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Projecto Interfruta

3. Contributo para a caracterização


fenológica das principais culturas fruteiras
na Ilha Terceira, Açores
Projecto Interfruta 3. Contributo para a Caracterização Fenológica das principais Culturas Fruteiras

3. Contributo para a caracterização fenológica das principais


culturas fruteiras na Ilha Terceira, Açores
Batista, J.; Batista, E.; Medeiros, C. & Lopes, D.
Uni. dos Açores. Angra do Heroísmo.

3.1 Introdução muito fortes, cuja acção mecânica e interferência ao nível


dos processos de desenvolvimento e reprodução, obrigam
Durante as últimas décadas, a produção frutícola nos à implantação de cortinas de abrigo para proteger os poma-
Açores tem sido insuficiente para satisfazer a procura local. res, o que acentuando ainda mais algumas das limitações
As razões são várias, desde estruturais a climáticas. As condi- anteriores, pode ocasionar situações de competição nutritiva
ções climáticas têm-se manifestado como as mais limitantes, entre as espécies utilizadas como sebes e as fruteiras em
sobretudo face à capacidade de adaptação de variedades exploração, assim como ineficiente utilização da área dispo-
importadas e às condições de proliferação de pragas e nível, numa região onde o solo é escasso, por conseguinte
doenças, algumas delas recentemente introduzidas. muito valioso.
De uma forma muito geral, o clima dos Açores pode ser
caracterizado pela sua amenidade térmica, pelos elevados
índices de humidade do ar, por taxas de insolação pouco 3.2 Fruteiras de clima temperado frio
elevadas, por chuvas regulares e abundantes e por um
regime de ventos vigorosos que rondam o arquipélago, 3.2.1 Cultura de Macieira (Malus pumila)
acompanhando o evoluir dos padrões de circulação atmos-
férica à escala da bacia do Atlântico Norte (Azevedo et al., 3.2.1.1 Introdução
1994).
A localização geográfica e a orografia específica de A maioria das espécies de zona temperada, incluindo
cada ilha do arquipélago, produzem condições climáticas as fruteiras de folha caduca, possuem alguns mecanismos
relativamente diferentes, que se reflectem na produção controlados geneticamente e estruturas morfológicas resul-
fruteira. Na produção de fruteiras características de climas tantes de adaptações evolutivas, que impedem os gomos e as
temperados frios (pomóideas e prunóideas essencialmente), sementes de germinar ou os protegem durante os períodos
apesar de se verificarem as quatro estações do ano, as con- em que se verificam condições ambientais desfavoráveis. Os
dições climáticas prevalecentes impõem algumas restrições pomologistas definem dormência e repouso, como duas con-
à produção, nomeadamente no que respeita à temperatura dições fisiológicas dos pontos de crescimento, que controlam
invernal (invernos suaves), disponibilidade em luz no período a sua evolução nos períodos invernal e primaveril. A dormên-
de desenvolvimento vegetativo e reprodutivo, índices de cia é definida como uma condição quiescente dos ápices dos
humidade do ar muito elevados propícios ao desenvolvi- lançamentos, imposta pelas condições externas, que não
mento de doenças criptogâmicas e ventos frequentemente são favoráveis para o crescimento. Portanto, os gomos não 37
A Fruticultura na Macaronésia O Contributo do Projecto Interfruta para o seu desenvolvimento

