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Responsabilidade ética com a qualidade da água para o

consumo humano.
Fernanda Medeiros Zacarias

Resumo:

No resumo não se coloca espaço na abertura do parágrafo.

O presente artigo pretende destacar a importância da Responsabilidade Ética


com a qualidade da água para consumo humano. Devemos utilizar a Ética não
só como um conceito, mas como uma forma de garantia que a água seja
entregue aos consumidores com a qualidade, sabendo-se que um dos maiores
índices de mortalidade ou problemas de saúde advém do consumo de águas
contaminadas.

Palavras-Chave: Água/Ética /Meio Ambiente / Responsabilidade.


Na ABNT as palavras chaves são separadas por ponto e vírgula

A água é um solvente universal, nosso organismo é composto por cerca


de 70% dela. Um ser humano pode viver por mais de uma semana sem
alimentação, mas sem a ingestão de água potável não é possível.

Invertendo a ordem da frase creio que fica melhor: A cada ano a água
poluída mata mais do que as formas de violência, inclusive guerras, diz...

Mais pessoas morrem por causa de água poluída a cada ano do que por
todas as formas de violência, inclusive guerras, diz um relatório da
Organização das Nações Unidas (ONU), 3,7% de todas as mortes são
atribuídas a doenças relacionadas à água, o que resulta em milhões de mortes.
Mais de metade dos leitos hospitalares do mundo são ocupados por pessoas
que sofrem com doenças relacionadas à água.

Cerca de 2 bilhões de toneladas de resíduos líquidos - incluindo esgoto


e lixo industrial são despejados diariamente nos ecossistemas, ajudando a
espalhar doenças.

Segundo um relatório da ONU.

"Se não formos capazes de gerenciar nosso lixo, isso vai


significar mais pessoas morrendo de doenças relacionadas à
água", disse Achim Steiner, subsecretário-geral e diretor-
executivo do programa de meio ambiente da ONU a uma
entrevista pra revista veja.

A Vigilância em Saúde Ambiental relacionada à Qualidade da Água para


Consumo Humano (VIGIAGUA) consiste no conjunto de ações adotadas
continuamente pelas autoridades de saúde pública para garantir que a água
consumida pela população atenda ao padrão e normas estabelecidas na
legislação vigente e para avaliar os riscos que a água consumida representa
para a saúde humana (Portaria MS nº. 518/2004).

A Constituição Federal estabelece que todos têm direito ao meio


ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial
à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade de
deter e defende-los para as presentes e futuras gerações.

É dever de todo cidadão informar o Poder Público acerca das atividades


poluidoras ou degradadoras que tiver conhecimento.

Devemos nos comprometer a evitar a poluição futura da água, tratando


as já contaminadas, e restaurar a qualidade e saúde de rios, lagos aquíferos e
ecossistemas aquáticos.

Conforme BEZERRA e NETO:

“As novas Guias da Organização Mundial de Saúde, lançadas


em outubro de 2004, apresentam um importante destaque,
assim como a Portaria MS n.518/2004, no que se refere à
importância de se estabelecer uma sistemática de
monitoramento para avaliação de riscos nos sistemas de
abastecimento de água. Uma das ferramentas preconizadas
pelas Guias da OMS para este monitoramento trata-se dos
Planos de Segurança da Água.”

Com tantas necessidades que o homem criou acaba se tornando egoísta


a ponto de não olhar a sua volta e ver que se não cuidar do que tem hoje,
amanhã nada terá. Segundo Cortina e Martinez Novarro, (1998), citado por
SALOMÃO e SILVA:

Vivemos num mundo e nele interagimos não apenas com os


demais- são milhares ou milhões- mas, ainda, com uma
diversidade de seres vivos e a natureza como tal. Portanto,
uma das razões da insuficiência da ética individual está
relacionada ao fato de a “boa vontade” pessoal pode gerar
conseqüências desastrosas para a coletividade.

