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Factores de risco:
Irritação crónica do esófago (fumo ou álcool),
História prévia de carcinoma de células escamosas da cabeça e pescoço,
Dieta rica em nitrosaminas,
Presença do esófago de Barrett,
História de ingestão de lixívia,
Acalásia esofágica1,
Síndrome de Plummer-Vinson,
Tilose,
Várias deficiências nutricionais.
Características clínicas:
Disfagia/odinofagia e perda de peso são as mais frequentes.
Em caso de doença avançada pode haver:
o Dor extensa na região posterior do tórax ao engolir,
o Disfonia (paralisia da laringe),
o Paralisia diafragmática (envolvimento do nervo frénico),
o Tosse ao engolir (fistula traqueo-esofágica),
o Síndrome da veia cava superior2,
o Nódulos cervicais ou supracaviculares palpáveis,
o Derrame pleural maligno,
o Ascites malignas,
o Dor óssea.
Diagnóstico e estadiamento:
Todos os doentes com sintomas sugestivos de neoplasia do esófago devem ser submetidos a
deglutição de bário ou a uma endoscopia digestiva alta. A TAC revela se existe invasão dos gânglios
linfáticos ou de órgãos vizinhos.
Estes tumores destroem a mucosa normal pelo estreitamento do lúmen esofágico.
Metástases:
A aorta e a traqueia são ameaçadas por este tumor pela sua proximidade, exacerbando assim
o prognóstico.
Estratégias terapêuticas:
A quimioterapia com cirurgia ou radioterapia parecem ser as mais promissoras. A escolha da
modalidade cirúrgica depende da extensão e da localização do tumor.
A radioterapia é utilizada muitas vezes com fins paliativos na obstrução e controlo da dor
nos doentes, sendo este tipo de tratamento raramente usado como primário, uma vez que o
percurso dura, em geral, seis a oito semanas e a sobrevida média, para esses doentes, é de poucos
meses. Os doentes submetidos a este tipo de tratamento são normalmente doentes com
metastização nos tumores avançados e obstrutores, em estado funcional deficiente, que não
permitem uma modalidade terapêutica combinada.
Bem como a radioterapia, a quimioterapia não é bem sucedida em doentes em estádios
avançados uma vez que estes resultados se notariam ao fim de alguns meses apenas.
Estudos mostram que existe recidiva em, pelo menos, 80% dos doentes tratados com estas
terapêuticas combinadas.
Prognóstico:
Cerca de 90-95% dos doentes estão em fase de cuidados paliativos no diagnóstico ou pouco
tempo após este, o que faz com que a cirurgia paliativa não seja muitas das vezes uma opção. As
alternativas incluem a dilatação perioral, a prótese esofágica perioral e a eliminação por laser das
lesões obstrutivas. A gastrostomia endoscópica percutânea (PEG) é considerada um método de
baixo risco, quando os doentes já não se conseguem alimentar oralmente.