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HERMENÊUTICA JURÍDICA:
Alguns aspectos relevantes da hermenêutica
constitucional.
1 INTRODUÇÃO
1
FERRAZ JÚNIOR, Tércio Sampaio. Introdução ao Estudo do Direito: técnica, decisão,
dominação. São Paulo: Atlas, 3ª Ed, 2001, p. 252.
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Entretanto, antes da abordagem dos conteúdos especificamente relacionados à
hermenêutica constitucional, é preciso verificar alguns assuntos que dizem respeito
à hermenêutica jurídica: distinção entre interpretação e hermenêutica, funções da
interpretação e imprescindibilidade da interpretação.
2 HERMENÊUTICA JURÍDICA
2
NUNES, Pedro dos Reis. Dicionário de tecnologia jurídica. Rio de Janeiro: Editora Freitas
Bastos, 12ª Ed rev amp e atual, 1990, p. 469 e 513.
3
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro: teoria geral do direito civil. São Paulo:
Saraiva, vol. 1, 18a Ed, 2002, p. 64.
4
GRAU, Eros Roberto. Ensaio e discurso sobre a interpretação/aplicação do direito. São Paulo:
Malheiros Editores, 3a Ed, 2005, p. 35.
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Eros Roberto Grau 6 entende que a interpretação do direito não pode ser dissociada
da sua aplicação, afirma que interpretar é “dar concreção (= concretizar) ao direito”,
reconhecendo para tanto, como único intérprete, verdadeiramente, autêntico o Juiz,
que é o responsável pela construção da norma decisão.
5
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro: teoria geral do direito civil. São Paulo:
Saraiva, vol. 1, 18a Ed, 2002, p. 63.
6
GRAU, Eros Roberto. Ensaio e discurso sobre a interpretação/aplicação do direito. São Paulo:
Malheiros Editores, 3a Ed, 2005, p. 24 e 34.
7
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro: teoria geral do direito civil. São Paulo:
Saraiva, vol. 1, 18a Ed, 2002, p. 62.
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Nesse mesmo sentido, caminha Paulo Bonavides 8 , ao afirmar que “não há norma
jurídica que dispense interpretação”, concluindo que o aforismo latino acima
transcrito não pode prosperar.
3 HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
A interpretação da norma é influenciada pelo seu intérprete. Eros Roberto Grau 9 traz
faz uma interessante metáfora em relação à interferência do pesquisador no objeto
pesquisado: metáfora da Vênus de Milo. A metáfora retrata a contratação de 03
artistas para produzirem cada um, uma estátua da Vênus de Milo. Como resultado,
cada um produzirá uma estátua diferente, mesmo todos tendo o mesmo objeto. Não
são três estátuas totalmente distintas umas da outras (afinal são todas Vênus de
Milo), mas não são as mesmas estátuas. Esse também é o resultado da
interpretação, sendo distinta de acordo com o seu intérprete.
8
BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Malheiros Editores.. 13a Ed. rev.
atual., 2003, p. 437 e 438.
9
GRAU, Eros Roberto. Ensaio e discurso sobre a interpretação/aplicação do direito. São Paulo:
Malheiros Editores, 3a Ed, 2005, p. 29.
10
HESSE, Konrad. A força normativa da Constituição: Die normative Kraft der Verfassung.
Tradução de Gilmar Ferreira Mendes. Porto Alegre: Sérgio Antonio Fabris, 1991, p.14.
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haverá o peso dos fatos sobre a interpretação, note-se que a Lei 9.886 trata da
possibilidade de realização de perícia e de audiência pública, bem como, solicitação
de informações aos juízos inferiores sobre as conseqüências fáticas de aplicação da
norma.
4 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro: teoria geral do direito civil.
São Paulo: Saraiva, vol. 1, 18a Ed, 2002. 469 p.
NUNES, Pedro dos Reis. Dicionário de tecnologia jurídica. Rio de Janeiro: Editora
Freitas Bastos, 12ª Ed rev amp e atual, 1990. 936 p.
Informações Bibliográficas: