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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS 3ª e 6ª

2007/I
DEPARTAMENTO DE LETRAS
Prof. Marçal Sebastião Alves Freire

Aluno:...........................................................................................................................

CURSO: Publicidade e Propaganda. Matrícula: _________________________

Aula dia Matéria


01 13/02 – 3ª
02 16/02 – 6ª
20/02 – 3ª Carnaval
03 23/02 – 6ª
04 27/02 – 3ª
05 0203 – 6ª
06 06/03 – 3ª
07 09/03 – 6ª
08 13/03 – 3ª
09 16/03 – 6ª
10 20/03 – 3ª
11 23/03 – 6ª
12 27/03 – 3ª
13 30/03 – 6ª
14 03/04 – 3ª
06/04 – 6ª Semana Santa
15 10/04 – 3ª
16 13/04 – 6ª
17 17/04 – 3ª
18 20/14 – 6ª
19 24/04 – 3ª
20 27/04 – 6ª
01/05 – 3ª Dia do Trabalho
21 04/05 – 6ª
22 08/05 – 3ª
23 11/05 – 6ª
24 15/05 – 3ª
25 18/05 – 6ª
26 22/05 – 3ª
27 25/05 – 6ª
28 29/05 – 3ª
29 1°/06 – 6ª
30 05/06 – 3ª
08/06 – 6ª Recesso
31 12/06 – 3ª
32 15/06 – 6ª
33 19/06 – 3ª
34 22/06 – 6ª
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DEPARTAMENTO DE LETRAS
Prof. Marçal Sebastião Alves Freire
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NORMAS

AVALIAÇÕES – Haverá quatro modalidades de avaliação:


❶ – Exercícios (feitos em classe ou em casa);
❷ – Auto-avaliação (progressivamente, de zero a dez);
❷ – “Bônus” (para acompanhamento de aulas, caracterizado por vistos);
❸ – Provas (com toda a matéria dada).
➜ Os exercícios – menos auto-avaliação e bônus – serão avaliados de zero a dez.
Quando feitos em casa, a obrigatoriedade de sua entrega é de quem comparecer às duas aulas: à da
marcação do trabalho e à do recolhimento (após esta última o exercício não será recolhido). Quem os
perder, por motivo justificável, fará reposição se tiver freqüência no período de, no mínimo, setenta e
cinco por cento;
➜ Os exercícios serão feitos em folha própria, distribuída pelo professor;
➜ O trabalho deve vir prontinho de casa: passado a limpo, com assinatura etc., pois
será recolhido no início da aula. Quem chegar depois deverá entregá-lo nas mãos do professor, assim
que adentrar a sala.
➜ Os vistos serão dados após as aulas e não terão reposição. Seu valor depende da
auto-avaliação, que também não terá reposição, a que serão somados;
➜ As provas (uma de N1 e outra de N2) serão em datas previamente marcadas pelo
professor com aprovação dos alunos. Quem as perder deverá justificar ao professor para futura
reposição.
➜ Não existe abono de faltas em hipótese alguma (25% já é direito do aluno). As
avaliações baseiam-se na participação do aluno, cujo controle é a “freqüência”. Os casos especiais
deverão ser resolvidos na Secretaria do LET.
➜ Conforme normas da UCG, as notas terão dois grupos de avaliação. Na nossa
disciplina, os grupos formar-se-ão da seguinte maneira:
N1 = média dos exercícios com auto-avaliação e bônus + prova ÷ por 2 x 0,4;
N2 = média dos exercícios com auto-avaliação e bônus + prova ÷ por 2 x 0,6.
➜ Os trabalhos em grupo, que também poderão ser feitos individualmente, sempre em
sala de aula, nunca com mais de cinco elementos, serão desenvolvidos em folha própria, rubricada
pelo professor, com os nomes dos componentes preferencialmente em ordem alfabética. Todos os
integrantes do grupo deverão se apresentar ao professor quando da entrega do trabalho (“chamada”).
Quem não se apresentar ficará sem nota.
➜ O atendimento individual ao aluno (justificativas, reclamações, explicações..) será
feito pelo professor sempre após a aula.
➜ Todos os trabalhos, exercícios e textos dados em sala serão partes de uma
“apostila” confeccionada pelo aluno.
➜ Quem fizer matrícula (ou inclusão) fora do prazo estipulado pela Universidade
deverá apresentar “autorização” ao professor para que a freqüência seja computada.
➜ O Departamento de Letras mantém professores para acompanhamento de aluno
fora do horário de aula. Quem se interessar por esse serviço deverá procurar o professor para que
seja marcado o horário do atendimento.
➜Todo o material utilizado em sala de aula, bem como as notas e freqüência,
identificadas pela matrícula do aluno, ficarão à disposição de todos na internet.
Não é permitido o uso de celulares durante as aulas. Para atender a chamadas ou
fazer ligações o aluno deverá se ausentar da sala de aula.

