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1ª Igreja Presbiteriana de Taguatinga

EBD – Disciplina: Conheça a sua igreja


Prof.: Daniel Deusdete

PLANO DE AULA

Tema: CONHEÇA A SUA IGREJA: vibrante, acolhedora e fundamentada na Palavra de Deus

AULAS: 1: 0/8/08; 2: 15/08; 3: 22/08; 4: 29/08; 5: 05/09; 6: 12/09; 7: 19/09; (todos os


domingos das 10h às 11h).

PROGRAMAÇÃO DAS AULAS:

INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 2

AULA 1: 08/08/2010 (Aula ministrada pelo Pr. Raimundo)..................................................... 2

AULA 2: Jesus, nossa Pedra Angular - - ἀκρογωνιαίου............................................................. 3

AULA 3: A BÍBLIA, nossa única regra de fé e prática ............................................................. 13

AULA 4 - A Reforma Protestante e as Marcas da Igreja Reformada ....................................... 54

AULA 5 - O Presbiterianismo no Brasil ................................................................................... 67

AULA 6 - A IPB em 150 anos: bênçãos e expectativas ........................................................... 96

AULA 7 - OS SACRAMENTOS DA IGREJA............................................................................... 100

AULA 8 - Os Meios da Graça - A Maneira de Crescer na Vida Cristã, Earl Blackburn ............. 106

AULA 9 – O PLANO DE SALVAÇÃO E A GARANTIA DA SALVAÇÃO ......................................... 112

Finalidade geral: proporcionar ao aluno conhecimento básico sobre a formação da idéia de


uma cosmovisão no seu sentigo geral e aperfeiçoá-la no sentido cristão.

“ ... a questão mais importante da teologia: ‘QUEM É DEUS E QUEM EU


SOU’

Sem dúvida, a Bíblia diz todos os tipos de coisas sobre Deus e a


humanidade, mas para Barth, ela, na verdade, diz apenas uma coisa:

JESUS CRISTO!

Nesse nome, ela proclama Deus em sua riqueza e misericórdia, e o


homem, em sua necessidade e desamparo...” p. 520, de HÁ UM
SIGNIFICADO NESTE TEXTO, de Kevin Vanhoozer. Ed. Vida.

Em suma: estudamos e buscamos uma só coisa: Jesus Cristo em quem


habita corporalmente toda a plenitude da divindade – Cl 2:9.

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INTRODUÇÃO
Meus queridos irmãos, consegui preparar este material que nos ajudará na ministração dessa
disciplina. Não foi fácil, mas consegui cumprir meu intento. Agora, resta-nos melhorar e
aperfeiçoar o que já está pronto.

Conto com a ajuda de cada um que quiser e puder trabalhar no texto melhorando-o,
aperfeicoando-o, dando uma melhor formatação e organização.

Fiquem à vontade para colaborarem com críticas e correções necessárias. Ainda pretendo
disponibilizar outros arquivos de apoio que não pude anexá-los. Talvez venha a criar uma página
na internet da EBD com o material de apoio das aulas.

Para a próxima aula não esqueçam de estudar todo o material da aula 4 relativa à Reforma
Protestante e as marcas da igreja reformada.

Graças a Deus cumpri meu propósito e agora todos já temos uma referência de estudo. Abração
a todos. Lembrem-se que a suma de todas as coisas é JESUS CRISTO em quem o Pai
escondeu todos os tesouros da ciência e do conhecimento – Cl 2:3. Amém!

Este documento está publicado em meu SCRIBD: http://www.scribd.com/crerparaver e


disponível para download.

AULA 1: 08/08/2010 (Aula ministrada pelo Pr. Raimundo)


Aula inaugural apresentando o tema, a finalidade geral e os tópicos a serem abordados durante
o curso.

Nesta aula, o Pastor Raimundo apresentou o novo professor, o seminarista Daniel Deusdete,
que doravante assumiria a presente disciplina. Solicitou a todos apoio, dedicação, atenção e
aproveitamento do tempo de estudo, principalmente para sanar dúvidas.

Colocou-se à disposição tanto do professor quanto dos alunos para caso houvesse necessidade
ter-se um canal aberto para solução de dúvidas ou ajudas em algum problema.

Aproveitou a oportunidade, também, para rapidamente dar uma passadinha em cada tópico
destacando sua relevância para o crescimento pessoal e da igreja.

Ficou lançado o desafio aos irmãos para se aperfeiçoarem e buscarem o pleno conhecimento do
Senhor.

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AULA 2: Jesus, nossa Pedra Angular - - ἀκρογωνιαίου.


Em 15/08/2010.

1. Quais as origens, significados e aplicações da expressão pedra angular?


2. Qual a importância de pesquisarrmos, de estudarmos e de aprendermos que Jesus é nossa pedra
angular para a disciplina CONHEÇA A SUA IGREJA ?
3. Quais os versículos bíblicos referentes ao assunto e o significado de cada um deles?
4. Quais as diferenças entre as expressões: pedra de esquina, cabeça de esquina, pedra angular?
5. Quais são os fundamentos sobre os quais o perfeito edifício espiritual de Deus é edificado?

FINALIDADE DA AULA 2:

Demonstrar pela exposição e estudo da Palavra de Deus que Jesus Cristo é a única pedra de esquina
eleita e preciosa sobre o qual o edifício – igreja – pode ser edificado.

ESTUDOS

• Pedra de esquina ou angular Î “... escolhida e preciosa...”; Is 28:16


• Cabeça de esquina Î Sl 118:22-23; Mc 12:10; At 4:11
• Pedra de tropeço Î Mt 21:42-44

Deus colocou Jesus como:

• Pedra angular (escolhida e preciosa)

- Reta
- Quadrada
- Perfeita
- Sempre alinhada

• Serve para alinhar e sustentar as outras pedras do edifício:

- Cada pedra precisa ser alinhada e comparada com a principal pedra

- Não traz confusão

- Não seremos envergonhados, mas perseguidos, sim

- Não seremos rejeitados por Deus

ƒ Hoje em dia muitas igrejas estão tentando seguir a Jesus conforme os seus próprios
padrões ,mas é o contrário

ƒ Não estamos atráz de números, de métodos, de fama, de reconhecimento,...

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SEGMENTAÇÕES DE TEXTOS:

Leitura Bíblica de 1 Pedro 2:1-10:

1. Despojando-vos, portanto, de toda maldade e dolo, de hipocrisias e invejas e de toda sorte de


maledicências,

2. desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos
seja dado crescimento para salvação,

3. se é que já tendes a experiência de que o Senhor é bondoso.

4. Chegando-vos para ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e
preciosa,

5. também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio
santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo.

6. Pois isso está na Escritura: Eis que ponho em Sião uma pedra angular, eleita e preciosa; e quem nela
crer não será, de modo algum, envergonhado.

7. Para vós outros, portanto, os que credes, é a preciosidade; mas, para os descrentes, A pedra que os
construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular

8. e: Pedra de tropeço e rocha de ofensa. São estes os que tropeçam na palavra, sendo desobedientes,
para o que também foram postos.

9. Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a
fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;

10. vós, sim, que, antes, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus, que não tínheis alcançado
misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia.

Segmentação do texto de referência:

1. Despojando-vos, portanto, Despojar Î espoliar, roubar; privar-se da posse; despir-se;


deixar de lado
Î de toda maldade e dolo,
Î de hipocrisias e invejas e
Î de toda sorte de maledicências,

2. desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas,

Î o genuíno leite espiritual,


Î para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação,

3. se é que já tendes a experiência de que o Senhor é bondoso.

4. Chegando-vos para ele,


a pedra que vive,
rejeitada, sim, pelos homens,

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mas para com Deus eleita e preciosa,

5. também vós mesmos,


como pedras que vivem,
sois edificados casa espiritual
para serdes sacerdócio santo,
a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus
por intermédio de Jesus Cristo.
6. Pois isso está na Escritura: Reta
Eis que ponho em Sião Quadrada
uma pedra angular, Perfeita
eleita e preciosa; Sempre alinhada
e quem nela crer
não será, de modo algum, envergonhado.
7. Para vós outros, portanto, os que credes,
é a preciosidade;
mas, para os descrentes, [QUEM SÃO OS DESCRENTES?]
A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser
a principal pedra, angular
8. e: Pedra de tropeço Como cairam na desobediência?
e rocha de ofensa. Por haverem REJEITADO o conhecimento de
[OS DESCRENTES:]São estes os que tropeçam Deus! Tais descrentes foram entregues a si
na palavra, mesmos, por isso foram postos em
sendo desobedientes, desobediência.
para o que também foram postos.
9. Vós, porém, sois
raça eleita, Não somos os que tropeçam,
sacerdócio real, ...PORÉM....
nação santa,
povo de propriedade exclusiva de Deus,

a fim de proclamardes as virtudes


daquele que vos chamou
das trevas para a sua maravilhosa luz;
1. antes não éreis povo
10. vós, sim, que, antes, não éreis povo, mas, agora,
sois povo de Deus,
2. antes não tinham alcançado
que não tínheis alcançado misericórdia, misericórdia
mas, agora, alcançastes misericórdia.

Efésios 2:19-22

19. Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da
família de Deus,

20. edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus,
a pedra angular;

21. no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor,

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22. no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no
Espírito.

19. Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas


concidadãos [OS QUE TÊM MESMA CIDADANIA] dos santos,
e sois da família de Deus,
20. edificados sobre o fundamento
dos apóstolos
e profetas,
Apóstolos e profetas cristãos – ver Ef 3:5 e
sendo ele mesmo, Cristo Jesus, 4:11.
a pedra angular; Os apóstolos são aqueles que viram o Senhor
21. no qual todo o edifício, Os profetas aqueles da igreja primitiva que
bem ajustado, [ver coment. Na BEG]
cresce para
santuário
dedicado ao Senhor,

22. no qual também vós juntamente


estais sendo edificados
para habitação de Deus
no Espírito.

Versículos bíblicos de apoio:

Atos 4:11 • Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por
cabeça de esquina.
Salmos 118:22 • A pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se a cabeça da esquina.
Marcos 12:10 • Ainda não lestes esta Escritura: A pedra, que os edificadores rejeitaram, Esta
foi posta por cabeça de esquina;
Efésios 2:20 . • Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus
Cristo é a principal pedra da esquina;
Zacarias 10:4 • Dele sairá a pedra de esquina, dele a estaca, dele o arco de guerra, dele
juntamente sairá todo o opressor
Lucas 20:17 • Mas ele, olhando para eles, disse: Que é isto, pois, que está escrito? A pedra,
que os edificadores reprovaram, Essa foi feita cabeça da esquina.
1 Pedro 2:7 • E assim para vós, os que credes, é preciosa, mas, para os rebeldes, A pedra
que os edificadores reprovaram, Essa foi a principal da esquina,
Jó 38:6 • Sobre que estão fundadas as suas bases, ou quem assentou a sua pedra de
esquina,
Mateus 21:42 • Diz-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra, que os edificadores
rejeitaram, Essa foi posta por cabeça do ângulo; Pelo Senhor foi feito isto, E é
maravilhoso aos nossos olhos?
1 Pedro 2:6 • Por isso também na Escritura se contém: Eis que ponho em Sião a pedra
principal da esquina, eleita e preciosa; E quem nela crer não será confundido.
Isaías 28:16 • Portanto assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu assentei em Sião uma pedra,
uma pedra já provada, pedra preciosa de esquina, que está bem firme e
fundada; aquele que crer não se apresse.
Zacarias 4:7 • Quem és tu, ó grande monte? Diante de Zorobabel tornar-te-ás uma campina;
porque ele trará a pedra angular com aclamações: Graça, graça a ela.
Isaías 19:13 • Loucos tornaram-se os príncipes de Zoã, enganados estão os príncipes de

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Nofe; eles fizeram errar o Egito, aqueles que são a pedra de esquina das suas
tribos.
Jeremias 51:26 • E não tomarão de ti pedra para esquina, nem pedra para fundamentos,
porque te tornarás em assolação perpétua, diz o SENHOR.

Matthew Henry's Concise Commentary 2:19-22 A igreja é comparada a uma cidade, e todo pecador convertido é livre
dela. Também é comparado a uma casa, e todo pecador convertido é alguém da família, um servo, e uma criança na
casa de Deus. A igreja também é comparada a um edifício fundado sobre a doutrina de Cristo, entregue pelos profetas
do Antigo Testamento, e os apóstolos do Novo. Deus habita em todos os crentes, agora, eles se tornam o templo de
Deus através do trabalho do Espírito abençoado. Vamos, então, perguntar se as nossas esperanças estão fixos em
Cristo de acordo com a doutrina da sua palavra? Temos nos dedicado como templos sagrados de Deus por meio
dele? Somos moradas de Deus pelo Espírito, somos espiritualmente orientadas, e vamos trazer os frutos do Espírito?
Vamos tomar cuidado para não afligir o Consolador santo Vamos desejar a sua presença graciosa, e suas influências
em nossos corações. Vamos procurar desempenhar as funções atribuídas a nós, para a glória de Deus.
----------------------
Jesus é a pedra

- Em primeiro lugar podemos manifestar nossa alegria porque Jesus é a porta


- Em segundo lugar podemos manifestar nossa alegria porque Jesus é a pedra
- Vs. 22 - A pedra que os construtores rejeitaram se tornou pedra angular, ou pedra de esquina, ou pedra principal, a
que sustenta.
- Mt. 21. 42 "Perguntou-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a
ser a principal pedra, angular; isto procede do Senhor e é maravilhoso aos nossos olhos?"
- Outros textos do N.T. que confirmam esta palavra: Lucas 20.17 e Efésios 2.20
- Jesus é a pedra fundamental para os que confessam seu nome, edificam suas vidas nEle, fazendo parte do edifício
de Cristo. Para os que crêem se tornam pedras vivas da igreja, para os que não crêem se torna pedra de tropeço e
condenação no julgamento (1 Pe 2.4-8 ).
- O próprio apóstolo Pedro reconhece que Jesus é a pedra sobre a qual devemos nos edificar: Atos 4.11-12 "Este
Jesus é pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular. E não há salvação em nenhum
outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos
salvos".
- Podemos manifestar nossa alegria porque temos em quem confiar. Temos uma base segura, nossa fé está posta no
Rei Jesus, nossa rocha (Mt. 7. 24-27), Aleluia!

Pedra angular  Pedra de esquina Pedra de esquina / pedra angular


[http://www.centrodabiblia.org/mediapool/30/302065/data/Simbolos_Arend_Remmers/pedra_de_esquina.pdf ]

A expressão “pedra de esquina / pedra angular”, na Bíblia, é usada somente no sentido figurado. Até hoje não ficou
insofismavelmente claro que função ela tinha na arquitetura da Antiguidade clássica.

É certeza que fazia parte do fundamento de uma construção; não era o próprio fundamento, mas sim uma pedra
importante no mesmo, que dava direção a todo o edifício. Em Jó 38:6 é dito com vistas à criação da Terra: “Sobre que
estão fundadas as suas bases, ou quem assentou a sua pedra de esquina?” Isaías 28:16 aplica a expressão ao
Messias: “Eis que assentei em Sião uma pedra, uma pedra já provada, pedra preciosa de esquina, que está bem firme
e fundada”.

Em ambos os casos, Deus é Quem inicia uma grande obra nova com o ato de assentar a pedra de esquina. O Senhor
Jesus não é somente a base, em que está construída a Sua Igreja, mas Ele também é a pedra de esquina assentada
por Deus mesmo, dando assim valor, medida e direcionamento a toda a construção.

Foi justo isso que Paulo visualizava quando escrevia aos efésios, que “Jesus Cristo é a principal pedra da esquina, no
qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor”. E Pedro, quando alude a citação de Isaías
em ligação com a pedra de esquina, então ele o faz, para sublinhar de forma especial a preciosidade que essa pedra
tem para Deus e para aqueles que crêem no Senhor Jesus (Ef 2:20; 1 Pe 2:6).

A expressão “cabeça da esquina” parece ter um significado levemente diferente . Salmo 118:22 e 23 diz
profeticamente a respeito do Senhor Jesus: “A pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se a cabeça da esquina.

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Da parte do SENHOR se fez isto; maravilhoso é aos nossos olhos”. Os judeus responsáveis se assemelhavam a
edificadores que põem de lado uma pedra como sem utilidade (Mc 12:10; compare At 4:11). WWW.BIBLIA

Contudo, a pedra rejeitada pelos edificadores para Deus é a “cabeça da esquina”. Ainda que o sentido exato dessa
designação seja difícil a ser descrito, uma coisa fica bem clara — o homem rejeitado, Jesus Cristo, tem um significado
excepcional aos olhos de Deus. Para Ele, Esse é o mais precioso, e em Sua casa espiritual a peça principal.

Assim como a fé no Senhor Jesus, também a rejeição dEle não fica sem conseqüências para a eternidade. A pedra
por desprezo jogada de lado pelos edificadores, um dia se tornará “pedra de tropeço, e rocha de escândalo”. Já o
Senhor anunciara isso: “E, quem cair sobre esta pedra, despedaçar-se-á; e aquele sobre quem ela cair ficará reduzido
a pó” (Mt 21:44).

Todos aqueles que não aceitam o Senhor Jesus nessa presente época da graça, mas O consideram pedra de
tropeço, estão perdidos da mesma forma como aqueles que O rejeitam por ocasião de Sua aparição em glória, sendo
então alcançados por Seu justo juízo.

http://www.christianmonthlystandard.com/index.php/jesus-the-cornerstone-1-peter-26/

Peter cita Isaías 28:16 e aplica-se a referência de pedra messiânico de Jesus. referências Peter imagens vívidas de
Isaías. Deus colocou Jesus como a pedra angular escolhida e preciosa. A pedra fundamental foi tudo na construção
de uma estrutura naqueles dias. A pedra angular precisava ser reto e quadrado de modo que o resto do construtor
seria construído em linha reta. Um edifício que se inclina para não resistir. Eu era capaz de apreciar melhor esta idéia
quando a construção do clube / swingset no nosso quintal. Meu sogro e tenho a certeza que a fundação foi de nível e
em linha reta para que, como nós construímos até o segunda história, que seria a construção de uma estrutura sólida.
Nós não queremos uma "torre inclinada de Pisa" para os miúdos a jogar. Nós constante verificada nosso trabalho para
o nível básico que tinha construído. Esta é a idéia de que Peter está nos oferecendo, citando Isaías. Jesus é a pedra
angular sobre a qual o perfeito edifício espiritual de Deus é edificada. Nós somos as pedras espiritual nessa casa. Mas
não pode ser construído em qualquer lugar nesta estrutura. Temos de ser medido contra a pedra viva para garantir
que estamos em sintonia com ele. À medida que são construídas sobre esta pedra angular, devemos manter nossas
vidas alinhadas com Jesus Ele é a fundação e estamos a construir nossas vidas diretamente sobre ele. Considere-se
que Jesus nunca está fora de alinhamento. Ele é a pedra angular, perfeito precioso escolhido por Deus. Nós somos os
únicos que ficam fora do alinhamento e deve medir-nos constantemente contra a Jesus como nosso padrão Muitas
pessoas tentam fazer de Jesus em conformidade com as suas vidas, ao invés de fazer mudanças na vida para se
conformar a Jesus. Igrejas estão alterando os ensinos claros das Escrituras para ter números maiores e manter as
pessoas felizes. Quando esta é a nossa atitude, então Jesus não é a nossa pedra angular e nossas vidas são não se
constrói sobre ele. Quando construímos nossas vidas em Jesus, não seremos confundidos. Quando nós trabalhamos
para construir em cima de Jesus, que será estabelecido em nossas vidas e não serão envergonhados. Vamos ser
rejeitada pelas pessoas, mas quando estamos em Jesus construiu, não será rejeitado por Deus As nossas provações
e dificuldades não são um símbolo da rejeição de Deus. Nossa identidade não é encontrada nos pareceres da
humanidade. O nosso valor está em ser pedras vivas construído em uma casa espiritual alinhado com Jesus, pedra
angular do nosso. O pensamento aqui é de concluir, no início do versículo 7: "Assim, a homenagem é para vós que
credes. "A honra é estar unido com Jesus. O valor em nossa vida é por estar unido com ele. Aqueles que colocam sua
confiança na pedra de vida e são construídos sobre a pedra preciosa será homenageado.

http://www.estudosdabiblia.net/d152.htm
Nos últimos dias antes da sua morte, Jesus confrontou, desafiou e repreendeu os líderes religiosos em Jerusalém.
Estes ficaram frustrados quando Jesus recebeu a adoração da multidão na sua chegada à cidade. Eles se sentiram
ofendidos e ameaçados quando ele expulsou os comerciantes do templo. E quando ensinou no próprio templo – a
casa de Deus que eles consideravam território próprio deles – questionaram a autoridade de Jesus para fazer tais
coisas. Os servos infiéis questionaram a autoridade do Filho sobre seu uso da sua própria casa!
Jesus mostrou a incoerência da conduta desses líderes com uma simples pergunta sobre o batismo de João. Eles,
mais preocupados com a política do que com a verdade, recusaram responder (Mateus 21:23-27).
Parábolas sobre a Rejeição pelos Líderes Religiosos
Depois desta conversa com os principais sacerdotes e os anciãos dos judeus, Jesus usou duas parábolas para
mostrar a rebeldia deles diante de Deus. Na primeira, ele mostrou que os pecadores penitentes foram mais justos do
que os religiosos rebeldes (Mateus 21:28-32). Na segunda, ele falou de servos encarregados com a vinha do seu
senhor. Ao invés de pagar os valores devidos ao dono da vinha, estes servos maus maltrataram e mataram os
mensageiros que ele mandava receber os pagamentos. Afinal, o dono da vinha mandou seu próprio filho, achando
que eles o respeitariam. Os lavradores, vendo a oportunidade de tomar posse da vinha, mataram o filho do dono. As
pessoas que ouviram a parábola entenderam que o dono teria todo motivo para destruir aqueles servos maus (Mateus

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21:33-41). Os líderes dos judeus entenderam, corretamente, que Jesus usou aquelas parábolas para falar deles e de
suas atitudes erradas para com Deus (Mateus 21:45-46). Os desafios continuaram, os religiosos armando ciladas para
Jesus, e o Cristo mostrando a perfeita sabedoria que os silenciou (Mateus 22 e 23).
Jesus: A Pedra Rejeitada pelos Construtores
No meio destas discussões (Mateus 21:42), Jesus citou a profecia de Salmo 118:22-23 – “A pedra que os
construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular; isto procede do SENHOR e é maravilhoso
aos nossos olhos.” Esta profecia do salmista e uma referência semelhante em Isaías 28:16 se tornaram pontos
importantes na pregação apostólica. Além de três dos relatos do evangelho incluirem o comentário de Jesus (Mateus
21:42; Marcos 12:10 e Lucas 20:17), pregadores como Pedro e Paulo desenvolveram e aplicaram o mesmo tema.
Nas construções antigas, a pedra angular era a pedra de esquina que servia para alinhar toda a construção. A escolha
de uma boa pedra facilitaria a construção conforme a planta. Uma pedra fora de esquadria resultaria numa construção
errada. Os construtores de Israel julgavam Jesus uma pedra inadequada para o tipo de construção que eles queriam.
Deus o julgou perfeito para edificar a igreja conforme a planta divina.
Jesus: A Pedra Eleita e Preciosa
Pedro fez a aplicação direta quando repreendeu os líderes em Jerusalém: “Este Jesus é pedra rejeitada por vós, os
construtores, a qual se tornou a pedra angular” (Atos 4:11). Algumas décadas depois, ele usou o mesmo princípio
para frisar a importância da santidade dos cristãos (1 Pedro 2:4-10). Ele mencionou a rejeição da pedra angular pelos
descrentes, mas fez seu apelo aos crentes. Para os servos do Senhor, a mesma pedra é “eleita e preciosa”.
Baseado neste princípio da preciosidade da pedra angular, Pedro disse aos cristãos: “Vós, porém, sois raça eleita,
sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes
daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pedro 2:9). Paulo fez a mesma aplicação
deste tema: “Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de
Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra
angular; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor” (Efésios 2:19-21).
Os Cristãos: Pedras que Vivem
Por terem uma relação especial com a pedra angular, eleita e preciosa, os cristãos devem viver de maneira distinta do
mundo: “Chegando-vos para ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e
preciosa, também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes
sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus
Cristo” (1 Pedro 2:4-5).
A Pedra Rejeitada Hoje
Na época de Jesus, Pedro e Paulo, a maioria dos líderes religiosos – mesmo aqueles que afirmavam servir a Deus –
rejeitaram o próprio Senhor. Eles queriam construir suas congregações e movimentos conforme as suas próprias
idéias, enfatizando alguns princípios da palavra de Deus e ignorando outros. As tradições destes líderes, muitas
vezes, tomou o lugar da verdade revelada por Deus. Há muitos construtores no mundo religioso atual. Líderes
religiosos procuram construir igrejas e iniciar e manter movimentos religiosos. Em todos os casos, devemos avaliar
estas construções para ver como tratam a pedra angular escolhida por Deus. É triste observar que muitos dos
construtores hoje imitam os religiosos que rejeitaram Jesus há 2.000 anos. Rejeitam o Senhor e a palavra dele e
estabelecem outras bases que se tornam sagradas.
Algumas Pedras Erradas
Quando suplantam Jesus, os construtores colocam suas próprias pedras no fundamento de suas igrejas e
movimentos. Geralmente, estas pedras são distorções de ensinamentos bíblicos. No caso dos fariseus do primeiro
século, as pedras erradas eram várias. Alguns exemplos: regras humanas sobre o sábado (Marcos 2:23-28; os
fariseus faziam acréscimos à lei do sábado que Deus havia dado aos judeus – Êxodo 31:12-18), tradições dos
homens sobre como lavar as mãos e as louças (Marcos 7:3-9), e ensinamentos sobre jeitos de evitar suas
responsabilidades para com seus pais (Marcos 7:10-13).
Hoje, líderes religiosos têm escolhido outras pedras, também distorcendo verdades reveladas nas Escrituras ou
acrescentando suas próprias doutrinas. Considere alguns exemplos atuais:
O Livro de Mórmon. A pedra angular dos mórmons é o Livro de Mórmon. Eles dizem: “Joseph Smith traduziu o Livro
de Mórmon para o inglês pelo dom e poder de Deus. Ele disse que o livro ‘é o mais correto que existe sobre a face da
Terra e a pedra angular de nossa religião e [que] um homem pode se aproximar mais de Deus observando os seus
preceitos do que pelos de qualquer outro livro.’ (History of the Church, 4:461). O Presidente Ezra Taft Benson ajudou-
nos a entender como o Livro de Mórmon é a pedra angular de nossa religião....” (citação do site
www.mormons.com.br). Ao invés de aceitar Jesus Cristo como a pedra angular, eles adotam um outro evangelho
como o fundamento de sua religião. Lembremos a advertência dada pelo apóstolo Paulo: “Mas, ainda que nós ou
mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema”
(Gálatas 1:9).
Uma Forma Exclusiva do Nome de Deus. Apesar do fato que os apóstolos usavam traduções das Escrituras que
representavam nomes divinos em outros idiomas, várias seitas têm surgido defendendo formas “autênticas” de
escrever e pronunciar nomes de Deus (Jeová, Yehoshua, Yeshua, etc.). No zelo pela forma do nome, alguns desses
grupos até alteram as Escrituras inserindo a forma “autêntica” em textos onde não aparece. As Testemunhas de

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Jeová, por exemplo, usam uma versão da Bíblia na qual os tradutores inseriram o nome Jeová no Novo Testamento
mais de 200 vezes, apoiando a aplicação deste nome ao Pai e negando o fato que Jesus, também, é o Senhor
descrito no Antigo Testamento como YHWH (Jeová). É impossível compreender o primeiro capítulo de Hebreus e
ainda negar que Jesus é o Senhor Eterno identificado como YHWH.
Métodos Específicos de Crescimento. Outros movimentos têm destacado determinados métodos de crescimento –
métodos específicos de discipulado, organização de igrejas em células, etc. – como a característica que os define. O
sistema humano se torna o ponto principal, e pessoas que não adotam o mesmo sistema são rejeitadas.
O Evangelho Social. Alguns grupos têm focado suas obras sociais de maneira que enfatizam o segundo
mandamento acima do primeiro (Mateus 22:36-40). Estas igrejas desviam sua atenção de sua missão espiritual e
concentram seus recursos e suas obras em atividades sociais.
O Ecumenismo. Numa sociedade em que a tolerância é valorizada mais do que a verdade, o espírito ecumênico se
tornou mais importante do que o Senhor Jesus. A pedra angular de algumas religiões é a convivência pacífica,
abandonando a guerra espiritual dos verdadeiros cristãos (2 Coríntios 10:3-6) e esquecendo totalmente o sentido da
nossa santificação.
Voltar à Pedra Angular Verdadeira e Eterna
O desafio diante de nós é simples, mas exigente: voltar à pedra angular verdadeira. “Porque
ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo” (1
Coríntios 3:10). “Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam” (Salmo
127:1). Voltar a Jesus significa mais do que a aceitação dele como Salvador. Significa o
compromisso de obedecê-lo como Senhor, aquele que tem toda autoridade (Mateus 28:18-19;
Colossenses 3:17; 1 Pedro 4:11; 2 João 9). É essencial respeitar a pedra angular para construir
conforme a planta original dada por Deus.

–por Dennis Allan


d152

Pedra Angular [http://verdadedostempos.blogspot.com/2010/04/pedra-angular.html]

PEDRAS ANGULARES - No hebraico “ֹ‫ ”ות֖ ְכּזָוִיּ‬zaviyyoth, termo que aparece somente no
Salmo 144.12 e Zacarias 9.15. No grego, Akrogoniaios, "ângulo extremo", palavra que figura
somente em Efésios 2.20 e 1Pedro 2.6 (citando Isaías 28.16).
As pedras angulares eram maciças pedras postas na esquina formada pela junção de duas paredes, unindo-as de
modo mais firme do que poderia ser feito, na antiguidade, de outra maneira qualquer. Essa pedra também contribuía
para fortalecer os alicerces da estrutura.

A "pedra de remate" (no hebraico, eben roshah, ou "pedra da cabeça"), que aparece em Zac. 4.7, parece indicar que,
em algumas construções, as paredes que formavam esquina eram unidas no alto por alguma forma de pedra. O

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Trecho de Isaías 28.16 refere-se a uma certa pedra, que nossa versão da Bíblia em português chama de "angular",
mas que no hebraico é pinnah, que era usada como laje sobre a qual uma parede era constuída, a fim de melhor ligá-
la com outra, em uma esquina. Algumas vezes, essas pedras formavam duas camadas. A arqueologia tem
demonstrado que a maioria das pedras angulares eram simplesmente "imensas pedras", toscas e mal formadas. Mas,
a partir da época de Salomão, essas pedras eram cortadas e modeladas cuidadosamente.

O Cristo profetizado (Salmo 118.22, no hebraico, pinnah), a pedra que os edificadores rejeitaram, mas que se tornou a
PEDRA PRINCIPAL, - correspondendo ao sentido da palavra hebraica, que significa "principal" ou "da frente". Esse
feito divino é uma maravilha aos nossos olhos. Envolve importantíssima doutrina do Novo Testamento. (Veja Mateus
21.42; Marcos 12.10; Lucas 20.17; Atos 4.11 e 1 Pedro 2.7). A idéia envolvida é que pedreiros insensatos (a nação
judaica, no caso, para a qual viera o Messias, Jesus), tinham rejeitado o mais importante elemento de seu edifício
espiritual, a saber, o Messias. Mas Deus corrigiu tal injustiça, assegurando que a "Pedra" que é Jesus e não Pedro,
encontrasse seu devido lugar no templo espiritual, que somos todos nós, os salvos e lavados no Sangue Precioso de
Jesus Cristo.

O Apostolo Paulo, em Ef 2.20,21, faz Cristo ser a PEDRA DE REMATE" (embora nossa tradução Portuguesa diga
"PEDRA ANGULAR"; mas o sentido da palavra grega é "angulo extremo"), completando e unindo toda a estrutra. Sem
essa Pedra, não haveria como unir judeus e gentios no Edifício Espiritual, que é a Igreja.

O trecho de Isaías 28.16 parece referir-se às maciças pedras que formavam o templo, simbolizando a presença de
Yaweh (Jeovah/Deus), em todo o seu poder, entre o seu povo. Isso é interpretado como profecia messiânica, em
Romanos 9.33 e 1 Pedro 2.6, em conjunto com Isaías 8.14.

A passagem de Salmos 144.12 invoca o Senhor pedindo-lhe que as moças israelitas fossem como "pedras
angulares", isto é, fossem sustentáculos, em virtude de suas altas qualidades morais e espirituais.

SIMBOLICAMENTE, a "Pedra Angular", que é Cristo, é o mais importante fator do templo Espiritual. Esse templo não
é material, e nem mesmo é alguma organização terrena, e, sim, uma entidade espiritual, da qual Cristo é o Construtor
(Marcos 14.58; Mateus 16.18). Cristo é o Sumo-Sacerdote desse organismo espiritual (Hebreus 9.11)O. Seu corpo é a
essência do templo espiritual (João 2.21). Os crentes, por sua vez são "pedras vivas" que fazem partre da
sobrestrutura desse templo espiritual (1 Pedro 2.5).

De acordo com uma outra metáfora, Cristo é retrado como o alicerce inteiro desse templo espiritual, e não meramente
a "PEDRA ANGULAR" (1 Corintios 3.11). Os apóstolos e profetas do Novo Testamento formam o alicerce do templo
espiritual como líderes, e não em sentido soteriológico, ou seja, em sentido salvífico. No sentido salvífico, somente
Cristo pode servir de fundamento da Igreja. O Catolicismo romano advoga que PEDRO é a Pedra e Não Cristo.
Conforme pudemos verificar, essa afirmação e posição da Igreja Católica Romana é completamente errada. Por isso
não sou católico. Graça e paz. Deus te abençoe e te dê a luz do entendimento espiritual, pois somente através do
conhecimento de Cristo é que iremos alcançar nossa liberdade para a Vida et erna. Jesus disse: "E conhecereis a
Verdade e ela te libertará. (João 8.32)

www.mackenzie.br/fileadmin/.../Estudos_no_Evangelho_de_Joao__16_.pdf

Herman Bavinck (1854-1921) comenta:

“A unidade entre Cristo e os crentes é como a da pedra angular e o templo, entre o homem e a mulher, entre a cabeça
e o corpo, entre a videira e os ramos. Os crentes estão em Cristo da mesma forma que todas as coisas, em virtude da
criação e da providência, estão em Deus. Eles vivem em Cristo como os peixes vivem na água, os pássaros vivem
nos ares, o homem em sua vocação, o erudito em seu estudo. Juntamente com Cristo os crentes foram crucificados,
mortos e sepultados, e juntamente com Ele eles ressuscitaram e estão assentados à mão direita de Deus e
glorificados.19 Os crentes assumem a forma de Cristo e mostram em seu corpo tanto o sofrimento quanto a vida de
Cristo e são aperfeiçoados (completados) nele. Em resumo, Cristo é tudo em todos.20”.21

(...)

Como vimos, Lucas descrevendo a cotidianidade da Igreja Primitiva, diz: “E perseveravam na doutrina dos
apóstolos....” (At 2.42). Observemos primariamente que a Igreja estava fundamentada não em qualquer doutrina (Mt
15.9);23 mas, sim, na doutrina dos apóstolos, que fora recebida de Cristo (At 1.21,22; Gl 1.10-12; 1Co 11.23ss; 15.1-

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3; 2Pe 1.16-21; 1Jo 1.1-4). Os apóstolos estavam alicerçados no próprio Cristo: “Edificados sobre o fundamento dos
apóstolos e profetas, sendo Ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular” (Ef 2.20). “A palavra dos apóstolos,
primeiramente falada e posteriormente escrita, não apenas sustenta e
garante a unidade da Igreja, mas também se espalhou por todo o mundo bem como em todas as épocas”.24

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AULA 3: A BÍBLIA, nossa única regra de fé e prática


Em 22/08/2010.
A BÍBLIA, A NOSSA ÚNICA REGRA DE FÉ E PRÁTICA.

1. Quais as origens, significados e aplicações da expressão pedra angular?


2. Qual a importância de pesquisarrmos, de estudarmos e de aprendermos que Jesus é nossa pedra
angular para a disciplina CONHEÇA A SUA IGREJA ?
3. Quais os versículos bíblicos referentes ao assunto e o significado de cada um deles?
4. Quais as diferenças entre as expressões: pedra de esquina, cabeça de esquina, pedra angular?
5. Quais são os fundamentos sobre os quais o perfeito edifício espiritual de Deus é edificado?

FINALIDADE DA AULA 3:

Demonstrar que a Bíblia é a única regra de fé e prática do crente em Jesus Cristo.

ESTUDOS

1A. A BÍBLIA É ÚNICA


1B. Na sua Coerência e Coesão
2B. Em sua Circulação
3B. Em sua Tradução
4B. Em sua Sobrevivência
5B. Nos seus Ensinos
6B. Na sua Influência sobre a Literatura

2A. A BÍBLIA É CONFIÁVEL


1B. O Teste Bibliográfico
2B. O Teste das Evidências Internas
3B. O Teste das Evidências Externas
4B. A Confirmação pela Arqueologia

É um livro "diferente de todos os demais" nos seguintes aspectos (além de em muitos e muitos
outros):

1C. ÚNICA NA SUA COERÊNCIA. Esse é um livro:

1. Escrito durante um período de mais de 1.500 anos.

2. Escrito durante mais de 40 gerações.

3. Escrito por mais de 40 autores, envolvidos nas mais diferentes atividades, inclusive reis,
camponeses, filósofos, pescadores, poetas, estadistas, estudiosos, etc:
Moisés, um líder político, que estudou nas universidades do Egito;
Pedro, um pescador;
Amos, um boiadeiro;

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Josué, um general;
Neemias, um copeiro;
Daniel, um primeiro-ministro;
Lucas, um medico;
Salomão, um rei;
Mateus, um coletor de impostos;
Paulo, um rabino.

4. Escrito em diferentes lugares:


Moisés, no deserto;
Jeremias, numa masmorra;
Daniel, numa colina e num palácio;
Paulo, dentro de uma prisão;
Lucas, enquanto viajava;
João, na ilha de Patmos;
Outros, nos rigores de uma campanha militar.

5. Escrito em diferentes condições: Davi, em tempos de guerra;


Salomão, em tempos de paz.

6. Escrito sob diferentes circunstâncias:


Alguns escreveram enquanto experimentavam o auge da alegria, enquanto outros
escreveram numa profunda tristeza e desespero.

7. Escrito em três continentes: Ásia, África e Europa.

8. Escrito em três idiomas:


Hebraico: a língua do Antigo Testamento.
Em 2 Reis 18:26-28 essa língua é chamada de "judaica".
Em Isaías 19:18, de "língua de Canaã".
Aramaico: a "língua franca" do Oriente Próximo até a época de Alexandre o (Grande século
VI a.C. - século IV a.C). 32/218
Grego: a língua do Novo Testamento. Foi o idioma de uso internacional à época de Cristo.

