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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ.


SETOR DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

DISCIPLINA: METODOLOGIA CIENTÍFICA


PROFª MARIA VALÉRIA DA COSTA

MONOGRAFIAS: CONSIDERAÇÕES GERAIS

De acordo com as Normas Técnicas da Universidade Federal do Paraná (2007):

Monografia é a exposição exaustiva de um problema ou assunto específico, investigado


cientificamente. O trabalho de pesquisa pode ser denominado monografia quando é
apresentado como requisito parcial para a obtenção do título de especialista, ou pode ser
denominado TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO quando é apresentado como
requisito parcial para conclusão de curso. A monografia pode ser defendida em público ou
não.

E outros trabalhos acadêmicos são caracterizados como:

Documentos que representam o resultado de estudo, exigidos sobretudo pelos cursos de


graduação como tarefas da própria escolaridade, devendo expressar conhecimento do
assunto escolhido, que deve ser emanado da disciplina, do módulo, do curso, do programa,
entre outros.

As monografias se diferenciam de acordo com a profundidade e a finalidade do


estudo. Monografia “lato-sensu” pode ser:
TCC – Trabalho de Conclusão de Curso;
TGI – Trabalho de Graduação Interdisciplinar;
Trabalho de Conclusão de Especialização e/ou Aperfeiçoamento;
Trabalhos Didáticos, e outros.

1 CARACTERÍSTICAS

• Tratamento escrito de um tema específico e relativamente restrito;


• Publicações não periódicas com pelo menos 50 páginas;
• Resulta de pesquisa elaborada com a finalidade de adquirir ou produzir conhecimentos;

2 REQUISITOS DA MONOGRAFIA

 Disciplina
 Concentração
 Ordem
 Organização

Para satisfazer os requisitos acima, certos cuidados devem ser observados pelo
monografista:
a) Estabelecer dias e horários certos para cuidar da monografia, cumprindo-os;
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b) Marchar em cadência, ritmicamente, sem soluções de continuidade, sem intermitências;


c) Concentrar os mecanismos da mente no assunto que deseja conhecer (quanto menos
dispersão, maior eficiência; mais concentração, melhor atenção ; melhor atenção, maior
capacidade de aprendizagem);
d) Eleger prioridades, hierarquizar questões, classificar dificuldades, estabelecer um roteiro
– em suma: planejar;
e) Anotar tudo de interessante que se refira ao tema: resenhas de livros e de artigos;
resumos de posições, súmulas de pontos de vista; frases; trechos de obras; reflexões
pessoais;
f) Registrar as anotações em fichas, vez de folhas de caderno.

3 MONOGRAFIAS DO TIPO “LATO-SENSU” (cursos de pós-graduação)

3.1 TESE

Representa um ensaio formal, cuja função é conduzir um argumento lógico,


sustentando e defendendo ponto de vista específico, particularmente solução para um dado
problema. Tese vem do grego, passou depois para o latim e significa proposição. É o mais
alto nível de pesquisa, exigindo um curso de Doutorado. Objetiva uma contribuição
significativa no respectivo campo do saber, mediante a criação ou produção de um
conhecimento novo, ou novo enfoque ou interpretação sobre assunto já conhecido. Requer,
obrigatoriamente, criatividade, originalidade e profundidade.

3.2 DISSERTAÇÃO

Trata de um determinado assunto de forma sistemática. Procura estabelecer certo


desenvolvimento crítico. É um trabalho científico de nível intermediário, exigido em curso de
Mestrado. Requer sistematização, ordenação e interpretação de dados. A originalidade é
secundária, ou não é fator indispensável, como na tese.

3.3 MONOGRAFIA (LATO-SENSU)

São relatórios de pesquisa, apresentados ao final dos cursos de pós-graduação


conhecidos como de “lato-sensu” (Especialização) e, em determinadas instituições de
ensino superior, até de cursos de graduação. Possuem as mesmas características das
Dissertações de Mestrado, embora sejam trabalhos de menor extensão ou profundidade.
Visam, basicamente, iniciar ou treinar o estudante na pesquisa científica propriamente dita.
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4 TIPOS DE PESQUISA

Sendo as monografias relatórios de pesquisa desenvolvidos pelos estudantes dos


cursos de pós-graduação, valer-se-ão naturalmente dos procedimentos metodológicos e
técnicos colocados à sua disposição pela disciplina de metodologia Científica. A esse
respeito, cumpre considerar que não há uma classificação única e universalmente aceita de
tipologias de pesquisas . Serão encontrados nos compêndios e manuais de Metodologia
Científica, diferentes expressões ou taxinomias para designar as diversas alternativas
metodológicas – algumas mais longas, outras mais breves, de acordo com o critério ou
ponto de vista assumido pelos autores. Neste trabalho, sem pretender esgotar o assunto ou
rejeitar qualquer classificação divulgada, adotar-se-á um modelo descritivo de tipos de
pesquisa, apoiado numa perspectiva que contempla a diversidade das fontes de
investigação e da situação-ambiente na qual os dados são coletados. Neste sentido, as
pesquisas podem ser classificadas em:
a) Bibliográficas/documentais;
b) De campo;
c) Experimentais;
d) Participantes; e
e) Pesquisas-ação.

4.1 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA/ DOCUMENTAL

É o tipo de pesquisa que utiliza material gráfico ou sonoro, como fonte de


investigação. Vale-se, portanto, de fontes bibliográficas e documentais.
FONTES BIBLIOGRÁFICAS: são assim denominadas, por se constituírem de
material impresso, publicado, localizado em bibliotecas e elaborado para fins de leitura.
Segundo Gil (1988, p. 49), as fontes bibliográficas são em grande número e podem
assim ser classificadas:
a) Livros de leitura corrente;
b) Livros de referência: dicionários, enciclopédias, anuários, almanaques, etc;
c) Publicações periódicas: jornais e revistas;
d) Impressos diversos.
FONTES DOCUMENTAIS: são constituídas de material gráfico ou sonoro,
geralmente não publicado, conservado em arquivos de órgãos públicos, empresas, igrejas,
sindicatos, partidos políticos, etc. Exemplo: relatórios de empresas, cartas pessoais, diários,
fotografias, gravações, memorandos, regulamentos, ofícios, boletins/ tabelas estatísticas,
relatórios de pesquisa, etc.
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Nem sempre fica clara a distinção entre a pesquisa bibliográfica e a documental


quando se trabalha com material impresso, já que, a rigor, as fontes bibliográficas nada mais
são do que documentos impressos para determinado público (GIL, 1988, p. 51). Assim, a
tentativa de distinção, em muitos casos, tem um caráter puramente didático.
A pesquisa bibliográfica/ documental tem, como objetivo, levantar e analisar as
principais contribuições culturais ou científicas existentes sobre um determinado tema ou
problema objeto de investigação. Pode ser realizada de forma independente ou como
primeiro passo de qualquer modalidade de pesquisa (REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ou
REVISÃO DE LITERATURA). As pesquisas sobre ideologias, bem como aquelas que se
propõem à análise das diversas posições acerca de um problema, costumam ser
desenvolvidas quase exclusivamente a partir de fontes bibliográficas. Também se
enquadram, na modalidade bibliográfica/ documental, pesquisas que utilizam determinadas
técnicas qualitativas de coleta de dados, como: as histórias de vida e as análises de
conteúdo e documentos de natureza quantitativa.
A pesquisa bibliográfica/ documental, quando realizada de maneira independente ou
exclusiva, compreende, geralmente, as seguintes fases:
a) Determinação do tema/ problema;
b) Formulação dos objetivos;
c) Elaboração do plano de trabalho (coleção de itens ordenados em seções, capítulos ou
índices correspondentes ao desenvolvimento que pretende dar à pesquisa);
d) Identificação das fontes;
e) Localização das fontes e obtenção do material;
f) Leitura do material;
g) Tomada de apontamentos, mediante confecção de fichas (se as fontes forem
bibliográficas);
h) Tratamento dos dados (com documentos estatísticos ou que exigem análise de
conteúdo);
i) Redação do trabalho.

4.2 PESQUISA DE CAMPO

 Utiliza pessoas como fonte (nas Ciências Sociais).


 Consiste na observação dos fatos, tal como ocorrem espontaneamente, na coleta de
dados e na análise desses dados.
 Visa conseguir informações e/ou conhecimentos acerca de um problema para o qual
procura uma resposta, ou comprovar uma hipótese.
 Caracteriza-se por usar técnicas específicas, objetivando recolher e registrar dados
pertinentes ao assunto em estudo (Técnica de Coleta de Dados).
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4.2.1 Principais técnicas de coleta de dados


A. Observação – consiste em aplicar atentamente os sentidos a um objeto para dele
adquirir um conhecimento claro e preciso. Pode ser: participante ou não-participante;
individual ou em equipe; em campo ou em laboratório; militante ou não.
B. Entrevista – pode ser: estruturada, não estruturada ou não diretiva, semi-estruturada.
C. Questionário – pose conter: questões abertas, questões com alternativas fixas
(fechadas) ou mistas.
D. Formulário – espécie de questionário com questões fechadas que o pesquisador
preenche diante do pesquisador.

4.2.2 Fases da pesquisa de campo

1. Delimitação do tema/ problema;


2. Formulação dos objetivos;
3. Construção das hipóteses ou pressupostos;
4. Operacionalização das variáveis;
5. Elaboração dos instrumentos de coleta de dados;
6. Seleção da amostra;
7. Aplicação dos instrumentos;
8. Tratamento dos dados;
9. Redação do relatório.

4.3 PESQUISA EXPERIMENTAL

♦ É considerada, por muitos autores, como o melhor exemplo de pesquisa científica, em


termos de exatidão e precisão dos resultados.
♦ Desenvolve-se num ambiente artificial (laboratório ou similar).
♦ Consiste em determinar um objeto, selecionar as variáveis que seriam capazes de
influenciá-lo, definir as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável
produz no objeto.
♦ Caracteriza-se por uma interferência na realidade, fato ou situação estudada, através da
manipulação direta das variáveis independentes (causa) e dependentes (efeito).
♦ Em sua forma clássica, utiliza grupos experimentais e de controle, com pré-testagem e
pós-testagem.
♦ Utiliza testagem estatística, para verificar se as diferenças entre as médias e/ ou
variâncias de duas ou mais amostras são ou não significativas.
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4.3.1 Modelos experimentais de pesquisa

O experimento, apesar de ser o mais bem delineado de todos os paradigmas de


pesquisa, isto é, aquele que tem os passos ou seqüências mais rigorosamente
estabelecidas, não tem, todavia, um único modelo de execução. A literatura sobre
experimentação oferece aos pesquisadores diversas modalidades ou alternativas de
pesquisa experimental, algumas com maior e outras com menor grau de precisão ou
“objetividade científica”. Entre os modelos ou designs mais citados incluem-se:
 Modelos experimentais (dois grupos equivalentes “antes” e “depois” ) – denominados
“bons modelos” ou “experimentos clássicos”. Caracterizam-se por ter: seleção e
equiparação de dois grupos (grupo experimental (GE) e de grupo de controle (GC),
processo conhecido como “randomização”); aplicação do pré-teste para os dois grupos;
aplicação do fator experimental ao GE e do fator de controle ao GC; aplicação do pós-
teste para os dois grupos; comparação das medidas obtidas pelo GE e pelo GC no pré-
teste e no pós-teste, por maio de procedimentos estatísticos, aferição dos resultados.

 Modelos quase-experimentais – são semelhantes em tudo ao modelo experimental,


salvo no que se refere à exigência do processo de randomização, pois trabalha-se com
grupos naturais. No modelo quase-experimental, portanto, há GE e GC, mas não há
equivalência ou homogeneidade entre os grupos, o que, em certos casos, compromete
os resultados da pesquisa.

 Modelos pré-experimentais – são os que se afastam do modelo experimental clássico,


ora excluindo o grupo controle, ora excluindo a pré-testagem e qualquer processo
equiparatório dos elementos envolvidos (como quando se trabalha com um só grupo ou
com os dois grupos sem pré-teste). Nesses casos, os resultados da pesquisa, quando
envolvem aspectos cognitivos, são seriamente prejudicados em termos de exatidão e
precisão.

EXEMPLO DE UM MODELO EXPERIMENTAL DE PESQUISA: Selecionam-se dois


grupos de 15 operários de uma fábrica, sendo um para o GE e outro para o GC. Equiparam-
se estes operários em termos de características como: tempo de serviço, grau de instrução,
idade, competência profissional, etc. Aplica-se o pré-teste para ambos os grupos, para medir
o grau de conhecimento sobre uma técnica tradicional de fabricação de um produto.
Introduz-se o fator experimental, que consiste na utilização de uma nova técnica de
fabricação do mesmo produto (somente para o GE, permanecendo o GC com o processo
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tradicional). Medem-se e comparam-se os resultados, mediante a aplicação de um pós-teste


para ambos os grupos (GE e GC).

4.3.2 Fases da pesquisa experimental

Marinho, citado por Barros e Lehfeld (1986, p. 94), define a seguinte metodologia
para a realização de uma investigação experimental:
1. Investigação e definição do problema em estudo. Exemplo: Que resultados produz, para
os alunos do ensino médio de um determinado colégio, a aplicação de um novo método
de ensino?
2. Literatura sobre o problema (pesquisa bibliográfica, revisão de literatura ou revisão
bibliográfica).
3. Elaboração de hipóteses. Exemplo: A aplicação do método X de ensino produz
significativamente maior rendimento escolar para os alunos do ensino médio do colégio
Y do que a aplicação do método W (adotado atualmente).
4. Definição do plano experimental (experimental, quase-experimental ou pré-
experimental).
5. Realização do experimento (seleção dos grupos, quadros e gráficos).
6. Apresentação dos dados (mediante tabelas, quadros, gráfico).
7. Prova de significância (mediante testagem estatística, para comprovação ou rejeição das
hipóteses).
8. Análise e interpretação dos resultados.
9. Conclusões.

