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Trabalho apresentado ao professor Ruy dos


Santos, como requisito parcial para aprovação na
disciplina Exegese de grego do NT, no curso de
bacharel em Teologia do Seminário Teológico
Betesda.









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ÊNTRODUÇÃO------------------------------------------------------------------------------------------ 4

1.DEFÊNÊR O QUE VOCÊ NECESSÊTA SEGUÊR PARA OBTENÇÃO DA


ÊNTERPRETAÇÃO DO TEXTO?--------------------------------------------------------------------5

2. TEXTO PARA SEGMENTAÇÃO E ANÁLÊSE EXEGÉTÊCA GRAMATÊCAL


(PERÍCOPE DE HB 6.4-6)----------------------------------------------------------------------------5
2.1. SEGMENTAÇÕES DA PERÍCOPE--------------------------------------------------------6
2.2. EXEGESE GRAMATÊCAL DO TEXTO----------------------------------------------------7
2.2.1. Personagens envolvidos e seus respectivos segmentos -------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------8
2.2.2. Onde? Elementos geográficos onde o texto desenvolve e seus
respectivos seguimentos-------------------------------------------------------------------------9
2.2.3. Quando? Elementos temporais do texto e seus respectivos segmentos -----
----------------------------------------------------------------------------------------------------------9
2.2.4. Como? Desenvolvimento do Texto, respeitando as objetivas e seus
relativos seguimentos----------------------------------------------------------------------------10
2.2.5 Principais influências históricas (Religiosa , Política, Economia, Cultural,
Social e Etimológica)-----------------------------------------------------------------------------10
2.2.6 Desenvolvimento do pano de fundo -------------------------------------------------11
2.2.7 Observações gerais----------------------------------------------------------------------11

2.2.8 Pares opostos------------------------------------------------------------------------------12

CONCLUSÃO------------------------------------------------------------------------------------------15
REFERÊNCÊAS----------------------------------------------------------------------------------------17

















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O objetivo deste trabalho é fazer uma análise com base nas ferramentas exegéticas
aprendidas de forma a dar uma interpretação baseada não apenas em visão e
pensamentos pessoais, mas alavancada pelo estudo de todas as vertentes da
exegese e hermenêutica que possam dar suporte a uma conclusão firme e que não
insira no texto nada e que retire o máximo daquilo que ele pode nos dar de
ensinamento e doutrina.



















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- Analise do texto original (de preferência em diferentes manuscritos);


- Análise das diversas versões das traduções em português ou outras línguas
disponíveis;
- Compreensão dos aspectos religiosos, políticos e sociais do momento histórico
específico;
- Ênterrogações humanas ao texto bíblico;
- Textos mais próximos da época que mostrem uma análise contextualizada
daqueles que viveram nas décadas ou séculos subseqüentes;


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4 Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom
celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo.
5 E provaram a boa palavra de Deus, e as virtudes do século futuro,
6 E recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a
eles, de novo crucificam o Filho de Deus, e o expõem ao vitupério. (ARC)

4 É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados, e provaram o dom
celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo,
5 e provaram a boa palavra de Deus e os p oderes do mundo vindouro,
6 e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para arrependimento, visto que,
de novo, estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus e expondo -o à
ignomínia. (ARA)

4 Porque aqueles que foram uma vez iluminados saborearam o dom celestial,
participaram dos dons do Espírito Santo,
5 experimentaram a doçura da palavra de Deus e as maravilhas do mundo vindouro
e, apesar disso, caíram na apostasia,
6 é impossível que se renovem outra vez para a penitência, visto que, da sua par te,
crucificaram de novo o Filho de Deus e publicamente o escarneceram. (BC)

4 Ora para aqueles que uma vez foram iluminados, provaram o dom celestial,
tornaram-se participantes do Espírito Santo,
5 experimentaram a bondade da palavra de Deus e os poderes da era que há de vir,
6 e caíram, é impossível que sejam reconduzidos ao arrependimento; pois para si
mesmos estão crucificando de novo o Filho de Deus, sujeitando -o à desonra pública.
(NVÊ)

4 For {it is} impossible for those who were once enlightened, and have tasted of the
heavenly gift, and were made partakers of the Holy Ghost,
5 And have tasted the good word of God, and the powers of the world to come,
6 Êf they shall fall away, to renew them again unto repentance; seeing they crucify to
themselves the Son of God afresh, and put {him} to an open shame. (KJV)

4 Porque es imposible que los que una vez fueron iluminados y gustaron el don
celestial, y fueron hechos partícipes del Espíritu Santo.

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5 Y asimismo gustaron la buena palabra de Dios, y las virtudes del siglo venidero,
6 Y recayeron, sean otra vez renovados para arrepentimiento, crucificando de nuevo
para sí mismos al Hijo de Dios, y exponiéndole á vituperio. (RV)

4  
   
     
5     
6           
       (Textus receptus)


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S1 - Quem foram os iluminados?


- Os cristãos nominais, que recebiam a luz através da participação na comunidade
cristã, mas que não possuíam a luz (Jesus e o Espírito Santo) em si mesmos ± Ef
3.17-19, Jo 11. 9-10, Rm 8. 8-11;

- Conforme outra interpretação podem ser cristão s verdadeiros, passando por


momentos de incerteza quanto a sua fé.

S2 O que significa: eles provaram / participaram?


- De acordo com a disposição dos termos em relação à revelação geral da Bíblia e
no contexto, provar e participar não significam ser salvos. Provar nesse contexto
seria saborear, tomar prova, experimentar e não ser cheio; participar significa estar
no meio, testemunhar, mas não define com certeza que eram possuidores dos dons
ou da luz e do poder.

