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Tarefa 1

A Biblioteca escolar. Desafios e oportunidades no contexto


da mudança

Fórum 2
Plano de acção direccionado à escola

Situação actual

Num momento em que o paradigma de biblioteca está a ser questionado,


parece-nos da maior relevância desenvolver uma intervenção que responda ao
impacto que as tecnologias têm no acesso à informação e ao conhecimento. O
surgimento de novos suportes de informação (e os que se anunciam), a facilidade de
acesso a redes de informação, o crescimento do número de alunos possuidores de
equipamentos informáticos e a implementação do Plano Tecnológico nas escolas,
justificam um novo tipo de resposta por parte das Bibliotecas/CRE. Em alguns
âmbitos, nomeadamente na pesquisa de informação, o suporte digital tem, hoje,
incontestavelmente, a primazia. Importa repensar o estatuto e funções das bibliotecas
escolares. Mais do que disponibilizar informação, torna-se prioritário, sobretudo entre
os alunos, formar utilizadores, desenvolver o sentido crítico e criar a consciência de
que não chega aceder à informação, sendo necessário desenvolver os mecanismos
que transformam essa informação em conhecimento.
Ao longo dos últimos anos, na Biblioteca da Escola Secundária de Amares,
temos procurado desenvolver uma relação directa entre a BE/CRE e os seus
utilizadores, particularmente os docentes e os alunos da escola. Neste contexto
colaborativo, constatámos a existência de duas situações recorrentes:
• por um lado, entre os professores, a dificuldade de integrar a utilização da
BE/CRE e dos seus recursos no âmbito do desenvolvimento do currículo, a ausência
de práticas orientadas para o desenvolvimento de competências de informação, na
maior parte dos casos, transversais ao currículo;
• por outro lado, entre os alunos, a fragilidade – mesmo nos anos mais
adiantados – de competências sólidas no domínio das literacias de informação
(pesquisa, localização, acesso, tratamento e utilização da informação) e a constância,
a este nível, de hábitos inapropriados, como o recurso acrítico à web (numa
verdadeira wikipediodependência).
Face a estes constrangimentos, procurámos, desde há vários anos, desenvolver
estratégias que ajudassem a ultrapassá-los. Assim, desde 2004, que promovemos o
projecto das Maletas Pedagógicas utilizadas em contexto de sala de aula
(Candidatura de Mérito 2006) e que tem por objectivo, precisamente, o
desenvolvimento das práticas de utilização dos recursos da BE/CRE em situações de
ensino/aprendizagem e o desenvolvimento, nesse ambiente, de competências de
utilização da informação.
Mais recentemente, implementámos um programa de formação de utilizadores
centrado nas literacias de informação e no bom uso das TIC, em contexto educativo.
O programa de formação, da responsabilidade da BE/CRE, consta de um conjunto de

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sessões ao longo de várias semanas, abordando questões diversas deste âmbito.
Paralelamente, têm sido realizadas sessões de sensibilização e formação para
professores. Também neste âmbito, temos procurado aproveitar o potencial de
algumas ferramentas da web 2.0 para o trabalho da BE/CRE, divulgando-as em toda a
comunidade. Apesar deste esforço, retiramos duas ilações fundamentais:
• em primeiro lugar, que a receptividade para utilização das maletas pedagógicas
se verifica em momentos e situações restritas (realização de trabalhos de
investigação, sobretudo), constatando-se alguma resistência a uma utilização regular
das mesmas. Deste modo, a ligação à BE/CRE acaba por ser episódica, irregular e
descontinuada. Se as metodologias adoptadas pelos professores em contexto de sala
de aula não tiverem como pressuposto um papel activo dos alunos, não resta espaço
para a integração da BE/CRE (ou resta um papel lateral) e para o desenvolvimento de
competências de informação;
• em segundo lugar, apesar do balanço muito positivo que fazemos das acções
de formação de utilizadores (e que é partilhado por alunos e professores), sentimos
que a sua realização é insuficiente e inconsequente se as práticas promovidas e as
competências sobre que incidem, não continuarem a ser trabalhadas, com
regularidade, e se não houver a sua assumpção por parte de todos os docentes da
escola.
As competências associadas à literacia de informação ganham outra consistência
se trabalhadas no âmbito concreto do currículo dos alunos. Parece-nos indispensável
estabelecer uma ponte entre estas duas vertentes da nossa intervenção. Mas num
momento em que o paradigma de biblioteca está a ser questionado, parece-nos da
maior relevância desenvolver uma intervenção que responda ao impacto que as
tecnologias têm no acesso à informação e ao conhecimento. O surgimento de novos
suportes de informação (e os que se anunciam), a facilidade de acesso a redes de
informação, o crescimento do número de alunos possuidores de equipamentos
informáticos e a implementação do Plano Tecnológico nas escolas, justificam um novo
tipo de resposta por parte das Bibliotecas/CRE.