9. A Bíblia trata de centenas de temas controversos. Tema controverso é aquele que pode
gerar opiniões divergentes, quando mencionado ou discutido.
Os autores bíblicos falaram de centenas de temas controversos com harmonia e coerência, desde
Gênesis até Apocalipse. Há uma única história que vai se revelando: "A redenção do homem por
parte de Deus."

MAIS SOBRE A BÍBLIA:


A BÍBLIA - NOSSA ÚNICA REGRA DE FÉ E PRÁTICA
Texto Básico: 2 Tm 3.14-16; Tg 1.19-25
PERGUNTAS DO BREVE CATECISMO

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Pergunta 1 – Qual é o fim principal do homem?


Resposta – O fim principal do homem é glorificar a Deus, e gozá-lo para sempre
Referências Bíblicas – Rm 11.36; I Co 10.31; Sl 73.24-26; Jô 17.22, 24.

Pergunta 2 – Que regra Deus nos deu para nos dirigir na maneira de o glorificar e gozar?
Resposta – A Palavra de Deus, que se acha nas Escrituras do velho e do Novo Testamentos, é a única regra para
nos dirigir na maneira de o glorificar e gozar.
Referências Bíblicas – Gl 1.8,9; Is 8.20; Lc. 16.29,31 II Tm 3.15-17.

“Cremos que a Escritura Sagrada é Palavra de Deus e a única regra de fé e prática do verdadeiro cristão. [...]
A Escritura Sagrada é uma coleção de 66 livros. Divide-se em duas partes: Antigo Testamento, com 39 livros; e
Novo Testamento, com 27. A palavra testamento vem do latim, e seu significado original é acordo, aliança, pacto.
E é neste sentido que ela usada para dar nome às duas partes da Escritura Sagrada. O Antigo Testamento é assim
chamado porque é formado pelos livros que registram o antigo pacto feito por Deus com seu povo. Esse pacto foi
feito com Abraão, pai do povo israelita e ratificado por meio de Moisés, no monte Sinai, quando foi dada a Lei. O
Novo Testamento recebe este nome porque é formado pelo conjunto dos livros que revelam a nova aliança que Deus
fez com o seu povo, por meio de Jesus Cristo. No antigo pacto, o povo de Deus era formado pelos israelitas. Na nova
aliança é constituído por todos aqueles que crêem em Jesus Cristo como Salvador e Senhor.”

A REVELAÇÃO
“O ser humano jamais conheceria a Deus, nem tomaria conhecimento do seu plano de salvação, se o próprio Criador
não tomasse a iniciativa de se revelar à criatura. Felizmente, Deus tomou a iniciativa de se revelar ao homem. Esta
revelação é um ato ‘consciente, voluntário e intencional por meio do qual o mesmo Deus revela ou comunica ao
homem a verdade referente a si mesmo em relação com suas criaturas’.”

Revelação Geral – Deus se revela através das obras da criação e da providência, na preservação e no governo do
universo. Textos: Sl 19.1; At 14.17; Rm 1.20.

A Revelação Geral é assim chamada por se dirigir a todos os homens. Ela é suficiente para deixar os homens
indesculpáveis diante de Deus; mas é insuficiente para a salvação. Toda a criação foi atingida pelo pecado. Tornou-
se imperfeita. Como instrumento da auto-revelação de Deus, a criação deve ser considerada um livro incompleto,
com algumas páginas rasuradas. O homem também foi atingido. Espiritualmente ele ficou ignorante e embrutecido
como um irracional. E assim ficou impossível compreender corretamente o que Deus nos fala através da natureza.

Revelação Especial – Mas o plano eterno de Deus inclui também a revelação especial, que tem o objetivo de levar o
pecador de volta ao Criador. Veja: Heb 1.1-2

A INSPIRAÇÃO
Quando falamos em inspiração da Escritura, estamos afirmando que Deus levantou homens e os fez registrar, sem
erro, a sua revelação especial. Esses homens, sob a inspiração divina, escreveram os livros que compõem a Escritura
Sagrada. Textos: 2 Pe 1.21; 2 Tm 3.16; Ex 17.14; Ex 34.27; Nm 33.2; Is 30.8; Jr 30.2; Jr 36.2.

Os livros das Escrituras Sagradas foram escritos por, no mínimo, 36 autores, num período que pode chegar a 1.600
anos. Mas existe uma extraordinária harmonia em todas as suas partes.

A Bíblia editada pela Igreja Católica Romana tem 7 livros a mais do que a editada pelos evangélicos. Em 15 de abril
de 1546 o Concílio de Trento anexou-os, por decreto, à Bíblia. Os evangélicos chamam estes livros de apócrifos e
não os considera inspirados.

A ILUMINAÇÃO
Tudo o que precisamos saber para a nossa salvação e para uma vida correta, justa, em comunhão com Deus, está
registrado na Escritura Sagrada. Porém, o homem, apenas com os seus recursos naturais, sem a assistência do
Espírito Santo, não pode compreender as Escrituras. Ela só poderá ser compreendida com a iluminação do Espírito
Santo. Textos: 1 Co 2.14; At 16.14.

“A regra infalível de interpretação da Escritura é a própria Escritura. Portanto, quando houver questão sobre o
verdadeiro e pleno sentido de qualquer texto da Escritura – o qual não é múltiplo, mas único – esse texto pode ser
estudado e compreendido por outros textos que falem mais claramente”

CONSULTA: Bíblia Sagrada


O Breve Catecismo. Editora Cultura Cristã. P. 1; 57.
Livro: O que todo presbiteriano inteligente deve saber. Autores: Adão Carlos Nascimento e
Alderi Souza de Matos. Capítulo 13. p. 83-89; Capítulo 20. p. 145-148.
Confissão de Fé de Westminster, I.

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Aula 2: BIBLIOLOGIA
INTRODUÇÃO:

Bibliologia - Inclui as doutrinas da revelação, inspiração, autoridade, suficiência, clareza e


preservação das Escrituras. Estudaremos este assunto numa perspectiva bíblico
reformada.

Î Estágios: Verdade de Deus, Revelação, Inspiração, Preservação, Tradução,


Interpretação;

“Se não houvesse REVELAÇÃO, não haveria nenhum fundamento para sabermos se é
verdadeira qualquer coisa que cremos sobre Deus.
Se não houvesse nenhuma INSPIRAÇÃO, então a verdade de Deus teria sido perdida
logo depois dos profetas terem recebido e pregado a verdade de Deus.
Se não houvesse nenhuma PRESERVAÇÃO, então a Bíblia teria sido perdida quando os
eventos e os processos naturais eliminassem os documentos originais.
Se não houvesse nenhuma TRADUÇÃO da Bíblia, suas palavras seriam limitadas
somente a poucos eruditos.
Se não houvesse regras claras para governar a INTERPRETAÇÃO da Bíblia, então suas
palavras permaneceriam desconectadas e seus ensino incertos, as promessas de
Deus não seriam conhecíveis e o seus confortos seriam sem significados.” (Burridge,
Knowing the Truth, site monergismo).

I - DOUTRINA DA REVELAÇÃO

Definição: - é um ato divino pelo qual Deus se dá a conhecer aos homens. "revelação é
aquele ato de Deus pelo qual ele mesmo se descerra e comunica verdade à mente,
manifestando às suas criaturas aquilo que não poderia ser conhecido de nenhum outro
modo".

1- Dois Modos de Revelação: geral e especial.

1. 1- REVELAÇÃO GERAL = Natural = Criação.

a) definição: é o ato de Deus se revelar através das obras na natureza:

Ö Revelação Geral é a revelação NÃO-VERBAL de Deus o Criador.


Ö É endereçada e acessível a toda criatura. e tem por objetivo revelar Deus como
criador:

b) Deus revela de várias formas nesse aspecto geral:

b.1) Na Natureza: Deus como Criador da natureza deixou marcas de Sua pessoa e de
Seu caráter.

Ö A natureza é o espelho de quem é o Criador. - Sl. 19:1; - Rm. 1:20.

b.2) Na consciência dos seres Humanos: Rm 2:14-16.

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Ö de onde vem essa consciência? Deus fez o homem à Sua imagem: Gn.1.26;
Ö O homem após a Queda não perdeu a imagem e semelhança de Deus, se não ele
deixaria de ser homem, essa imagem hoje está ofuscada: Gn. 9:6 -

b.3) Na História Humana: Os atos de Deus na história nos diz quem Ele é.

Ö Estamos falando de "história" não como registro, mas como fato. Rm 1.20,

c) Aplicação:

Ö a revelação geral não tem o propósito salvífico.


Ö entretanto, é suficiente para a condenação, Rm 1.20,21;

1.2- REVELAÇÃO ESPECIAL

a) Definição: - manifestação que Deus dá de si mesmo de tal modo que o homem possa
conhecê-lo e ter comunhão com ele.

Ö Na revelação especial o Senhor Deus apresenta a Sua vontade e o Seu plano


para a salvação do homem!

b) Necessidades da revelação especial:

Ö incapacidade do homem em virtude da Queda: Rm 1.25;


Ö rebelião do homem em virtude da Queda: Rm 3.10-12;

c) Revelação especial é progressiva:

Ö revelação é progressiva porque é cumulativa:

- Deus foi se revelando paulatinamente na história. Exemplo:


- Nóe teve um conhecimento (informações) menor de Deus do que Davi;
- os apóstolos por causa de Cristo tiveram um conhecimento muito maior do que
todos os outros no AT;

Ö A revelação é progressiva porque parte do menos claro para o mais claro:

- Paulatinamente, Deus foi tornando a história mais compreensível. Exemplo: a


doutrina da Trindade no AT e no NT;

Ö A revelação é progressiva porque caminha para a complementaridade:

- A Revelação do NT repousa sobre a revelação do AT. Exemplo: Morte substitutiva


de Jesus = doutrina da Queda;

Ö A revelação é progressiva porque parte da imperfeição (incompleta) para


perfeição (completa):

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- Os tipos são imperfeitos e os Antítipos são perfeitos. Exemplos: Templo no AT


(lugar) e NT (pessoa) - 1Co 3.16,17; cordeiro pascal no AT e NT;

d) Modos da Revelação Especial: Hb 1.l,2 ...

d.1) Revelação por Manifestação Externa - Teofania:

1) definição: Na Teofania Deus se revela temporariamente através de forma pessoal,


visível ou audível:

Ö O receptor via ou ouvia Deus falar;

2) O Tempo quando este modo de Revelação foi predominante: Da criação até o período
dos patriarcas:

Ö Teofania no Paraiso: Gn. 2:15-17; 3:8 - Aqui vemos Deus falando pessoalmente
com Adão.

- Após a Queda, as comunicações entre Deus e os homens tornam-se menos


freqüente;
- Deus continuou a falar: Gn 4; Gn 5; Gn 9,

Ö Teofania nos Períodos Pré-Patriarcal e Patriarcal:

- Exemplo: patriarcas: Gn 18.1; Gn 26.1,2; Gn 28.13

3) Características desse Modo de Revelação:

Ö envolve uma presença pessoal de Deus (como anjo, homem, fogo, fumaça,
nuvem, etc).

- A Escritura nos diz que os anjos são criaturas e se recusam ser adorados = Ap.
19:10; 22: 8,9; Cl. 2:18.

Ö Entretanto, a Bíblia nos mostra no V.T., a presença de um Anjo:

- Ele é chamado de Deus na Bíblia => Gn. 16:11,13; 22:15,16; Êx. 3:2,5,6; Nm.
22:23,28,31;
- A família de Sansão tem experiências com esse Anjo => Jz. 13:2,3;
- O pai de Sansão pergunta-lhe o nome => v.17;
- O Anjo responde => v.18 - veja Is. 9:6;
- Manoá o chama de Deus => v.22; o Ele fez aliança com Israel = Jz. 2:1
- Ele pode perdoar ou não = Êx. 23:20,21.
- Ele pode salvar e remir => Is. 63:9
- Este Anjo é senão o próprio Jesus => Ml. 3:1.

d.2) Revelação por Sugestão Interna - Profecia:

1) definição:

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Ö Deus se revela aos homens através de sonhos e visões;


Ö Deus resolveu não mais dirigir-se ao homem em Teofânias, como é registrado em
Nm. 12:6-8;

2) O Tempo em que este Modo foi Predominante:

Ö vai de Moisés a João Batista, ou a rigor: de Samuel até Malaquias;


Ö A visão ou o sonho é alguma coisa menos intima do que a Teofania. Agora,
ambas são mensagens de Deus.

3) A Recepção e transmissão da Mensagem Profética:

Ö Há exemplos na Escritura onde os sonhos ou visões vêm para os crentes e


mesmo para alguns incrédulos, sem que eles sejam considerados profetas.
Vejamos alguns exemplos:

- Abimeleque, enganado por Abraão e Sara => Gn. 20:2,3;


- O sonho do Faraó => Gn. 41:32;
- Os sonhos de José => Gn. 37:5;
- Sonhos de José, marido de Maria => Mt. 2:13,19.

Ö A função básica do profeta era ser um porta voz de Deus:

- a pregação profética começa nestes termos: "A Palavra do Senhor veio até mim...",
ou, "Assim diz o Senhor...; Jr 1.7; 5.14; Is 51.16; 59.21; Dt 18.18; o falar tão
somente o que ouviu: Is 2.1; 13.1;

4) propósito:

Ö revelação da Graça e do Juízo;


Ö exortações quanto ao procedimento moral (bom ou mal) e ético (certo ou errado);

d.3) Revelação por Operação Concursiva:

1) definição: é o ato de Deus se revelar através de uma história ilustrada, salmo ou


epístola inspirada;

Ö O Espírito Santo trabalha Em, Com e Através das faculdades humanas.

2) Tempo quando este Modo é Predominante:

Ö no AT: período dos reis: provérbios, cânticos, Salmos, crônicas, reis, Samuel;
Ö no NT: quase todo os livros.
Ö Este modo de revelação é mais predominante no período pós-pentecostes. Por
esse meio os apóstolos empenharam-se em sua pregação.

3) Características desse Modo de Revelação:

Ö Deus faz uso da "personalidade humana".

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- Lc. 1:1-4 - Deus faz uso das capacidades intelectuais, emocionais, e espirituais de
Lucas.

Ö Deus usa a pesquisa histórica, o raciocínio teológico e lógico: 1Co 7. 10,12, 25... ;
Ö todo escritor age debaixo da superintendência do Espírito Santo: II Tm. 3:16; - II
Pe. 1:21.

4) aplicação: na revelação por operação concursiva o registro é simultâneo.

Ö obs. Não se deve confundir este modo de revelação com inspiração (que diz
respeito ao registro das revelações);

d.4) Revelação Singular através do Filho Encarnado - Jesus Cristo:

1) definição: é o ato de Deus se revelar através da encarnação da segunda Pessoa da


Trindade;

Ö Hb. 1:1-4 - Jesus é a revelação singular de Deus. É o clímax da revelação


progressiva de Deus.

2) Qual a diferença entre a revelação de Deus na Teofania e em Jesus Cristo?

Ö na Teofania, Deus aparecia temporariamente (sombra)


Ö Jesus, é a manifestação presencial de Deus aos homens para sempre,
Ö Jesus é mais do que uma revelação, Ele é o "Emmanuel", Deus conosco.

- Jesus é a expressão máxima do Ser de Deus - Jo. 1:14; Cl. 1:15;


- É o próprio Deus encarnado - Cl. 2:9;

3) A vida e a Obra de Jesus teve dois propósitos:

Ö revelação perfeita de Deus, Jo 14.16,17 (Trindade, Atributos, Obras);


Ö redenção do seu povo: Jo 17.25,26;

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II - A DOUTRINA DA INSPIRAÇÃO: Devocional: 2Pe 1.19-21

a) a palavra Inspiração tem conotações diferentes:

Ö círculos não cristãos significa sensibilidade profunda,


Ö sentido teológico: significa a transformação da revelação especial (Teofania,
Profecia, Operação Concursiva, Pessoa do Mediador) de Deus para uma forma
escrita (Escrituras Sagradas);

b) em 2Pe 1.19-21, Deus nos ensina essa verdade:

Ö Pedro fala da confirmação da Palavra Profética: v.19, confirmada ...


Ö Pedro insta à obediência à Palavra Profética: v.19, atendê-la.
- pregação da revelação registrada;
Ö Pedro elimina a interpretação humana da Palavra Profética: v.20 ...
- aquilo que o profeta recebeu ele escreveu;
Ö Pedro reconhece a autoridade da Palavra Profética: v.21 ,a ...
- a Escritura é Palavra de Deus;
Ö Pedro fala da Fonte divina da Palavra Profética: v.21,b...
- a fonte da Escritura é o próprio Deus, que na mediação sobrenatural do Espírito
Santo na vida dos autores, de modo que o produto final é a Palavra de Deus
infalível e inerrante.

c) Aplicação:

Ö Pedro reconhece a doutrina da Inspiração da Escritura;


Ö nós também demos reconhecer: leitura, meditação, contemplação, estudo,

1- A Necessidade das Escrituras

a) Necessidade Primária

Ö A necessidade primária para o registro da Bíblia foi o pecado do homem;


- como parte da conseqüência do pecado, o homem perdeu o discernimento
espiritual da glória de Deus: Sl 14.1-3 ...
Ö por isto, Deus, através da história separou e preparou homens para receberem
sua revelação especial e que registrassem de forma exata e infalível os seus
desígnios, sendo a Palavra de Deus escrita.
Ö Dessa forma a Bíblia tem um caráter instrumental e temporário, embora os seus
efeitos e as suas verdades sejam eternos.
- Antes da queda não havia necessidade da revelação escrita,
- após a redenção completa, não mais necessitaremos da Palavra escrita,

b) Necessidade Conseqüente

Ö > a inspiração da Bíblia tem como objetivo revelar um conhecimento de Deus


livre de superstições: 1Tm 4.1-4 ...

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- Calvino afirmou: com efeito, se refletirmos quão acentuada é a tendência da


mente humana para o esquecimento de Deus, quão pronunciado o gosto de a cada
instante forjar novas e fantasiosas religiões, pode-se perceber quão necessária haja
sido tal autenticação escrita da celeste doutrina, para que não deperecesse pelo
olvido, ou se dissipasse pelo erro, ou fosse da petulância dos homens corrompida.
Ö A Bíblia foi-nos confiada a fim de que, mediante a iluminação do Espírito Santo,
sejamos conduzidos a Jesus Cristo (Jo. 5:39; Lc. 24:44,45),
- sendo ele mesmo quem nos leva ao Pai (Jo. 14:6-15; 1 Tm. 2:5; I Pe. 3:18)
- e nos dá vida eterna e abundante (Jo. 5.25; 10:10).

2- Teorias de Inspiração das Escrituras

2.1 - teoria da Inspiração Mecânica ou Ditada

a) essa teoria é defendida por ultra-conservadores:

Ö segundo essa teoria a Bíblia foi escrita através de uma superintendência


mecânica sobre o escritor humano:
- as palavras das Escrituras não são palavras de homens, mas palavras divinas que
o escritor bíblico registrou por ditado divino;
Ö Definição: Deus ditou o que os autores secundários escreveriam, de tal forma que
estes últimos foram meros amanuenses, meros canais através dos quais as
palavras do Espírito Santo fluíram. Isto implica que a própria vida mental deles
estava num estado de repouso, e não contribuíram em nada para o conteúdo ou
forma de seus escritos, e que o mesmo estilo da Escritura é o estilo do Espírito
Santo. (Berkhof, introdução a Teologia Sistemática).

b) conseqüências de aceitar essa teoria:

Ö essa teoria despersonaliza os escritores bíblicos e o próprio Deus:


- Deus age como um operário usando ferramenta,
- implica numa falsa visão do relacionamento de Deus com os homens;

Ö essa teoria retira todos os elementos humanos da Bíblia:


- torna a Bíblia somente um livro divino (deifica a Bíblia)
- implica numa falsa compreensão da personalidade dos escritores: Exemplo: Lucas
(médico); João (pescador); Paulo (doutor em teologia);

c) implicação bíblica:

Ö portanto, inspiração não significa que os escritores receberam o conteúdo de seus


escritos por ditado divino;

2.2- Teoria da Inspiração Dinâmica:

a) é exatamente oposta a da inspiração mecânica;

b) há duas abordagens dessa teoria:

Ö ortodoxos e neo-evangélicos:

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- não são as palavras, mas o pensamento ou as idéias é que Deus inspirou;


- ou seja, Deus deu o pensamento e o escritor era livre para registrar com suas
- palavras;
- implica numa falsa compreensão da ação divina (autonomia humana);
Ö liberais:
- os escritores tiveram um lampejo de inspiração,
- ou seja, a Escritura é produto de insights religiosos que os escritores tiveram,
nascido na sua própria consciência religiosa = mera iluminação do sentimento e da
razão humana;

c) conseqüências da inspiração dinâmica:

Ö a Inspiração não passa de Intuição - Neste caso, os escritores foram inspirados


da mesma forma que os grandes autores da literatura, inventores, cientistas,
músicos etc.
- Se assim fosse não nos conduziria a Deus.

Ö a Inspiração é apenas Mental - significa que os autores secundários tiveram


apenas os seus pensamentos inspirados, mas não as palavras de seus registros.
- Se fosse assim, os pensamentos seriam verdadeiros, contudo, o registro desses
pensamentos poderiam e, de fato, conteriam erros.

Ö a inspiração é Parcial ou Fracionada - significa que os autores tiveram apenas


uma inspiração parcial quanto a alguns assuntos da Bíblia.

d) aplicações:

Ö a Bíblia apenas contém a Palavra de Deus - liberarismo ou modernismo


Ö a Bíblia se torna-se a Palavra de Deus: Neo-Ortodoxia;
Ö implica na negação da autoridade divina da Escritura;

2.3- Teoria da Inspiração Orgânica: ou dinâmica –

a) defendida pelos Reformados: a Bíblia é a Palavra de Deus

b) o termo Orgânico serve para distinguir da teoria Mecânica e da Dinâmica:

Ö opção que evita os dois erros extremos;


Ö faz justiça ao ensino geral das Escrituras sobre Inspiração;

c) significado do Termo:

Ö Inspiração Orgânica expressa o fato de que o Espírito Santo usou homens como
organismos vivos e ativos, e não como meras máquinas.
Ö o Espírito Santo operou em e através deles:
- Deus não anulou a personalidade dos escritores (pesquisas, aptidões, ... )
2Pe.3.15,16; Lc 1.1-4;

d) implicações:

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Ö inspiração é Plenária:
- toda Escritura é plenamente Inspirada: 2Tm 3.16;
Ö inspiração é Verbal:
- envolve não apenas o pensamento, mas todas as palavras que eles escreveram;
- todas as palavras originais são Palavra de Deus: Mt 5.18; 1Co 2.13; Gl 3:16;
Ö inspiração é sobrenatural:
- teve sua origem em Deus e produz efeitos sobrenaturais, mediante a ação do
Espírito Santo no coração dos eleitos: 1Pe 1.23; At 16.14; Jo 17.17;

e) aplicação:

Ö a inspiração Orgânica faz justiça ao elemento Divino da Bíblia:


- ensina que Deus coopera em todos os atos humanos do registro daquilo que foi
revelado;
- a totalidade das Escrituras em última instância vem de Deus;

Ö a inspiração Orgânica faz justiça ao elemento humano na Bíblia:


- elimina a idéia do ditado mecânico - ausência da personalidade humana;
- explica a diferença de estilos nos livros da Escritura;

3- Sentido Teológico do termo Inspiração nas Escrituras:

a) Considerações terminológicas:

Ö No A T só aparece uma única vez: Jó 35.10 ...


Ö A palavra "inspiração" não ocorre no Novo Testamento. Entretanto, outro termo
indica essa doutrina:
- 2Tm 3.16 - "Toda a Escritura é inspirada por Deus..." A expressão "inspirada por
Deus" provém de um único termo grego, ©scmvsuaToa (teopneustos) que não
significa "Ins-pirado", mas sim "ex-pirado", ou seja, soprado para fora; ou seja:
toda a Escritura Sagrada é soprada, exalada por Deus;

b) Definição de Inspiração

Ö Podemos definir a inspiração como sendo a influência sobrenatural do Espírito de


Deus sobre os homens separados por ele mesmo, a fim de registrarem de forma
inerrânte e suficiente toda a vontade de Deus, constituindo esse registro na única
fonte e norma de todo o conhecimento cristão.
Ö Portanto, cada palavra da Bíblia é literalmente de Deus, é a única base para
doutrina.
Ö Confissão de Fé de Westminster: Ainda que a luz da natureza e as obras da
criação e da providência manifestam de tal modo a bondade, a sabedoria e o
poder de Deus, que os homens sejam inescusáveis, todavia não são suficientes
para dar aquele conhecimento de Deus e de sua vontade, necessário à salvação;
por isso agradou ao Senhor, em diversos tempos e diferentes modos, revelar-se e
declarar à sua Igreja aquela sua vontade; e depois, para melhor preservação e
propagação da verdade, para o mais seguro estabelecimento e conforto da Igreja
contra a corrupção da carne e contra a maldade de Satanás e do mundo, foi
igualmente servido fazê-la escrever toda. Isto torna as Escrituras Sagradas

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indispensável, tendo cessado aqueles antigos modos de Deus revelar a sua


vontade ao seu povo.

II - A DOUTRINA DA INERRÂNCIA

Introdução:

Ö A doutrina da Inerrância é uma reivindicação da própria Escritura: Jo 17.17;


Ö o fundamento dessa doutrina repousa na soberania de Deus: 2Pe 1.21, o Autor e
preservador de sua Palavra;

1- Definição de Inerrância

Ö Tomemos aqui a definição apresentada por Paul Feinberg: "A Inerrância é o ponto
de vista de que, quando todos os fatos forem conhecidos, demonstrarão que a
Bíblia, nos seus autógrafos originais e corretamente interpretada, é inteiramente
verdadeira, e nunca falsa, em tudo quanto afirma, quer no tocante à doutrina e à
ética, quer no tocante às ciências sociais, físicas ou biológicas."

2 - Considerações teológicas da Inerrância da Bíblia:

2.1. A inerrância só se estende aos autógrafos originais, não ás transcrições e


traduções:

Ö nenhuma versão ou tradução pode alegar para si a autoridade final;


Ö isto nos estimula a um estudo meticuloso dos textos, levando em consideração o
aspecto textual, histórico e teológico (aproximação do original);

2.2. A inerrância não significa a santificação e infabilidade dos escritores sagrados


ou
daqueles que tiveram as suas palavras registradas na Bíblia:

Ö O registro é inerrante, não o homem.


Ö Exemplos: Moisés desobedeceu a Deus; Davi adulterou; Pedro foi repreendido por
Paulo;

2.3. A Bíblia não tem como propósito o ensino de Biologia, Botânica, Astronomia,
etc:.

Ö ela nos fala de forma poética e faz uso de linguagem comum.

2.4. Tudo o que foi registrado corresponde perfeitamente àquilo que Deus quis que
fosse escrito e preservado:

2.5. A inerrância corre a favor da história:

Ö O ponto que estamos analisando é decorrente do princípio de que todo e qualquer


conhecimento parte de Deus, que é a sua fonte inesgotável.
Ö toda verdade é verdade de Deus;

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Ö exemplo: em 1861, a academia de Ciências Francesa publicou uma lista de 51


fatos, que refutavam afirmações bíblicas. Hoje, nenhum desses fatos é defendido
pelos atuais homens da ciência.

2.6. A inerrância se aplica à Bíblia, não às teologias supostamente bíblicas.

Ö A teologia é uma reflexão interpretativa e sistematizada da Palavra de Deus.


Ö A sua fidedignidade estará sempre no mesmo nível de sua fidelidade à Escritura.
Ö a melhor interpretação é a que expressa o sentido do texto à luz de toda Escritura;

2.7. As Escrituras conduzem o pecador eleito infalivelmente à oferta redentora de


Deus.

Ö A Palavra de Deus torna o homem sábio para a salvação: 2Tm 3.15;

2.8. A Bíblia expõe com clareza e fidelidade aquilo que de Deus podemos conhecer:

Ö O Ser de Deus revelado, sua vontade e propósito,


Ö sendo um guia seguro, suficiente e infalível para a vida da Igreja em todos os
tempos e circunstâncias.
Ö por isso, a Palavra de Deus deve ser sempre decisória e final: Mt 4.4; 2Tm 3.16;

III - IMPLICAÇÕES TEOLÓGICAS E PRÁTICAS: DA INSPIRAÇÃO E INERRÂNCIA DAS


ESCRITURAS:

1- EVIDÊNCIAS INDIRETAS = externas = subjetivas:

1.1- Extraordinária Unidade:

a) Unidade na Diversidade:

Ö Mais de quarenta autores - das mais variadas classes, culturas e posições sociais:
reis, pastores, pescadores, doutores;
Ö sua composição durou quase 2000 mil anos - entre o primeiro livro e o último livro;
Ö Tipos diferentes de literatura - históricos, proféticos, poéticos, cartas;
Ö assuntos diversos - desde a criação até o novo céu e a nova terra;

b) diversidade na Unidade:

Ö a Bíblia é um único livro;


Ö trata de uma única história: história da redenção;
Ö a história converge para uma pessoa: Cristo, Ef 1.10;

1.2- Excelência da sua Mensagem:

Ö o conteúdo da Escritura é sobrenatural, espiritual - 1Co 1.18...:


- sem regeneração e iluminação, ninguém pode compreender a verdade;
- qualquer crente conhece mais verdades espirituais do que qualquer cientista da
atualidade ou sábio do passado ou atual: Platão, Socrates, etc.

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Ö somente a Bíblia fornece explicação coerente a respeito da origem da vida,


propósito do homem, condição da humanidade depois da queda, salvação, etc;

1.3- Experiência Incontestável do seu poder:

Ö a Escritura é o poder de Deus para salvação, Rm 1.16...


Ö a Palavra de Deus não apenas salva da condenação e da culpa, mas também do
poder do pecado: Jacó, Davi, Paulo, Agostinho, etc. ...

2 - EVIDÊNCIAS DIRETAS: INTERNAS, OBJETIVAS:

2.1 - Testemunho pessoal dos autores:

Ö A Bíblia autentica-se a si mesma como o registro inspirado e inerrante de Deus, Is


34.16; Lc 24.17;
- Profetas: Ez 31.1; Jr 27.1; transmitiam a Palavra de Deus com fidelidade;
- Apóstolos: Gl 1.6-9; 1Ts 2.13; tinham consciência que estavam ensinado a Palavra
de Deus;
- Jesus Cristo: Lc 24.32; Jo 7.38 - afirmou a Inerrância das Escrituras; o Afirmações
diretas da Bíblia: Hb 1.1,2;

2.2 - Profecias e seus cumprimentos:

a) acerca de Jesus.

Profecia: Gn. 3.15; Mq. 5.2; Is. 7.14 Sl. 22.16 Sl. 34.20
- seria a semente da mulher
- seu lugar de nascimento nasceria de uma virgem
- suas mãos e pés seriam traspassados seus ossos não seriam
quebrados

Cumprimento: Gl. 4.4; Mt. 2.6 Mt. 1.23 Jo. 20.27; Jo. 19.33

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b) Jesus acerca de Jerusalém.

Ö "Ele, porém, lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará
pedra sobre pedra que não seja derribada... Ai das que estiverem grávidas e
amamentarem naqueles dias" (Mt. 24.2, 19).
Ö Esta palavra de Jesus teve seu cumprimento no ano 70 d.C., quando o imperador
Tito cercou Jerusalém; O templo de Herodes foi incendiado, seu mobiliário sagrado
foi transportado para Roma.
Ö Somente no ano de 1948, de nossa era, é que Israel voltou a ser uma nação
organizada. Tal fato só nos mostra o quão infalível é a Palavra de Deus.

c) surgimento de falsos 'cristos'.

Ö "Porque muitos virão em meu nome dizendo: "Eu sou o Cristo...". (Mt. 24.5).
"Porque surgirão falsos cristos../' (Mt. 24.24).
Ö Antes de ele dizer isto, ninguém havia se manifestado como sendo o 'Cristo', nem
no período do Novo Testamento quanto do Velho. Tal fato só comprova a inerrância
da Palavra de Deus.

d) surgimento de inúmeras guerras: Mt. 24.6 ...

e) o amor se esfriará de quase todos: Mt 24.12;

f) haverá terremotos e fome: Mc 13.8; Lc 21.11...

2.3 - Aplicação:

Ö Apesar da Bíblia fornecer argumentos racionais que demonstram a sua inspiração e


inerrância, todavia, os homens só poderão ter essa convicção mediante o
testemunho interno do Espírito Santo (Sl. 119:18; Lc 24.45).
Ö nossa crença deve ser a mesma de Ancelmo de Cantuária com relação à Palavra
de Deus quando disse:
-
"Pois não busco compreender para que possa crer, mas creio para que possa
compreender".1

3- IMPLICAÇÕES NA EVANGELIZAÇÃO:

Ö Como uma pessoa (igreja) poderá pregar o Evangelho se não tem certeza da
inspiração e inerrância da Escritura?
- Exemplo: a) pregar todos os valores morais sem a convicção da divindade de Jesus;
b) pregar que somente Jesus salva, todavia, Jesus é apenas Deus e não homem.
- A grandiosidade da pregação consiste, basicamente, não nos recursos da retórica,
mas em sua pureza, em sua fidelidade à Palavra.

Ö A Inspiração e Inerrância da Bíblia é a base solida para sua Autoridade e


Suficiência:

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- A pregação do Evangelho é o poder de Deus para salvação, recusar é rejeitar o


próprio Deus.
- Por outro lado, rejeitar as doutrinas essências torna inútil a pregação.
■ Exemplo: se Jesus não ressuscitou fisicamente a nossa fé é vã;
■ A nossa pregação é sem sentido;

Ref.: Bengt Hagglund. História da Teologia. (Porto Alegre/RS: Editora Concórdia Ltda,
1999), 144. BIBLIOLOGIA

IV - O CÂNON Introdução:

Ö As doutrinas da Inspiração e Inerrância da Bíblia são verdades fundamentais da fé


cristã, das quais depende toda a nossa formulação doutrinária da Autoridade e
Suficiência das Escrituras.

1- O Conceito de Cânon:

a) Definição:

Ö No hebraico, o termo é qaneh, traduzido como cana de medir;


- No AT - A palavra "Cânon" ocorre 61 vezes.
- sempre empregado no sentido literal (1 Rs. 14.15; Jó 40.21; Is. 36.6; 42.3),
- Ez 40:3: Ele me levou para lá, e eis um homem cuja aparência era como a do
bronze; estava de pé na porta e tinha na mão um cordel de linho e uma cana de
medir.

Ö No grego, o termo é "Cânon", que significa "vara ou régua de medida", ou


regra:
- No N T, "Cânon" ocorre somente quatro vezes nas epístolas paulinas:
- 2Co 10.13,15,16; Gl 6.16;
- Gl. 6.16 - "E, a todos quantos andarem de conformidade com esta regra, paz e
misericórdia sejam sobre eles e sobre o Israel de Deus" (ênfase acrescentada).

b) Aplicação:

Ö este termo, Cânon, ganhou uma implicação geral - "regra de vida" - que consiste no
apego à Palavra de Deus.1
- portanto, a Bíblia é a norma e padrão de regra de fé e prática na Igreja.

2) Uso Eclesiástico da Palavra "Cânon"


Ö
Desde o séc. IV d.C., esse termo tem sido empregado em círculos cristãos para
designar a lista oficial dos livros que formam a Bíblia como regra de fé e prática
para o povo de Deus.2

- Orígenes provavelmente foi (d.C. 185-254) o primeiro a empregar a palavra "cânon"


como termo técnico aplicado a um lista ou catálogos de livros,

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- Entretanto, somente mais de um séculos depois de Orígenes é que a palavra tornou-


se comum para aludir aos livros da Bíblia.
- O responsável por este incremente foi Atanásio (295-373);

Ö O "cânon" descrito por Atanásio foi de fundamental importância para o


reconhecimento formal por parte das Igrejas do Oriente no que se refere aos
Livros do Novo Testamento.

Hermisten Maia Pereira da Costa. A Inspiração e Inerrância das Escrituras - Uma


Perspectiva Reformada. (Cambuci/SP: Editora Cultura Cristã, 1998), 22.

William S. Lasor; David A. Hubbard; Frederick W. Bush. Introdução ao Antigo


Testamento. (São Paulo/SP: Edições Vida Nova, 2002), 651.

Ö No Ocidente o que se tornou decisivo foi o Concílio de Hipona (393) e o Terceiro


Sínodo de Cartago (397), os quais emitiram uma lista de 27 livros semelhante à de
Atanásio.
Ö Ao falarmos do Cânon bíblico usamos sempre o termo "reconhecimento", não
"estabelecimento", isto porque o Cânon não foi estabelecido por um decreto, ou por
vontade de um Concílio independentemente de uma visão histórica;
- o que de fato aconteceu foi o reconhecimento oficial do que era uma prática comum,

3 - A Necessidade do Reconhecimento Oficial do Cânon

a) O Novo Testamento indica a existência de uma "Coleção de Livros dos Judeus:

Ö Lei e profetas, e salmos: Mt. 5:17; 7:12; Lc. 16.16, Lc 24.44;


Ö Sagradas Escrituras: Mt 21.42; Rm. 1.2; 2Tm 3.16;
Ö oráculos de Deus: Rm 3.2, 1Pe 4.11;

b) No entanto, mesmo o Novo Testamento não fazendo menção de um "cânon


neotestamentário", é necessário que observemos duas coisas:

Ö A exortação para que se lesse publicamente os escritos apostólicos:

- Cl. 4:16; 1 Ts. 5:27; 1 Tm. 4:13; Ap. 1:3; 2:7, 11, 17, 29; 3, 6, 13, 22;
- indica que os referidos escritos tinham um valor não simplesmente local e
momentâneo, mas que deveriam ser conservados e estudados pelas diversas
congregações.

Ö A existência de uma coleção de "Epístolas":

- A referência feita por Pedro aos escritos de Paulo (2Pe. 3:15,16) parece indicar a
existência de uma coleção de epístolas, a qual era bem conhecida por parte das
igrejas já no primeiro século.

4- Critério Canónico

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Ö O Antigo Testamento foi aceito pela Igreja conforme mantido pela tradição judaica,
Ö Vejamos os critérios que nortearam o reconhecimento do Cânon do NT:

4.1 - A Apostolicidade

Ö Este era o princípio mais importante. Os livros autoritativos deveriam ter sido
escritos por algum dos doze apóstolos ou por alguém que houvesse convivido com
eles.
Ö Isso explica, em parte, porque alguns livros do Novo Testamento, mesmo não
sendo redigidos por apóstolos, foram aceitos.

4.2 - A Aceitação e Utilização por Parte da Igreja

Ö A aceitação e o uso litúrgico por parte das igrejas locais constituíam-se numa
evidência da canonicidade de um livro (vd. Cl. 4:16; 1Tm. 4:13), ainda que não
definitiva.