- A análise gramatical sozinha, sem o auxilio do contexto, mostra que os termos


podem ser mais profundos. Se considerarmos apenas o textual, seria uma
experiência real com Deus.

S3 O que significa: caíram?


- Aqueles que deixaram de olhar para o sacrifício de Jesus como sendo suficiente
para a salvação e voltam sua confiança para a lei e os sacrifícios do antigo pacto.
Esse é o pecado para o qual não há perdão: Considerar Cristo insuficiente para a
salvação (Gl 5.14).

S4 Porque seria impossível serem renovados?


- A impossibilidade de serem renovados deve estar ligada ao pecado imperdoável
contra o espírito Santo, pois, negam a sua obra e retornam para as obras da lei,
invalidando o sacrifício de Jesus, expondo-o a uma necessidade de nova
crucificação, ou seja, exposição à vergonha pública.

- Esse é um pecado cometido, em sua primeira citação na Bíblia, pelos fariseus, ou


seja, pessoas sem o Espírito Santo e não convertidas que negavam ser Jesus o
salvador e afirmavam que Sua obra era feita pelo po der de Belzebu. Nesse princípio
geral, crentes, cheios do Espírito Santo não poderiam cometê -lo, pois, seria o
Espírito pecando contra si mesmo.


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Qual era o estado desses iluminados antes da queda? Quando olhamos para as
características da vida daqueles antigos hebreus percebemos aspectos semelhantes da vida
espiritual dos crentes nos dias de hoje. Vejamos:
A.Foram iluminados. Saíram de uma cegueira e começaram a enxergar.
B.Provaram o dom celestial das bênçãos oferecidas no evangelho.
C.Foram participantes do Espírito. O Espírito deu conhecimento, entendimento.
D.Provaram da Palavra. Quando lhes foi pregado o evangelho naquele dia eles se
maravilharam com a Palavra. Ouvir am da vontade de Deus, e até fizeram votos de observá -
la.
E.Provaram dos poderes do mundo vindouro. Eles tiveram um claro entendimento do juízo
de Deus sobre o mundo, das promessas de Deus, o desvendar do mundo futuro; tiveram
uma clara distinção do juízo , bem como provaram dos milagres da era apostólica.
O que se tem argumentado normalmente na exegese deste texto é o seguinte:
1. Que a idéia de iluminação encontrada em FOTISTHENTAS, "iluminados" não se
refere de fato à iluminação trazida pela verdadeira re generação, fazendo o pecador
enxergar sua própria perdição e necessidade de um Salvador, mas apenas a uma
chispa da luz do evangelho.
2. Que o verbo grego GEYSAMENOS, "provaram", significa apenas "provar", indicando
assim que aqueles hebreus apenas tiveram u m "gostinho da graça", e não se
fartaram da comida celestial.
3. Que DOREAS, "Dom" é contrastado com CHARISMATA, "Dom", ou "graça
salvadora", e que significa apenas "dom", como qualquer outra bênção dada por
Deus a todos os pecadores.
4. Que o termo METOCHOS, sempre indica "participante", "companheiro", mas nunca
de fato quer significar intimidade, ou no caso do Espírito, "habitação".
Essa exegese de tais palavras e consequentemente a teologia extraída desta análise não
podem ser sustentadas em todo o Novo Tes tamento pelas seguintes razões:
1. O termo FOTISTHENTAS, pode muito bem indicar a iluminação salvadora, que como
revelação, é trazida à mente e ao coração dos homens sem Cristo para que
entendam a verdade de Deus sobre o pecado e sobre a salvação (Jo 1: 9; E f 1:18).
Ainda mais, o termo HAPAX, sintaticamente ligado à FOTISTHENTAS aponta para
algo que acontece uma só vez, o que pode ser dito da regeneração.
2. O uso de GEYSAMENOS no Novo Testamento não indica que ele sempre se refere
à um "provar" superficial, ou apenas a um "gostinho" daquilo que se prova. Podemos
ver seu uso para um total envolvimento com aquilo que se prova, que é o caso de Mc
9:1 e Jo 8:52 (provar a morte). Este termo também pode ser visto como o verbo
"comer" (At 10:10). Nestes dois usos dist intos deste termo, não há a idéia
simplesmente de "provar", mas de envolver e digerir.
3. DOREAS, (dom), não é necessariamente um contraste com as verdades salvadoras
implícitas no termo CHARISMATA. Podemos encontrar DOREAS sendo usado como
sinônimo de CHARISMATA em textos como João 4:10 referindo -se a Jesus; Atos
8:20, referindo -se ao Espírito; Romanos 5:15, 17 referindo -se à vida eterna. O autor
da epístola poderia estar usando um destes significados sem problema.
4. A palavra grega METOCHOS também reflete a mesma natureza de abordagem que
estamos fazendo. Dizer que o termo alí refere -se apenas a uma "participação" do
Espírito, em vez de uma" habitação" do Espírito, não é convincente, tendo em vista
que este termo também é usado para descreve r nossa participação da vocação
celestial no mesmo autor (Hb 3:1), e participantes de Cristo (Hb 3:14). O que pesa
mais nesse argumento é que as duas ocorrências do termo, que contrastam com a
interpretação sugerida, acontecem exatamente no mesmo autor, in dicando uma
unidade em seu pensamento sobre o termo METOCHOS.
Nosso grande problema com a exegese deste texto é que ela não ajuda a afirmar que o
autor aos Hebreus estava falando de uma fé temporal, ou de uma pseudoregeneração e

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pseudoconversão. Calvino refere-se à queda desses hebreus como "fé temporal", mas ele
não se baseia na exegese do texto, e sim, como estamos fazendo aqui, no estado posterior
deles. Não conseguiremos encontrar pistas para descobrir se eles eram de fato regenerados
ou não estudando o estado anterior deles, e sim estudando o estado posterior aqueles
hebreus (Moisés Bezerril ± www.teologiaselecionada.blogspot.com/search?q=iluminados).