4.4 PESQUISA PARTICIPANTE

A pesquisa participante (PP) inclui-se entre as modalidades de pesquisa qualitativa e


caracteriza-se pela interação entre pesquisadores e membros das situações investigadas
(isto é, o relacionamento entre pesquisador e pesquisado não se dá como mera observação
do primeiro pelo segundo). Além disso, na PP, o problema a ser resolvido é coletivo e não
resultante da curiosidade ou interesse pessoal de um único investigador. Hall, citado por
Demo (1987, p. 121) assim interpreta as principais características da PP:
a) o problema se origina na comunidade ou no próprio local de trabalho;
b) a finalidade última da pesquisa é a transformação estrutural fundamental e a melhoria
de vida dos envolvidos (os beneficiários são os trabalhadores ou o povo atingido);
c) a PP envolve o povo no local de trabalho ou a comunidade no controle do processo
inteiro de pesquisa;
d) a ênfase na PP está no trabalho com uma larga camada de grupos explorados ou
oprimidos: imigrantes, trabalhadores, populações indígenas, mulheres;
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e) é central para a PP o papel de reforço à conscientização no povo de suas próprias


habilidades e recursos e o apoio à mobilização e à organização;
f) o termo “pesquisador” pode referir-se tanto à comunidade ou às pessoas envolvidas no
local de trabalho, como àqueles com treinamento especializado;
g) embora aqueles com saber/ treinamento especializado provenham de fora da situação,
são participantes comprometidos e aprendizes num processo que conduz mais à
militância do que ao distanciamento.
A PP, por ter uma “utilidade prática social” e por envolver a comunidade ou a população
na análise de sua própria realidade, visa criar uma “ciência do povo” em oposição a uma
“ciência dominante” (pesquisa experimental, quantitativa, positivista), cujos traços são assim
sumariados por Demo (1987, p. 127):
• Retornar a informação ao povo na linguagem e na forma cultural na qual foi
originada;
• Estabelecer o controle do trabalho pelo povo e pelos movimentos de base;
• Popularizar técnicas de pesquisa;
• Integrar a informação como base do ‘intelectual orgânico’;
• Manter um esforço consciente no ritmo ação/ reflexão do trabalho;
• Reconhecer a ciência como parte do dia-a-dia de toda a população;
• Aprender a escutar.

A extensão da natureza da participação é um dos aspectos mais polêmicos da PP. No


“caso ideal”, a população participa do processo inteiro: proposta de pesquisa, coleta de
dados, análise, planejamento e intervenção na realidade. Entretanto, em outros casos, a
participação é mais limitada, restringindo-se a algumas fases do processo, o que significa
que não existe um paradigma único de pesquisa participante. O propósito básico da PP é,
portanto, o envolvimento do pesquisado, podendo empregar métodos tradicionais ou
quantitativos de coleta de dados, mas enfatizando, sempre, posturas qualitativas ou
hermenêuticas e a comunicação interpessoal. É um processo coletivo de conhecer e agir e,
portanto, uma forma coletiva de fazer pesquisa. Geralmente, segundo Demo (1987, p. 125)
envolve três fases:
1ª Exploração geral da comunidade.
2ª Identificação das necessidades básicas.
3ª Elaboração de uma estratégia educativa.
Do ponto de vista ideológico, a PP “... envolve posições valorativas, derivadas sobretudo
do humanismo cristão e de certas concepções marxistas. Tanto é que (...) suscita muita
simpatia entre os grupos religiosos voltados para ação comunitária” (GIL, 1988, p. 61).
Segundo Demo (1987, p. 126), “... a PP constitui-se num ato de fé na potencialidade da
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comunidade. (...) o conhecimento não nasce nos cérebros de uma parte da sociedade, mas
é socialmente produzido através de um processo compartido por todas as partes”. Devido,
portanto, ao seu atrelamento político com ideologias socialistas, a PP “mostra-se bastante
comprometida com a minimização da relação entre dirigentes e dirigidos e por essa razão
tem-se voltado, sobretudo, para a investigação junto a grupos desfavorecidos, tais como os
constituídos por operários, camponeses, índios, etc” (GIL, 1988, p. 61).
Barros e Lehfeld (1990, p. 55-7) desdobram essas fases em quatro etapas:
1. Aproximação do grupo e o processo de inserção – o pesquisador deve ser aceito em seu
próprio grupo, como alguém externo ao grupo, interessado em realizar juntamente com a
população um estudo;
2. O momento da observação propriamente dita – construção dos problemas e hipóteses
iniciais, com base na observação e no estudo; e verificação “a posteriori” tomando-se os
dados coletados pela observação e por entrevistas com os membros da comunidade;
3. O trabalho de sistematização e organização dos dados coletados – os dados deverão
informar ao pesquisador a situação real do grupo e a percepção que este possui sobre a
situação;
4. O retorno do material coletado ao grupo para discussão e avaliação – realização de
reuniões para submeter a uma reflexão do grupo o material coletado e organizado nas
etapas anteriores e descobrir ações realistas e viáveis para solução dos problemas
fundamentais do grupo.
4.5 PESQUISA-AÇÃO

Epistemologicamente, a pesquisa-ação supõe a concretização de objetivos idênticos


ao da pesquisa participante, como se pode depreender desta definição de Thiollent (1988, p.
14): “... pesquisa-ação é um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e
realizada em estreita ação com a resolução de um problema coletivo e na qual os
pesquisadores e os participantes representativos da situação ou do problema estão
envolvidos de modo cooperativo ou participativo”.
A diferença entre as duas será, então, de cunho puramente conceitual ou ideológico.
Enquanto a PP é uma forma de engajamento sócio-político a serviço das classes populares,
grupos sociais e comunidades carentes (observação militante), a metodologia da PA
abrange outros tipos de situações ou de problemas que não se encontram na esfera sócio-
política, como por exemplo: as áreas de atuação técnico-organizativa e as intervenções
psicossociais nas empresas (pesquisa-intervenção). No entanto, há muitos autores que não
estabelecem distinção entre ambas, considerando as duas expressões como sinônimas.
Resumindo-se alguns de seu principais aspectos, pode-se considerar a pesquisa-
ação como uma abordagem de pesquisa participativa, na qual:
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 há uma ampla e explícita interação entre pesquisadores e pessoas implicadas na


situação investigada;
 desta interação, resulta a ordem de prioridade dos problemas a serem pesquisados e
das soluções a serem encaminhadas sob a forma de ação concreta;
 o objeto da investigação não é substituído pelas pessoas e sim pela situação social e
pelos problemas de diferentes naturezas encontradas nesta situação;
 o objetivo da pesquisa-ação consiste em resolver ou, pelo menos, em esclarecer os
problemas da situação observada;
 há, durante o processo, um acompanhamento das decisões, das ações e de toda a
atividade interacional dos atores da situação;
 a pesquisa não se limita a uma forma de ação (risco de ativismo); pretende-se aumentar
o conhecimento dos pesquisadores e o conhecimento ou o nível de consciência das
pessoas e grupos considerados.

Quanto ao planejamento da pesquisa-ação, da mesma forma que a pesquisa


participante, não obedece a um paradigma único de pesquisa ou a fases ordenadas
temporalmente, já que, por envolver a ação dos pesquisadores e grupos interessados, a
delimitação e a formulação do problema e a construção das hipóteses depende do contexto
e das informações das pessoas ou grupos envolvidos na pesquisa.
A delimitação do problema não resulta de uma afirmação prévia e individual,
formulada pelo pesquisador e para a qual recolhe dados comprobatórios. (...) a identificação
do problema e sua delimitação pressupõem uma imersão do pesquisador na vida e no
contexto, no passado e nas circunstâncias presentes que condicionam o problema.
Pressupõem, também, uma partilha prática nas experiências e percepções que os sujeitos
possuem desses problemas, para descobrir os fenômenos além de suas aparências
imediatas (CHIZZOTTI, 1991, p. 81).
Os dados também são colhidos interativamente, num processo de idas e voltas, para
serem constantemente analisados e avaliados. Assim, a pesquisa-ação, como pesquisa
participativa e qualitativa, não obedece a um padrão paradigmático, oferecendo ao
pesquisador diversas possibilidades de programar a execução da pesquisa. Nesta
modalidade de pesquisa empírica, a criatividade do pesquisador e dos pesquisados
predomina sobre uma seqüência rígida e linear de passos metodológicos.
Todavia, mesmo reconhecendo a flexibilidade determinada pelo constante vaivém entre
as fases, Gil (1988, p.126) estabelece “à guisa de delineamento, alguns conjuntos de ações
que, embora não ordenados no tempo, podem ser considerados como etapas da pesquisa-
ação”. São eles:
a) fase exploratória;
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b) formulação do problema;
c) construção de hipóteses;
d) realização do seminário;
e) seleção da amostra;
f) coleta de dados;
g) análise e interpretação dos dados;
h) elaboração do plano de ação; e
i) divulgação dos resultados.
Para Chizzotti (1991, p. 105-6), tanto a pesquisa-ação como a pesquisa participante
podem obedecer, dependendo do seu objetivo (descritivo, avaliativo ou interventivo) às
seguintes fases, no seu ordenamento metodológico:

1ª fase: A determinação da pesquisa


• Elaborar previamente os objetivos.
• Eleger o campo e os meios de pesquisa (fontes documentais e instrumentos de
pesquisa).
• Fazer uma pesquisa de campo exploratória para avaliar os dados já recolhidos.
• Síntese das informações, inventário preliminar dos problemas.

2ª fase: A definição da pesquisa


• Elaboração das hipóteses explicativas dos problemas identificados.
• Definição do campo e do pessoal necessário.
• Coleta de dados.
• Análise e síntese dos resultados coletados.
• Formulação sintética dos principais problemas identificados.
• Discussão e análise dos problemas com os envolvidos.

3ª fase: Estratégia de ação


• Traçar com os envolvidos uma estratégia de ação que responda aos problemas
identificados.
• Elaborar os dispositivos e técnicas de discussão das estratégias escolhidas.
• Executar as estratégias escolhidas.
• Avaliar os resultados.
• Relatar de forma crítica e realizar a análise final dos resultados conseguidos.

4.6 QUADRO DE REFERÊNCIA DAS ALTERNATIVAS DE PESQUISA


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Por quadro de referência, subentende-se a linha filosófica, religiosa, política,


ideológica ou epistemológica de um autor, pesquisador e/ou estudioso. Serve de referência
para diferenciar ou comparar o modo de pensar das pessoas (BARROS e LEHNUNG, 1990,
p. 32).
Os quadros de referência mais comumente encontrados nos estudos científicos são:
1- POSITIVISMO
2- DIALÉTICA
3- FENOMENOLOGIA
Dependendo das fontes de informação, do contexto da investigação e da natureza
dos dados coletados (quantitativos e/ ou qualitativos), os quadros de referência
correspondentes às alternativas metodológicas de pesquisa descritas neste documento
podem ser classificados em:
• POSITIVISMO
- Pesquisas de campo com dados quantitativos
- Pesquisa experimentais

• DIALÉTICA
- Pesquisas participantes que utilizam como técnica a observação militante e que se
apoiam. A priori, em concepções marxistas de transformação das estruturas sociais.

• FENOMENOLOGIA
- Pesquisas de campo que utilizam, como técnicas de pesquisa qualitativa, a observação
participação e a entrevista não diretiva.
- Pesquisas bibliográficas/ documentais, calcadas em: histórias de vida e análises de
conteúdo.
- Pesquisa-ação, sem engajamento sócio-político com concepções marxistas.

REFERÊNCIAS

BARROS, Aidil Jesus Paes de; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Fundamentos de
metodologia: um guia para a iniciação científica. São Paulo: McGraw-HILL, 1986.

________. Projeto de pesquisa: propostas metodológicas. Petrópolis: Vozes, 1990.

CHIAZZOTTI, Antônio. Pesquisa em ciências humanas e sociais. São Paulo: Cortez,


1991.

DEMO, Pedro. Elementos metodológicos da pesquisa participante. In: BRANDÃO, Carlos


Rodrigues (org.). Repensando a pesquisa participante. São Paulo: Brasiliense, 1987. p.
104-130.
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GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1988.

THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa-ação. São Paulo: Cortez, 1988.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Sistema de Bibliotecas. Teses, dissertações,


monografias e trabalhos acadêmicos. Curitiba: Editora UFPR, 2007. (Normas para
apresentação de documentos científicos, 2).
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5 APRESENTAÇÃO GRÁFICA

É a maneira de organizar física e visualmente o trabalho.

