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Trabalho de Filosofia da Ciência

Nome: Roberson de Andrade dos Santos


turno; Noturno.
1.1) & 1.2)
A dificuldade se caracteriza na tentativa de Sócrates responder para Mênon a
respeito de alguns aspectos da virtude. Se é um conhecimento, que pode ser
ensinado, ou algo atribuído através do exercício individual, ou se é inerente ao
indivíduo desde seu nascimento.
Sócrates diz que não possui nenhum conhecimento sobre a virtude e
acrescenta dizendo que, não podemos definir atributos naquilo que não
conhecemos em si. Então, pergunta para Mênon o que é a virtude, e este a
define como um atributo suscetível de mutabilidade em relação as
circunstâncias, podendo assumir várias particularidades dependendo do objeto
de investigação.
Após isso, Sócrates alerta para o fato de que a definição proposta por Menon
não dá conta da diversidade de casos em que ela se faz presente. Pois é uma
definição incompleta, que não trata dos princípios da virtude e o que ela tem em
comum em suas diferentes formas de praticá-la. Uma definição deve se tratar
daquilo que está presente na virtude independentemente da forma que assumir.
Uma definição deve explicitar o que é comum entre as variadas formas de ser
virtuoso.
Aristóteles soluciona essa dificuldade a partir do que ele chama de
conhecimento prévio. Para que haja qualquer tipo de conhecimento ou
aprendizado são necessárias certas noções já consolidadas. Os argumentos,
silogísticos ou indutivos, só podem ser realizados através de noções pré-
estabelecidas.
O conhecimento universal provém do que afirmamos ser o caso, ou seja,
daquilo que afirmamos como verdadeiro diante de nossos olhos e outros
mecanismos de percepção sensível. Ademais, com relação ao aprendizado pelo
discurso, devemos partir da definição do ente que já de antemão, acreditamos
ser o caso, existir verdadeiramente.
Quando nos referimos ao conhecimento, ou seja, ato de aprender noções
cognoscíveis e formar silogismos através da linguagem, é necessário e
indispensável o conhecimento prévio. Devemos afirmar a respeito do objeto “ se
é o caso ou o que é aquilo de que é mencionado”. O discurso é uma atividade
que, de antemão, requer noções tomadas como verdadeiras, absolutas e
necessárias, o que o autor denomina como conhecimento sem mais. A partir do
que conhecemos sem mais, podemos formar proposições e obter conhecimento
indutivo.
O conhecimento indutivo serve para agregar ou insistir na verdade de uma
proposição universal que já definimos como verdadeira. No exemplo do
triângulo, só há conhecimento, se concordamos com uma noção prévia, “que
todo triângulo possui ângulos iguais a dois retos”. Devemos assumir essa
característica em qualquer exame proposto sobre o objeto em questão. Caso
contrário, anulamos a possibilidade do conhecimento. Ou assumimos
absolutamente, ou seja, sem mais, uma premissa universal, ou não há como
conhecer indutivamente a partir de silogismos correntes em nosso raciocínio, a
respeito daquilo que tomamos primeiramente como sendo o caso e depois,
como objeto que possui tal atributo universal, válido para qualquer caso em que
o objeto esteja sendo investigado.
Para existir ciência e aprendizado, é preciso assumir noções universais a
respeito dos objetos ou seja, sobre tudo. Em primeiro lugar, se existem, são o
caso. Em segundo lugar, devemos assumir seu significado, premissa universal.
Para que haja aprendizado racional através de induções e silogismos .
2)

O conhecimento sofístico necessita da aceitação de premissas universais para


que ocorra o aprendizado, devemos afirmar que o objeto investigado é o caso,
que existe, e também sua definição ou atributo comum a qualquer aparição do
objeto. Ao mesmo tempo que temos contato sensível com o objeto, procuramos
identificar atributos que sejam comuns a qualquer particularidade que tal
investigação apresentar.
O conhecimento científico, sem mais é definido por Aristóteles por conhecimento
de causa. Devemos absolutamente saber o que faz o objeto investigado se
apresentar a nós por tais aspectos e características e o que faz esse
conhecimento ser indubitável ,ou seja, “que não é possível ser de outro modo”.
A resolução do problema do Mênon conduz Aristóteles, a partir da existência de
conhecimentos prévios, a definir o conhecimento científico como possível de
demonstração pela causa e de maneira absoluta e universal.
As causas de que devem partir o conhecimento demonstrativo não podem partir
de concomitância, ou seja, de conhecimentos que se dão a partir dos sentidos
ou silogismos conclusivos mas de itens anteriores e indemonstráveis. Afinal,
segundo Aristóteles o conhecimento universal está mais afastado daquilo que é
das nossas faculdades sensíveis e mais próximo da natureza e do que é
cognoscível por ela em si mesma.

3.1)&3.2)

Conhecimento demonstrativo então, segundo Aristóteles, deve tratar de intens


anteriores a conclusão. Portanto, devemos apresentar evidências de causa,
afinal podemos conhecer silogisticamente sem demonstração, mas o
conhecimento científico só pode se apresentar como tal por demonstração
universal e “a partir de primeiros”.

O conhecimento científico se dá na medida que é possível haver demonstração


de causa do objeto investigado. Muitas vezes consideramos ou julgamos uma
proposição como atributo comum a todos os casos em que o objeto é
investigado, portanto, assumimos uma premissa universal a respeito do objeto.
No entanto, somos passíveis de equívoco em certas afirmações que façamos
em relação aos objetos de conhecimento nas seguintes considerações:
a) Quando o particular definido a partir de atributos universais, não está ou não
pode ser caracterizado por nenhum conceito ou atributo universal que
poderíamos afirmar como pertencente a tal objeto. Para que assim houvesse
conhecimento demonstrativo.
b) Por falta de denominação do atributo que identificamos como pertencente ao
objeto. Isso acontece quando tratamos de coisas diferentes em sua forma e não
podemos definir o atributo comum a elas.
c) Quando só podemos demonstrar, ou seja, provar que certo atributo pertence
a um objeto de maneira individual e particular em cada um dos casos. No
entanto, não conseguimos demonstrar tal atributo ou definição para todos os
casos em que o objeto é investigado na natureza. Portanto, só há demonstração
aplicável a respeito de cada um e não de maneira universal.

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