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Disciplina: Língua Portuguesa I


Curso: Publicidade e Propaganda
Código Créditos Período
LET 4101 4 1º

EMENTA: Desenvolvimento da capacidade de leitura, análise e de produção textual, a partir dos


elementos constitutivos do texto na elaboração do ensaio acadêmico e do relatório, bem como o
exercício das técnicas de síntese textual, observando-se as normas gramaticais vigentes.
OBJETIVOS:
1. Proporcionar ao universitário mecanismos indispensáveis ao desenvolvimento da habilidade
de ler com compreensão e espírito crítico, interpretar e produzir textos.
2. Produzir síntese de textos em forma de esquema e de resumo.
3. Compreender a composição do texto lido mediante modelos apresentados e exercitados
previamente.
4. Demonstrar domínio da comunicação escrita quanto à coerência textual, assim como quanto à
correção e clareza da linguagem, do ponto de vista das normas gramaticais.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
1. Leitura
1.1 Níveis sensorial, emocional e racional
1.2 Fases: leituras prévia, exploratória, seletiva, reflexiva e interpretativa
1.3 Planos: compreensão, interpretação e criatividade
1.4 Modos de composição: narrativos, descritivos e dissertativos.
2. Produção textual:
2.1 Elementos constitutivos do texto
2.1.1 Palavra
2.1.2 Frase
2.1.3 Parágrafo
2.2 Fatores de textualidade
2.2.1 Coesão
2.2.2 Coerência
2.2.3 Informatividade
2.2.4 Aceitabilidade
2.2.5 Intencionalidade
2.2.6 Intertextualidade
2.2.7 Situacionalidade
2.3 Ensaio acadêmico
2.4 Relatório
3. Síntese
3.1 Resumo
3.2 Esquema
4. Suporte gramatical aplicado aos textos
4.1 Ortografia
4.2 Pontuação
4.3 Concordância
4.4 Regência
4.5 Outros aspectos lingüísticos

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BIBLIOGRAFIA

1. ANDRÉ, Hildebrando Afonso de. Curso de redação. 3. Ed. São Paulo: Moderna,
1980.
2. ANDRADE, Maria Margarida L., HENRIQUES, Antônio. Redação Prática:
planejamento, estruturação e produção de texto. São Paulo: Atlas.
3. CARVALHO, Maria Cecília M. de (org.). Constuindo o saber: técnica de
metodologia científica. Campinas: Papirus.
4. CLAVER, Ronald. Escrever sem doer: oficina de redação, Belo Horizonte: Ed.
UFMG, 1992.
5. CUNHA, Celso, CINTRA, Luís F. Lindley: Nova gramática do português
contemporâneo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.
6. FARACO, Carlos Alberto, TEZZA, Cristóvão. Prática de texto: língua portuguesa
para nossos estudantes. Petrópolis: Vozes, 1992.
7. FÁVERO, Leonor Lopes. Coesão e coerência textuais. São Paulo: Ática, 1991.
8. FEITOSA, Vera Cristina. Redação de texto científico. Campinas: Papirus.
9. FIORIN, José Luiz, SAVIOLI, Francisco Platão. Para entender o texto: Leitura e
redação. São Paulo: Ática, 1990.
10. FLÔRES, Lúcia Lacatelli et al. Redação, o texto técnico científico e o texto
literário. Florianópolis: Ed. da UFSC, 1994.
11. FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que o completam. São
Paulo: Cortez (Princípios)
12. GARCIA, Othon Moacir. Comunicação em prosa moderna. 17. ed. Rio de Janeiro:
Fundação G.V. 1996.
13. LAKATOS, Eva Maria, MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia científica São
Paulo: Atlas.
14. MARTINS, Dileta Silveira, ZILBERKNOP, Lúcia Scliar. Português instrumental.
15. MARTINS, Maria Helena. O que é leitura. São Paulo: Brasiliense (Primeiros Passos).
16. MESQUITA, Roberto Melo. Gramática da Língua Portuguesa. São Paulo: Saraiva,
1997
17. MORENO, Cláudio, GUEDES, Paulo Coimbra. Curso de redação. São Paulo: Ática.
18. RUIZ, João Álvaro. Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos. São
Paulo: Atlas.
19. SACCONI, Luiz Antônio. Gramática essencial da língua portuguesa.
20. SERAFINI, Maria Tereza. Como escrever textos. Trad. Maria Augusta B. de Mattos:
Adap. Ana Maria Marcondes Garcia. Rio de Janeiro: Globo, 1989.
21. SILVA, Ezequiel Theodoro de. Leitura na escola e na biblioteca. Campinas:
Papirus.
22. SOARES, Magda, CAMPOS, Édson Nascimento. Técnicas de redação: as
dificuldades lingüísticas de pensamento. Rio de Janeiro: ao Livro Técnico.