5.1 FORMATAÇÃO DO PAPEL E MARGENS

A norma da ABNT referente a apresentação dos trabalhos acadêmicos é a


NBR14724/2006. Essa norma descreve a seguinte formatação:

Margem superior: 3 cm

Margem direita: 2 cm
Margem esquerda: 3 cm

Margem inferior: 2 cm

 Papel A4 ( que mede 21,0 x 29,7 cm) de cor branca, digitado em apenas um lado do
papel a e usar cor preta para impressão, com exceção das ilustrações.
 ATENDENDO A QUESTÕES SOCIOAMBIENTAIS, RECOMENDA-SE A IMPRESSÃO
EM FRENTE E VERSO.
 Utilizar fonte (tamanho da letra) 12 para texto normal. Para notas de rodapé e citações
longas (com mais de três linhas), legenda de ilustração, tabela, quadro, gráfico, nota
indicativa, da natureza acadêmica, ficha catalográfica e paginação utilizar o tamanho 10.
 Utilizar fonte - tipo de letra: Arial.
 O espaço entre as linhas deve ser o seguinte:
- espaço de 1,5 cm ou exatamente 24 pontos para o texto;
- espaço de 1 cm (simples) ou exatamente 14 pontos para resumo/ abstarct, referência,
notas de rodapé, citação longa, legenda de ilustração, tabela, quadro, gráfico, ficha
catalográfica e nota indicativa da natureza acadêmica;
15

- dois espaços de 1 cm (simples) para separar as referências entre si;


- dois espaços de 1,5cm para separar o título das seções e subseções do texto.
 Os parágrafos devem começar sempre a 1,25 cm a partir da margem esquerda.
 Parágrafos de citação longa devem observar o recuo de 4 cm da margem esquerda.
 Deve-se evitar linhas órfãs ou viúvas (apenas uma linha de texto no final ou no início
da página).
 É opcional a impressão final em frente e verso da folha.

5.2 PAGINAÇÃO
As páginas pré-textuais (folha de rosto, dedicatória, agradecimento, sumário e listas)
são contadas, mas não numeradas (não recebem algarismos romanos).
A indicação de número de página é colocada a partir da primeira folha de texto
(introdução), e incluir apêndice e anexo.
A paginação é feita em algarismos arábicos seqüênciais, colocados no canto
superior direito da folha, e aparece a partir da introdução.
Para trabalho em volumes, deve ser mantida a numeração seqüencial das páginas,
ou seja, do primeiro ao último volume.
16

3 cm

1 INTRODUÇÃO

2 espaços (1,5 cm)

Número da
página
2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 PRINCÍPIOS DE APLICAÇÕES

1,5 cm parágrafo
Texto texto texto texto texto texto texto texto texto
texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto
texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto
texto texto texto.
3 cm

2 cm
Texto texto texto texto texto texto texto texto
texto texto texto texto texto texto texto texto
texto texto texto texto texto texto texto texto
texto texto texto texto texto texto texto texto
citação longa (1 cm)
Recuo de 4 cm

2.1.1 Identificação dos pontos críticos

2.1.1.1 Dados

a) Xxxxxx.
b) Xxxxxx.
c) Xxxxxxx.

2 cm
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6 NORMAS TÉCNICAS PARA APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS – DE


ACORDO COM A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMNAS TÉCNICAS (ABNT)

Capa Obrigatório
ELEMENTOS EXTERNOS Lombada Opcional
Folha de rosto Obrigatório
ELEMENTOS INTERNOS PRÉ-TEXTUAIS Errata Opcional
Termo ou folha de aprovação Obrigatório
Dedicatória Opcional
Agradecimento Opcional
Epígrafe Opcional
Resumo na língua vernácula Obrigatório
Resumo em língua estrangeira Obrigatório
Lista de ilustrações Opcional
Lista de tabelas Opcional
Lista de abreviaturas e siglas Opcional
Lista de símbolos Opcional
Sumário Obrigatório
Introdução
TEXTUAIS Desenvolvimento
Conclusão
Referências Obrigatório
PÓS-TEXTUAIS Glossário Opcional
Apêndice Opcional
Anexo Opcional
Índice Opcional
Citação
ELEMENTOS DE APOIO Notas de rodapé
Ilustração e\;ou figura
Quadro
Tabela
Equação e fórmula
Sigla
Abreviatura
Símbolo

FIGURA 1 – MODELO DE ESTRUTURA COMPLETA DE TRABALHOS ACADÊMICOS


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Capa Obrigatório
ELEMENTOS EXTERNOS Lombada Opcional
Folha de rosto Obrigatório
ELEMENTOS INTERNOS PRÉ-TEXTUAIS Errata Opcional
Termo ou folha de aprovação Obrigatório
Dedicatória Opcional
Agradecimento Opcional
Epígrafe Opcional
Resumo na língua vernácula Obrigatório
Resumo em língua estrangeira Obrigatório
Lista de ilustrações Opcional
Lista de tabelas Opcional
Lista de abreviaturas e siglas Opcional
Lista de símbolos Opcional
Sumário Obrigatório
Introdução
TEXTUAIS Desenvolvimento
Conclusão
Referências Obrigatório
PÓS-TEXTUAIS Glossário Opcional
Apêndice Opcional
Anexo Opcional
Índice Opcional

FIGURA 2 – MODELO DE ESTRUTURA DE TESE E DISSERTAÇÃO

Capa Obrigatório
ELEMENTOS EXTERNOS Lombada Opcional
Folha de rosto Obrigatório
ELEMENTOS INTERNOS PRÉ-TEXTUAIS Dedicatória Opcional
Agradecimento Opcional
Epígrafe Opcional
Resumo na língua vernácula Obrigatório
Resumo em língua estrangeira Obrigatório
Lista de ilustrações Opcional
Lista de tabelas Opcional
Lista de abreviaturas e siglas Opcional
Lista de símbolos Opcional
Sumário Obrigatório
Introdução
TEXTUAIS Desenvolvimento
Conclusão
Referências Obrigatório
PÓS-TEXTUAIS Apêndice Opcional
Anexo Opcional

FIGURA 3 – MODELO DE ESTRUTURA DE MONOGRAFIA


19

Capa Obrigatório
ELEMENTO EXTERNO
Folha de rosto Obrigatório
ELEMENTOS INTERNOS PRÉ-TEXTUAIS Sumário Obrigatório
Introdução
TEXTUAIS Desenvolvimento
Conclusão
Referências Obrigatório
PÓS-TEXTUAIS Apêndice Opcional
Anexo Opcional

FIGURA 4 – MODELO DE ESTRUTURA DE OUTROS TRABALHOS ACADÊMICOS

6.1 ELEMENTOS EXTERNOS

 Capa (obrigatório) – é a cobertura externa de material flexível (bruxura) ou rígido


(capa dura ou cartonada) sobre a qual se colocam informações que ajudam na
identificação e utilização do trabalho, na seguinte ordem:
− Nome da instituição;
− nome do autor do trabalho;
− título;
− subtítulo, quando houver e deve ser evidenciada a sua subordinação ao título
principal, precedido de dois pontos (:);
− número de volumes (se houver mais de um volume, deve constar na capa a
especificação do respectivo volume);
− local (cidade) da instituição onde o trabalho deve se apresentado;
− ano da entrega do trabalho.

Lombada (opcional) Lombada ou dorso é a parte da capa que reúne (coladas, costuradas ou
grampeadas) as folhas do trabalho, sempre que possível grafadas horizontalmente ou, no
caso de lombadas finas, de cima para baixo.
Deve conter:
− Nome(s) do(s) autor(e)
− título;
− subtítulo (se houver)
− número de volumes (se houver)
− ano da entrega do trabalho.
20

6.2 ELEMENTOS INTERNOS

Os elementos internos são constituídos de: pré-textuais, textuais e pós-textuais.

6.2.1 Elementos pré-textuais


São elementos que antecedem o texto e que trazem informações para sua
identificação e utilização:
Folha de rosto (obrigatório) – deve conter os elementos essenciais à identificação do
trabalho e imprime-se na mesma as seguintes informações:
a) nome(s) do(s) autor(es) do trabalho centralizado em letras maiúsculas na
primeira linha do texto;
b) título (claro e preciso) centralizado a partir da 13ª linha após o(s) nome(s)
do(s) autor(es);
c) subtítulo, quando houver e deve ser evidenciada a sua subordinação ao título
principal, precedido de dois pontos (:);
d) número de volumes (se houver mais de um volume, deve constar na capa a
especificação do respectivo volume);
e) nota indicando a natureza acadêmica do trabalho (tese, dissertação ou outro
trabalho) e objetivo (aprovação em disciplina, grau pretendido e outros fins);
nome da instituição a que é submetido; área de concentração; (APÊNDICE)
devendo se apresentado:
- com uma linha em branco após a ultima linha do título;
- com margem esquerda a partir da metade da folha;
- alinhada ou não à margem direita;
- com letras maiúscula e minúsculas, em tamanho menor;
- com uma linha em branco separando o nome do orientador da nota indicativa.
f) nome do orientador e, se houver, co-orientador;
g) local (cidade) da instituição onde o trabalho deve se apresentado,
centralizado em letras maiúsculas na penúltima linha;;
h) ano da entrega do trabalho em algarismos arábicos, centralizado na última
linha.
21

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ


Arial 12, todas maiúsculas,
centralizado, sem negrito
MARIA VALÉRIA DA COSTA

 Arial, 12, todas maiúsculas, centralizado na horizontal e


na vertical da página.
METODOLOGIA CIENTÍFICA
 Se for PROJETO é em NEGRITO
 Se for TCC ou TESES é sem NEGRITO

 Arial, 12, todas maiúsculas,


sem negrito, centralizado.
CURITIBA
2006

FIGURA 5 – MODELO DE CAPA

 Arial 12, todas maiúsculas, centralizado, sem negrito


MARIA VALÉRIA DA COSTA

 Arial, 12, todas maiúsculas, centralizado na horizontal e na vertical da


página.
METODOLOGIA CIENTÍFICA  Se for PROJETO é em NEGRITO
 Se for TCC ou TESES é sem NEGRITO

Trabalho apresentado á
disciplina....., do curso...... ,
Setor..... da  Arial, 10, sem negrito, justificado, recuo
Universidade...... (8 cm da margem) para o centro da
página, espaço entre as linhas simples,
Orientador: Professor Dr.
sem negrito

 Arial, 12, todas maiúsculas, sem negrito,


CURITIBA centralizado.
2006

FIGURA 6 – MODELO DE FOLHA DE ROSTO

• ERRATA (opcional): é uma lista das folhas e linhas em que ocorrem erros, seguida
das devidas correções. Apresenta-se quase sempre em papel avulso ou encartado
acrescido ao trabalho depois de impresso. A errata deve ser inserida logo após a
folha de rosto. A errata deve apresentar em seu rodapé a referência do trabalho,
22

principalmente quando for publicada em papel avulso, para facilitar sua identificação.
O texto da errata deve estar disposto da seguinte forma:

ERRATA
FOLHA LINHA/ ILUSTRAÇÃO ONDE SE LÊ LEIA-SE
20 5 aprobado aprovado

COSTA, M. V. da. Metodologia do ensino superior. 2005. Dissertação (Mestrado


em Educação) – Setor de Educação, Universidade Federal do Paraná, Curitiba,
2001.

FIGURA 7 – MODELO DE ERRATA

FOLHA OU TERMO DE APROVAÇÃO1 (obrigatório em teses e dissertações e outros


trabalhos que a exijam): A tese e a dissertação, depois de aprovadas e corrigidas, devem
trazer o termo de aprovação, em folha distinta, inserido após a folha de rosto. Consta do
termo de aprovação o autor, o título, o texto da aprovação, o nome do professor orientador e
dos examinadores com as respectivas assinaturas, bem como com as instituições a que são
filiados, além do local e da data de aprovação.
A inclusão do termo de aprovação em teses e dissertações depende das normas de cada
instituição.

DEDICATÓRIA (opcional): É menção em que o autor presta homenagem ou dedica o


trabalho a alguém . É colocado em folha distinta, logo após o termo de aprovação, no caso
de teses e dissertações, ou após a folha de rosto, no caso de monografias e trabalhos
acadêmicos. Quando pouco extensa, a dedicatória pode figurar na mesma folha dos
agradecimentos.

1
Para a comunidade da UFPR, o termo de aprovação é obrigatório, para efeito de cumprimento do
depósito legal na Biblioteca Central, segundo a Resolução n. 46/97 e o Ofício Circular n. 4/98/BC –
DIR.
23

EPÍGRAFE (opcional): é um pensamento pertinente ao tema que se coloca na abertura do


trabalho. É a inscrição de um trecho em prosa ou composição poética que de certa forma
embasou a construção do trabalho, seguida da indicação de autoria.

AGRADECIMENTOS (opcional): São menções que o autor faz a pessoas e/ou instituições
das quais eventualmente recebeu apoio e que concorreram de maneira relevante para o
desenvolvimento do trabalho. Os agradecimentos aparecem em folha distinta, após a
dedicatória, em teses, dissertações e monografias.

RESUMO EM LÍNGUA VERNÁCULA (obrigatório em alguns trabalhos) : é a apresentação


concisa dos pontos relevantes de um trabalho. O resumo deve apresentar uma visão rápida
e clara do conteúdo e das conclusões do trabalho e, ainda, constitui-se uma seqüência de
frases concisas e objetivas e não de uma simples enumeração de tópicos e não deve
ultrapassar 500 palavras. Logo abaixo do resumo, coloca-se as palavras-chaves.

RESUMO EM LÍNGUA ESTRANGEIRA (obrigatório em teses e dissertações): é uma versão


do resumo em idioma de divulgação internacional.