4.3 - Coerência Doutrinária

Ö O paradigma para avaliação teológica era o ensino apostólico: Ef 2.20; o Gl 1.8,9


...
- por causa desse critério que alguns se opuseram à epístola de Tiago como sendo
inspirada: ênfase nas obras. o Diziam que Tiago defendia a salvação pelas obras,
enquanto que Paulo já havia escrito que a salvação é pela graça,
independentemente de obras (Tg 2.14-17 cf. Rm 3.20, 28 e Gl 2.16).

Ö Essa questão só foi resolvida quando concluíram que a verdadeira fé em Cristo


resulta em boas obras: Ef 2.10;

4.4 - poder para converter, transformar e edificar vidas quando é lido ou


Pregado:

Ö características que a Bíblia nos fornece com respeito a si mesma (Jo 8.32; 17.17;
Hb 4.12; 2 Tm 3.16, 17).

5 - APÓCRIFOS

5.1 - Significado:

Ö O termo "apócrifo" quer dizer, literalmente, "secreto, oculto, escondido";


Popularmente, a expressão passou a significar "herético, falso".
Ö A Igreja Católica os chama deutero-canônicos, palavra que significa, literalmente,
"segundos canónicos", visto que foram canonizados depois dos primeiros, que
estão na nossa Bíblia.

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5.2 - Introdução dos apócrifos no Cânon do AT:

Ö no sec. 2, foi feita uma tradução latina da Bíblia tomando como base a Septuaginta:
- tradução do Hebraico para o grego coinê;
- incluía os livros apócrifos;
- livros não aceitos pelos judeus;

Ö no final do sec. 4, o Papa Damasius I, incumbiu Jerônimo (347-419) de fazer uma


ampla revisão da versão Latina da Bíblia:
- Jerônimo fez um excelente trabalho, utilizando o Hebraico e o Grego, traduziu o AT e
o NT, depois de 23 anos de trabalho;
- incluiu os livros apócrifos (conforme estava na Septuaginta),
- todavia, questionou sua canonicidade, tratou como secundários - (apócrifos);

Ö no Concílio de Trento, 1545-1563, a vulgata foi elevada à condição de igualdade


com os originais hebraicos e gregos;

5.3 - conteúdo dos Apócrifos:

a) livros:
a.1. Tobias (traz uma fábula sobre um demônio que impedia uma moça de perder a
virgindade).
a.2. Judite (Apresenta uma moça hebréia que corta a cabeça de um general inimigo de
Israel).
a.3. Sabedoria (parece uma mistura de salmos e provérbios). a.4. Eclesiástico (parece
muito com Provérbios).
a.5. Baruque (contém a Carta de Jeremias, que ele teria dado aos que seriam levados para
a Babilônia. Aparece como conteúdo do Capítulo 6 de Baruque) Á semelhança de Ezequiel,
Baruque foi um profeta que viveu no exílio babilônico (1.1, 2).
a. 6. I Macabeus (conta a história dos judeus no período interbíblico). a.7. II Macabeus
(conta a história dos judeus no período interbíblico).

b) acréscimos:

b.1 - acréscimo ao livro canônico de Ester:

Ö Inserido no Capítulo 3, especificamente no verso 13, como sendo o conteúdo da


carta referente ao extermínio dos judeus.

b.2 - três acréscimos ao livro canônico de Daniel:

Ö Cântico dos Três Jovens (dentro da fornalha), inserido no Capítulo 3;


Ö Susana e o Julgamento de Daniel, inserido como Capítulo 13 (Daniel é o
"advogado" de Susana)
Ö e Bel e o Dragão, inserido como Capítulo 14 (Daniel elimina o dragão com um bolo
explosivo).

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c) aplicações:

Ö faz com que a Bíblia católica tenha um total de 73 livros, e não 66;
Ö e quatro capítulos a mais no AT;
Ö Todos esses livros e acréscimos foram escritos no período entre o Velho e o Novo
Testamento (cerca de 400 anos).
- Período equivalente ao tempo entre os profetas Malaquias e João Batista.

5.4 - Por que esses livros não são considerados canônicos pela Igreja Protestante?

1) Porque nenhum judeu admite, até hoje, que são inspirados por Deus.

Ö Não esqueçamos que o Velho Testamento se originou no meio do povo judeu.


Ö Eles eram os responsáveis pelas Escrituras do Velho Testamento (Rm 3.1, 2).
Ö Obs.: a palavra "oráculo" tem dois significados.
- Pode significar cada uma das divindades entre os gregos antigos que respondia a
consultas sobre o futuro o ou, como é o caso aqui, a escritos ou mensagens de
origem divina.
Ö Por isso é que a BLH traduziu o texto da seguinte maneira: "Deus entregou a sua
ensagem aos cuidados dos judeus". Veja a tradução da NVI: "aos judeus foram
confiadas as palavras de Deus".
Ö Os judeus não reconhecem a inspiração desses livros porque eles foram
produzidos no período entre os profetas Malaquias e João Batista, e esse período é
conhecido como "silêncio profético",
- visto que não se levantou nenhum profeta de Deus. Ora, se não havia profeta, não
poderia haver profecia, não é mesmo?

.2) Porque eles não são citados nem no Velho e nem no Novo Testamento.

Ö Jesus citou praticamente todos os livros do Velho Testamento, mas não citou
nenhum dos livros apócrifos.

.3) Porque nenhum dos escritores desses livros apócrifos diz que seu livro é
inspirado ou que ele mesmo - o autor - foi inspirado por Deus.

Ö Em outras palavras, os próprios escritos não reivindicam inspiração divina.


Inclusive, veja o que diz o autor de 2 Macabeus, no final de seu livro: 15.37 e 38:

.4) Porque eles contêm erros históricos, geográficos e cronológicos.

Ö Um exemplo disso pode ser obtido no livro de Judite. Nesse escrito temos a
afirmação de que Nabucodonosor reinou sobre os assírios em Nínive, capital do
Império Assírio (1.1).
Ö Porém, a história revela que Nabucodonosor nunca foi rei dos assírios, mas sim dos
babilônios, e que ele assumiu o trono da Babilônia quando Nínive não mais existia
(ela foi destruída em 612 aC, enquanto que Nabucodonosor se tornou rei em 609
aC).

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Ö Além disso, Holofernes é apontado como general de Nabucodonosor em 2.4, sendo


que, na verdade, esse homem foi oficial de um rei persa chamado Artaxerxes III,
que viveu enre 358 e 338 aC.

.5) Porque eles ensinam e apóiam doutrinas heréticas, como por exemplo:

Ö Justificação pelas obras (Eclesiástico 3.30 e Tobias 4.10 e 12.9);


Ö Mediação por meio de anjos (Tobias 12.12 e 15);
Ö Oração pelos mortos (II Macabeus 12.39-45);
Ö Superstições (Tobias 6.7-9, 14-18),
Ö moralidade baseada na conveniência: Eclesiástico e Sabedoria;
Ö entre outras heresias;

.6) Porque eles contêm mitos e lendas.

Ö Há histórias nos livros apócrifos que são claramente fantasiosas, como o bolo
explosivo que mata um dragão.
Ö Essa história está em um acréscimo feito ao livro de Daniel, chamado "Bel e o
Dragão" (Dn 14.23-27).

5.5 - Aplicação final:

a) Bíblia contém três advertências solenes contra qualquer tentativa de acrescentar


qualquer palavra as escritura de Deus.

Ö escrita pelo primeiro de todos os escritores da Bíblia, Dt 4.2...


Ö e a segunda advertência é encontrada muito perto do meio da Bíblia, Pv 30.6..
Ö a terceira foi escrita pelo último dos escritores: Ap 2218,19...

b) o nome Bíblia:

Ö A nomenclatura "Bíblia" não encontramos nas Escrituras.


Ö Este termo (Bíblia) vem de uma palavra grega que, no singular é Biblion (livro), e no
plural é Bíblia, que vem a ser uma biblioteca, uma coleção de livros; isto é, uma
coleção de 66 livros.

V - AUTORIDADE DAS ESCRTURAS:

Ilustração:

Ö no ano de 1521, durante um concílio na cidade de Worms, o ex-monge Martinho


Lutero foi colocado diante do Imperador, vários oficiais e importantes membros do
clero;
Ö foi feito uma pergunta simples e direta: Estás proto a se retratar dos livros escritos,
ou não?
Ö A sábia e ousada resposta de Lutero:

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- A não ser que eu seja convencido de erro pelo testemunho da Escritura ou - visto
que não dou valor à autoridade não provada do papa e dos concílios, por ser claro
que eles muitas vezes erraram e freqüentemente se contradisseram - por um
raciocino evidente, continuo convencido pelas Escrituras, às quais apelei e minha
consciência foi feita cativa pela palavra de Deus, não posso e não quero retratar-me
de qualquer coisa, pois agir contra nossa consciência não é coisa segura nem
permitida a nós. É esta a minha posição. Não posso agir diversamente. Deus me
ajude. Amém. (Henry Bettenson, Documentos da Igreja Cristã, SP, 1998).
Ö Essas palavras vieram de ágüem que compreendia a autoridade das Escrituras.
Alguém que foi convencido pelo Espírito Santo de que a Bíblia é a palavra infalível
de Deus e único padrão para nossa vida.
Ö Na Reforma Protestante, a doutrina da autoridade das Escrituras veio em
contraposição à doutrina católica-romana.
- A expressão Sola Scriptura surgiu com a finalidade de afirmar a autoridade
suprema das Escrituras, a única autoridade infalível, a palavra final em questões de
fé e prática.

1- definição de Autoridade das Escrituras:

> Significa que, por serem divinamente inspiradas, são inerrantes, verídicas em
todas as afirmativas, não contendo erro algum, histórico ou doutrinário, o que as
torna infalíveis, e, portanto, autoritativas quanto a todos os assuntos sobre os
quais f a z asseverações. (Sola Scriptura- A Doutrina Ref. das Escrit)
> A autoridade das Escrituras significa que todas as palavras nas Escrituras são
palavra de Deus, de modo que não crer em alguma palavra da Bíblia ou
desobedecer a ela é não crer em Deus ou desobedecer a ele.

2- Evidências Bíblicas:

2.1 - Testificada por Jesus:

Ö diante de controvérsias: Mt 4.4,6,7,10;


Ö advertir contra erros: Mt 22.29;
Ö afirmou explicitamente: Jo 10.35;

2.2 - Autoridade Apostólica:

Ö Reconhecimento do apóstolo Paulo: 1Ts 2.13;


Ö Reconhecimento do apóstolo Pedro: 2Pe 3.15,16
- os escritos de Paulo tinha a mesma autoridade das Escrituras;

2.3 - Veracidade das Escrituras:

Ö diante de tantos assuntos variados e profundos, não contem erros;


Ö descobertas arqueológicas e históricas do último século só tem confirmado
centenas de fatos bíblicos;

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2.4 - Profecias cumpridas:

Ö quantas profecias acerca do Messias;

2.5 - Testemunho do Espírito Santo:

Ö embora estas e muitas outras evidências demonstrem claramente a Autoridade das


Escrituras, todavia, a fé Reformada admite que estes argumentos não são a base
final para o reconhecimento da Autoridade das Escrituras;
Ö somente através do testemunho interno do Espírito Santo (no coração, alma)
podemos reconhecer a Autoridade das Escrituras;
- o homem natural não tem condições de compreender coisas espirituais: 1Co 2.14;
- somente Deus pode abrir o nosso Entendimento: 2Co 4.3,4,6...
Ö a Autoridade é uma questão de fé:
- fé que as Escrituras são de origem divina (Inspiração Orgânica: plenária, verbal,
sobrenatural;

3 - TRÊS TIPOS DE FÉ QUE USURPAM A AUTORIDADE DAS ESCRITURAS:

3.1 - Tradição Degenrada em - Tradicionalismo - produz - Clericalismo;

a) significado:

Ö o tradicionalismo acantece quando a tradição, que pode ser boa à medida em que
reflete o ensino bíblico, passa a ser a autoridade que fundamenta certas atitudes do
povos de Deus;

b) frases que identificam o tradicionalismo:

Ö fazemos isto porque sempre fizeram assim;


Ö fazemos isto porque nossos antepassados estabeleceram;

c) exemplos na história:

Ö a igreja Católica não nega a autoridade das Escrituras, todavia, a autoridade da


Bíblia depende da autoridade da Igreja;
Ö é a igreja quem determina o sentido autoritativo das Escrituras - Clericalismo;

d) aplicação moderna:

Ö podemos ter tradições sadias em nossas igrejas, mas devemos lutar para que não
se tornem autoridade normativa, como se fosse Deus falando.
Ö o tradicional acerta em preservar tradições mas sempre sujeitas à autoridade
bíblica:
- orar três vezes ao dia;

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Ö o tradicionalismo erra em equiparar a autoridade das tradições com a autoridade


bíblica:
- usos e costumes: mulher não pode usar calça; é proibido tomar vinho; ...

e) ensino Bíblico:

Ö Jesus Cristo confrontou esse problema: Mc 7. 7-13...


Ö Paulo também combateu o tradicionalismo: Cl 2. 8, 20-23;
Ö por outro lado recomendava as sadias tradições: 2Ts 3.6;

3.2 - Emoção Degenrada em - Emocionalismo - produz - Misticismo;

a) significado:

Ö emocionalismo acontece quando a emoção - que também pode ser sadia à medida
em que combina com o ensino bíblico - recebe valor exagerado na prática cristã;

b) frases que identificam o emocionalismo:

Ö eu não sinto vontade de perdoar;


Ö mas a experiência (sonho, visão) que eu tive foi tão boa;

c) exemplo na História:

Ö na época da Reforma, surgiu os entusiatas. Estes baseavam sua autoridade na "luz


interior", a qual os consuzia sem a direção vinda da Palavra;
Ö atualmente, alguns movimentos pentecostais e neo-pentecostais são conduzidos
por este tipo de emocionalismo místico que determina aos paroquianos a vontade
de Deus;

d) aplicação Moderna:

Ö não podemos cometer o pecado de termos uma igreja que abafa as emoções
genuínas;
Ö todavia, um dos grandes problemas de nosso tempo é a autoridade do subjetivismo
emocional acima do objetivismo Bíblico;

e) ensino Bíblico:

Ö o profeta Jeremias combateu o emocionalismo profético:


- Jr 23.16,17: Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Não deis ouvidos às palavras dos
profetas que entre vós profetizam; ensinam-vos vaidades e falam da visão do seu
coração, não da boca do SENHOR. Dizem continuamente aos que me desprezam: O
SENHOR disse: Paz tereis; e a qualquer que anda segundo o propósito do seu
coração, dizem: Não virá mal sobre vós.

Ö Paulo combateu o emocionalismo místico:

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- Cl 2.18: Ninguém vos domine a seu bel-prazer, com pretexto de humildade e culto
dos anjos, metendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua
carnal compreensão;

3.3 - Razão Degenerada em - Racionalismo - Produz - Materialismo;

a) significado:

Ö quando a razão assume a autoridade de ditar o que é válido e o que não é nas
Escrituras;
Ö a pratica cristã passa a ser determinada pelo próprio raciocínio, em vez da Bíblia;
Ö a fé só é aceita quando combina com a razão;

b) frases que exemplificam:

Ö eu só creio se eu ver (Tomé);


Ö eu não consigo entender, então eu não posso crer.

c) exemplo histórico:

Ö Arianismo - negava a divindade de Jesus - negava a existência da


consubstancialidade entre Jesus e Deus,
Ö docetismo - negava a humanidade de Jesus - defendia que o corpo de Jesus Cristo
era uma ilusão, e que sua crucificação teria sido apenas aparente.
Ö sec 18, liberalismo teológico - método histórico-crítico - filtar o que era histórico das
fabulas (criação, Adão, milagres);

d) aplicação Moderna:

Ö o desenvolvimento cientifico e tecnológico fomentou a soberba intelectual;


Ö médica homeopata - saio da igreja e foi para o Espiritismo; do espiritismo para o
homeopatia;

e) ensino Bíblico:

Ö no tempo de Jesus, os racionalista era os saduceus - não criam na ressurreição do


corpo, imortalidade da alma (Mt 22.23);
Ö Jesus combateu o racionalismo dos saduceus: Mt 22.23, 29-31;
Ö Paulo também combateu esse tipo de racionalismo na igreja de Corinto: 1Co 15.12;

4- Aplicações quanto a Autoridade das Escrituras:

a) a autoridade da Escritura é idêntica à autoridade divina:

Ö Como Warfield escreve: "Deus e as Escrituras são trazidos em tal conjunção para
mostrar que na questão de autoridade, nenhuma distinção foi feita entre eles". 12

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Ö Os escritores bíblicos algumas vezes se referem a Deus e a Escritura como se os


dois fossem intercambiáveis:

- "Então disse o SENHOR a Moisés: Levanta-te pela manhã cedo, e põe-te diante de
Faraó, e dize-lhe: Assim diz o SENHOR Deus dos hebreus: Deixa ir o meu povo,
para que me sirva; (Êxodo 9:13-16).
- "Porque diz a Escritura a Faraó: Para isto mesmo te levantei; para em ti mostrar o
meu poder, e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra" (Romanos
9:17).

Ö quem falou com Moisés? Deus ou as Escrituras?


Ö não existe diferença alguma entre Deus falando e a Bíblia falando, não há diferença
nenhuma entre obedecer a Deus e obedecer a Bíblia.
Ö A Bíblia é a voz divina para a humanidade, e sua autoridade é total.

b) Negligenciar a Palavra é negligenciar o Espírito que Revelou e Inspirou a Palavra:

Ö o Espírito Santo é o Autor das Escrituras: 2Pe 1.21 - (Inspiração)


Ö o Espírito Santo age por meio das Escrituras:
Ö Produz vida - regeneração e conversão: 1Pe 1.23 = Tt 3.5;
- Jo 6:63 O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu
vos tenho dito são espírito e são vida.
- Jo 7.39 - Isto ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nele
cressem;

Ö produz compreensão da verdade: Iluminação


- Jo 14:26 mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome,
esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.
- Jo 16:13 quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade;
porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as
coisas que hão de vir.
Ö produz santificação:
- 1 Jo 3:24 E aquele que guarda os seus mandamentos permanece em Deus, e Deus,
nele. E nisto conhecemos que ele permanece em nós, pelo Espírito que nos deu.

d) a Autoridade das Escrituras é o pressuposto da nossa mensagem (testemunho):

Ö Autoridade da Escritura implica em testemunho e pregação fiel da Palavra de Deus


e não sabedoria humana 1Co 2.4,5...
Ö Autoridade da Escritura implica em Pregar a Palavra - 2Tm 4.1-4;

e) Precisamos determinar a extensão da autoridade da Bíblia:

Ö Estamos dispostos a nos submeter a toda Escritura? Ou somente quando nosso


coração, razão, ou tradição permitir?

5 - A Relevância da Autoridade das Escrituras no Sistema Reformado

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A. João Calvino: O Exegeta da Reforma

Ö Calvino foi de fato o exegeta por excelência da Reforma, sustentando que a


Escritura é a melhor intérprete de si mesma.
Ö E que nossa interpretação devemos nos limitar ao revelado.
Ö Portanto, a eloqüência de Deus deve propiciar a nossa adoração; o seu silêncio, o
nosso reverente temor.

B. Autoridade Interna

Ö A autoridade da Bíblia é derivada do fato de ser ela a Palavra de Deus, portanto, o


seu testemunho é interno e evidente, mesmo que os homens assim não creiam.
Ö Ela não depende do nosso testemunho para ter autoridade; ela é o que é! É Deus
mesmo - o autor das Escrituras -quem lhe confere autoridade.

C. Autoridade Hermenêutica

Ö Quando nos aproximamos da Bíblia, partimos do pressuposto de que ela é o


registro fiel e inerrante da Revelação de Deus (Jo. 10:35; 1 Tm. 1:15; 3:1; 4:9; 2 Tm.
3:16; 2 Pe. 1:20,21),
Ö podemos dizer como Paulo: "Fiel é a Palavra" (1 Tm. 3:1; 4:9).
Ö É através das Escrituras que aprendemos que o melhor interprete da Palavra é o
Espírito falando na Escritura.

D. Autoridade Norteadora

Ö A Teologia Reformada é uma reflexão interpretativa e sistematizada da Palavra de


Deus em submissão ao Espírito, buscando sempre uma compreensão exata do que
Deus revelou e inspirou pelo Espírito e que, agora, nos ilumina pelo mesmo Espírito
(Ef. 1:15-21; Sl. 119:18).
Ö A Teologia Reformada reconhece a centralidade real de Deus em toda as coisas,
tendo como alvo principal, não o tão decantado bem-estar humano - que por certo
tem a sua relevância -, mas a glória de Deus, sabendo que as demais coisas serão
acrescentadas (Mt. 6:33; Ef. 1:11,12).

E. Autoridade para nos Conduzir a Deus

Ö A revelação foi-nos dada a fim de que fôssemos conduzidos ao Deus da revelação


(Jo. 5:39-40), adorando-o na liberdade do Espírito e nos parâmetros da Palavra.
Ö Nos conduzir a uma vida plena: glorificar a Deus e alegrar nele - Sl 16.11;

F. Autoridade para Julgar a Nossa Teologia

Ö O valor da teologia estará sempre subordinado à sua fidelidade bíblica. Por isso é
que reafirmamos: A Teologia ou é bíblica ou não é Teologia.
Ö Não julgamos a Bíblia, antes, é ela que deve julgar a veracidade do nosso sistema.

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G. Autoridade Completa

Ö A Escritura é a revelação completa de Deus. Tudo o que Deus quer que saibamos a
respeito da nossa salvação estará registrado de forma explícita.

H. Autoridade Escrita Final

Ö Entendemos que os 66 livros canônicos encontra-se a Revelação Escrita de Deus,


registrada de forma inerrante.
Ö A Revelação é completa - atingindo tudo o que Deus deseja - e final: permanece
para sempre.

VI - SUFICIÊNCIA DAS ESCRITURAS

Introdução:

A Reforma Protestante do séc XVI, redescobriu a doutrina da suficiência das Escrituras;

Ö Os reformadores libertaram o povo de Deus de doutrinas e práticas impostas às


suas consciências por autoridade meramente humana: racionalismo,
emocionalismo e tradicionalismo;
- A Doutrina Reformada está fundamentada em cinco princípios: (cinco solas)
Escritura, Cristo, Fé, Graça, Glória de Deus;

Ö A Escritura tem um duplo aspecto:


- além de ser um dos princípios norteadores, é também a base e fundamento de todos
os outros;
- As doutrinas da Revelação, Inspiração, Inerrância e Autoridade final funcionam como
base e fundamento para todas as colunas: Cristo, Fé, Graça, Glória de Deus e
Suficiência das Escrituras;
- A doutrina da Suficiência funciona como uma das colunas que deve determinar
nossa fé e prática;

Ö 2Tm 3.16 - é um dos textos da Bíblia que trata com muita clareza a sua suficiência:
- o "toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para
a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito
e perfeitamente habilitado para toda boa obra"
- Útil (suficiente) - para todas as áreas:
• Ensino (doutrina) - suficiente para nos mostrar a verdade (o
que devemos crer: sobre Deus, homem, criação, etc.);
• Repreensão - suficiente para nos mostrar o erro;
• Correção - suficiente para nos mostrar o caminho;
• Educação na justiça - suficiente para nos educar
espiritualmente, moralmente, emocionalmente e
intelectualmente em todas as áreas;
- Finalidade (Propósito):

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• Perfeito - Santidade - implica em padrão moral;


• Habilitado - Serviço - capacitação - dons e talentos;
1 - Definições:

Ö Todo o conselho de Deus concernente a todas as coisas necessárias para a sua


glória e para a salvação, fé e vida do homem, ou é expressamente declarado nas
Escrituras ou pode ser lógica e claramente delas deduzido. Às Escrituras nada se
acrescentará em tempo algum, nem por novas revelações do Espírito, nem por
tradições dos homens; reconhecemos, entretanto, ser necessária a iluminação
interior do Espírito de Deus para a salvadora compreensão das coisas reveladas na
Palavra, e que há algumas circunstâncias, quanto ao culto de Deus e ao governo
da Igreja, comuns às ações e sociedades humanas, as quais têm de ser ordenadas
pela luz da natureza e pela prudência cristã, segundo as regras da Palavra, que
sempre devem ser observadas. (Cap 1; 6; Confissão de Fé);

Ö Segundo Wayne Grudem: dizer que as Escrituras são suficientes significa dizer
que a Bíblia contém todas as palavras divinas que Deus quis dar ao seu povo em
casa estágio da história da redenção e que hoje contém todas as palavras de Deus
que precisamos para a nossa salvação, para que, de maneira perfeita, nele
possamos confiar e a ele obedecer.

2 - Considerações:

Ö A Fé Reformada afirma que as Escrituras Sagradas constituem-se numa regra


completa de fé e prática:
- Ou seja, Manual completo de doutrina, práticas eclesiásticas e vida cristã;

Ö A Fé Reformada afirma a Necessidade da Iluminação de Espírito:


- A doutrina da suficiência das Escrituras pressupõe a necessidade da iluminação do
Espírito.
- Obras distintas do Espírito:
- Revelação: comunicação de novas verdades (progressividade) de Deus ao homem:
Meios de revelação: Teofania, Profecia, Operação Concursiva e Filho;
- Inspiração: ação do Espírito pela qual é garantida a inerrância do registro dessas
revelações;
- Iluminação: ação do Espírito abrindo os olhos espirituais para que se possa
compreender as Escrituras:
• Ef 1.18: iluminados os olhos do vosso coração, para
saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a
riqueza da glória da sua herança nos santos;

3 - APLICAÇÕES TEOLÓGICAS E PRÁTICAS DA SUFICIÊNCIA DAS ESCRITURAS:

3.1- As Escrituras não são exaustivas:

Ö A Bíblia não contém toda vontade de Deus:


- o Deus não revelou tudo sobre si, sobre a criação ou sobre o homem.

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- o Dt 29.29: "As coisas encobertas pertencem ao Senhor, nosso Deus; porém as


reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos
todas as palavras desta lei";

Ö As Escrituras não nos fornecem todas as informações sobre a vida e ministério de


Jesus na terra:
- o Não temos quase nada sobre os primeiros trinta anos;
- o E há muitas outras coisas que Jesus fez e não foi registrado:
- o Jo 21.25: Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez Se todas elas
fossem relatadas uma por uma, creio eu que nem no mundo inteiro caberiam os
livros que seriam escritos.

3.2- As Escrituras são Suficientes:

Ö Tudo quanto aprouve a Deus revelar à igreja em matéria de fé e prática


encontramos nas Escrituras;

Ö Na Palavra de Deus nós temos tudo o que o homem precisa crer e fazer a fim de
que seja salvo e vida de modo agradável a Deus;
- o Jo 20.30-31: "Na verdade, fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que
não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que creiais que
Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome";
- o João não registrou tudo, mas tudo o que registrou é suficiente para o propósito de
Deus;

4 - Aplicações doutrinárias e práticas da suficiência das Escrituras:

4.1 - A Suficiência das Escrituras deve nos incentivar a descobrir aquilo que Deus
quer que pensemos e façamos: Doutrina e prática;

Ö Exemplo objetivo - direto - claro: santidade de vida


- o Vida devocional: oração e meditação; o Participação ativa nos cultos; o
Arrependimento e confissão;

Ö Exemplo subjetivo - indireto: Liturgia (ordem do culto)


- A Bíblia não nos dá uma liturgia fixa;
- Entretanto, tudo deve ser feito com ordem: 1Co 14.40;
- Temos princípios que dirigem nosso culto: adoração, confissão, gratidão,
intercessão, ofertório, cânticos, orações, pregação da Palavra - Is 6; Mt 6;
- Um culto bíblico envolve: leitura e pregação da Palavra, orações, cânticos, ofertas;

Ö Outro exemplo subjetivo e indireto: com quem um jovem vai se casar?


Ö Qual profissão seguir?

4.2 - A Suficiência das Escrituras nos lembra de que não devemos acrescentar nada à
Bíblia nem equiparar algum outro escrito à Bíblia:

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Ö Esse princípio é violado por todas as seitas:


Ö Ex. os Mórmons: acreditam na Bíblia e também no livro de Mórmon;
Ö Ciência Cristã - Bíblia e no livro: ciência e saúde com uma chave para as Escrituras;

4.3 - A Suficiência das Escrituras nos diz que Deus não exige que creiamos em nada
sobre si mesmo ou sobre sua obra redentora que não se encontre na Bíblia:

Ö Tradições Católicas: purgatório, Maria como Mediadora, intercessão dos Santos; ...
Ö Novas Revelações:
- Deus me revelou que o dízimo deve ser 30% ...

4.4 - A Suficiência das Escrituras e as Novas Revelações -

A) A Contemporaneidade da Profecia: Novas Revelações do Espírito:

Ö no AT foi profetizado que haveria novas revelações:


- Jl 2.28-29: E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne;
vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens
terão visões; até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu Espírito
naqueles dias.

Ö o NT, no livro de Atos demonstra o cumprimento dessa promessa;


- o cumprimento do NT se deus através de parte dessas revelações;
- o último livro da Bíblia, conclui com uma advertência:
- Ap 22.18: Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste livro, testifico: Se
alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará os flagelos escritos
neste livro;

POSIÇÃO DA IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL - COMISSÃO DE ENSINO EM 1995


:
Ö
A Escritura ensina e a Igreja crê que, como instrumento para predizer as várias
etapas do plano divino de redenção, a profecia cumpriu sua finalidade através dos
antigos profetas e dos apóstolos, os quais registraram de forma inspirada e infalível
as etapas ainda futuras da História da Redenção, como a Segunda Vinda de Cristo,
a ressurreição dos mortos e o juízo final.1
- Assim, como veículo de revelação divina, ela cessou com os apóstolos e profetas, os
quais lançaram os fundamentos da Igreja de Cristo.2
- Ef 2.20: edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo,
Cristo Jesus, a pedra angular; (Ef. 3.5)

Em Ap 22.18-19 proíbe-se o acréscimo ou a omissão de qualquer coisa à profecia que João escreveu. Ao ser colocado
pela Igreja ao fim do Cânon das Escrituras, este mandamento adquire uma dimensão mais ampla, que extrapola o livro
de Apocalipse, e se estende para os demais livros bíblicos, refletindo a convicção da Igreja de que a profecia, como
veículo da revelação divina, encerrou-se com o Cânon.
2
Ef 2.20; 3.5. O fundamento da Igreja é Cristo. Ao difundir o Evangelho, os apóstolos estavam lançando o fundamento
da Igreja (cf. 1 Co 3.10-11).

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- 1 Co 3.11 - Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o
qual é Jesus Cristo.

Ö As Escrituras registram que Deus se revelou muitas vezes e de muitas maneiras


através dos profetas ao povo do Antigo Pacto, e que, agora, nos últimos dias, se
revelou através do Seu Filho (Hb 1.12).
- Essa revelação em Cristo se encontra registrada nas Escrituras, a qual é a nossa
única regra de fé e prática, e através da qual Deus ordinariamente guia o Seu povo.

Ö Ainda que no Novo Testamento se achem registrados alguns casos de orientação


divina através de profecia,3 os mesmos não devem ser tomados como normativos
para a Igreja de hoje, visto estarem ligados à História da Redenção, como no caso
mencionado em At 21.11, ou por se tratarem de ocorrências isoladas das quais
pouco podemos saber pelos textos (ver 1 Tm 1.18 e 4.14).

Ö Assim, revelações ou predições de eventos relacionados com a vida de indivíduos


não devem ser encorajadas, esperadas como ocorrência normal e costumeira
durante as reuniões do povo de Deus, e nem recebidas sem avaliação e exame

Ö A profecia, como exposição e aplicação das Escrituras no poder do Espírito Santo,


permanece na Igreja de Cristo em todas as épocas, e deve ser desejada e recebida
como sendo o melhor dos dons (1 Co 14.1,39).

Ö De acordo com Ap 19.10, "o testemunho de Jesus é o espírito da profecia,'"


significando que o propósito e o cerne da profecia é o testemunho da verdade sobre
Cristo, a qual se encontra revelada nas Escrituras (ver Jo 5.39: Examinais as
Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam
de mim)

B) Tradições Humanas:

Ö a Igreja Católica é a que mais evidencia essa prática:


- Concílio de Trento, Sessão iv: "e, vendo claramente que esta verdade e disciplina
estão contidas nos livros escritos, e nas tradições não escritas, as quais, recebidas
pelos apóstolos da boca do próprio Cristo, ou dos próprios apóstolos ditadas pelo
Espírito Santo, nos foram transmitidas como que de mão em mão".

Ö contradições dessas novas revelações:


- incoerências dessas tradições entre si mesmas;
- incoerências dessas tradições com as Escrituras;
- incoerência do próprio Deus em não registrá-las:
- haveria Deus de deixar sua revelação escrita incompleta e insuficiente?
- por que Deus deixaria parte da sua revelação para ser transmitida oralmente, sujeita
a todo tipo de corrupção e distorções?

3
Ver At 21.11; 1 Tm 1.18; 4.14.

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- se a tradição oral é uma forma eficiente de preservar a revelação divina, qual a razão
de ser das Escrituras?

4.5 - A Suficiência das Escrituras nos ensina que não existe pecado que não seja
proibido pelas Escrituras, quer explicitamente ou implicitamente:

Ö Não devemos acrescentar proibições:


- Tomar café é pecado, tomar vinho é pecado; assistir filme é pecado; o Usar
camisinha é pecado;

Ö Não devemos retirar proibições:


- Sexo antes do casamento não é mais pecado; mentir não é mais pecado;
indiferença;

4.6 - A Suficiência das Escrituras nos ensina que devemos enfatizar o que a Bíblia
enfatiza e nos contentar com aquilo que Deus nos disse nas Escrituras:

Ö Existem alguns temas sobre os quais Deus pouco falou: a origem do mal; presença
de Jesus na Ceia; exata seqüência dos eventos da volta de Jesus;

5- Argumentos que implicam na Suficiência das Escrituras:

5.1 - A Bíblia - a Própria Escritura afirma sua suficiência:

Ö suficiência das Escrituras: 2Tm 3.16;


- Nos consolar - Sl. 119.50;
- Nos dar prazer - Sl. 119.77, 92;
- Nos tornar sábios - Sl. 119.98;
- Nos tornar prudentes - Sl. 119.100;
- Nos guiar - Sl. 119.105;

Ö Fechamento do Cânon: Ap 22.18;

5.2 - Antropológico - nossa natureza pecaminosa:

Ö não se pode esquecer que o coração do homem é enganoso, corrupto: Jr 17.9...

5.3 - Diabólico:

Ö a astúcia de Satanás e de seus demônios que podem se travestir de anjo de luz;

5.4 - lógico:

Ö se as novas revelações ou tradições humanas ensinam o que já é ensinado nas


Escrituras, são desnecessários;
Ö se vão além das Escrituras, devem ser rejeitados;

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6- Desafio: Tg 1.19-22:

Ö saber ouvir, v.19 - prestar atenção, ponderar;


Ö saber acolher, v.21 - receber, deixar fazer morada (acolher a verdade- doutrina)
Ö saber praticar,v.22 - disposição: negar a si mesmo, tomar a cruz e seguir a Jesus
(viver a vida cristã);
Ö implicações:
- esse processo faz parte da vida do verdadeiro cristão:
■ a dinâmica desse processo em minha vida implica em santificação;
■ crescimento espiritual (imagem de Deus sendo restaurada em nós)

- falhas na conclusão do processo implica:


■ pecado;
■ ou incredulidade;

VII - CLAREZA DAS ESCRITURAS:

1- Interpretações quanto a clareza das Escrituras:

Ö Catolicismo: que enfatiza a obscuridade das Escrituras. Não é um livro apropriado


para os leigos. Somente o clero sabe interpretar as Escrituras.

Ö Entusiastas radicais: enfatizava o caráter misterioso das Escrituras. Ensinava que a


interpretação era fruto da iluminação do Espírito independente da Escritura;

Ö Uma outra opinião mais contemporânea, alega que a Escritura é tão clara que não
há parte alguma dela que seja difícil de ser entendida.
- o Nenhum treinamento em hermenêutica é requerido;

Ö Reformadores - Segundo a Confissão de fé de Westminster, parágrafo VII: Nas


Escrituras não são todas as coisas igualmente claras em si, nem do mesmo modo
evidentes a todos; contudo, as coisas que precisam ser obedecidas, cridas e
observadas para a salvação, em uma ou outra passagem das Escrituras são tão
claramente expostas e aplicadas, que não só os doutos, mas ainda os indoutos, no
devido uso dos meios comuns, podem alcançar uma suficiente compreensão delas.

2- Implicações da Clareza das Escrituras (perspectiva Reformada): 2.1 - Nem Tudo é


igualmente Claro ou Evidente:

A) Devido à Natureza do seu conteúdo:

Ö o objeto último das Escrituras é o conhecimento da pessoa e obra de Deus, um ser


eterno e infinito (1Tm 6.16);
Ö portanto, ó obvio que haja mistérios que ultrapassem a compreensão humana;

B) Por Causa da Corrupção do Homem:

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Ö além dos seres humanos serem limitados, também são pecadores.


Ö a Queda corrompeu tanto o coração como a mente: Rm 3.10-12;

C) Devido às Características Humanas das Escrituras:

Ö a Escritura tem sua origem divina, mas sua forma humana;


Ö revelam de modo inerrante a vontade de Deus, mas em linguagem humana:
- isto pode causar dificuldades: gramática, vocabulário, contexto histórico, etc.

D) Porque as Próprias Escrituras Admitem alguma dificuldade no seu Entendimento:

Ö Pedro reconheceu dificuldades em alguns escritos de Paulo (2Pe 3.16);


Ö o Eunuco Etíope também não estava compreendendo: (At 8.29);

2.2 - O Essencial é Claro pela Iluminação do Espírito:

Ö afirmar a doutrina da Clareza das Escrituras não significa que isto é automático, e
não requer esforço algum;
Ö a doutrina da Clareza é fundamentada em alguns princípios inseparáveis:

A) ação iluminadora do Espírito:

Ö é necessário orar pedindo compreensão, discernimento, iluminação: Sl 119.18; Ef


1.18;
Ö se não houver iluminação do Espírito nenhuma verdade (por mais básica que seja)
serão obscuras e inteligíveis;

B) estudo sistemático das Escrituras:

Ö é verdade que há passagens difíceis de serem entendidas;

Ö todavia, tudo o que é necessário para a salvação e uma vida cristã autentica é
inteligível para todos os crente: > Sl 19.7,8; Sl 119.105, 130; 2Tm 3.15;
- qualquer crente que estude a Palavra deixando que a Palavra interprete a Palavra
terá bons resultados;

Ö por outro lado, não podemos ignorar os dons:


- Deus vocacionou uns para o ministério da Palavra: 1Tm 5.17;
- Pastores e Mestres são os responsáveis pelo ensino e capacitação de outros:
- Ef 4.11: E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros
para evangelistas e outros para pastores e mestres;

3 - Aplicações:

Ö Cada crente precisa ter acesso as Escrituras: ler, estudar e ensinar a outros;

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- Tanto o caminho da salvação, como as doutrinas e práticas fundamentais estão


suficiente e claramente explicadas nas Escrituras;

Ö A Escritura se auto-interpreta:
- Textos mais obscuros devem ser entendidos à luz de textos mais claros;

Ö Interpretações Bíblicas são obtidas através da oração (iluminação) e pesquisa


(trabalho):
- Calvino usou o termo: orare e labutare para expressar uma boa interpretação;
- Lutero empregou a figura de um barquinho com dois remos, o remo da oração e o
remodo estudo. Com um só remo navegaremos em circulo, perderemos o rumo, não
chegaremos a lugar algum.

