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Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.9, n.1, p.

59-71, 2007 59
ISSN 1517-8595

CARACTERIZAÇÃO FÍSICA E QUÍMICA DE FRUTOS DE MARACUJAZEIRO-


AMERELO SOB ADUBAÇÃO POTÁSSICA, BIOFERTILIZANTE E COBERTURA
MORTA1

Vinícius Batista Campos2, Lourival Ferreira Cavalcante3, Tony Andreson Guedes Dantas4,
Jeane Karla de Mendonça Mota5, Artenisa Cerqueira Rodrigues6, Adriana Araújo Diniz7

RESUMO

O maracujazeiro-amarelo é uma cultura típica de países tropicais, seu fruto é expressivamente


utilizado para consumo in natura, entretanto, possui igual importância econômica na fabricação
de suco integral e concentrado. Desta forma, objetivou-se avaliar a qualidade de frutos de
maracujazeiro-amarelo sob adubação potássica, biofertilizante e cobertura morta. O
experimento foi instalado em delineamento inteiramente casualizado, no período de novembro
de 2005 a julho de 2006, em esquema fatorial 5x2x2 correspondente a cinco doses de potássio
(0; 10; 15; 20 e 25 g planta-1), na ausência e presença do biofertilizante bovino, em solo com e
sem cobertura morta. O potássio foi aplicado aos 30 dias após o plantio e a cada 60 dias. O
biofertilizante foi adicionado ao solo 30 dias antes e a cada 90 dias após o plantio ata o final da
colheita. No pico da produção foram utilizados quatro frutos por unidade experimental para
caracterização da massa média de frutos, espessura da casca, diâmetros longitudinal e
transversal, rendimento em polpa, pH, sólidos solúveis e acidez titulável. O biofertilizante
bovino elevou a espessura da casca. A interação potássio x biofertilizante bovino estimulou o
rendimento em polpa dos frutos. A massa média de frutos, diâmetros longitudinal e transversal,
acidez titulável e pH, foram compatíveis às exigências tanto para o consumo in natura quanto
para industrialização da polpa.

Palavras-chave: Passiflora edulis f. flavicarpa Deg., pós-colheita, fertilização organo-mineral.

PHYSICAL AND CHEMICAL CHARACTERISTICS OF YELLOW PASSION FRUITS


UNDER FERTILIZATION POTASSIUM, BOVINE BIOFERTILIZER AND MULCH

ABSTRACT

The yellow passion fruit plants (Passiflora edulis f. flavicarpa Deg), is a crop tipic of Tropical
County and its fruit are expressively used in form natural but too exercise economic importance
to industrialization of the pulp. In this direction an experiment was carried under potássica,
biofertilizante fertilization and covering deceased. The experiment was installed in delineation
entirely randomized, during the period of November of 2005 to July of 2006, using a factorial
design 5x2x2 corresponding to five levels of potassium (0; 10; 15; 20 and 25 g plant-1) in the
absence and presence of bovine biofertilizer in soil with and without mulch. The potassium was
applied to soil 30 days before and the each 60 days after planting. he biofertilizer was applied
30 days before and the each 90 days after the plantation till the end of the harvest. When al

_______________
1 Trabalho financiado pelo CNPq
2Mestrando em Manejo de Solo e Água CCA/UFPB, Areia – PB, e-mail: viniciuspgmsa@homtail.com
3Prof. Dr. DSER/CCA/UFPB, Areia – PB, e-mail: lofeca@cca.ufpb.br; bolsista CNPq.
4 Estudante de Agronomia, Bolsista PIBIC/CNPq/UFPB, Areia – PB, e-mail: tagdantas@hotmail.com
5Mestranda em Construções Rurais e Ambiência/DEAG/UFCG, Campina Grande, e-mail: motajkm@yahoo.com.br
6Mestranda em Produção vegetal/CCA/UFPB, Areia – PB, e-mail: acerqueira@yahoo.com.br
7Doutoranda em Agronomia/CCA/UFPB, Areia – PB, e-mail: adrisolos@bol.com.br
60 Caracterização física e química de frutos de maracujazeiro-amerelo sob adubação.... . Campos et al.