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Reflexões
Marçal S. Alves Freire

O ser humano é essencialmente um ser social – “ens socialis” – e, como tal,


necessita estar em contato permanente com seus semelhantes. Esse contato se torna
imperioso para que suas necessidades, como alimentação, saúde, habitação, sejam
ouvidas. Para se alimentar, o homem depende de quem planta, de quem colhe, de quem
industrializa, de quem coze. A doença só poderá desaparecer com a ajuda de alguém
para isso preparado...
Nessa sociedade obrigatória, formam-se grupos harmônicos para a inter-ajuda, a
disciplina e o progresso. É aí que surgem as profissões. Sendo múltiplas as veredas por onde
percorre a humanidade, onde se encontram obstáculos que, para serem removidos, necessário
se faz a ajuda do outro, surgem os especialistas. As profissões são as mais variadas e diversas.
Entre elas, encontram-se a do jornalista, a do publicitário, a do professor..... Os profissionais
são preparados pela sociedade e, após, lançados ao atendimento dessa mesma sociedade.
Do outro lado está esta massa carente de prestação de serviços que, às vezes
desesperadamente, vai ao encontro daqueles que são os únicos que podem resolver seus
problemas. Aí começam o contato e a manifestação de ambas as partes, expondo necessidades,
carências, aflições, idéias e propostas, a que se dá o nome de comunicação.
Essa comunicação não se dá por telepatia, o pensamento não pode ser clonado.
Lançam-se, então, mãos dos elementos à disposição de ambos, visando à interajuda.
Neste ponto, “frente a frente” os personagens interessados embarcam no processo da
comunicação.
Há, no mínimo, cinco caminhos, que vamos chamar de habilidades verbais de
comunicação, à disposição das partes (emissor e recebedor): duas codificadoras – a escrita e a
palavra -, duas decodificadoras – leitura e audição – e uma outra caracterizada pelo
pensamento ou raciocínio. Isso sem contar com outras codificadoras, como a pintura, o gesto .
..
As formas de fidelidade da comunicação são determinadas de duas maneiras:
influencia a capacidade de analisar objetivos e intenções, para que algo venha a ser dito, e
influencia a capacidade de codificar mensagens com a finalidade de exprimir o que se deseja.
Quanto mais domínio do código, mais fidelidade se alcança.

“O conhecimento da palavra e seu significado o trará ao mundo da realidade. Isso parece


muito fácil de se fazer e, na verdade, o é. Entretanto, há uma barreira que nos veda pensar
mais acuradamente. Essa barreira, contra a qual você deve estar prevenido, é constituída pelo
fato de que a linguagem tem mais de um uso.

A linguagem tem duas funções: ela permite ao emissor falar aos outros e a si mesmo. As
pessoas dizem a si mesmas coisas que nada as persuadiria a pronunciar quando em companhia
de outrem. Elas dizem coisas aos fregueses, aos policiais, aos vendedores e a seus sócios, que

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nunca diriam a si mesmas. Elas praticam um duplo tipo de linguagem: uma para o público e
outro para uso interno.
(.....)
Do mesmo modo, há palavras frias, palavras sujas, palavras feias e palavras lindas. Amarílis é
para mim uma linda palavra. Mas apenas para mim. Para outras pessoas esse nome não terá
significação. Exceto para mencioná-lo por meio de ilustração. Eu não o uso na conversação
comum. Como substituto poderei empregar “pastora”. A palavra é suja, limpa, fria, bondosa
ou revoltante, conforme a experiência particular da pessoa que a emprega.

