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Itabira
Faculdade Itabirana de Desenvolvimento das Ciências e Tecnologias
Novembro/2009
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Anderson Rodrigo de Carvalho
André Milanio Nunes
Eduardo Teixeira
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Itabira
Faculdade Itabirana de Desenvolvimento das Ciências e Tecnologias
Novembro/2009
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SUMÁRIO
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INTRODUÇÃO....................................................................................................................04
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CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO.............................................................04
HIDROLOGIA.....................................................................................................................12
EPIDEMIOLOGIA..............................................................................................................16
ECONOMIA AMBIENTAL................................................................................................25
POLUIÇÃO AMBIENTAL.................................................................................................27
FECHAMENTO DO EMPREENDIMENTO......................................................................43
CONCLUSÃO......................................................................................................................44
REFERÊNCIAS...................................................................................................................45
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1. INTRODUÇÃO
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decisiva para o bem estar e a melhoria da qualidade de vida das presentes e futuras
gerações, sendo fundamental para o desenvolvimento de uma sociedade equânime, desde
que seja operada com responsabilidade social, estando sempre presentes os preceitos do
desenvolvimento sustentável.
Estes estudos têm por objetivo implantar um projeto de operação e lavra de minério de
ferro, a céu aberto, com tratamento a úmido. Contemplando alguns itens essenciais ao
funcionamento do empreendimento como: barragem de contenção de rejeitos, acumulação
de água e pilha de estéril, atendendo á demanda da mineração tendo como objetivo final
dos trabalhos, gerar um documento envolvendo as áreas de Hidrologia, Epidemiologia,
Poluição Ambiental, Economia, Direito Ambiental.
2. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREEDIMENTO
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Lavra a céu aberto com tratamento a úmido – minério de Ferro
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A lavra deste jazimento está sendo planejada para ocorrer de forma a atender o mercado
interno siderúrgico mineiro, totalizando 25 anos de operação. O estéril lavrado durante a
operação da mina será destinado a uma pilha de estéril com capacidade de armazenamento
de 14.000.000 toneladas, a jusante da pilha será construído um dique de contenção de
sedimentos.
A seguir, apesentamos alguns mapas temáticos para facilitar o processo de análise da área
onde sera instalado o empreendimento. São eles:
Solos
Vegetação
Temperatura Média
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3. HIDROLOGIA
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Impactos Ambientais
Aspectos
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Drenagem Carreamento
superficial de solidos
- - - - -
para cursos
da mina
d'água
Reduçao da
Beneficiamento
disponibilidade
de minério - - - - -
hidrica
Contam. água
Manut.
por óleos e
Mecânica - - - - -
solventes
equipamentos
Efluentes
Área
- químicos - - - -
administrativa
e orgânicos
Tabela 2: Aspectos e Impactos Ambientais da Mineração
A construção de uma barragem para contenção dos rejeitos gerado pelo processo de
beneficiamento, acarretarão em alterações significativas nos cursos d’água interceptado.
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Ocorrerá uma reservação e acumulo de água a montante do barramento, alterando suas
características originais, podendo alterar todo o meio biótico, devido ao alagamento das
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áreas de entorno do reservatório. Como ação mitigadora será suprimida toda vegetação
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situada na cota de alagamento, área esta licenciada, a fim de evitar o aporte de matéria
orgânica no reservatório. Serão estudados e mantidos em equilíbrio as espécies nativas no
meio local.
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Área administrativa / efluentes limpos e orgânicos
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Equação de Kirpich
tc = 57(L3/H)0,385
L= 2 Km
H= 35m
tc = 52,64(L/√S0)0,64
L= 2 Km
S0=17,5 m/km
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Equação de Picking (Freitas, 1984)
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tc = 51,79(L2/S0)1/3
L= 2 Km
S0=17,5 m/km
im = KTa/(tc + b)c
K= 4600 b = 34,952
a = 0,203 c = 1,033
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Resultados de Cálculos de concentração de vazão
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4. EPIDEMIOLOGIA
Um dos maiores transtornos sofridos pelos habitantes próximos e/ou os que trabalham
diretamente na mineração, relaciona-se com a poeira. Esta pode ter origem tanto nos
trabalhos de perfuração da rocha como nas etapas de beneficiamento e de transporte da
produção.
Estes resíduos podem ser solúveis, ou particulares que ficam em suspensão. A contribuição
da mineração para a poluição do ar é principalmente a poluição por poeira e gases
provenientes de motores e máquinas.