conseguem desenvolver-se se a temperatura primaveril for são menos efectivas. Tempo nebuloso, nevoeiros, precipitação,
muito baixa, e as sementes não germinam se o solo estiver ausência de iluminação directa sobre os gomos, efeito evapo-
demasiado seco. Repouso, pelo contrário, é uma condição rativo da acção combinada de vento e humidade relativa da
interna que torna o meristema apical do eixo embrionário atmosfera, constituem factores que se podem substituir ao
da semente incapaz de crescer, independentemente de se frio, justificando a adaptação local de muitas variedades de
verificarem condições ambientais favoráveis. Aparentemente, pomóideas e prunóideas características de climas temperados
o ápice requer tempo para que possam ocorrer algumas caracterizados pela ocorrência de invernos frios.
alterações endógenas, passando do estado de repouso para Se o inverno tiver sido suficientemente frio, para satisfazer
o estado de dormência. completamente as necessidades em frio dos gomos, e se a
A necessidade que o gomo apresenta de evoluir durante temperatura se elevar tão rapidamente, para que o crescimento
a condição de repouso, é uma adaptação evolutiva, um possa ser reassumido, os gomos emergem rapidamente. Se
mecanismo de segurança, para assegurar que os gomos não contudo a temperatura não aumentar, ou aumentar lenta-
cresçam, enquanto se verificarem condições climáticas adversas. mente, os gomos ultrapassarão o estado de repouso, mas
A duração da exposição ao frio, necessária para que na prima- permanecerão dormentes até que temperaturas ambientais
vera os lançamentos reassumam o seu crescimento normal, sejam favoráveis ao seu crescimento. Quando as árvores
é designada por período de repouso, e o número de horas a não recebem frio suficiente, os gomos florais podem cair, os
temperaturas relativamente baixas, necessário para satisfazer o gomos foliares podem evoluir lentamente, dando origem a
período de repouso, é designado por exigências em frio. folhas pequenas e disformes. Esta situação é conhecida como
Uma vez satisfeitas as ditas exigências, para chegar ao desa- sintoma da folheação atrasada. A solução para o problema da
brochamento ou ântese, as gemas devem superar um período dormência, muito comum em variedades de macieira e pereira
posterior (pós-repouso), durante o qual o seu metabolismo importadas de climas com invernos caracteristicamente frios,
apenas se activa em presença de níveis térmicos adequados, tem passado, quer pela utilização de produtos químicos (dini-
a abertura das gemas produz-se depois de também se terem tro ortho cresol, cianamida cálcica, reguladores e retardadores
satisfeito as suas exigências em calor. de crescimento) ou por algumas práticas culturais, tais como
O número de horas de frio necessário antes que o cres- o controlo do vigor da árvore, orientação dos ramos, altura e
cimento normal possa ocorrer, varia de espécie para espécie tipo de poda, desfoliação manual ou química.
e mesmo dentro das próprias espécies. Inicialmente as Ao longo das últimas décadas, as tentativas de introduzir
necessidades em frio eram determinadas pela comparação variedades de macieira com baixas necessidades em frio inver-
empírica das temperaturas registadas nos observatórios nal, têm sido melhor ou pior sucedidas, não só em função da
meteorológicos, com a observação das árvores na primavera sua natureza genética e dos procedimentos adoptados para
seguinte. Se o período de floração fosse tardio e prolongado forçar a sua adaptação, mas, em muitas das situações, em
e se as árvores manifestassem sintomas de foliação atrasada, função das características microclimáticas dos locais onde
suspeitava-se de ter havido frio insuficiente. Posteriormente, têm sido implantadas.
passaram-se a integrar os graus-hora de temperaturas infe- Através do projecto Interfruta–Interreg IIIB MAC/3.1/A1,
riores a 7 ºC, para se estimarem as necessidades em frio das pretendeu-se analisar o comportamento de diferentes varie-
diferentes espécies fruteiras. Com base em vários estudos, a dades de macieira implantadas em pomares instalados em
temperatura óptima é de cerca de 6 a 8 ºC (Erez e Lavee, 1971, zonas diferentes da ilha Terceira, que reflectissem alguma
38 Richardson et al., 1974); temperaturas superiores ou inferiores da variabilidade climática interna.
Projecto Interfruta 3. Contributo para a Caracterização Fenológica das principais Culturas Fruteiras