Se deseja dar-se bem com seus semelhantes, lembre-se, por favor, de que seu vocabulário
particular é apenas para seu uso e que o vocabulário das outras pessoas exprime, muitas vezes,
significaçã9 que só elas conhecem” (David Fink - Domine seu sistema nervoso).

Como se vê nessa pequena reflexão de Fink, o ATO DE COMUNICAR-SE não se baseia


apenas no traçado, na “rota”, no rumo ou direção para que o alvo, o interlocutor, seja atingido.
É bem mais complexo. Brota de um ambiente interno, com várias minas, própria de cada
pessoa.

Quando falamos ou escrevemos, um maravilhoso mecanismo é ativado, sejamos letrados ou


não. As regras, as normas, a gramática, tudo é “graxa” para o perfeito desenvolvimento das
idéias.
Façamos a seguinte comparação: ao adquirirmos uma casa e experimentarmos abrir uma
torneira (nossa boca, nossa mão) dela só sairá água se a caixa (nosso cérebro) a contiver
(idéias). Se ela, a água, for turva, turva sairá na torneira; se pouca, pouca também será a
pressão (convicção), e, se não potável, não matará a sede de ninguém.

Antes de talhar a parede, de abrir o registro, de trocar os canos, devemos purificar a água,
tratá-la, para que, servindo-se de canos de primeira qualidade e de torneiras e pias as mais
reluzentes possíveis - a Língua Portuguesa -, possa ser utilizada com gosto e alegria.

Já nos falaram certa vez que “a Língua é o veículo da comunicação”. É verdade, é a condutora
das mensagens, assim como o automóvel, que nos conduz. Quanto mais aperfeiçoado o
veículo, melhor é a jornada. Ninguém duvida de que fazer uma viagem longa de BMW é bem
melhor do que fazê-la de Fusca.

Você já reparou que os veículos, embora essencialmente iguais (motor, chassis, câmbio...) se
modificam quanto à utilidade?! Você já transportou gado num Fusca? Já fez mudança
utilizando-se de um trator? Assim também o advogado, na sua profissão, se comunica
diferentemente da comunicação do médico, do psicólogo, do engenheiro, do professor, e aí por
diante.
ΟΟΟΟΟΟΟΟΟΟΟΟΟΟΟΟΟΟΟΟΟΟΟΟΟΟΟΟΟΟΟΟ

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1 - Texto
Texto em Português, assim como em latim, quer dizer tecido, entrelaçamento de
fios. Assim, produzir texto é entrelaçar suas várias partes a fim de se obter um todo
encadeado logicamente, o que resulta numa rede de relações que garantem sua unidade e
coesão. A essa rede de relações dá-se o nome de tessitura.
Conclui-se do exposto acima que
a) – O texto não é um aglomerado de frases;
b) – O significado das frases de um texto nunca é autônomo.
A partir da segunda conclusão deriva a noção de contexto: uma unidade
lingüística maior onde se encaixa uma unidade lingüística menor. Daí a progressão: frase -
parágrafo - capítulo - obra.
2- Elementos estruturais do texto:
Três são os elementos indispensáveis a qualquer tipo de texto:
- Estrutura - Conteúdo - Expressão
A estrutura abrange a unidade, organicidade e forma
a – Unidade - (ou não contradição) - num texto deve-se
desenvolver um único assunto ou núcleo temático
b – Organicidade - (ou relação) o texto coerente e coeso apresenta um inter-
relacionamento de todas as suas partes, que resulta num todo articulado.
c – Forma, o tipo de composição escolhido, segundo a sua finalidade: descrição
(detalhar algo), narração (contar uma história), dissertação (elaborar um raciocínio).
O conteúdo requer coerência e Clareza:
a – Coerência é a seleção de idéias (esquema) que devem ligar-se ao tema
proposto (para que não se fuja do tema).
b – Clareza – deve se evitar toda e qualquer construção ambígua (duplo sentido) ou
mal estruturada, que dificulte o entendimento do texto. Ex.: Amo-o como um pai. Deputado
fala da reunião na TV. Cultura. (Rev. Veja, pág. 104.) Quero falar mas não consigo.
A expressão está diretamente ligada ao domínio da língua e do léxico.

