várias matérias negativas na imprensa.
O fato é que não havia pergunta que ele não respondesse, inclusive as referentes ao porte de
armas (a Constituição Norte-Americana permite o porte de arma por qualquer cidadão e ele,
como milhares de outros, tem uma arma).
Fã de golfe (a primeira coisa que ele fez no Rio foi visitar o campo de golfe mais
próximo) e completamente afastado de qualquer bebida alcoólica, Samuel não tem medo de
falar de seu período envolvido com drogas e seu período negro numa clínica de reabilitação
de drogados. Foi impressionante a revelação de que seu personagem em A Febre da Selva, de
Spike Lee, era ele mesmo, sem nenhuma preparação. Magro e com um semblante moribundo,
ele saiu da clínica e foi direto para o set de filmagens.
Com a seriedade digna de Jules (seu inesquecível papel em Pulp Fiction – Tempo de
Texto: Fábio M. Barreto
Violência, de Quentin Tarantino) e muita disposição física, Sam recebeu jornalistas de todo o país
em algumas mesas redondas de entrevistas e especiais para a TV. A única coisa que ele fazia entre
uma e outra era levantar, dar alguns passos, esticar os braços e já estava pronto para outra. Aos 54
anos, Samuel falou sobre a carreira, o relacionamento com John Travolta, seus projetos pessoais e
suas escolhas de roteiro. E ainda encontrou bom humor para lidar com uma pergunta sobre o filme
Matrix. “Eu não sou Laurence Fishburne. Não sei de onde as pessoas tiram isso”, disse com um
sorriso no rosto. A cara de “ai fiz merda” do jornalista foi impagável, já que ele havia pedido mais
uma pergunta e era a última do dia. Terminou muito mal, mas todo mundo deu risada.
Intrepid - 8
Num determinado momento, Samuel foi questionado sobre como é trabalhar com
George Lucas. A resposta veio em atuação, ele tomou um pouco de espaço e começou a
imitar os trejeitos do Flanelado na direção. Foi hilário, pois ele cruzava os braços, fazia
cara de conteúdo olhando para o que seria o pequeno monitor, coçada a suposta
barba, cruzava os braços novamente e, no máximo, dizia: “Good”. Em seguida
completou, “sempre cresci ouvindo que se ninguém diz nada é porquê está tudo
certo”.
Sam comentou que era divertido contracenar com a tela azul – coisa que Terence
Stamp repudiou e disse ao mundo que foi horrível trabalhar em EPI -, já que ele tinha
que imaginar um bocado. “Eu estava com Ewan no cenário, meu sabre de luz lilás
estava “ligado” – e só eu tenho um dessa cor – e George gritava: “vocês estão cercados,
defendam-se”, e eu começava a imaginar aquelas coisas dos desenhos de produção, aí
ele dizia “tiros vindo de todos os lados, bloqueiem” e a gente começava a bloquear
para tudo quanto é lado. Foi ótimo quando ele disse “tem uma coisa enorme indo na
direção de vocês, uma fera” e eu perguntei “grande como? que fera?” e ele gritou
“maior que um trailer familiar e ele quer te pegar”. Cara, deu vontade de gritar, mas eu
imaginei depois vi que cortava o chifre daquela coisa. Foi ótimo. Sinto pelas famílias
de tudo aquilo que matei sem ver”. “Pelo menos não tem sangue, o que é bom”,
completou.
Infelizmente, não houve qualquer acordo que permitisse um contato maior de
Samuel com os fãs. O Conselho Jedi Rio enviou presentes e bateu um rápido bate-papo
com o ator no Copacabana Palace. O resultado foi exibido na JediCon in Rio 2003.
Como Sam veio ao Brasil para divulgar especificamente Violação de Conduta a Fox Film
não quis focar em outras coisas, mas uma coisa foi muito boa: o pouco contato que teve
foi bem visto por ele e por sua equipe.