SUMÁRIO (obrigatório): consiste na enumeração das principais divisões, seções e outras


partes do trabalho, na mesma ordem e grafia em que a matéria nele se sucede,
acompanhado do respectivo número da página. Se houver mais de um volume, deve
constar em cada volume o sumário completo do trabalho.
É desnecessário em trabalhos pouco extensos ou pouco divididos.
O sumário deve ser apresentado da seguinte maneira:
a) em folha distinta, após a folha de rosto, termo de aprovação, a dedicatória, os
agradecimentos e a epígrafe.
b) relacionando os títulos dos elementos pré-textuais, que aparecem após o sumário, com
exceção da dedicatória, dos agradecimentos e da epígrafe, sem indicativo de
numeração;
c) relacionando os títulos de todos os elementos pós-textuais, sem indicativo de
numeração;
d) relacionando os títulos dos elementos pré-textuais, dos elementos pós-textuais (dos
capítulos, das seções ou das partes) e dos elementos pós-textuais com o mesmo padrão
gráfico empregado no texto;
e) cada capítulo, seção ou parte deve apresentar os seguintes dados:
24

- indicativo numérico (para numeração progressiva das seções de um documento, ver


Norma Brasileira Registrada (NBR), da Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT);
- título;
- número da folha inicial, ligado ao título por uma linha pontilhada.
f) a folha de sumário vem após a folha de listas.

Sumário não pode ser confundido com ÍNDICE, este último é uma relação detalhada de
assuntos, nomes de pessoas, nomes de empresas e outros, apresentados em ordem
alfabética no final do trabalho, indica as páginas onde cada termo relacionado se encontra.
NÃO SE FAZ ÍNDICE EM TRABALHOS ACADÊMICOS.
O número da página inicial do capítulo ou seção deve ser ligada ao título por linha
pontilhada conforme o modelo abaixo:

SUMÁRIO

RESUMO .............................................................................................................................6
ABSTRACT...........................................................................................................................7
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................. 8
2 REVISÃO DA LITERATURA.......................................................................................... 12
2.1 NEOLIBERALISMO E AS POLÍTICAS PARA A EDUCAÇÃO....................... ..............12
2.2 GLOBALIZAÇÃO: CONTEXTO PARA A MODIFICAÇÃO DO PERFIL
PROFISSIONAL..................................................................................................................15
2.2.1 Noção de competência, no contexto político neoliberal.............................................21
2.3 A NOÇÃO DE COMPETÊNCIA.....................................................................................26
2.4 A NOÇÃO DE COMPETÊNCIA NOS DOCUMENTOS OFICIAIS RELATIVOS AO
ENSINO MÉDIO..................................................................................................................36
3 DELINEAMENTO DA METODOLOGIA E RESULTADOS DA
PESQUISA..........................................................................................................................50
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................75
REFERÊNCIAS...................................................................................................................97
ANEXO .............................................................................................................................100

FIGURA 8 – MODELO DE SUMÁRIO

LISTA DE TABELAS, FIGURAS, ANEXOS, etc. (opcional): É a relação de tabelas, quadros


e figuras constantes em um trabalho deve ser elaborado de acordo com a ordem
apresentada no texto, com cada item acompanhado do respectivo número da página.
Recomenda-se a elaboração de lista própria para cada tipo de ilustração (lâminas,
fotografias, plantas, organogramas, etc.)desde que a lista apresente no mínimo dois itens.
Caso contrário, pode-se elaborar uma única lista denominada LISTA DE ILUSTRAÇÕES,
identificando-se necessariamente o tipo de ilustração antes do número.
25

No texto, com exceção de tabelas e quadros, todas as demais ilustrações podem ser
referidas por figuras, ou denominadas especificamente como gráfico, mapa, planta entre
outros.
Quando pouco extensas, as listas podem figurar seqüencialmente na mesma folha.
As listas devem:
a) Ser apresentadas em folha distinta, após o sumário;
b) Apresentar cada seção com os seguintes dados:
- tipo de ilustração e indicativo numérico;
- título;
- número da folha que contém a ilustração, ligado ao título por uma linha pontilhada.

• Para a apresentação das listas, ver o volume – Redação e Editoração do conjunto


Normas para apresentação de documentos científicos publicado pela Editora da
Universidade Federal do Paraná.

LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS e SÍMBOLOS: É a relação alfabética de abreviaturas,


siglas e símbolos empregados no trabalho, com o significado correspondente.
Exemplo:

LISTA DE SIGLAS

COMEC - Coordenadoria da Região Metropolitana de Curitiba


PMI - Programmable Multispectral Imager
UFPR - Universidade Federal do Paraná
WWW - World Wide Web

LISTA DE SÍMBOLOS

@ - Arroba
% - Por cento
Ca - Cálcio
FIGURA 9 – MODELO DE LISTAS
No caso dos símbolos, não sendo possível ordená-los alfabeticamente, recomenda-
se que sejam relacionados conforme a ordem em que aparecem no texto.
As duas listam podem figurar na mesma folha, caso não sejam muito extensas.
26

RESUMO: É a apresentação concisa do texto, destacando seus aspectos de maior


relevância.
Na elaboração do resumo deve-se:
a) apresentar o resumo precedendo o texto, em entrelinhamento menor e em folha distinta;
b) escrever o resumo na língua do texto, sendo aconselhável incluir versão em uma ou
mais línguas de difusão internacional, na folha seguinte;
c) incluir obrigatoriamente um resumo em português no caso de trabalhos em língua
estrangeira;
d) redigir em um único parágrafo;
e) em teses e dissertações, apresentar o resumo com , no máximo, 500 palavras e em
monografias e outros trabalhos acadêmicos, com 250 palavras;]
f) redigir com frases completas e não com seqüência de títulos;
g) empregar termos geralmente aceitos e não apenas os de uso particular;
h) expressar na primeira frase do resumo o assunto tratado, situando-o no tempo e no
espaço, caso o título do trabalho não seja suficientemente explícito;
i) dar preferência o uso da terceira pessoa no singular;
j) evitar o uso de citações bibliográficas;
k) ressaltar os objetivos, os métodos, os resultados e as conclusões do trabalho;
l) indicar, se for o caso, as novas diretrizes de teorias, processos, técnicas e aparelhos,
bem como o nome de todos os novos elementos, minérios e compostos;
m) citar com rigor o domínio de aplicação, grau de exatidão e o princípio básico de novos
métodos;
n) mencionar os nomes geográficos (município, estado e país) os a circunscrição (região,
distrito, condado), quando necessário.

O resumo é denominado abstract, em inglês, resumen, em espanhol, résumé, em


francês, riassunto, em italiano, e Zusammenfassung, em alemão.

6.3 ELEMENTOS INTERNOS

6.3.1 Elementos textuais


Todas as páginas são numeradas na margem superior direita, iniciando na
seqüência da contagem das páginas pré-textuais.
De acordo com a NBR2 14.724/2002, estes elementos têm os seguintes conceitos:

2
Normas estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
27

Texto é a parte do trabalho em que o assunto é apresentado e desenvolvido. Pode ser


dividido em seções ou capítulos e subseções. Cada seção primária deve iniciar em folha
própria.
Conforme a metodologia adotada ou a finalidade a que se destina, o texto é estruturado
de maneira distinta, mas geralmente consiste em:
1. Introdução;
2. Desenvolvimento;
3. Conclusão.

Não necessariamente com esta divisão e denominação, mas nesta seqüência.

INTRODUÇÃO: é a parte do trabalho em que o assunto é apresentado como um todo, sem


detalhes. Trata-se do elemento explicativo do autor para o leitor.
A introdução deve:
a) Estabelecer o assunto, definindo-o sucinta e claramente, sem deixar dúvidas quanto ao
campo e período abrangidos e incluindo informações sobre a natureza e a importância
do problema;
b) Indicar os objetivos e a finalidade do trabalho, justificando e esclarecendo sob que ponto
de vista é tratado o assunto;
c) Referir-se aos tópicos principais do texto, dando o roteiro ou a ordem de exposição
(entretanto, na introdução, não são mencionados os resultados alcançados, o que
acarretaria desinteresse pela leitura integral do texto).

DESENVOLVIMENTO OU CORPO: como parte principal e mais extensa do trabalho, visa a


expor o assunto e demonstrar as principais idéias. É, em essência, a fundamentação lógica
do trabalho.
Não existe padrão único para a estrutura do desenvolvimento dos trabalhos, o qual
depende essencialmente da natureza do estudo (experimental, não-experimental, de campo,
de revisão bibliográfica ou outro), da lógica e do bom senso do autor.
Recomenda-se que as palavras desenvolvimento ou corpo não sejam usadas
como título de parte do trabalho (grifo nosso).
As principais partes de uma tese, dissertação, monografia ou trabalho acadêmico
podem ser:
a) Revisão de literatura, que é elemento essencial em teses e principalmente em
dissertações, e na qual se deve:
- fazer referência a trabalhos anteriormente publicados, situando a evolução do assunto;
- limitar-se às contribuições mais importantes diretamente ligadas ao assunto;
28

- mencionar o nome de todos os autores, no texto ou em notas e, obrigatoriamente nas


referências;
- oferecer base para derivação das hipóteses e a explicação de sua fundamentação,
quando for o caso;
b) material e métodos, compreende o instrumental empregado e a descrição das técnicas
adotadas, esta denominação é mais utilizado pelas áreas tecnológicas e afins.
Metodologia é o conjunto de métodos ou caminhos utilizados para a condução da
pesquisa e deve ser apresentada na seqüência cronológica em que o trabalho foi
conduzido, esta denominação é mais utilizada pelas áreas humanísticas e afins. Aqui
deve constar:
- a descrição precisa dos métodos, materiais, técnicas e equipamentos utilizados deve
permitir a repetição do experimento ou estudo com a mesma exatidão por outros
pesquisadores;
- os métodos inéditos desenvolvidos pelo autor devem ser justificados e asa suas
vantagens em relação a outros devem ser apontadas;
- os processos técnicos a que forem submetidos os produtos e os tratamentos
empregados devem ser citados;
- às técnicas e aos métodos já conhecidos pode-se fazer apenas referência e não
descrições; neste caso, é suficiente a citação do seu autor;
- técnicas novas podem ser descritas com detalhes, e novos equipamentos, ilustrados
com fotografias e desenhos;
- hipóteses e generalizações que não estejam baseadas nos elementos contidos no
próprio trabalho devem ser evitadas;
- os dados utilizados na análise estatística devem figurar no texto ou ser anexada ao
trabalho;
c) análise dos resultados ou, simplesmente, resultados, na qual são apresentados os
dados obtidos de forma precisa e clara, considerando-se que:
- a análise dos dados, sua interpretação (resultados) e a discussão teórica podem ser
conjugadas ou separadas, conforme for mais adequado aos objetivos do trabalho;
- os diversos resultados obtidos, sem interpretações pessoais, devem vir agrupados e
ordenados convenientemente, podendo eventualmente ser acompanhados de tabelas,
gráficos, quadros ou figuras com valores estatísticas, para maior clareza;
- os dados experimentais obtidos podem ser analisados e relacionados com os principais
problemas que existam sobre o assunto, dando subsídios para a conclusão;
d) discussão, para a qual recomenda-se:
- justificar a escolha do tema da pesquisa;
- relacionar causas e efeitos;
29

- esclarecer exceções, contradições, modificações, teorias e princípios relativos ao


trabalho;
- indicar as aplicações e limitações teóricas e práticas dos resultados obtidos;
- ressaltar os aspectos que confirmem ou modifiquem de modo significativo as teorias
estabelecidas, apresentando novas perspectivas para a continuidade da pesquisa.
Nem todos os trabalhos requerem uma seção ou capítulo dedicado à revisão de
literatura. Há casos que os autores preferem incorporá-la à introdução, principalmente se a
revisão for breve. Assim, como nem todos os trabalhos requerem um a seção específica
dedicada à metodologia (material e métodos ou casuística e métodos), podendo a mesma
constar também da introdução.

CONCLUSÃO: é a recapitulação sintética dos resultados e da discussão do estudo ou


pesquisa. Pode apresentar deduções lógicas e correspondentes aos objetivos propostos,
ressaltando o alcance e as conseqüências de suas contribuições, bem como seu possível
mérito. Pode conter a indicação de problemas dignos de novos estudos, além de
recomendações, quando for o caso. Deve ser breve e basear-se em dados comprovados.
O autor de um trabalho pode apresentar recomendações além de conclusões. Uma
recomendação é a declaração concisa de ações julgadas necessárias a partir das
conclusões obtidas, a serem usadas no futuro.

6.3.2 Elementos pós-textuais


A paginação segue na seqüência da parte textual, inclusive apêndices e anexos.
- REFERÊNCIAS (obrigatório) (ver mais em seção própria de acordo com as Normas
da UFPR)
Devem ser escritas de acordo com as normas da ABNT.
Primeiro, cola-se o sobrenome do autor em letra maiúscula seguido por vírgula e
então o nome do autor, ponto final. Segue indicando o título do livro em letra maiúscula,
outras palavras que formam o título são grafadas em letra minúscula. Caso haja
complemento no título (separação por dois pontos (:)), grifa-se ou negrita-se somente a o
título principal da obra. A seguir, escreve-se o local onde foi publicado o livro (cidade), dois
pontos e o nome da editora separado por vírgula e por fim o ano da publicação.
Exemplo:

ALVES, M. Como escrever teses e monografias: um roteiro passo a passo. Rio de


Janeiro: Campus, 2003.

- GLOSSÁRIO (opcional)
30

- ANEXOS (opcional)
- ÍNDICE (não aparece em trabalhos acadêmicos)
31

7 ELEMENTOS DE APOIO

São elementos adicionados ao trabalho para complementar ou explicar o seu


conteúdo.

7.1 CITAÇÃO
Citação é a menção no texto de informação extraída de outro documento para
esclarecer, ilustrar ou sustentar o assunto apresentado. (NBR 10520/2002)
Para a apresentação de citações, ver volume 3 – Citações e Notas de Rodapé, das
Normas da UFPR.

7.2 NOTAS DE RODAPÉ


Notas de rodapé são observações, indicações ou aditamentos ao texto feito pelo
autor, localizados no rodapé da página para que não interfiram na seqüência lógica do seu
desenvolvimento.
Para a apresentação de indicação de notas, ver volume 3 – Citações e Notas de
Rodapé.

7.3 ILUSTRAÇÕES E/ OU FIGURAS


As ilustrações e/ou figuras são elementos que explicam ou complementam
visulamente o trabalho e devem ser inseridas o mais próximo possível do trecho a que se
referem. Compreendem quadros, fotografias, desenhos, esquemas, fluxograma, gráficos,
organogramas, mapas e plantas, entre outros.
Não existe na literatura uma uniformidade quanto ao uso de letras maiúsculas ou
minúsculas para a apresentação gráfica desses termos. O importante é adotar um padrão
único para todo o texto.
Quanto a sua designação, pode-se optar:
a) Pelo termo figura;
b) Pela designação específica.
Exemplos:
FOTOGRAFIA DESENHO ESQUEMA FLUXOGRAMA
ORGANOGRAMA MAPA PLANTA QUADRO
GRÁFICO
32

Na apresentação, observar que:


a) Na parte inferior da figura, deve constar:
- a palavra figura e/ ou designação específica em letras maiúsculas, seguida do
número que a identifica em algarismos arábicos;
- o título, que deve ser breve e claro, dispensando consultas ao texto, escrito em
letras maiúsculas, precedido por um hífen, sem ponto final, alinhado
preferencialmente à margem lateral esquerda do texto;
- a fonte de onde foram extraídas as informações, que é colocada abaixo do título
da figura, precedida da palavra fonte em letras maiúsculas seguida da data/ ano
entre parênteses (faz-se a indicação completa da fonte ao final do trabalho, no
item Referências);
- a expressão O autor como fonte quando a figura for elaborada pelo autor do
trabalho:
Exemplo:
FONTE: O autor (2007)

- a nota (esclarecimentos e observações de natureza geral), que é apresentada logo


abaixo da fonte, precedida da palavra nota em letras maiúsculas;
b) A legenda, se houver, deve ser clara e objetiva, colocada abaixo da figura ou
à direita, dependendo do tipo e da disposição da figura.

7.4 QUADROS

São arranjos de informações qualitativas e textuais dispostas em colunas e linhas


fechadas com traços horizontais e verticais.
Os quadros são apresentados com letras e entrelinhamento menor e devem ser
inseridos o mais próximo possível do trecho a que se referem.
Para a apresentação de quadros, tabelas, equações e fórmulas, ver volume 2 –
Teses, dissertações, monografias e outros trabalhos acadêmicos.
Para a apresentação de siglas, abreviaturas, símbolos ver volume 9 – Redação e
Editoração das Normas da UFPR.

8 USO DE CONJUGAÇÃO VERBAL NO TEXTO

Ao elaborar um texto, o mais indicado é o uso do verbo na forma impessoal.


Exemplo:
33

...utilizou-se os dados disponíveis...


... elaborou-se de forma precisa...
... achou-se por bem..

9 NORMAS DE REFERÊNCIAS

FONTES: ABNT/ UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

9.1 DEFINIÇÕES

9.1.1 Referência
Conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento, que
permita sua identificação individual.

9.1.2 Referências
É a lista ordenada de todos os documentos citados no texto, exceto comunicações
informais Todas as obras citadas no texto deverão obrigatoriamente figurar nas referências
além de outras que, embora não mencionadas, tenham contribuído para a preparação do
trabalho.
Outros documentos consultados podem ser arrolados em lista adicional denominada
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA, DOCUMENTOS CONSULTADOS ou OBRAS
CONSULTADAS. Devem figurar após a lista de referências.

9.1.3 Documento
É qualquer suporte que contenha informação registrada por um meio, seja este
gráfico, visual, sonoro, digital ou outro. São exemplos de documentos: livros, periódicos,
normas técnicas, materiais cartográficos, gravações sonoras, gravações de vídeo,
fotografias, selos, arquivos magnéticos e digitais, jogos entre outros.
Para facilitar a identificação do tipo de documento a ser referenciado, os exemplos
estão dispostos em três categorias:
a. Impresso;
b. Digital (CD, disquete, fita, disco, zipdrive);
c. Internet/ on-line (em rede)

10 TRANSCRIÇÃO DOS ELEMENTOS DAS FONTES NAS REFERÊNCIAS


(DOCUMENTOS) MAIS UTILIZADAS

10.1 LIVROS (considerado no todo)

Chave: SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes. Título: subtítulo. nº da edição (a partir da


2ª). Local: Editora, ano da publicação.
34

Exemplo:
ROMEU, S. A. Escola: objetivos organizacionais e objetivos educacionais. São Paulo:
EPU, 1987.

OBSERVAÇÕES: 1) A indicação do número de páginas é opcional, quando se trata de


referenciar a obra no todo. Mas é obrigatória em referência de capítulos ou partes.
2) Para publicações em mais de um volume, editadas em anos diferentes,
deve-se indicar as datas extremas, separadas por hífen: 1998-99.

10.1.1 Livro considerado no todo – digital

Chave: AUTORIA.Título. Edição. Local: Editora, ano. Designação específica do tipo de


material.

Exemplos:

MARK, J. E. (Ed) Physical propeties of polymers handbook. Woodbury, NY: American Institute
of Physics, 1996. 1 CD-ROM.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS. Catálogo da produção intelectual da UFSCar. Ed.


preliminar, São Carlos, 1996. 1 CD-ROM.

10.1.1 Livro considerado no todo – internet/ on line

Chave: AUTORIA. Título. Edição. Local: Editora, ano (se houver). Disponível em:<endereço
eletrônico>. Acesso em: dia/mês/ano.

Exemplo:

QUEIRÓS, E. de. Os maias. Disponível em: <http://www.bibvirt.futuro.usp.br/


textos/autores/ecadequeiros/osmaias/osmaias:html>. Acesso em: 28/8/2003.
35

10.2 LIVROS TRADUZIDOS

Indica-se o nome do tradutor e o título no idioma original.

Chave: AUTORIA DO DOCUMENTO ORIGINAL. Título. Tradução de/ por: Nome do


tradutor. Edição. Local: Editora, ano.

Exemplo:
OAKLANDER, V. Descobrindo crianças: abordagem gestáltica com crianças e
adolescentes. Tradução: George Schlesinger. 11. ed. São Paulo: Summus, 1980.

10.3 PARTES DE LIVROS (Capítulos, Fragmentos e Volumes)

O título deve ser escrito sem destaque. A referenciação do documento em que se


encontra a parte citada segue as normas de livros, precedida da palavra In, seguida de dois
pontos.

Chave: AUTORIA DA PARTE DA OBRA. Título da parte. In: AUTORIA DA OBRA. Título da
obra. Local: Editora, ano. Página inicial-final da parte.

Exemplo:
MARTINS, J. Pesquisa qualitativa. In: FAZENDA, IVANI (org.). Metodologia da
pesquisa educacional. São Paulo: Cortez, 1989. p. 47-58.

OBSERVAÇÕES:
1) Quando o autor do capítulo é o mesmo do livro, indica-se a repetição por um
travessão iguais a seis caracteres, substituindo o nome do autor do livro. Quando não for
necessário destacar o título do capítulo, ou quando as partes ou capítulos não tiverem título
próprio, referencia-se a obra no todo, indicando apenas o capítulo e/ ou as páginas da parte
consultada, precedida pela abreviatura correspondente (cap. ,p.)
2) No caso de obra em vários volumes, e sendo referenciado apenas um volume,
que tenha título próprio, este deve ser transcrito após a indicação do número do volume.

Exemplo:
SOARES, F.; BURLAMAQUI, C. K. Pesquisas brasileiras: 1º e 2º graus. São Paulo:
Fomar, 1992. v. 3: Dados estatísticos, microregiões.

10.3.1 Partes de livros (Capítulos, Fragmentos e Volumes) – intrenet/ on- line

Chave: AUTORIA DA PARTE DA OBRA. Título da parte. In: AUTORIA DA OBRA. Título da
obra. Local: Editora, ano (se houver). Número da página inicial-final da parte (se houver).
Disponível em:<endereço eletrônico>. Acesso em: dia/mês/ano.
36

Exemplo:
LOPES NETO, S. O negrinho do pastoreio. In:______. Lendas do Sul. Disponível em:
<http://www.cce.ufsc.br/nipill/literatura/literat.html>. Acesso em/ 23/8/2003.

10.4 VER AINDA3:

a) Verbete de enciclopédia e dicionário – impresso


b) Verbete de enciclopédia e dicionário – digital
c) Verbete de enciclopédia e dicionário – internet/ on-line
d) Relatório oficial – impresso
e) Relatório oficial –digital
f) Relatório oficial – internet/ on-line
g) Relatório técnico – impresso
h) Relatório técnico – digital
i) Relatório técnico - internet/ on-line

10.5 TESES, DISSERTAÇÕES E MONOGRAFIAS

10.5.1 Tese, dissertação, monografia – impresso

Chave: AUTORIA. Título. Número de folha(s) ou página(s). Tese, Dissertação, Monografia


(Grau e Área) – Unidade de Ensino, Instituição, Local, ano.

Exemplo:

FREITAS, S. R. C. de. Marés gravimétricas: implicações para a placa sul-americana. 264f. Tese
(Doutorado em Geofísica) – Instituto Astronômico e Geofísico, Universidade de São Paulo, 1998.

• Ver ainda4:
a) Tese, dissertação, monografia – digital
b) Tese, dissertação, monografia – internet/ on-line
c) Trabalhos acadêmicos (outros tipos) – impresso
d) Trabalhos acadêmicos (outros tipos) – digital
e) Trabalhos acadêmicos (outros tipos) - internet/ on-line
f) Evento Científico: impresso, digital, internet/ on-line

10.6 PUBLICAÇÃO PERIÓDICA

10.6.1 Periódico considerado no todo (coleção) – impresso


Considerado no todo, significa desde o primeiro fascículo até o último.

3
Consultar o livro 4 das Normas Técnicas da UFPR
4
Consultar o livro 4 das Normas Técnicas da UFPR
37

Chave: TÍTULO DO PERIÓDICO (por extenso). Local: Editor, ano de início-término da


publicação.

Exemplo:

ANUÁRIO INTERNACIONAL. São Paulo: AGEV, 1968-1978.

No caso de periódicos com título genérico (boletim, informativo, anuário e outros),


incorpora-se o nome da entidade responsável, ligando-a por preposição entre colchetes.

Exemplo:

INFORMATIVO MENSAL [do] Banco Central do Brasil. Brasília, 1980-

10.6.2 Periódico considerado no todo (coleção) – digital

Chave: TÍTULO DO PERIÓDICO (por extenso). Local: Editor, ano de início-término da


publicação. Designação específica do tipo de material.

Exemplo:

HUMAN REPRODUCTION UPDATE. Oxford: Oxford University, 1995-1999. 1 CD-ROM.

* Ver ainda5:
a) Periódico considerado no todo (coleção) – internet/ on-line
b) Periódico considerado em parte (fascículo, suplemento, número especial)
c) Periódico considerado em parte (fascículo, suplemento, número especial) - digital
d) Periódico considerado em parte (fascículo, suplemento, número especial) – internet/
on-line

10.7 ARTIGO DE PERIÓDICO - impresso

Chave: AUTORIA DO ARTIGO, Prenomes. Título do artigo. Título do Periódico6, local de


publicação, número do volume, número do fascículo, página inicial –final do atrigo, ano/data.

Exemplo:
ALMEIDA, C.; MONTEIRO, M. Descrição de duas novas espécies (Homóptera).
Revista Brasileira de Zoologia, Curitiba, v. 9,n.1/2, p. 55-62, mar./jun. 1992.
5
Consultar o livro 4 das Normas Técnicas da UFPR
6
O título do periódico, nesse caso, pode ser abreviado de acordo com a NBR – 6032/ABNT –
Abreviação de títulos de perídicos e publicações seriadas, ou de acordo com as fontes de referência
especializada na área.
38

* Ver ainda7:
a) Artigo de periódico – digital
b) Artigo de periódico – internet/ on-line

10.8 ARTIGOS DE JORNAIS - impresso

Chave: AUTORIA DO ARTIGO (se houver). Título do artigo. Título do Jornal, Local de
publicação, data (dia, mês, ano). Seção, suplemento, número ou título do caderno, etc.,
número de página(s) do artigo referenciado.

Exemplo:
MIRANDA, R. Anões que fazem gigantes. Gazeta do Povo, Curitiba, 3 jun. 1990.

SIMÕES, J. M. Camilo, autor e personagem. O Estado de S. Paulo, 26 maio 1990. Cultura, v.


7.

10.8.1 Artigo de jornal – internet/ on-line

Chave: AUTORIA DO ARTIGO. Título do artigo. Título do Jornal, Local de publicação, data
(dia, mês, ano). Seção, suplemento, número ou título do caderno, etc., número de página(s)
do artigo referenciado (se houver). Disponível em: <endereço eletrônico>. Acesso em:
dia/mês/ano.

Exemplo:

NOGUEIRA, S. Substância cola osso sem efeito colateral. O Estado de S. Paulo, São
Paulo, 13 maio 2003. Disponível em:
<http://www1.folha.uol.com.br/folh/ciencia/ult306u9093.shtml>. Acesso em: 13/5/2003.

* Ver ainda8: Base de Dados: impresso, digital, internet/ on-line

10.9 TABELAS

Chave: SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes. Título da tabela. Local: Editora, ano. Nota
de tabela.

Exemplos:
CARVALHO, G. C. de. Coleção de tabelas de química. São Paulo: Nobel, 1977.

