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EEFMT Prof. Dagmar Ribas Trindade.

Aluno: Número:
Série: Turma: Curso: Técnico em Administracao
Professor (a): Taroh Morihara Disciplina: Contabilidade Data: ___ /___ /2010
Matéria – Situação Financeira x Situação Econômica
Entrega: __ /__ /2010

O Balanço Patrimonial evidencia a situação patrimonial (Bens, Direitos e Obrigações) da empresa.

Balanço Patrimonial a função (entre outras) de indicador da Situação Financeira da Entidade, ou


seja, a capacidade de pagamento da empresa.

A simples comparação entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante propicia ao usuário do


Balanço Patrimonial uma visão panorâmica da situação Financeira da empresa a curto-prazo.

Ativo Circulante é constituído de dinheiro (disponível), de quase dinheiro (duplicatas a Receber) e


de futuro dinheiro (Estoque).

Na verdade, os recursos financeiros (dinheiro) utilizados para fazer frente às dívidas da empresa
(Passivo Circulante) são retirados do Ativo Circulante. Dessa forma, normalmente, se o Ativo
Circulante for menos que o Passivo Circulante, a empresa comercial ou industrial terá dificuldade
em solver seus compromissos; portanto, sua Situação Financeira não é boa.

A Situação Financeira poderá, também, ser objeto de análise para situações a Longo-Prazo. Nesse
caso, incluiríamos ao Circulante, na comparação o Realizável e o Exigívle a Longo-Prazo (Ativo
Circulante + Realizável a Longo-Prazo / Passivo Circulante + Exigivel a Longo-Prazo). Outras
variáveis, enfim, seriam consideradas para uma análise da Situação Financeira da empresa.

Situação Econômica

Por outro lado, podemos também identificar, pelo Balanço Patrimonial, a situação
econômica da empresa.

Uma forma de analisar a situação econômica é observar o Patrimônio Líquido da empresa e sua
variação. Evidentemente, o crescimento real do Patrimônio Líquido vem fortalecer a situação
econômica.

O fortalecimento do Capital Próprio (PL) em relação ao Capital de Tercerios propicia à empresa


uma posição mais sólida, não se tornando vulnerável a qualquer revés que possa ocorrer no dia a
dia.

A principal fonte de fortalecimento do Patrimônio Líquido é o “bom lucro”. Assim, a constante


obtenção de resultado positivo (lucro) vem contribuindo para uma situação econômica mais sólida.
O oposto também é uma realidade, isto é, o projuízo (resultado negativo) vem enfraquecer a
situação econômica da empresa.

Todo lucro obtido pela empresa pertence aos seus proprietários. Por isso, o lucro não distribuído aos
donos do Capital é contabilizado no Patrimônio Líquido como Lucros Acumulados (Lucros
Retidos).

A parcela do lucro não distribuída aos proprietário (mas retida na empresa) é que, na verdade,
fortalece a situação econômica. Repare que essa parcela se incorpora ao capital próprio que numa
situação de continuidade pertence a empresa, uma vez que os proprietários não poderão exigir (não
exigível) o reembolso desses recursos. Assim, a empresa utiliza esses recursos como se fossem dela,
até a mesma entrar em dissolução (descotinuidade).

O Patrimônio Líquido poderá ser acrescido, também, com novos aumentos de capital: os
proprietários fazem novos investimentos, normalmente com o objetivo de expandir a empresa.
Todavia há ocasiões em que a situação econômica (e mesmo a situação financeira é tão precária)
que os proprietários da empresa contribuem com o aumento de capital (reforço) para tentar
equilibrar essa situação. Note-se que esses aumentos não serão contínuos, pois a situação seria
desestimulante para os proprietários.

Ressaltemos, entretanto, que, se o Patrimônio Líquido (Capital Próprio) apresenta crescimento


durante vários períodos, em proporção menor que o Capital de Terceiros, a situação econômica da
empresa tende a enfraquecer.