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A. O escritor: Alguns defendem ser Paulo, outros que seria um de seus


cooperadores e outros que é impossível dizer ao certo quem é o autor da carta.
Certamente era uma pessoa de nascimento judeu, que conhecia profundamente os
rituais e a lei e que sabia a fundo sobre as escrituras sagradas, a ponto de fazer
uma hermenêutica aplicada à pessoa de Jesus Cristo de textos variados desde o
Pentateuco até os profetas.
Eusébio de Cesaréia, em seus escritos relata que os crentes de Roma não admitiam
a autoria paulina da carta e não a aceitavam em fun ção disso, relata ainda que para
Orígines, Paulo não era o autor em função do estilo mais erudito, já que o próprio
Paulo se intitula um homem ³rude nas palavras´; enquanto que para Clemente a
autoria seria certamente paulina, escrita em hebraico e traduzi da por Lucas para o
grego.
Há pouca dúvida de que Paulo não foi o autor desta epístola. Êsto não é negar a
possibilidade, mas, antes, confirmar a improbabilidade da autoria paulina direta .
Vejamos uma lista de prováveis autores relatada pelos estudiosos d o livro:
º -/31 f A mais antiga sugestão acerca da autoria de Lucas > a de
Clemente de Alexandria (por volta de 180), que acreditava que Paulo
escrevera em hebraico e Lucas traduzira o texto para o grego.
º =&;&)2& 9& +;3 f Mais uma vez Orígenes é o mais antigo escritor
patrístico a sugerir que alguns acreditavam que Clemente de Roma foi o autor
de Hebreus. É verdade que Clemente, ao escrever aos Coríntios (Ê Clemente),
apresenta alguma familiaridade com esta epístola, e há algumas
semelhanças superficiais, tanto na forma quanto no vocabulário.
º 3*)36> f Tertuliano (o primeiro dos escritores patrísticos latinos) foi o
primeiro a atribuir Hebreus a Barnabé. Ele escreveu que "existe também um
escrito 'Aos Hebreus' por Barnabé, um homem suficiente mente autorizado por
Deus" On Modesty (Sobre a Modéstia - p20). A designação "filho da
consolação" (At. 4:36) indica que ele pode ter tido as qualificações
necessárias para escrever "esta palavra de exortação" (Heb. 13:22).
º 5+=+ f Uma das conjeturas mais atrativas (e com algum mérito), e que está
ganhando um número crescente de adeptos, é que foi Apolo quem escreveu
esta Epístola aos Hebreus. Martinho Lutero (por volta de 1525) foi o primeiro
a fazer esta sugestão. A única base para a conjetura é a sucinta descrição de
Apolo encontrada em Atos 18:24 -28 (e talvez as palavras de Paulo em Ê Cor.
1:12; 3:4-6). Sendo de Alexandria, ele teria tido algum conhecimento da
escola alexandrina de interpretação bíblica. Ele é descrito em Atos (18:24)
como um "homem eloqüente e poderoso nas Escrituras". Ele também teve
contatos pessoais com Paulo (Ê Cor. 16:12; Tito 3:13) e com companheiros de
Paulo (At. 18:26), que poderiam explicar os elementos paulinos em Hebreus.
º c(=.3)+ f Entre as mais modernas conjeturas acerca da autoria de Hebreus
está Silvano. Esta sugestão apareceu pela primeira vez no início do século

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dezenove, mas teve poucos defensores até o tempo presente. Presume -se (e
acertadamente) que o Silvano de Ê Pedro 5:12 é o Silas de Atos 15 -18. A
premissa básica é que o autor real de Ê Pedro é Silvano (amanuense com
liberdade completa na composição).

B. Cristãos de origem hebraica, que habitavam as diversas regiões para onde


haviam sido dispersos ou migraram durante as situações de perseguição e fome na
Judéia e que se organizavam em comunidades.
Cristãos nominais ou Judeus simpatizantes do cristianismo , que podem ter pensado
a retornar ao Judaísmo ou em adequar o cristianismo às tradições judaicas,
procurando um meio termo entre Cristo e a lei.

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O local de escrita pode ter sido Roma (o que dá margem a crer em Paulo ou um de
seus cooperadores como autor) ou uma das comunidades próximas situadas na
Êtália, conforme a saudação final da carta (Hb 13.24).
Os destinatários podem ser crentes situados na Ásia menor , talvez nas regiões
próximas a Éfeso, visto que o autor cita a libertação de Timóteo, que era o líder da
igreja nessa localidade (Hb 13.23).
Outra hipótese é que os destinatários estivessem na região da Palestina ou Judéi a,
haja vista a influência dos judaizantes na igreja, o que seria mais forte em uma igreja
predominantemente Judia.
Tradicionalmente, supunha -se que a carta foi primeiramente enviada a Jerusalém,
pois lá o sacerdócio levítico servia no ritual do templo. O principal obstáculo a esta
suposição é que a carta tem muito a dizer acerca do tabernáculo móvel, mas não do
templo. Também teria havido alguns em Jerusalém que teriam ouvido e visto Jesus
(contrariamente a Hb 2:3). O uso familiar da Septuaginta, em contrário ao Velho
Testamento em hebraico, é outro argumento contra Jerusalém como a destinação
desta carta. Também estes leitores não haviam "resistido até o sangue" (12:4), ao
passo que os cristãos judeus em Jerusalém haviam sofrido martírio cedo (At. 7:58-
8:3) e, através da era apostólica, a igreja em Jerusalém fora mais uma receptora que
doadora de auxílio (6:10; cf. At. 11:29; Rom. 15:26 ).
Por fim, pode-se dizer que essa carta, como era costume, apesar de escrita a uma
localidade primária, visava um grupo maior de pessoas, pois, após lida pelos
destinatários era distribuída por cópias ou levada a outras localidades e lida como
forma de manter a unidade e a autoridade dos líder es sobre todo o corpo da igreja.


