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VIDROS
1. Introdução...............................................................................3
2. Origem do Vidro......................................................................4
3. Desenvolvimento......................................................................4
4. Vidro no Brasil........................................................................5
5. Processos de Fabricação............................................................6
5.1. Vidro Float.......................................................................7
5.2. Vidro Impresso.................................................................8
6. Composição............................................................................9
7. Tipos de Vidro........................................................................12
7.1. Vidro Plano......................................................................12
7.2. Vidro de Segurança...........................................................12
7.3. Vidro Acústico..................................................................13
7.4. Vidros Especiais................................................................14
7.5. Vidros coloridos................................................................15
8. Aplicações..............................................................................17
9. Propriedades...........................................................................18
10. Normatiação...........................................................................19
11. Patologias...............................................................................20
Embora não exista dados precisos, alguns historiadores afirmam que a descoberta do
vidro ou cristal, como foi chamado, foi feita pelos fenícios em uma praia do Mediterrâneo, no
litoral do Líbano atual, mais de 2000 anos antes da Era Cristã, quando estes improvisaram
uma fogueira utilizando blocos de salitre e soda e, algum tempo depois, notaram que do fogo
escorria uma substância brilhante que se solidificava imediatamente
Mas, conforme pesquisas arqueológicas, o vidro já era conhecido há pelo menos 4.000
anos antes da Era Cristã como mostram os objetos cerimoniais e adornos encontrados dentro
de tumbas de faraós, em pirâmides do Egito.
Desenvolvimento
Nos séculos 17 e 18, foi a vez da França de estar à frente da manufatura européia de
vidro, com a criação empresas estatais, como a Manufacture Royale des Glasses de France,
além de induzirem a criação de empresas privadas, como a famosa fábrica de Saint-Gobain,
que foi quem fez os espelhos do Palácio de Versalhes.
Na sequência, os séculos 19 e 20, são marcados pela troca da manufatura vidreira pela
grande indústria do vidro e a fabricação do vidro plano, dando lugar a novos competidores
nesse mercado, como Inglaterra, Alemanha e Bélgica e depois os Estados Unidos, que já em
1900 assumem a condição de maior produtor mundial de vidro plano. O ano de 1952, foi
marcado pelo desenvolvimento do vidro Float, conhecido como cristal, pela Pilkington na
Inglaterra.
Vidro no Brasil
No Brasil, a primeira oficina de vidro foi montada por quatro artesão, que
acompanhavam o príncipe Mauricio de Nassau, no período das invasões holandesas entre
1924 e 1935, em Olinda e Recife. A oficina que fabricava copos, jarras, frascos e vidros para
janelas, não teve vida longa, pois foi fechada com a saída dos holandeses das terras
brasileiras.
Palhoça, junho de 2010
Em 1810, o vidro voltou a fazer parte da economia do Brasil, quando o português
Francisco Inácio de Siqueira Nobre recebeu autorização do Regente D. João para instalar uma
fabrica de vidros em Salvador, BA, que produziria vidros lisos, frascos, garrafões e garrafas.
Mas a fabrica não teria tido vida longa, fechando em 1825, atingida pelos conflitos e
combates da Independência, muito acesos na Bahia.
Pouco tempo depois, é fundada pelo italiano Folco, a Fábrica Nacional de Vidros São
Roque, no Rio de Janeiro, onde 40 operários italianos e brasileiros operavam fornos à
candinhos alem dos processos manuais.
Já em 1861, foi realizada pelo governo imperial no Rio de Janeiro a “1ª Exposição
Nacional de Produtos Naturais e Industriais” para mostrar aos estrangeiros a variedade de
produtos fabricados pela industria vidreira brasileira.
A Fabrica Vidros e Cristais do Brasil, também no Rio de Janeiro, foi fundada em 1882
por Francisco Antonio Esberard, e utilizava cinco fornos entre grandes e pequenos, maquina a
vapor e elétrica, para fabricar vidros de embalagem e vidros planos. Cresceu rapidamente e
em pouco mais de dez anos de funcionamento, contava com cerca de seiscentos operários.
Sua atividade durou até 1940.
Dessa vez em São Paulo, nascia em 1895, a Companhia Vidraria Santa Marina,
fundada por Antônio da Silva Prado e Elias Fausto Pacheco Jordão. Instalada na Barra Funda,
na várzea do rio Tietê, chegou a fabricar em menos de dez anos, um milhão de garrafas e dois
mil metros quadrados de vidro plano por mês.