Quem sabe isso não abre um precedente para um possível retorno em 2005, ou
pelo menos mais um ponto para a nossa campanha permanente de popularização do
Brasil entre os astros ligados a Star Wars.
Gostaria muito de transcrever todas as entrevistas que acompanhei durante um
dia de trabalho, mas justamente por estar trabalhando, não pude fazer nada além do
permitido e nem mesmo um autógrafo eu pude pedir. As únicas coisas que restaram
de “um dia acompanhando e auxiliando Samuel L. Jackson” são as minhas memórias
e uma única e inesquecível foto.
Foi duro, ser tão fã e ao mesmo tempo o cara mais próximo a ele durante um dia
todo. Mas, missão
cumprida e espero ter
podido compartilhar
parte disso com vocês,
caros Jedi.
Curiosidade
Bom, como somos
fãs, gostamos de saber
coisas estranhas sobre
nossos ídolos: Sam
adora manga e ficou
amarradão no
Guaraná Antártica.
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Filmografia:
2005 - Star Wars: Episode 3
2004 - Triplo X 2 (XXX 2)
2003 - 2004: A light knight’s odyssey (voz)
2003 - Country of my skull
2003 - Kill Bill
2003 - Blackout
2003 - S.W.A.T. - Comando Especial (S.W.A.T.)
2003 - Violação de Conduta (Basic)
2002 - Star Wars: Episódio 2 - Ataque dos Clones 1991 - Strictly business
2002 - Triplo X (XXX) 1990 - Mais e melhores blues (Mo’better blues)
2002 - The House on Turk Street 1990 - O casamento de Betsy (Betsy wedding)
2002 - Fora de Controle (Changing lanes) 1990 - Def by temptation
2001 - Visões de Um Crime (The Caveman’s Valentine) 1990 - O exorcista III (The Exorcist III)
2001 - Mefisto in Onyx 1990 - Os bons companheiros (Goodfellas)
2001 - Baladas, rachas e um louco de kilt (The 51th state) 1990 - O retorno do superfly (The Return to the superfly)
2000 - Corpo fechado (Unbreakable) 1990 - A shock to the system
2000 - Shaft (Shaft) 1989 - Faça a coisa certa (Do the right thing)
2000 - Regras do jogo (Rules of engagement) 1989 - Vítimas de uma paixão (Sea of love)
1999 - Do fundo do mar (Deep blue sea) 1988 - Um príncipe em Nova York
1999 - Star Wars: Episódio 1 - A Ameaça Fantasma 1988 - Lute pela coisa certa (School daze)
1998 - O violino vermelho (The Red violin) 1987 - Magic sticks
1998 - A negociação (The Negociator) 1981 - Na época do ragtime (Ragtime)
1998 - Irresistível paixão (Out of sight)
1998 - Esfera (Sphere)
1997 - Jackie Brown (Jackie Brown)
1997 - Amores divididos (Eve’s bayou)
1997 - 187 - Código da Violência (One eight seven)
1996 - Despertar de um pesadelo
1996 - Tempo de matar (A time to kill)
1996 - Onde está Jimmy? (The Search for one-eye Jimmy)
1996 - Ponto de encontro (Trees lounge)
1996 - O trambique do século (The Great white hype)
1996 - Sydney
1995 - Fluke - Lembranças do passado (Fluke)
1995 - Duro de Matar - A Vingança
1995 - O beijo da morte (Kiss of death)
1995 - O destino de uma vida (Losing Isaiah)
1994 - Pulp Fiction - Tempo de violência (Pulp Fiction)
1994 - Fresh (Fresh)
1994 - Uma aposta muito louca (Hail Caesar)
1994 - Loucuras de um divórcio (The New age)
1993 - Jurassic Park - Parque dos Dinossauros
1993 - Máquina quase mortífera I
1993 - Não chame a polícia! (Amos & Andrew)
1993 - Perigo para a sociedade (Menace Il society)
1993 - Amor a queima-roupa (True romance)
1992 - Jogos patrióticos (Patriot games)
1992 - Areias brancas (White sands)
1992 - Perigo em família (Fathers & sons)
1992 - Juice (Juice)
1991 - Johnny Suede (Johnny Suede)
1991 - Caminhos da vida (Jumpin’ at the boneyard)
1991 - Febre da selva (Jungle fever)
AC Q UÁRIA
C entenas de monitores antigos exibem um programa há apocalíptico no qual a Terra não tem mais água e as pessoas vivem
muito esquecido dentro de um satélite abandonado, o último graças às raras chuvas que acontecem.