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A hipótese mais forte é que tenha sido escrita a ntes da destruição de Jerusalém e
do templo ocorrida em 70 d.C. o que confirmaria o grande conhecimento dos rituais
e das normas da lei pelos destinatários. Uma data próxima, posterior aos
acontecimentos que levaram à destruição do templo também pode ser aceita.
Há dificuldade em aceitar uma data muito posterior, visto que o tema dos judaizantes
já não é comum em escritos mais avançados, como as cartas de João e o
apocalipse; Além disso, judeus de gerações muito posteriores não teriam o

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conhecimento tão profundo dos rituais, afinal, apesar de a lei ser escrita, a vivencia
dos rituais é que dava a exata idéia do que eram e de como f uncionavam.

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*&=32(.+11&4-(;&)2+1 

A carta foi escrita em um momento de crise profunda para os destinatários. Por um


lado, viviam uma perseguição política intensa, o que fazia as reuniões abertas e o
desenvolvimento de sua fé tornar-se uma aventura perigosa. Por outro lado eram
fustigados pelos judaizantes que buscavam criar um cristianismo moldado à forma
da antiga lei e subserviente à forma ritua lística da antiga religião, abolida na cruz por
Cristo.
Essa situação tornava a comunidade fraca , dividida e impedia seu crescimento
espiritual, em especial, porque a pessoa de Cristo estava sendo colocada em
segundo plano e alguns estavam aceitando voltar aos ³antigos rudimentos da lei´.
Nesse contexto, o autor passa grande parte da carta (nesse caso tem mais o
formato de um sermão que de epístola) ressaltando a supremacia de Cristo em
relação à lei, ao sacerdócio e ao sacrifico e na passagem específica em estudo, ele
se preocupa em mostrar que aqueles que abandonam a graça em busca de um
retorno á antiga tradição estão longe de serem convertidos e que, novamente
expõem o Senhor à vergonha publica. 


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- A situação religiosa era tumultuada. A perseguição religiosa promovida por Roma e


que dava apenas alguns poucos previlégios aos Judeus, mas que não tolerava o
cristianismo, forçava as congregações cristãs a se expor à morte para proclamar s ua
fé.
- Comumente se situa a data da carta entre 49 a 70 A.D., sendo assim, nesse
contexto houve a destruição do templo em Jerusalém, a grande perseguição e
proibição do cristianismo na capital romana e a perseguição e incêndio de Roma por
Nero.
- O império romano lançava seus esforços em destruir a identidade nacional dos
judeus (consideravam o cristianismo uma seita judaica) como repreensão pelos
focos de resistência armada que se formavam e que desafiavam a autoridade do
império.
- Conforme o historiador hebreu Flávio Josefo, antes de destruir Jerusalém e o
templo Caio César (conhecido como Calígula) ordenou que sua estátua fosse
colocada no interior do templo e que fosse cultuada como Deus. Somente após
intervenção do sinédrio e dos Judeus de Alexandria é que foi dissuadido e
receberam certa liberdade de culto.
- Havia por toda a Judéia uma situação de fome e miséria tremenda, forçada pala
seca e pela imposição de tributos pelo império romano, o que tornava difícil manter
uma posição firme. A tentação de se conformar com aqueles que tinham algum
poder ou privilégio era grande e somente os verdadeiros fiéis permaneciam firmes.
- Há uma teoria de que a carta originalmente foi escrita em hebraico, a fim de afirmar
a autoridade do escritor, que como os judaiz antes, era hebreu e conhecedor
profundo da lei e dos profetas (nesse caso seria Paulo) assim, deve -se ater com

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cuidado aos termos e costumes citados a fim de compreender a clara mensagem,
evitando certas espiritualizações e compreensões errôneas que seriam mais claras
aos judeus que aos demais cristãos.
- É interessante que se observe que, assim como o cristianismo, o judaísmo também
aceitava prosélitos (gentios convertidos ao judaísmo) e que também era uma religião
que se expandia e tinha seus representantes dentro das classes mais altas da
sociedade. Com essa influência eles poderiam obter facilidades e formas sutis de
penetrar no meio das igrejas e propagar o retorno à lei.

!!&1&).+=.(;&)2+9+53)+9&'-)9+

Os cristãos em questão estão vivendo um momento de perseguição política e


religiosa intensa. Alguns chegam a duvidar da segunda vinda de Cristo devido à
leitura errônea dos ³sinais dos tempos´
Dentro desse contexto, judeus, participantes das comunidades cristãs se aproveitam
para angariar posições de liderança e propor uma miscigenação religiosa que visa
voltar a práticas já condenadas, como a circuncisão e os sacrifícios. Dessa forma
destituem o cristianismo de sua doutrina mais básica; a salvação pela fé em Cristo,
autor e consumador de nossa fé.
Nesse cenário, várias distorções começam a aparecer e o autor entra em cena para
dar um basta nas heresias judaizantes apresentando a superioridade do sacrifício e
do sacerdócio de Cristo em relação aos antigos rudimentos da religião e da fé em
relação à lei.
Em relação aos sofrimentos e perseguição, o autor deixa claro que os cre ntes ainda
não haviam suportado o pior (Hb 12.4) e que deveriam perma necer fiéis para
receber a recompensa prometida.


