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Disciplina : Direito Penal

Professor : Verônica Lazar


Teoria do Crime

1 - CONCEITO DE CRIME

1.1 Conceito formal – crime é todo fato típico e antijurídico (Mirabete, Damásio e
Delmanto).
1.2 Conceito material ou substancial - o delito constitui lesão ou perigo de lesão a um
bem jurídico-penal.
1.3 Conceito analítico – fato típico, ilícito e culpável (Rogério Greco, Luiz Regis Prado,
Assis Toledo)

2 - FATO TÍPICO

2.1 Conceito: comportamento humano que se amolda perfeitamente aos elementos


constantes do modelo previsto na lei penal.
2.2 Elementos: conduta dolosa ou culposa, resultado (nos crimes materiais), nexo causal
(nos crimes materiais) e tipicidade penal (formal e conglobante).

3 CONDUTA

3.1 Conceito: ação ou omissão humana voluntária dirigida a determinada finalidade.

4 TEORIAS DA CONDUTA

4.1 Naturalista ou causal ( Franz Von Liszt): a conduta seria uma modificação no mundo
exterior desprovida de qualquer finalidade.
4.2 Finalista (Hans Welzel): a conduta é uma atividade humana dirigida para uma
finalidade e não um comportamento meramente causal. Adotada pelo CP.
4.3 Social (ou da adequação social): a ação é a causação de um resultado típico
socialmente relevante.

5 RELEVÂNCIA DA OMISSÃO (art. 13, § 2º,CP)

5.1 Dever jurídico de agir e possibilidade real de agir.


5.2 Hipóteses legais: dever legal, posição de garantidor da não ocorrência do resultado,
criador de situação de risco.

6 RELAÇÃO DE CAUSALIDADE

6.1 Conceito: elo que se estabelece entre a conduta do agente e o resultado naturalístico.
6.2 Teoria da equivalência dos antecedentes causais (conditio sine qua non) – toda
conduta que tiver contribuído para a produção do resultado é considerada sua causa. Só
tem relevância nos crimes materiais.
6.3 Espécies de causas:

¾ Absolutamente independentes – Podem ser preexistentes, concomitantes e


supervenientes. Nesses casos o agente só responde pelos atos até então
praticados.
¾ Relativamente independentes – Podem ser preexistentes, concomitantes e
supervenientes. O agente responderá pelo resultado nas duas primeiras. Na
hipótese das supervenientes, por disposição expressa, o agente não responde pelo
resultado (art. 13, § 1º CP).

Entretanto, se a causa superveniente está na linha do desdobramento físico da ação, o


resultado é atribuído ao agente. Ex.: Complicações cirúrgicas.

7 RESULTADO: modificação do mundo exterior provocada pela conduta.

7.1 Teorias:
a) naturalística: o resultado é a modificação do mundo externo causada por um
comportamento humano;
b) jurídica ou normativa: o resultado é a lesão ou ameaça de lesão a um interesse
penalmente relevante.

8 TIPICIDADE PENAL = FORMAL + CONGLOBANTE

9 TIPICIDADE FORMAL: adequação do fato à norma

10 O QUE É TIPICIDADE CONGLOBANTE?


R: é aquela formada pela antinormatividade e pela tipicidade material

ATENÇÃO: só há tipicidade material quando há lesão significativa do bem jurídico.

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