VIII- PRESERVAÇÃO:

Introdução:

Ö Qual a importância da doutrina da preservação das Escrituras?


Ö De que adiantaria os textos bíblicos originais terem sido verbalmente inspirados,
garantindo assim seu registro inerrante da revelação divina, se não forem
igualmente preservados, para garantir que a revelação registrada continue
acessível no decurso dos séculos?
Ö A preservação da Escrituras faz parte da soberana providência de Deus assim
como a doutrina da revelação e inspiração das Escrituras.

1- Definição:
Ö CF, I, 8: O Antigo Testamento em hebraico (língua nativa do antigo povo de Deus) e
o Novo Testamento em grego (a língua mais geralmente conhecida entre as nações
no tempo em que foi escrito), sendo inspirados imediatamente por Deus, e pelo seu
singular cuidado e providência conservados puros em todos os séculos, são, por
isso, autênticos, e assim em todas as controvérsias religiosas a Igreja deve apelar
para eles como um supremo tribunal; mas, não sendo essas línguas conhecidas por
todo o povo de Deus, que tem direito e interesse nas Escrituras, e que deve, no
temor de Deus, lê-las e estudá-las, esses livros têm de ser traduzidos nas línguas
comuns de todas as nações aonde chegarem, a fim de que, permanecendo nelas
abundantemente a Palavra de Deus, adorem a Deus de modo aceitável e possuam
a esperança pela paciência e conforto das Escrituras.

Ö Que o texto bíblico, revelado e inspirado por Deus para garantir seu fiel registro nas
Escrituras, tem sido cuidadosamente por Ele preservado no decorrer dos séculos,
de modo a garantir que aquilo que foi revelado e inspirado continue disponível a
todas as gerações subseqüentes.

2- Evidências da Preservação do NT na História:

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Ö Texto Majoritário ou Eclesiástico - foi o texto manuscrito recebido, reconhecido,


usado e preservado pela igreja do sec IV até o surgimento da imprensa, no sec.
XVI;

- Aspectos positivos do texto Majoritário:


■ Milhares de manuscritos -
■ Catolicidade (diferentes áreas geográficas)
■ Variedade de manuscritos: papiros, unciais, citações patrísticas,
lecionarios...;
■ Continuidade: consenso histórico;
- No sec. XVI, o texto majoritário foi amplamente adotado pela igreja, inclusive os
reformadores:

Ö Três períodos dos textos impressos:

- Não crítico - aceitação incondicional do texto majoritário (texto recebido); o Pré-


crítico- inicio com a edição de John Fell 1675-1831 - muitos críticos rejeitaram o texto
recebido (majoritário);
■ Todavia, a igreja continuou usando o texto recebido (majoritário);
- Crítico - 1831 até os dias de hoje - surgimento dos textos ecléticos;
■ Teoria de Westcott e Hort - textos descobertos no Egito do sec II e III,
• baseados na minoria dos manuscritos:
• discordam bastante entre si;
• e em grande massa dos manuscritos que apresentam o texto
majoritário;

4- Aplicação: Evidencias Bíblicas:

Ö Como nas demais obras da providência, Deus agiu diretamente e indiretamente,


segundo seus propósitos eternos, afim de que sua vontade soberana seja
cumprida:
- o Is 46:10 que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a
antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho
permanecerá de pé, farei toda a minha vontade;

Ö Deus cuidou, no decorrer dos séculos, para que sua Palavra (Revelada e Inspirada)
fosse preservada por meio de uma transmissão cuidadosa, através de homens que
a copiaram com reverencia e fidelidade, a fim de que o texto original continuasse
sempre disponível: o Is 40.8: Secas-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra de
nosso Deus permanece eternamente;
- Mt 24.35: Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão;
- 1Pe1.23-25: fostes regenerados, não de semente corruptível, mas de incorruptível,
mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente. Pois toda carne é como a
erva; e toda a sua glória como a flor da erva; seca-se a erva e cai a sua flor; a
palavra do Senhor, porém, permanece eternamente; (PALAVRA QUE FOI
PRESERVADA E TRADUZIDA)

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TRADUÇÃO DAS ESCRITURAS.

a) A Septuaginta ( L X X ) = Como conseqüência dos 70 anos de cativeiro na Babilônia,


e em virtude da forte influência da língua aramaica, a língua hebraica enfraqueceu-
se. Quando Alexandre o Grande, a partir do ano 331 a.C., estabeleceu seu império,
ele popularizou a língua grega (Koiné) entre os povos de muitas terras e muitas
culturas.4 A língua grega popularizou-se ao ponto de tornar imprescindível que para
ela se fizesse uma tradução das Sagradas Escrituras.

A tradução grega foi feita por 72 sábios judeus (daí o nome Septuaginta), na cidade
de Alexandria, a partir de 285 a.C., concluída trinta e nove anos mais tarde, foi a
versão que, além de preparar o mundo para o advento de Cristo, deveria tornar
conhecida de todos os povos a Palavra de Deus. Na Igreja Primitiva, era essa a
versão conhecida de todos os crentes.

b) A "Hexápla" = Nem todos os livros do Antigo Testamento, infelizmente, foram bem


traduzidos na "Septuaginta", razão pela qual Orígenes, por volta de 285 d.C.,
compôs a "Hexápla", ou versão de seis colunas, contendo a Septuaginta e três
traduções gregas do Antigo Testamento. Ela era uma grandiosa obra, constituída de
cinqüenta volumes, perdeu-se quando provavelmente os Sarracenos saquearam
Cesárea em 653 d.C.

c) A "Vulgata" = Em 382 d.C., o bispo Damasco encarregou São Jerônimo de traduzir


da Septuaginta para o latim o livro dos Salmos e o Novo Testamento, o que ele fez
em três anos e meio. Esta versão da Bíblia feita por Jerônimo ficou conhecida como
"Vulgata" (ver figura 08).

d) Os "Manuscritos do Mar Morto" = No ano de 1947, foram encontrados


casualmente, por um beduíno, numa gruta nas proximidades de Jericó junto ao mar
morto, os livros do profeta Isaías (ver fig. 09). Que ficou sendo conhecido como os
"manuscritos de Isaías".

e) A Bíblia em Português = Coube a João Ferreira de Almeida a grandiosa tarefa de


traduzir pela primeira vez para o português o Antigo e o Novo Testamento. Mas
antes de João Ferreira, houve homens e mulheres que traduziram partes da Bíblia do
latim para o português. Como por exemplo: Dom Diniz que traduziu a Vulgata para o
português; D. João I traduziu o livro dos Salmos; a neta do Rei D. João I, a infanta D.
Filipa traduziu do francês os Evangelhos. Enfim, houve ao longo da história homens
e mulheres que se dedicaram na tradução das Sagradas Letras. Mas foi pelas mãos
de João Ferreira de Almeida, terminada em 1769 o Novo Testamento5, que temos a
versão em português da Palavra de Deus.

Pois bem, depois desta pequena viagem histórica acerca da Bíblia, vemos o quanto
Deus é soberano e a preservou por séculos para que a sua Igreja seja edificada. A

J. I. Packer; Merril C. Tenney; William White Jr. O Mundo do Novo Testamento. (São Paulo: Editora Vida, 2000), 51.
Frank Charles Thompson. Bíblia de Referência Thompson. (São Paulo: Editora Vida, 1994), 1377, 1378.

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Bíblia é uma biblioteca divina que contem profecias, histórias, leis, poesias, hinos,
literatura, contos, biografias, cartas, oratória, parábolas, filosofia, dramas, exposições
e sermões. Seus estilos e temas literários são diversos, mas ela está entretecida
num todo composto e unificado.6

"A fé, portanto, baseia-se na validez incondicional da Palavra". (M. Lutero).

Ref.: Material de Ensino sobre BIBLIOLOGIA reformatado por mim, mas de autoria do Prof. rev.
Heber Schaiblich

Kenneth Boa. Op Cit. . ix.

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Ref.:
1. http://www.sermao.com.br/sermao.asp?id=2268
2. http://www.bibliaonline.com
3. http://biblelexicon.org/ephesians/2-20.htm
4. EVIDÊNCIA QUE EXIGE UM VEREDITO - Evidências históricas da fé Cristã - Josh
McDowell

Material de Apoio ...


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Provas Bíblicas da Depravação total John Piper
Nilson Mascolli Filho Índice; Capítulo 1; Capítulo 2; Capítulo Acervo monergismo.com
15/3/07 3; Capítulo 4; Capítulo 5; Capítulo 6; mais...
mais... Capítulo 7 .
►Análise da doutrina da 5 – (P) Perseverance of Saints
"Depravação Total - Áudio (Perseverança dos Santos) - Todos
Uma análise da doutrina da Doze pontos de resumo da eleição os eleitos vão perseverar na fé até o
"Depravação Total", com base em nas epístolas de Paulo fim e chegar ao céu. Nenhum perderá a
Romanos 3, e como ela nos conduz William Hendriksen salvação.
necessariamente aos outros quatro mais... A perseverança dos santos
pontos do Calvinismo. A Eleição e a Perseverança dos (permanecer cristão)
Autor(a): Joel R. Beeke santos conduzem a uma vida de Wayne Grudem
. libertinagem. 26/5/06
2 – (U) Unconditional Election N. Mascolli mais...
(Eleição incondicional) - Deus mais... A Perseverança dos Santos
escolheu dentre todos os seres 3 –(L) Limited Atonement (Expiação Bíblia de Estudo de Genebra
humanos decaídos um grande número limitada) - Jesus Cristo morreu na cruz 10/3/06
de pecadores por graça pura, sem para pagar o preço do resgate somente mais...
levar em conta qualquer mérito, obra dos eleitos;
ou fé prevista neles. A Expiação ********
A Predestinação R. C. Sproul Programas legais para N95:
R. C. Sproul 5/6/06
6/3/06 mais... http://www.n95br.com/category/gps-
mais... Expiação Limitada / Definida aplicativos/
A doutrina da Predestinação R. C. Sproul
João Calvino 5/6/06

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EBD – Disciplina: Conheça a sua igreja
Prof.: Daniel Deusdete

AULA 4 - A Reforma Protestante e as Marcas da Igreja


Reformada
Nós teremos uma hora de aula para falarmos da reforma protestante e das marcas da igreja
reformada. O desafio, portanto, é colossal. Nem ao menos conseguiremos sair da introdução
se não tomarmos cuidado.

Assim, sejamos muito objetivos e focados no principal objetivo desta aula. Ou seja, permitir
aos alunos uma visão geral e superficial do assunto que poderá ser aperfeiçoada com uma
bibliografia indicada e recomendada.

Há muitos escritos falando dos dois tópicos que nos possibilitam o conhecimento de muitos
detalhes importantes para nossa análise e meditação.

Vamos começar pela reforma protestante.

A reforma protestante acabou se tornando um termo para designar um movimento na história


em prol da busca da verdade religiosa comunicada por Deus e erroneamente defendida pela
Igreja Católica Romana.

Recapitulando um pouco as aulas que tivemos podemos afirmar peremptoriamente que:

Î Jesus Cristo é a principal pedra de esquina ou angular sobre o qual todo edifício pode ser
construido. “Assim que, já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos
e da família de Deus; edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que
Jesus Cristo é a principal pedra da esquina; no qual, todo o edifício, bem ajustado, cresce para
templo santo no Senhor. No qual também vós, juntamente, sois edificados para morada de
Deus em Espírito." (Efésios 2:19-22).

Î a Bíblia é a nossa única regra de fé e prática. Isto é. Há um autor. Há uma mensagem. Há,
portanto, um significado que Deus trouxe ou deu a conhecer aos homens.

Î que há um Deus, santo, sábio, soberano e bom que criou todas as coisas e que as sustenta
com a força de seu poder. “O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da
sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si
mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas;”
(Hebreus 1:3).

Isso era o que criam os reformadores, mas havia um grande obstáculo: faziam parte de uma
igreja que estava podre em todos os sentidos e a verdade estava escondida….

A reforma protestante não surgiu assim vapt-vupt, pelo contrário, o movimento foi ganhando
corpo e expressão ao longo de muito tempo. Os famosos líderes da reforma Calvino e Lutero
não foram os que começaram, mas aqueles em que a reforma acabou eclodindo.

- o papado em declínio de 1309-1439:

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- os místicos: tentavam tornar a religião mais pessoal


- os precursosres da reforma: Wycliffe, Huss, Savonarola, outros, tentavam fazer a igreja
voltar ao ideal do NT

A reforma ganhou expressão e daí em diante a igreja jamais foi a mesma a partir de
31/10/1517 quanto Lutero afixou as suas 95 teses na porta da igreja do Castelo de Wittenberg
onde basicamente criticava os abusos do sistema das indulgências, na tentativa de reformá-las
e desafiava a todos para debater o assunto. Lutero apenas veio admitir forçadamente a
separaçao do romanismo entre 1518-21.

Pode-se perceber que entre os religiosos que dominavam o mundo na Idade Média havia
pessoas de fato interessadas na busca da verdade de Deus e são esses que aos poucos vão
buscando, discutindo, criticando e exigindo mudanças. Também haviam os que não criam em
Deus e apenas o usavam para manipular as massas e manterem os privilégios do poder.

Essa disputa de forças onde outros fatores importantes também estavam em jogo como os
aspectos sociais, econômicos e políticos acabaram dividindo as pessoas em grupos que
desejavam que algo viesse a acontecer para mudar o atual estado das coisas e outros grupos
que preferiam deixar as coisas como estavam.

O fato é que a verdade de Deus não poderia continuar a ficar presa e enclausurada numa
igreja que justamente existia para divulgá-la. Ora Deus não criou a igreja para ser uma fonte
de pecado, de rituais e cerimoniais de homens que não santificam vidas antes as escravizam
na formalidade e na religião das aparências. A igreja deve pregar o evangelho. Deus veio
libertar o homem do pecado!

Martinho Lutero sofria com a questão do pecado, pois cria piamente em Deus e na realidade do
pecado, mas não conseguia agradar a divindade, por mais que se esforçasse, jejuasse e
buscasse a Deus em longas orações, rezas e rituais de penitências.

Seu pai queria que Lutero estudasse direito ao contrário do pai de Calvino que queria que o
mesmo fosse teólogo e acabou se formando em direito. No entanto, assustado, numa perigosa
tempestade numa estrada perto de Erfurt, prometeu a Santa Ana tornar-se monge se fosse
poupado da morte.

Sua alma vivia angustiada com a questão do pecado, mesmo assim lecionava teologia e rebera
muitos conselhos de que continuasse a confiar em Deus e a estudar a Bíblia. Até que se
deparou com Rm 1:17: “Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está
escrito: Mas o justo viverá da fé.”

Este versículo caiu como um raio em sua cabeça e daí as idéias da justificação pela fé e da sola
scriptura que enfatizavam que a Bíblia é a única autoridade para o pecador procurar a salvação
passaram a ser os pontos principais de seu sistema teológico e também da reforma.

Outros livros e idéias de outros teológos que já tinha tido conhecimento por conta de suas
respectivas literaturas, como por ex Agostinho, também muito o influenciaram, mas o que
mais o marcou e o convenceu foi a leitura e estudo das próprias Escrituras.

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Textos de ajuda:

A REFORMA PROTESTANTE E AS MARCAS DA IGREJA REFORMADA


Romanos 1.16-17

PRÉ-HISTÓRIA HISTÓRIA
Idade Antiga Idade Média Idade Moderna Idade
Contemporânea

4.000 a.C. 476 d.C. 1.453 d.C. 1789 d.C.


Invenção da escrita Queda do Império Tomada de Início da Revolução
Romano do Ocidente Constantinopla pelos Francesa
Turcos

PRIMEIROS MOVIMENTOS DE REFORMA


Nos séculos 14 e 15, surgiram alguns movimentos esporádicos de protesto contra certos
ensinos e práticas da Igreja Medieval. Um deles foi encabeçado por João Wycliff (1325?-1384),
um sacerdote e professor da Universidade de Oxford, na Inglaterra. Wycliff atacou as
irregularidades do clero, as superstições (relíquias, peregrinações, veneração dos santos), bem
como a transubstanciação, o purgatório, as indulgências, o celibato clerical e as pretensões
papais. Seus seguidores, conhecidos como os lolardos, tinham a Bíblia como norma de fé que
todos devem ler e interpretar.
João Hus (c.1372-1415), um sacerdote e professor da Universidade de Praga, na Boêmia,
foi influenciado pelos escritos de Wycliff. Definia a igreja por uma vida semelhante à de Cristo, e
não pelos sacramentos. Dizia que todos os eleitos são membros da igreja e que o seu cabeça é
Cristo, não o papa. Insistia na autoridade suprema das Escrituras. Hus foi condenado à fogueira
pelo Concílio de Constança. Seus seguidores ficaram conhecidos como Irmãos Boêmios (1457) e
foram muito perseguidos. Foram os precursores dos Irmãos Morávios, outro grupo protestante
cujas raízes são anteriores à Reforma do século 16. Outro indivíduo incluído entre os pré-
reformadores é Jerônimo Savonarola (1452-1498), um frade dominicano de Florença, na Itália,
que pregou contra a imoralidade na sociedade e na Igreja, inclusive no papado. Governou a
cidade por algum tempo, mas finalmente foi excomungado e enforcado como herege.

REFORMADORES
- Martinho Lutero (1483-1546)
Martinho Lutero nasceu no dia 10 de novembro de 1483. Sua família era pobre e ele lutou
com muita dificuldade para estudar. Preparava-se para ingressar no curso de Direito, quando
resolveu tornar-se monge. Entrou para o mosteiro agostiniano de Erfurt, em 1505, antes de
completar 22 anos de idade. Dois anos depois foi ordenado sacerdote. No ano seguinte foi para
Wittenberg preparar-se para ser professor na recém-criada universidade daquela cidade. Foi lá
que Lutero dedicou-se ao estudo das Escrituras. E ao estudar a Epístola aos Romanos, descobriu
que “O justo viverá por fé” (Romanos 1.17). Ele já havia feito tudo que a igreja indicava para
alcançar a paz com Deus. Mas sua situação interior só piorava. Ao descobrir a graça redentora,
entregou-se a Jesus Cristo, pela fé, e encontrou a paz e a segurança de salvação.

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No dia 31 de outubro de 1517, Martinho Lutero afixou, na porta da capela de Wittenberg,


as suas 95 teses. Era o início da Reforma.
Lutero e os demais reformadores defenderam alguns princípios básicos que viriam a
caracterizar as convicções e práticas protestantes: sola Scriptura, solo Christo, sola gratia,
sola fides, soli Deo gloria. Outro princípio aceito por todos foi o do sacerdócio universal dos
fiéis.
Lutero tentou reformar a igreja, mas Roma não quis se reformar. Antes o perseguiu violentamente.
Em 1521 ele foi excomungado. Neste mesmo ano teve que se es¬conder durante 10 meses no
castelo de Wartburgo, perto de Eisenach, para não ser morto. Depois voltou para Wittenberg, de
onde comandou a expansão do movimento de reforma.
Lutero faleceu em Eisleben, no dia 18 de fevereiro de 1546.

- Úlrico Zwínglio (1484-1531)


Paralela à reforma de Lutero, surgiu na Suíça um reformador chamado Úlrico Zwínglio. Era
mais novo do que Lutero apenas 50 dias, mas tinha formação e idéias diferentes do reformador
alemão.
Úlrico Zwínglio nasceu na Suíça, no dia 1º de janeiro de 1484. Seu pai era magistrado
provincial. Sua família tinha uma boa posição social e financeira, o que lhe permitiu estudar em
importantes escolas daquela época. Estudou na Universidade de Viena, de Basiléia e de Berna.
Graduou-se Bacharel em Artes, em 1504, e Mestre dois anos depois.
Em 1506 Zwínglio tornou-se padre, embora o seu interesse pela religião fosse mais
intelectual do que espiritual. Em 1520 Zwínglio passou por uma profunda experiência espiritual,
causada pela morte de um irmão querido. Dois anos depois iniciou um trabalho de pregação do
evangelho, baseando-se tão somente na Escritura Sagrada. O Papa Adriano VI proibiu-o de
pregar. Poucos meses depois, o governo de Zurique, na Suíça, resolveu apoiar Zwínglio e
ordenou que ele continuasse pregando.
Em 1525 Zwínglio casou-se com uma viúva chamada Ana Reinhard. Nesse mesmo ano
Zurique tornou-se, oficialmente, protestante. Outros cantões (estados) suíços também aderiram ao
protestantismo. As divergências entre estes cantões e os que permaneceram fiéis a Roma iam-se
aprofundando.
Em 1531 estourou a guerra entre os cantões católicos e os protestantes, liderados por
Zurique. Zwínglio, homem de gênio forte, também foi para o campo de batalha, onde morreu no
dia 11 de outubro de 1531.
Zwínglio morreu, mas o movimento iniciado por ele não morreu. Outros líderes deram
continuidade ao seu trabalho. Suas idéias foram reestudadas e aperfeiçoadas. As igrejas que
surgiram como resultado do movimento iniciado por Zwínglio são chamadas de igrejas reformadas
em alguns países, e igrejas presbiterianas em outros. Dentre os líderes que levaram avante o
movimento iniciado por Zwínglio destacam-se Guilherme Farel e João Calvino.

- Guilherme Farel (1489-1565)


Guilherme Farel nasceu em Gap, província francesa do Delfinado, no ano de 1489. Os
seus biógrafos o descrevem como um pregador valente e ousado. Embora sua família fosse
aristocrática, ele era rude e tosco. Sua eloqüência era como uma tempestade.
Farel converteu-se em Paris. O homem que o levou a Jesus Cristo era seu professor na
universidade e se chamava Jacques LeFévre. Parece que Farel inicialmente não pretendia deixar
a Igreja Católica, pois em 1521 ele iniciou um trabalho de pregação sob a proteção do bispo de

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Meaux, Guilherme Briçonnet. Mas logo depois foi proibido de pregar e expulso da França,
acusado de estar divulgando idéias protestantes.
Em 1524 estava em Basiléia fazendo as suas pregações. Mas a sua impetuosidade o
levou a ser expulso da cidade.
Em 1526 Farel iniciou o seu trabalho de pregação na Suíça de fala francesa. Ligou-se aos
seguidores de Zwínglio. Conseguiu implantar o protestantismo em vários cantões (estados)
suíços. E em 1532 entrou em Genebra pela primeira vez. Sua pregação causou tumulto na
cidade. Teve que se retirar... Mas voltou logo depois. E no dia 21 de maio de 1536, a Assembléia
Geral declarou a cidade oficialmente protestante.
Mas Genebra aceitara o protestantismo mais por razões políticas que espirituais. E agora
Farel tinha uma grande tarefa pela frente: reorganizar a vida religiosa da cidade.
Guilherme Farel era um homem talhado para conquistar uma cidade para o protestantismo.
Mas se perdia completamente no trabalho que vinha a seguir. Não sabia planejar, nem organizar,
nem liderar, nem pastorear. Mas, felizmente, conhecia suas limitações e convidou João Calvino
para reorganizar a vida religiosa de Genebra.
No dia 23 de abril de 1538, Farel e Calvino foram expulsos da cidade. Calvino foi para
Estrasburgo, onde pastoreou uma igreja formada por refugiados franceses. Farel foi para
Neuchâtel, uma cidade que havia sido conquistada por ele para o Evangelho. Calvino voltou para
Genebra em 1541. Farel permaneceu em Neuchâtel, onde faleceu em 1565, com 76 anos de
idade.

- João Calvino (1509-1564)


O homem responsável pela sistematização doutrinária e pela expansão do protestantismo
reformado foi João Calvino. O “pai do protestantismo reformado” é Zwínglio. Mas o homem que
moldou o pensamento reformado foi João Calvino. Por isso, o sistema de doutrinas adotado pelas
Igrejas Reformadas ou Presbiterianas chama-se calvinismo.
João Calvino nasceu em Noyon, Picardia, França, no dia 10 de julho de 1509. Seu pai,
Geraldo Calvino, era advogado e secretário do bispado de Noyon. Sua mãe, Jeanne le Franc,
faleceu quando ele tinha três anos de idade.
A família Calvino tinha amizade com pessoas importantes. E a convivência com essas
famílias levou João Calvino a aprender as maneiras polidas da elite daquela época.
Geraldo Calvino usou o seu prestígio junto ao bispado para conseguir a nomeação de seus
filhos para cargos eclesiásticos, conforme os costumes daquela época. Antes de completar doze
anos, João Calvino foi nomeado capelão de Lá Gesine, próximo de Noyon. Não era padre, mas
seu pai pagava um padre para fazer o trabalho de capelania e guardava os lucros para o filho.
Mais tarde essa capelania foi trocada por outra mais rendosas.
Em agosto de 1523, logo depois de ter completado 14 anos, João Calvino ingressou na
Universidade de Paris. Ali completou seus estudos de pré-graduação no começo de 1528. A
seguir foi para a Universidade de Orléans onde formou-se em Direito.
Em maio de 1531 faleceu Geraldo Calvino. E João, que estudara Direito para satisfazer o
pai, resolveu tornar-se pesquisador no campo de literatura e filosofia. Para isto, matriculou-se no
Colégio de França, instituição humanista fundada pelo rei Francisco I. Estudou Grego, Latim e
Hebraico. Tornou-se profundo conhecedor dessas línguas.
Em 1532 João Calvino lançou o seu primeiro livro: Comentários ao Tratado de Sêneca
sobre a Clemência. Os intelectuais elogiaram muito a obra. Era um trabalho de grande erudição.
Mas o público ignorou o lançamento – poucos compraram o livro.

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João Calvino converteu-se a Jesus Cristo entre abril de 1532 e o início de 1534. Não se
sabe detalhes da sua experiência. Mas a partir daí Deus passou a ocupar o primeiro lugar em sua
vida.
No dia 1º de novembro de 1533 Nicolau Cop, amigo de Calvino, tomou posse como reitor
da Universidade de Paris. O seu discurso de posse falava em reformas, usando linguagem
semelhante às idéias de Lutero. E o comentário geral era que o discurso tinha sido escrito por
Calvino. O rei Francisco I resolveu agir contra os luteranos. Calvino e Nicolau Cop foram
obrigados a fugir de Paris.
No dia 4 de maio de 1534 Calvino compareceu ao palácio do bispo de Noyon, a fim de
renunciar ao cargo de capelão. Foi preso, embora por um período curto. Libertado logo depois,
achou melhor fugir do país. E no final de 1535 chegava a Basiléia cidade protestante, onde se
sentiu seguro.
Em março de 1536 Calvino publicou a sua mais importante obra – Instituição da Religião
Cristã. O prefácio da obra era uma carta dirigida ao rei da França, Francisco I, defendendo a
posição protestante. Mas a Instituição era apenas uma apresentação ordenada e sistemática da
doutrina e da vida cristã. A edição definitiva só foi publicada em 1559.
A Instituição da Religião Cristã, conhecida como Institutas de Calvino, é a mais completa
e importante obra produzida no período da Reforma.
Em julho de 1536 Calvino chegou a Genebra. A cidade tinha se declarado oficialmente
protestante no dia 21 de maio daquele ano. E Guilherme Farel lutava para reorganizar a vida
religiosa da cidade.
Calvino estava hospedado em uma pensão, quando Farel soube que ele estava na cidade.
Foi ao seu encontro e o convenceu a permanecer ali para ajudá-lo na reorganização da cidade.
Calvino era bem jovem – tinha apenas 27 anos. A publicação das Institutas fizera dele um
dos mais importantes líderes da Reforma na França. Mas o seu início em Genebra foi muito
modesto. Inicialmente ele era apenas um preletor de Bíblia. Um ano depois foi nomeado
pregador. Mas enquanto isso elaborava as normas que pretendia implantar e fazer de Genebra
uma comunidade modelo.
João Calvino teve muitos adversários e opositores em Genebra. À medida que ele ia
apresentando as normas que pretendia implantar na cidade, a fim de torná-la uma comunidade
modelo, a oposição ia crescendo. Finalmente a oposição venceu as eleições. E no dia 23 de abril
de 1538, Calvino e Farel foram banidos de Genebra.
Calvino foi para Estrasburgo, onde pastoreou uma igreja constituída de refugiados
franceses. Ali viveu os dias mais felizes de sua vida. Casou-se. A escolhida se chamava Idelette
de Bure. Era holandesa. E viúva.
Genebra, enquanto isso, passava por várias mudanças. Os adversários de Calvino foram
derrotados. E, no dia 13 de setembro de 1541, ele entrava novamente em Genebra. Voltava por
insistência de seus amigos. Voltava fortalecido. E, enfim, pôde reorganizar a vida religiosa da
cidade.
Calvino introduziu o estudo do seu catecismo, o uso de uma nova liturgia, um governo
eclesiástico presbiterial, disciplinou a vida civil, estabeleceu normas para o funcionamento do
comércio e fez de Genebra uma cidade modelo.
No dia 29 de março de 1549 Idelette faleceu. Mas Calvino continuou o seu trabalho.
Pesquisava, escrevia comentários bíblicos e tratados teológicos, administrava, pastoreava,
incentivava...

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Em 1559 fundou a Academia Genebrina – a Universidade de Genebra. Jovens de vários


países vieram estudar ali e levaram a semente do evangelho na volta à sua terra. Esses jovens se
espalharam pela França, Países Baixos, Inglaterra, Escócia, Alemanha e Itália.
João Calvino faleceu em Genebra, no dia 27 de maio de 1564.

John Knox (1505/15?-1587)


Os seguidores do movimento iniciado por Zwínglio e estruturado por Calvino se
espalharam imediatamente por toda a Europa. Na França eles eram chamados de huguenotes; na
Inglaterra, puritanos; na Suíça e Países Baixos, reformados; na Escócia, presbiterianos.
A Escócia é uma país muito importante na história do protestantismo reformado. Foi lá que
surgiu o nome presbiteriano. Por isto, alguns livros de história afirmam que o presbiterianismo
nasceu na Escócia.
O grande nome da reforma escocesa é John Knox. Pouco se sabe a respeito dos primeiros
anos de sua vida. Supõe-se que tenha nascido entre os anos 1505 a 1515. Estudou teologia e foi
ordenado sacerdote, possivelmente em 1536. Não se sabe quando e em que circunstâncias
ocorreu a sua conversão. Em 1547 foi levado para a França, onde ficou preso dezenove meses,
por causa de sua fé. Libertado, foi para a Inglaterra, onde exerceu o pastorado por dois anos. Em
1554 teve que fugir da Inglaterra, indo, inicialmente, para Frankfurt, e depois para Genebra, onde
foi acolhido por Calvino. Em 1559 voltou para a Escócia, onde liderou o movimento de reforma
religiosa. Sua influência extrapolou a área religiosa, atingindo também a vida política e social do
país. Sob a sua influência, o parlamento escocês declarou o país oficialmente protestante, em
dezembro de 1567. A igreja organizada por ele e seus auxiliares recebeu o nome de Igreja
Presbiteriana. John Knox faleceu no dia 24 de novembro de 1587.
O presbiterianismo foi levado da Escócia para a Inglaterra; de lá, para os Estados Unidos
da América.
Em 1726 teve início um grande despertamento espiritual nos Estados Unidos. Este
despertamento levou os presbiterianos a se interessarem por missões estrangeiras. Missionários
foram enviados para vários países, inclusive o Brasil.
No dia 12 de agosto de 1859 chegou ao nosso país o primeiro missionário presbiteriano:
Ashbel Green Simonton.

PRINCÍPIOS BÁSICOS QUE VIRIAM A CARACTERIZAR AS CONVICÇÕES E PRÁTICAS


PROTESTANTES
- Sola Scriptura,
- Solo Christo,
- Sola gratia,
- Sola fides,
- Soli Deo gloria.

Outro princípio aceito por todos foi o do sacerdócio universal dos fiéis.

IMPLICAÇÕES PRÁTICAS
A história da reforma nem sempre é agradável e inspiradora. Por causa das profundas
conexões entre elementos religiosos e políticos, esse período foi marcado por muita violência em
nome da fé. Porque a religião é uma coisa muito importante para as pessoas, as paixões que
desperta podem se tornar terrivelmente destrutivas. Os erros cometidos nessa área por diferentes
grupos nos séculos 16 e 17 nos servem de advertência e de estímulo para a prática da caridade

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cristã e da tolerância, conforme o exemplo de cristo. Podemos, sem abrir mão de nossas
convicções, respeitar os que pensam diferente de nós.
Ao mesmo tempo, nos impressionamos com o heroísmo de tantos irmãos nossos da época
da reforma, que por causa de sua fé enfrentaram muitas provações e até mesmo mortes cruéis. O
evangelho já não exige esse tipo de sacrifício da maioria dos cristãos do ocidente, mas isso não
significa que estamos livres de grandes desafios. São outras as maneiras pelas quais a nossa fé é
testada no tempo presente. Viver de acordo com os princípios e os valores do reino de Deus
continua sendo uma prova difícil, mas necessária, para todos os cristãos.

Fonte:
http://www.mackenzie.br/6962.html
Igreja Presbiteriana de Campinas, site http://www.ipcamp.org.br

Texto de ajuda 2:

“O Pensamento Reformado acerca das Marcas da Igreja Verdadeira


A Reforma Protestante do século XVI levantou questões muito sérias aos
cristãos do seu tempo. Uma dessas era a seguinte: Qual é a igreja
verdadeira? Tanto os romanistas como os protestantes alegavam ser a
verdadeira igreja de Cristo, e “… cada um denunciava o outro como uma
falsa igreja” (Kevin Reed, Fazendo a Fé Naufragar, p. 69) Além disto, outros
partidos denominados de reformadores radicais, tais como os anabatistas,
condenavam tanto os romanistas quantos às congregações protestantes
como falsas igrejas.

Em nossos dias, quando observamos o grande número de denominações religiosas, sendo


criadas a um ritmo desenfreado, cada qual alegando o título de igreja de Cristo, somos levados
a fazer a seguinte pergunta: Como podemos identificar a verdadeira igreja do Senhor Jesus
Cristo?

Na tentativa de alcançarmos uma melhor compreensão acerca desse assunto tão polêmico,
analisaremos a concepção reformada da notae ecclesiae (marcas ou “notas” essenciais da
Igreja) formulado pelos primeiros e mais importantes expoentes da Reforma do século
dezesseis, respectivamente Lutero, Zuínglio e Calvino, os quais concordavam acerca da
existência de aspectos ou características essenciais da verdadeira igreja de Cristo que
poderiam ser identificadas pelos fiéis.

Apesar das diferenças entre si, Lutero e Calvino concordavam em dois aspectos ou marcas
essenciais da igreja verdadeira: a pregação correta da palavra e a ministração adequada dos
sacramentos. De fato, Calvino enfatizava a importância da disciplina da igreja para a boa
ordem e pureza da vida cristã, porém, ele se recusava a elevar a disciplina bíblica ao nível da
palavra e dos sacramentos.

Em contraste com o ponto de vista de Lutero e Calvino sobre às marcas da verdadeira igreja, a
posição católica romana é que a igreja que vem desde Pedro e dos apóstolos é a verdadeira
igreja. Louis Berkhof observa que a igreja romana reivindica o direito de ser chamada a única
igreja católica “… porque está espalhada pela terra toda e se adapta a todos os países e a
todas as formas de governo; porque existe desde o princípio e sempre teve súditos e filhos
fiéis, enquanto que as seitas vêm e passam” (Berkhof, Teologia Sistemática, 578).

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A Confissão de Ausburgo (1530) expressou ainda que sucintamente essa doutrina:

“Porque para a verdadeira unidade da igreja cristã é suficiente que o evangelho seja pregado
unanimemente de acordo com a reta compreensão dele e os sacramentos sejam administrados
em conformidade com a palavra de Deus. E para a verdadeira unidade da igreja cristã não é
necessário que em toda a parte se observem cerimônias uniformes instituídas pelos homens. É
como diz Paulo em Efésios 4: Há somente um corpo e um Espírito, como também fostes
chamados numa só esperança da vossa vocação; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo”
(Art. VII).

Segundo os luteranos, onde o evangelho é pregado em sua pureza e os sacramentos sagrados,


ministrados de acordo com a Palavra divina, aí está à igreja verdadeira. Entretanto, muitas
confissões reformadas e os anabatistas acrescentaram a disciplina como terceira marca
distintiva.

Estas três marcas são mencionadas na Confissão Belga: “As marcas para conhecer a
verdadeira igreja são estas: ela mantém a pura pregação do Evangelho, a pura administração
dos sacramentos como Cristo os instituiu e o exercício da disciplina eclesiástica para castigar
os pecados” (Art. XXIX).

Concluindo, observamos que a partir das escrituras sagradas os reformadores concluíram que
deveríamos olhar para três marcas básicas para identificar a verdadeira igreja:

(1) A pregação do evangelho;


(2) a administração correta dos sacramentos;
(3) o correto exercício da disciplina da igreja.

Onde estas três marcas se apresentam claramente podemos descansar tendo a segurança de
que encontramos a igreja do senhor Jesus Cristo.”
REFORMA PROTESTANTE: O LAPSO TEMPORAL DE 490 ANOS
“Lembrando à Reforma Protestante, o cristão de fé Reformada é levado a situar-se no passado
fazendo uma ponte até o presente, esquecendo o lapso temporal de 490 anos (31.10.1517 –
31.10.2007). Neste período a Igreja passou por vários conflitos que de certa forma
influenciaram grandemente na formação da Igreja Protestante/Evangélica do Sec. XXI,
totalmente ambígua e descaracterizada dos princípios reformados.

Até 31 de outubro de 1517 um monge chamado Martinho Lutero ousou discordar


teologicamente da doutrina ensinada até aquele momento, conseguindo provocar grande
ruptura na vida Igreja. Um dos temas debatidos na Reforma e que até hoje é debatido nos
círculos acadêmicos e eclesiástico é a questão da liberdade com, profundas conseqüências
institucionais, políticas, econômicas, culturais e sociais que traduziram sobretudo nos nossos
dias .