plants of the al treatments presents fruit adequate to marketed four fruits of the each
experimental unit were obtained to characterization of the average mass of fruit, pulp thickness,
longitudinal and transversal diameter, pulp percentage, pH, soluble solids content (°Brix) and
titillate acidity of the fruits pulp. The bovine biofertilizer application on soil increased the pulp
thickness of the fruits. The interaction potassium x bovine biofertilizer stimulated the pulp
percentage of the fruits. The values of, mass of fruits, longitudinal and transversal diameters,
titillate acidity and pH of the pulp had been compatible to the requirements in such a way for
consumption in nature form as to fruits industrialization.

Keywords: Passiflora edulis f. flavicarpa Deg., pós-colheita, fertilização organo-mineral.

INTRODUÇÃO atingir o dobro em relação ao nitrogênio


(Carvalho et al., 1999; Fortaleza et al., 2005).
Dentre as frutíferas de expressão econômica O biofertilizante bovino tem sido empregado
no Brasil, a cultura do maracujá possui via pulverização foliar nas mais diversas
destaque nos últimos anos. Originária da culturas como fitoprotetores, porém
América Tropical, com mais de 150 espécies ultimamente vêm-se utilizando como
nativas do Brasil, e dessas espécies, o fertilizante com o objetivo de avaliar a
maracujazeiro-amarelo (Passiflora edulis f. possibilidade e o nível de substituição de N e K
flavicarpa Deg.), é a mais importante, às culturas (Willer e Yussefi, 2001; Alves,
representando 95% dos pomares comerciais, 2006).
sendo também a mais cultivada no mundo Ao avaliar a resposta do maracujazeiro-
(Meletti et al., 2002; Araújo et al., 2006). A amarelo, em função da aplicação dos volumes
expressiva importância dessa frutífera é, além de 4 e 8 litros de biofertilizante bovino por
da preferência pelo mercado interno e externo, planta no solo, na proporção de 1:1, Silva
devido também à abertura de novos mercados (2000) observou efeitos positivos sobre a massa
(Sá, 2005). média e a espessura da casca dos frutos.
Após a colheita, o maracujá-amarelo é O trabalho teve como objetivo avaliar a
direcionado para linhas distintas de caracterização física e química de frutos de
comercialização: para o mercado interno, maracujazeiro-amarelo sob adubação potássica,
destinado ao consumo na forma natural e ao em solo sem e com biofertilizante bovino, com
processamento industrial e para o mercado e sem cobertura morta.
externo de suco concentrado. Um dos principais
problemas para a exportação é a adoção de MATERIAL E MÉTODOS
técnicas de conservação pós colheita, o que faz
com que o fruto atinja um alto grau de O experimento foi conduzido na
perecibilidade, principalmente quando a propriedade Macaquinhos, município de
colheita coincide com os meses mais chuvosos Remígio, Paraíba, inserida na microrregião de
(Salomão et al., 2001). Esperança, no período de novembro de 2005 a
Responsável pela síntese de degradação de setembro de 2006. Geograficamente, o
compostos orgânicos, o potássio também atua município de Remígio, localiza-se a 6°53’ 00”
na participação do processo de abertura e de latitude sul, 36°02’00” a oeste do meridiano
fechamento dos estômatos, síntese de proteínas de Greenwich e a altitude de 470m acima do
de tecidos meristemáticos, na expansão celular nível do mar.
e no balanço entre cátions e ânions; sua O clima do município é do tipo As’,quente e
deficiência causa diminuição na biomassa da úmido, com pluviosidade caracterizada no
planta, reduzindo a produção de matéria seca e período de março a junho. A temperatura do ar
a produção dos frutos, também interferindo variou de 24°C a 24,5°C, e a umidade relativa
negativamente na qualidade dos frutos e do do ar se manteve entre 70 e 80%.
suco (Baumgartner, 1987; Brito et al., 2005). O solo da área experimental possui
O potássio, depois do nitrogênio, é o declividade da ordem de 10%. Quanto à
nutriente mais absorvido durante o fertilidade, possui teores baixos de fósforo e
desenvolvimento do maracujazeiro. Nos frutos, matéria orgânica, médios de potássio, cálcio e
essa situação se inverte, no período da colheita, magnésio. Fisicamente é um solo profundo e
a concentração de K na casca dos frutos pode arenoso com porosidade total variando entre