!!K61&*.37@&14&*3(1

Pelas observações de Eusébio temos a idéia de que a carta aos hebreus era usada
desde tempos antigos e por bispos proeminentes para ensino na igreja. Sua autoria,
apesar de contestada não era motivo para que fosse rejeitada, exceto pela igreja de
Roma, mas apenas no seu início, por considerar que não era um escrito paulino .
Os ensinos anti-judaizantes podem ser transportados para nossos dias a fim de
combater o legalismo e a tendência a valorizar o aspecto humano na obtenção e
manutenção da salvação.
É uma forte fonte de reforço para o crescimento na fé e em meio às perseguições e
incorporações de heresias ao crist ianismo moderno.
Como toda a escritura, a carta aos heb reus se torna muito atual quando colocamos
seus temas principais lado a lado com as exigências de ortodoxia e fidelidade ao
ensino apostólico que são exigidos dos verdadeiros cristãos, regenerados e
tornados novas criaturas pelo poder o Espírito Santo.
Deve-se ter o cuidado, por se tratar de uma escritura com várias especificidades,
para não nos enganarmos e trazer a tona temas que não são sua preocupação
central e gerar mais dúvidas do que as soluções que o autor nos proporciona.
Outro ponto central em relação a Hebreus é não condensar seus ensinos apenas em
3 versículos considerados polêmicos e esquecer das mensagens centrais, tão ou
mais importantes que Hb 6.4-6.

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!!L3*&1+5+12+1

Em ³guide to the Bible´ o Dr. John F. Walvoord diz:


"Enquanto a maior parte dos crentes em Cristo aceita a doutrina de que eles podem [chegar
a] ter segurança de salvação em qualquer dado momento da experiência deles,
freqüentemente é levantada a pergunta : 'Pode uma pessoa uma vez salva tornar -se,
novamente, perdida? ' Ora, considerando que o medo de perder a salvação pode
seriamente afetar a paz da mente de um crente, e porque seu futuro é tão vital, esta questão
é o aspecto mais importante da doutrina da salvação.
A pretensão de que alguém que é uma vez salvo pode se tornar novamente perdido é
baseada em certas passagens bíblicas que parecem levantar questões concernentes à
continuidade da salvação. Na história da igreja, têm existido sistemas opostos de
interpretação conhecidos como Calvinismo, apoiando a segurança eterna, e Arminianismo,
em oposição à segurança eterna (cada sistema foi assim chamado seguindo o nome de
seus principais apologistas: John Calvin e Jacob Arminius)" ( Major Bible Theme , p. 220).

Os escritos Calvinistas e arminianos diferem diametralmente e podem ser resumidos


da seguinte forma:
 cM
É o nome dado ao sistema teológico exposto e defendido pela igreja reformada,
tendo como base os estudos teológicos de João Calvino (1509-1564). Seu sistema
de interpretação bíblica foi resumido em cinco pontos, após o sínodo de Dort
(Holanda) e ficou conhecido ³os 5 pontos do Calvinismo´:

&5*3.378+ +23= ± Todos os homens nascem totalmente depravados (moral e
espiritualmente), incapazes de se salvar ou de escolher o bem em questões
espirituais (Sl 51:5; Jr 13:23; Rm 3:10 -12; 7:18; 1Co 2:14; Ef 1:3 -12; Cl 2:11-13);

 =&(78+)/+)9(/(+)3= ± Deus escolheu dentre todos os seres humanos decaídos
um grande número de pecadores por graça pura, sem levar em conta qualquer
mérito, obra ou fé prevista neles; Deus já predestinou (determinou) quem vai para o
céu e quem continuará indo para o inferno. (Ml 1:2-3; Jo 6:65; 13:18; 15:6; 17:9; At
13:48; Rm 8:29, 30-33; 9:16; 11:5-7; Ef 1:4-5; 2:8-10; 2Ts 2:13; 1Pe 2:8-9; Jd 1:4);

 :5(378+ (;(2393 ± Embora seja suficiente para todos, Jesus Cristo morreu na
cruz para pagar o preço do resgate somente dos eleitos. (Jo 17:6,9,10; At 20:28; Ef
5:15; Tt 3:5);

 *373**&1(12?.&= - A Graça de Deus é irresistível para os eleitos, isto é, o Espírito
Santo acaba convencendo e infundindo a fé salvadora neles. (Jr. 3:3; 5:24; 24:7; Ez
11:19; 20; 36:26 -27; 1Co 4:7; 2Co 5:17; Ef 1:19 -20; Cl 2:13; Hb 12:2);

&*1&.&*3)739+1c3)2+1 ± Todos os eleitos vão ser preservados por Deus na
fé até o fim e chegar ao céu. Nenhum perderá a salvação. (Ês 54:10; Jo 6:51; Rm
5:8-10; 8:28-32, 34-39; 11:29; Fp 1:6; 2Ts 3:3; Hb 7:25).

c
É o sistema de Teologia formulado por Jacob Hermann, cujo nome latino era
Jacobus Arminius (1560-1609), teólogo e professor da Êgreja Reformada Holandesa,
que resolveu refutar os estudos de Calvino. Os seguidores de Armínio apresentaram
seu sistema em 5 pontos:

?  ?
 353/(939& -;3)3 I (.*& *6?2*(+J ± Todos os homens embora sejam
pecadores, são livres para aceitar ou recusar a salvação que Deus oferece. (Ês 55:7;
Mt 25:41-46; Mc 9:47-48; Rm 14:10-12; 2Co 5:10);

 =&(78+ +)9(/(+)3= ± A eleição divina só acontece mediante a fé em Cristo; A
predestinação, citada na Bíblia, acontece com base na presciência de Deus. (Dt
30:19; Jo 5:40; 8:24; Ef 1:5 -6, 12; 2:10; Tg 1:14; 1Pe 1:2; Ap 3:20; 22:17);