Em 1916, é fundada mais uma empresa vidreira carioca, a Companhia Industrial São
Paulo e Rio, a Cisper, por Olavo Egydio de Souza Aranha Jr. e Alberto Monteiro de Carvalho.
Foi a primeira indústria a usar as máquina automáticas criadas Michael J. Owens, ao invés do
sopro, o que transformou a empresa na maior fabricante de copos e garrafas de vidro do
Brasil, tendo como principal cliente os fabricantes de cerveja e refrigerante.
Processos de Fabricação
A fabricação do vidro pode ser dividida em três partes principais: a fusão, moldagem e
têmpera.
Vidro Float
O vidro float é um vidro plano transparente, podendo ser incolor ou colorido, com
espessura uniforme e massa homogênea. É ideal para aplicações que exijam perfeita
visibilidade, por não apresentar nenhuma distorção óptica, e possui alta transmissão de luz,
sendo comumente utilizado na indústria automobilística, eletrodomésticos, construção civil,
móveis e decoração.
Processo de fabricação:
Processo de Fabricação:
Após a saída dos rolos laminadores, a fita de vidro, que ainda não está completamente
rígida, é conduzida por um conjunto de rolos até a entrada do forno de recozimento, onde se
produz a diminuição da temperatura, de maneira lenta e gradual, até a temperatura ambiente.
Composição
O elevado ponto de fusão e a alta viscosidade tornam muito cara à fabricação devido
ao alto teor de sílica. Por isso vimos que os outros 28% podemos encontrar potássio, alumina,
sódio, magnésio, cálcio, entre outros que servem para reduzirem o custo do processo e
aumentam na variedade de tipos.
As matérias primas vitrificáveis são em quase toda sua totalidade sólidos granulados,
com os grãos numa faixa de tamanho 0,1 a 2 mm. A granulométrica é muito importante sobre
dois aspectos:
A- Fusão: quando mais fina mais fácil de fundir, pois possui maior superfície
especifica. Porem muito fina não é conveniente, pois acaba formando muito pó que é perdido
na manipulação indesejável nas emissões atmosféricas.
B- Misturas: Para se obter a composição que vai ser enforcada e através da fusão
passara a constituir o vidro, é necessário se misturar diversas matérias primas de tamanhos
parecidos para não dificultar na homogeneidade do vidro.
Estabilizantes: Para evitar que o vidro se dissolva em contato com água se acrescenta
os principais estabilizantes o óxido de magnético e o óxido de alumina.
Afinantes: Servem para retirar da massa vítrea criada pela fusão as repletas bolhas que
não conseguem sair do seu interior devido à alta viscosidade.
Colorantes: os vidros são incolores e para dar cores a eles são acrescido óxidos ou
elementos metálicos a sua composição para ficarem dissolvidos na massa, interferindo com a
luz e produzindo cores. Corantes mais comuns cobalto (azul), selênio (rosa), manganês
(vinho), ferro (verde) vidro plano automóvel e cromo (verde) vidro garrafa de vinho.
O vidro é um material 100% reciclável, portanto tudo que não é aproveitado como
produto, seja por razões de processo como as bordas do vidro plano, ou por algum defeito ou
quebra retorna ao forno para ser refundido.
Vidro Plano:
Existem dois tipos de vidro plano, o float e o impresso também conhecido como
fantasia ou fosco.
• Vidro Float:
Esse vidro é a base para o processamento de todos os demais vidros planos: laminado,
temperado, curvo, serigrafado, etc.
Vidro de segurança:
Produzido a partir do vidro float tem como objetivo minimizar riscos em casos de
acidentes, pois quando rompidos devem produzir menos suscetíveis a causar ferimentos.
Podem ser temperados e laminados.
• Vidro Temperado:
O vidro temperado é feito sobre medida pois seu corte é impossível depois de
realizada a tempera. São considerados altoportantes, pois possuem furações e recortes
especiais, que não fragilizam a peça. Indicado para locais que requerem resistência, como
boxes de chuveiro, portas de vidro ou frontões de lareira. Seu uso em fachadas está restrito a
entre vãos de pequenas dimensões dentro de caixilhos.