3.2.1.2 Metodologia utilizada Os pomares localizados na zona norte da ilha, quer a


uma cota de 210 m, quer a 250 m, apresentam uma den-
Como metodologia geral de análise, para além de se ter sidade cultural (nº de plantas ha-1) inferior à dos pomares
procedido inicialmente a uma caracterização cuidadosa situados a sudeste, quer a 53 m de altitude, quer a 150 m
de cada pomar, em termos de localização geográfica, área (quadro 1). O sistema de condução mais representativo é o
ocupada, variedades utilizadas, densidades culturais, porta- vaso, embora em muitas situações se verifique a existência
enxertos, formas de condução, tipo e maneio das sebes vivas de formas indefinidas.
utilizadas, procedeu-se ainda à caracterização fenológica
por variedade, selecionando ao acaso 3 árvores em cada Quadro 1
Localização e altitude Densidade Produção média
Variedades Localização
do pomar (nº plantas ha -1) (t ha -1)
pomar, 4 ramos em cada árvore, o equivalente a 12 ramos dos pomares,
500 7,5 – 10
por variedade com lenho de 2 ou mais anos. Registaram-se Prima variedades
500 10 – 12,5
as datas em que se verificou repouso vegetativo, abrolha- Jonagored utilizadas,
Jonathan 500 7,5 – 10
Norte (210 m) densidade e
mento, plena floração e vingamento e desenvolvimento Mutsu 500 7,5 – 10 produção média.
Reineta
do fruto. Calculou-se a densidade de flores por ramo, a Grupo Galas 500 12,5 – 17,5

percentagem média de vingamento de frutos, o índice de 500 6,5 – 9,0


500 30 – 40
produtividade com base no perímetro médio do tronco a Norte (250 m)
Mutsu
Reineta 370 33 – 37
20 cm do ponto de enxertia e registaram-se as produções Jonathan 400 22 – 24
totais de frutos por árvore. Mutsu 585 8,7 – 14,6
A partir de uma amostra de 20 frutos por variedade, Sudeste (150 m) Jonagored 585 8,7 – 14,6
Grupo Galas 585 8,7 – 14,6
calculou-se o seu peso unitário; o grau de maturação
1250 18,7 – 25
foi avaliado pela dureza da polpa (utilizando o teste de Jonagored
1250 18,7 – 25
Jonagold
pressão, em kg cm-2), pelo teste de regressão de amido Sudeste (53 m)
Mutsu 1250 18,7 – 31,2
Grupo Galas
com solução de iodo, teor de sólidos solúveis, expressos 1250 18,7 - 25

em ºBrix, a acidez titulável, expressa em g ácido málico


litro-1, obtida por titulação com NaOH a 0,1N e a qualidade Variedade
Localização
Repouso Abrolhamento Plena floração Vingamento
Quadro 2
e altitude Datas da
gustativa do fruto pelo índice de Thiault, que incorpora Norte (210 m) 19 - 4 26 - 4 26 - 5 4-6 ocorrência das
valores anteriores. Norte (250 m) 10 - 4 21 - 4 20 - 5 28 - 6 fases de repouso,
Mutsu
Para cada variedade, calculou-se também o número Sudeste (150 m) 28 - 4 19 - 5 15 - 6 30 - 6 abrolhamento,
Sudeste (53 m) 12 - 4 30 - 4 25 - 4 19 - 6 plena floração.
de dias entre o estádio de plena floração (F2) e a data de
Norte (210 m) 19 - 4 26 - 4 2-6 30 - 6
colheita. Reineta
Norte (250 m) 15 - 4 21 - 4 20 - 5 19 - 6
Prima Norte (210 m) 19 - 4 26 - 4 20 - 5 4-6
Norte (210 m) 19 - 4 26 - 4 26 - 5 4-6
Jonathan
Norte (250 m) 10 - 4 21 - 4 20 - 5 18 - 6
3.2.1.3 Resultados Jonagored Norte (210 m) 19 - 4 26 - 4 2-6 22 - 6
Sudeste (150 m) 10 - 4 25 - 4 20 - 5 19 - 6
Jonagold
Da análise aos pomares, constatou-se que as variedades mais Sudeste (53 m) 10 - 4 25 - 4 20 - 5 19 - 6
Norte (210 m) 21 - 4 4-5 17 - 5 9-6
representativas em termos de área ocupada e por ordem Galas
Sudeste (53 m) 20 - 4 15 - 5 8-6 27 - 6
decrescente de importância são a Reineta do Canadá (parda
e branca), Mutsu, grupo das Galas, Jonagold e Prima. 39
A Fruticultura na Macaronésia O Contributo do Projecto Interfruta para o seu desenvolvimento