 :5(378+ (=(;(2393 - Cristo morreu por todos os homens e não somente pelos
eleitos. (Jo 3:16; 12:32; 17:21; 1Jo 2:2; 1Co 15:22; 1Tm 2:3 -4; Hb 2:9; 2Pe 3:9; 1Jo
2:2);

 *373 &1(12?.&= - Os homens podem resistir à Graça de Deus e não serem
salvos, mesmo os eleitos. (Lc 18:23; 19:41-42; Ef 4:30; 1Ts 5:19);

&/3(* 93 *373N ± Homens salvos podem perder a salvação caso não
perseverem na fé até o fim. (Lc 21:36; Gl 5:4; Hb 6:6; 10:26 -27; 2Pe 2:20-22).
*sobre este 5º alguns teóricos divergem sobre ser realmente de Arminio, o que se
defende é que este ponto foi acrescentado, após a morte de Arminio, por seus
sucessores.

No concílio de Dort (ou sínodo de Dort ± Holanda) composto por um grupo de 84


Teólogos e 18 representantes seculares, entre esses estavam 27 delegados da
Alemanha, Suíça, Ênglaterra e outros países da Europa reunidos em 154 Sessões,
desde 13 de novembro de 16 18 até maio de 1619, os defensores das teses de
Armínio não compareceram e o sínodo decretou a tese arminiana como herética e
adotou o sistema exegético desenvolvido pelos defensores da teologia de Calvino
como doutrina base da igreja ref ormada.

Fórmula condensada:
c  c
32&4+*(3 *;()(3)(1;+ 3=.()(1;+
C-&9353*/(3=O=(.*&3*6?2*(+ &5*3.378+2+23=O5&*9393.+)239&
Embora a queda de Adão tenha &;*&=378+R&1/+=G31&15(*(2-3(1
afetado seriamente a natureza O homem natural não pode sequer
humana, as pessoas não ficaram num apreciar as coisas de Deus. Menos
estado de total incapacidade espiritual. ainda salvar-se. Ele é cego, surdo,
Todo pecador pode arrepender-se e mudo, impotente, leproso espiritual,
Pecado x crer, por livre-arbítrio, cujo uso morto em seu pecado, insensível à
Vontade determinará seu destino eterno. O graça comum. Se Deus não tomar a
pecador precisa da ajuda do Espírito, e iniciativa, infundindo-lhe a fé salvadora,
só é regenerado depois de crer, porque e fazendo-o ressuscitar espiritualmente,
o exercício da fé é a participação o homem natural continuará morto
humana no novo nascimento. eternamente. Ic= F#MFP * #BM!BP ;
I1FFMKP2!FM# P/QMK LP; BM#" #!P KM#LP # + !M#P ' #MB #!P =
#M#" #!P! +FM#"J !M## #BJ

 
+)9(/(+)3= )/+)9(/(+)3=
Deus escolheu as pessoas para a Deus elegeu alguns para a salvação em
salvação, antes da fundação do Cristo, reprovando os demais. Aos
Eleição
mundo, baseado em Sua presciência. eleitos Deus manifesta a Sua
Ele previu quem aceitaria livremente a misericórdia e aos reprovados a Sua
salvação e predestinou os salvos. A justiça. Deus não tem a obrigação de

? ?
salvação ocorre quando o pecador salvar ninguém, nem homens nem anjos
escolhe a Cristo; não é Deus quem decaídos. Resolveu soberanamente
escolhe o pecador. O pecador deve salvar alguns homens (reprovando
exercer sua própria fé, para crer em todos os demais) e torná-los filhos
Cristo e ser salvo. Os que se perdem, adotivos quando eram filhos das trevas.
perdem-se por livre escolha: não Teve misericórdia de algumas criaturas,
quiseram crer em Cristo, rejeitaram e deixou as demais (inclusive os
agraça auxiliadora de Deus. I2B"M#QP demônios) entregues às suas próprias
+ FM"P LM!P ' #MF D #!P !M#"P 4 paixões pecaminosas. A salvação é
#M#P#&#M!P5BM!"P!!M#KJ efetuada totalmente por Deus. A fé,
como a salvação, é dom de Deus ao
homem, não do homem a Deus. I+
MFP #BM#LP #FMP #KMQP 2 #BMLP
;LM!QD B" BBP QM#P ##MF KP ' #M FP
!ML #"P!1!M#BP#&!ML QP9#MJ
)(.&*13=+- :5(378+ &*3= 3*2(/-=3*+- :5(378+ (;(2393
O sacrifício de Cristo torna possível a Segundo Agostinho, a graça de Deus é
toda e qualquer pessoa salvar-se pela "suficiente para todos e eficiente para os
fé, mas não assegura a salvação de eleitos". Cristo foi sacrificado para
Redenção ninguém. Só os que crêem nEle, e redimir Seu povo, não para tentar
todos os que crêem, serão salvos. I+ redimi-lo. Ele abriu a porta da salvação
BM#P #!MB!P #KM!#P #+ !M!P # + para todos, porém, só os eleitos querem
#FM!!P#;!MB P6!MQP!&BMQP entrar, e efetivamente entram.? I+
#+!M!J #KMDQD#"P2!"M!LP 'FM#FP2BMFJ
+9& 1& '&2(.3;&)2&&1(12(*3+ *373**&1(12?.&=
15?*(2+c3)2+ Embora os homens possam resistir à
Deus faz tudo o que pode para salvar graça de Deus, ela é, todavia, infalível:
os pecadores. Estes, porém, sendo acaba convencendo o pecador de seu
livres, podem resistir aos apelos da estado depravado, convertendo-o,
graça. Se o pecador não reagir dando-lhe nova vida, e santificando-o. O
positivamente, o Espírito não pode Espírito Santo realiza isto sem coação.
conceder vida. portanto, a graça de É como um rapaz apaixonado que
Deus não é infalível nem irresistível. O ganha o amor de sua eleita e ela acaba
Vocação homem pode frustrar a vontade de casando-se com ele, livremente. Deus
eficaz Deus para sua salvação. I / #LM!BP age e o crente reage, livremente. Quem
#QM# !P 'MB"P#1FM#QJ se perde tem consciência de que está
livremente rejeitando a salvação. Alguns
escarnecem de Deus, outros se
enfurecem, outros adiam a decisão,
outros demonstram total indiferença
para as coisas sagradas. Todos, porém,
agem livremente. I*BMBPFM!P!MKP S
##M#QP !"P BM! !KP # + MKP ! +
FM#KP '#M#Q !"P =!M#BP6#!M!J
&/3(*93 *373 &*1&.&*3)739+1c3)2+1
Embora o pecador tenha exercido fé, Alguns preferem dizer "perseverança do
crido em Cristo e nascido de novo para Salvador". Nada há no homem que o
crescer na santificação, ele poderá cair habilite a perseverar na obediência e
da graça. Só quem perseverar até o fim fidelidade ao Senhor. O Espírito é quem
é que será salvo. I /!#MBP =FMP6 persevera pacientemente, exercendo
MP#"M! !KP!&!M!" !!J misericórdia e disciplina, na condução
Perseverança
do crente. Quando ímpio, estava morto
dos Santos
em pecado, e ressuscitou: Cristo lhe
aplicou Seu sangue remidor, e a graça
salvífica de Deus infundiu-lhe fé em
para crer em Cristo e obedecer a Deus.
Se todo o processo de salvação é obra
de Deus, o homem não pode perdê-la!
Segundo a Bíblia, é impossível que o
crente regenerado venha a perder sua