Funções da linguagem: a) emotiva = subjetiva (enfatiza o emissor);


b) referencial = objetiva, precisa;
c) poética = preocupa-se com a forma;
d) metalingüística = centrada no código:
e) conativa (conari) = promover, suscitar, comover o receptor: - exortativa
(alerta) / autoritária (intime-se)

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Leitura

A leitura é uma habilidade da comunicação verbal que, infelizmente, no Brasil tem


sido um privilégio de poucos, Não se pode conceber uma participação ativa no mundo de
hoje sem o domínio da palavra em dois aspectos que se interagem: codificação e
decodificação. Ler e escrever são atividades fundamentais na formação do homem.
O ato de ler, em uma compreensão dialética, não se restringe a simples
decodificação do signo lingüistico. Ler é desvelar o mundo e seus significados. Em Paulo
FREIRE (1984, p 11): ”a leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior
leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Esta compreensão
abrangente de leitura não separa o texto de seu contexto, ou melhor, o texto só adquire
significado se contextualizado, Esta habilidade em sentido restrito da palavra escrita, é
exercida por uma minoria. Em um mundo de signos, ler é condição primordial para uma
participação efetiva na sociedade.
O ato de escrever, por sua vez, amplia a capacidade do homem de proferir a
palavra. Ler e escrever são atividades que se completam e se interrelacionam. Da leitura,
que revela um mundo de significados, nasce a escrita, que possibilita atribuir significados,
responder , argumentar, enfim dizer ao mundo a sua palavra.
O signo lingüistico, a palavra, tem uma carga ideológica, ou seja, o sujeito constrói
seu discurso para convencer, persuadir, buscar a verdade, Aquele que não domina a
leitura e a escrita não tem condições de defender-se de ser manipulado. O exercício das
habilidades de ler e escrever desenvolve a capacidade de compreender a ideologia que
está subjacente no discurso, bem como as representações ideológicas das relações
sociais.
“Cada leitor, na individualidade de sua vida, vai entrelaçando o significado pessoal
de suas leituras com os vários significados que, ao longo da história de um texto, este foi
acumulando. Cada leitor tem a história de suas leituras, cada texto a história das suas.
Leitor maduro é aquele que, em contato com o texto novo, faz convergir para o significado
deste o significado de todos os textos que já leu. E, conhecedor das interpretações que um
texto já recebeu, é livre para aceitá-las ou recusá-las, e capaz de sobrepor a elas a
interpretação que nasce de seu diálogo com o texto. (LAJOLO, 1997, p. 106).

Níveis de leitura de um texto


A primeira leitura que se faz de qualquer texto é SENSORIAL. O leitor, ao tomar em
suas mãos uma publicação, trata-a como um objeto em si, observando-a apalpando-a,
avaliando seu aspecto físico e a sensação tátil que o desperta. Essa atitude é um elemento
importante do nosso relacionamento com a realidade escrita. Observe o cuidado gráfico
com que são apresentadas as revistas nas bancas: cores, formas e até mesmo embalagens
procuram atrair o interesse do comprador. Com os livros acontece a mesma coisa: basta
entrar numa livraria e perceber que todos aqueles volumes expostos e dispostos constituem
uma mensagem apelativa aos nossos sentidos.
(...)
A leitura sensorial do texto escrito é uma primeira etapa do nosso processo de
decodificação . A ela, costuma-se seguir a chamada leitura EMOCIONAL. É quando
passamos ao conhecimento do texto propriamente dito, percorrendo páginas e travando
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contato com o “conteúdo”. A leitura, então, nos produz emoções: a história pode ser
emocionante ou tediosa, o artigo ou matéria pode fazer rir ou irritar, os poemas podem ser
fáceis de ler e agradáveis ou complicados e aborrecidos. Normalmente, a leitura emocional
conduz a apreciações do tipo ”gostei”/ “não gostei”, sem maiores pretensões analíticas: é
uma experiência descompromissada, da qual participa nosso gosto e nossa formação.
A leitura emocional costuma ser criticada, sendo muitas vezes chamada de
superficial e alienante. Essa avaliação tem muito de racionalíssimo e nem sempre é
verdadeira. Quando optamos por ler um romance de ficção científica,, por exemplo, por
“pura distração”, podemos entrar num universo cujas relações nos apresentam uma
realidade diferente da nossa, capaz de nos conduzir, sem grandes floreios intelectuais, a
pensar sobre nosso mundo . O mesmo pode acontecer com revistas em quadrinhos e outra
textos considerados “menos nobres”; Isso não significa, no entanto, que não existam
publicações que realmente invistam na nossa vontade de “descansar a cabeça”.
Oferecendo-nos um elenco de informações e idéias que reforçam os valores sociais
dominantes. Isso também é relativo, pois há quem defenda esses valores.
A leitura sensorial e emocional fornecem subsídios importantes para a realização
de um terceiro tipo de leitura: a INTELECTUAL. Essa leitura não deve ser vista como uma
forma esterilizaste de abordar os textos, reduzindo-os a feixes de conceitos incapazes de
despertar qualquer prazer.
Ela começa pór um conceito de análise que procura detectar a organização do texto,
percebendo como ele constitui uma unidade e como as partes se relacionam para formar
essa unidade. (...)
A leitura intelectual não se limita a analisar estruturalmente os textos. Na realidade,
o que a fundamenta é a consciência permanente de que todo texto é um ato de
comunicação, respondendo, portanto, a um projeto de quem produz. Em outras palavras: a
leitura é intelectual quando o leitor nunca perde de vista o fato de que aquilo que está lendo
foi escrito por alguém que tinha propósitos determinados ao fazê-lo. Procurar detectar
esses propósitos juntamente com a informação transmitida e com a estruturação do texto é
fazer uma leitura satisfatória.
Essa proposta de leitura intelectual se refere principalmente a textos informativos,
como os que encontramos em jornais, revistas, livros técnicos, livros didáticos, (...) São
textos que se referem como textos de informações, mas que requerem uma abordagem
crítica permanente, pois apresentam sempre traços que indicam as intenções de quem
escreve e publica. Também os textos publicitários devem ser incluídos nesse grupo, bem
como aqueles escritos para apresentação oral (rádio) ou audiovisual (televisão). Lembre-se:
a leitura intelectual implica uma atitude crítica, voltada não só para a compreensão do
“conteúdo” do texto, mas principalmente de quem o produziu. (...)
(FREIRE, Paulo) (MARTINS, Maria Helena)

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Tipos de composição:
Descrição, narração, dissertação. Para efeito didático são as formas de
composição de um texto. Qualquer que seja, no entanto, o tipo de classificação, é
importante lembrar que o texto deve constituir-se de: Introdução (situar o leitor dentro
do assunto que será trabalhado), desenvolvimento (constitui o corpo do texto) e
conclusão (deriva naturalmente das duas partes anteriores), é o fecho do texto.

Obs. É importante lembrar que não existe texto puramente narrativo, descritivo,
dissertativo (essa é uma distinção didática) Com freqüência a descrição serve de
apoio a textos narrativos e dissertativos, ou então a ilustrações (textos narrativos e
dissertativos ou, ainda, de digressões dissertativas em textos narrativos, e outras
combinações).

RESUMO (modalidades de composição):

1) Há três modalidades de composição:


a) Narração: que relata um fato, um acontecimento (real ou não);
b) Descrição: que apresenta detalhes, características de um elemento (como um
retrato falado), e
c) Dissertação: que apresenta idéias do próprio redator, raciocínio, tese
(REDAÇÃO é termo genérico, é a composição).

2) Numa simples frase já pode aparecer a figura de uma dessas modalidades:


a) “O atleta deve ter sempre em mente que a derrota faz parte do esporte.”
(dissertação);
b) “O dono da fazenda andava de um lugar para outro durante horas” (narração);
c) “O rapaz é magro, alto e tem os olhos azuis” (descrição);
d) “Meu irmão, que é alto, forte, tem os olhos azuis, competente, de muita
coração e de sensibilidade incrível, chegou ontem da Europa” (misto).

3) Um pouco de exercício:
a) Conte a seu colega uma passagem de sua infância.
b) Diga-lhe como é seu chefe, pai, mãe, namorado......
c) Diga-lhe o que você está achando da Educação no Governo Lula.

Você fez, respectivamente,

a) ______________________________
b) ______________________________
c) ______________________________

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d) Agora, outro exercício, englobando as três modalidades de composição. Você vai


contar a seu colega a estória de um acidente automobilístico, apresentando
detalhes (cores, marcas, tipos dos carros, características dos motoristas etc.) e
dando sua opinião a respeito da tragédia (quem estava certo, quem estava
errado, qual seria a causa do acidente, conseqüências legais etc.). Não se
esqueça de que esta última parte é a sua opinião. É fácil, basta se colocar como
um dos milhares de curiosos que afloram em situações desse tipo.

4) Você reparou que, para “compor” o item 3 d, por escrito, você utilizou frases,
orações e períodos? O SEGREDO DA BOA COMUNICAÇÃO ESTÁ NO BEM
REDIGIR. Raciocínio lógico e clareza são indispensáveis a qualquer redação.