OBSERVAÇÃO: A palavra tabela, ao final da referência, deve ser omitida quando figurar no
título. No caso de tabelas extraídas de livros, deve-se indicar a fonte ao final da tabela e, ao
final do trabalho, as referências gerais do livro.

7
Consultar o livro 4 das Normas Técnicas da UFPR
8
Consultar o livro 4 das Normas Técnicas da UFPR
39

10.10 NORMA TÉCNICA - impresso

Chave: ÓRGÃO NORMALIZADOR. Título, (corresponde ao número da norma): subtítulo.


Local, ano.

Exemplo:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e
documentação – referências – elaboração. Rio de Janeiro, 2002.

• Ver ainda9:
Norma técnica – internet/ on-line

10.11 DOCUMENTO JURÍDICO.

Compreende a Constituição, as emendas constitucionais e os textos legais


infraconstitucinais (lei complementar e ordinária, medida provisória, decreto em todas as
suas formas, resolução do Senado Federal) e as normas emanadas das entidades públicas
e privadas (ato normativo, portaria, resolução, ordem de serviço, instrução normativa,
comunicado, aviso, circular, decisão administrativa, entre outras). (ABNT, 2002)

10.11.1 Legislação - impresso

Chave: JURISDIÇÃO (País, Estado, Município). Órgão judiciário competente (se houver).
Título e número da legislação. Titulo e dados da fonte na qual foi publicado o documento.

Exemplo:
BRASIL. Constituição (1988). Constituição: República Federativa do Brasil. Brasília,
DF: Senado Federal, 1988.

* Ver ainda: Legislação10 – internet/ on-line

10.12 DOCUMENTO RELIGIOSO

Inclui as escrituras sagradas – o Alcorão, a Bíblia, o Talmude, entre outros

10.12.1 Documento religioso considerado no todo - impresso

9
Consultar o livro 4 das Normas Técnicas da UFPR
10
Consultar o livro 4 das Normas Técnicas da UFPR
40

Chave: TÍTULO. Edição. Local: Editora, ano. Tradução ou versão. Designação específica do
tipo de documento religioso (quando não constar no título).

Exemplo:
A BÍBLIA de Jerusalém. São Paulo: Paulinas, 1981.

ALCORÃO sagrado. São Paulo: Tangará, 1975. Versão portuguesa diretamente do


árabe por Samir El Hayek.

• Ver ainda11:
a) Documento religioso considerado no todo – digital
b) Documento religioso considerado no todo – internet/ on-line
c) Documento religioso considerado em parte – impresso
d) Documento religioso considerado em parte – digital
e) Documento religioso considerado em parte - internet/ on-line

10.13 ENTREVISTA PUBLICADA

Chave: AUTORIA (entrevistado). Título da entrevista. Título e dados da fonte na qual foi
publicada a entrevista. Designação específica do tipo de documento (quando não constar no
título)

Exemplo:

FIUZA, R. O ponta-de-lança. Veja, São Paulo, n. 1124, 04 abr. 1990. p. 9-13. Entrevista.

OBSERVAÇÃO: 1) Pode-se indicar o nome do entrevistador na nota de entrevista, quando


de interesse para o trabalho.
2) Quando trata-se de entrevista não publicada, omite-se o título e o
número do periódico (revista ou jornal).

• Ver ainda12: Entrevista não publicada.

11 TRANSCRIÇÃO DE ALGUNS ELEMENTOS

a) AUTORES DE LÍNGUA ESPANHOLA

Entram pelo penúltimo sobrenome.


Exemplo: MENDEZ PIDAL, R.

b) DISTINTIVOS COMO: JÚNIOR, FILHO, NETO

Acompanham o penúltimo sobrenome.


Exemplo: SILVA NETO, S.

11
Consultar o livro 4 das Normas Técnicas da UFPR
12
Consultar o livro 4 das Normas Técnicas da UFPR
41

c) ATÉ TRÊS AUTORES

Mencionam-se até os três primeiros, separados por ponto e vírgula, seguidos da


expressão latina et alli (abrevia-se et al.), que quer dizer: “e outros”.

d) INSTITUIÇÕES

Podem se autores, tendo seus nomes escritos em letras maiúsculas.


Exemplo: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÄ.

Unidades subordinadas são mencionadas após o nome da instituição, separadas por


ponto e com iniciais maiúsculas.
Exemplo: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÄ. Biblioteca Central.

Entidades conhecidas por suas siglas podem ter entrada por estas
Exemplo: IBGE
EMBRAPA
Órgãos governamentais de função executiva, legislativa e judiciária entram pelo
nome do local de sua jurisdição.
Exemplo: BRASIL. Ministério da Justiça.
Congressos, reuniões, simpósios, conferências, etc., têm entrada pelo nome do
evento, seguido de número, ano e local entre parêntese.
Exemplo: ENCONTRO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO (10:
1979: Curitiba)

e) COLETÂNEAS

Entram pelo nome do editor, diretos, organizador ou compilador responsável, seguido da


abreviatura da função editorial.
Exemplo: FAZENDA, Ivani (org.)

f) AUTORIA DESCONHECIDA

Entra-se pelo título. A primeira palavra do título, incluindo o artigo inicial, é transcrita em
maiúscula, sem grifo.
Exemplo: ESTUDOS filológicos: homenagem a Serafim da Silva Neto.

g) CIDADES POUCO CONHECIDAS OU HOMÔNIMAS

Acrescenta-se o nome do País ou Estado.


Exemplo: Marechal Cândido Rondon, PR

h) EMENDAS E ACRÉSCIMOS À EDIÇÃO

Devem ser indicadas tal como aparecem na publicação


Exemplo: HISTÓRIA de Napoleão, imperador dos franceses. 3 ed. aum.

i) MAIS DE UM LOCAL

Transcreve-se o primeiro, ou o que estiver em destaque

j) NOME DO EDITOR

Escreve-se sem os elementos jurídicos ou comerciais.


42

Exemplo: J. Olympio ( e não Livraria José Olympio)

k) MAIS DE UM EDITOR

Citar apenas o primeiro ou o que estiver em destaque.

l) LOCAL NÃO IDENTIFICADO

Escreve-se [S.L.] (sine loco).

m) EDITOR NÀO IDENTIFICADOS

Indica-se o impressor ou escreve-se [s.n.] (sine nomine).

n) LOCAL E EDITOR NÃO IDENTIFICADOS

Escreve-se [S. L: s.n.]


o) QUANDO O AUTOR É O EDITOR

Não se indica.

p) AUSÊNCIA DE DATA

Indica-se a data provável


Exemplo: [198?] ou [s.d.] (sem data)

q) PAGINAÇÃO IRREGULAR OU INEXISTENTE

Escreve-se: [n.p.] ou [p.irr.]

r) ABREVIATURAS DOS MESES

Podem ser feitas até a terceira letra, com exceção do mês de maio. Também podem ser
abreviadas as estações do ano, ou seus indicadores.
Exemplo: fev. 1993; ago. 1992; maio 2 trim. 1992.

12 ELABORAÇÃO DA LISTA DE REFERÊNCIAS AO FINAL DA MONOGRAFIA OU


TRABALHO ACADÊMICO

A ordenação da lista deve ser feita em ordem alfabética.

Não se numera a ordem, salvo se utilizar o tipo de citação numérica.

Quando houver autoria repetida, o sobrenome do autor de vários documentos referenciados


sucessivamente pode ser substituído, nas referências seguintes à primeira, por um
travessão, equivalente a cinco caracteres.
Exemplo:

FREYRE. G. Casa grande & senzala.

_____. Sobrados e mocambos.


43

13 OUTRAS FORMAS DE REFERÊNCIAS13

REFERÊNCIAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Sistema de bibliotecas. Referências. Curitiba:


Ed. da UFPR, 2007, 53 p. (Normas para apresentação de documentos científicos, 4).

14 CITAÇÕES

14.1 CONCEITO

Citação é a menção no texto de informações extraída de outra fonte para esclarecer,


ilustrar ou sustentar o assunto apresentado. Servem para enriquecer um texto, dando-lhe
maior clareza ou maior autoridade. Todavia, devem ser utilizadas de maneira comedida,
pois o seu uso excessivo, desacompanhado de análises críticas, pode despertar no leitor a
impressão de pobreza intelectual por parte do autor da monografia ou trabalho científico.
As citações podem ser:
a) citação direta: transcrição literal de um texto ou parte dele;
b) citação indireta: redigida pelo autor do trabalho com base em idéias de outros autores.

As citações podem ser obtidas de documentos ou de canais informais (palestras,


debates, conferências, entrevistas, entre outros). As fontes das quais foram extraídas as
citações são indicadas no texto pelo sistema autor-data ou pelo sistema numérico, também
denominado citação-nota (de rodapé)

14.2 CITAÇÃO DIRETA

13
Consultar o livro 4 das Normas Técnicas da UFPR
44

Citação direta é transcrição literal de um texto ou de parte dele que conserva a


grafia, a pontuação, o uso de maiúsculas e o idioma originais. É usada somente quando um
pensamento significativo é particularmente bem expresso, ou quando é absolutamente
necessário e essencial transcrever as palavras de um autor.
Na citação direta podem ser adotados tanto o sistema autor-data como o sistema
numérico.

14.2.1 Citação curta (com até Três Linhas)

A citação com até três linhas, ou citação curta, é transcrita entre aspas, com o
mesmo tipo e tamanho da letra utilizados no parágrafo do texto no qual será inserida.
O uso das aspas delimita a citação direta. Caso o texto citado já contenha sinal de
pontuação encerrando a frase, as aspas finais são colocadas após este sinal; caso
contrário, as aspas delimitam o final da citação.

a) a citação que apresenta ponto final no original:

De acordo com Barros (1991, p. 62), “interpretar significa buscar o sentido mais
explicativo dos resultados da pesquisa”.

b) citação que não apresenta ponto final no original:

Segundo Chiavenatto (1992, p. 125), “treinamento é o ato intencional de fornecer os


meios para proporcionar a aprendizagem”.

c) Se o trecho citado já contiver aspas, estas são substituídas pelo apóstrofo ou aspas
simples:

Segundo Bakhtin (1987, p. 388), “a expressão ‘furiosa’ dessa estátua de que fala
Rabelais corresponde também a realidade”.

14.2.2 Citação longa (com mais de Três Linhas)

A citação com mais de três linhas, ou citação longa, é transcrita em parágrafo


distinto. Inicia com recuo de 4 cm da margem esquerda, sem deslocamento na primeira
linha, e termina na margem direita. A Segunda linha e seguintes são alinhadas sob a
primeira letra do texto da citação.
45

O texto citado é apresentado sem aspas e transcrito com entrelinhamento e letra


menor.
Deve ser deixada uma linha em branco entre a citação e os parágrafos anterior e
posterior.

Exemplo:

Os organismos vivos têm um potencial inerente para se superar a si mesmos [sic] a fim de
criar novas estruturas e novos tipos de comportamento. Essa superação criativa em busca da
novidade, a qual, no devido tempo, leva a um desdobramento ordenado da complexidade,
parece ser uma propriedade fundamental da vida, uma característica básica do universo que
– pelo menos por ora – não possui maior explicação. Pode-se, entretanto, explorar a dinâmica
e os mecanismos da autotranscendência na evolução de indivíduos, espécies, ecossistemas,
sociedades e culturas. (CAPRA, 1982, p. 279)

14.2.3 Citação de Poemas e de Textos Teatrais14

14.2.4 Omissões em citações

Omissões em citação são permitidas quando não alteram o sentido do texto. São
indicadas pelo uso de reticências no início ou no final da citação. Quando houver omissões
no meio da citação, usam-se reticências entre parênteses.
As reticências, num texto, indicam interrupção do pensamento ou omissão
intencional de algo que se devia ou podia dizer e que apenas se sugere, por estar facilmente
subentendido. Podem ocorrer da seguinte maneira:

a) omissão no meio da citação:


“O gesto cria uma atmosfera propícia à paródia licenciosa dos nomes dos santos e
de suas funções [...]. Assim, todos os santos cujos nomes a multidão grita, são travestis,
seja no plano obsceno, seja no da boa mesa”. (BAKHTIN, 1987, p. 166).

b) omissão no início da citação:


“[...] alguns dos piores erros na construção organizacional têm sido cometidos
pela imposição de um modelo mecanicista de organização ‘ideal’ ou ‘universal’ a uma
empresa viva.” (CASTRO, 1976, p. 41).

c) omissão no final da citação:

“A partir de 1948, o desenvolvimento da ciência da informação foi acompanhado,


se não freqüentemente precedido, pelo desenvolvimento excepcional de uma tecnologia
e técnicas particularmente impressionantes, apoiando-se, no essencial, nos fluxos de
elétrons e fótons. Antes imperavam a tinta e o chumbo [...]” (LE COADIC, 1996, p. 86).
14
Consultar livro 3, Normas Técnicas da UFPR.
46

14.2.5 Outras Situações de Citações15

14.2.6 Citação de Informações Extraídas da Internet

As citações de informações extraídas de textos da Internet devem ser utilizadas com


cautela, dada a sua temporalidade. É necessário analisar cuidadosamente as informações
obtidas, avaliando sua fidedignidade. Caso seja imprescindível mencioná-la no texto, deve-
se indicar os dados que possibilitem sua identificação, e incluí-la na lista de referências.
Exemplo:
No texto, uma citação curta:
Ao tratar de biblioteca digital, Cunha (1999) esclarece que ela “é também
conhecida como biblioteca eletrônica (principalmente no Reino Unido), biblioteca virtual
(quando utiliza recursos da realidade virtual), biblioteca sem paredes e biblioteca
cibernética”.