? ?
salvação. Poderá até pecar e morrer
fisicamente (1Co 5:1-5). Os apóstatas
nunca nasceram de novo, jamais se
converteram. I1 FM#"P + MF#P ;
FML #"P LM!L B!D B BQP ##M!QP T5 #MP
!1BMBP6KM!FJ
&E&(239+5&=+c?)+9+9&+*2  &3'(*;39+5&=+c?)+9+9&+*2 
Este foi o sistema de pensamento Este sistema de teologia foi reafirmado
contido na "Remonstrância" (embora pelo Sínodo de Dort em 1619 como
originalmente os cinco pontos não sendo a doutrina da salvação contida
Posição da
estivessem dispostos nessa ordem). nas Escrituras Sagradas. Naquela
Êgreja
Esse sistema foi apresentado pelo ocasião, o sistema foi formulado em
reformada
arminianos à igreja na Holanda em "cinco pontos" (em resposta aos cinco
1610, mas foi rejeitado pelo Sínodo de pontos apresentados pelos arminianos)
Dort em 1619 sob a justificativa de que e, desde então tem sido conhecido
era anti-bíblico. como "os cinco pontos do calvinismo".

Êndependente dos lados opostos estarem ou não certos em suas pressuposições,


fica claro que qualquer um que tenha uma posição preconcebida irá interpretar
qualquer texto à luz de suas suposições precedentes, sendo assim, o que deve ser
levado em conta nesse caso é avaliar além do texto o contexto imediato e geral do
livro e da Bíblia em si.
Ainda pode ser ressaltada a posição de teólogos e líderes que flutuaram entre os
dois lados e que tinham opiniões divergentes entre os diversos pontos tratados,
como Wesley e Finney, que começaram suas carreiras como calvinistas e depois
mudaram de opinião, especialmente no conceito de salvação e eleição.

 c%

Apesar das controvérsias criadas no texto de Hb 6, o grupo, composto por membros


de diversas linhas t eológicas, conclui, não apenas com base no texto, em suas
colocações e na tradução dos originais, que sozinhos não esclarecem
completamente as dúvidas, mas baseados no contexto próximo, especialmente a
mudança de tom do autor no versículo 9 desse capítulo, e no ensino geral da Bíblia,
que não se está sendo citado aqui o caso de pessoas genuinamente convertidas.
O autor escreve para crentes genuínos, que estão sendo seduzidos por doutrinas
estranhas, falando acerca de pessoas que estavam em seu meio tentando infiltrar
uma mudança de pensamento e comportamento que afeta não só a liturgia e o culto,
mas as bases da fé cristã, até então ensinada pelos apóstolos.
Essas pessoas, participam da comunhão da igreja, tendo um leve gosto das
bênçãos celestiais, recebendo da luz de Cristo refletida por Seus servos, que o tem
em seus corações, mas insistem em seguir os rudimentos da fé na lei e nas obras,
expondo assim o Senhor novamente, pois, tentam invalidar Seu sacrifício definitivo.
Passagens como as parábolas da ovelha e da dracma perdida e do filho pródigo
exemplificam que Deus jamais deixa de buscar um servo Seu que tenha se desviado
de Seu aprisco, que tenha se perdido ou que deixou Sua casa, iludido pelas paixões
do mundo.
Por outro lado, se no texto, se tratam de crentes que verdadeiramente caíram, logo é
ilusório pensar que podem ser renovados, pois, aqui não se diz o porquê assim
agiram e para os que se desviaram um dia, é perdida toda esperança, contradizendo
assim, os ensinos de Jesus nas parábolas supracitada s.

? ?
Mesmo com diferentes origens e diferentes preconcepções, o grupo defende que o
caso em Hb 6.4-6 não é de crentes perdendo sua salvação, mas de crentes
nominais sendo advertidos a deixarem de lado as obras e a lei e aprenderem de
Cristo, caso contrário, seriam removidos da comunhão, sem chance de renovação
para arrependimento. E serve de advertência, também para a firmeza de fé dos
irmãos hebreus.