As problemáticas identificadas

O processo de auto-avaliação da BE/CRE, que implementámos desde há dois


anos lectivos e que incidiu, precisamente, sobre o apoio ao desenvolvimento
curricular, veio confirmar algumas das ideias que anteriormente enunciámos.
De entre os pontos fortes então identificados destacavam-se:
• O reconhecimento por parte de um número crescente de docentes acerca da
importância da colaboração com a BE/CRE no desenvolvimento do seu trabalho.
• O balanço positivo, realizado pela maioria dos docentes, acerca das
experiências de colaboração realizadas com a BE/CRE e sobre o impacto do trabalho
da BE/CRE no desenvolvimento das competências dos alunos.
• A variedade da oferta de recursos disponibilizados pela BE/CRE, pensados e
organizados numa perspectiva de utilização em contexto de sala de aula.
• Os indicadores positivos que referenciam uma crescente utilização da BE/CRE,
dos seus espaços e dos seus recursos.
No entanto também reconhecemos, então, algumas debilidades:
• A permanência, apesar de alguns sinais de progresso, de um ethos educativo
muito individualista que dificulta a regularidade de práticas colaborativas entre a
BE/CRE e os docentes
• A prevalência de metodologias de trabalho em sala de aula que não incorporam
o hábito de utilização regular da BE/CRE
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• A dificuldade de definir tempos de trabalho para, com regularidade, articular e
definir estratégias de colaboração entre a BE/CRE e os docentes.
• A reduzida utilização de algumas das propostas de actividades apresentadas.
Chegámos, deste modo a algumas conclusões: por um lado, a de que era necessário
desenvolver novas práticas colaborativas entre a BE/CRE e os docentes,
incorporando novas metodologias de trabalho, definindo tempos e modos de
intervenção; por outro lado, a de que não é profícuo trabalhar, em abstracto, as
competências de informação pelo que a forma ideal de realizar a formação de
utilizadores neste âmbito seria em contexto de trabalho ligado às disciplinas.
Urge, deste modo, desenvolver as competências tecnológicas e de informação
dos alunos, no âmbito da pesquisa, recolha, selecção e processamento da
informação, ligando-as à especificidade dos saberes curriculares. Na nossa
perspectiva é necessário acentuar esta tónica e estabelecer a ligação entre diferentes
vertentes do nosso trabalho: a ligação da BE/CRE à sala de aula e o apoio ao
currículo e, neste contexto, a promoção das literacias de informação com a formação
de utilizadores. Mas queremos ir mais longe do que uma simples cooperação ou
coordenação do trabalho entre a BE/CRE e os professores: Numa lógica integrada do
currículo, pretende-se planificar, desenvolver e avaliar as situações de aprendizagem
que têm propósitos comuns, valorizando a utilização crítica da informação em contexto
disciplinar e transdisciplinar, exercitando estas competências transversais aos vários
saberes disciplinares e fomentando hábitos de trabalho e de estudo autónomos.
Pretende-se, ainda, impulsionar a utilização das ferramentas Web 2.0 enquanto
instrumentos potenciadores do treino de competências tecnológicas e de informação
dos alunos que os habilitam a aceder, localizar, filtrar, autenticar, organizar,
apresentar e avaliar a informação, promovendo comportamentos éticos na sua
utilização. Esta perspectiva visa dar um salto qualitativo nas práticas que a BE/CRE
tem desenvolvido, na sua relação com os docentes e no apoio ao currículo, mas
sobretudo na forma como a BE/CRE promove o desenvolvimento das competências
de informação dos alunos.