Estes poluentes atmosféricos agravam a saúde das pessoas que estão em torno da mina e os
trabalhadores que estão diretamente expostos a esse tipo de poluição. Abaixo se encontram
algumas doenças e malefícios decorrentes desse tipo de poluente:
Siderose Pulmonar
É uma doença causada por poeiras e fumos contendo oxido de ferro. Os sintomas da
doença são febre alta, dor torácica ventilatorio-dependente no hemitoráx, tosse
produtiva com expectoração amarelada e prostração.
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As conseqüências para a saúde humana são cansaços, irritações pulmonares, que
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Silicose
Asma
A asma é uma doença alérgica (herdada ou adquirida) onde ocorre inflamação dos
brônquios deixando as pessoas com dificuldade de respirar, com a mineração na cidade
de salinas leva ao agravo das crises de asma.
Como a asma e uma doença que na maioria das vezes e genética, ou em alguns casos se
adquire através de material particulado suspenso no ar provenientes da mineração.
Os sintomas são aperto no peito, cansaço, tosse com ou sem catarro, falta de ar que
podem variar de acordo com a idade e o clima das pessoas doentes.
Prevenção primaria, tem como objetivo evitar que crianças com alto risco de tornarem
alérgicas fiquem sensibilizadas;
Prevenção secundaria, se baseia em tratar as doenças das vias aéreas superiores, como
a rinite alérgica, bronquite, sinusite, para evitar o desenvolvimento da asma.
A asma não tem cura, mas para controlar a sua incidência é necessário o controle de
particulado fino suspenso no ar através de aspersões de água na mina, arborização em
torno da mina.
Todas as doenças citadas acima podem ser evitadas através de medidas preventivas que
devem ser adotadas pela empresa, para que possam minimizar os impactos causados na
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população provenientes da mineração. As medidas preventivas são umidificação das vias e
das pilhas de minério, cinturão verde em torno da mina, mascaras adequadas para os
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trabalhadores.
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As seis categorias selecionadas foram as doenças mais citadas na literatura sobre o tema e
nas entrevistas de campo. As informações se referem as medias observadas para o conjunto
de municípios mineradores e não-mineradores, bem como a diferença (em termos
percentuais) observada entre as medias. A avaliação das medias amostrais foi feita com o
teste estatístico t, com o nível significância de 5%. Os resultados não revelaram diferenças
significativas entre as medias do conjunto de municípios minerador e não-minerador, mas
revelaram diferenças inter-regionais, quanto as doenças infecto-contagiosas.
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As doenças infecto-contagiosas estão intimamente relacionadas às condições
socioeconômicas, especialmente, a renda e a educação. Portanto, era previsível que o
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internação hospitalar para esse tipo de doença superior a dos municípios mineradores das
demais regiões.
Esse resultados são insuficientes para afirmar que municípios de base mineira estejam
livres de algum tipo de doença típica da mineração . Significa que apenas a amostragem do
ano de 2005 para o conjunto de municípios minerador e não-minerador, não revelou essa
associação. Dado que surpreende, pois a expectativa era de se encontrar maior incidência
de doenças respiratórias entre o conjunto de municípios mineradores. Como hipótese,
pode-se especular que normas ambientais mais rigorosas sobre os limites das emissões
atmosféricas ( resoluções CONAMA 003/1990 e 382/2006, entre outras) tem estimulado o
desenvolvimento de processos mais comprometidos com a prevenção e o controle de
emissões de particulados pela extração mineral.
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Município: Itabira - MG
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Tabela 6: Distribuição Percentual das Internações por Grupo de Causas e Faixa Etária - CID10
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Município: Itabira - MG
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Tabela 7: Mortalidade Proporcional (%) por Faixa Etária Segundo Grupo de Causas - CID10
2006
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Menor
Grupo de Causas 1 1a4 5a9 10 a 14 15 a 19 20 a 49 50 a 64 65 e mais 60 e mais Total
X. Doenças do aparelho respiratório 3,7 100,0 - - 11,1 1,0 5,6 15,5 15,1 10,2
XX. Causas externas de morbidade e mortalidade - - - - 77,8 38,1 4,6 1,1 0,9 9,9
Demais causas definidas 22,2 - 100,0 - 11,1 23,7 16,7 18,4 18,8 19,2
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Fonte: SIM
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Tabela 8: Coeficiente de Mortalidade para algumas causas selecionadas
(por 100.000 habitantes)
Causa do Óbito 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
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Neoplasia maligna da mama (/100.000 mulheres) 2,0 3,9 11,5 17,0 13,1 5,5 12,6
Neoplasia maligna do colo do útero (/100.000 mulh) - 1,9 9,6 - - 3,6 3,6
Infarto agudo do miocardio 18,3 19,0 24,8 24,5 26,1 29,2 28,8
As tabelas e gráficos acima mostram que o índice de morbidade hospitalar de pessoas que são
internadas por doenças do aparelho respiratório e de 11,2%, sendo que os mais afetados são as
crianças que variam a idade entre menores que um ano e ate nove anos, e os mais velhos
também possuem um elevado índice de internações.
