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Gabriela Araujo
Juliana Oliveira
Marcella Di Donato
Mariana Campello
Raphaela Normand
Belo Horizonte
2010
SUMÁRIO
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1.INTRODUÇÀO..........................................................................................................3
2.2 Iraque................................................................................................................ 4
2.3 Empresas.........................................................................................................4
2.4 Irã..................................................................................................................... 5
3.IDENTIFICAÇÀO DO PROBLEMA......................................................................6
4.1 Fatores-Chave.................................................................................................11
REFERENCIAS................................................................................................. 20
1.INTRODUÇÃO
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O presente trabalho tem como objetivo a construção de cenários e prospecções com relação
a atuação dos EUA para com Iraque haja vista a ocupação feita em 2003.
A lógica que vem a orientar este mesmo é a ação do governo norte-americano para com o
governo Iraquiano no sentido de proporcionar ao segundo uma consolidação do sistema
econômico que regerá as relações de mercado dentro e fora do país, isso na observância da
relação custo-benefício para os EUA que visa o lucro com o conflito. Os EUA nesse patamar
encontra-se como o tomador de decisão, aquele que irá decidir os rumos da sua ação para
com o Iraque num cenário de 10 anos a partir do inicio do processo de retirada de tropas do
país.
Assim sendo, pretende-se no decorrer desta dissertação propor cenários de ação para os
EUA num ambiente onde o Iraque já se estabeleceria após o conflito. Assim a pertinências
dessa relação se tornariam as causas marcantes da construção das implicações das
prospecções.
Utiliza-se nesse trabalho o método GBN (Global Business Network), que oferece um maior
numero de ações e possibilidades de identificação de variáveis e uma melhor construção de
cenários. Tal método garante assim a análise e identificação de cenários que sejam
realizáveis e desejáveis com uma maior coesão de idéias possível.
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2.1 Estados Unidos da América:
2.2 Iraque:
Pais Islâmico situado no Oriente Médio, é um ator importante no cenário das relações
internacionais. Possuidor de recursos naturais, é um estado que desperta a atenção dos
demais pelo fato de o mesmo ser rico em bacias de petróleo, além de possuir outros
recursos. Junto com os EUA protagonizou uma serie de conflitos na região, entre eles as
Guerras do Golfo e a Invasão do Iraque. O antigo ditador Sadam Hussein foi num primeiro
momento apoiado pelo governo americano na guerra contra o Irã, mas depois foi acusado
pelos mesmos de construção de armas de destruição em massa. A segunda acusação
tornou-se o então motivo aparente de invasão do seu território, porem sabe-se que com o
passar do tempo, o rumo da intervenção foi mudando de nível, e o interesse gerado foi o
desenvolvimento econômico e político do Iraque.
2.4 Irã:
3. IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA
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A Coalizão de Autoridade Temporária (CPA- sigla do inglês) foi implementada em 20 de
janeiro de 2003 para a estruturação e manutenção de uma economia de mercado em solo
iraquiano pós intervenção. O principal foco da CPA era a criação de medidas que
possibilitavam um sistema neoliberal de economia no Iraque, apesar dos obstáculos
principais, a instabilidade econômica, problemas de segurança e a falta de um governo
democrático estável.
De acordo com dados da CIA, o índice de desemprego em 2008 (dado mais recente) está
estimado em 15.2%, enquanto em 2006 era de 18%. Em estatísticas não oficiais, esse
número varia de 30 a 38% para o ano de 2006. O índice de violência está diretamente ligado
com o índice de desemprego, já que a população jovem, principalmente, se volta para a
insurreição de violência no país. Os jovens procuram por empregos em facções militantes
ainda presentes no estado iraquiano. Tais facções provam ser empregadores estáveis.
Sob o governo de Saddam Hussein as instituições bancárias eram em sua maioria operadas
pelo governo e “as decisões de credito eram feitas com base em quem você conhecia.”
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(Crocker, 2004, pg.76)1
Graças a política de redução de tarifas de importação da CPA, que visava abrir a economia
até então protecionista, sob o governo de Saddam, fabricantes iraquianos sofrem com a
concorrência desleal de países vizinhos como o Irã, que fornece subsídios a suas empresas
e tarifas protecionistas. Produtos importados mais baratos que os produtos nacionais,
entravam pelas fronteiras abertas, causando perdas para os empresários locais. Um
exemplo de setor que é prejudicado pela política de “fronteira aberta” iraquiana, é o da
fabricação de tijolos e outros materiais de construção. Fabricantes iraquianos agora
1 “lending decisions were made on the basis of who you knew.”(Crocker, 2004, pg.76)
2“Probably the most controversial was CPA Order 39 of September 19, 2003, which reversed
decades of Iraqi economic policy limiting investment in Iraq’s state-owned assets to Iraqis and
residents of other Arab countries. Order 39 permits 100 percent foreign investment and ownership in
and management of Iraqi business entities except those in natural resource sectors (including oil),
banks, and insurance companies.”(Crocker, 2004, pg.77)
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reclamam da falta de recursos para manterem suas empresas funcionando. O exemplo aqui
mencionado, remete ao desemprego, já citado como fator que gera violência e
consequentemente instabilidade econômica.
Alem da competição com produtos importados, muitas vezes de qualidade superior aos
produtos domésticos, os empresários iraquianos contavam com “empréstimos bancários
escassos, a falta de investimento estrangeiro significava que negócios iraquianos tinham
dificuldade de assegurar o credito que precisavam para iniciar ou reabrir seus
empreendimentos.”3 (Crocker, 2004, pg. 79).
3 “Coupled with almost nonexistent bank lending, the lack of foreign investment meant that Iraqi
businesses had difficulty securing the credit they needed to start or reopen business ventures.”