Planeamento das acções que é necessário implementar

O desígnio fundamental desta nossa proposta é o da integração de diferentes


vertentes do nosso trabalho e da sua articulação em contexto escolar: a integração da
BE/CRE e dos seus recursos em situações de sala de aula, criando práticas de
aprendizagem colaborativa em cada disciplina que impliquem o treino de
competências de informação e o aproveitamento das potencialidades das ferramentas
da web 2.0. A intervenção que pretendemos estabelecer desenvolver-se-á ao longo de
dois anos lectivos e tem como público-alvo os alunos do Ensino Secundário: incidirá,
no primeiro ano, nas turmas de 10º e 12º anos (Área de Projecto) e, no segundo ano,
nas turmas de 10º 11º e 12º anos. Privilegiar estes alunos não significa negligenciar
outros. Temos, no entanto, a consciência de que não podemos, nesta fase e nestes
moldes, chegar a todos. Entendemos, também, que para desenvolver este tipo de
plano é importante que os alunos tenham já consolidadas algumas competências
básicas. As turmas do Ensino Básico continuarão a ser objecto de outros tipos de
intervenção e de formação, como já vem acontecendo.
Quando analisamos as orientações curriculares das várias disciplinas do Ensino
Secundário, constatamos a importância dada ao desenvolvimento de competências
transversais, particularmente as que se relacionam com a informação.
É dito no programa de Português, “A competência estratégica, transversal ao
currículo, envolve saberes procedimentais e contextuais (saber como se faz, onde,
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quando e com que meios) que fazem do aluno um sujeito activo e progressivamente
mais autónomo no processo de construção das próprias aprendizagens. A escola
deve proporcionar aos alunos conhecimentos de processos de consulta e pesquisa
em vários suportes (incluindo a Internet); conhecimentos de processos .de
organização da informação (apontamentos por palavras-chave, frases curtas; resumo;
esquemas e mapas); conhecimentos de elaboração de ficheiros; conhecimentos sobre
a utilização de instrumentos de análise, processadores de texto e bases de dados,
correio electrónico e produção de registos áudio e vídeo.” E ao percorremos outros
vemos propostas que confirmam esta visão: nas orientações de Filosofia recomenda-
se “iniciar ao conhecimento e utilização criteriosa das fontes de informação,
designadamente obras de referência e novas tecnologias e (...) à leitura crítica da
linguagem icónica (BD, pintura, fotografia) e audiovisual (cinema, televisão), tendo por
base instrumentos de descodificação e análise.”; no programa de Biologia e Geologia
afirma-se que “são valorizados os conteúdos procedimentais relativos à aquisição de
informação (…), interpretação de informação (…), análise de informação e realização
de inferências (…) compreensão e organização conceptual da informação e
comunicação da informação”; no de Física e Química defende-se que “As aulas
deverão ser organizadas de modo a que os alunos nunca deixem de realizar tarefas
em que possam discutir pontos de vista, analisar documentos, recolher dados, fazer
sínteses, formular hipóteses, fazer observações de experiências, aprender a consultar
e interpretar fontes diversas de informação, responder a questões, formular outras,
avaliar situações, delinear soluções para problemas, expor ideias oralmente e/ou por
escrito.” e recomenda-se “o recurso às modernas tecnologias (TIC) que constituem um
excelente auxiliar neste domínio, tendo especial cuidado na análise crítica da
informação disponível, principalmente no que diz respeito à correcção científica e
terminológica e adequação aos alunos e aos fins a que se destina.”. O programa de
História, até pela natureza da própria disciplina, coloca um particular ênfase nestas
perspectivas ao definir como competências prioritárias as de “pesquisar, de forma
autónoma mas planificada, em meios diversificados, informação relevante para
assuntos em estudo, organizando-a segundo critérios de pertinência; analisar fontes
de natureza diversa, distinguindo informação, implícita e explícita, assim como os
respectivos limites para o conhecimento do passado; analisar textos historiográficos,
identificando a opinião do autor e tomando-a como uma interpretação susceptível de
revisão em função dos avanços historiográficos; utilizar as tecnologias de informação
e comunicação, manifestando sentido crítico na selecção adequada de contributos” e
acrescenta que “para que os alunos atinjam os objectivos propostos e venham a
evidenciar as competências consideradas desejáveis, toda uma variedade de recursos
e de actividades poderá ser mobilizada pelo professor, no sentido de: incentivar e
orientar a pesquisa individual em suportes diversos, dentro e fora da sala de aula;
estimular a organização e a recolha de dados recorrendo, nomeadamente, às novas