Frase – encerra um enunciado (pensamento) completo;


Oração – enunciado (não precisa ser completo) composto de sujeito (?) e
predicado;
Período – conjunto de orações (podendo ser uma única oração):
“Faz muito calor hoje”, “Atacar”, “Socorro”.
“Quero que....”, “A vida é curta”, “Saiam todos”.
“Quero que venha logo”, “Faz calor, mas vai chover”.

PARÁGRAFO
1) O parágrafo é o desenvolvimento de uma idéia por meio de um ou mais períodos,
constituindo uma unidade de composição. Materialmente é escrito com um ligeiro
afastamento da margem esquerda da folha. Esse espaço chama-se “branco
paragráfico”.
O branco paragráfico nem sempre serviu para indicação de parágrafo.
Antigamente, usava-se à margem um signo tipográfico, constituído por “ss”
(abreviatura de “signum seccionis” = sinal de seção). Esses “ss”, dispostos mais
tarde verticalmente, deram origem a “§”, tal como é conhecido hoje e empregado
nos códigos e leis.
2) O parágrafo facilita ao escritor a tarefa de isolar e depois ajustar
convenientemente as idéias principais da sua composição, permitindo ao leitor
acompanhar-lhe o desenvolvimento nos seus diferentes estágios.
3) Ao ser escolhido algo para se redigir, nota-se que o todo é constituído de várias
partes distintas, embora interligadas. Cada parte dessas deverá constituir-se em
um parágrafo que, encadeados, constituirão o texto.
4) Exemplo: Ao se apresentar uma cidade numa redação, podem ser levados em
conta seus aspectos físicos, culturais, sociais etc., e, logicamente, cada aspecto
desses formará um parágrafo distinto. Mesmo um único aspecto pode comportar
mais de um parágrafo (o físico, por exemplo, engloba ruas, avenidas, prédios,
viadutos etc., que podem estar em novos parágrafos).

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS
DEPARTAMENTO DE LETRAS
Prof. Marçal Sebastião Alves Freire
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IDÉIA CENTRAL e IDÉIAS SECUNDÁRIAS


1. Idéias central – quantidade de palavras suficientes que resumem o que se vai dizer no
parágrafo.
2. Idéias secundárias – servem de apoio à idéia central, em forma de circunstâncias,
adjunto, fato ou conjunto de fatos. Elas se articulam formando a estrutura do parágrafo.

3. EXEMPLO – veja o seguinte parágrafo:


“O tabagismo tem sido considerado um dos maiores causadores de mortes em todo o
mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde, quatro milhões de pessoas
morrem a cada ano devido a doenças causadas diretamente pelo uso do tabaco
(Gigliotti, Carneiro & Ferreira, 2001). Só no Brasil, estima-se que 80 a 100 mil mortes
ocorrem anualmente desencadeadas pelo uso do tabaco. Dados do Governo Federal
(2005) apontam que no Brasil, aproximadamente 24% da população fuma, sendo 11,2
milhões de mulheres e 16,7 milhões de homens. Cerca de 90% dos fumantes ficam
dependentes da nicotina entre os cinco e os 19 anos de idade. Todavia a grande
concentração de fumantes encontra-se entre 20 e 49 anos de idade. Atualmente,
temos 2,4 milhões de fumantes nessa faixa etária”.
IDÉIA CENTRAL: Estatísticas provam que o cigarro é o maior causador de mortes
no mundo.
IDÉIAS SECUNDÁRIAS: Quatro milhões de pessoas morrem anualmente devido a
doenças causadas pelo fumo; só no Brasil são de 80 a 100 mil mortes por ano;
aproximadamente 24% dos brasileiros fumam; dos fumantes brasileiros, 11,2
milhões são mulheres e 16,7 milhões são homens; a dependência da nicotina se dá
entre os cinco e os dezenove anos de idade; a grande maioria de fumantes está
entre 20 e 49 anos de idade.