legado da antiga civilização que conhecemos. Lá embaixo, a Logo de cara, muita ação com uma invasão à pequena
Terra, uma vez azul e cheia de água, encontra-se cidade onde o artista e inventor Bártók (Alexandre Borges,
desertificada. Fruto da falta de controle e do desperdício de com um visual super Obi-Wan da nova trilogia), sua esposa
água. É assim, com efeitos especiais fabulosos, que a (Julia Lemmertz, que é casada com ele na vida real) e seus
experiente diretora Flavia Moraes apresenta ao público seu filhos. Coisa típica de mundos desolados, já que os
AcQuária, um longa-metragem de fantasia e ficção científica saqueadores sempre aparecem vindos do nada.
estrelado pelos astros Sandy e Junior. Enfim, 15 anos mais tarde somos
Medo, muito medo. Era isso que sentia apresentados ao jovem Kim (Junior, sabiam
antes de assistir ao filme, já que as que o nome dele é Durval Lima Junior?),
experiências anteriores com filmes que mora com Gaspar (Emilio Orciollo
estralados por celebridades da música Netto) e o pequeno Guili (a revelação Igor
nunca foram boas. Xuxa não cansa e o Rudolf). Eles vivem sozinhos e sobrevivem
cinema merece um respiro. Finalmente, ele a base de estranhos peixes mutantes
chegou com AcQuária. Foi uma sensação pescados num fabuloso mar de areia (mais
muito boa poder acompanhar à primeira um ponto para os efeitos especiais). Um
exibição em película de um filme de ponto deveras importante no elenco
verdade. Nada de bobagem e de musicais deve ser citado: Milton Gonçalves,
chatos e sem sentido só para vender a um dos pilares da teledramaturgia
trilha sonora. nacional numa interpretação
O que se vê na tela é um filme sério e, marcante e apaixonada como não
como disse a diretora, “corajoso”, já que via há muito.
custou R$ 10 milhões para ser realizado e Mais tarde, numa de suas
envolveu filmagens no deserto do caminhadas, Kim encontra um
Atacama, no Chile, efeitos especiais de cavalo morto e sua dona – Sarah
ponta criados no Brasil, som THX, uma direção de arte (vivida por Sandy) – e é aí que a trama criada por
impecável e uma fotografia de deixar o queixo cair. Precisa Flavia Moraes e Claudio Galperin ganha corpo.
dizer mais? AcQuária leva o espectador a um futuro Misteriosa e extremamente hábil, Sarah passa a
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morar com os rapazes e demonstra um anormal interesse pelas
invenções dos garotos e o legado do pai de Kim.
A história é uma grande mescla de aventura, comédia (graças
a Gimli, o comic relief do filme), romance (os alucinados por
Sandy vão ter um treco com a cena de beijo) e drama. É curioso
ver como neste futuro em especial, não há nenhuma referência
aos bons sonhos de Roddenbery e nem ao ceticismo de Kubrick.
A água acabou e tudo que restou foi, literalmente, a sobra da
civilização que conhecemos com um certo grau de evolução.
Como toda realidade pós-apocalíptica, há um natural retorno ao
arcaico e a necessidade de reinvenção faz-se necessária. Com
isso, o roteiro foi feliz na inclusão de algumas passagens
musicais – não, não é aquela coisa Xuxa de ser: agora vamos
parar e cantar! -, afinal de contas, não há nada mais ancestral
que a voz e a descoberta dos sons.