• Vidro laminado:
• Vidros blindados:
Palhoça, junho de 2010
São compostos de vários vidros comuns do tipo float intercalados por varias camadas
de uma película muito resistente (UVEKOL). Estas varias camadas intercaladas com material
poliéster fazem com que o projétil seja bruscamente amortecido, impedindo que o vidro seja
perfurado.
Deve-se tomar cuidado com os caixilhos onde serão aplicados os vidro blindados, pois
a força do projétil de expande até a ancoragem do vidro, no caso o caixilho.
• Aramados:
É o vidro que recebe no seu interior uma tela metálica, que é introduzida na entrada
dos rolos laminadores. Em caso de quebra, a tela metálica segura os pedaços de vidro,
garantindo o fechamento do vão. Por essas características ele é muito empregado em varandas
e coberturas. Quando aplicado em divisórias de ambientes, em caso de incêndio também
retém bastante a passagem do fogo.
Vidro Acústico:
Os vidros acústicos impedem que os ruídos passem de um ambiente para outro. Esse
conforto sonoro pode ser obtido através de duas soluções: vidro laminado acústico e o vidro
duplo ou insulado.
É um vidro laminado com um PVB especial (Silence) e por isso funciona como um
excelente isolante acústico.
É o conjunto de dois ou mais vidros, podendo ser comum float ou laminado, separados
por um camada de ar ou gás, conferindo redução na propagação de som e na entrada de calor.
Além disso, pode ser equipado com persianas internas, que dão ao conjunto um efeito estético
diferenciado. Bastante utilizado na porta dos freezers e refrigeradores.
É um vidro do tipo float que receberam uma camada metalizada para se tornarem
espelhados. Eles permitem a total visão de dentro do ambiente para fora, porem inibem de
quem esta do lado de fora do ambiente. Alem da privacidade têm a função de reduzir a
entrada de calor para o interior do ambiente, além de produzir um controle na entrada da luz
para o interior das edificações. Com isso a temperatura interna fica mais agradável e você
reduz o consumo de energia com o ar condicionado.
São indicado para locais onde há grande incidência de raios solares, como fachadas de
prédios, janelas, portas, sacadas e coberturas, pois proporciona melhor conforto térmico.
Processo de fabricação:
Off Line: Apos o vidro float pronto, a chapa de vidro é submetida a uma câmara que
aplica na chapa de vidro uma fica camada metalizada, esta camada por sua vez não é
resistente ao tempo, por isso este vidro somente poderá ser laminado. Apos laminado a
camada metalizada fica protegida por muitos anos, sem prazo de validade.
É um vidro float extra clear (vidros com baixa concentração de ferro em sua
composição e por isso são extremamente claros e não esverdeados) capaz de reduzir a
reflexão em 5 vezes. Ideal para vitrine, showrooms, museus, concessionárias, displays e
outros tipos de aplicação que necessitem evitar o incomodo reflexo da luz no vidro.
• Vidro baixo-emissivo:
Vidros Coloridos:
• Vidro pintado:
É produzido a partir de um vidro float, onde recebe na linha de produção uma pintura
especial, o que lhe confere, além do acabamento colorido e de alto brilho, maior resistência.
• Vidro serigrafado:
Espelho
Espelhos são produzidos a partir de um vidro float que recebe uma camada a base de
prata. Em seguida essa camada é protegida por camadas de tinta, para prolongar a vida útil do
espelho, para que não haja oxidação. Podem ser produzidos em cores verde, fume e bronze.
Vidro acidado
São vidros tratados com ácido e com aparência esbranquiçada. Oferece diversas
opções estéticas para arquitetos e decoradores, pois combinam a leveza do vidro com a
sutileza da translucidez, dando um toque de nobreza ao design de móveis e à decoração dos
mais diversos ambientes
Vidro jateado
Os vidros resistentes ao fogo, sem malha metálica, são vidros laminados compostos
por várias lâminas intercaladas com material químico transparente, que se funde e dilata em
caso de incêndio. Essa reação se ativa quando a temperatura de uma das faces do vidro atinge
120ºC.
Palhoça, junho de 2010
Vidro curvo
São vidros comuns (float) aplicados sobre moldes em aço inox ou aço carbono em
uma elevada temperatura e rigidamente controlada. A temperatura sobe rapidamente para que
o vidro tome a forma do molde e em seguida a temperatura é levemente baixada para que o
vidro não sofra um choque térmico e se quebre.
Pode-se fazer vidros curvos de quaisquer espessuras e diversos raios, o ideal é sempre
consultar o fabricante para verificar se o raio que precisa está disponível.
Aplicações
“O vidro está cada vez mais presente na construção civil, contribuindo para o
fornecimento de soluções para o conforto ambiental, térmico, acústico ou de segurança”, diz
Luiz Jorge Pinheiro, diretor comercial da Cebrace.
A alta tecnologia alcançada pela ciência humana nos permite analisar projetos para
edificações que tenham o vidro na construção civil, como algo básico e que possam substituir
um dia, as pesadas vigas de aço e concreto que hoje sustentam edifícios e obras monumentais
da Engenharia moderna. Novas tecnologias já permitem o uso do vidro em paredes de
sustentação, em pisos e em estruturas de escadas, em projetos mais leves. Para o
Palhoça, junho de 2010
empreendedor individual uma dessas técnicas, seria a do adesivo para unir vidros sobrepostos,
um sobre o outro, formando colunas e pisos ou paredes totalmente de vidros, em que as
qualidades do vidro, como transparência, por exemplo, não desapareça e sua estética seja
mantida
O vidro por ser um composto de carbonato de cálcio, calcáreo e sílica, uma estrutura
incomum, frágil e sujeita a expansão devido ao calor, o que torna a técnica do adesivo um
pouco suspeita. Seria adequado apenas para clima frio, por isso, o vidro na construção civil,
embora já muito usado em largas vidraças corrediças e até em paredes totalmente de vidros,
para substituir o concreto e o aço, ainda tem muito que caminhar.
Podemos citar como exemplo a cidade de Dubai, onde está sendo construído o edifício
mais alto do mundo e com o maior número de salas para escritórios, o vidro vem sendo
largamente utilizado, em barras transversais, onde a resistência não exige e em ambientes com
paredes totalmente de vidro.
A Opção pelo vidro está cada vez maior devido ao relacionamento com as
características que nos proporciona como a translucidez, integração com o meio externo e
eficiência energética (proporcionada pela redução da necessidade de iluminação e uso de ar-
condicionado).
Propriedades
Por exemplo:
Patologias
Disposições construtivas:
• O caixilho que vai receber o vidro deve ser suficientemente rígido para não se
deformar;
• Quando houver previsões de deformações estruturais na obra, deve-se tornar o
caixilho independente da estrutura;
• Se o caixilho e as molduras forem metálicos, devem ser inoxidáveis ou protegidos
contra a oxidação, através de pinturas ou tratamentos adequados, compatíveis com os
materiais de calafetagem para cada caso;
• Os caixilhos de madeira e de concreto devem receber pelo menos uma camada d
pintura de fundo em todo o rebaixo;
• Os rebaixos devem estar isentos de umidade, gordura, oxidação, poeira ou outras
impurezas.
Envidraçamento:
• As chapas de vidro devem ser colocadas de tal modo que não sofram tensões
suscetíveis de quebrá-las, tais como: dilatação, contração ou deformação do caixilho,
deformação ou recalque da obra;
• Não é permitido o contato das bordas das chapas de vidro entre si, com alvenaria ou
peças metálicas;
Corrosão
Ocorre devido a ataques químicos, sempre que a água fica em contato com a superfície
de um vidro, muitas reações químicas poderão ocorrer, causando erosão ou manchas. Essa
reação é o primeiro estágio de corrosão. Se esse primeiro estágio continuar sem interrupção
por alguns minutos poderá iniciar outra reação muito mais prejudicial.
A Opção pelo vidro está cada vez maior devido ao relacionamento com as
características, que nos proporciona como a translucidez, integração com o meio
externo, eficiência energética (proporcionada pela redução da necessidade de
iluminação e uso de ar-condicionado), acústico e de segurança. Com as técnicas
atuais de fabricação podemos fabricar vidros com diversas características e para
todos os tipos de finalidade.
http://www.casaemercado.com.br/materia.php?hIdMateria=332
http://www.andiv.com.br/normas_vigentes.asp
http://www.revistaconstrucaoenegocios.com.br/materias.php?FhIdMateria=130
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