João Calvino, um dos expressíveis reformadores, escreveu amplamente contemplando nos


seus textos a liberdade cristã como um dos pilares da Igreja Reformada, recebendo
conceituação ética essencial à vida humana. Tema este que só vim a ter uma compreensão
mais profunda após as aulas de Teologia ministrada pelo Rev. Heber de Campos, no curso de
Bacharel em Teologia oferecido pela Universidade Presbiteriana Mackenzie.

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1ª Igreja Presbiteriana de Taguatinga
EBD – Disciplina: Conheça a sua igreja
Prof.: Daniel Deusdete

A célebre frase Ecclesia reformata et semper reformanda est - A Igreja reformada está
sempre se reformando – expressão formulada após a Reforma, e vastamente utilizada
neste lapso temporal, precisa ser a tônica da Igreja na atualidade, frente a tantos e urgentes
desafios, exigindo da Igreja uma postura mais adequada a pos-modernidade sem abrir mão de
seus princípios teológicos-reformados.

A Reforma do Século XVI nasceu com a proposta de contestação, de mudanças radicais nas
bases da fé cristã, apresentando-se como um movimento libertador, o que de fato aconteceu.
Porém, com o passar do tempo, sofre com o perigo, sempre iminente, de um tradicionalismo
rígido, extremamente conservador, paralisante, fechado, descolado da realidade.

Portanto, cremos que se faz necessário e oportuno buscar uma constante reforma, retornar
aos fundamentos fé cristã, encontrados nas Escrituras e nas grandes doutrinas pregadas pelos
reformadores, a fim de não perdermos nossa identidade reformada e influenciarmos,
positivamente, com liberdade, a Igreja Evangélica Brasileira, tão sem direção, em
conhecimento bíblico e sem firmeza doutrinária. A partir daí Influenciar também a sociedade,
buscando transformações em todas as suas dimensões sócio-política-econômica-social-
cultural.

Nesse sentido, o princípio reformado autoriza-nos resgatar o pensamento de Calvino e


atualizá-lo diante das demandas atuais naquilo que houver, de fato, necessidade.

Neste Lapso temporal a Igreja precisa:

1. Ter visão de mundo e vida da Cristã juntos.

Deus é Soberano, é Senhor de toda a vida. Conseqüentemente temos a necessidade


reconhecermos de que tudo o que buscamos para viver, todos os nossos atos, toda a nossa
vida, tudo o que nos envolve, deve ser para para a glória de Deus. Como o Apóstolo Paulo
escreveu aos coríntios, “Assim se você come ou bebe ou tudo que que você faz, faça tudo para
a glória de Deus” (I Cor.10:31). Este é um princípio do crente reformado e que em toda a
história Reformada foi levado a sério. O Reformado tem o conhecimento e reconhecimento do
Domínio de Cristo sobre todas as coisas, tanto as que estão nos céus como as que estão na
terra. Assim expressou Abraham Kuyper: “Não há uma polegada quadrada no universo inteiro
do qual Cristo não pode dizer, “Isto é Meu! “

Tenho que admitir que uma visão do mundo e da vida cristã tem provocando reações na vida
eclesiástica, quando desagrutinamos a nossa vida em áreas distintas, incorporando um
hedonismo prático entre a vida piedosa e a vida coditiana. Tudo o que estamos fazendo fora
dos portões da igreja está sob o Domínio de Cristo. Necessitamos promover o ensino da
Soberania de Cristo sobre todas as esferas da vida humana, quer na vida particularmente,
quer na vida de outros crentes, quer na vida política, econômica, social, financeira, trabalhista,
nos negócios, na saúde pública e privada, nos esportes e em qualquer programa de
trabalho.Cristo é Senhor, é Deus absoluto sobre todas as coisas.

2. Busca dos meios de restauração evangelística e missionária, como característica vital da


revivificação da igreja.

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Igrejas verdadeiramente Reformadas sempre expressaram um compromisso forte nesta área.


Alguns dos grandes movimentos missionários do século XX e XXI tiveram suas origens nas
missões Reformadas. Missionários Holandeses foram para Indonésia, Presbiterianos Brasileiros
para a Africa, Paraguai, Bolívia, Espanha, França, Inglaterra, Nova Zelândia, Estados Unidos
da América, Escócia, China e Romênia. As Igrejas Reformadas de África do Sul fizeram muito
na evangelização de suas terras em substituição ao continente africano. Nós presbiterianos
somos uma parte deste movimento missionário, quando definitivamente foi implantado a
Igreja Reformada no Brasil, pelo Missionário Ashbel Green Simonton.

De mãos dadas com esta ênfase em evangelização e missões evidenciamos nossa


preocupação por revivificação (restauração). Embora esta palavra sofreu abuso em recentes
anos, não há nada tão reformado que a revivificação!

Neste Lapso temporal, Deus derramou o seu Espírito p´ra trazer tempos de refrigério. Homens
como Martin Lloyrd-Jones, W. A.Tozer, W. Pinck, Spurgeon, ao longo de seus ministérios
mantiveram uma fome saudável pela revivificação. A igreja perdeu sua característica
evangelizadora e missionária urbana, praticamente não conseguimos desenvolver uma
estratégia evangelística nos grandes centros.

Na vida urbana o individualismo tem suas características profundas, principalmente como


produto do medo da violência, medo de perder o emprego, medo de ser assaltado, medo de
sair de casa e não regressar pôr ter sido vítima da violência pessoal ou do trânsito, há um
pavor enorme cirandando as pessoas urbanas, até mesmo em nossa casa tranqüilo, podemos
ser vítima fatal de uma bala perdida das constantes disputas territoriais das quadrilhas.

A individualidade do homem urbano é caracterizado também pôr sua falta de tempo, ele está
sempre correndo daqui para acolá, vivendo numa dimensão a beira da loucura.

Os filhos são criados pela empregada doméstica, na verdade o relacionamento de pai para
com filhos é muito informal e o relacionamento de esposa e esposo tem características
hedonista, principalmente afirmado nas palavras de Vinícius de Morais, “o amor é eterno
enquanto dura”. O casamento é mais visto com um contrato social, em que duas partes fazem
um acordo que a qualquer hora possa ser rescindido.

3. Ter Unidade e Identidade

Vivemos em conflitos pôr causa das migalhas. Parece que não sabemos mais o que é essencial
na Igreja, pôr causa das nossas idiossincrasias, nossa pequenez, nosso egoísmo, nossa
intransigência, nosso doutrinarismo individualista e divisionista, nós nos dividimos.

Praticamente podemos dividir a igreja em vários grupos: “os tradicionais, carismáticos e


liberais”. ampliarmos mais esta divisão podemos encontrar: tradicionais, conservadores,
pentecostais, reavivalistas e liberais. A Unidade é uma das marcas da verdadeira Igreja, da
verdadeira comunhão santa da Igreja com Jesus Cristo. Os santos vivem em união, portanto a
unidade deve ser o resultado natural da compreensão da natureza do ser de Deus.

4. Revitalização da Vocação Pastoral

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Às vezes desejo saber se existe fome por revivificação em nossas igrejas. Temos visto muitos
aberrações e por isso estamos cansamos. Precisamos ser desafiados novamente.

Precisamos estar orando para revivificação da Igreja? Às vezes me pergunto: porque tão
poucos homens vieram a ser chamados e treinados para o ministério pastoral nos últimos
anos.

Aquele que sentia-se vocacionado para o ministério, sentia-se agradecido a Deus pôr esta
vocação, a sua igreja local e sua família de deliciavam de gratidão pôr esta vocação. Era
comum os pais orarem a Deus pôr um filho homem, e, quando este nascia, os pais
consagravam-no e dedicavam-no a obra do Senhor. Era sonho das solteiras casarem-se com
um pastor, era sonho das mães terem um filho ou um genro pastor.

Atualmente o que é corrente em nosso meio, que somente é pastor, aquele que não conseguiu
ser nada na vida. As mães não oram mais a Deus pedindo um filho homem, porém se nasce
homem, ele deve ser tudo na vida, menos pastor. Pastor hoje é sinônimo de pobreza, solidão,
angustia. A crise vocacional é acentuada ainda com a visão tecnocrata do ministério pastoral.
A idéia da Igreja como empresa e o pastor como executivo. A visão do crente não é mais a
visão do homem espiritual, crente, fiel a Deus, mas é a visão de um empresário e uma
empresa.

Ao perder-se a visão espiritual do ministério, a visão pedagógica, a igreja passa a determinar


todas as regras em que o pastor deve obedecer. Se ele obedece as diretrizes da igreja, este
permanecerá pôr longo tempo nesta igreja, porém se ele descordar, é mandado embora. É
preciso termos em conta que qualquer pastor que opta pelo trabalho espiritual e pedagógico
da igreja, terá de líder com questões que consequentemente ferirá uns ou trará
descontentamento a outros. Neste caso seguindo os preceitos Bíblicos ele não será um pastor
bom, fiel e sincero as instituição religiosa que o contratou. É comum então observarmos o
marketing na Igreja, que reflete esta visão tecnocrata.

Conclusão

A Reforma tem grande implicação para a Igreja de hoje, tais como:

1. A Reforma resgatou o conceito de pecado

2. A Reforma pregou a doutrina da Justificação somente pela Fé

3. A Reforma resgatou o conceito da autoridade vital da Palavra de Deus

4. A Reforma redescobriu na Palavra a doutrina do Sacerdócio Individual do Crente

5. A Reforma apresentou, de forma clara e inequívoca, o conceito de Soberania de Deus.

Devemos reconhecer a Reforma como um movimento operado por homens falíveis, mas
poderosamente utilizados pelo Espírito Santo de Deus para resgatar Sua verdade e preservar a
Sua Igreja.

Soli Deo Gloria”

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Por: Rev. Ashbell Simonton Rédua, pastor da Igreja Presbiteriana do Sinai, em Niterói-RJ

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AULA 5 - O Presbiterianismo no Brasil


Hoje procuraremos ver dentro de nossa hora-aula em linhas gerais como surgiu o
presbiterianismo no mundo e no Brasil. Será interessante obter essa panorâmica da visão
presbiteriana para entendermos um pouco de nosso contexto atual.

Estudar a história é importante para preservarmos valores e também para evitarmos os erros
cometidos no passado. Analisando a história e a estudando nos tornaremos mais sábios e mais
situados dentro de nosso meio em que vivemos.

Antes, como em todas as aulas, faço questão de uma brevíssima recapitulação para irmos
formando assim nossa cosmovisão acerca do tema de nossa disciplina: CONHEÇA A SUA
IGREJA.

Recapitulando um pouco as aulas que tivemos podemos afirmar peremptoriamente que:

Î Jesus Cristo é a principal pedra de esquina ou angular sobre o qual todo edifício pode ser
construido. “Assim que, já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos e
da família de Deus; edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus
Cristo é a principal pedra da esquina; no qual, todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo
santo no Senhor. No qual também vós, juntamente, sois edificados para morada de Deus em
Espírito." (Efésios 2:19-22).

Î a Bíblia é a nossa única regra de fé e prática. Isto é. Há um autor. Há uma mensagem. Há,
portanto, um significado que Deus trouxe ou deu a conhecer aos homens.

Î que há um Deus, santo, sábio, soberano e bom que criou todas as coisas e que as sustenta
com a força de seu poder. “O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua
pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a
purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas;” (Hebreus 1:3).

Î Que a Reforma Protestante não surgiu assim vapt-vupt, pelo contrário, o movimento foi
ganhando corpo e expressão ao longo de muito tempo. Os famosos líderes da reforma Calvino e
Lutero não foram os que começaram, mas aqueles em que a reforma acabou eclodindo.

Assim, vimos que a reforma ganhou expressão e daí em diante a igreja jamais foi a mesma a
partir de 31/10/1517 quanto Lutero afixou as suas 95 teses na porta da igreja do Castelo de
Wittenberg onde basicamente criticava os abusos do sistema das indulgências.

Concluimos que a Reforma tem grande implicação para a Igreja de hoje, tais como:

1. A Reforma resgatou o conceito de pecado

2. A Reforma pregou a doutrina da Justificação somente pela Fé

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3. A Reforma resgatou o conceito da autoridade vital da Palavra de Deus

4. A Reforma redescobriu na Palavra a doutrina do Sacerdócio Individual do Crente

5. A Reforma apresentou, de forma clara e inequívoca, o conceito de Soberania de Deus.

Devemos reconhecer a Reforma como um movimento operado por homens falíveis, mas
poderosamente utilizados pelo Espírito Santo de Deus para resgatar Sua verdade e preservar a
Sua Igreja.

A célebre frase Ecclesia reformata et semper reformanda est - A Igreja reformada está
sempre se reformando – expressão formulada após a Reforma, e vastamente utilizada neste
lapso temporal, precisa ser a tônica da Igreja na atualidade, frente a tantos e urgentes desafios,
exigindo da Igreja uma postura mais adequada a pos-modernidade sem abrir mão de seus
princípios teológicos-reformados.

Î Que podemos identificar, a partir das escrituras sagradas, que os reformadores identificaram
três marcas básicas da verdadeira igreja:

(1) A pregação do evangelho;


(2) a administração correta dos sacramentos – o batismo e a ceia que são ordenanças do Senhor
Jesus Cristo; [não se preocupem que teremos uma aula especial somente sobre este assunto na
nossa 7ª aula]
(3) o correto exercício da disciplina da igreja.

Onde estas três marcas se apresentam claramente podemos descansar tendo a segurança de
que encontramos a igreja do senhor Jesus Cristo.

Terminada esta introdução rememorativa, vamos dar seguimento a nossa aula cujo tema é A
IGREJA PRESBITERIANA NO BRASIL.

SIMONTON: PERFIL DE UM PIONEIRO


Rev. Alderi Souza de Matos

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Um personagem só pode ser compreendido se levarmos em conta sua formação, as influências que
recebeu, os fatores que contribuíram para moldar sua personalidade e seu caráter. O primeiro dado
importante acerca do rev.Simonton é sua nacionalidade. Quando ele nasceu (1833) em West Hanover, na
Pensilvânia, os Estados Unidos eram ainda uma nação jovem, tendo conquistado a independência há
pouco mais de meio século.

O novo país se orgulhava de suas instituições democráticas, de seu apego às leis, de seu sistema
educacional, de seu progresso econômico e social. Ao mesmo tempo, havia tensões crescentes: as
diferenças entre o Norte o Sul, o problema da escravidão, o aumento da imigração católica. Esses fatores
marcaram profundamente o jovem Simonton à medida que se preparava para a vida adulta, como se pode
perceber em seu diário.

Outra influência fundamental foi a fé presbiteriana que herdou de seus pais, descendentes dos célebres
escoceses-irlandeses. Sua mãe era filha de um pastor e seu pai um honrado médico e homem público,
tendo representado seu estado no Congresso americano, em Washington. O casal deu ao filho caçula
Ashbel e a seus muitos irmãos uma educação aprimorada, marcada por sólidos valores éticos e religiosos.

Um terceiro fator que marcou a trajetória de Simonton foi a tradição puritana, tão importante na história dos
Estados Unidos. Um legado dessa tradição foi o grande fervor espiritual, a intensa busca de comunhão com
Deus que contribuiu para os frequentes avivamentos da época. Em um deles, ocorrido em 1855, o jovem
presbiteriano se converteu e sentiu despertar em seu íntimo a vocação ministerial, ingressando no
Seminário de Princeton.

Outro elemento significativo de sua formação resultou de uma mescla dos anteriores. Desde o início, os
americanos se sentiram um povo especialmente aquinhoado por Deus, escolhido para levar a outras nações
os mesmos benefícios que havia recebido. Essa convicção, mais tarde denominada “destino manifesto”, se
associou aos avivamentos para produzir um extraordinário movimento missionário de âmbito mundial que se
estendeu por todo o século 19 e o início do século 20. Atraído por essa visão durante os estudos teológicos,
Simonton desistiu de ser um pastor em seu próprio país e resolveu dedicar-se à causa das missões
estrangeiras.

Assim sendo, o jovem pregador, que chegou ao Brasil no dia 12 de agosto de 1859, estava bastante
preparado e motivado para seu difícil trabalho. Tinha excelente formação intelectual, um caráter íntegro e
grande entusiasmo pela tarefa que entendia ter recebido de Deus. Vencidos os desafios iniciais de aprender
o idioma e se adaptar a uma cultura tão diferente da sua, ele se lançou com afinco à sua missão. Metódico,
operoso e perseverante, Simonton lançou em poucos anos as bases do presbiterianismo brasileiro, criando
várias estruturas pioneiras: a primeira igreja (1862), o primeiro jornal (1864), o primeiro presbitério (1865) e
o primeiro seminário (1867). Apesar da grande dor que sentiu ao perder a jovem esposa, reuniu forças para
dar continuidade às suas atividades evangelísticas e pastorais, encerrando sua carreira prematuramente
aos 34 anos de idade (1867), na cidade de São Paulo, vitimado pela febre amarela.

Não sabemos o que mais Simonton teria realizado se tivesse tido uma vida mais longa. É razoável supor
que, sob sua liderança prudente e equilibrada, a caminhada da nova igreja teria sido mais tranquila e talvez
a divisão de 1903 não viesse a ocorrer. Mas isso é entrar no terreno das conjecturas. O importante, ao
comemorarmos o 149º aniversário da chegada desse missionário fundador ao Rio de Janeiro, é lembrar
com gratidão seu idealismo e desprendimento, seu amor pelo povo brasileiro, sua profunda dedicação a
Cristo e ao projeto de vida que abraçou. A Igreja Presbiteriana do Brasil terá muito a se beneficiar se os
seus líderes, ministros e membros forem imbuídos desse mesmo espírito, o que irá resultar em maior
coerência e fidelidade no cumprimento de sua missão na sociedade brasileira.

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12 DE AGOSTO DE 1859
Basta uma simples busca no Google (portal de pesquisa bastante utilizado mundialmente) para perceber
que um dos grandes eventos históricos de 1859 no Brasil é a chegada do rev. Ashbel Green Simonton na
manhã de 12 de agosto. O jovem missionário, de 26 anos, chegava a um país grandioso, imperial, reinado
por dom Pedro II. "É um lugar lindo, o mais singular e radiante que jamais vi (...) estou pronto para
desembarcar", relatou o pastor em seu diário.

O rev. Ashbel, ordenado pastor há poucos meses, chegou à capital do império, na época o Rio de Janeiro,
vindo de Baltimore, Estados Unidos. Foram quase dois meses de viagem até o início da realização do seu
plano de servir a Deus em solo brasileiro.

O belo Brasil, descrito por Simonton, possuía seu lado obscuro. Naquele ano, homens, mulheres e crianças
de pele negra ainda eram obrigados a trabalhar para grandes senhores. O país atravessava uma crise em
relação à saúde pública. Doenças como tuberculose (considerada o mal do século 19) e febre amarela
causavam transtornos e sérias preocupações, mesmo após a superação de uma epidemia de cólera.

Porém, alguns fatores contribuíram, de certa maneira, para a chegada de Simonton ao Brasil, como o
processo de urbanização da cidade do Rio de Janeiro e o anseio por reformas mais profundas na
sociedade, fruto dos ideais iluministas da época. Sabe-se que muitos protestantes já haviam pisado em solo
brasileiro, contudo, as tentativas foram fracassadas, já que a coroa portuguesa não via com bons olhos a
presença de protestantes em sua maior colônia, oficialmente católica.

Em 1859 Simonton encontrou uma terra que já desfrutava de certa liberdade religiosa e aceitava a presença
de protestantes em seu solo. À entrada do Rio de Janeiro pôde avistar o Pão de Açúcar e o Corcovado.
"Sentiria dificuldade em descrever a emoção que tomou conta de mim ao ver aqueles picos altaneiros dos
quais tenho ouvi do falar e lido tantas vezes, os quais me dizem que a viagem terminou e cheguei ao meu
novo lar e campo de trabalho", resumiu o pastor.

Em seu diário, o missionário mal conseguiu descrever suas sensações perante o desejo de desembarcar no
Rio de Janeiro. Estava feliz e, ao mesmo tempo, sentia temor perante o tamanho de sua responsabilidade.
Apesar de não falar o idioma português, o pastor logo iniciou seus trabalhos e fez seus primeiros contatos
com estrangeiros.

Até a data de seu falecimento, em 1867, o missionário presenciou fatos importantes da época, tais como o
lançamento do primeiro periódico protestante do Brasil - a Imprensa Evangélica, a organização do
Presbitério do Rio de Janeiro, e a criação de um seminário teológico.

De 12 de agosto de 1859 a 12 de agosto de 2008, muito se pode dizer a respeito da IPB. A instituição se
expandiu, cresceu e consolidou suas bases no Brasil. Hoje traz à memória sua trajetória de vida e reflete a
respeito do tamanho da responsabilidade de expandir o reino de Deus pela propagação do evangelho - a
mesma descrita por Simonton há 149 anos - e dar continuidade à missão traçada por seus pioneiros.

Texto: Caroline Santana Pereira (Rede Presbiteriana de Comunicação - Portal IPB)

Material Consultado:

MATOS, Alderi Souza (org). O Diário de Simonton. São Paulo, Editora Cultura Cristã, 2002
________________________Os pioneiros presbiterianos do Brasil. São Paulo, Editora Cultura Cristã, 2004

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COMO SURGIU O PRESBITERIANISMO?

História do Presbiterianismo

As origens históricas mais remotas do presbiterianismo remontam aos primórdios da Reforma


Protestante do século XVI. Como é bem sabido, a Reforma teve início com o questionamento do
catolicismo medieval feito pelo monge alemão Martinho Lutero (1483-1546) a partir de 1517. Em
pouco tempo, os seguidores desse movimento passaram a ser conhecidos como “luteranos” e a
igreja que resultou do mesmo foi denominada Igreja Luterana.

Poucos anos após o início da dissidência luterana na Alemanha, surgiu na região de língua alemã
da vizinha Suíça, mais precisamente na cidade de Zurique, um segundo movimento de reforma
protestante, freqüentemente denominado “Segunda Reforma.” Esse movimento teve como líder
inicial o sacerdote Ulrico Zuínglio (1484-1531) e, pretendendo reformar a igreja de maneira mais
profunda que o movimento de Lutero, passou a ser conhecido como movimento reformado, e seus
seguidores como “reformados.” Assim sendo, as igrejas derivadas do movimento auto-
denominaram-se igrejas reformadas.

Apesar do seu aparente radicalismo, Lutero e seus seguidores romperam com a igreja majoritária
somente nos pontos em que viam conflitos irreconciliáveis com as Escrituras. Especialmente na
área crucial do culto, os luteranos julgavam que era legítimo manter tudo aquilo que não fosse
explicitamente proibido pela Bíblia. Já os reformados partiam de um princípio diferente,
entendendo que só deviam abraçar aquilo que fosse claramente preconizado pelas Escrituras. Foi
isso que os levou a uma ruptura mais profunda com o catolicismo.

I. João Calvino

Após a morte de Zuínglio em 1531, o movimento reformado passou a ter um novo líder, que
revelou-se muito mais articulado e influente que o anterior: João Calvino (1509-1564). Calvino
nasceu em Noyon, no nordeste da França, e ainda adolescente foi estudar teologia e
humanidades em Paris. Depois de um breve período em Orléans e Bourges, quando dedicou-se
ao estudo do direito, retornou a Paris para dar continuidade aos estudos humanísticos que tanto o
fascinavam. Em 1532, publicou o seu primeiro livro, um comentário do tratado de Sêneca De
Clementia.

O humanismo que empolgou os primeiros líderes das igrejas reformadas, Zuínglio e Calvino, foi o
extraordinário movimento intelectual que marcou a transição entre a Idade Média e o período
moderno. Uma das características marcantes desse movimento foi o seu profundo interesse pela
antigüidade clássica, o período áureo da civilização greco-romana. Entre as obras clássicas que
atraíam a atenção de muitos estava a Bíblia, particularmente o Novo Testamento. Isso levou ao
surgimento de uma categoria específica de humanistas bíblicos devotados ao estudo das
Escrituras em seus originais gregos e hebraicos. O maior desses humanistas cristãos foi o célebre
Erasmo de Roterdã (c.1466-1536), cuja edição crítica do Novo Testamento baseada em textos
gregos foi avidamente estudada e utilizada pelos reformadores suíços.

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Em 1533, Calvino teve uma experiência de conversão à fé evangélica. Forçado a fugir de Paris
por causa das suas novas convicções, dirigiu-se para a cidade de Angoulême. Pouco depois,
começou a escrever a sua obra magna, a Instituição da Religião Cristã ou Institutas, publicada em
Basiléia em 1536. Nesse mesmo ano, de maneira totalmente inesperada, Calvino viu-se
convocado a auxiliar a implantação da fé reformada na cidade de Genebra, na Suíça francesa.
Após um interregno de três anos em Estrasburgo (1538-1541), o reformador retornou a Genebra e
ali permaneceu até o final da sua vida.

Graças a sua vasta e competente produção teológica, sua habilidade como organizador e seus
contatos pessoais com inúmeros indivíduos e comunidades em toda a Europa, Calvino exerceu
uma poderosa influência e contribuiu para a disseminação do movimento reformado em muitos
países. Em 1559, ele fundou a Academia de Genebra, que colaborou decisivamente para a
formação de toda uma nova geração de líderes reformados. Dada a importância desse
reformador, um novo termo surgiu para designar os reformados: “calvinistas.”

Nas Institutas, comentários bíblicos, sermões, tratados e outros escritos que produziu, Calvino
articulou um sistema completo de teologia cristã que ficou conhecido como calvinismo. Esse
sistema incluía normas específicas, retiradas das Escrituras, acerca da doutrina, do culto e da
forma de governo das comunidades reformadas. Na base do sistema estava a ênfase no conceito
da absoluta soberania de Deus como criador, preservador e redentor do mundo. A estrutura
eclesiástica preconizava o governo das comunidades por presbíteros e a associação das igrejas
em presbitérios regionais e em sínodos nacionais.

II. Europa Continental

Logo após o início da carreira de Calvino, o movimento reformado começou a difundir-se em


muitas regiões da Europa, notadamente na França, no vale do Reno (Alemanha e Países Baixos),
na leste europeu e nas Ilhas Britânicas. Vários fatores contribuíram para essa difusão. Em
primeiro lugar, a ampla divulgação das idéias de Calvino através da imprensa e de outros meios;
em segundo lugar, o intenso deslocamento de refugiados que procuravam escapar da repressão
religiosa em seus países; finalmente, o papel irradiador desempenhado por Genebra e outras
cidades reformadas. Muitos homens e mulheres iam a Genebra, eram treinados nos preceitos da
fé reformada e retornavam aos seus países imbuídos das novas idéias.

Como era de se esperar, Calvino nutria grande interesse pela propagação da fé evangélica no seu
próprio país, a França. Ali, apesar de intensas perseguições, o movimento reformado
experimentou notável crescimento na década de 1550. Em 1559, reuniu-se o primeiro sínodo da
Igreja Reformada de França, representando cerca de duas mil comunidades locais. Pela primeira
vez, o presbiterianismo era organizado em âmbito nacional. Esse sínodo aprovou uma importante
declaração da fé reformada, a Confissão Galicana.

Muitos dos reformados franceses, conhecidos como huguenotes, eram artesãos, comerciantes e
nobres, e estavam concentrados principalmente no oeste e sudoeste do país. Seus conflitos
políticos com o partido católico liderado pela família Guise-Larraine levaram a um longo período
de guerras religiosas (1562-1598). O episódio mais sangrento foi o massacre do Dia de São
Bartolomeu (24-08-1572), em que milhares de huguenotes foram mortos à traição em Paris e no
interior da França, entre eles o famoso almirante Gaspard de Coligny. A paz só foi restaurada em

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1598, quando o rei Henrique IV, um ex-huguenote, promulgou o Edito de Nantes, concedendo
liberdade religiosa aos reformados. Esse edito foi revogado por Luís XIV em 1685, fazendo com
que cerca de 300 mil huguenotes abandonassem a França.

Em virtude da proximidade geográfica, o movimento reformado desde cedo também penetrou no


sul da Alemanha. O movimento cresceu com a chegada de milhares de refugiados vindos de
outras regiões, como a França e os Países Baixos. Estrasburgo foi um importante centro
reformado entre 1521 e 1549, tendo como líder o reformador Martin Butzer. Como já foi apontado,
Calvino ali residiu durante três anos (1538-1541). Em Heidelberg, o príncipe Frederico III criou
uma grande universidade que tornou-se o centro do pensamento reformado na Alemanha. Nessa
cidade foi escrito em 1563 o Catecismo de Heidelberg. A Guerra dos Trinta Anos (1618-1648)
resultou no reconhecimento definitivo das igrejas reformadas alemãs, que receberam o influxo de
sessenta mil refugiados huguenotes após a revogação do Edito de Nantes.

Nos Países Baixos, a fé reformada surgiu inicialmente em Antuérpia, em 1555. Em dez anos,
formaram-se mais de trezentas igrejas, em parte devido à chegada de imigrantes huguenotes que
fugiam das guerras religiosas em seu país. Essas igrejas adotaram como sua declaração de fé a
Confissão Belga, escrita por Guido de Brès em 1561. O calvinismo foi implantado na Holanda no
contexto da guerra da independência contra a Espanha, iniciada em 1566 sob a liderança de
Guilherme de Orange. Como resultado do conflito, os Países Baixos dividiram-se em três nações:
Bélgica e Luxemburgo (católicos) e Holanda (reformada). O primeiro sínodo nacional das igrejas
reformadas holandesas reuniu-se em 1571 na cidade de Emden, na Alemanha, e adotou um
sistema presbiterial de governo baseado no modelo francês. Eventualmente, a igreja reformada
tornou-se oficial, embora nem toda a população tenha aderido ao movimento. No início do século
XVII, uma disputa teológica resultou no Sínodo de Dort (1618-1619), que rejeitou as idéias de
Tiago Armínio acerca da predestinação e afirmou os chamados “cinco pontos do calvinismo”
(depravação total, eleição incondicional, expiação limitada, graça irresistível e perseverança dos
santos).

Quanto à Europa oriental, na década de 1540, graças a contatos com cidades suíças, surgiram
igrejas reformadas na Polônia e na Boêmia (Checoslováquia), e mais tarde também na Hungria.
Na Boêmia, o movimento reformado associou-se aos Irmãos Boêmios, os sucessores do antigo
movimento liderado pelo pré-reformador João Hus, morto em 1415. Na Polônia e na Lituânia, as
igrejas calvinistas experimentaram grande crescimento, mas eventualmente foram suprimidas pela
Contra-Reforma. A fé reformada foi introduzida na Hungria em 1549, através de contatos com
Zurique, mas as igrejas sofreram perseguições de 1677 a 1781. A igreja reformada húngara viria a
ser uma das maiores do mundo.

III. Ilhas Britânicas

Especialmente importante para a fé reformada foi a sua introdução nas Ilhas Britânicas. Nessa
região é que surgiu o outro nome histórico associado ao movimento: “presbiterianismo.” Esse
nome tinha ao mesmo tempo conotações teológicas e políticas. Os reis ingleses e escoceses
eram firmes partidários do episcopalismo, ou seja, de uma igreja governada por bispos. Como
esses bispos eram nomeados pela coroa, esse sistema favorecia o controle da igreja pelo estado.
Assim sendo, a insistência dos reformados da Escócia e Inglaterra em uma igreja governada por
presbíteros, eleitos pelas congregações e reunidos em concílios, era uma reivindicação de

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independência da igreja em relação ao poder público. Tal foi a origem histórica do termo
“presbiteriano” ou “igreja presbiteriana.”

O protestantismo reformado foi levado para a Escócia por George Wishart, que estudara na Suíça
e foi morto na fogueira em 1546. As primeiras igrejas reformadas surgiram no final da década
seguinte. Os eventos se precipitaram com o retorno do líder John Knox (c. 1514-1572), que
passou alguns anos em Genebra como refugiado, estudou aos pés de Calvino e retornou ao seu
país em 1559. No ano seguinte, o Parlamento aboliu o catolicismo e adotou a fé reformada
(Confissão Escocesa). Em dezembro de 1560, reuniu-se a primeira assembléia geral da Igreja
Presbiteriana escocesa, que elaborou o Livro de Disciplina. Todavia, o Parlamento não aceitou
esse primeiro Livro de Disciplina – que prescrevia a forma presbiteriana de governo –, mas
manteve o episcopado como instrumento de controle estatal da igreja.

Ironicamente, entre 1561 e 1567 a Escócia formalmente presbiteriana foi governada por uma
rainha católica, Maria Stuart. Após a morte de Knox, Andrew Melville (1545-1622), outro ex-
exilado em Genebra, tornou-se o principal defensor do sistema presbiteriano e de uma igreja
autônoma do estado. Os próximos quatro reis, especialmente Carlos II (1660-85), procuraram
impor o anglicanismo e perseguiram os presbiterianos. Estes fizeram um pacto nacional para
defender a sua fé e ficaram conhecidos como “covenanters” (pactuantes). Somente em 1689 o
presbiterianismo foi estabelecido definitivamente, embora algumas modificações feitas pelo
Parlamento, como a Lei do Patrocínio Leigo (1717), tenham produzido várias divisões na igreja.

Na Inglaterra, surgiram fortes influências reformadas desde o reinado de Eduardo VI (1547-1553).


Martin Butzer, o reformador de Estrasburgo, passou seus últimos anos naquele país. Calvino
correspondeu-se com o rei Eduardo, com Somerset, o lorde protetor, e com Thomas Cranmer, o
arcebispo de Cantuária. O Livro de Oração Comum e os Trinta e Nove Artigos revelam clara
influência reformada. Durante o reinado intolerante de Maria Tudor (1553-1558), alcunhada “a
sanguinária”, muitos protestantes ingleses refugiaram-se em Zurique e Genebra. Porém, a rainha
Elizabete I (1558-1603) não apreciava os aspectos populares da forma presbiteriana de governo,
preferindo uma estrutura episcopal que deixava o controle último da igreja nas mãos das
autoridades civis.

No reinado de Elizabete surgiram os puritanos, alguns dos quais sustentavam princípios


presbiterianos. Em outras palavras, os puritanos eram todos calvinistas, mas nem todos
aceitavam a forma de governo presbiteriana. O nome “puritanos” resultou da insistência desses
reformados em que a Igreja da Inglaterra fosse pura, ou seja, seguisse os moldes bíblicos em sua
doutrina, culto e governo. Por causa de sua firme oposição ao episcopalismo e a sua luta pela
reforma da igreja estatal inglesa, os puritanos foram objeto de forte repressão por parte de
Elizabete. Seus sucessores, Tiago I (1603-1625) e Carlos I (1625-1649), que governaram
simultaneamente a Inglaterra e a Escócia, continuaram a opor-se aos puritanos.

No reinado de Carlos ocorreu um evento marcante na história do presbiterianismo. Esse rei tentou
impor o episcopalismo na Igreja da Escócia e acabou envolvido em uma guerra contra os seus
próprios súditos. Vendo-se em dificuldades, precisou convocar a eleição de um parlamento na
Inglaterra, eleição essa que resultou em uma maioria parlamentar puritana. Dissolvido o
parlamento, foi feita nova eleição, que tornou a maioria puritana ainda mais expressiva. A
conseqüência foi a guerra civil, que terminaria com a execução do rei. Esse parlamento puritano

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convocou a célebre Assembléia de Westminster (1643-1648), que produziu os “padrões


presbiterianos” de culto, governo e doutrina. Quando esses documentos foram aprovados pelo
parlamento, a Igreja da Inglaterra deixou de ser episcopal e tornou-se presbiteriana. Porém,
depois que Carlos II tornou-se rei em 1660, houve a restauração do episcopado e seguiram-se
vários anos de repressão contra os presbiterianos. Com o tempo, os padrões de Westminster
tornaram-se os principais documentos teológicos adotados pelas igrejas reformadas em todo o
mundo.

A tradição reformada teve início na Irlanda com a Colônia de Ulster, a partir de 1606. No esforço
de “domesticar” os irlandeses, o governo inglês implantou comunidades inglesas e escocesas nas
regiões devastadas pela guerra ao norte da ilha. Aos imigrantes escoceses, que levaram consigo
o seu presbiterianismo, uniram-se puritanos ingleses e huguenotes franceses. Houve uma rígida
separação étnica entre os novos moradores e os irlandeses católicos do sul, e grande violência
destes contra os presbiterianos. Graças aos capelães de um exército pacificador, um presbitério
foi fundado no Ulster em 1642 e em 1660 eles já eram cinco. Os colonos alcançaram
prosperidade na nova terra, mas também se viram sujeitos a restrições políticas, econômicas e
religiosas impostas pelo governo inglês, além de calamidades naturais como estiagens
prolongadas. Com isso, a partir de 1715, os “escoceses-irlandeses” começaram a sua grande
migração para os Estados Unidos. Até 1775, pelo menos 250 mil iriam cruzar o Atlântico.

IV. Estados Unidos

O calvinismo chegou à América do Norte com os puritanos ingleses que se radicaram em


Massachusetts no início do século XVII. O primeiro grupo fixou-se em Plymouth em 1620 e o
segundo fundou as cidades de Salem e Boston em 1630. Nas décadas seguintes, mais de 20 mil
puritanos cruzaram o Atlântico em busca de liberdade religiosa e novas oportunidades. Todavia,
esses calvinistas optaram pelo forma de governo congregacional, não pelo sistema presbiteriano.

Muitos calvinistas que aceitavam a forma de governo presbiteriana vieram do continente europeu.
Dentre os primeiros estavam os holandeses que fundaram Nova Amsterdã (depois Nova York) em
1623. Os huguenotes franceses também foram em grande número para a América do Norte,
fugindo da perseguição religiosa em sua pátria. Um numeroso contingente de reformados alemães
igualmente emigrou para os Estados Unidos entre 1700 e 1770. Esses imigrantes formaram as
suas próprias denominações e mais tarde muitos deles ingressaram na Igreja Presbiteriana dos
Estados Unidos.

Muitos presbiterianos escoceses foram diretamente da Escócia para os Estados Unidos nos
primeiros tempos da colonização. Todavia, foram os escoceses-irlandeses os principais
responsáveis pela introdução do presbiterianismo naquele país. Durante o século XVIII, pelo
menos 300 mil cruzaram o Atlântico. Eles se radicaram principalmente em Nova Jersey,
Pensilvânia, Maryland, Virgínia e nas Carolinas. No oeste da Pensilvânia, eles fundaram
Pittsburgh, por muito tempo a cidade mais presbiteriana dos Estados Unidos. O Rev. Ashbel
Green Simonton, o introdutor do presbiterianismo no Brasil, era descendente desses escoceses-
irlandeses da Pensilvânia.

No século XVII as comunidades presbiterianas dos Estados Unidos viviam dispersas. Foi só no
início do século seguinte que elas começaram a unir-se em concílios. Nesse esforço, destacou-se

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o Rev. Francis Makemie (1658-1708), considerado o “pai do presbiterianismo americano.”


Ordenado na Irlanda do Norte em 1683, ele foi logo em seguida para a América do Norte.
Makemie fundou diversas igrejas em Maryland e viajou extensamente encorajando os
presbiterianos. Como a Igreja Anglicana era a igreja oficial de várias colônias, ele sofreu muitas
perseguições. Chegou mesmo a ser preso em Nova York em 1706.