O bom de AcQuária é que ele não é um filme de Sandy &
Junior, mas sim uma produção com Sandy e Junior trabalhando
como atores. A atuação dos dois não é nada excepcional, mas
também não abre muito espaço a críticas. Um trabalho honesto,
sem dúvidas. Eles contaram com o apoio de uma diretora de
primeira linha que, embora estréie no cinema com este filme, já
trabalha há mais de 20 anos com cinema publicitário e
videoclipes: Flavia Moraes. O carinho desta mulher é tamanho
que fica difícil não se sentir cativado a abraçar a idéia de
AcQuária.
Um ponto curioso: o filme estréia numa época
em que a cidade São Paulo passa por uma grave
crise de falta de água e o roteiro levanta, em alguns
pontos, a bandeira da conscientização e da
ganância que envolve a posse e o consumo deste
bem tão essencial.
O assunto é controverso, já que muita gente
“odeia o filme da Sandy” mesmo antes de ver.
Quem tiver a coragem de ir ao cinema, mesmo
contra tal preconceito, pode se surpreender. É o
novo cinema nacional e, desta vez, com muito mais
investele dimento, fé e tecnologia. Gostem ou não,
AcQuária é um marco histórico do
nosso cinema e fica a critério de
cada um deixar passar só por não
gostar da dupla.
Intrepid - pg. 11
Lojinha do Watto
As novidades mais recentes em games, livros, revistas em quadrinhos e
outras coisas que só o Titio Watto consegue para você!
Harry Potter e a Ordem da Fênix
(Editora Rocco )
Explicando Tolkien
(Editora Martins Fontes)
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No money, no parts,
no deal!, - Watto, EPI
A Pílula Vermelha -
Questões de Ciência, Filosofia e Religão em Matrix
(PubliFolha)
O Andarilho
(Editora Record)
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persiga com o intuito de descobrir informações e
realizar experiências com o garoto.
As vidas dos Keys, Crawfords e Clarkes se
entrelaçam em uma reação em cadeia à medida que os
anos se passam, culminando no nascimento de Allie,
a extraordinária criança que é a narradora da saga.
Vale a pena conferir Taken, uma mini-série que é
muito mais do que apenas uma história de alienígenas,
é a história de muitas vidas roubadas, modificadas e
transformadas por eventos além da compreensão
humana, uma história capaz de causar arrepios de
medo e lágrimas de emoção, uma história realmente
digna de Steven Spielberg. Nesta história, até mesmo
Dana Scully veria os discos voadores, sem dúvida.
Taken está em cartaz no canal HBO, sempre aos
domingos, às 22h. São 10 episódios de 1 hora e meia
de duração. O canal deve reprisar os episódios logo
após a conclusão e ano que vem podemos ter o
conteúdo disponível em DVD no Brasil, já que nos
Estados Unidos a série já foi lançada há um tempo e
o título foi um sucesso de vendas.
Intrepid - pg. 11
ENTREVISTA: por Fábio Barreto e Fabíola Chierice
Guilherme Briggs:
irreverência, paixão e dedicação
Intrepid: Você é fã desde pequeno, não é?
Qual a sua lembrança mais distante de SW, Briggs: O que atrai todos nós humanos: Briggs: Sim, influenciou completamen-
alguma cena especial? mitologia, arquétipos e lendas. Só que te. Outra vertente que me motivou foi a
no caso de Star Wars, esses elementos do desenho, pois sempre fui apaixonado
Briggs: A minha lembrança mais antiga foram explorados em forma de conto de por animação, HQs e ilustrações. Meu
é a de assistir ao Uma Nova Esperança fadas moderno. Fui completamente mer- pai é outro grande responsável, pois nós
em 1978 com o meu querido e saudoso gulhado na magia dos filmes, de uma brincávamos de rádio teatro todos os
pai. Eu tinha 8 aninhos! Foi engraçado forma permanente. Tanto que resiste até finais de semana, o que foi um excelente
o meu pai tentando explicar pra mim hoje, meu cérebro está marcado com treinamento de ator. Meu pai era o equi-
porque começava com o quarto episó- memórias afetivas de Star Wars. Qual- valente ao Ben Kenobi pra mim: sábio,
dio e não com o primeiro. Eu imaginava quer coisa que me lembre a saga me pro- misterioso e muito inteligente. Além
que os três primeiros tinham sido um voca uma sensação nostálgica agradá- disso tudo era extremamente criativo, ca-
seriado de televisão e somente o quarto vel e muito gostosa. rinhoso, atencioso, um gênio das Artes
tinha ido pro cinema, vê se pode... mesmo.