Conforme cita o Professor Bezerril:


Qual a lição prática que estes iluminados que caíram trazem para nós?
1. Nós não podemos nos contentar apenas com esses sinais dessa iluminação para
pensarmos em regeneração. Nunca confundamos esses sinais dos iluminados com a
regeneração. Nem tudo que for chamado evangélico, nem toda movimentação no meio
evangélico é o Evangelho. A prova está aqui. Iluminados participaram da graça, mas nunca
foram salvos. Somos tendenciosos a considerar salvos, crentes, e evangélicos, aqueles que
confessam uma iluminação deste tipo. ? Mas a Palavra de Deus ensina a perseverança na
vontade de Deus e a suficiência de Cristo como evidências de nossa regeneração ( Mt
24:13; Jo 3:15,36; 5:24 -25; 8:31; 10:26 -29; 15:1-6; 15:10; I Jo 2:3 -6,19,24,28,29; 3:7 -10,24;
4:7,8,13,15,16; 5:4,5,18,19). O evangelho somente é verdadeiro quando Jesus é suficiente
para a nossa salvação. Porém vemos tanto "marketing", tanta propaganda de um evangelho
em que só Jesus não é suficiente.

2. O autor aos Hebreus se dirige a todos os crentes.


Esta palavra não é dirigida apenas aos que caíram. Isso não está sendo escrito s omente
aos judaizantes da época do apóstolo; não se reduz apenas a uma época. Sua palavra é
principalmente para os crentes fiéis que permanecem na congregação dos santos como um
alerta para que ninguém venha a cair no mesmo delito da apostasia da graça. De cair da
graça regeneradora só será possível se a pessoa nunca tiver sido alcançada por esta graça
salvadora. Mas o "cair da graça" aqui é o participar visivelmente da graça e abandoná -la. É
negar a graça, é anular a fé e cancelar a promessa. Sobre aqueles que decaem da graça o
juízo é eterno. Mas sobre aqueles que decaem do estado de uma boa vida espiritual com
Deus, Ele também tem juízo para eles. Ele também está dizendo que devemos nos
sensibilizar de que os nossos pecados, a falta de sensibilidade para c om o pecado, o
cultivar o pecado na nossa vida, o achar que um pecado esporádico não faz mal a ninguém;
o pensar que a mentira é menos pecado do que o adultério; e que a falta de compromisso, a
insinceridade, a irresponsabilidade, a negligência, tudo isso são pecados menores do que o
roubo ou assassinato é uma falta gravíssima nossa para com Deus.
Muitos pregam que perdem a salvação por caírem em adultério, ou num roubo ou qualquer
pecado crasso, que chame atenção. Mas estão esquecidos de que João disse em
Apocalipse que vão ficar de fora também os mentirosos (Ap 21:27; 22:15) . Para os que têm
tal concepção da salvação, um irmão mentiroso quase sempre nunca é visto como tão
perdido quanto um "adúltero". Mas a Palavra de Deus diz que esse vai ficar de fora t anto
quanto aquele que foi feiticeiro, que estava sob o paganismo ou judaísmo, que anularam a
graça. Muitos mentirosos pensam que estão salvos, mas está escrito no livro:
"MENTIROSO". Os que defendem a perda da salvação sempre estão pensando nos
pecados graves e escandalosos, ao estilo da concepção do "pecado mortal" da Igreja
Católica Romana. Nunca lhes vem à mente que se a estabilidade da salvação dependesse
de nossa integridade ela seria perdida ao menor pecado, pois a Lei de Deus não admite
qualquer forma de pecado, (Gl 3:22).

3. Com relação à vida espiritual da igreja o autor está dizendo: "Irmãos, fiquem em guarda
contra a possibilidade de um sono em que um "pecadinho" se torne um pecado de
estimação e vai vagarosa e sutilmente rastejando em vossas a lmas até tomar conta do
coração e da mente. Tomem cuidado com este pecado que vai encontrando razões
sociológicas, psicológicas, antropológicas e lógicas para um habitat em suas vidas, e

? ?
quando vocês menos esperam estão na mais profunda letargia espiritual , distante da
abundância da graça". Sobre estes Deus pesará a Sua mão. Estamos dizendo isso para que
o povo de Deus se consagre cada dia mais.

REFERÊNCÊAS BÊBLÊOGRÁFÊCAS

Willmington, H. L., "Guide to the Bible" (Willmington's 'Guide to the Bible'), Tyndale
House Publishers, Wheaton, Êllinois, 1st. edition, 1981 .

Versões da Bíblia disponíveis em: http://www.bibliaonline.com.br, acessado em


24/09/2010

Site: http://www.icegob.com.br/marcos/calvXarm.html acessado em 24/09/2010

EUSÉBÊO de CESARÉRÊA, História Eclesiástica, Ed Novo Século, São Paulo, SP,


2002, 222p.

CHARLES, Ryrie. Bíblia Anotada, Ed. Revisada, Editora Mundo Cristão, Barueri,
SP, 2007, 1504p.

DAVÊDSON, Francis, O Novo Comentário da Bíblia, Ed Vida Nova, São Paulo, SP,
1995, 2652p.

Bezerril, Moisés, A queda dos iluminados Hb 6.4 -6, Artigo Publicado em:
http://teologiaselecionada.blogspot.com/search?q=iluminados , acessado em
25/09/2010, atualizado em 20/06/2008 j?
?
JOSEFO, Flávio, História dos Hebreus, CPAD, Rio de Janeiro, RJ, 2005 , 1629p.

Broadus, David Hale, Êntrodução ao Estudo do Novo Testamento, Rio de Janeiro,


RJ, Ed JUERP, 1983.

? ?

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