tecnologias.”. Poderia acrescentar muitos outros exemplos de outras disciplinas –
Matemática, Geografia, Economia, Línguas Estrangeiras - em que estas propostas
são recorrentes.
O que se torna claro é que as competências de informação são parte integrante
do currículo dos alunos e é neste contexto que (também) devem ser trabalhadas. Se
assim é, como se explica que alunos em fase final do seu percurso revelem tantas
lacunas neste âmbito? Como justificar a necessidade do programa de formação de
utilizadores que implementámos em Área de Projecto de 12ºano?
Se o trabalho em contexto de sala de aula é indispensável, o papel da Biblioteca
Escolar e da sua equipa é-o, por maioria de razão, sendo fundamental desenvolver
mecanismos de formação que levem as pessoas a perceberem suas necessidades de
informação e da sua utilização de forma crítica e responsável. Isto acentua a tónica de
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estabelecer a ligação entre as vertentes anteriormente enunciadas: a ligação da
BE/CRE à sala de aula e o apoio ao currículo e, neste contexto, a promoção das
literacias de informação com a formação de utilizadores. Mas é necessário ir mais
longe do que uma simples cooperação ou coordenação do trabalho entre a BE/CRE e
os professores: Numa lógica integrada do currículo, é necessário planificar,
desenvolver e avaliar as situações de aprendizagem que têm propósitos comuns,
valorizando a utilização crítica da informação em contexto disciplinar e transdisciplinar,
exercitando estas competências transversais aos vários saberes disciplinares e
fomentando hábitos de trabalho e de estudo autónomos. A matriz metodológica que
enquadra esta proposta, radica na corrente construtivista das práticas educativas,
enfatizando o papel dos alunos na estruturação de aprendizagens significativas,
privilegiando-se, consequentemente, estratégias de pesquisa, utilização e tratamento
e crítica de variadas fontes de informação, organizadas em torno de actividades que
os alunos levarão a cabo, sob orientação do professor-bibliotecário e dos seus
professores. Parte-se do princípio de que as propostas apresentadas deverão ser
activamente estruturadas com os docentes e as situações concretas de
aprendizagem, pois só assim será possível respeitar cinco condições que
consideramos fundamentais no sucesso deste perspectiva:
• A necessidade de solucionar problemas anteriormente referenciados, suprindo
algumas lacunas no fundo documental e nos recursos disponíveis na Biblioteca/CRE;
• Envolvimento activo dos alunos no desenvolvimento do plano, implicando-os
nas suas diversas vertentes. O melhor caminho para o conseguir é no contexto de
sala de aula, em articulação com as suas aprendizagens específicas. Por isso este
plano está pensado para funcionar nos grupos-turma, cuja dimensão parece
adequada à sua implementação.
• Esta articulação permite ainda garantir a regularidade desta intervenção.
Desenvolver a literacia de informação ou desenvolver competências tecnológicas –
para só citar alguns dos nosso objectivos - não se compadece com acções pontuais,
por muito meritórias que sejam. É necessário um trabalho, persistente, contínuo,
sistemático e coordenado entre os diversos intervenientes. Só assim será possível
obter resultados e avaliar o impacto efectivo da nossa actuação.
• A relevância das propostas e das metodologias apresentadas, indo de encontro
às orientações curriculares e à necessária adaptação da BE/CRE às novas realidades
tecnológicas.
• A adequação destas abordagens à utilização das ferramentas da web 2.0 que,
numa lógica de conectivismo, revelam grande eficácia no acesso, gestão, organização
e partilha da informação.
Numa época em que é fácil - através de múltiplos suportes - o acesso à
informação, torna-se imperativo, sobretudo entre os alunos, desenvolver o sentido
crítico e criar a consciência de que não chega aceder à informação, sendo necessário
desenvolver os mecanismos que transformam essa informação em conhecimento.
Este plano pressupõe uma articulação permanente da BE/CRE com as diferentes
estruturas pedagógicas superiores e intermédias da escola – Direcção, Conselho
Pedagógico, departamentos, grupos disciplinares, conselhos de turma e com cada um
dos docentes de diversas disciplinas, que o vão implementar.
Esta articulação passa, necessariamente, pela realização de formação para os
professores no âmbito das literacias de informação, quer através de sessões de
divulgação e sensibilização como as já realizadas, quer através de acções de
formação a realizar no Centro de Formação em que a escola se integra. Numa
primeira fase de intervenção pretende-se definir o momento exacto em que, ao longo
do ano, em cada turma, se vai aplicar este programa de formação de utilizadores da
BE/CRE, integrando esta formação no contexto de desenvolvimento do currículo. De