A taxa de mortalidade por doenças respiratórias foi de 10,2%, sendo que a população mais
afetada foram pessoas com mais de 60 anos e crianças com idade entre um a quatro anos.
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5. ECONÔMICA AMBIENTAL
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Com a chegada da mineração que tem previsto um investimento de 5,6 bilhões de dólares
devem-se tomar medidas publicas administrativas para que a economia da cidade não se torne
um enclave econômico.
Um enclave econômico caracteriza-se pela ausência de ligações em cadeia entra a atividade
principal, que no caso de Salinas passara a ser a mineração, e os outros setores econômicos já
existentes na região. Caso se configure como enclave econômico a cidade passara dera seu
desenvolvimento auto-sustentável, diversificado e independente da atividade principal,
passando a ser sempre dependente uma única geração de renda .
Assim como todos os municípios brasileiros que são detentores de atividades minerárias,
Salinas terá o direito a uma parte do lucro com a venda do produto final que é retirado de seu
subsolo. Do montante que é repassado às esferas governamentais, tem-se a seguinte divisão:
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• 12% para a União (DNPM, IBAMA e MCT4);
• 23% para o Estado onde for extraída a substância mineral;
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Direito esse amparado pela Constituição Federal de 1988 que, em seu Art. 20, § 1º, cita:
A CFEM ainda é regulamentada pelas Leis n°s 7.990/89, 8.001/90 e 9.993/00, bem como pelo
Decreto nº 1/91. Sendo de responsabilidade do Departamento Nacional de Produção Mineral
— DNPM —, a administração, normatização e fiscalização sobre a arrecadação da mesma
(Lei n° 8.876/94, art. 3° - inciso IX). A CFEM é gerada a partir do cálculo sobre o valor do
faturamento líquido das empresas minerárias, concebido na venda do produto mineral
originário das áreas da jazida, mina, salina ou outros depósitos minerais. Desse valor, já estão
deduzidos os tributos (ICMS, PIS, COFINS), que são incidentes na comercialização, assim
como as despesas com transporte e seguro.
O pagamento da CFEM é realizado mensalmente, até o último dia útil do segundo mês
subseqüente ao fato gerador, ou seja, a venda do produto mineral.
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Credito de Carbono
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Um fator importante a ser levando é quanto a emissão de CO2 pela mineração seja no ato de
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6. POLUIÇÃO AMBIENTAL
Liberação de resíduos tóxicos que ataquem os tecidos dos seres vivos, por absoluta
falta de um melhor destino para os materiais poluentes. Ex. lixo radioativo, metais
pesados, etc.
Pelo próprio homem através da superpopulação onde se acumulam resíduos
metabólicos (gás carbônico, esgotos, etc.). Ex. grandes cidades sem infra-estrutura
de saneamento, etc..
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Considera-se impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e
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biológicas sobre o meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia
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A biota;
A saúde, segurança e o bem estar da população;
As atividades sociais e econômicas;
As condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
A qualidade dos recursos ambientais.
Com todas estas atividades o meio ambiente sofrerá as conseqüências com a provocação de
impactos, visuais, no ar, qualidade da água, no solo, etc. Estes impactos, na sua maioria,
degradam o meio ambiente gerando áreas degradadas a passivos ambientais, nada que não
possa ser passível de recuperação e reabilitação total ou parcial.
Degradação Ambiental é quando a vegetação nativa, a fauna e a camada fértil do solo são
destruídas, removidas ou expulsas e a qualidade dos rios, lagos, etc. são alterados.
Passivo Ambiental é a descrição do acúmulo de danos ambientais que deve ser reparado afim
de que seja mantida a qualidade ambiental de um determinado local. Esta noção de passivo
ambiental foi tomada emprestada das ciências contábeis e representa, num primeiro momento,
um valor monetário necessário para reparar os danos ambientais. Desta forma pode-se incluir
valores monetários (custos) estimados na reparação de danos causados ao meio ambiente pelo
empreendimento mineiro. Representa uma ―dívida‖ para com a geração futura.
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Impactos Visuais e formas de controle
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São alterações paisagísticas causadas pela implantação de uma mineração em uma área onde
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Paisagismo que tenta restabelecer a paisagem típica da região como era antes ou
dar outro uso à terra.