Na lista de referências:

CUNHA, M. B. Biblioteca digital: biblioteca internacional anotada. Disponível em:<


http://www.unicamp.br.br/bc/bibvirt/bibvirt3.htm> Acesso em:25/6/ 1999.

No texto, uma citação longa:


Costumo dizer que o problema do ano 2000 é ao mesmo tempo de fácil e de difícil resolução. Teoricamente,
a resolução passava por mudar todas as referências de datas dos programas e ficheiros. Para fazer isto,
bastava expandir as variáveis e os campos de data de modo a passarem a Ter quatro caracteres para
comportarem o ano. Deste modo, na passagem para o ano 2000, em vez de saltarmos para o ano ‘00’,
saltávamos para o ano ‘2000’...(O PROBLEMA, 1999).

Na lista de referências:

O PROBLEMA, parte 1. Disponível em: <http://www.portugalweb.pt/ano2000-problema1.html>


Acesso em 25/6/ 1999.

No texto, uma paráfrase:

Para Robin (1995) estes e-journals são disseminados de várias formas: através de mailing
lists, newgroups, File Transfer Protocol (FTP), gopher, world wide web e CDs-ROM. O autor faz uma
análise detalhada de cada uma destas possibilidades, das quais ressaltaremos as duas últimas.

Na lista de referência:

ROBIN, B. Eletronic scolary publishing: today’s technical alternatives. Disponível em: <
http://www.coe.uh.edu/~brobin/Educom95/EducomBR/tech.html >Acesso em: 20/11/ 1995.

15
Consultar: livro 3 das Normas Técnicas da UFPR
47

14.3 CITAÇÃO INDIRETA

É o texto redigido pelo autor do trabalho com base em idéias de outro(s) autor(es),
que deve, contudo, traduzir fielmente o sentido do texto original. A citação indireta pode
aparecer sob a forma de paráfrase ou de condensação, porém jamais dispensa a indicação
da fonte. Pode-se utilizar tanto o sistema autor data como o sistema numérico16.
Sua principal característica é a de que independente do número de linhas, jamais
utiliza aspas.
Exemplos:

a) Condensação: é a síntese de um texto longo, um capítulo, uma seção ou parte, sem


alterar fundamentalmente a idéia do autor. Podem ser acrescentados os números das
páginas inicial e final do texto lido (parte ou capítulo), porém, tratando-se da leitura de
uma obra completa, estes não são necessários. A condensação é escrita sem aspas,
com o mesmo tipo e tamanho de letra utilizados no parágrafo do texto no qual está
inserida.

Na opinião de Chiavenato (1983), todas as teorias administrativas, desde as mais


antigas até as mais recentes, são válidas e aplicáveis no contexto das organizações da
atualidade.

b) Paráfrase: é a expressão da idéia de outro, com as palavras do outro autor do trabalho,


e deve manter aproximadamente o mesmo tamanho da citação original. A paráfrase,
quando fiel à fonte, é geralmente preferível a uma longa citação direta. Deve –se manter
aproximadamente o mesmo tamanho da citação original, observando-se que:
1. é escrita sem aspas;
2. com o mesmo tipo e tamanho de letra utilizado no texto no qual está inserido;
3. é opcional a indicação da(s) página(s);
4. o ponto final é colocado após a indicação de autoria.

Segundo Bergamini (1980, p. 147) defende as teorias da liderança situacional, por


não acreditar na existência de um estilo ideal para nenhuma função, cargo ou atividade.

A lei pode ser vista como algo passivo e reflexivo, mas como uma força ativa e
parcialmente autônoma [...]. (GENOVESE, 1974, p. 26)

16
Ver a forma correta de utilizar este sistema no livro 4 das Normas Técnicas da UFPR.
48

14.3.1 Citação de Citação

É a menção a um trecho de um documento ao qual não se teve acesso, mas do qual


se tomou conhecimento apenas por citação em outro trabalho. Só deve ser usada na total
impossibilidade de acesso ao documento original, como nos casos de documentos muito
antigos ou com barreira lingüística, pois, se tratando de obra em que o original não foi
consultado, podem ocorrer falsas interpretações e também incorreções. Porém, para
trabalhos com abordagem histórica, por vezes é necessário utilizar este recurso. Na citação
de citação podem ser adotados tanto o sistema autor-data quanto o sistema numérico. A
indicação da fonte17 de uma citação de citação pode ser feita:

a) na forma textual – pelo sobrenome do autor do documento original, com inicial


maiúscula, seguido do número sobrescrito correspondente à nota de rodapé, seguido de
vírgula, da expressão citado por, do sobrenome do autor do documento consultado ,
com inicial maiúscula, e ainda do ano e da página, estes dois últimos entre parênteses;

- no texto:

Korman¹, citado por Pasquali (1981, p. 54), afirma que outra variável que tem
importância especial como característica de personalidade é a auto-estima, isto é, a
extensão em que o indivíduo se percebe como competente, capaz e que pode prover
a satisfação de suas necessidades.

- no rodapé:

¹ KORMAN, ª K. Task success, task popularity, and self-esteem as influences on task liking. J.
Appl. Psychol., Washington, D. C., v. 52, n. 6, p. 484-490, 1968.

- na lista de referências:

PASQUALI, L et al. Satisfação na tarefa, auto-estima e dificuldade na tarefa: um


modelo explicativo. Revista de Administração de Empresas, Rio de Janeiro, v. 21,
n. 3, p. 53-57, jul./ set. 1981.
17
Somente o autor da obra consultada é mencionada na lista de referências. A referência do
documento do autor citado deve figurar em nota de rodapé, na mesma página ou folha em que
aparece.
49

b) após a idéia do autor – pelo sobrenome do autor do documento original, com inicial
maiúscula, seguido do número sobrescrito correspondente à nota de rodapé, seguido de
vírgula, da expressão citado por ou apud, do sobrenome do autor do documento
consultado, com letra maiúscula, e ainda do ano e da página, entre parênteses.
- no texto:

Outra variável que tem importância especial como característica de personalidade é


a auto-estima, isto é, a extensão em que o indivíduo se percebe como competente,
capaz e que pode prover a satisfação de suas necessidades (KORMAN¹, apud
PASQUALI, 1981, p. 54).

- no rodapé

¹ KORMAN, ª K. Task success, task popularity, and self-esteem as influences on task liking. J.
Appl. Psychol., Washington, D. C., v. 52, n. 6, p. 484-490, 1968.

- na lista de referências:

PASQUALI, L. et al. Satisfação na tarefa, auto-estima e dificuldade na tarefa: um


modelo explicativo. Revista de Administração de Empresas, Rio de Janeiro, v. 21,
n. 3, p. 53-57, jul./ set. 1981.

15 INDICAÇÃO DAS FONTES CITADAS

A indicação das fontes citadas pode ser feita pelo sistema autor-data ou pelo sistema
numérico.
Tanto para o sistema autor-data quanto para o sistema numérico, deve-se seguir o
padrão determinado para entradas das referências, buscando-se dar uniformidade à fonte
no texto e nas notas bibliográficas em rodapé ou na lista de referências.
O sistema escolhido deve ser o mesmo do início ao final do documento, mantendo-
se a uniformidade e a consistência ao longo deste.
A indicação do número da(s) página(s) do documento que contém a citação pode ser
feita da seguinte forma:
50

a) quando forem citadas páginas consecutivas, os números das páginas inicial e final
são separados por hífen:

p. 252-254

b) quando as páginas não forem consecutivas, os números são separados por vírgula:
p. 3, 5, 9

15.1 SISTEMA AUTOR-DATA

O sistema autor-data, ou alfabético, é aquele que apresenta a fonte da qual foi extraída a
citação no próprio corpo do texto. O leitor deve recorrer à lista de referências para obter os
dados completos dos documentos mencionados. Esse sistema, de caráter mnemônico, visa
a racionalizar o trabalho tanto do autor quanto do leitor.
Trata-se do sistema mais recomendado; no entanto só funciona se observadas as seguintes
condições:
a) ao se usar este sistema, não podem ser incluídas as fontes em rodapé, exceto nos
casos de citação de citação em que somente o autor citado figura em nota de rodapé e o
autor que o citou, em lista de referências;
b) a referência completa do documento deve figurar em lista, no final do capítulo ou do
trabalho, organizada alfabeticamente;
c) as entradas de autoria são escritas com letras maiúsculas, seguidas da data de
publicação do documento citado e da página ou seção da qual foi extraída a citação,
entre parênteses e após a citação:

... (SOUZA, 1966, p. 47).

d) as notas explicativas ou informativas são chamadas normalmente no texto por números


altos ou alceados, ou entre parênteses, ou entre colchetes;

As regras gerais para a indicação das fontes citadas no texto podem ser consultados no
livro 4 das Normas Técnicas da UFPR.

15.2 SISTEMA NUMÉRICO

No sistema numérico, também chamado citação-nota, a fonte da qual foi extraída a


citação é indicada em nota de rodapé, no final do artigo ou do capítulo. A utilização desse
51

sistema não dispensa a apresentação de lista de referências ao final do trabalho, a qual


deve ser numerada e organizada de acordo com o aparecimento da nota no texto. Quando
se opta por esse sistema, a numeração das citações deve ser atribuída somente para
referências, utilizando-se outra forma de remissão (asterisco, por exemplo) para notas
explicativas ou informativas.

15.2.1 No rodapé

As fontes transcritas no rodapé apresentam-se de acordo com os seguintes critérios:


a) iniciam-se com o indicativo numérico, no recuo de parágrafo;
b) o indicativo numérico é separado do texto da nota por um espaço;
c) são escritas com letra e entrelinhamento menores que o do texto;
d) a Segunda linha e as Segunda linha e as seguintes iniciam na margem esquerda;
e) devem ir separadas do texto por uma linha em branco;
f) devem começar e terminar na página em que a nota foi inserida, sendo que a última
linha deve coincidir com a margem inferior da página.

Em caso de citação inserida em nota de rodapé, esta deve vir sempre entre aspas,
independentemente de sua extensão. Neste caso, a referência aparece entre
parênteses, após a citação.

15.2.2 Mais de uma nota do mesmo documento

Em um mesmo capítulo (no caso de livros) ou no documento inteiro (no caso de


teses, dissertações, artigos de periódicos e outros), a primeira menção a um trabalho é
indicada no rodapé pela referência completa; na Segunda e subseqüentes, indica-se apenas
o sobrenome do autor, seguido do número da página citada.
Quando as notas do mesmo autor estiverem em seqüência, poderão ser usadas
expressões latinas, seguidas do número da página citada:

a) apud (citado por, junto a , em): citação de segunda mão;


b) cf. (confer: compare, confira): confrontar, refere-se a;
c) et seq. (sequentia: seguinte ou que segue): quando menciona-se somente a primeira
página em que aparece a citação, porém refere-se também às demais;
d) ibid. (ibidem: na mesma obra): do mesmo autor, mesmo documento, porém as páginas
são diferentes; escreve-se o termo ibid. e as páginas. Exemplo: Ibid., p. 234;
52

e) id. (idem: do mesmo autor): mesmo autor, mesmo documento e mesma página; escreve
apenas o termo id., sem indicação de página;
f) loc. Cit. (loco citato: no lugar citado): documento já citado em página anterior;
g) op. Cit. (opere citato: na obra citada): é usada quando o autor vai se reportar a um
documento já citado, mas há outro intercalado;
h) passim (aqui e ali): quando um assunto é tratado pelo autor citado em todo o seu
documento, não sendo identificada uma página precisa.

Outras expressões latinas mais comuns:

a) ad tempora: citação feita de memória;


b) ed. cit.: obra com mais de uma edição;
c) inf, ou infra (abaixo), exemplo: infracitado;
d) supra (acima), exemplo: supracitado.

15.3 CRITÉRIOS PARA APRESENTAÇÃO DE AUTORIA NAS CITAÇÕES

As apresentações de autorias nas citações pode ser feita de duas formas:


- na sentença:

→ Autoria (data, página)

- pós-sentença

→ (AUTORIA, data, página)

REFERÊNCIA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. SISTEMA DE BIBLIOTECAS. Citações e notas


de rodapé. Curitiba: Ed. da UFPR, 2007. 53 p. (Normas para apresentação de documentos
científicos, 4).
53

TÉCNICAS E TIPOS DE AMOSTRAGEM

1 CONCEITOS

- UNIVERSO: conjunto ou totalidade de elementos que possuem determinadas


características, definidas para um estudo. Exemplo: universo de eleitores brasileiros;
universo das mulheres latino-americanas.
- AMOSTRA: porção, parcela, subconjunto representativo do universo ou população.
Exemplo: eleitores paranaenses; mulheres brasileiras.
- AMOSTRAGEM: plano definido para a escolha da amostra e a quantidade de elementos
selecionados em relação ao universo.

Em geral, as pesquisas são realizadas através de amostras, por duas razões:


1. Nem sempre é possível obter as informações de todos os indivíduos ou elementos que
compõem o universo ou a população que se deseja estudar. Exemplo: pesquisa com
todos os professores ou micro-empresários de Curitiba.
2. Falta de recursos e de tempo para trabalhar com todos os elementos.

As amostras são variáveis. Assim, o que numa ocasião constitui a população em outra
pode ser considerado como uma amostra e vice-versa. Exemplo: alunos de uma
universidade – amostra de alunos de instituições de 3º grau numa região do País; universo
dos alunos de um determinado curso universitário.

