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SEÇÃO I
0601 – PROPÓSITO
Estabelecer instruções para registro, certificação e homologação dos helipontos
em plataformas marítimas e navios mercantes nacionais e estrangeiros, em águas sob
jurisdição nacional.
A certificação e a homologação serão concedidas para operação de heliponto em
Mar Aberto.
0602 – DEFINIÇÕES
a) Heliponto - é uma estrutura instalada a bordo de navios ou plataformas e
construída para pouso e decolagens de helicópteros.
b) Requerente - Armador, Afretador, Operador ou seu preposto que solicita servi-
ços de regularização de heliponto.
c) Registro - ato oficial de cadastramento de heliponto junto à Diretoria de Portos
e Costas (DPC).
d) Certificação - ato oficial mediante o qual a DPC certifica que um heliponto a-
presenta condições de segurança para as operações com helicópteros em águas sob ju-
risdição nacional.
e) Homologação - ato oficial mediante o qual o Agência Nacional de Aviação Civil
(ANAC) autoriza a operação de helicópteros em heliponto.
f) Interdição - ato oficial mediante o qual a Agência Nacional de Aviação Civil
promulga a suspensão das operações aéreas, definitiva ou temporariamente, em helipon-
to.
g) Exigência - não atendimento de requisito estabelecido nesta Norma.
0607 - CERTIFICAÇÃO
a) A Certificação do Heliponto será emitida pela DPC, conforme Modelo n° 6 do
Anexo 6-B, após o recebimento do TVH expedido pela DAerM, desde que não haja exi-
gências pendentes.
b) Havendo exigências não-impeditivas por ocasião das Vistorias Inicial ou de
Renovação, a DPC solicitará àa ANAC a abertura das operações aéreas do heliponto,
não emitindo, contudo, a Certificação. Somente após o cumprimento das exigências pen-
dentes, a DPC emitirá a Certificação do Heliponto e a encaminhará à ANAC.
c) Havendo exigências impeditivas, a DPC solicitará à ANAC a interdição do Heli-
ponto até o cumprimento da exigência, em conformidade com o procedimento previsto no
item 0605.
d) O responsável pelo heliponto deverá encaminhar o Certificado de Manutenção
das Condições Técnicas de Heliponto, Modelo n° 7 do Anexo 6-B, anualmente à DPC
com cópia para a DAerM, até vinte dias antes da data de aniversário da Portaria de Ho-
mologação, emitida pela ANAC. A não apresentação desse documento dentro do prazo
estabelecido cancelará automaticamente a validade da Certificação, revogando, desta
forma, a Homologação. Caberá à DPC solicitar à ANAC a interdição do heliponto, bem
como o cancelamento da competente Portaria de Homologação. Neste caso, para que o
heliponto possa retomar as operações aéreas, deverá ser submetido a uma Vistoria Inicial
pela DAerM.
e) A certificação do heliponto terá validade de cinco anos, podendo ser renovada
indefinidamente por igual período, mediante a realização de Vistorias de Renovação, con-
forme previsto no item 0604.
f) A DPC encaminhará a Certificação do Heliponto para a ANAC, juntamente com
a Ficha-Registro de Heliponto, a fim de subsidiar a emissão da Portaria de Homologação.
Serão encaminhadas cópias da Certificação para o requerente, a DAerM e a Capitania
dos Portos, Delegacia ou Agência da área de jurisdição onde o heliponto estiver operan-
do.
g) A DPC poderá cancelar a certificação a qualquer momento, caso tome conhe-
cimento de que os parâmetros técnicos e/ou as condições de segurança para as opera-
ções aéreas estejam comprometidas.
SEÇÃO II
0611 - DEFINIÇÕES
a) Área de Aproximação Final e Decolagem - área definida, para a qual a fase
final da manobra de aproximação para vôo pairado ou pouso é completada e da qual a
manobra de decolagem é iniciada.
b) Área de Toque - parte da Área de Aproximação Final e Decolagem, com di-
mensões definidas, na qual é recomendado o toque do helicóptero ao pousar.
c) Comprimento Máximo do Helicóptero (B) - distância medida da ponta da pá
do rotor principal à ponta da pá do rotor de cauda (ou extremidade mais de ré da estrutu-
ra), ou da ponta da pá do rotor de vante à ponta da pá do rotor de ré, nos helicópteros
com dois rotores principais. Em ambos os casos, as pás referenciadas estarão dispostas
no sentido longitudinal do helicóptero.
d) Diâmetro do Heliponto (L) - diâmetro do maior círculo que couber na Área de
Aproximação Final e Decolagem.
e)Plataforma Desabitada ou de Pouso Ocasional - plataforma operada automa-
ticamente, com embarque eventual de pessoas, sem instalações habitáveis destinadas ao
pernoite.f) Plataforma Marítima Fixa - construção instalada de forma permanente, desti-
nada às atividades relacionadas à prospecção e extração de petróleo e gás. Não é consi-
derada uma embarcação.
g) Plataforma Marítima Móvel - denominação genérica das embarcações em-
pregadas diretamente nas atividades de prospecção, extração, produção e/ou armazena-
gem de petróleo e gás. Incluem as unidades Semi-Submersíveis, Auto-Eleváveis, Navios
Sonda, Unidades de Pernas Tensionadas (“Tension Leg”), Unidades de Calado Profundo
(“Spar”), Unidade Estacionária de Produção, Armazenagem e Transferência (FPSO) e U-
nidade Estacionária de Armazenagem e Transferência (FSU). As embarcações destinadas
à realização de outras obras ou serviços, mesmo que apresentem características de cons-
trução similares às unidades enquadradas na definição acima, não deverão ser conside-
radas “plataformas” para efeito de aplicação dos requisitos estabelecidos nesta norma e
em demais códigos associados às atividades de extração de petróleo e gás.
h) Ponto de Referência - é o ponto localizado na linha periférica da Área de A-
proximação Final e Decolagem, escolhido criteriosamente com base nas estruturas exis-
tentes nas proximidades do heliponto e que servirá de referência para definir os Setores
Livre de Obstáculos e de Obstáculos com Alturas Limitadas.
A rede deverá ser fixada aos elos instalados no limite da Área de Aproximação
Final e Decolagem por material semelhante ao de confecção da mesma, devendo a ten-
são mínima dos cabos de fixação ser de 2.225N. Como regra prática, não deve ser possí-
vel levantar qualquer parte da rede em mais do que 250mm acima da superfície do heli-
ponto ao aplicar uma tração vigorosa vertical com a mão.
Os cabos de fixação nos elos deverão ser espaçados entre 1,35 e 1,50m
(figura 4 do Anexo 6-A).
As plataformas fixas não utilizarão a Rede Antiderrapante, exceto se for de co-
mum acordo entre o Operador da aeronave e o Armador/Operador da plataforma. Esse
entendimento deverá ser oficializado na DAerM, com a apresentação da documentação
pertinente original contendo a autenticidade das assinaturas firmada em cartório.
j) Tela de Proteção - Telas de proteção devem ser instaladas em volta das áreas
dos helipontos, exceto quando existir uma proteção estrutural que venha a prover segu-
rança suficiente ao pessoal envolvido nas operações aéreas. A tela deve ser constituída
por material flexível e não inflamável. Esta tela deve ter 1,5 metros de largura, com malha
de dimensões de, no máximo, 4x4 polegadas. A extremidade inferior da tela de proteção
deve ficar no mesmo nível do heliponto ou em um nível um pouco abaixo, incluindo a ca-
naleta de drenagem na área do heliponto, quando existente. A extremidade superior da
tela de proteção deve ficar ligeiramente acima do nível do heliponto, mas não deve exce-
der a altura de 25cm em relação a esse nível. A tela deverá possuir uma inclinação apro-
ximada de 10° para cima em relação ao plano horizontal.
A tela de proteção não deve ser esticada em demasia, de forma a evitar sua
atuação como trampolim, e, caso sejam instaladas vigas laterais e longitudinais para dar
maior resistência à estrutura da tela, estas não devem possuir formato que possa causar
lesões em pessoas que, eventualmente, venham a ser amparadas pela tela.
A tela deverá ser suficientemente forte para resistir, sem danos, a um peso de
75 quilos que caia, a partir do repouso, de uma altura de 1m. Deverá ser apresentado um
atestado assinado pelo Armador, afirmando que a tela de proteção foi submetida a teste
com a carga estipulada, efetuado por empresa especializada ou pelo setor de engenharia
da empresa operadora do navio ou plataforma.
SEÇÃO III
0617 – DEFINIÇÕES
a) Helipontos Estacionários – helipontos localizados em plataformas marítimas
ou navios mercantes que serão homologados para operar em uma posição geográfica
estacionária, dentro de águas jurisdicionais brasileiras, sendo permitida uma variação de,
no máximo, duas milhas da posição autorizada. A posição deverá constar da Ficha-
Registro de Heliponto e será publicada na sua Portaria de Homologação, sempre em co-
ordenadas geográficas, com a precisão de décimos de minutos. A operação de aeronaves
em Heliponto Estacionário será restrita à posição constante na Portaria de Homologação,
exceto em condições especiais (deslocamentos necessários), com a autorização expres-
sa da ANAC.
PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS
0624 – SANÇÕES
a) A utilização indevida dos helipontos por helicópteros civis implicará em sanções
previstas na legislação em vigor, podendo acarretar a suspensão das operações aéreas
pelo Comando da Marinha, por meio da DPC, ou pelo Comando da Aeronáutica, por meio
da ANAC, a qualquer momento, por motivo de insuficiência ou inoperância de suas insta-
lações e/ou equipamentos ou inobservância de qualquer das prescrições constantes nos