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Em 1904 Matisse pintou Luxe, Calme et Volupté, uma tela pontilhista na qual as
cores foram utilizadas de forma francamente subjetiva, mas o que mais
impressionou o público foi o desenho: as formas dos nus estão tão simplificadas
que assumem uma função puramente decorativa, sendo percebidas mais como
formas decorativas do que como corpos humanos.
Essa tela causou grande agitação quando foi exposta no Salão dos
Independentes em 1905 e embora não compreendesse bem o que Matisse
estava fazendo, a maioria dos críticos reconheceu seu talento como pintor
No verão seguinte os artistas do grupo pintaram as obras que provocaram o
apelido de Les Fauves (As Feras) devido à sua liberdade de expressão, com o
uso de cores puras e o exagero do desenho e da perspectiva, que chocou os
que viram essas obras pela primeira vez.
Quando voltaram a Paris, Derain e Matisse expuseram suas telas no Salão de
Outono, na primeira mostra do Fauvismo. Apesar das duras críticas, esses
artistas foram imediatamente reconhecidos como o que havia de mais avançado
em Paris.
Em 1906 ocorreu o climax do Fauvismo no Salão dos Independentes, onde
Matisse dominou a exposição com Joie de Vivre, uma tela maravilhosamente
controlada em que cada elemento contribui para a expressão de calma e
tranqüilidade, sem a existência de nada que seja supérfluo.
Em Paris, Matisse e Marquet iam à rua registrar impressões fatuais da vida ao
redor deles com esboços rápidos. Pintaram as ruas, as pontes, o rio; os mesmos
temas que os impressionistas escolheram nas décadas de 1860 e 1870.
Em 1907, os artistas pertencentes ao grupo estavam, de modo geral, buscando
novos caminhos, chegando a negar suas investidas fauvistas, enquanto Picasso
e Braque sugeriam novas possibilidades visuais com as pesquisas que
resultaram no cubismo, como questionamento não só da maneira como vemos
os objetos, mas da maneira como os representamos.
O Cubismo
O termo Cubismo foi usado pela primeira vez para se referir às paisagens e
naturezas-mortas pintadas por Braque durante o verão de 1908 em L'Estaque,
refúgio favorito de Cézanne.