Doenças transmitidas pela água contaminada

A cada dia 4.500 crianças com menos de cinco anos de idade morrem
no mundo todo devido à falta de acesso à água potável e à ausência de
saneamento básico, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o
Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). As duas organizações
acreditam que, devido a esses dados, será difícil cumprir os Objetivos do
Milênio correspondentes a estas matérias. "Cerca de 1,6 milhões de crianças
com menos de cinco anos morreram em 2005 por não terem água potável ou
condições mínimas de higiene, o que provoca diarréias e doenças infecciosas
que terminam com sua vida", afirma a assessora do diretor-geral da OMS para
assuntos de Desenvolvimento Sustentável e Saúde Ambiental, Susanne
Weber-Mosdorf. (dados retirados do site do Sanep Serviço Autônomo de
Saneamento de Pelotas)

Atualmente, todos os Laboratórios Centrais (LACEN) das Secretarias


Estaduais de Saúde são referências para a realização de análises básicas da
vigilância da qualidade da água para consumo humano. Visando minimizar os
problemas causados por contaminação das águas.

Transmissão direta

• Cólera
• Febre Tifóide
• Amebíase ou desinteria amebiana
• Dengue, Diarréia, Febre Paratifóide, Desinteria Bacilar, Hepatite
Infecciosa, Poliomelite.

Transmissão indireta

• Leptospirose
Sintomas: Febres, dores de cabeça, naúsea, dores musculares, vômitos,
sede, prostração, icterícia.

• Perturbações gastro-intestinais, Infecções dos olhos, ouvidos, garganta


e nariz, Esquistossomose, Fluorose, Malária, Febre amarela, Bócio
(papo), Tracoma.

Tratamentos domésticos para minimizar a contaminação na ingestão da


água.

• Filtro doméstico

No mercado encontramos diversos modelos bem eficientes, porém


sempre deve ser mantido limpo. Grande parte dos modelos apresentam vela
cerâmica como filtro, alguns hoje já apresentam sistema de retrolavagem, que
proporciona uma limpeza eficaz.

• Fervura

Em locais onde não temos certeza da potabilidade da água e não


dispomos de cloro e filtro, o método mais eficaz é a fervura que mata os
germes patogênicos. Para ser mais eficiente deve ser por mais de 5 minutos.
Depois é só acondicioná-la em frascos limpos.

Ações que minimizam a contaminação das águas.

Basto (2005) citado por BEZERRA e NETO recomenda algumas ações:

• Proteção do manancial de abastecimento e bacia contribuinte;


• Atenção ao histórico das características da água numa visão sistêmica:
manancial - tratamento - distribuição - consumo;
• Adoção de boas práticas em todas as partes constituintes e etapas dos
processos e sistemas de produção e abastecimento de água;
• Avaliação sistemática sob a perspectiva da vulnerabilidade do
abastecimento de água quanto aos riscos à saúde da população,
denominado pela OMS como Plana de Segurança de Água.

Referências bibliográficas e fontes de pesquisa:

BEZERRA, Nolan Ribeiro; NETO, Maria de L Fernandes. Vigilância da


Qualidade de Água para Consumo Humano. Vigiagua, Fevereiro de
2006

Guia da Cidadania, Comissão de Cidadania e Direitos Humanos, Dezembro,


2009.

PIZZI, Jorino. Ética e responsabilidade social. Pelotas: 2 ed. Ampilada e


revisada, EDUCAT, 2009

SALOMÃO, Carlos Luiz ; SILVA, Fraga Paulo. BIOÉTICA, valores e atitudes do


século XXI. FALTOU CIDADE, EDITORA, ANO

http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/agua-contaminada-mata-mais-
guerras, 22/03/2010, acessado em 10/07/2010.
http://www.pelotas.rs.gov.br/sanep/agua/agua_doencas.htm, acessado em
12/07/2010.

http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,17560,OI1123764-EI298,00.html,
acessado em 13/072010.

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