Sob a liderança de Makemie, foi organizado em 1706 o Presbitério de Filadélfia. Em 1717,


organizou-se o Sínodo de Filadélfia, composto de quatro presbitérios. Ao todo, a denominação
tinha apenas dezenove pastores, quarenta igrejas e cerca de três mil membros. Em 1729, foi
aprovado o “Ato de Adoção,” que aceitou a Confissão de Fé e os Catecismos de Westminster
como padrões doutrinários do Sínodo. De 1741 a 1758, os presbiterianos dividiram-se em dois
grupos por causa de diferenças acerca do avivamento e da educação teológica: Ala Velha (Sínodo
de Filadélfia) e Ala Nova (Sínodo de Nova York).

Nesse período de divisão, vários evangelistas notáveis como Samuel Davies, Alexander
Craighead e Hugh McAden trabalharam com grande êxito no sul do país, especialmente na
Virgínia e nas Carolinas. Durante a Revolução Americana, os presbiterianos tiveram uma atuação
destacada. O Rev. John Witherspoon (1723-1794), um escocês que foi presidente da
Universidade de Princeton por vinte e cinco anos, foi o único pastor que assinou a Declaração de
Independência dos Estados Unidos, em 1776. Muitos presbiterianos lutaram na guerra da
independência.

Em 1788, o Sínodo de Nova York e Filadélfia dividiu-se em quatro (Nova York e Nova Jersey,
Filadélfia, Virgínia e Carolinas). No dia 21 de maio de 1789, reuniu-se pela primeira vez a
“Assembléia Geral da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos da América.” Naquela época, a
Igreja Presbiteriana era a denominação mais influente do país. Em 1800, contava com 180
pastores, 450 igrejas e cerca de 20 mil membros.

Em 1801, presbiterianos e congregacionais iniciaram um trabalho cooperativo conhecido como


“Plano de União.” O objetivo era evangelizar com mais eficiência a população que estava indo
para o oeste, a chamada “fronteira.” Foi esse o período do avivamento conhecido como Segundo
Grande Despertamento. O resultado foi um avanço fenomenal. Em 1837, a Igreja Presbiteriana já
contava com 2140 pastores, quase 3000 igrejas e 220 mil membros. O Seminário de Princeton foi
fundado em 1812. Entre seus grandes professores estiveram Archibald Alexander, Charles
Hodge, A.A. Hodge e Benjamin B. Warfield.

Devido a uma controvérsia sobre os requisitos para a ordenação de ministros, surgiu em 1810 a
Igreja Presbiteriana de Cumberland, no Tennessee. Uma divisão mais séria ocorreu entre os
grupos conhecidos como Velha Escola e Nova Escola, aquele sendo mais apegado aos padrões
de Westminster do que este. Em 1837, a Velha Escola obteve a maioria na Assembléia Geral,
cancelou o Plano de União de 1801 e excluiu quatro sínodos inteiros, dividindo ao meio a
denominação. No mesmo ano, foi criada a Junta de Missões Estrangeiras, sediada em Nova York,
que 22 anos mais tarde enviaria o seu primeiro missionário ao Brasil.

Finalmente, em 1857 e 1861 ocorreram novas divisões, desta vez ocasionadas pelo problema da
escravidão. As igrejas Nova Escola e Velha Escola do sul, favoráveis à escravidão, separaram-se
das do norte. Eventualmente, foram criadas duas grandes denominações presbiterianas, a Igreja

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do Norte (PCUSA) e a Igreja do Sul (PCUS). Os missionários pioneiros dessas duas igrejas
chegaram ao Brasil respectivamente em 1859 (Ashbel G. Simonton) e 1869 (Edward Lane e
George N. Morton).

A igreja Presbiteriana do Brasil – IPB – é uma federação de igrejas que têm em comum uma
história, uma forma de governo, uma teologia, bem como padrão de culto e de vida comunitária.

O que é IPB
A Igreja Presbiteriana do Brasil é uma federação de igrejas que têm em comum uma história, uma
forma de governo, uma teologia, bem como um padrão de culto e de vida comunitária.
Historicamente, a IPB pertence à família das igrejas reformadas ao redor do mundo, tendo surgido
no Brasil em 1859, como fruto do trabalho missionário da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos.

Suas origens mais remotas encontram-se nas reformas protestantes suíça e escocesa, no século
16, lideradas por personagens como Ulrico Zuínglio, João Calvino e João Knox. O nome “igreja
presbiteriana” vem da maneira como a igreja é administrada, ou seja, através de “presbíteros”
eleitos democraticamente pelas comunidades locais. Essas comunidades são governadas por um
“conselho” de presbíteros e estes oficiais também integram os concílios superiores da igreja, que
são os presbitérios, os sínodos e o Supremo Concílio. Os presbíteros são de dois tipos: regentes
(que governam) e docentes (que ensinam); estes últimos são os pastores. Atualmente, a Igreja
Presbiteriana do Brasil tem aproximadamente 3.840 igrejas locais, 228 presbitérios, 55 sínodos,
2.660 pastores, 370.500 membros comungantes e 133.000 membros não-comungantes
(menores), estando presente em todos os estados da federação.

Quanto à sua teologia, as igrejas presbiterianas são herdeiras do pensamento do reformador João
Calvino (1509-1564) e das notáveis formulações confessionais (confissões de fé e catecismos)
elaboradas pelos reformados nos séculos 16 e 17. Dentre estas se destacam os documentos
elaborados pela Assembléia de Westminster, reunida em Londres na década de 1640. A
Confissão de Fé de Westminster, bem como os seus Catecismos Maior e Breve, são adotados
oficialmente pela IPB como os seus símbolos de fé ou padrões doutrinários. Outras igrejas
presbiterianas adotam documentos adicionais, como a Confissão Belga e o Catecismo de
Heidelberg. O conjunto de convicções presbiterianas, conforme expostas no pensamento de
Calvino, de outros teólogos e dos citados documentos confessionais, é denominado teologia
calvinista ou teologia reformada. Entre as suas ênfases estão a soberania de Deus, a eleição
divina, a centralidade da Palavra e dos sacramentos, o conceito do pacto, a validade permanente
da lei moral e a associação entre a piedade e o cultivo intelectual.

No seu culto, as igrejas presbiterianas procuram obedecer ao chamado princípio regulador. Isso
significa que o culto deve ater-se às normas contidas na Escritura, não sendo aceitas as práticas
proibidas ou não sancionadas explicitamente pela mesma. O culto presbiteriano caracteriza-se por
sua ênfase teocêntrica (a centralidade do Deus triúno), simplicidade, reverência, hinódia com
conteúdo bíblico e pregação expositiva. Na prática, nem todas as igrejas locais da IPB seguem
criteriosamente essas normas, embora as mesmas tenham caracterizado historicamente o culto
reformado. Os problemas causados pelo afastamento desses padrões têm levado muitas igrejas a
reconsiderarem as suas práticas litúrgicas e resgatarem a sua herança nessa área fundamental.

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Quando se diz que o culto reformado é solene e respeitoso, não se implica com isso que deva ser
rígido e sem vida. O verdadeiro culto a Deus é também fervoroso e alegre.

Finalmente, a vida das igrejas presbiterianas brasileiras não se restringe ao culto, por importante
que seja. Essas igrejas também valorizam a educação cristã dos seus adeptos através da Escola
Dominical e outros meios; congregam os seus membros em diferentes agremiações internas para
comunhão e trabalho; têm a consciência de possuir uma missão dada por Deus, a ser cumprida
através da evangelização e do testemunho cristão. Muitas igrejas locais se dedicam a outras
atividades em favor da comunidade mais ampla, como a manutenção de escolas, creches,
orfanatos, ambulatórios e outras iniciativas de promoção humana. Cada igreja possui um grupo de
oficiais, os diáconos, cuja função primordial é o exercício da misericórdia cristã. O
presbiterianismo tem uma visão abrangente da vida, entendendo que o evangelho de Cristo tem
implicações para todas as áreas da sociedade e da cultura.

DE ONDE VIEMOS?

O presbiterianismo ou movimento reformado nasceu da Reforma Protestante do século 16. Tendo


o protestantismo começado na Alemanha, sob a liderança de Martinho Lutero, pouco depois
surgiu uma segunda manifestação do mesmo no Cantão de Zurique, na Suíça, sob a direção de
outro ex-sacerdote, Ulrico Zuínglio (1484-1531). Para distinguir-se da reforma alemã, esse novo
movimento ficou conhecido como a Segunda Reforma ou Reforma Suíça. O entendimento de que
a reforma suíça foi mais profunda em sua ruptura com a igreja medieval e em seu retorno às
Escrituras fez com que recebesse o nome de movimento reformado e seus simpatizantes
ficassem conhecidos simplesmente como “reformados”.

Ao morrer, em 1531, Zuínglio teve um hábil sucessor na pessoa de João Henrique Bullinger
(1504-1575). Todavia, poucos anos depois surgiu um líder que se destacou de todos os outros por
sua inteligência, dotes literários, capacidade de organização e profundidade teológica. Esse líder
foi o francês João Calvino (1509-1564), que concentrou os seus esforços na cidade suíça de
Genebra, onde residiu durante 25 anos. Através da sua obra magna, a Instituição da Religião
Cristã ou Institutas, comentários bíblicos, tratados e outros escritos, Calvino traçou os contornos
básicos do presbiterianismo, tanto em termos teológicos quanto organizacionais, à luz das
Escrituras Sagradas.

Graças aos seus escritos, viagens, correspondência e liderança eficaz, Calvino exerceu enorme
influência em toda a Europa e contribuiu para a difusão do movimento reformado em muitas de
suas regiões. Dentro de poucos anos, a fé reformada fincou sólidas raízes no sul da Alemanha
(Estrasburgo, Heidelberg), na França, nos Países Baixos (as futuras Holanda e Bélgica) e no leste
europeu, onde surgiram comunidades reformadas em países como a Polônia, a Lituânia, a
Checoslováquia e especialmente a Hungria. Em algumas dessas nações, a reação violenta da
Contra-Reforma limitou ou sufocou o novo movimento, como foram, respectivamente, os casos da
França e da Polônia. As igrejas calvinistas nacionais da Europa continental ficaram conhecidas
como igrejas reformadas (por exemplo, Igreja Reformada da França).

Outra região da Europa em que a fé reformada teve ampla aceitação foram as Ilhas Britânicas,
particularmente a Escócia, cujo parlamento adotou o presbiterianismo como religião oficial em

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1560. Para tanto foi decisiva a atuação do reformador João Knox (1514-1572), que foi discípulo de
Calvino em Genebra. Foi nessa região que surgiu a designação “igreja presbiteriana”. Na
Inglaterra e na Escócia dos séculos 16 e 17, o presbiterianismo representou uma posição ao
mesmo tempo teológica e política. Com esse termo, as igrejas reformadas declaravam que não
queriam uma igreja governada por bispos nomeados pelos reis (episcopalismo), e sim por
presbíteros eleitos pelas comunidades. Foi na Inglaterra que, em meio a uma guerra civil, o
parlamento convocou a Assembléia de Westminster (1643-1649), que elaborou os documentos
confessionais mais amplamente aceitos pelos presbiterianos ao redor do mundo.

Nos séculos 17 e 18, milhares de calvinistas emigraram para as colônias inglesas da América do
Norte. Muitos deles abraçavam a teologia de Calvino, mas não a forma de governo eclesiástico
presbiterial proposta por ele. Foi esse o caso dos puritanos ingleses que se estabeleceram na
Nova Inglaterra. Ao mesmo tempo, as colônias norte-americanas também receberam muitas
famílias presbiterianas emigradas da Escócia e do norte da Irlanda. Foram essas pessoas que
eventualmente criaram a Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos, cujo primeiro concílio, o
Presbitério de Filadélfia, foi organizado em 1706 sob a liderança do Rev. Francis Makemie,
considerado o “pai do presbiterianismo norte-americano”. O primeiro Sínodo foi organizado em
1717 e a Assembléia Geral em 1789. Em 1859, a Junta de Missões Estrangeiras da Igreja
Presbiteriana dos Estados Unidos enviou ao Rio de Janeiro o Rev. Ashbel Green Simonton,
fundador da Igreja Presbiteriana do Brasil.

Esboço Histórico

Atualmente existem no Brasil várias denominações de origem reformada ou calvinista. Entre elas
incluem-se a Igreja Presbiteriana Independente, a Igreja Presbiteriana Conservadora e algumas
igrejas criadas por imigrantes vindos da Europa continental, tais como suíços, holandeses e
húngaros. No entanto, a maior e mais antiga denominação reformada do país é a Igreja
Presbiteriana do Brasil. Ao mesmo tempo, convém lembrar que, já nos primeiros séculos da
história do Brasil, houve a presença de calvinistas em nosso país.

I. Primórdios do Movimento Reformado no Brasil

1. A França Antártica

Os primeiros calvinistas chegaram ao Brasil ainda no começo da nossa história. No final de 1555,
um grupo de franceses liderados por Nicolas Durand de Villegagnon instalou-se em uma das ilhas
da Baía da Guanabara. Um ano e meio mais tarde, chegou à "França Antártica" um grupo de
colonos e pastores reformados enviados pelo próprio João Calvino, em resposta a um pedido de
Villegagnon. No dia 10 de março de 1557 esses evangélicos realizaram o primeiro culto
protestante do Brasil, e possivelmente do Novo Mundo. Eventualmente, surgiram desavenças
teológicas entre Villegagnon e os calvinistas. Cinco deles foram presos e forçados a escrever uma
declaração de suas convicções. O resultado foi a bela "Confissão de Fé da Guanabara." Com
base nessa declaração, três dos calvinistas foram executados e outro foi poupado por ser o único
alfaiate da colônia. O quinto autor da confissão de fé, Jacques le Baleur, conseguiu fugir, mas foi
preso e mais tarde enforcado. Entre os que conseguiram retornar para a França estava o

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sapateiro Jean de Léry, que mais tarde tornou-se pastor e escreveu a célebre obra Viagem à
Terra do Brasil (1578).

2. O Brasil Holandês

A próxima tentativa de introdução do calvinismo no Brasil ocorreu em meados do século XVII por
meio dos holandeses. No contexto da guerra contra a Espanha, a Companhia das Índias
Ocidentais ocupou o nordeste brasileiro por vinte e quatro anos (1630-1654). O mais famoso
governante do Brasil holandês foi o Conde João Maurício de Nassau-Siegen, que aqui esteve por
apenas sete anos (1637-1644). Embora os residentes católicos e judeus tenham gozado de
tolerância religiosa, a igreja oficial da colônia era a Igreja Reformada da Holanda, que realizou
uma grande obra pastoral e missionária. Ao longo dos anos foram criadas 22 igrejas e
congregações, dois presbitérios (Pernambuco e Paraíba) e até mesmo um sínodo, o Sínodo do
Brasil (1642-1646). Além da assistência aos colonos europeus, a igreja reformada fez um notável
trabalho missionário com os indígenas. Ao lado da pregação e ensino, houve a preparação de um
catecismo na língua nativa. Outros projetos incluíam a tradução das Escrituras e a ordenação de
pastores indígenas, o que não chegou a efetivar-se. Com a expulsão dos holandeses, as igrejas
nativas vieram a extinguir-se e por um século e meio desapareceram os vestígios do calvinismo
no Brasil.

3. O Protestantismo de Imigração

O protestantismo em geral e o presbiterianismo em particular puderam estabelecer-se


definitivamente no Brasil somente após a chegada da família real, em 1808. Em 1810, Portugal e
Inglaterra firmaram um Tratado de Comércio e Navegação, cujo artigo XII, pela primeira vez em
nossa história, concedeu liberdade religiosa aos imigrantes protestantes. Logo, muitos deles
começaram a chegar de diversas regiões da Europa, entre eles reformados franceses, suíços e
alemães. Em 1827, por iniciativa do cônsul da Prússia, foi fundada no Rio de Janeiro a
Comunidade Protestante Alemã-Francesa, que congregava luteranos e calvinistas.

Durante várias décadas, o calvinismo ficou restrito às comunidades imigrantes, sem atingir os
brasileiros. Os poucos pastores reformados ou presbiterianos que por aqui passaram limitaram
suas atividades religiosas aos estrangeiros. Tal foi o caso do Rev. James Cooley Fletcher, um
pastor presbiteriano norte-americano que teve uma longa e frutífera ligação com o Brasil a partir
de 1851. Ele deu assistência religiosa a marinheiros e imigrantes europeus, procurou aproximar o
Brasil e os Estados Unidos nas áreas diplomática, comercial e cultural, e escreveu o livro O Brasil
e os Brasileiros, publicado em 1857. Por meio de seus contatos com políticos e intelectuais
brasileiros, Fletcher contribuiu indiretamente para a introdução do protestantismo no Brasil. Foi por
sua sugestão que o missionário congregacional inglês Robert Reid Kalley veio para o Brasil em
1855. Finalmente, o presbiterianismo foi implantado entre os brasileiros pelo Rev. Ashbel Green
Simonton, que aqui chegou em 1859.

Ref.: http://www.ipb.org.br/portal/historia/78-esboco-historico

Sobre o Rev. Ashbel Green Simonton

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Ashbel Green Simonton (1833-1867), o fundador da Igreja Presbiteriana do Brasil, nasceu em


West Hanover, no sul da Pensilvânia, e passou a infância na fazenda da família, denominada
Antigua. Eram seus pais o médico e político William Simonton e D. Martha Davis Snodgrass
(1791-1862), filha de um pastor presbiteriano. Ashbel era o mais novo de nove irmãos. Os irmãos
homens (William, John, James, Thomas e Ashbel) costumavam denominar-se os "quinque fratres"
(cinco irmãos). Um deles, James Snodgrass Simonton, quatro anos mais velho que Ashbel, viveu
por três anos no Brasil e foi professor na cidade de Vassouras, no Rio de Janeiro. Uma das quatro
irmãs, Elizabeth Wiggins Simonton (1822-1879), conhecida como Lille, veio a casar-se com o Rev.
Alexander Latimer Blackford, vindo com ele para o Brasil.

Em 1846, a família mudou-se para Harrisburg, a capital do estado, onde Ashbel concluiu os
estudos secundários. Após formar-se no Colégio de Nova Jersey (a futura Universidade de
Princeton), em 1852, o jovem passou cerca de um ano e meio no Mississipi, trabalhando como
professor. Voltando para o seu estado, teve profunda experiência religiosa durante um avivamento
em 1855 e ingressou no Seminário de Princeton, fundado em 1812. No primeiro semestre de
estudos, ouviu na capela do seminário um sermão do Dr. Charles Hodge, um dos seus
professores, que despertou o seu interesse pela obra missionária no exterior. Concluídos os
estudos, foi ordenado em 1859 e chegou ao Brasil no dia 12 de agosto do mesmo ano.

Pouco depois de organizar a Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro (12/01/1862), o jovem


missionário seguiu em viagem de férias para os Estados Unidos, vindo a casar-se com Helen
Murdoch, em Baltimore. Regressaram ao Brasil em julho de 1863. No final de junho do ano
seguinte, Helen faleceu nove dias após o nascimento da sua filhinha, que recebeu o seu nome.
Helen Murdoch Simonton, a filha única do Rev. Simonton, nunca se casou e faleceu aos 88 anos
no dia 7 de janeiro de 1952. Com o passar dos anos, Simonton criou o jornal Imprensa Evangélica
(1864), organizou o Presbitério do Rio de Janeiro (1865) e fundou o Seminário Primitivo (1867),
este último localizado em um edifício de vários pavimentos junto ao Campo de Santana.

No final de 1867, sentindo-se adoentado, o missionário pioneiro seguiu para São Paulo, onde sua
irmã e seu cunhado criavam a pequena Helen. Seu estado de saúde agravou-se e ele veio a
falecer no dia 9 de dezembro, acometido de "febre biliosa", conforme consta do seu registro de
sepultamento. Seu túmulo foi um dos primeiros do ainda recente Cemitério dos Protestantes, no
bairro da Consolação. Anos depois, foram sepultados perto dele os ossos do ex-sacerdote Rev.
José Manoel da Conceição (1822-1873), o primeiro pastor evangélico brasileiro. Simonton e
Conceição, um americano e um brasileiro, foram os personagens mais notáveis dos primórdios do
presbiterianismo no Brasil.

Sua história divide-se em períodos

1859-1869 Implantação

O surgimento do presbiterianismo no Brasil resultou do pioneirismo e desprendimento do Rev.


Ashbel Green Simonton (1833-1867). Nascido em West Hanover, na Pensilvânia, Simonton
estudou no Colégio de Nova Jersey e inicialmente pensou em ser professor ou advogado.
Alcançado por um reavivamento em 1855, fez sua profissão de fé e pouco depois ingressou no

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Seminário de Princeton. Um sermão pregado por seu professor, o famoso teólogo Charles Hodge,
levou-o a considerar o trabalho missionário no exterior. Três anos depois, candidatou-se perante a
Junta de Missões da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos, citando o Brasil como Campo de
sua preferência. Dois meses após à sua ordenação, embarcou para o Brasil, chegando ao Rio de
Janeiro em 12 de agosto de 1859, aos 26 anos de idade.

Em abril de 1860, Simonton dirigiu o seu primeiro culto em português; em janeiro de 1862,
recebeu os primeiros membros, sendo fundada a Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro. No breve
período em que viveu no Brasil, Simonton, auxiliado por alguns colegas, fundou o primeiro jornal
evangélico do país (Imprensa Evangélica, 1864), criou o primeiro presbitério (1865) a organizou
um seminário (1867). O Rev. Simonton morreu vitimado pela febre amarela aos 34 anos, em 1867
(sua esposa, Helen Murdoch, havia falecido três anos antes).

Os principais colaboradores de Simonton nesse período foram: seu cunhado Alexander L.


Blackford, que em 1865 organizou as igrejas de São Paulo e Brotas; Francis J. C. Schneider, que
trabalhou entre os imigrantes alemães em Rio Claro , lecionou no seminário do Rio e foi
missionário na Bahia; George W. Chamberlain, grande evangelista e operoso pastor da Igreja de
São Paulo.

Um outro pioneiro que contribui para a fundação de igrejas foi o notável Rev. Jose Manoel da
Conceição (1822-1873), um ex-sacerdote romano que se tornou o primeiro brasileiro a ser
ordenado ministro do evangelho (1865). Visitou incansavelmente dezenas de vilas a cidades no
interior de São Paulo, Vale do Paraíba e Sul de Minas, pregando o evangelho da graça.

1869-1888 Consolidação

Simonton e seus companheiros eram todos da igreja presbiteriana do norte dos Estados Unidos
(PCUSA). Em 1869 chegaram os primeiros missionários da igreja do Sul (PCUS): George N.
Morton a Edward Lane. Eles fixaram-se em Campinas, na região onde havia muitas famílias norte-
americanas que vieram para o Brasil após a Guerra Civil no seu país (1861-65). Em 1870, Morton
e Lane fundaram a igreja de Campinas e em 1873 o famoso, porém efêmero, Colégio
Internacional. Os missionários da PCUS evangelizaram a região da Mogiana, o oeste de Minas, o
Triângulo Mineiro e o Sul de Goiás. O pioneiro em várias dessas regiões foi o incansável Rev.
John Boyle.

Os obreiros da PCUSA também foram os pioneiros presbiterianos no nordeste a norte do Brasil


(de Alagoas até a Amazônia). Os principais foram John Rockwell Smith, fundador da igreja do
Recife (1878); DeLacey Wardlaw, pioneiro em Fortaleza; e o Dr. George W. Butler, o "medico
amado" de Pernambuco. O mais conhecido dentre os primeiros pastores brasileiros do nordeste
foi o Rev. Belmiro de Araújo César, patriarca de uma grande família presbiteriana.
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Enquanto isso, os missionários da igreja do norte dos Estados Unidos também continuavam os
seus trabalhos, auxiliados por novos colegas. Seus principais campos eram Bahia e Sergipe, onde
atuou, além de Schneider e Blackford, o Rev. John Benjamin Kolb; Rio de Janeiro, que inaugurou
seu templo em 1874, e Nova Friburgo, onde trabalhou o Rev. John M. Kyle; Paraná, cujos
pioneiros foram Robert Lenington e George A. Landes; e especialmente São Paulo. Na capital
paulista, o Casal Chamberlain fundou em 1870 a Escola Americana, que mais tarde veio a ser o
Mackenzie College, dirigido pelo educador Horace Manley Lane. No interior da província
destacou-se o Rev. João Fernandes Dagama, português da Ilha da Madeira. No Rio Grande do
Sul, trabalhou por algum tempo o Rev. Emanuel Vanorden, um judeu holandês.

Entre os novos pastores "nacionais" desse período estavam Eduardo Carlos Pereira, Jose
Zacarias de Miranda, Manuel Antonio de Menezes, Delfino dos Anjos Teixeira, João Ribeiro de
Carvalho Braga a Caetano Nogueira Junior. As duas igrejas norte-americanas também enviaram
notáveis missionárias educadoras: Mary P. Dascomb, Elmira Kuhl, Nannie Henderson a Charlotte
Kemper.

1888-1903 Dissensão

Em setembro de 1888 foi organizado o Sínodo da Igreja Presbiteriana do Brasil, que assim tornou-
se autônoma, desligando-se das igrejas-mães norte-americanas. O Sínodo compunha-se de três
presbitérios (Rio de Janeiro, Campinas-Oeste de Minas e Pernambuco) e tinha vinte missionários,
doze pastores nacionais e 59 igrejas. O primeiro moderador foi o veterano Rev. Blackford. O
Sínodo criou o Seminário Presbiteriano, elegeu seus dois primeiros professores e dividiu o
Presbitério de Campinas e Oeste de Minas em dois: São Paulo e Minas.

Nesse período a denominação expandiu-se grandemente, com muitos novos missionários,


pastores brasileiros e igrejas locais. O Seminário começou a funcionar em Nova Friburgo no final
de 1892 e no inicio de 1895 transferiu-se para São Paulo, tendo a frente o Rev. John Rockwell
Smith. O Mackenzie College ou Colégio Protestante foi criado em 1891, sendo seu primeiro
presidente o Dr. Horace M. Lane. Por causa da febre amarela, o Colégio Internacional foi
transferido de Campinas para Lavras, e mais tarde veio a chamar-se Instituto Gammon, numa
homenagem ao seu grande líder, o Rev. Samuel R. Gammon (1865-1928).

A primeira escola evangélica do nordeste foi o Colégio Americano de Natal (1895), fundado por
Katherine H. Porter, esposa do Rev. William C. Porter. Na mesma época, a cidade de Garanhuns
começou a tornar-se um grande centro da obra presbiteriana. Além do trabalho evangelístico,
foram lançadas as bases de duas importantes instituições educacionais: o Colégio Quinze de
Novembro e o Seminário do Norte, hoje sediado em Recife. No final desse período, alem de estar

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presente em todos os estados do nordeste, a Igreja Presbiteriana chegou ao Pará e ao


Amazonas.

No sul, foi iniciada a obra presbiteriana em Santa Catarina (São Francisco do Sul e Florianópolis).
A igreja também iniciou a sua marcha vitoriosa no leste de Minas. O primeiro obreiro a residir em
Alto Jequitibá foi o Rev. Matatias Gomes dos Santos (1901). As igrejas de São Paulo e do Rio de
Janeiro passaram a ser pastoreadas por dois grandes lideres, respectivamente Eduardo Carlos
Pereira (1888) e Álvaro Emidio G. dos Reis (1897).

Infelizmente, os progressos desse período foram em parte ofuscados por uma grave crise que se
abateu sobre a vida da igreja. Inicialmente, surgiu uma diferença de prioridades entre o Sínodo e a
Junta de Missões de Nova York. O Sínodo queria apoio para a obra evangelística e para instalar o
Seminário, ao passo que a Junta preferiu dar ênfase à obra educacional, principalmente através
do Mackenzie. Paralelamente, surgiram desentendimentos entre o Pastor da Igreja Presbiteriana
de São Paulo, Rev. Eduardo Carlos Pereira, e os lideres do Mackenzie, Horace Lane e William A
Waddell.

Com o passar do tempo, o Rev. Eduardo C. Pereira passou a tornar-se mais radical em suas
posições, perdendo o apoio até mesmo de muitos dos seus colegas brasileiros. Como uma
alternativa ao jornal de Eduardo, O Estandarte , o Rev. Álvaro Reis criou O Puritano em 1899. Em
1900 foi criada a Igreja Presbiteriana Unida, que resultou da fusão de duas igrejas formadas por
pessoas que haviam saído da igreja do Rev. Eduardo. Na mesma época, um novo problema veio
complicar ainda mais a situação: o debate acerca da maçonaria.

Em Março de 1902, Eduardo C. Pereira e seus partidários começaram a divulgar a sua


Plataforma, com cinco tópicos sobre as questões missionária, educativa a maçônica. Após pouco
mais de um ano de debates acalorados, a crise chegou ao seu triste desfecho em 31 de julho de
1903, durante a reunião do Sínodo. Após serem derrotados em suas propostas, Eduardo e seus
colegas desligaram-se do Sínodo e formaram a Igreja Presbiteriana Independente.

1903-1917 Reconstituição

No inicio de agosto de 1903, os independentes organizaram o seu presbitério, com quinze


presbíteros e sete pastores (Eduardo C. Pereira, Caetano Nogueira Jr., Bento Ferraz, Ernesto Luiz
de Oliveira, Otoniel Mota, Alfredo Borges Teixeira e Vicente Temudo Lessa). Seguiu-se um triste
período de divisões de comunidades, luta pela posse de propriedades, litígios judiciais. Uma
pastoral do Presbitério Independente chegou a vedar aos sinodais a Ceia do Senhor. O período
mais conflitivo estendeu-se ate 1906. Nessa época, o Sínodo contava com 77 igrejas e cerca de
6500 membros; em 1907, os independentes tinham 56 igrejas e 4200 comungantes.

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O prédio do seminário, no Higienópolis, foi ocupado sem solenidade em setembro de 1899. Os


principais professores eram os Rev.s John Smith e Erasmo Braga (este a partir de 1901); o
principal membro da diretoria era o Rev. Álvaro Reis. Em fevereiro de 1907, o seminário foi
transferido para Campinas, ocupando a antiga propriedade do Colégio Internacional. A primeira
turma de Campinas só se formou em 1912. Entre os formandos estavam Tancredo Costa,
Herculano de Gouvêa Jr., Miguel Rizzo Jr. e Paschoal Luiz Pitta. Mais tarde viriam Guilherme
Kerr, Jorge T. Goulart, Galdino Moreira e José Carlos Nogueira.

A obra presbiteriana crescia em muitos lugares. A primeira cidade atingida no Leste de Minas foi
Alto Jequitibá (Manhuaçu) e no Espírito Santo, São José do Calgado. Os primeiros pastores
daqueles Campos foram Matatias Gomes dos Santos, Anibal Nora, Constancio Omero Omegna e
Samuel Barbosa. No Vale do Ribeira, o evangelista Willes R. Banks continuava em atividade; a
família Vassão daria grandes contribuições à igreja.

Em 1907, o Sínodo dividiu-se em dois (Norte a Sul) e em 1910 foi organizada a Assembléia Geral
da Igreja Presbiteriana do Brasil. O moderador do último sínodo e instalador da Assembléia Geral
foi o veterano Modesto Carvalhosa, ordenado 40 anos antes. A Assembléia Geral foi instalada na
Igreja do Rio e o Rev. Álvaro Reis foi eleito seu primeiro moderador. Os conciliares visitaram a Ilha
de Villegaignon para lembrar os mártires calvinistas e comemorar o 4º centenário do nascimento
de Calvino. Na época, a Igreja Presbiteriana do Brasil tinha 10 mil membros comungantes, outro
tanto de menores e cerca de 150 igrejas em sete presbitérios. As demais denominações tinham os
seguintes números: metodista - 6 mil membros; independentes - 5 mil; batistas - 5 mil; episcopais -
cerca de mil. Em 1911, a IPB enviou o seu primeiro missionário a Portugal, Rev. João da Mota
Sobrinho, que lá ficou ate 1922.

Os missionários americanos continuam em plena atividade. A Missão Sul da PCUS dividiu-se em


Missão Leste (Lavras) a Missão Oeste (Campinas) devido a divergências quanto ao lugar da
educação na obra missionária. O Rev. William Waddell fundou uma influente escola em Ponte
Nova , Bahia. Pierce Chamberlain trabalhou na Bahia de 1899 a 1909. A obra presbiteriana no
Mato Grosso começou nesse período: os pioneiros foram os missionários Franklin Graham (1913)
e Philippe Landes (1915). Em 1917, foi aprovado o Modus Operandi, um acordo entre a igreja a as
missões norte-americanas pelo qual os missionários desligaram-se dos concílios da IPB,
separando-se os campos nacionais (presbitérios) dos campos das missões. Em 1924, pela
primeira vez reuniu-se a Assembléia Geral sem nenhum missionário como delegado de
presbitério.

1917-1932 Cooperação

O maior líder presbiteriano desse período foi o Rev. Erasmo Braga (1877-1932), professor do
seminário e secretário da Assembléia Geral. Em 1916, participou com dois colegas do Congresso
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de Ação Cristã na América Latina, no Panamá. Poucos anos depois, tornou-se o dinâmico
secretário da Comissão Brasileira de Cooperação, entidade que liderou um grande esforço
cooperativo entre as igrejas evangélicas do Brasil na década de 1920. As principais áreas de
cooperação foram literatura, educação cristã e educação teológica. Foi fundado o Seminário
Unido no Rio de Janeiro, que existiu ate 1932.

Outros esforços cooperativos desse período foram:

(1) Instituto Jose Manoel da Conceição, fundado pelo Rev. William A Waddell na cidade de
Jandira, perto de São Paulo (1928); visava preparar os jovens que depois seguiriam para o
seminário.

(2) Associação Evangélica de Catequese dos Índios (1928), depois Missão Evangélica Caiuá:
idealizada pelo Rev. Albert S. Maxwell instalada em Dourados, Mato Grosso; esforço cooperativo
das igrejas presbiterianas, independente, metodista a episcopal.

O Seminário de Campinas correu o risco de ser extinto por causa do Seminário Unido, mas
finalmente superou a crise. Em 1921, o Seminário do Norte foi transferido para o Recife. As
principais instituições educacionais das missões eram o Colégio Agnes Erskine, em Recife;
Colégio 15 de Novembro (Garanhuns); Escola de Ponte Nova (Bahia); Colégio 2 de Julho
(Salvador); Instituto Gammon (Lavras); Instituto Cristão (Castro) e principalmente o Mackenzie. Os
principais periódicos presbiterianos eram O Puritano e o Norte Evangélico .

Em 1924, a Assembléia Geral encerrou o trabalho missionário em Lisboa. No mesmo ano, Erasmo
Braga e alguns amigos fundaram a Sociedade Missionária Brasileira de Evangelização em
Portugal, que enviou para aquele país o Rev. Paschoal L. Pitta a sua esposa Odete. O casal ali
esteve por quinze anos (1925-1940), regressando ao Brasil devido a constante falta de recursos.

Em 1921, morreu o Rev. Antonio Bandeira Trajano. Com ele desapareceu a primeira geração de
obreiros presbiterianos no Brasil, os da década de 1860. Outros obreiros falecidos nesse período
foram: Eduardo Carlos Pereira (1923), Álvaro Reis (1925), Carlota Kemper (1927), Samuel
Gammon (1928) e Erasmo Braga (1932).

1932-1959 Organização

Neste período a IPB continuou a crescer e a aperfeiçoar a sua estrutura, criando entidades
voltadas para o trabalho feminino, mocidade, missões nacionais e estrangeiras, literatura a ação
social. O período terminou com a comemoração do centenário do presbiterianismo no Brasil.

A igreja era constituída dos seguintes sínodos:

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(1) Setentrional: estendia-se de Alagoas ate a Amazônia, estando o maior número de igrejas no
Estado de Pernambuco;

(2) Bahia-Sergipe: criado em 1950, quando o Presbitério Bahia-Sergipe, antigo Campo da Missão
Central, dividiu-se nos presbitérios de Salvador, Campo Formoso e Itabuna;

(3) Minas-Espírito Santo: surgiu em 1946, abrangendo o leste de Minas e o Espírito Santo, a
região de maior crescimento da igreja;

(4) Central: formado em 1928, incluía o Estado do Rio de Janeiro, bem como o Sul e o oeste de
Minas Gerais;

(5) Meridional: sínodo histórico (1910-47), abrangia São Paulo, Paraná e Santa Catarina;

(6) Oeste do Brasil: foi formado em 1947, abrangendo todo o norte e oeste de São Paulo.

No final da década de 50, foram entregues pelas missões os Presbitérios do Triangulo Mineiro,
Goiás e Cuiabá.

Nesse período, as missões norte-americanas continuaram o seu trabalho:

(1) PCUS:

(a) Missão Norte: atuou no nordeste, onde o principal obreiro foi o Rev. William Calvin Porter; o
Campo mais importante era o de Garanhuns, onde estavam o Colégio 15 de Novembro e o jornal
Norte Evangélico ;

(b) Missão Leste: atuou no oeste de Minas e depois em Dourados, Mato Grosso, cuja igreja foi
organizada em 1951.

(c) Missão Oeste: concentrou-se mais no Triângulo Mineiro, onde o casal Edward a Mary Lane
fundou em 1933 o Instituto Bíblico de Patrocínio.

(2) PCUSA:

(a) Missão Central: seus principais campos eram Ponte Nova/Itacira, a bacia do Rio São
Francisco, o sul da Bahia e o norte de Minas;

(b) Missão Sul: atuou no Paraná e Santa Catarina, fundindo-se com a Missão Central por Volta de
1937. O Rev. Filipe Landes foi grande evangelista no Mato Grosso (norte a Sul). Em Rio Verde ,
Goiás, atuou o Rev. Dr. Donald Gordon.

Trabalho Feminino: as primeiras sociedades de senhoras surgiram em 1884-85 e as primeiras


federações, na década de 1920. Os primeiros secretários gerais do trabalho feminino foram o Rev.
Jorge T. Goulart e as sras. Genoveva Marchant, Blanche Licio, Cecilia Siqueira a Nady Werner. O
primeiro congresso nacional reuniu-se na I.P. Riachuelo, no Rio, em 1941; o Segundo congresso
realizou-se também no Rio em 1954. A SAF em Revista foi criada em 1954.

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Mocidade: algumas entidades precursoras foram a Associação Cristã de Moços (Myron Clark), o
Esforço Cristão (Clara Hough) e a União Cristã de Estudantes do Brasil (Eduardo P. Magalhaes).
Benjamin Moraes Filho foi o primeiro secretário do trabalho da mocidade (1938). O primeiro
congresso nacional reuniu-se em Jacarepaguá em 1946, quando foi criada a confederação. Entre
os líderes da época estavam Francisco Alves, Jorge César Mota, Paulo César, Waldo César,
Tercio Emerique, Gutemberg de Campos, Paulo Rizzo e Billy Gammon.