sacanagem, papai! Hehehehehehe... Intrepid:De alguma maneira, essa “paixão”
por cinema influenciou na sua escolha pro- Intrepid: Qual foi o seu primeiro trabalho
Intrepid:O que te atraiu na saga? fissional ou ser dublador “aconteceu”? pra valer na dublagem? E qual o primeiro
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trabalho ligado a ficção científica? aprender, ao mesmo tempo que esbanja- cacos ou brincadeiras, sempre deve ser
mos talento e determinação de querer com o intuito de fazer o desenho ficar
Briggs: Os dois estão mesclados: Worf acertar com os próprios erros. Somos mais engraçado, mais humano, mais
em Jornada nas Estrelas: A Nova Gera- uma grande família que se freqüenta perto do nosso público brasileiro.
ção. Foi o meu primeiro trabalho pra va- todos os dias nos estúdios de dublagem,
ler na dublagem assim como o primeiro trocando influências, um absorvendo as
ligado a ficção científica. boas qualidades do outro e se respeitan- Intrepid: Você se acha parecido com o
do mutuamente. Vejo muitos trabalhos Freakazoid?
ruins, feitos de qualquer maneira, com
Intrepid: Muita gente te conhece como a voz vozes mal escolhidas para determinado Briggs: Todo mundo me fala isso. É um
de Han Solo. No dia que você foi escolhido personagem, assim como interpretações comentário geral: “você é a cara do (a)
para o casting, qual foi a sua reação? deficientes, assim como vejo trabalhos Freakazoid (b) Superman (c) Jim Carrey!
magníficos de colegas que me deixam Hahahahahaha... Realmente eu tenho
Briggs: Eu soube num shopping center bobo, de queixo caído. Dublagem muito do Freaka, sobretudo o bom hu-
aqui do Rio. Tinha acabado de sair do envolve sentimento, entrega, tentativa e mor anárquico (culpa do grupo inglês
cinema, estava passeando, olhando as erro. Eu aplaudo e vibro com quem sai e Monty Python, de quem sou fã de
lojas quando tocou o meu celular. Era o se expõem de forma a conseguir atingir carteirinha desde pequeno). Adoro
diretor Pádua (que dublou o Darth um nível mais avançado, de ousar e Internet, sou brincalhão e me amarro em
Vader) com a notícia. Imaginem: Vader fazer diferente, de ser criativo. super-heróis ou personagens malucos e
dando a notícia ao Han Solo... criativos.
Hahahahahaha... Bom, eu dei um grito
de felicidade, as pessoas me olharam Intrepid: Coisas como “Fucker and Sucker”
como se eu fosse maluco, os guardas sa- - tirando os anúncios do 1406 - ainda exis- Intrepid: Já vi muitas entrevistas suas em
caram suas armas e eu rebati todos os tem ou são só memórias que temos dos anos sites de animê e tals, você é muito procurado
tiros com o meu sabre de luz... ah... 80 e 70? pelo pessoal dos sites e pelos fãs das séries?
desculpe, me empolguei... Como é a sua relação com esse público? Os
Eu saquei meu blaster e fãs brasileiros são “exagerados” ou eles se
saí atirando feito um comportam?