Fluxo Econômico x Fluxo Financeiro.

Exercício Social ou Período Contábil – Max. De 12 meses.


Todavia é importante que a empresa apure o sucesso (lucro) ou insucesso (prejuízo) em perídos
mais curtos: mensal, trimestral, quadrimestral etc.

Resultado pode ser positivo – Lucro (superávit), - ou negativo – Prejuízo (déficit).


O resultado é a diferença entre as Receitas (venda) e as despesas.

Receitas (-) Despesas = Resultado sendo Lucro se Receita>Despesas ou Prejuízo se


receitas<Despesas

Contabilidade utiliza dois regimes diferentes para apurar resultados.

Fluxo Financeiro
Suponhamos que em um determinado mês entre $ 100.000 de Receita (Vendas). Nesse mês, a
empresa pagou despesas com salários e outras despesas no valor de $ 80.000.
Neste exemplo há um resultado financeiro de (100.000 – 80.000) ou seja $20.000. Em outras
palavras houve uma sobra financeira no caixa.

Fluxo Econômico (ou Contábil)


Por outro lado, a empresa pode ter receitas (vendas) que ainda não recebeu ou despesas que ainda
não foram pagas. São itens que não afetam imediatamente o caixa, daí se apura o resultado
econômico (ou contábil).

Essa empresa presta serviços de transporte e seus caminhões estão avaliados em $1.200.000. Sendo
que em média eles trabalham quatro anos, ou seja 48 meses de vida útil, e são tratados como sucata
após esses anos.
Assim a empresa deveria considerar o consumo pelo uso dos caminhões como despesa, ainda que
não houvesse saída do caixa. Essa despesa é chamada de depreciação. Deve ser considerada já que o
bem está perdendo seu valor por perder o potencial de trazer benefícios futuros.
Dessa forma , seria interessante considerar uma despesa mensal de depreciação de $ 25.000
(1.200.000/48 meses) pelo uso dos caminhões embora não tenha havido saída de $$$ do caixa. Se
em vez de comprar o bem a empresa tivesse alugado, um valor semelhante a essa depreciação
poderia estar saindo do caixa.
Vamos considerar as receitas e despesas a vista adicionando a depreciação.
Receita 100.000
(-) Despesas de Salários e outros (80.000)
(-) Despesa de Depreciação (25.000)
Prejuízo ( 5.000)

Qual dos dois é o correto? O lucro financeiro de $ 20.000 ou o resultado econômico de (-) $
5.000???
Admitindo que a empresa vá funcionar por muitos anos ainda temos que considerar a depreciação
dos caminhões como algo relevante uma vez que no futuro ele vai ter que ser reposto e o caixa deve
gerar recursos para essa reposição. Caso contrário a empresa estaria definhando a cada mês aos
poucos.

Se o caixa gerou $ 20.000 supõe-se que ele não tem recursos o bastante no final de quatro anos para
repor os caminhões sucateados. Assim apesar de ter sobra de dinheiro (lado financeiro) a empresa
não seria capaz de repor seu potencial, seus bens, para não perder sua capacidade inicial de geração
de recursos (lado econômico). Assim de fato ela teve prejuízo.
Dessa forma podemos dizer que despesa pelo regime financeiro é identificado pelo desembolso,
pelo pagamento, enquanto pelo lado econômico despesa é todo sacrifício incorrido para obter
vendas. Esse sacrifício pode representar saída de dinheiro no ato, no futuro, ou em caso extremo,
nunca haverá desembolso.
Por outro lado , a receita (vendas) pelo sistema financeiro só é considerada quando efetivamente
entrar no caixa. Já pelo regime econômico, toda receita gerada (ganho) no período já é considerada
mesmo que ainda não tenha sido recebida. Assim venda a prazo são consideradas pelo regime
econômico e não pelo regime financeiro.

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