A idéia central recebe o nome de tópico frasal quando está expressa no parágrafo,
Parágrafo dedutivo = geral (tópico frasal) para particular (idéias secundárias);
Parágrafo ndutivo = particular (idéias secundárias) para o geral (tópico frasal)

ESQUEMA
Esquema são tópicos que envolvem toda a redação. É constituído das idéias centrais (ou
dos tópicos frasais) dos parágrafos, em seqüência:

EXEMPLO – Se alguém se propõe a desenvolver um tema qualquer (a solidão, por


exemplo), poderá fazer o seguinte esquema:

a) – Há muitas pessoas que sofrem do mal da solidão;


b) – Na terra não existe solidão;
c) – Tudo é vivo e tudo fala em redor de nós;
d) – Ângulos, jogos de luz, eloqüência de formas, revelam a comunicação;
e) – Façamo-nos videntes;
f) – Amemos o que sentimos de nós mesmos;
g) – Tudo palpita ao redor de nós;
h) – Prestai atenção ao redor de vós.

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Da solidão
Há muitas pessoas que sofrem do mal da solidão. Basta que em redor delas se arme o
silêncio, que não se manifeste aos olhos nenhuma presença humana, para que delas se apodere
imensa angústia: como se o peso do céu desabasse sobre a cabeça, como se dos horizontes se
levantasse o anúncio de fim de mundo.
No entanto, haverá na Terra verdadeira solidão? Não estamos cercados por
inúmeros objetos, por infinitas formas da Natureza e o nosso mundo particular não está
cheio de lembranças, de sonhos, de raciocínios, de idéias, que impedem uma total solidão?
Tudo é vivo e tudo fala, em redor de nós, embora com vida e voz que não são
humanas, mas podemos aprender a escutar, porque muitas vezes essa linguagem secreta
ajuda a esclarecer o nosso próprio mistério. Como aquele Sultão Mamude, que entendia a
fala dos pássaros, podemos aplicar toda nossa sensibilidade a esse aparente vazio de
solidão: e pouco a pouco nos sentiremos enriquecidos.
Pintores e fotógrafos andam em volta dos objetos à procura de ângulos, jogos de
luz, eloqüência de formas, para revelarem aquilo que lhes parece não só o mais estético
dos seus aspectos, mas também o mais comunicável, o mais rico de sugestões, o mais
capaz de transmitir aquilo que excede os limites físicos desses objetos, construindo, de
certo modo, seu espírito e sua alma.
Façamo-nos também desse modo videntes: olhemos devagar para a cor das
paredes, o desenho das cadeiras, a transparência das vidraças, os dóceis panos tecidos
sem maiores pretensões. Não procuremos neles a beleza que arrebata logo o olhar, o
equilíbrio de linhas, as graças das proporções: muitas vezes seus aspectos – como o das
criaturas humanas – é inábil e desajeitado. Mas não é isso que procuramos, apenas: é o
seu sentido íntimo que tentamos discernir. Amemos nessas humildes coisas a carga de
experiências que representam, a repercussão, nelas sensível, de tanto trabalho humano,
por infindáveis séculos,
Amemos o que sentimos de nós mesmos, nessas variadas coisas, já que, por
egoístas que somos, não sabemos amar senão aquilo em que nos encontramos.. Amemos
o antigo encantamento dos nossos olhos infantis, quando começam a descobrir o mundo:
as nervudas das madeiras, com seus caminhos de bosques e ondas e horizontes; o
desenho dos azulejos; o esmalte das louças; os tranqüilos , metódicos telhados... amemos
o rumor da água que corre, os sons das máquinas, a inquieta voz dos animais que
desejaríamos traduzir.
Tudo palpita ao redor de nós, e é como um dever de amor aplicarmos o ouvido, a
vista, o coração a essa infinidade de formas naturais ou artificiais que encerram seu
segredo, suas memórias, suas silenciosas experiências. A rosa que se despede de si
mesma, o espelho onde pousa o nosso rosto, a fronha por onde se desenham os sonhos
de quem dorme, tudo é um mundo com passado, presente, futuro, pelo qual transitamos
atentos ou distraídos. Mundo delicado, que não se impõe com violência: que aceita a nossa
frivolidade ou o nosso respeito; que espera que o descubramos, sem anunciar nem
pretender prevalecer; que pode ficar para sempre ignorado, sem que por isso deixe de
existir; que não faz da sua presença um anúncio exigente. ”Estou aqui! Estou aqui!”. Mas
concentrado em sua essência, só revela quando os nossos sentidos estão aptos para o
descobrirem. E que esse silêncio nos oferece sua múltipla companhia, generosa e invisível.
Oh! E vos queixeis de solidão humana, prestai atenção, ao redor de vós a essa prestigiosa
presença, a essa copiosa linguagem que de tudo transborda, e que conversará convosco
interminavelmente.
(Cecília Meireles, Escolha o seu sonho)
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