louco, puxando o
Chewbacca pelo braço. Se Briggs: Acho que sou procurado na mes-
bem que não era o ma proporção que todos os meus cole-
Chewie... era um gas dubladores do Rio e de São Paulo,
sheepdog que estava pois somente agora que os fãs descobri-
passeando na praça de ram a importância dos dubladores real-
alimentação com seu mente, pois cada vez mais estes vem
dono... Mas falando sério, dando palestras para o público. Minha
foi a realização de um so- relação sempre foi excelente, sinto um
nho de infância. Fiquei carinho enorme dos fãs quando eles me
tão feliz que até hoje lembro de exata Briggs: Fucker e Sucker são caricaturas mandam e-mails com ilustrações, fotos,
sensação de alegria radiante que me to- bem engraçadas da dublagem, retratam conversam comigo em eventos, me pe-
mou por completo naquele finalzinho de uma realidade de forma cômica, exage- dem um abraço ou para eu desenhar al-
tarde. rada. Eu acho engraçado ver as bocas gum personagem e dar um autógrafo
sobrando e as interpretações cafonas e nele. É uma sensação maravilhosa poder
canastronas dos personagens, pois qual- trazer alegria para pessoas que nem co-
Intrepid: O que você acha do atual nível de quer dublador foge desse tipo de nheço, de ver pais segurando filhos no
dublagem brasileira? dramaticidade... se é que pode se cha- colo que me ouviram no Toy Story (Buzz
mar isso de dramaticidade! Inclusive as Lightyear) ou no Procurando Nemo
Briggs: Eu acho que temos muito o que vozes dos personagens são feitas por (Bruce), que sabem de cor minhas falas
dois dos maiores dubladores do país (e do Freakazoid ou do Daggett. Gosto mui-
de quem eu sou fã): Mauro Ramos to de fazer esse público dar risada com
(Fucker) e Márcio Simões (Sucker). minhas palhaçadas, de contar para eles
histórias de meus colegas, de causos di-
vertidos nos estúdios, de interagir e pas-
Intrepid: Até que ponto o dublador pode im- sar um pouco da minha experiência.
provisar? Acho que isso é bem humano, vem da
época dos antigos, quando nos
Briggs: Até a sua criatividade permitir, reuníamos para contar nossas desven-
desde que não adultere a história ou turas ao redor da fogueira. E admirar o
comprometa a qualidade do produto que grande MONOLITO NEGRO.
ele está dublando. Se o dublador coloca Huhuhuhahahahahahaha...
abertura e fechamento. Tive que fazer a Marge, eu não sabia que o Dath Vader
voz de um personagem no capítulo 6, era o pai do Luke Skywalker!”
onde somos apresentados ao Conde Hahahahahaha...
Dookan pela primeira vez no desenho.
Era aquele alienígena de cara risonha
que leva o Conde a uma arena onde Intrepid: Vamos polemizar um pouco. O que
vários guerreiros estão se exibindo. À aconteceu na dublagem de Shrek? Há infor-
princípio seria deixado no som original, mações de que um dublador bom e experien-
mas o danado do alienígena falava te fez o trabalho, mas, depois ele foi tirado de
“Conde Dooku” no final da frase, daí campo e sua voz serviu de guia para o
teve que ser dublado na última hora, por Bussunda. Isso é verdade? Se sim, como você
isso eu fiz aquela voz, com sotaque vê esse comportamento tanto do estúdio
huttês e tudo. Tu chubba! É bom lem- quanto da UIP (distribuidora)?
brar que a própria Lucasfilm pediu um
relatório de nomes esquisitos que Briggs: Eu achei deplorável, muito triste
poderiam comprometer nas diversas lín- esse tipo de atitude do setor de
guas dubladas no mundo inteiro. Ima- marketing. Eles fizeram isso para
ginem eu tendo que explicar que “Con- divulgar o filme, coisa e tal, porque o
de Dooku” soaria pra nós algo parecido Bussunda parece com o Shrek (meu
no original como “Count From The Deus...) e deixaram de lado o principal:
Ass”... Ou ainda: “Mestre Syfo Dias” a interpretação do personagem! O
seria “Master Fuck Himself”... O pessoal Bussunda não fez um trabalho condi-
da Lucasfilm respondeu: “Oh GOD, zente com o do Mike Myers, que foi
PLEASE NO!!” Hahahahahaha... brilhante em sua concepção de Shrek.
Intrepid: Qual seu personagem favorito de Quem tinha passado no teste original-
Star Wars? mente para dublar tinha sido o Mauro
Intrepid: Dá aquela sensação de “putz, é Star Ramos (Pumbaa, Abu de Samurai Jack,
Briggs: Han Solo. Peraí... você pergun- Wars”? Sully de Monstros S.A). Tiveram a idéia
tou o meu personagem principal ou o de usar o som da gravação do Mauro
meu favorito? Se forem os favoritos tem Briggs: Ô se dá... caramba... eu fico até para servir de som guia para o Bussunda
que colocar vários... Han Solo, Obi-Wan, com as pernas bambas de tanta emo- e mesmo assim deu no que deu. Não
Vader, C3P0 e R2, Yoda... ção... se eu fosse cardíaco teria caído adianta a “cola”, o Bussunda levou
durinho no chão... hahahahahaha... bomba na interpretação mesmo assim.
Quando recebo correspondência da Eu achei uma atitude muito estranha,
Intrepid: Você participou da dublagem da Lucasfilm no meu e-mail, através do fiquei magoado com essa utilização de
nova trilogia? dono da Delart, o Sérgio Delariva, fico som guia com o trabalho do meu amigo...
até sem ar! O próprio Sérgio fica rindo Achei falta de respeito tremenda. Mauro
Briggs: Não, eu colaborei como tradutor das minhas caras de criança... é o irmão que nunca tive, amo esse
do Episódio I e II. hehehehehe... homem do fundo do coração, tenho uma
enorme admiração por ele tanto como
Intrepid: Você gostou do Qui-Gon com a pessoa quanto como profissional. Ele
Voz do Batman? Intrepid: Sempre que um desenho bom e merecia, assim como o público, ter
famoso é anunciado no Brasil, aquele monte dublado o Shrek. Os técnicos que
Briggs: Eu sou suspeito pra falar, pois de site de fã consegue anunciar datas, nomes gravaram suas falas me confidenciaram
amo de paixão o meu amigo e colega e tudo antes mesmo de as fontes oficiais anun- que tinha ficado simplesmente
Márcio Seixas. Gosto de tudo que ele faz, ciarem. Muitos dizem que são os estúdios de brilhante.
pois sei que ele faz com uma competên- dublagem que falam. Você concorda com
cia que só é superada pelo carinho bár- isso? Há alguma preocupação em manter o
baro que ele tem pela profissão. Eu gos- segredo entre os envolvidos ou é impossível
tei muito da voz dele no Qui-Gon, pas- esconder um trabalho em andamento?
sou uma nobreza, uma seriedade e um
aventureiro no personagem bem legal. Briggs: Sim, por causa do segredo in-
dustrial, para evitar a perda do elemento
surpresa, da pirataria de fitas, da quebra
Intrepid: Você está envolvido na dublagem de sigilo de informações sobre determi-
do Guerras Clônicas. Qual personagem você nado e muito aguardado filme. Pra evitar
dubla? O que você achou do desenho? que pessoas como o senhor Homer
Simpson saia do cinema, após assistir a
Briggs: Eu traduzi e dirigi a série para a primeira exibição de O Império Contra-
Delart. Eu fiz apenas as legendas de Ataca, falando em alto e bom som: “Puxa,
Intrepid - 24p
crianças, desenhos animados, é uma das mais belas da ficção
documentários científicos, comédias, fil- científica. E, ironicamente, de ficção não
mes como Star Wars, Star Trek... filmes tem nada, não é mesmo?
do Jim Carrey... hehehehehehe...