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seguida, com cada professor passar-se-á ao momento de conceber situações de
aprendizagem que impliquem pesquisa, selecção e utilização da informação, em
diferentes suportes e que promovam o desenvolvimento das competências
tecnológicas dos alunos. A selecção deste momento passa também pela definição dos
temas do programa das várias disciplinas em que se fará esta intervenção,
acautelando também um necessário desfasamento ao longo do ano.
Nesta fase, importa identificar outros procedimentos previstos na concepção e
concretização dessas situações:
• Levantamento – em conjunto com os docentes – dos recursos em diferentes
suportes, existentes na BE/CRE e de recursos existentes on-line;
• Definição de outros recursos a adquirir e integrar no fundo documental,
obedecendo a critérios de rigor, actualidade, diversidade e adequados aos escalões
etários que nos propomos atingir;
• Produção de recursos educativos (Webquests, Caça ao Tesouro, Fichas de
trabalho, Guiões de exploração de recursos específicos) que suportem as situações
de aprendizagem, nomeadamente a elaboração de guiões-tutoriais a distribuir aos
alunos.
• Elaboração de um guião de orientação das sessões de trabalho conjuntas
(entre 6 e 8 sessões). Independentemente das temáticas específicas de cada
disciplina, as sessões seguirão os seguintes passos (seguindo a lógica do modelo
Big6): 1. Introdução 2. As ferramentas web 2.0 e as suas potencialidades 3. Definição
da tarefa a realizar 4. Definição das estratégias de pesquisa da informação, colocando
particular enfoque na selecção das melhores fontes em diferentes suportes. 5.
Localização e acesso à informação. 6. Utilização da informação. 7. Organização e
apresentação da informação. 8. Avaliação.
Para a implementação deste programa torna-se necessário criar condições em
contexto de sala de aula. Os recursos da BE/CRE constituem o principal suporte deste
plano. Pretende-se que os alunos acedam e seleccionem (através do catálogo e
fisicamente), entre os recursos disponibilizados, à informação necessária para a
elaboração dos seus trabalhos. É indispensável, na lógica deste plano, que os alunos
acedam a informação em diferentes suportes e percebam que diferentes tipos de
recursos proporcionam diferentes tipos de informação de que necessitam.
Em alguns âmbitos, o suporte digital tem, hoje, incontestavelmente, a primazia.
Mais do que disponibilizar informação, torna-se prioritário, sobretudo entre os alunos,
desenvolver o sentido crítico e criar a consciência de que não chega aceder à
informação, sendo necessário desenvolver os mecanismos que transformam essa
informação em conhecimento. Por isso, queremos incrementar a utilização das TIC
como ferramentas de acesso, produção e comunicação de informação e como
recursos de aprendizagem, concebendo situações de aprendizagem que promovam o
desenvolvimento das competências tecnológicas dos alunos.
Neste contexto é particularmente importante criar competências de pesquisa
sistemática e abrangente, recorrendo a técnicas avançadas para encontrar as
informações mais relevantes. É igualmente importante utilizar diferentes tipos de
ferramentas na gestão da informação: os Web feeds para agregar informação; os
bookmarks, da maior utilidade na selecção, organização e partilha de informação; os
blogs para contactar pontos de vista diversos e expressar posições próprias; as wikis,
para edição colaborativa; e outras como os poadcasts, as ferramentas de edição de
texto, fotografia, vídeos, gráficos, mapas e tantos outros. É necessário impulsionar a
utilização das ferramentas Web 2.0 enquanto instrumentos potenciadores do treino de
competências tecnológicas e de informação dos alunos que os habilitam a aceder,
localizar, filtrar, autenticar, organizar, apresentar e avaliar a informação, promovendo
comportamentos éticos na sua utilização.
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Esta perspectiva visa dar um salto qualitativo nas práticas que a BE/CRE tem
desenvolvido, na sua relação com os docentes e no apoio ao currículo, mas sobretudo
na forma como a BE/CRE promove o desenvolvimento das competências de
informação dos alunos. Esta abordagem integrada propõe, também, uma ruptura com
algumas das habituais práticas de trabalho na nossa escola. Com este plano
desejamos que os nossos alunos, no seu quotidiano escolar, sejam competentes a
lidar com a informação: saibam aceder a diferentes tipos de informação, seleccioná-la
de acordo com os seus propósitos, autenticar a sua qualidade, organizá-la, comunicá-
la usando diferentes suportes e avaliar o seu impacto. Não será este o papel da
Escola e, particularmente, o da Biblioteca Escolar do futuro?

Esta proposta tem por base a planificação que está em execução, neste momento, na
Escola Secundária de Amares

Jorge Alberto Brandão Soares de Carvalho

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