Missões Nacionais: em 1940 foi organizada na I.P. Unida a Junta Mista de Missões Nacionais,
com representantes da IPB a das missões norte-americanas. Entre os primeiros líderes estavam
Coriolano de Assunção, Guilherme Kerr, Filipe Landes, Eduardo Lane, Jose Carlos Nogueira a
Wilson N. Licio. Ate 1958, a Junta ocupou quinze regiões em todo o Brasil, com cerca de 150
locais de pregação. Em 1950 foi criada a Missão Presbiteriana da Amazônia.

Missão em Portugal: os primeiros obreiros foram João da Mota Sobrinho (1911-1922) e Paschoal
Luiz Pitta (1925-1940). Em 1944 a IPB assumiu o trabalho e foi criada a Junta de Missões
Estrangeiras, com o apoio das igrejas norte-americanas. Os primeiros missionários foram
Natanael Emerique, Aureliano Lino Pires, Natanael Beuttenmuller e Teófilo Carnier.

Outras Organizações:

(a) Casa Editora: começou a ser organizada em 1945, no inicio da Campanha do Centenário, sob
a liderança do Rev. Boanerges Ribeiro. A primeira sede foi instalada em dependências cedidas
pela I.P. Unida, na Rua Helvetia.

(b) Orfanatos: em 1910, a Assembléia Geral planejou um orfanato para Lavras; em 1919, passou
a funcionar em Valença, e em 1929 veio a ocupar uma propriedade da I.P. de Copacabana em
Jacarepaguá. O orfanato foi denominado Instituto Álvaro Reis.

(c) Conselho Interpresbiteriano (CIP): foi criado em 1955 para organizar as relações da IPB com
as missões e as juntas missionárias dos Estados Unidos. Tinha mais autoridade que o "Modus
Operandi" de 1917.

Outras Igrejas:

(a) Igreja Presbiteriana Independente: em 1957, foi criado o Supremo Concílio, com três sínodos,
dez presbitérios, 189 igrejas, 105 pastores e cerca de 30 mil membros comungantes; O
Estandarte continuava a ser o jornal oficial. No final dos anos 30 houve um conflito teológico. Em
1942, um grupo de intelectuais liberais (entre os quais o Rev. Eduardo P. Magalhães) retirou-se
da IPI a formou a Igreja Cristã de São Paulo.

(b) Igreja Presbiteriana Conservadora: foi fundada em 1940 pelos membros da Liga Conservadora
da IPI. Em 1957, contava com mais de vinte igrejas em quatro estados e tinha um seminário. Seu
órgão oficial é O Presbiteriano Conservador .

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(c) Igreja Presbiteriana Fundamentalista: foi fundada em 1956 pelo Rev. Israel Gueiros, pastor da
1ª I.P. de Recife e ligado ao Concílio Internacional de Igrejas Cristãs (do fundamentalista
americano Carl McIntire).

Neste período, a IPB participou de vários movimentos cooperativos: Associação Evangélica


Beneficente (fundada por Otoniel Mota em 1928), Associação Cristã de Beneficência Ebenezer
(dirigida pelo Dr. Benjamin Hunnicutt), Missão Evangélica Caiuá, Instituto Josh Manoel da
Conceição, Confederação Evangélica do Brasil (fundada em 1934), Sociedade Bíblica do Brasil,
Centro audiovisual Evangélico (CAVE, fundado em 1951) e Universidade Mackenzie, transferida à
IPB no início dos anos 60.

Constituição da IPB:

Em 1924, foram aprovadas pequenas modificações no antigo Livro de Ordem adotado quando da
criação do Sínodo, em 1888. Em 1937, entrou em vigor a nova Constituição da Igreja (os
independentes haviam aprovado a sua três anos antes), sendo criado o Supremo Concilio. Houve
protestos do norte contra alguns pontos: diaconato para ambos os sexos, "confirmação" em vez
de "profissão de fé" e o nome "Igreja Cristã Presbiteriana". Em 1950, foi promulgada uma nova
Constituição e no ano seguinte o Código de Disciplina e os Princípios de Liturgia.

Estatística: em 1957, a IPB contava com seis sínodos, 41 presbitérios, 489 igrejas, 883
congregações, 369 ministros, 127 candidatos ao ministério, 89.714 membros comungantes a
71.650 não-comumgantes. Os primeiros presidentes do Supremo Concílio foram os Revs.
Guilherme Kerr, Josh Carlos Nogueira, Natanael Cortez, Benjamin Moraes Filho e Jose Borges
dos Santos Junior.

A Campanha do Centenário : foi lançada em 1946, tendo como objetivos: avivamento espiritual,
expansão numérica, consolidação das instituições da igreja, afirmação da fé reformada e
homenagem aos pioneiros. A Comissão Central do Centenário, organizada em 1948, enfrentou
muitas dificuldades. Após 1950, a campanha ganhou ímpeto. A Comissão Unida do Centenário
(IPB, IPI a I. Reformada Húngara) planejou uma grande campanha evangelística (Edwyn Orr e
William Dunlap) que se estendeu por todo o país em 1952. Outras medidas: criação do Museu
Presbiteriano, Seminário do Centenário e jornal Brasil Presbiteriano , resultante da fusão de O
Puritano e Norte Evangélico (1958). A 18ª Assembléia da Aliança Presbiteriana Mundial reuniu-se
em São Paulo de 27/Julho a 06/Agosto de 1959. O lema do centenário foi: "Um ano de gratidão
por um século de bênçãos."

Ref.: http://www.ipbrecreio.org.br/index.php?option=content&task=view&id=93

Denominações Presbiterianas no Brasil

A Igreja Presbiteriana do Brasil é a mais antiga denominação reformada do país, tendo sido
fundada pelo missionário Ashbel Green Simonton (1833-1867), que aqui chegou em 1859. Mais
tarde, ao longo do século 20, surgiram outras igrejas congêneres que também se consideram
herdeiras da tradição calvinista. São as seguintes, por ordem cronológica de organização: Igreja
Presbiteriana Independente do Brasil (1903), com sede em São Paulo; Igreja Presbiteriana

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Conservadora (1940), com sede em São Paulo; Igreja Presbiteriana Fundamentalista (1956), com
sede em Recife; Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil (1975), com sede em Arapongas,
Paraná, e Igreja Presbiteriana Unida do Brasil (1978), com sede no Rio de Janeiro.

1. Igreja Presbiteriana Independente

Surgiu em 1903 como uma denominação totalmente nacional, sem vinculação com igrejas
estrangeiras. Resultou do projeto nacionalista do Rev. Eduardo Carlos Pereira (1856-1923), que
entrou em conflito com o Sínodo da IPB em torno das questões missionária, educacional e
maçônica. Em 1907, a IPI tinha 56 igrejas e 4.200 membros comungantes. Fundou um seminário
em São Paulo. Em 1908 foi instalado o seu Sínodo, inicialmente com três presbitérios; em 1957 foi
criado o Supremo Concílio, com três sínodos, dez presbitérios, 189 igrejas locais e 105 pastores.
O Estandarte, fundado em 1893, é até hoje o jornal oficial. Após o Congresso do Panamá (1916),
a IPI aproximou-se da IPB e das outras igrejas evangélicas. A partir de 1930, surgiu um
movimento de intelectuais (entre eles o Rev. Eduardo Pereira de Magalhães, neto de Eduardo C.
Pereira) que pretendia reformar a liturgia, certos costumes eclesiásticos e até mesmo a Confissão
de Fé. A questão eclodiu no Sínodo de 1938. Um grupo organizou a Liga Conservadora, liderada
pelo Rev. Bento Ferraz. A elite liberal retirou-se da IPI em 1942 e formou a Igreja Cristã de São
Paulo. Ver http://www.ipib.org

2. Igreja Presbiteriana Conservadora

Foi fundada em 1940 pelos membros da Liga Conservadora da IPI, sob a liderança do Rev. Bento
Ferraz. Em 1957, contava com mais de vinte igrejas, em quatro estados, e tinha um seminário.
Seu órgão oficial é O Presbiteriano Conservador. Filiou-se à Aliança Latino-Americana de Igrejas
Cristãs e à Confederação de Igreja Evangélicas Fundamentalistas do Brasil. Ver
http://www.ipcb.org.br

3. Igreja Presbiteriana Fundamentalista

Israel Gueiros, pastor da 1ª I. P. de Recife ligado ao Concílio Internacional de Igrejas Cristãs (Carl
McIntire) liderou uma campanha contra o Seminário do Norte sob a acusação de modernismo.
Gueiros fundou outro seminário e foi deposto pelo Presbitério de Pernambuco em julho de 1956.
Em 21 de setembro foi organizada a IPFB com quatro igrejas locais (inclusive elementos batistas
e congregacionais), que formaram um presbitério com 1800 membros.

4. Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil

Em 1968, como resultado do "movimento de renovação" na IPB, surgiu em Cianorte, Paraná, a


Igreja Cristã Presbiteriana. Em 1972, um segmento separou-se da IPI para formar a Igreja
Presbiteriana Independente Renovada, em Assis, SP. Em 1975, os dois grupos se uniram, criando
a Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil. Ver http://www.iprb.org.br

5. Igreja Presbiteriana Unida do Brasil

Foi fundada por elementos que discordaram da postura conservadora da IPB durante a
administração do Rev. Boanerges Ribeiro (1966-1978). Surgiram dois grupos dissidentes. Em

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1974, membros do Presbitério de São Paulo criaram a Aliança de Igrejas Reformadas. Em 1978,
foi criada a Federação Nacional de Igrejas Presbiterianas (FENIP), em Atibaia. Em 1983, na
cidade de Vitória, a FENIP adotou o nome de Igreja Presbiteriana Unida do Brasil. Essa igreja
adota uma postura teológica liberal e pluralista. Ver http://www.ipu.org.br

I. Descrição
Estudo da História do presbiterianismo no Brasil, desde a chegada do primeiro missionário (1859),
Ashbel G. Simonton, até a organização da Igreja Presbiteriana do Brasil (1888).

II. Objetivos
a) Identificar as origens do presbiterianismo no Brasil, com ênfase no trabalho missionário
pioneiro, plantação de igrejas e organização estrutural.
b) Ajudar a corrigir males existentes na Igreja e evitar erros e práticas falsas; e
c) Edificar, inspirar (através de exemplos de personagens históricos) e adquirir conhecimento da
própria herança espiritual , e consciência de continuidade e do caráter indestrutível da Igreja.

III. Justificativa
O estudo do presbiterianismo no Brasil, mormente o relativo à vida dos primeiros missionários
americanos, nos ajuda a compreender o desenvolvimento da Igreja Presbiteriana como uma
entidade independente das Juntas de Missões Norte- Americanas. As relações entre a igreja e as
agências missionárias americanas, a necessidade de um seminário para a formação teológica dos
primeiros pastores, o relacionamento intereclesial, e a questão da maçonaria, nos mostram, ora
padrões peculiares, outras vezes características comuns às demais denominações protestantes
no Brasil.

IV. Conteúdos
A. A Implantação (1859-1869)
1. O Pioneiro.
2. A Obra de Simonton e Principais Colaboradores. A Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro
(1862), a Imprensa Evangélica (1864), o Presbitério do Rio de Janeiro (1865), e o Seminário
Primitivo (1867).
3. O Padre Protestante.
4. Quatro Igrejas Pioneiras.

B. A Consolidação (1869-1888)
1. Os Primeiros Missionários da Igreja do Sul (PCUS). O Colégio Internacional.
2. Schneider na Bahia, Igreja do Rio na Travessa da Barreira, a Escola Americana em São Paulo.
3. Morte de José Manoel da Conceição, a Missão do Sul no Nordeste e a Primeira Divisão da
Igreja.
2
4. Seminaristas Sem Seminário, Consolidação da Obra dos Pioneiros, Traslado de Conceição.
5. Morte de Antonio Pedro, Novos Pastores Brasileiros e Sociedade Brasileira de Tratados
Evangélicos.
6. Novas Igrejas no Nordeste, Evangelização do Centro-Oeste e a Liderança de Eduardo Carlos
Pereira.
7. A Igreja Presbiteriana no Paraná e no Rio Grande do Sul.

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8. Hinário, Missões Nacionais e Sínodo.

Vamos reproduzir aqui no meu celular um vídeo em que o Reverendo Guilhermino contou um
pouco da história de Simonton e sobre o andamento das comemorações dos 150 anos do
presbiterianismo no Brasil – isso em 2009. Agora, em 2010, já estamos com 151 anos, ou em
dias, 55.153 dias – cálculo com base no dia 12 de agosto.

“Simonton além de fundar a Igreja Presbiteriana do Rio de


Janeiro, a primeira no Brasil, entre as suas grandes
realizações estão o primeiro jornal, em 1864, o primeiro
presbitério, em 1865, e o primeiro seminário, em 1867.
Sendo, portanto, detentor do mérito de grande propagação
do presbiterianismo no país.”

“O dia 12 de agosto de 1859 é o marco de origem da Igreja


Presbiteriana do Brasil. Naquela data chegou ao Porto do
Rio de Janeiro o primeiro missionário presbiteriano,
Reverendo Ashbel Green Simonton. Na manhã de 12 de
agosto de 2009 a Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro
acolheu com alegria o Presidente da República Luis Inácio
Lula da Silva, que participou do Ato Cívico Religioso pelo
seu sesquicentenário.”

http://www.eventointerativo.com.br/site/?p=807

Soli Deo Gloria”

Material de apoio:

O que é IPB

A Igreja Presbiteriana do Brasil é uma federação de igrejas que têm em comum uma história, uma
forma de governo, uma teologia, bem como um padrão de culto e de vida comunitária.
Historicamente, a IPB pertence à família das igrejas reformadas ao redor do mundo, tendo surgido
no Brasil em 1859, como fruto do trabalho missionário da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos.

Suas origens mais remotas encontram-se nas reformas protestantes suíça e escocesa, no século
16, lideradas por personagens como Ulrico Zuínglio, João Calvino e João Knox. O nome “igreja
presbiteriana” vem da maneira como a igreja é administrada, ou seja, através de “presbíteros”
eleitos democraticamente pelas comunidades locais. Essas comunidades são governadas por um
“conselho” de presbíteros e estes oficiais também integram os concílios superiores da igreja, que

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são os presbitérios, os sínodos e o Supremo Concílio. Os presbíteros são de dois tipos: regentes
(que governam) e docentes (que ensinam); estes últimos são os pastores. Atualmente, a Igreja
Presbiteriana do Brasil tem aproximadamente 3.840 igrejas locais, 228 presbitérios, 55 sínodos,
2.660 pastores, 370.500 membros comungantes e 133.000 membros não-comungantes
(menores), estando presente em todos os estados da federação.

Quanto à sua teologia, as igrejas presbiterianas são herdeiras do pensamento do reformador João
Calvino (1509-1564) e das notáveis formulações confessionais (confissões de fé e catecismos)
elaboradas pelos reformados nos séculos 16 e 17. Dentre estas se destacam os documentos
elaborados pela Assembléia de Westminster, reunida em Londres na década de 1640. A
Confissão de Fé de Westminster, bem como os seus Catecismos Maior e Breve, são adotados
oficialmente pela IPB como os seus símbolos de fé ou padrões doutrinários. Outras igrejas
presbiterianas adotam documentos adicionais, como a Confissão Belga e o Catecismo de
Heidelberg. O conjunto de convicções presbiterianas, conforme expostas no pensamento de
Calvino, de outros teólogos e dos citados documentos confessionais, é denominado teologia
calvinista ou teologia reformada. Entre as suas ênfases estão a soberania de Deus, a eleição
divina, a centralidade da Palavra e dos sacramentos, o conceito do pacto, a validade permanente
da lei moral e a associação entre a piedade e o cultivo intelectual.

No seu culto, as igrejas presbiterianas procuram obedecer ao chamado princípio regulador. Isso
significa que o culto deve ater-se às normas contidas na Escritura, não sendo aceitas as práticas
proibidas ou não sancionadas explicitamente pela mesma. O culto presbiteriano caracteriza-se por
sua ênfase teocêntrica (a centralidade do Deus triúno), simplicidade, reverência, hinódia com
conteúdo bíblico e pregação expositiva. Na prática, nem todas as igrejas locais da IPB seguem
criteriosamente essas normas, embora as mesmas tenham caracterizado historicamente o culto
reformado. Os problemas causados pelo afastamento desses padrões têm levado muitas igrejas a
reconsiderarem as suas práticas litúrgicas e resgatarem a sua herança nessa área fundamental.
Quando se diz que o culto reformado é solene e respeitoso, não se implica com isso que deva ser
rígido e sem vida. O verdadeiro culto a Deus é também fervoroso e alegre.

Finalmente, a vida das igrejas presbiterianas brasileiras não se restringe ao culto, por importante
que seja. Essas igrejas também valorizam a educação cristã dos seus adeptos através da Escola
Dominical e outros meios; congregam os seus membros em diferentes agremiações internas para
comunhão e trabalho; têm a consciência de possuir uma missão dada por Deus, a ser cumprida
através da evangelização e do testemunho cristão. Muitas igrejas locais se dedicam a outras
atividades em favor da comunidade mais ampla, como a manutenção de escolas, creches,
orfanatos, ambulatórios e outras iniciativas de promoção humana. Cada igreja possui um grupo de
oficiais, os diáconos, cuja função primordial é o exercício da misericórdia cristã. O
presbiterianismo tem uma visão abrangente da vida, entendendo que o evangelho de Cristo tem
implicações para todas as áreas da sociedade e da cultura.

DE ONDE VIEMOS?

O presbiterianismo ou movimento reformado nasceu da Reforma Protestante do século 16. Tendo


o protestantismo começado na Alemanha, sob a liderança de Martinho Lutero, pouco depois
surgiu uma segunda manifestação do mesmo no Cantão de Zurique, na Suíça, sob a direção de
outro ex-sacerdote, Ulrico Zuínglio (1484-1531). Para distinguir-se da reforma alemã, esse novo

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movimento ficou conhecido como a Segunda Reforma ou Reforma Suíça. O entendimento de que
a reforma suíça foi mais profunda em sua ruptura com a igreja medieval e em seu retorno às
Escrituras fez com que recebesse o nome de movimento reformado e seus simpatizantes
ficassem conhecidos simplesmente como “reformados”.

Ao morrer, em 1531, Zuínglio teve um hábil sucessor na pessoa de João Henrique Bullinger
(1504-1575). Todavia, poucos anos depois surgiu um líder que se destacou de todos os outros por
sua inteligência, dotes literários, capacidade de organização e profundidade teológica. Esse líder
foi o francês João Calvino (1509-1564), que concentrou os seus esforços na cidade suíça de
Genebra, onde residiu durante 25 anos. Através da sua obra magna, a Instituição da Religião
Cristã ou Institutas, comentários bíblicos, tratados e outros escritos, Calvino traçou os contornos
básicos do presbiterianismo, tanto em termos teológicos quanto organizacionais, à luz das
Escrituras Sagradas.

Graças aos seus escritos, viagens, correspondência e liderança eficaz, Calvino exerceu enorme
influência em toda a Europa e contribuiu para a difusão do movimento reformado em muitas de
suas regiões. Dentro de poucos anos, a fé reformada fincou sólidas raízes no sul da Alemanha
(Estrasburgo, Heidelberg), na França, nos Países Baixos (as futuras Holanda e Bélgica) e no leste
europeu, onde surgiram comunidades reformadas em países como a Polônia, a Lituânia, a
Checoslováquia e especialmente a Hungria. Em algumas dessas nações, a reação violenta da
Contra-Reforma limitou ou sufocou o novo movimento, como foram, respectivamente, os casos da
França e da Polônia. As igrejas calvinistas nacionais da Europa continental ficaram conhecidas
como igrejas reformadas (por exemplo, Igreja Reformada da França).

Outra região da Europa em que a fé reformada teve ampla aceitação foram as Ilhas Britânicas,
particularmente a Escócia, cujo parlamento adotou o presbiterianismo como religião oficial em
1560. Para tanto foi decisiva a atuação do reformador João Knox (1514-1572), que foi discípulo de
Calvino em Genebra. Foi nessa região que surgiu a designação “igreja presbiteriana”. Na
Inglaterra e na Escócia dos séculos 16 e 17, o presbiterianismo representou uma posição ao
mesmo tempo teológica e política. Com esse termo, as igrejas reformadas declaravam que não
queriam uma igreja governada por bispos nomeados pelos reis (episcopalismo), e sim por
presbíteros eleitos pelas comunidades. Foi na Inglaterra que, em meio a uma guerra civil, o
parlamento convocou a Assembléia de Westminster (1643-1649), que elaborou os documentos
confessionais mais amplamente aceitos pelos presbiterianos ao redor do mundo.

Nos séculos 17 e 18, milhares de calvinistas emigraram para as colônias inglesas da América do
Norte. Muitos deles abraçavam a teologia de Calvino, mas não a forma de governo eclesiástico
presbiterial proposta por ele. Foi esse o caso dos puritanos ingleses que se estabeleceram na
Nova Inglaterra. Ao mesmo tempo, as colônias norte-americanas também receberam muitas
famílias presbiterianas emigradas da Escócia e do norte da Irlanda. Foram essas pessoas que
eventualmente criaram a Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos, cujo primeiro concílio, o
Presbitério de Filadélfia, foi organizado em 1706 sob a liderança do Rev. Francis Makemie,
considerado o “pai do presbiterianismo norte-americano”. O primeiro Sínodo foi organizado em
1717 e a Assembléia Geral em 1789. Em 1859, a Junta de Missões Estrangeiras da Igreja
Presbiteriana dos Estados Unidos enviou ao Rio de Janeiro o Rev. Ashbel Green Simonton,
fundador da Igreja Presbiteriana do Brasil.

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Ref.: http://www.ipb.org.br/portal/historia/75-oqueeipb

marcosalexandre@brturbo.com.br

http://vimeo.com/11876785 Roberto Brasileiro e os 150 anos de IPB

George Miller Î estudá-lo! Esse eu gostaria de imitá-lo!


Anabatistas Hoje

Depois de serem massacrados na Guerra dos Camponeses, os Anabaptistas sobreviveram na


sua forma pacifista, como a Igreja Mennonita. Originalmente concentrados no vale do rio Reno,
desde a Suíça até a Holanda, os anabatistas conquistaram adeptos de cultura germânica.
Perseguidos pelo Estado e guerras, tiveram imigração em massa para a Rússia e América do
Norte. No final do século XIX e começo do XX surgiram colônias na América do Sul (Paraguai,
Argentina, Brasil, Bolívia), onde mantem suas culturas e fé.

Muitos Anabatistas conservadores vivem em comunidades rurais isoladas e desconfiam do uso de


tecnologia. Os principais remanescentes anabatistas são: os hutterites, mennonitas, amishes, cuja
postura em muito se assemelha ao estilo de vida dos cristãos descrito no Novo Testamento,
especialmente em Atos dos Apóstolos 4:34,35 (pacifismo, comunalismo na produção e consumo).

Os Anabatistas influenciaram ainda outras denominações religiosas, como os Quakers; Batistas;


Dunkers e outras denominações protestantes que afirmam a necessidade de uma adesão
voluntária à Igreja.

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AULA 6 - A IPB em 150 anos: bênçãos e expectativas


quanto a você como membro da igreja.
Texto Básico: Hebreus 11.1-2; 11.32-40.

A IPB EM 150 ANOS

- Primeiras tentativas de implantação da fé reformada (presbiterianismo) no Brasil

10/11/1555 – Chegada de Villegaignon à Baía da Guanabara, para fundar uma colônia francesa
no Brasil. Sendo inicialmente simpático à causa reformada, escreveu a João Calvino pedindo que
enviasse colonos protestantes. Preocupava-se em elevar o nível moral e espiritual de sua colônia.
A Igreja Reformada de Genebra atendeu ao pedido, enviando um grupo de evangélicos, sob a
liderança de dois pastores. O grupo chegou em 10/03/1557, quando realizou o primeiro culto
protestante nas Américas, no Novo Mundo. A Santa Ceia segundo o rito reformado foi celebrada
pela primeira vez no domingo, 21/03/1557. Entretanto, Villegaignon entrou em conflito doutrinário
com os huguenotes (reformados) e os expulsou da colônia. Como o velho navio não comportava a
todos, alguns voltaram e foram confrontados por Villegaignon em seus princípios de fé. Daí
resultou a Confissão de Fé da Guanabara ou Confissão Fluminense. Tais irmãos foram
considerados heréticos e condenados à morte, tendo sido estrangulados e lançados ao mar em
9/2/1558, tornando-se mártires.

- A Implantação do Presbiterianismo no Brasil (1859-1903)


12/8/1859 – Chegada do Rev. Ashbel Green Simonton ao Brasil, aos 26 anos. Enviado pela Igreja
Presbiteriana do Norte dos Estados Unidos (PCUSA).
22/4/1860 – Simonton dirige o seu primeiro culto em português.
Janeiro de 1862 – Simonton recebe os primeiros membros e funda-se a Igreja Presbiteriana do
Rio de Janeiro. O templo foi inaugurado em 1874.
1864 – Fundação do primeiro jornal, a Imprensa Evangélica.
1865 – Organização do primeiro Presbitério.
1867 – Organização de um Seminário (seminário primitivo).
1867 – Simonton morre, aos 34 anos, de febre amarela. Sua esposa, Helen Murdoch Simonton,
havia falecido três anos antes, deixando uma filhinha.
Principais colaboradores no ministério de Simonton – Blackford (cunhado de Simonton), Schneider
e Chamberlain. Destaca-se ainda o Rev. José Manoel da Conceição (1822-1873), ex-sacerdote
católico romano que se tornou o primeiro brasileiro a ser ordenado ministro do evangelho em
1865.
1869 – Chegaram os primeiros missionários da Igreja Presbiteriana do Sul dos Estados Unidos
(PCUS): George Nash Morton e Edward Lane.
1870 – Criação da Escola Americana pelo casal Chamberlain, que se tornou o Mackenzie College.
1888 – Organização do Sínodo da Igreja Presbiteriana do Brasil. A Igreja se tornou autônoma das
igrejas-mães dos Estados Unidos. Inicia-se uma dissensão no seio da igreja.
1888 – Rev. Eduardo Carlos Pereira passou a pastorear a Igreja de São Paulo

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1891 – Criação do Mackenzie College ou Colégio Protestante sendo seu 1° presidente o Dr.
Horace M. Lane.
1897 – Rev. Álvaro Emídio G. dos Reis passou a pastorear a Igreja do Rio de Janeiro.
1899 – Ocupação do novo edifício do Seminário em Higienópolis, São Paulo.
1900 – Criação da Igreja Presbiteriana Unida (em São Paulo), que resultou da fusão de duas
igrejas formadas por pessoas que saíram da igreja pastoreada pelo Rev. Eduardo Carlos Pereira.
1903 – Sai da igreja o grupo dos independentes, liderados pelo Rev. Eduardo Carlos Pereira e
seus partidários. Motivos: divergências iniciadas em 1888 no que se refere às prioridades: o
Sínodo queria apoio da Junta de Missões de Nova York para a obra evangelística e a instalação
do Seminário e a Junta preferiu dar ênfase à obra educacional, principalmente através do
Mackenzie. Neste período, paralelamente, surgiram desentendimentos entre o Rev. Eduardo
Carlos Pereira (pastor da I. P. de São Paulo) com os líderes do Mackenzie. Na mesma época,
surgiu o debate acerca da maçonaria. Em março de 1902, o Rev. Eduardo Carlos Pereira e seus
partidários divulgaram sua plataforma, com cinco tópicos sobre a questão missionária, educativa e
maçônica. A crise chegou ao seu triste desfecho em 31/7/1903, durante a reunião do Sínodo,
quando o Rev. Eduardo Carlos Pereira e seus colegas foram derrotados em suas propostas e se
desligaram do Sínodo, formando a Igreja Presbiteriana Independente.

- A Reconstituição do Presbiterianismo no Brasil (1903-1932)


1907 – O Seminário é transferido para Campinas – SP. O Sínodo é desdobrado em dois: norte e
sul.
1910 – É organizada a Assembléia Geral da Igreja Presbiteriana do Brasil. A Assembléia foi
instalada na I. P. do Rio de Janeiro e o Rev. Álvaro Reis foi seu primeiro moderador. Os
conciliares visitam a Ilha de Villegaignon para lembrar os mártires calvinistas e comemorar o 4°
centenário do nascimento de Calvino. Na época a IPB tinha 10 mil membros comungantes, outro
tanto de menores e cerca de 150 igrejas em sete presbitérios. As demais denominações tinham os
seguintes números: metodistas – seis mil membros; independentes – 5 mil; batistas – 5 mil;
episcopais – cerca de mil.
1910 – A Assembléia Geral planeja um orfanato para ser instalado em Lavras – MG.
1911 - A IPB enviou seu primeiro missionário a Portugal, Rev. João Marques da Mota Sobrinho,
que lá ficou até 1922.
1917 – Foi aprovado o Modus Operandi, um acordo entre a igreja brasileira e as missões norte-
americanas pelo qual os missionários se desligaram dos concílios da IPB, separando-se os
campos nacionais (Presbitérios) dos campos das missões.
1929 – O orfanato é transferido da cidade de Valença – RJ, onde estava desde 1919 para a
cidade do Rio de Janeiro, numa propriedade da Igreja Presbiteriana de Copacabana, em
Jacarepaguá. O orfanato foi denominado Instituo Álvaro Reis (INPAR).
1917 a 1932 – Esforço cooperativo entre as denominações. Neste período destaca-se o Rev.
Erasmo de Carvalho Braga, professor do Seminário e secretário da Assembléia Geral.

- A Estruturação do Presbiterianismo no Brasil (1932-1959)


1933 – Criação do Instituto Bíblico de Patrocínio por Edward e Mary Lane: o IBEL (Inst. Bib.
Eduardo Lane).
1936 – A 1ª União de Mocidade é organizada. Já havia entidades precursoras, desde a década de
20.

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1937 – Entra em vigor a nova Constituição da Igreja Presbiteriana, que substitui o antigo Livro de
Ordem adotado pelo Sínodo quando da sua criação, em 1888 e que sofrera pequenas
modificações em 1924.
1940 – Organizada a Junta Mista de Missões Nacionais, com representantes da IPB e de norte-
americanos.
1941 – 1° Congresso Nacional do Trabalho Feminino. As primeiras sociedades de senhoras
surgiram em 1884-1885.
1944 – A IPB assume o trabalho em Portugal e é criada a Junta de Missões Estrangeiras.
1945 – Começa a ser organizada a Casa Editora Presbiteriana, no início da Campanha do
Centenário, sob a liderança do Rev. Boanerges Ribeiro.
1946 – 1° Congresso Nacional da Mocidade, em Jacarepaguá – RJ.
1950 – Promulgação de uma nova Constituição para a IPB. O Código de Disciplina e os Princípios
de Liturgia foram promulgados em 1951. Esta é a Constituição que ainda está em vigência.
1954 – Criação da SAF em Revista, periódico para o Trabalho Feminino.
1958 – Criação do Jornal Brasil Presbiteriano, resultante da fusão de O Puritano e Norte
Evangélico.
Nesse período, a IPB continuou a crescer e a aperfeiçoar a sua estrutura, criando entidades
voltadas para o trabalho feminino, mocidade, missões nacionais e estrangeiras, literatura e ação
social. O período terminou com a comemoração do centenário da IPB, em 1959. Neste período
haviam: 6 sínodos e no final dos anos 50 foram entregues pelas missões mais três presbitérios:
Triângulo Mineiro, Goiás e Cuiabá.

- Período de Polarização (1959-1986)


Neste período a IPB sofreu o forte impacto dos acontecimentos políticos ocorridos no país e que
resultaram no regime militar (1964-1984). Intensificou-se a polarização entre conservadores e
progressistas, em torno de questões como o liberalismo e o ecumenismo. Em 1960, a IPB
destituiu a liderança da Mocidade em nível nacional, fechando seu escritório e encerrando suas
ações. Tal situação só foi retomada em 1986, após muito esforço por parte de diversos líderes
(pastores e jovens). Os conservadores, defensores da teologia reformada tradicional, foram
vitoriosos neste confronto, quando o Rev. Boanerges Ribeiro foi eleito presidente do Supremo
Concílio (SC) e reeleito 2 vezes, fato que ocorreu apenas uma vez na história da IPB (1966-1978).

- Período Atual
Nas últimas décadas a IPB tem continuado a crescer e a diversificar suas atividades. Destacamos
algumas questões relevantes: no final dos anos 1960, a tranferência da Universidade Mackenzie
para a IPB; o fortalecimento da Junta de Missões Nacionais e a modernização e avanço nas
Missões Transculturais, com a APMT (Agência Presbiteriana de Missões Transculturais). Há um
notável crescimento na área de publicações (Casa Editora Presbiteriana/Editora Cultura Cristã) e
a utilização de meios de comunicação de massa como a televisão e a internet. Há uma ação mais
incisiva também nas áreas educacional e de ação social. Hoje a IPB conta com aproximadamente
meio milhão de membros, entre comungantes e não-comungantes.

OUTRAS IGREJAS PRESBITERIANAS

- Igreja Presbiteriana Independente (IPI): fundada em 1903. Criou seu Supremo Concílio em
1957.

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- Igreja Presbiteriana Conservadora: foi fundada em 1940 pelos membros da Liga Conservadora
da Igreja Presbiteriana Independente.
- Igreja Presbiteriana Fundamentalista: fundada em 1956 pelo Rev. Israel Gueiros, pastor da 1ª
I. P. de Recife.
- Igreja Presbiteriana Renovada: fruto das influências carismáticas das décadas de 1950 e 1960.
Houve divisão na IPI e na IPB, formando a IPR. Sua doutrina recebe muita influência dos
pentecostais e neopentecostais. Porém, a IPR preserva o sistema de governo presbiteriano.
Doutrinariamente, abriu mão de alguns princípios da fé reformada e assimilou outros ensinos
(maior influência arminiana).

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AULA 7 - OS SACRAMENTOS DA IGREJA


03/10/2010.

A palavra sacramento não está na Bíblia.

Ela foi usada em relação ao batismo e à Ceia do Senhor, pela primeira vez, por Tertuliano7,
um teólogo que viveu muitos anos após a morte de Cristo e dos apóstolos. Mas isso não
significa que ela seja imprópria para designar as duas ordenanças deixadas por Jesus para
serem observadas por seus servos.

Sacramento era o nome dado ao juramento que o soldado fazia de fidelidade ao imperador,
até à morte. E é neste sentido que nós usamos esse termo.

No batismo o crente faz um juramento de fidelidade a Cristo até a morte; e quando participa
da Santa Ceia, o crente reafirma este juramento.

Portanto, quando falamos em sacramento estamos nos referindo a uma ordenança sagrada,
instituída por Jesus Cristo, para simbolizar, selar e aplicar ao crente os benefícios da salvação.

O BATISMO CRISTÃO

O batismo foi instituído por Jesus Cristo após a sua ressurreição. Ele ordenou aos discípulos:
“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai de do Filho e
do Espírito Santo” (Mt 28.19).

Cada pessoa que cresse em Jesus como Salvador e Senhor devia receber o batismo como sinal
e selo de uma nova relação com Deus. “Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém,
não crer será condenado” (Mc. 16.16).

Após ouvir o sermão de Pedro, no dia de Pentecostes, quase três mil pessoas se sentiram
tocadas e lhe perguntaram: “Que faremos?” (At 2.37). E a resposta foi: “Arrependei-vos, e
cada um de vós seja batizado” (At 2.38).

A nossa Confissão de Fé afirma que “O batismo é um sacramento do Novo Testamento,


instituído por Jesus Cristo, não só para solenemente admitir na igreja a pessoa batizada, mas
também para servir-lhe de sinal e selo do pacto da graça, de sua união com Cristo, da

7
Tertuliano, um dos mais importantes e originais escritores latinos, nasceu por volta de 155, em Cartago, filho de
pagãos. Formou-se como jurista e exerceu advocacia em Roma. Converteu-se ao Cristianismo por 193, e estabeleceu-se
em Cartago, pondo a sua erudição ao serviço da fé.
A partir de 207 passou ao montanismo, e permaneceu separado da Igreja até à morte, ocorrida por volta de 222. De
temperamento violento e enérgico, quase fanático, lutador empedernido, todos os seus escritos são polémicos. Este
temperamento, impressionado com o exemplo dos mártires, que o levou à conversão, permite compreender a sua
passagem ao montanismo. Fonte: wikipedia.

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regeneração, da remissão dos pecados e também da sua consagração a Deus por Jesus Cristo
a fim de andar em novidade de vida”. (Confissão de Fé de Westminster, XXVIII.1)

O Significado do Batismo

O batismo corresponde à circuncisão praticada na antiga aliança. A circuncisão foi instituída


como sinal e selo do pacto estabelecido com Abraão (Gn 17.9-14; Rm 4.11-13). E o batismo é
o sinal e o selo da nova aliança, estabelecida por Jesus Cristo.

Mas o batismo, por ser um sacramento da nova aliança, é ainda mais rico de significado do
que a circuncisão.

a) O batismo significa e sela a nossa união com Cristo

No capítulo 5 da Epístola aos Romanos, Paulo traça um paralelo entre Adão e Cristo. Ele
mostra que, quando nascemos, nos identificamos com Adão. E, em virtude da queda de nossos
primeiros pais, nascemos pecadores; “(...) por um só homem entrou o pecado no mundo, e
pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos
pecaram” (Rm 5.12).

Mas quando recebemos Jesus como nosso Senhor e Salvador, nós nos identificamos com ele.
“Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores, assim
também, por meio da obediência de um só, muitos se tornaram justos” (Rm 5.19). Por isso, a
Bíblia afirma que fomos crucificados (Rm 6.6), morremos (Rm 6.8; Cl 3.3; 2 Tm 2.11) e
ressuscitamos (Ef 2.6; Cl 2.12; 3.1) com Cristo. “(...) Um morreu por todos; logo, todos
morreram” (2 Co 5.14), afirmou o apóstolo Paulo.

E o batismo significa e sela a nossa união com Cristo. “Fomos, pois, sepultados com ele na
morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do
Pai, assim também andemos nós em novidade de vida. Porque, se fomos unidos com ele na

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semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua


ressurreição” (Rm 6.4,5).

b) O batismo significa e sela a nossa participação nas bênçãos do pacto da graça

Antes da fundação do mundo, a Trindade – Pai, Filho e Espírito – estabeleceu o pacto da


redenção.

O Filho “se colocou no lugar do pecador e incumbiu-se de fazer a expiação do pecado,


suportando o castigo necessário, e de satisfazer as exigências da lei em lugar de todo o seu
povo” (Louis Berkhof, Manual de Doutrina Cristã, p. 140).

Baseado neste pacto, Deus estabeleceu com o homem o pacto da graça. “Pode-se definir a
aliança (pacto) da graça como o acordo feito com base na graça, entre o Deus ofendido e o
pecador ofensor, porém eleito, no qual Deus promete a salvação mediante a fé em Cristo, e o
pecador a aceita confiantemente, prometendo uma vida de fé e obediência” (Louis Berkhof,
Manual de Doutrina Cristã, p. 278).