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0,44 e 0,42 m3 m-3 nas profundidades de 0-20 e água sem risco de sais às plantas (Ayers e
de 21-40 cm respectivamente. Westcot, 1999; Cavalcante e Cavalcante, 2006).
O experimento foi instalado em A colheita foi realizada num período de 120
delineamento inteiramente casualizado, em dias onde foram colhidos quatro frutos por
novembro de 2005 com três repetições, em unidade experimental para avaliação da
arranjo fatorial 5 x 2 x 2 referente aos níveis de caracterização física pelo diâmetro longitudinal
K2O, oriundas do cloreto de potássio (56% e transversal ou equatorial, massa média dos
K2O): 0, 10, 15, 20 e 25 g planta-1, na ausência frutos, espessura da casca e rendimento em
e presença de biofertilizante bovino, em covas polpa. Quanto aos atributos químicos de
com e sem cobertura morta em camada de 5 cm qualidade pós-colheita foram determinados a
com restos vegetais. As covas foram abertas nas acidez titulável (Instituto Adolfo Lutz, 1985),
dimensões 40x40x40 cm, preparadas com cinco teores de sólidos solúveis (°Brix) por
litros de esterco bovino de relação C/N 17:1, refratometria e o pH da polpa foi obtido por
100 gramas de calcário calcítico, com PRNT de meio de leituras em potenciômetro.
82% e 20 gramas de P2O5, na forma de super Os dados foram submetidos à análise de
fosfato triplo com 42% de P2O5. variância para diagnosticar os efeitos
As doses de potássio foram aplicadas a partir significativos das fontes de variação individuais
dos 60 dias após o plantio e a cada dois meses, e de suas respectivas interações sobre as
até o final da colheita. O biofertilizante bovino variáveis analisadas e, em seguida, foram
foi adicionado ao solo 30 dias antes e a cada 90 interpretados por meio de regressão polinomial
dias após o plantio, na forma líquida, diluído (Ferreira, 2000).
em água na proporção em volume de 1:4,
tomando-se como referência a sugestão de
Santos (1992), que recomenda a dose de 15 RESULTADOS E DISCUSSÃO
litros m-2, e, portanto foram fornecidos 12 litros
do insumo numa área de 0,8 m2. O preparo do A massa média dos frutos, de forma geral,
biofertilizante foi feito com partes iguais de exibiu tendência de acréscimo com a elevação
esterco fresco de bovino e água em fermentação das doses de potássio (Figura 1). Essa tendência
anaeróbica durante o período de 30 dias. Neste foi também observada por Araújo et al. (2006).
período, a cada dois dias agitava-se o recipiente Os valores variaram de 191 a 228 g e foram
com o insumo para garantir uma adequada superiores á oscilação de 124 a 138 g fruto-1
fermentação e atividade microbiana. registrada por Silva (2000). Esses resultados
Para sustentação das plantas usou-se estão em consonância também com a variação
espaldeira com um arame liso n° 12 instalado de 176 a 215 g fruto-1 obtida por Santos (2004),
no topo das estacas, a 2,2 m de altura. em cultivo com biofertilizante bovino aplicado
A irrigação foi feita pelo método de ao solo, a cada 60 dias, na forma líquida.
aplicação localizada por gotejamento, Comparativamente com plantas sobre cultivo
fornecendo-se a cada planta, nos primeiros 60 tradicional, os valores superaram os 138 g fruto-
1
dias, 2 L, dos 60 aos 90 dias, 4 L e a partir da em maracujazeiro-amarelo tratado com
floração 10 L planta-1 dia-1 (Gondim, 2003) de potássio em solução nutritiva (Araújo et al.,
2006) e a ordem dos 199 e 205 g fruto-1
apresentados por Meletti et al. (2002).