(Crocker, 2004, pg. 79)
4 “U.S. government auditors, KPMG (the U.S. auditing firm hired by the international oversight board
overseeing oil spending in Iraq),and the NGO Iraq Revenue Watch, among others, faulted the CPA for
not transparently handling Iraq’s oil revenues and U.S. reconstruction funds during the occupation.”
(Crocker, 2004, pg. 80)
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Para o crescimento da economia é necessário a diversificação da mesma, afim de
evitar a dependência, no caso iraquiano, na exploração de recursos naturais. O estado
iraquiano já contou com setores agricultor e energético lucrativos, e a reimplementação de
ambos deve ser feita na busca de uma economia sólida na região.
Quais as perspectivas de ação dos EUA para com o Iraque num período de 10 anos a
partir de uma estruturação e manutenção de um sistema econômico Neoliberal coeso.
O estudo aqui proposto deve cobrir um prazo de 10 anos, que correspondem a dois
mandatos do governo americano, além do termino do mandato atual. A divergência de
idéias com relação ao Iraque por parte dos dois principais partidos americanos, e a incerteza
com relação a eleição desses partidos, faz com que o período de três mandatos seja ideal
para definir a situação dos Estados Unidos em relação ao Iraque. Caso haja reeleição do
atual governo, há ainda um termo onde a oposição pode tomar posse do poder, e instaurar
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suas políticas para a questão iraquiana.
4.1 Fatores-chave
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4.1.1 Desenvolvimento da segurança interna do Iraque
A criação de um efetivo de forças internas (forças armadas, policia local, etc.) treinadas
pelos estadunidenses, que construa uma segurança e uma liberdade para o povo iraquiano
e para as empresas que desejam instalar-se no país. Caso isso não ocorra, a possibilidade
de eventuais ataques terroristas e violência interna, pode corromper a estrutura econômica
que vem sendo forjada pelos EUA.
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A implementação de políticas econômicas que favorecessem o desenvolvimento dos
recursos naturais facilitaria concisamente o crescimento de novas industrias e mercados.
Isso atrairia investimentos externos estrangeiros. Ou não desenvolvendo-se tais recursos, a
industria consolidada do petróleo se desenvolveria com uma maior força.
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1 Desenvolvimento da Segurança Interna 5 4
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7. DESCRIÇÃO DOS CENÁRIOS
Interna
O desenvolvimento da segurança
7.1 Welcome to the Jungle
Passados os dois mandatos pós Barack Obama, podemos observar Cenário 1que a questão
Cenário 4
Iraquiana foi deixada de lado. Tal descaso gerou as definições deste cenário.
Paradise City
A segurança interna após a retirada de das tropas em 2011, não foi melhorada. Tal
conseqüência acarretou um recolhimento dos interesses dos investidores que ficaram
ameaçados de investir em um local onde não havia garantia de que seus bens e
propriedades fossem assegurados. Alem desse aspecto, houve uma permanência dos
atentados terroristas, fator que amedrontava os investidores.
economia economia
A implementação do Neoliberalismo através da privatização das Estatais e da tentativa de
estimular o livre comércio por este nível não obteve êxito. Apesar da tentativa de
privatização do sistema bancário, as antigas empresas permaneceram no mercado, pois
possuíam a credibilidade da população. Portanto por mais que se tentasse privatizar a
economia iraquiana, não havia condições para que esta se consolidasse. Assim o Iraque
Cenário
não pode vivenciar 3
um desenvolvimento econômico prometido pelosCenário 2
norte-americanos.
O petróleo continua sendo o carro chefe da economia iraquiana, porém a não entrada de
novas empresas fez com que a infra-estrutura de produção de petróleo continuasse precária
e que o expoente crescimento objetivado pelos EUA, e o conseqüente lucro dos americanos
com a vinda de capital oriundo da venda de petróleo não pudesse ser alcançado. As
empresas iraquianas são as únicas que lucram com a extração de petróleo uma vez que o
serviço continua sendo estatal.
A não tributação dos produtos importados não trouxe benefícios a economia iraquiana, uma
vez que não se pode dar condições a criação de produtos iraquianos que pudessem
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competir com o mercado externo. Assim sendo, vê-se este cenário como provável, mas não
desejável.
O processo de privatização proposto pelo CPA, e concretizado nos mandatos seguintes dos
demais presidentes americanos, pode contribuir para um crescimento econômico
perceptível. Uma vez que a privatização aumentava a concorrência esta propiciava a
procura pelos melhores preços, forçando as empresas a proporcionar os melhores serviços
tanto no âmbito interno quanto no externo. Alem disso os EUA lucravam consideravelmente
com a entrada de empresas americanas que faziam com que o capital retornasse, assim,
podiam compensar os gastos obtidos com o conflito.
O governo iraquiano incentivado pelo americano, fez com que os recursos naturais não só o
petróleo fosse amplamente desenvolvido. Tal medida proporcionou o crescimento da
economia do país uma vez que empregos foram criados junto com a instalação de
empresas.
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8.1 Welcome to the jungle
Os norte americanos por sua vez, não conseguem seu objetivo de estruturar uma
economia de mercado no estado iraquiano e seus planos de liquidação da dívida com o
Iraque e beneficiamento financeiro com a nova economia iraquiana são frustrados.
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iraquiano. Os EUA puderam assim reaver em forma de lucro o capital gasto com a invasão
iniciada em 2003.
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9.SINALIZADORES E INDICADORES
Assim sendo, a efetivação de tais medidas, será a decisão mais coerente e coesa para que
o modelo Neoliberal de desenvolvimento economico, favoreça não só o Iraque com a sua
reestruturação mas sim o lucro dos EUA com o investimento financeiro agregado.
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REFERENCIAS:
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