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Fontes fixas de poluição do ar:
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Chaminés de fábricas;
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Fontes móveis:
Revegetação;
Controle de detonação.
É a parte do ambiente mais afetada pela mineração. Isto acontece através do carreamento de
solo para os rio, lagos, etc. e quando o tratamento de minério requer a utilização de metais
pesados ou compostos orgânicos (mercúrio, alcális, etc.).
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Sólidos em suspensão na água que diminui a sua claridade e reduz a transmissão
de luz e quantidade de oxigênio dissolvido na mesma.
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O controle da poluição nos cursos d’água pode ser efetivado com drenagens convenientes
(desvio da água das frentes de lavra), o controle da erosão (compactação do solo), o replantio
de vegetação e umedecimento da vegetação, além da recirculação da água utilizada no
tratamento mineral.
Um dos fatores responsáveis pela degradação é a erosão causada pela água, quando não
drenada, que corre sobre o solo, causando a sua destruição. O desmatamento e a retirada da
cobertura vegetal, também acelera o processo de destruição do solo. O lançamento de resíduos
da mina contendo substâncias tóxicas, também causa destruição do solo.
O controle da degradação do solo pode ser feito por meio de drenagens superficiais, canaletas,
bueiros, etc., cobertura vegetal de áreas descobertas, para impedir que a ação das chuvas
destrua o solo; e, por último, a neutralização de substâncias tóxicas em contato com o solo.
O controle destas fontes é feito através de planos de fogo melhores projetados, para evitar
uma maior liberação de energia. Para as outras fontes é necessária a regulagem dos motores
dos equipamentos e isolamento das fontes emissoras de ruídos.
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Impactos causados pelos resíduos sólidos de mineração e formas de controle
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operações são a céu aberto e movimentam uma grande quantidade de estéril e rejeito, que
deve ser disposto em local apropriado. Procura-se, em princípio, uma área que venha a sofrer
o menor impacto possível aliado à segurança e estabilidade das pilhas de estéril e barragens de
rejeitos.
Os impactos ambientais mais comuns causados pela disposição controlada de estéril e rejeitos
de mineração podem ser melhores entendidas no quadro abaixo:
A seguir temos algumas tabelas para simplificar a explicação dos aspectos e impactos
identificados nas diversas atividades da mineração. Entre os que mais se destacaram
associam-se ao desmonte de rocha com explosivos (sobrepressão, vibração do terreno e
ruído), pois são os que causam maior desconforto à população ao entorno da mineração.
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ATIVIDADES ASPECTOS IMPACTOS
Poluição sonora
Geração de ruído e poeira Pertubação das vizinhanças e exposição
Perfuração de bancadas ocupacional dos trabalhadores
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ATIVIDADES ASPECTOS IMPACTOS
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ATIVIDADES ASPECTOS IMPACTOS
Circulação de veículos e Emissão de gases e vazamento de combustíveis, Poluição do ar, contaminação do solo e dos cursos
máquinas leos e graxas d’água
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Instalação de caixa cimentada coletora de leos o Prevenção na contaminação do solo e dos cursos
graxas e dos efluentes d’água
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ATIVIDADES ASPECTOS IMPACTOS
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Existem três tipos de licença, que estão relacionadas com as fases do empreendimento e
são concedidas pelo órgão ambiental competente.
Licença Prévia (LP) - Deve ser solicitada ao órgão ambiental na fase de planejamento da
implantação, alteração ou ampliação do empreendimento. Essa licença não autoriza a
instalação do projeto, e sim aprova a viabilidade ambiental do projeto, bem como sua
localização e concepção tecnológica. Além disso, estabelece as condições a serem
consideradas no desenvolvimento do projeto executivo.
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Licença de Instalação (LI) - Autoriza o início da obra ou instalação do empreendimento. O
prazo de validade dessa licença é estabelecido pelo cronograma de instalação do projeto ou
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atividade, não podendo ser superior a 6 (seis) anos. Empreendimentos que impliquem
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É necessário dirigir-se ao órgão ambiental para que o FCE seja protocolado e inicie-se o
processo do licenciamento ambiental. Após esse processo e gerado o FOBI (Formulário de
Orientação Básica) para que sejam definidos os itens a serem contemplados para analise dos
técnicos.
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2º passo: Contemplar os itens do FOBI.
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O FOBI contém todos os documentos necessários ao início do processo de análise para a concessão
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f) Elaboração do EIA/RIMA;
Após a obtenção dos documentos, as informações serão analisadas pelos técnicos do órgão
ambiental, que irão deferir ou indeferir a licença. Em alguns casos se vê necessário o pedido
de informações adicionais.