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230

Massa média de frutos (g)


2
= 192,44 - 0,2526X + 0,0473*X
220 2
R = 0,66
210
200
190
180
0 5 10 15 20 25
Doses de K2O (g planta-1)

Figura 1 - Massa média de frutos de maracujazeiro-amarelo, em função das doses de potássio


aplicado ao solo.

Pelos resultados da Figura 2, a espessura da constatarem que o aumento dos níveis de


casca aumentou com a adição de potássio potássio não interfere na espessura da casca dos
atingindo valor máximo de 8,4 mm no nível frutos. Nos tratamentos sem cobertura do solo,
equivalente a 11,2 g planta-1 de K2O. Esse a espessura da casca decresceu com o aumento
comportamento está compatível com o das doses de potássio. Essa situação, em geral,
apresentado por Araújo et al. (2006) e com resulta no maior rendimento em polpa dos
Fortaleza et al. (2005), ao concluírem que a frutos e, com efeito, em um dos atributos de
espessura da casca do maracujazeiro-amarelo preferência tanto para o mercado de consumo in
aumentou com as doses de potássio em solução natura com para o processamento do suco
nutritiva e no solo, respectivamente. Por outro (Santos et al., 2005).
lado, discorda de Brito et al. (2005), ao

2
--- = 0,9238 - 0,0162X + 0,0005*X
1,0
Espessura de casca (mm)

2
R = 0,5066

0,8

2
0,6 — = 0,7194 + 0,0208X - 0,0009*X
2
R = 0,5218
0,4
0 5 10 15 20 25
-1
Doses de K2O (g planta )

Figura 2 - Espessura de casca de frutos de maracujazeiro-amarelo, em função das doses de potássio na


ausência (---) e presença (—) de cobertura morta.

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O biofertilizante, aplicado ao solo na forma mistura de ambos associados com cinco níveis
líquida, promoveu o aumento da espessura da de potássio (0, 27, 54, 81 e 108 g planta-1).
casca dos frutos, em relação aos tratamentos Possivelmente, a adição sistemática do
sem o insumo (Figura 3). Comparativamente, o biofertilizante na freqüência adotada,
valor de 0,86 cm obtido foi superior aos 0,69 promoveu, por meio de reações de sinergismo
cm apresentados por Martins et al. (2002), 0,81 ou de antagonismo entre alguns nutrientes de
cm por Santos (2004), sendo superior também modo a refletir no aumento da espessura da
aos 0,60; 0,62 e 0,78 cm obtidos por Brito et al. casca dos frutos e, em conseqüência, no
(2005) em maracujazeiro-amarelo, sob a declínio do rendimento em polpa e de suco.
aplicação de esterco de frango, de ovino e da

0,86 a
Espessura de casca (mm)

0,9
0,85
0,8 0,74 b

0,75
0,7
0,65
A P
Biofertilizante bovino

Figura 3 - Espessura de casca de frutos de maracujazeiro-amarelo, em solo na ausência (A) e presença


(P) de biofertilizante bovino aplicado ao solo na forma líquida.

Os valores do diâmetro longitudinal (Figura aumento da aplicação de potássio e


4) e transversal (Figura 5), não exibiram biofertilizante ao solo.
comportamento definido entre si, quanto ao uso Nos tratamentos sem e com cobertura morta,
da cobertura morta, biofertilizante e doses de o diâmetro longitudinal e transversal, na
potássio. Percebe-se que na ausência de ausência e presença do biofertilizante, variou de
cobertura do solo, os valores do diâmetro 8,1 a 10 cm e 7,8 a 9 cm, respectivamente.
longitudinal (Figura 4A) e transversal (Figura Essas variáveis são empregadas para
5A), não se adequaram a nenhum modelo de classificação do tipo de fruto em alguns
regressão. Nas respectivas figuras, verifica-se mercados consumidores do Brasil. Frutos com
também que, exceto na dose de K2O igual a 25g essa variação de diâmetros são classificados
planta-1, o diâmetro longitudinal dos frutos foi como do tipo médio a grande no Estado do Rio
inferior ao obtido nos frutos da testemunha. Por de Janeiro (3A), e de médio a pequeno (2A),
outro lado, constata-se na Figura 5A que o que corresponde a frutos de calibre 3 e 4 no
diâmetro transversal dos frutos cresceu com o Estado de São Paulo (Balbino, 2005).

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11,0

2
10,0
Diametro longitudinal (mm)
— = 9,39 - 0,219X + 0,009**X
2
R = 0,78
9,0

8,0

--- =MEDIA = 8,55


7,0

6,0

11,0
2
— = 8,753 - 0,080X + 0,004**X
10,0
Diametro lontudinal (mm)

2
R = 0,53
9,0

8,0
2
7,0 --- = 8,8597 - 0,212X + 0,009**X
2
R = 0,94
6,0
0 5 10 15 20 25
-1
Doses de K2 O (g planta )

Figura 4 – Diâmetro longitudinal de frutos de maracujazeiro-amarelo, em função das doses de


potássio na ausência (---) e presença (—) do biofertilizante bovino (A) e na ausência (---) e
presença (—) de cobertura morta (B).

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10,0 2
— = 7,969 - 0,068X + 0,004**X

Diâmetro transversal (mm)


2
9,0 R = 0,86

8,0

7,0

6,0 --- = MÉDIA = 8,07


5,0

4,0

2
10,0 — = 8,882 - 0,161X + 0,005**X
Diâmetro transversal (mm)

2
9,0 R = 0,99
8,0
7,0
6,0 2
--- = 8,003 - 0,072X + 0,003**X
5,0 2
R = 0,54
4,0
0 5 10 15 20 25
-1
Doses de K2O (g planta )

Figura 5 – Diâmetro transversal de frutos de maracujazeiro-amarelo, em função das doses de potássio


na ausência (---) e presença (—) do biofertilizante bovino (A) e na ausência (---) e
presença (—) de cobertura morta (B).

O rendimento em polpa dos frutos Meletti et al. (2002), o rendimento em polpa


respondeu diferenciadamente aos efeitos da admitido como adequado, tanto para o consumo
interação níveis de potássio x biofertilizante do maracujazeiro-amarelo ao natural como para
bovino. Verifica-se na Figura 6 valores indústria, é superior a 50%. O rendimento em
crescentes com adição de K2O até o nível 16,2 g polpa extraída de frutos oriundos de plantas
planta-1 referente ao maior rendimento de 41% cultivadas em solo com biofertilizante líquido
no solo com biofertilizante bovino. Por outro foi inferior aos 45,5% obtidos por Martins
lado, constataram-se reduções da mesma (2000) e á amplitude de 42,7 a 52,8% por
variável com o aumento dos níveis de K2O no Santos (2004). Entretanto, apresentaram-se
solo sem o insumo. Os valores com aumento de sensivelmente superiores as médias de 34,8;
37 para 40% e redução de 40 para até menos de 35,6 e 33,1% apresentadas por Colauto et al.
35%, nos tratamentos com e sem biofertilizante (1986), Carvalho et al. (1999) e Borges et al.
bovino, são considerados baixos. Conforme (2003) em cultivo convencional.

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2
45,0 — = 37,168 + 0,4699X -0,0145*X
2
R = 0,45

R endimento em polpa (% )
40,0

35,0
2
--- = 39,859 - 0,578X + 0,022*X
30,0 2
R = 0,5297
25,0
0 5 10 15 20 25
-1
Doses de K2 O (g planta )

Figura 6 - Rendimento em polpa dos frutos de maracujazeiro-amarelo, em função das doses de


potássio na ausência (---) e presença (—) de biofertilizante bovino.

Os teores de sólidos solúveis-°Brix foram deficientes em K têm como conseqüência,


estatisticamente influenciados pela interação desbalanço no metabolismo, redução da
doses de potássio x biofertilizante x cobertura atividade enzimática, e com reflexo negativo na
morta. Os dados variaram de 13,8 a 14,5 °Brix síntese e translocação de carboidratos para os
(Figura 7A) e de 13,4 a 14,2 (Figura 7B), frutos (Marschner, 1995; Pimentel, 2004).
respectivamente na ausência e presença de Variações de 13,9 a 13,8% e de 13,4 a 14,2%
cobertura morta do solo sem e com aplicação de respectivamente no solo sem(1) e com (2)
biofertilizante bovino. cobertura do solo, na ausência e presença do
Possivelmente, as plantas no início da biofertilizante. Nesse sentido, os teores de
frutificação e formação dos frutos não sólidos solúveis estão abaixo do mínimo
estivessem adequadamente supridas no exigido pelos centros consumidores do Brasil,
nutriente tendo como conseqüências teores mais que está além de 15%. (Meletti et al., 2002;
baixos do que dos respectivos autores, em geral, Durigan et al., 2004).
15% ou acima de 15% °Brix. Plantas

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A
15,0
— = M EDIA = 13,8

14,5

Solidos Soluveis (°Brix)


14,0

13,5
--- = 13,197 + 0,214X - 0,008**X2
13,0 R2 = 0,71

12,5
B

15,0
Solidos soluveis (°Brix)

14,5 — = M EDIA = 14,2

14,0

13,5

13,0 --- = M EDIA = 13,4

12,5
0 5 10 15 20 25
-1
Doses de K2O (g planta )

Figura 7 - Teores de sólidos solúveis totais (°Brix) de frutos de maracujazeiro-amarelo, em função das
doses de potássio na ausência (---) e presença (—) do biofertilizante bovino (A) e na
ausência (---) e presença (—) de cobertura morta (B).

A acidez titulável do suco dos frutos foi K2O 13,1 e 16,8 g planta-1, referentes aos
significativamente influenciada pelas interações tratamentos com biofertilizante (Figura 8A) e
doses de potássio x biofertilizante e doses de com cobertura do solo (Figura 8B). Esse
potássio x cobertura do solo. Verifica-se que comportamento está em acordo com Araújo et
nos tratamentos sem biofertilizante (Figura 8A) al., (2006) após constatarem que a acidez
e sem cobertura do solo (Figura 8B), a acidez titulável do maracujazeiro-amarelo aumentou
diminuiu com o aumento dos níveis de potássio. com a adição de potássio até um valor máximo
Essa tendência dos dados está em conflito com de 5,31 g/100 mL de ácido cítrico, sendo em
Pretty (1982), ao afirmar que, em frutos de seguida reduzida com o aumento do nutriente
várias espécies, foram obtidas correlações adicionado à solução nutritiva. Esses resultados
significativamente entre a acidez titulável e o foram inferiores à variação de 3,9 a 4,3 %
teor de potássio no fruto. Entretanto, Colauto et obtida por Santos (2004) em frutos de
al. (1986) e Carvalho et al. (1999), não maracujazeiro-amarelo em solo tratado com
registraram correlação com significâncias biofertilizante bovino. Por outro lado, situaram-
estatísticas entre os valores de acidez titulável se na faixa de 3 a 5 % admitida como adequada
no suco do maracujazeiro-amarelo e dos teores para o consumo ao natural, na forma de suco ou
de potássio no solo. para industrialização (Ruggiero et al., 1996).
Os maiores valores da acidez foram 3,55 e
3,63 % correspondentes aos maiores níveis de

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--- = 3,6475 - 0,0028X - 0,0005*X2


3,9
R2 = 0,47
3,7

Acidez titulável (g/100 mL )


3,5
3,3
3,1
2,9

2,7 — = 3,0683 + 0,0755X - 0,0029**X2


2,5 R2 = 0,55

2,3

2
3,9 --- = 3,651 + 0,005X - 0,001**X
2
Acidez titulável (g/100 mL)

3,7 R = 0,98
3,5
3,3
2
3,1 — = 3,065 + 0,067X - 0,002*X
2,9 2
R = 0,49
2,7
2,5
2,3
0 5 10 15 20 25
-1
Doses de K2 O (g planta )

Figura 8 - Acidez titulável da polpa dos frutos de maracujazeiro-amarelo, em função das doses de
potássio na ausência (---) e presença (—) do biofertilizante bovino (A) e na ausência (---)
e presença (—) de cobertura morta (B).