2 TIPOS DE AMOSTRAS

A amostragem nos levantamentos sociais pode assumir formas diversas, em função do


tipo de população, do objetivo da pesquisa e da técnica de seleção empregada. Do ponto de
vista da seleção da amostra, elas se dividem em dois grupos:
- Amostra probabilística
- Amostra não-probabilística

2.1 AMOSTRA PROBABILÍSTICA

Apresenta as seguintes características:


a) os elementos do universo da pesquisa têm a mesma chance ou probabilidade de serem
escolhidos;
54

b) a seleção dos elementos se faz de maneira aleatória, isto é, mediante o simples ou


tabelas de números aleatórios que aparecem em livros de Estatística ou outros
processos.

2.1.1 Principais Tipos de Amostras Probabilísticas

a) Aleatória simples: também conhecida por amostragem casual, randômica, etc., é


realizada mediante o simples sorteio, segundo alguns autores, ou baseada em tabelas
de números aleatórios, segundo outros autores. Exemplo de uma tabela extraída de um
livro de Estatística:

52024 36684 59440 14520


96111 72429 15278 21058
26635 90903 11515 04184
30985 07372 72032 89628
35622 05020 77625 78849

O processo seletivo é o seguinte: há 980 alunos em uma faculdade e deseja-se


entrevistar 459. Numera-se, primeiramente, todos os alunos de 1 a 980 e, em seguida,
seleciona-se cada aluno por grupo de três algarismos inferiores a 981, até completar um
total de 450. Os cinco primeiros sorteados seriam os seguintes: 024, 111, 635, 622, 684.

b) Amostra por Cotas: o objetivo fundamental é selecionar uma amostra que seja uma
réplica da população para qual se deseja generalizar. Isto é, procura-se incluir na
amostra, com a mesma proporção que ocorre na população, os seus diversos
elementos. É muito utilizada em pesquisas eleitorais e de mercado, tendo como
principal vantagem o seu baixo custo. Assemelha-se a amostra estratificada, sendo
porém as escolhas dos membros feita de forma inteiramente livre pelo pesquisador;
não há sorteio aleatório. As cotas referem-se às proporções de pessoas a serem
pesquisadas em cada estrato.
Exemplo: o pesquisador deve entrevistar 100 pessoas de ambos os sexos sobre a
legalização do aborto. Supondo que a população geral de pessoas casadas é composta
por 52% de mulheres e 48% de homens, estando 10% na classe sócio-econômica A,
15% na B, 25% na C e 50% na D, o pesquisador, com cotas independentes, deverá
entrevistar:

c) A = 6 A=6
d) B = 8 B=8
e) C = 14 C = 12
55

f) D = 24 D = 22
a. ____ ____
b. 52 MULHERES 48 HOMENS

c) Amostra Intencional: é o tipo mais comum de amostra não –probabilística, segundo


vários autores. Nesta, o pesquisador está interessado na opinião (ação, intenção, etc.)
de determinados elementos da população, mas não representativo da mesma. Seria, por
exemplo, o caso de se desejar saber como pensam os líderes de opinião de
determinada comunidade. O pesquisador não se dirige, portanto, à “massa”, isto é, a
elementos representativos da população em geral, mas àqueles que, segundo seu
entender, pela função desempenhada, cargo ocupado, prestígio social, exercem as
funções de líderes de opinião na comunidade. Pressupõe que estas pessoas, por
palavras, atos ou atuações, têm a propriedade de influenciar a opinião dos demais.

d) Estatística Não-proporcional: quando a extensão não é proporcional à extensão desses


estragos em relação ao universo. Exemplo: numa amostra de 150 funcionários do setor
produtivo, 75 são de 15 empresas públicas e 75 são de 15 empresas privadas, à média
de 5 por empresa, escolhidos sem um levantamento prévio e seleção aleatória. Há
situações em que este procedimento é o mais adequado, particularmente naqueles em
que se tem interesse na comparação entre os vários estratos.

e) Estudo de Caso: embora seja caracterizado na literatura metodológico-científica como


“técnica psicoterápica, método didático ou método de pesquisa”(GIL, 1988, p. 59), o
estudo de caso não deixa de exigir uma modalidade de amostragem não-probabilística,
por limitar-se a um número pouco significativo de elementos, o que dificulta – mesmo
nos casos considerados “típicos” – a generalização dos resultados obtidos na sua
utilização.
Como método de pesquisa, o estudo de caso pode ser definido como um estudo
profundo e exaustivo de uma unidade (pessoa, família, profissional, instituição social,
comunidade, nação), em suas relações internas, fixações culturais ou multiplicidade de
dimensões de um problema, de maneira a permitir o seu amplo e detalhado conhecimento.
Exemplo: o estudo das características culturais dos índios caygangue, do interior do Paraná;
ou do ajustamento ao trabalho de migrantes oriundos da zona rural, numa determinada
empresa industrial da zona urbana.

REFERÊNCIAS

BARROS, A J. P. de; LEHFELD, N. A de S. Fundamentos de metodologia: um guia para a


iniciação científica. São Paulo: McGraw-Hill, 1986.
56

GIL, A C. Como elaborar projetos de pesquisa: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 1988.

LAKATOS, E. M; MARCONI, M. de A . Técnicas de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1988.

REY, L. Planejar e redigir trabalhos científicos. São Paulo: Blücher, 1987.

RUDIO, F. V. Introdução ao projeto de pesquisa científica. 12 ed. Petrópolis: Vozes,


1988.
57

TÉCNICAS PARA A COLETA DE DADOS

1 APRESENTAÇÃO

A coleta de dados significa a fase da pesquisa em que se indaga e se obtém dados


da realidade pela aplicação de técnicas.
As técnicas mais comumente empregadas na pesquisa de campo, seja ela de
natureza sociológica, psicológica, mercadológica, etc. são, na opinião da maioria soa
autores:
a) questionários;
b) entrevistas;
c) formulários.

2 QUESTIONÁRIOS

2.1 CARACTERÍSTICAS

- É o instrumento mais usado para o levantamento de informações, por ser o meio mais
rápido e barato de obtê-las.
- Não é restrito a uma determinada quantidade de questões, mas não deve ser muito
extenso para não desanimar o pesquisado.
- São entregues por escrito e também respondidos por escrito.

2.2 TIPOS DE QUESTIONÁRIOS

- Perguntas fechadas: apresentam categorias ou alternativas de respostas fixas. Podem


conter:

a) Perguntas com alternativas dicotômicas:


Exemplo: O trabalho na propriedade rural atrapalha o menor nos estudos, incluindo a
freqüência à escola?
( )SIM
( ) NÃO

b) Perguntas com respostas múltiplas:


Exemplo: Quanto representa o trabalho do menor para a família?
( ) MUITO
( ) POUCO
( ) MAIS OU MENOS
( ) INDIFERENTE

c) Perguntas abertas: levam o informante a responder livremente com frases ou orações.


Exemplo: Em que sentido a comunidade e/ou as famílias têm cooperado com a escola?
__________________________________________________________________________
______________________________________________________________________

2.1 ELABORAÇÃO DO QUESTIONÁRIO


58

Consiste, basicamente em traduzir os objetivos específicos da pesquisa em itens bem


redigidos.
Não existem normas rígidas sobre elaboração de questionários. Todavia, os autores de
obras de Metodologia Científica, de uma maneira geral, costumam recomendar os seguintes
procedimentos:
a) devem ser incluídas apenas as perguntas relacionadas ao problema proposto;
b) as perguntas devem ser formuladas de maneira clara, correta e precisa;
c) a pergunta deve possibilitar uma única interpretação (sobretudo em questionários
com perguntas fechadas);
d) as perguntas devem referir-se a uma única idéia de cada vez;
e) o questionário deve iniciar com as perguntas mais simples e terminar com as mais
complexas;
f) cuidados especiais devem ser tomados com a apresentação ou impressão do
questionário, tendo em vista facilitar seu preenchimento;
g) o questionário deve conter explicações iniciais sobre a seriedade da pesquisa, sobre
a importância da colaboração dos que foram selecionados para participar do trabalho
como informantes e, principalmente, sobre a maneira correta de preencher o
questionário e de devolvê-lo.

2.2 VANTAGENS E LIMITAÇÕES DO QUESTIONÁRIO

As vantagens são:
a) possibilita ao pesquisador abranger um número maior de pessoas e de informações
em espaço de tempo mais curto do que outras técnicas de pesquisa;
b) facilita a tabulação e tratamento dos dados obtidos, principalmente se o questionário
for elaborado com maior número de perguntas fechadas;
c) o pesquisado tem o tempo suficiente para refletir sobre as questões e respondê-las
mais adequadamente;
d) pode garantir o anonimato e, consequentemente, maior liberdade nas respostas,
com menor risco de influência do pesquisador sobre as mesmas.

As limitações são:
a) diminuição do grau de confiabilidade das respostas, em razão de que nem sempre é
possível confiar na veracidade das informações;
b) impossibilidade de ser aplicado a pessoas não alfabetizadas.
59

3 ENTREVISTA

3.1 CARACTERÍSTICAS

- Técnica que permite o relacionamento estreito entre entrevistador e entrevistador.


- Consiste no diálogo, com o objetivo de colher, de determinada fonte, pessoa ou
informante, dados relevantes para a pesquisa em andamento.
- É, de todas as técnicas de coleta de dados, a que apresenta maior flexibilidade, podendo
assumir as mais diversas formas.

3.2 TIPOS DE ENTREVISTA

- Estruturadas: quando possuem as questões previamente formuladas, isto é, quando o


pesquisador estabelece um roteiro prévio. Neste tipo de entrevista, não há liberdade de
alteração ou de inclusão nas questões.
- Não estruturadas, não dirigidas ou informais: visam a obtenção de dados de natureza
qualitativa. O entrevistador sugere o tema e deixa o entrevistado falar sem forçá-lo a
responder a este ou àquele aspecto.
- Parcialmente estruturada: quando, a partir de uma relação fixa de perguntas ou de itens
a serem pesquisados, o pesquisador pode incluir outras questões ou itens.

3.3 A CONDUÇÃO DA ENTREVISTA

Na opinião dos autores, são os seguintes os cuidados a serem tomados pelo


entrevistador para obter maior êxito na condução da entrevista:
a) preparar o informante para a entrevista, motivando-o e deixando-o à vontade;
b) não confiar exclusivamente em sua memória; portanto, deve anotar cuidadosamente
os informes coletados, registrando-os sumariamente durante a entrevista e
completando suas anotações imediatamente após a entrevista o mais breve
possível;
c) usar gravadores durante a entrevista somente com a autorização do entrevistado;
d) prestar atenção nos itens que o entrevistado deseja esclarecer sem manifestar as
suas opiniões, nem apressá-lo nas respostas;
e) assegurar as condições favoráveis ao bom desenvolvimento da pesquisa, evitando
desencontros e perdas de tempo.

3.4 VANTAGENS E LIMITAÇÕES DA ENTREVISTA


60

3.4.1 Vantagens

- Maior flexibilidade para o pesquisador. A entrevista pode ser aplicada em qualquer


segmento da população, isto é, o entrevistador pode formular e reformular as questões
para melhor entendimento do entrevistado.
- O entrevistador tem a oportunidade de observar atitudes, reações e condutas durante a
entrevista ( análise de comportamento não-verbal).
- Há oportunidade de se obter dados relevantes e mais precisos sobre o objeto de estudo.

3.4.2 Limitações

- É necessário ressaltar que, para o uso desta técnica, o pesquisador despenderá mais
tempo. Além disso, é necessário que o entrevistador seja uma pessoa devidamente
qualificada, para que os resultados da entrevista sejam considerados válidos.

3.5 REQUISITOS DO ENTREVISTADOR

a) discrição;
b) habilidade e elegância, ao evitar que o diálogo se desvie dos propósitos da pesquisa;
c) falar pouco e ouvir muito, coletando dados e não discutindo com o entrevistado.

4 FORMULÁRIOS

4.1 CARACTERÍSTICAS

- Técnica de coleta de dados em que o pesquisador formula questões previamente


elaboradas e anota as respostas. Assim, o pesquisador está presente e é ele que
registra as respostas.
- Situa-se entre o questionário e a entrevista.
- É a técnica mais adequada para a coleta de dados em pesquisas de opinião pública e de
mercado.

4.2 APLICAÇÃO DO FORMULÁRIO

- Na sua elaboração e aplicação, devem-se tomar os mesmos cuidados que com os


questionários e entrevistas.
61

- É, muitas vezes, aplicado em condições não muito favoráveis, como: junto à fila de
ônibus, à saída de um cinema, etc.

4.3 REQUISITOS DO PESQUISADOR

- Ao fazer perguntas, o entrevistador deve ter, ainda, a preocupação de formulá-las


exatamente como se encontram redigidas.
- Caso uma pergunta não seja entendida, o melhor é repeti-la, evitando as explicações
pessoais.

4.4 VANTAGENS E LIMITAÇÕES DOS FORMULÁRIOS

4.4.1 Vantagens
- Permite esclarecimentos verbais adicionais às questões de entendimento mais difíceis.
- Pode ser aplicado em informantes não alfabetizados.

4.4.2 Limitações
- Tem alcance limitado, não possibilitando a obtenção de dados com maior profundidade.

5 REFERÊNCIAS

ALVES. M. Como escrever teses e monografias: um roteiro passo a passo. Rio de


Janeiro: Campus, 2003.

ECO, H. Como se faz uma tese. 14. ed. São Paulo: Perspectiva, 1999.

SEVERINO. A J. Metodologia do trabalho científico. 20. ed. rev e ampl. São Paulo:
Cortez, 1996.

TRIVIÑOS, A N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em


educação. São Paulo: Atlas, 1987.

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