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4º passo: Publicação da abertura de processo
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Se a sua licença for deferida, o órgão ambiental deverá publicar a abertura do processo no
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Seguindo esses passos, consegue-se a primeira licença, ou seja, LP. Para conseguir a LI, o
processo se inicia novamente, contemplando todos os passos acima e elaborando os
documentos exigidos pelo Orgão Ambiental. Para que se consiga a LO, seguiremos os
mesmos passos que utilizamos para conseguir a LI. Ao final de todo esse processo, e com
todas as licenças concedidas o seu empreendimento esta qualificado para funcionar,
lembrando que é de fundamental importância cumprir todas as condicionantes exigidas pelo
órgão ambiental.
Em 1997, entrou em vigor a Resolução CONAMA nº 237, que teve por objetivo revisar e
simplificar os procedimentos e critérios utilizados no licenciamento ambiental, de forma a
utilizá-lo mais efetivamente como instrumento de gestão ambiental.
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É importante, para mais fácil entendimento do licenciamento ambiental, analisá-lo no
contexto do processo de legalização da atividade mineral, de acordo com os diferentes
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regimes.
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4º obter a Licença Prévia (LP), que é primeira licença ambiental necessária, junto a Secretaria
Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SEMAD.
5º elaborar o EIA/RIMA.
10º apresentar as Licenças de Instalação e Operação (LI e LO) ao DNPM, para publicação do
Decreto de concessão de lavra.
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Em seguida, devemos seguir o seguinte processo:
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Pela análise das duas tabelas pode-se constatar que o licenciamento ambiental e a atribuição
de títulos minerários são de fato processos interligados e sucessivos, onde uma fase sucede à
anterior. Esta visão vai ao encontro do que foi discutido e proposto no processo participativo
no sentido de que é fundamental a coordenação entre os diferentes órgãos responsáveis por
estes dois processos.
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Para facilitar a compreensão do procedimento de licenciamento ambiental deste
emprendimento minerario, segue de forma suscinta o fluxograma abaixo:
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8. FECHAMENTO DO EMPREEDIMENTO
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poder público, baseado no código brasileiro de mineração e nas leis ambientais em vigor.
Foram consideradas a estabilidade química, biologia e física da área afetada pela operação
mineira.
A área degradada será trabalhada e preparada de forma a fornecer para a população local um
condomínio, com toda infra-estrutura residencial e de lazer implantada. Com a recuperação
natural do aqüífero na região da cava operacional, associado às chuvas locais, teremos a
formação de um lago. Este reservatório irá funcionar como regulador da umidade local, como
área de lazer para os condôminos, bem como na regularização e fornecimento de água para
toda a população da região afetada pelo empreendimento, visto a baixa disponibilidade hídrica
da região. Com estas ações tomadas atingimos o objetivo final que é alcançar e demonstrar
termos concluído com comprovado sucesso, todas as metas (legais, ambientais e técnicas)
propostas e acordadas com a população e autoridades no plano de fechamento de mina.
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9. CONCLUSÃO
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Com este trabalho interdisciplinar verificamos que não existe a menor possibilidade de
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implantar um empreendimento sem que haja a interação entre as disciplinas abordadas, pois
para a instalação deste gera-se um grande impacto poluidor, daí a necessidade da
multidisciplinariedade para que tenhamos um empreendimento que mantenha-se de forma
sustentável e que se empenhe em prol da mitigação dos impactos ambientais.
Também e fato que caso o empreendimento não fosse fictício, seria de grande importância
para a população da cidade estudada, pois apesar do grande potencial poluidor, geraria um
grande crescimento economico ao município, ficando a cargo da administração pública não
deixar que a economia da cidade se torne um enclave economico devido ao empreendimento.
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10. REFERÊNCIAS
45
ANTUNES, Paulo de Bessa. Direito Ambiental. Rio de Janeiro: Editora Lemen Juris,
7a. ed. revistada, ampliada e atualizada, 2004.
BRAGA T.O. et al. Auditoria ambiental, uma proposta para empreendimentos mineiros.
Instituto de Pesquisas Tecnol gicas, Boletim 69, São Paulo, 1996.
DERANI, Cristiane. Direito Ambiental Econômico. São Paulo: Max Limonad, 1997.
SALOMÃO, F.X.T.; IWASA, O.Y. Erosão e a ocupação rural e urbana. In: Associação
Brasileira de Geologia de Engenharia. Curso de geologia aplicada ao meio ambiente. São
Paulo: ABGE, 1995. p. 31-57. (Série meio ambiente).
Sites consultados:
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