O pH da polpa dos frutos dos tratamentos (Figura 8A). Em ambas as situações, onde a
sem cobertura (Figura 9), aumentou com os polpa dos frutos apresentava-se com maior
níveis de potássio fornecidos ao solo. Essa acidez titulável, o pH estava sempre mais baixo.
tendência está compatível com a redução da Essa condição evidencia que quanto menor for
acidez titulável referente aos respectivos o pH, maior será a concentração de ácido cítrico
tratamentos (Figura 8B). Exceto aos valores e de hidrogênio no suco dos frutos, em geral,
referentes aos níveis de K2O 20 e 25 g planta-1, inclusive do maracujazeiro-amarelo. Essa
a tendência do pH com a aplicação do potássio variável é utilizada para avaliar o caráter ácido
nos tratamentos com cobertura do solo, está dos frutos e o período de vida útil pós-colheita
coerente também com o aumento da acidez

Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.9, n.1, p. 59-71, 2007
Caracterização física e química de frutos de maracujazeiro-amerelo sob adubação.... . Campos et al. 69

como discutido por Queirós et al. (1998) e (1994), frutos com pH da polpa entre 2,5 e 3,5,
Durigan et al. (2004). são mais adequados ao processamento para
Com base nos valores de pH da polpa, com produção de suco concentrado que para o
amplitude entre 3,2 e 3,4 (Figura 9), os frutos consumo na forma de suco ao natural.
são de natureza ácida. Conforme Tocchini et al.

3,50 — = 3,4534 - 0,0134X + 0,0005*X


2

2
3,45 R = 0,77
3,40
pH

3,35
3,30
2
--- = 3,3541 - 0,0074X + 0,0005*X
3,25 2
R = 0,55
3,20
0 5 10 15 20 25
-1
Doses de K2 O (g planta )

Figura 9 - pH dos frutos de maracujazeiro-amarelo, em função dos níveis de potássio na ausência (---)
e presença (—) de cobertura morta.

CONCLUSÕES Agrárias, Universidade Federal da Paraíba,


Areia, 2006. 83 f. (Dissertação de
• O aumento das doses de potássio refletiu-se Mestrado).
em ganho de massa dos frutos; Araújo, D.C.; Sá, J.R.; Lima, E.M.; Cavalcante,
• A espessura da casca foi superior nos L.F.; Bruno, G.B.; Bruno, R.L.A.; Queirós,
tratamentos com a presença do M.S. Efeito do volume de água e da
biofertilizante bovino; cobertura morta sobre o crescimento inicial
• O rendimento em polpa dos frutos foi do maracujazeiro-amarelo. Revista
superior nos tratamentos com potássio e Brasileira de Engenharia Agrícola e
biofertilizante; Ambiental, Campina Grande, v. 4, n.1, p.
• Os valores de massa média de frutos, 121-124. 2000.
diâmetros longitudinal e transversal, acidez Araújo, R.C.; Bruckner, C.H.; Martinez, H.E.P.;
titulável e pH, foram compatíveis às Salomão, L.C.C.; Alvarez, V.H.; Souza,
exigências tanto para consumo in natura A.P.; Pereira, W.E.; Himuzi, S. Quality of
quanto para processamento. yellow passionfruit (Passiflora edulis Sims f.
flavicarpa Deg.) as affected by potassium
AGRADECIMENTO nutricion. Fruits. França. v.61, n.2, p.109-
115, 2006.
Os autores agradecem ao CNPq (Conselho Ayers, R.S.; Westcot, D.W. A qualidade da
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