A promessa principal do pacto da graça é que Deus será o nosso Deus e também da nossa
descendência. Esta promessa inclui bênçãos temporais e eternas. Através dela Deus garante
nos conduzir nesta vida e nos receber no céu, após a nossa morte. E o batismo significa e sela
essas promessas. “De sorte que já não és escravo, porém filho: e, sendo filho, também
herdeiro de Deus” (Gl 4.7).

c) O batismo significa e sela a promessa de pertencermos ao Senhor

Na antiguidade, os escravos traziam a marca do seu senhor. Essa marca podia ser uma
tatuagem ou uma cicatriz.

A partir do momento em que recebemos Jesus como Salvador e Senhor, passamos a pertencer
ao Senhor. Por isso, na cerimônia de recepção de membros, o celebrante costuma dizer às
pessoas que estão professando a fé: “A profissão de fé e as solenes promessas que acabais de
fazer diante de Deus e desta igreja, sendo sinceras, importam em uma aliança entre vós e
Deus, na qual Ele promete ser o vosso único Deus, e vós prometeis pertencer-Lhe.

No batismo que agora vai ser ministrado, Deus vos dá um penhor desta santa aliança” (Manual
do Culto, p. 18). Nós pertencemos ao Senhor. “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real,
nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus” (1 Pe 2.9). E o batismo é a marca e o
selo da propriedade divina.

d) O batismo é um meio de graça

O batismo é um meio que Deus usa para nos transmitir bênçãos. A Confissão de Fé nos lembra
que “a eficácia do batismo não se limita ao momento em que é administrado” (Confissão de Fé
de Westminster, XXVIII.6).

E o Catecismo Maior nos ensina que “o dever necessário, mas muito negligenciado, de tirar
proveito do nosso batismo, deve ser cumprido por nós durante a nossa vida, especialmente no

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tempo da tentação e quando assistimos à administração desse sacramento a outros”.


(Catecismo Maior de Westminster, Resposta à pergunta 167).

Batismo e Salvação

O batismo a ninguém salva. Só Jesus é Salvador.

A Confissão de Fé afirma que “A graça e a salvação não se acham tão inseparavelmente


ligadas com” o batismo a ponto de impedir de ser regenerado e salvo quem não o tenha
recebido. (Confissão de Fé de Westminster, XXVIII.5) Mas o batismo faz parte do processo de
nossa salvação. E, conforme, afirma Berkhof: “A negligência voluntária do seu uso redunda no
empobrecimento espiritual e tem tendência destrutiva, precisamente como acontece com toda
desobediência persistente a Deus”. (Louis Berkhof, Teologia Sistemática, p. 623).

Embora o batismo não seja indispensável para a salvação, quem recebe Jesus como Salvador
e Senhor deve ser batizado. No dia de Pentecostes, após ouvir o sermão de Pedro, quase três
mil pessoas “perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos? Respondeu-
lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado” (At 2.37,38).

Outra evidência de que o salvo deve, necessariamente, receber o batismo está nas palavras de
Ananias, a quem Deus encarregou de visitar Saulo logo após sua conversão: “E agora, por que
te demoras? Levanta-te, recebe o batismo e lava os teus pecados, invocando o nome dele” (At
22.16).

Deve-se acrescentar também que o desejo de receber o batismo é uma das evidências de
verdadeira conversão. O eunuco, após ouvir a pregação do evangelho através de Filipe, disse-
lhe: “Eis aqui água; que impede que seja eu batizado? Filipe respondeu: É lícito, se crês de
todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus. Então,
mandou parar o carro, ambos desceram à água, e Filipe batizou o eunuco” (At 8.36-38).

Conclusão

Quando instituiu o batismo, Jesus não disse explicitamente a forma como este sacramento
devia ser ministrado. Mas ordenou que o batismo fosse feito “em nome do Pai, e do Filho, e do
Espírito Santo” (Mt 28.19). Isto significa que o batismo sela uma relação especial entre o
batizando e a Trindade. Nessa relação especial, o batizando se compromete a viver em
completa obediência a Deus. E Deus o adota como filho, fazendo-o co-herdeiro com Cristo.

A CEIA DO SENHOR

A Ceia do Senhor foi instituída pelo próprio Senhor. A seguir, meditaremos num texto extraído
do site Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9) -
www.monergismo.com

Um Resumo, Conforme as Sagradas Escrituras, do Sacramento da Ceia do Senhor.


John Knox, 1550

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Aqui declara-se brevemente, de acordo com as sagradas escrituras, a opinião que nós,
cristãos, temos acerca da Ceia do Senhor, entendida como o sacramento do corpo e do sangue
do nosso Salvador Jesus Cristo.

Primeiro, confessamos que é um ato sagrado, ordenado por Deus, no qual o Senhor Jesus, por
meio de coisas terrenas e visíveis, se apresenta a nós e nos eleva a coisas celestiais e
invisíveis. E que, quando ele preparou seu banquete espiritual, testificou que ele mesmo era o
pão da vida mediante o qual nossas almas são alimentadas para a vida eterna.

E, portanto, ao dispor o pão e o vinho para comer e beber, ele confirma e sela para nós essa
promessa e comunhão (qual seja, de que seremos co-participantes com ele em seu reino); e
ele representa para nós, e faz claro aos nossos sentidos, os seus dons celestes; e também nos
dá a si mesmo, para ser recebido pela fé, e não pela boca, nem mesmo por transfusão de
substância, mas sim pelo poder do Espírito Santo para que nós, alimentados com sua carne e
restaurados com seu sangue, possamos ser renovados tanto para a santidade como para a
eternidade.

E também [confessamos] que aqui o Senhor Jesus nos reuniu em um corpo visível, a ponto de
sermos membros uns dos outros e constituirmos juntos um corpo, cuja única Cabeça é Jesus
Cristo; e, finalmente, que pelo mesmo sacramento o Senhor nos chama à memória de sua
morte e [de sua] paixão, para quebrantar nossos corações em adoração ao seu santíssimo
nome.

Além disso, reconhecemos que se deve participar desse sacramento com reverência, sabendo
que ele exibe e testifica da maravilhosa associação e comunhão do Senhor Jesus e dos que o
recebem; e, também, que se inclui nesse sacramento [uma promessa de] que ele preservará
sua igreja, visto que somos ordenados a trazer à memória a morte do Senhor até que ele
venha (1 Cor. 11:26).

Também cremos que isso é uma confissão, mediante a qual mostramos o tipo de doutrina em
que acreditamos e a qual tipo de congregação nos juntamos e, assim, que há um vínculo de
amor mútuo entre nós. E, finalmente, cremos que todos os participantes dessa santa Ceia
devem trazer consigo sua conversão ao Senhor, por arrependimento sincero em fé; e que
nesse sacramento recebem os selos e a confirmação de sua fé; e que de forma alguma devem
imaginar que seus pecados são perdoados por causa dessas obras.

E, no que diz respeito a estas palavras, “Hoc est corpus meum”, “Este é o meu corpo” (1 Cor.
11:24; Mt. 26:26; Mc. 14:22; Lc. 22:19), das quais os papistas dependem tanto, alegando
que é necessário que creiamos que o pão e o vinho são transubstanciados para o corpo e o
sangue de Cristo: nós declaramos que este não é um artigo de fé que pode salvar, nem que
deve ser alvo de nossa crença sob perigo de danação eterna.

[Isso é óbvio,] visto que, mesmo que creiamos que o seu corpo natural, carne e sangue, está
naturalmente no pão e no vinho, isso não nos salva [automaticamente], porque muitos
acreditam nisso e ainda assim recebem [os elementos] para sua própria condenação [Cf. 1
Cor. 11].

Porque não é a sua presença no pão que nos pode salvar, mas sim a sua presença nos nossos
corações, através da fé no seu sangue que nos lava dos nossos pecados e pacifica a ira do Pai

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em relação a nós. E, novamente, se não crermos em sua presença corporal no pão e no vinho,
isso não nos condenará, mas [o que nos condena é sua] ausência dos nossos corações por
causa da incredulidade.

[Objeção possível:] Agora, se [os romanistas] fossem apresentar objeção aqui, concordando
que a ausência [corporal] do pão não nos condena, mas que mesmo assim devemos acreditar
nela porque é a palavra de Deus que diz “Este é o meu corpo” (1 Cor. 11:24), e que aquele
que nisso não crê é no mínimo um mentiroso e faz de Deus um mentiroso, e que, portanto,
essa incredulidade leva à condenação, [Resposta:] responderemos que cremos na palavra de

Deus, e que confessamos ser ela verdadeira, mas não na interpretação grosseira dos papistas.
Porque no sacramento nós recebemos Jesus Cristo espiritualmente, tal como os patriarcas
faziam no Antigo Testamento, conforme o que diz S. Paulo (1 Cor. 10:3-4).

E, também, [responderemos] que se as pessoas raciocinassem um pouco sobre como que


Cristo, ordenando seu sacramento do corpo e do sangue, falou essas palavras de forma
sacramental, sem dúvida nunca as interpretariam de maneira tão grosseira e estúpida,
contrariando todo o conjunto das escrituras, e mesmo a exposição de S. Agostinho, S.
Jerônimo, Fulgêncio, Vigílio, Orígenes e tantos outros servos de Deus.

John Knox (c. 1514-1572) – Reformador escocês fundador do Presbiterianismo.


Tradução: Lucas Grassi Freire (lgfreire@gmail.com)
Fonte: KNOX, John (1550). “A summary, according to the Holy Scriptures, of the sacrament of
the Lord’s Supper”.

Bibliografia

1. O que todo presbiteriano inteligente deve saber. Capítulo 21. p.153-157. Autores:
Adão Carlos Nascimento e Alderi Souza de Matos.

2. monergismo

3. www.bibliaonline.com.br

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AULA 8 - Os Meios da Graça - A Maneira de Crescer na Vida


Cristã, Earl Blackburn
A vida cristã é uma experiência maravilhosa. Começa através de uma obra sobrenatural realizada
pela imerecida graça de Deus no coração e na vida de uma pessoa. O Espírito de Deus aplica a
obra de Cristo, na cruz, aos muitos que estão espiritualmente mortos. Ele os regenera, levando-os
a arrependerem-se do pecado e a exercitarem a fé no Senhor Jesus Cristo. Isto se chama
salvação, que é uma obra gloriosa da graça e do Espírito de Deus.

Com freqüência, os novos convertidos indagam o que acontece após nascerem de novo e
iniciarem a vida cristã. Uma vez que Deus os salvou, Ele os deixa prosseguir motivados em seus
próprios recursos e nas obras de sua própria carne, para chegarem à presença dEle, no céu? O
apóstolo Paulo responde: .Sois assim insensatos que, tendo começado no Espírito, estejais,
agora, vos aperfeiçoando na carne?. (Gl 3.3).

A vida cristã começa pela graça, pela atividade do soberano Espírito de Deus, e deve ser
continuada da mesma maneira. Isto não significa que não existe qualquer atividade da parte do
crente. Pelo contrário, a Palavra de Deus afirma que os salvos foram .criados em Cristo Jesus
para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas. (Ef 2.10); e:
.Desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o
querer como o realizar, segundo a sua boa vontade. (Fp 2.12-13 . nota: estes versículos, que têm
sido grosseiramente mal utilizados pelas seitas, não ensinam a salvação pelas obras; antes, são
dos muitos versículos que demonstram a completa gratuidade da salvação). Além disso, os
crentes são instruídos

A A vida cristã começa pela graça, pela atividade do soberano Espírito de Deus, e deve ser
continuada da mesma maneira. 8 Fé para Hoje a crescerem .na graça e no conhecimento de
nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. (2 Pe 3.18).

O que o gracioso e amável Deus do céu concedeu aos crentes para ajudá-los a desenvolverem
sua salvação, fazerem as boas obras que Ele determinou e crescerem na graça? Deus ofereceu-
lhes coisas específicas a fim de obterem esses resultados desejados; ofereceu-lhes o que os
teólogos chamam de .meios da graça.. A seguir, consideraremos esses meios da graça e de
crescimento. Quando você utiliza os meios da graça, percebe os resultados em sua própria vida:
crescimento espiritual, maturidade, alegria, santidade e semelhança a Cristo.

Se estas qualidades estiverem sendo praticadas em sua vida, haverá crescente comunhão com
Deus . o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Você será fortalecido e encorajado a andar com Cristo.
Receberá a força e o poder espiritual necessários para vencer a tentação, o pecado e Satanás.
Obterá ajuda indescritível em cada aspecto da vida cristã. O que significa a expressão .meios da
graça.? O Dicionário Aurélio define a palavra .meio. como .recurso empregado para alcançar um
objetivo.. Por conseguinte, os meios da graça são os instrumentos pelos quais Deus transmite
bênçãos ao seu povo.

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O Catecismo de Westminster define a expressão .meios da graça. como .os recursos visíveis e
comuns pelos quais Cristo transmite à sua igreja os benefícios de sua mediação [ou seja, de sua
morte].. Ilustrando isso, pense em uma mangueira de jardim. A mangueira não é especial em si
mesma, porem é o canal pelo qual flui a água que produz vida e refresca. O mesmo acontece com
os meios da graça. Em si mesmos, eles nada possuem de especial, mas são os instrumentos ou
os canais pelos quais fluem as bênçãos divinas que outorgam vida e refrigeram a alma.

Através dos meios da graça, Deus concede força, paz, conforto, instrução, disciplina, orientação,
alegria e muitas outras coisas necessárias à vida cristã. Ainda que a expressão .meios da graça.
não se encontre na Bí- blia, é uma designação adequada para aquilo que está ali ensinado. Há
dois tipos de meios da graça: os particulares e os públicos. O restante

Os .meios da graça. são .os recursos visíveis e comuns pelos quais Cristo transmite à sua igreja
os benefícios de sua mediação., ou seja, de sua morte.

OS MEIOS DA GRAÇA desse artigo abordará os diferentes aspectos de cada um desses tipos.
Quais os meios particulares da graça?

O primeiro destes é a leitura da Palavra de Deus. Deus nos deu um livro através do qual Ele fala
conosco. Ele não mais se comunica com os homens utilizando sua voz audível, como o fazia no
passado. Agora Deus fala através de seu Filho (Hb 1.1-4), que nos transmite sua palavra por meio
das Sagradas Escrituras, a Bíblia.

Nas páginas das Escrituras, Ele manifesta sua voz, capaz de despertar os mortos, outorgando-
lhes vida. A Bíblia foi escrita por homens santos, enquanto Deus os inspirava e guiava, por
intermédio do Espírito Santo. É o perfeito tesouro de instruções e conhecimento celestiais. Deus é
o autor da Bíblia, a salva- ção é o seu objetivo, e a verdade sem qualquer erro é o seu conteúdo.

Ela nos ensina, principalmente, o que precisamos crer a respeito de Deus e quais os deveres que
Ele exige de nós. A Bíblia revela os princípios pelos quais Ele nos julgará e demonstra o supremo
padrão pelo qual devem ser averiguados todos os comportamentos, credos e opiniões dos
homens. Por isso, J. C. Ryle escreveu: Separe uma parte de cada dia para ler e meditar alguma
porção da Palavra de Deus.

O pão de ontem não alimentará o trabalhador de hoje; tampouco o pão de hoje nutrirá o
trabalhador de amanhã. Recolha seu maná a cada manhã. Escolha a ocasião e a hora
adequados. Não cochile ou se apresse enquanto lê. Dê à sua Bíblia o melhor e não o pior de seu
tempo. Leia toda a Bíblia, fazendo-o de maneira sistemática. Receio que existem várias partes da
Palavra de Deus que alguns crentes nunca lêem.

Dessa atitude resulta a falta de amplos e bem equilibrados pontos de vista a respeito da verdade,
uma falta tão comum em nossos dias. Creio que um bom plano é ler o Antigo e o Novo
Testamento ao mesmo tempo, do começo até ao fim; e, depois, fazê-lo novamente. Leia a Bíblia
com um espírito de obediência e auto-aplicação.

Assente-se para estudá-la com a determinação de que você viverá pelas suas regras, confiará em
suas afirmativas e se comportará de acordo com seus mandamentos. A Bíblia mais lida é aquela

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mais praticada. Ela é o instrumento pelo qual Deus fala ao seu povo. Enquanto lêem a Bíblia,
Deus abençoa e fortalece os crentes com tudo que necessitam para seu viver diário. 10 Fé para
Hoje 2. O segundo meio particular da graça é a oração. O que significa oração? É um dos meios
pelos quais o crente cultiva um vivificante relacionamento com o Deus vivo.

A oração é indispensável na devoção pessoal. Envolve conversar e ter comunhão com Deus.
Nesta comunhão, apresentamos a Deus nossos desejos íntimos. A oração assemelha-se a
conversar com Deus .face a face.. O Antigo Testamento apresenta numerosos exemplos: Gênesis
18.23, ss.; Êxodo 5.22, 6.1,10,12,28-30; Deuteronômio 3.23-26; Salmo 27.8.

O Novo Testamento apresenta um sumário da oração em Atos 13.1-2. Pedir a Deus as boas
coisas que Ele tem prometido aos seus filhos é uma parte vital da oração (Mt. 7.7,11; Lc 11.5-13;
Cl 1.9-12; Tg 1.5-6). De acordo com Filipenses 4.6-7, a oração é uma chave para que o crente
experimente a paz de Deus.

Ela é também um meio que facilita a nossa rendição à vontade de Deus (ver o exemplo do Senhor
Jesus em Mateus 26.39,42,44). Existem várias partes na oração. Ela pode incluir um ou mais
destes aspectos: adoração e louvor, ação de graças, confissão de pecados, súplica, intercessão e
entrega de nós mesmos a Deus.

De acordo com Efésios 6.18 e Judas 20, a oração deve ser feita no Espírito. O Espírito Santo é
Aquele que ajuda o crente a orar. Ele testifica ao espírito do crente que ele é filho de Deus,
levando-o a clamar: .Aba, Pai. (Rm 8.15; Gl 4.6). O Espírito Santo impulsiona o crente a orar,
trazendo à sua mente as palavras e promessas de Jesus. Ele também inflama nossos corações
em benefício dos outros (Rm 10.1; cf. 9.1-2).

Portanto, quando você não sentir desejo de orar, peça ao Espírito Santo que o ajude a envolver-
se na oração. Cristo ofereceu ao seu povo um modelo para ajudá-los na oração. Em geral, tem
sido chamada de .Oração do Pai Nosso. e se encontra em Mateus 6.9-13 e Lucas 11.1-4. Este
modelo de oração não foi dado com o propósito de ser repetido, como um ritual, quer em
particular, quer em público.

Recitar esta oração não remove nossa obrigação de orar. Cristo a ensinou para que os crentes
saibam como orar adequadamente. Há seis petições nesta oração: as três primeiras estão
relacionadas às prioridades de Deus, as três últimas vinculam-se às nossas necessidades. Nesta
oração-modelo, o Senhor Jesus nos ensina que, antes de suplicar por nossas necessidades,
temos de orar pelas prioridades divinas.

A oração é um dos meios pelos quais o crente cultiva um vivificante relacionamento com o Deus
vivo. OS MEIOS DA GRAÇA 11 3. O terceiro meio particular da graça é a meditação. Após o
crente ter vindo à presença de Deus, através da leitura da Bíblia e pela oração, ele se alimenta do
que já recebeu por meio da meditação. Thomas Watson, um dos Puritanos, disse: .A meditação é
semelhante ao regar uma planta, faz aparecer os frutos da graça.

A meditação é para nossa alma o que a digestão é para o corpo. C. H. Spurgeon apresentou uma
excelente instrução, ao declarar: .Nossos corpos não sustentam-se apenas por ingerir o alimento

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através da boca; mas o processo de digestão resulta em músculos, nervos, tendões e ossos. Por
meio da digestão, o alimento exterior é assimilado pela vida interior.

O mesmo acontece às nossas almas: elas são nutridas não apenas por aquilo que ouvem aqui e
acolá. Ler, ouvir, observar e aprender tudo exige uma digestão interior; e a digestão interior da
verdade ocorre através de meditarmos nela.. A atitude do salmista Davi foi: .Meditarei nos teus
preceitos e às tuas veredas terei respeito.

Terei prazer nos teus decretos; não me esquecerei da tua palavra. (Sl 119.15-16). Setecentos
anos antes de Cristo nascer, Davi já sabia o valor da meditação. Quais são os meios públicos da
graça? 1. Reunir-se para adoração é o primeiro destes meios. Deus jamais tencionou que o
verdadeiro crente vivesse sozinho.

Após a ascensão de Cristo, os apóstolos saíram por todo o mundo implantando igrejas e
estabelecendo presbíteros em cada uma delas (At 14.23). Eles fizeram isto, para que os crentes
novos fossem fortalecidos, encorajados, guiados, instruídos e, acima de tudo, adorassem a Deus
juntos. Deus, e não os homens, ordenou que por intermédio da reunião coletiva, para adoração, o
crente recebesse bênção e ajuda divina para os dias futuros. Reunido, o povo de Deus receberia
não somente a bênção dEle, mas também se fortaleceria mutuamente.

Os cristãos receberam a ordem de não abandonarem o reunirem-se para adoração pública (Hb
10.25). Historicamente, as igrejas cristãs sempre adoraram no domingo. Foi no primeiro dia da
semana, o domingo, que o Senhor Jesus ressuscitou dos mortos e assegurou a ruína do domínio
de Satanás. Cinqüenta dias após a ressurreição de Cristo, no Pentecostes, novamente no
primeiro.

A meditação é semelhante ao regar uma planta, faz aparecer os frutos da graça.. 12 Fé para Hoje
dia da semana, o Espírito Santo veio sobre os crentes para enchê-los de poder. Desde então, os
cristãos se reúnem aos domingos, o primeiro, o melhor e mais admirável dia da semana, para
adorar o primeiro, o melhor e mais admirável dos seres, o SENHOR Deus dos Exércitos e seu
Filho, Jesus Cristo (At 20.7; 1 Co 16.2).

Os elementos da adoração pública são: leitura pública das Escrituras, acompanhada de pregação
e ensino; cantar salmos, hinos e cânticos espirituais; ofertas e orações. Na leitura e exposição das
Escrituras, Deus fala conosco; nos cânticos, ofertas e orações, nós falamos com Ele. Ainda que
esses dois elementos da adoração são importantes, o mais relevante deles é a pregação da
Palavra.

Nossos pais entenderam isto, quando escreveram: O Espírito torna a leitura (em especial, a
pregação da Palavra) o meio eficaz de convencer e converter os pecadores, edificando-os em
santidade e conforto. (Breve Catecismo de Westminster, pergunta 89) 2. O segundo meio público
da graça são as ordenanças do evangelho.

Uma ordenança é um costume e prática iniciada pelo Senhor Jesus Cristo, enquanto Ele esteve
na terra. Nas verdadeiras igrejas do Senhor Jesus, há apenas duas ordenanças: o batismo e a
ceia do Senhor. O batismo é a primeira ordenança instituída pelo Senhor Jesus Cristo, enquanto
esteve entre os homens.

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Ele ordenou que o batismo fosse realizado por seus apóstolos e igrejas até ao fim do mundo (cf.
Mt 28.18- 20). Uma pessoa que declara ser crente e negligencia o batismo, a primeira ordenança
de Cristo, não tem o direito de chamar-se de cristão. O batismo deve ser realizado por completa
imersão na água, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. O batismo é reservado somente
para os crentes.

Não é para pequenas crianças descrentes. Não existe uma única instância de batismo infantil no
Novo Testamento. O batismo sempre foi aplicado àqueles que se arrependeram e creram e para
aqueles que foram convertidos e salvos (veja Atos 2.41; 18.8). Esta ordenança foi designada a ser
um testemunho para o mundo, a fim de demonstrar que somos seguidores de Cristo e fortalecer
nossa decisão de segui-Lo.

O batismo sempre foi aplicado àqueles que se arrependeram e creram e para aqueles que foram
convertidos e salvos. OS MEIOS DA GRAÇA 13 A ceia do Senhor é a segunda ordenança
instituída pelo Senhor Jesus, enquanto esteve na terra. É o meio divinamente designado para
fortalecer a fé exercida pelos crentes. A ceia do Senhor não é um sacrifício oferecido a Deus, e
sim apenas uma comemoração daquela oferta que Cristo fez de si mesmo, uma vez por todas, na
cruz, em pagamento dos nossos pecados.

Sempre que participamos da ceia do Senhor, nós o fazemos em memória dEle (1 Co 11.24-26).
Os elementos da ceia do Senhor, pão e vinho, são apenas símbolos. Cada elemento representa
um diferente aspecto do sacrifício de Cristo. O pão simboliza o corpo traspassado e morto do
Salvador, por causa de nossos pecados. O vinho representa o sangue de Cristo que foi
derramado a fim de purificar nossos pecados.

Não existe nada mágico no pão e no vinho. Eles não se alteram, tornando-se literalmente o corpo
e o sangue de Jesus; permanecem aquilo que eles mesmos são. Um cuidadoso estudo das
Escrituras demonstra as exigências para se participar da ceia do Senhor. A pessoa tem de ser
verdadeiramente convertida a Cristo, batizada, alguém que está procurando andar de maneira
agradável a Deus e membro de uma das igrejas de Cristo. Devemos lembrar que esta ordenança
não foi dada a indivíduos, e sim a igrejas locais e seus membros. 3. Comunhão com irmãos e
irmãs em Cristo é o terceiro meio público da graça. O povo de Deus procede de todos os tipos de
pessoas.

Todavia, existe algo que os une: em Cristo, eles são um! Cristo os amou com amor eterno e os
atraiu com bondade. Todos os obstáculos foram removidos ante à eleição, à redenção e ao
salvífico amor de Cristo (ver Ef 2.14-16). Comunhão significa .compartilhar juntos. ou .vida
compartilhada ., especialmente quando esta se relaciona aos outros crentes. Quando Cristo nos
salvou, Ele não tencionava que vivêssemos isolados.

Ele nos destinou para sermos parte de uma de suas igrejas e desfrutarmos comunhão com outros
crentes (cf. At 2.41-42). Uma das mais profundas verdades que compreendemos após a
conversão é o vínculo que temos com os verdadeiros crentes. Comunhão não significa reunir-se
com outros crentes para falar sobre esportes, diversões, clima, economia ou política, embora não
exista qualquer prejuízo em fazermos isso.

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Pelo contrário, comunhão é compartilhar, de coração, uns com os outros, as coisas do Senhor
Jesus e de sua Palavra. A singularidade da comunhão cristã se encontra em sermos capazes de
conversar e compartilhar, juntos, as alegrias, a felicidade, as vitórias, os problemas, as tentações,
as tristezas e as bênçãos de nosso andar com Deus. Provérbios 27.17 afirma: .Como o ferro com
o ferro se afia, assim, o homem, ao seu amigo.. Desfrutar comunhão 14 Fé para Hoje C C C C C
C C C C C C C C C C com irmãos e irmãs em Cristo, em uma igreja local, é semelhante ao .ferro.
afiando o .ferro.; é o meio da graça que nos mantém espiritualmente saudáveis e vigorosos. 4. O
quarto meio público da graça é a oração coletiva (At 2.42).

As igrejas primitivas não somente permaneciam na doutrina dos apóstolos, na ceia do Senhor e
na comunhão, também perseveravam na oração juntos. As reuniões da igreja, a fim de orar, era
um dos meios de levar as cargas uns dos outros e cumprir a lei de Cristo (Gl 6.2). No livro de
Atos, há diversos exemplos dos irmãos orando juntos, na igreja primitiva. No dia de Pentecostes,
o que os crentes estavam fazendo? Orando (At 1.12-14; cf. 2.1).

Através da oração coletiva, a igreja contemplou o Senhor Deus libertando-a das mãos de seus
inimigos (4.23- 33). Pedro foi liberto da prisão porque os crentes estavam juntos em oração a
favor dele (12.5). A história das igrejas do Novo Testamento ilustra a bênção e a necessidade de
orarmos juntos. Tudo o que é verdadeiro a respeito da oração particular também é verdadeiro
sobre a oração pública, exceto que esta se realiza coletivamente.

Se Deus está com seu povo e individualmente os abençoa com sua presença, quanto mais isto
acontece ao se reunir a igreja para oração coletiva. Se Ele ouve e responde as orações de um
crente, quanto mais ouvirá e atenderá as orações de muitos? Um Puritano, David Clarkson, disse:
.A presença de Deus, desfrutada em oração particular, assemelhase apenas a um regato, mas na
oração coletiva torna-se como um rio que alegra a cidade de Deus.

Um Pai amoroso, sábio e gracioso, que habita nos céus, outorgou aos seus filhos estes meios
para o bem deles (cf. Dt 10.13). Ele não os deu a fim de colocar seus filhos em escravidão a
regras estabelecidas pelo homem, mas para abençoar, fortalecer e encorajá-los. Os meios
particulares da graça nos foram concedidos para sustentar-nos em nossa vida cristã diária, em um
mundo de atividades cotidianas.

Os meios públicos da graça são para nosso benefício, na igreja local pertencente ao Senhor
Jesus Cristo. Praticá-los agora resultará em crescimento e frutificação de nossa vida cristã. Utilizar
estes meios designados por Deus redundará em glória para Ele, expansão de seu reino e nos
proporcionará retidão, paz e alegria.

Os cristãos devem penetrar no mundo, sem se tornar parte dele. John Blanchard.

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AULA 9 – O PLANO DE SALVAÇÃO E A GARANTIA DA


SALVAÇÃO
24/10/2010

Curiosidades da data de hoje - Feriados e eventos cíclicos


• Brasil: Aniversário de Goiânia.
• Dia Internacional da Informação sobre o Desenvolvimento.
• DIA MUNDIAL DAS MISSÕES.
• Dia da fundação da ONU (Organização das nações Unidas).
• Aniversário de Manaus.
• Aniversário da cidade de Itapira.
• Dia do Exército Português. (fonte: wikipedia).

I – O PECADO DO HOMEM

Na criação, Deus estabeleceu com o homem uma aliança, que os teólogos chamam de pacto
ou aliança das obras. (Gn. 2. 16-17). O homem não atendeu à ordem, à orientação divina, não
obedeceu, rejeitando (livre-arbítrio) a vontade de Deus e fazendo a sua própria vontade,
abandonando o Criador e tomando o seu próprio caminho. A sentença de morte pairava sobre
o homem.

Morte na Bíblia significa basicamente separação (não final de existência!). Ao pecar, o homem
separou-se de Deus. Morreu espiritualmente. Adão arrastou toda a humanidade consigo. Ele
era o cabeça e o representante de toda a raça humana. (Rm. 5.18) Além de herdarmos a culpa
do pecado de Adão, herdamos também a corrupção moral (Rm. 7.15,19 e 23).

Deus não executou de imediato a sentença de morte contra o homem. Ao invés de eliminar a
raça humana, ele proveu uma possibilidade de restauração (Gn. 3. 15). O plano de Deus para
o homem não se esgota no Éden.

II – O PLANO DE SALVAÇÃO

Antes de criar o mundo, o Criador já havia estabelecido uma aliança com o Filho para salvar o
homem. É o que os teólogos chamam de pacto ou aliança da redenção. O Filho “se colocou no
lugar do pecador e incumbiu-se de fazer a expiação do pecado, suportando o castigo
necessário, e de satisfazer as exigências da lei em lugar de todo o seu povo.” (BerKhof,
Manual de Doutrina Cristã, p. 140)

Baseado nesse pacto ou aliança de redenção, Deus estabeleceu com o homem, agora pecador,
um pacto de amizade e salvação, denominado pelos teólogos de pacto ou aliança da graça.
Nesse pacto, Deus oferece ao pecador a salvação e a vida eterna por meio de Jesus Cristo.

1) Pecado e Castigo

Por causa do pecado de Adão, todas as pessoas nascem pecadoras (Sl 51.5).

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O que é pecado? “É qualquer falta de conformidade com a lei de Deus, ou qualquer


transgressão dessa lei” – Breve Catecismo de Westminster, resposta à pergunta 14.

Pecado (no grego) é: errar o alvo – hamartia - (Rm. 5.12;Tg. 2.9; I Jo 1.7);
escorregar ou cair – paraptoma (Rm. 5.15-18, 2 Co 5. 19, Ef. 2.1); injustiça – adikia
(Rm. 9.14, I Co 13.6, I Jo 5.17); transgressão, ato de passar além da linha –
parabasis – (Rm 2.23, Gl 3.19, Hb. 2.2); desobediência e desrespeito à lei – anomia
(I Jo 3.4)

O homem trata o pecado levianamente, mas Deus não. O pecado é uma violação da
justiça de Deus e um insulto à Sua santidade. Cada pecado recebe a justa punição.
Podemos ver na Bíblia castigos naturais e disciplinares.

Os castigos naturais consistem em conseqüência direta das faltas cometidas (Gl 6.7).
Os castigos disciplinares são impostos diretamente por Deus. Quando são aplicados
aos crentes, o objetivo é discipliná-los para que abandonem o pecado e se voltem
para o Senhor (I Co. 5). Quando os castigos disciplinares são aplicados aos ímpios, o
objetivo é refrear o mal.

O castigo na vida futura consiste num sofrimento eterno no inferno. Jesus pintou esse
lugar de tormento com cores vivas, quando falou sobre ele ao povo. O Mestre não deu
muitos detalhes, mas deixou claro que o inferno é um lugar de terríveis sofrimentos.
Jesus o chamou de inferno de fogo (Mt 5.22, Mt. 18.9), fogo eterno (Mt 18.8, Mt.
25.41), castigo eterno (Mt 25.46) e fogo inextinguível, que nunca se apaga ( Mc.
9.43,44).

2) A obra redentora de Cristo

Deus nutre um grande amor por nós. Mas ele não pode transigir com sua justiça. Ele
não pode simplesmente fechar os olhos para o pecado do homem. A justiça exige
reparação. Alguém precisa pagar pelo erro cometido. Mas Deus mesmo, movido pelo
seu grande amor, providenciou um meio para a salvação do pecador (Jo 3.16, Rm
5.8).

Chegada a hora própria, o Filho assumiu a natureza humana para sofrer em nosso
lugar e nos redimir. (Gl 4.4). Jesus ofereceu ao Pai a perfeita obediência. Ele não foi
vítima nem mártir. Pelo contrário, entregou-se livremente ao sacrifício para a nossa
salvação. (Jo 10.17-18). Jesus morreu em nosso lugar (Is. 53). Por isso, Deus nos
oferece a salvação pela graça, mediante a fé em Cristo Jesus. Deus é justo e é
também o “justificador daquele que tem fé em Jesus” (Rm 3.26).

3) Arrependimento e Fé

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Jesus sofreu o castigo que nós devíamos sofrer. Ele é o único meio de salvação, o
único caminho para o Pai (At 4.12)

Os escritores do Novo Testamento usaram a palavra Metanóia para designar o


arrependimento. Metanóia significa mudança de mente, envolvendo opinião, alvo,
intenção e propósito. Por isso, o arrependimento pode ser definido como “a mudança
produzida na vida consciente do pecador, pela qual ele abandona o pecado”. (Berkhof,
Teologia Sistemática, p. 488).

O arrependimento atinge nosso intelecto, nossas emoções, nossa vontade.


Intelectualmente, ficamos convencidos de que o pecado grã degradação moral e nos
faz culpados diante de Deus. Emocionalmente, ficamos tristes diante da convicção de
que estamos desagradando a Deus. Volitivamente, tomamos a deliberação de
abandonar o pecado e buscar o perdão divino e a purificação. (Salmo 51)

Qualquer coisa parecida com arrependimento, se não levar o pecador a abandonar o


pecado e a voltar-se para Deus, não é verdadeiro arrependimento, é tristeza mundana
(2 Co 7.10, Hb 12.16-17, Mt 27.3-5). O verdadeiro arrependimento está focado no ato
praticado, e não apenas nos resultados desse ato.

Os rabinos judeus dizem que o verdadeiro penitente (arrependido) é aquele que, se


voltar a ter a oportunidade de cometer o mesmo pecado, nas mesmas circunstâncias,
não o fará. Mas essa é apenas parte da verdade. O verdadeiro arrependido é aquele
que reconhece que cometeu um erro, e não apenas um deslize, sente-se culpado
diante de Deus pelo erro cometido, tem tristeza por ter desagradado a Deus, volta-se
para Deus buscando o perdão e a purificação e tem o propósito de abandonar o
pecado.

Além de se desvincular da velha vida, o pecador precisa crer em Jesus Cristo e


recebe-lo como seu suficiente Salvador e Senhor (Jo 5.24). Após reconciliar-se com
Deus, mediante o arrependimento e a fé, o homem precisa viver do modo como Deus
quer que ele viva, praticando as boas obras. (Ef 2.10)

Bibliografia

¾ O que todo presbiteriano inteligente deve saber. Capítulos 17 e 18. Autores: Adão
Carlos Nascimento e Alderi Souza de Matos.
¾ Bíblia de Estudo de Genebra – segunda edição revisada e ampliada, The Spirit os the
Reformation Study Bible, ed. Cultura Cristã, Sociedade Bíblica do Brasil, 2009 - texto
bíblico: Almeida Revista e Atualizada.
¾ HÁ UM SIGNIFICADO NESTE TEXTO – Interpretação Bíblica: os enfoques contemporÂneos
(Is There a Meaning in This Text?), de Kevin Vanhoozer, ed. Vida.
¾ Crítica Textual do Novo Testamento, de Wilson Paroschi. Ed. Vida Nova.

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¾ No Crepúsculo do Pensamento – Estudos sobre a pretensa autonomia do pensamento


filosófico (In the twilight os western though: studies in the pretended autonomy of
philosophical thought), de Herman Dooyeweerd, ed. Hagnos, 2010. [Gostei e recomendo.
Autores tão ilustres no campo intelectual e tão fervorosos no espírito, com uma fé tão
profunda e tremendamente arraigadada, reformada, fortalecem a nossa fé. No entanto,
terei de lê-lo novamente para melhor compreender as suas idéias].
¾ Introdução à Hermenêutica Bíblica – Como ouvir a Palavra de Deus apesar dos ruídos de
nossa época (An Introduduction to Biblical Hermeneutics)de Walter C. Kaiser, Jr. E Moisés
Silva. Ed. Cultura Cristã. 1ª ed. 2002.
¾ Ele nos deu Histórias – Um guia completo para a interpretação de histórias do Antigo
Testamento (He Gave Us Stories), de Richard L. Pratt, Jr. Ed. Mundo Cristão.

Nota final:

Ainda não terminei a edição completa do presente documento, nem mesmo a bibliografia; também
não sei quando terminarei... As colaborações dos alunos serão muito importantes. Se eu continuar
professor no semestre que vem, com certeza quem ganhará será a próxima turma.

Vocês estão sendo muito especiais para mim. Um grande abraço a todos!

Daniel Deusdete.
danieldeusdete@gmail.com

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