Quadro 3. (Σ) Somatório Produção média Quadro 5


Exposição (Σ) Somatório Densidade Máximo por árvore
Densidade e altitude
Variedade do comprimento
do nº flores de flores
Local Variedade árvore/pomar
(kg)
Quantitativo
de flores por ramo (cm)) comercializada (kg) médio da
ramo, para as Norte (210 m) Jonagored 794.0 713 0.9 Norte (210 m) Reineta Branca 25-35 50 produção obtida
variedades Norte (210 m) Jonathan 589.4 982 1.7 Norte (210 m) Mutsu 15 30 por variedade e
consideradas. Norte (210 m) Mutsu 1276.0 871 0.7 Norte (210 m) Jonathan 15-20 50 local, na safra de
Norte (210 m) Prima 915.5 729 0.8 Norte (210 m) Jonagored 20-25 55 2004.
Densidade flores por ramos=
n.º corimbos*n.º médio flores por corimbo
Norte (210 m) Reineta branca 1041.0 706 0.7 Norte (210 m) Prima 15-20 25
comprimento do ramo (cm)
Norte (250 m) Jonathan 2038.0 1901 0.9 Norte (210 m) Galas 13-18 30
Norte (250 m) Mutsu 867.5 792 0.9 Norte (250 m) Reineta Branca 90-100 155
Norte (250 m) Reineta branca 948.9 706 0.7 Norte (250 m) Mutsu 60-80 140
Sudeste (150 m) Mutsu 1140.7 395 0.3 Norte (250 m) Jonathan 55-60 70
Sudeste (53 m) Mutsu 935.0 130 0.1 Norte (250 m) Galas 15-20 30
Sudeste (53 m) Jonagold 14-20 25
Quadro 4 Sudeste (53 m) Jonagored 16-20 25
Exposição e N.º Flores N.º Frutos % média de Sudeste (53 m) Mutsu 16-25 25
Percentagem Variedade
altitude (E3+F+H) (I+J) vingamento
média de Sudeste (53 m) Galas 10-15 20
Norte (210 m) Jonagored 713 144 20.2
vingamento Sudeste (150 m) Mutsu 25-35 60
Norte (210 m) Jonathan 982 95 9.7
por variedade, Sudeste (150 m) Jonagored 15-20 50
Norte (210 m) Mutsu 871 119 13.7
exposição e
Norte (210 m) Prima 729 113 15.5
altitude.
Norte (210 m) Reineta branca 936 40 4.3
Localização Variedade I.P. médio I.P. máximo Quadro 6
Norte (250 m) Jonathan 1901 103 5.4
% média de vigamento=
n.º de frutos vingados x 100 Norte (210 m) Reineta branca 1.2 (1.35) 2.0 Índice de
Norte (250 m) Mutsu 792 49 6.2
n.º de flores
Norte (210 m) Mutsu 0.2 0.5
produtividade
Norte (250 m) Reineta branca 706 237 33.6 médio e máximo,
Norte (210 m) Jonathan 1.2 3.5
Norte (250 m) Gala must 951 14 1.5 por variedade e
Norte (210 m) Jonagored 1.0(4.1) 2.5
Norte (250 m) Mondial gala 847 16 1.9 local considerado.
Norte (210 m) Prima 0.9 1.3
Sudeste (150 m) Mutsu 395 24 6.1
Norte (250 m) Reineta branca 2.5 3.9
Sudeste (150 m) Jonagored 186 49 26.3 I.P. =
produção acumulada (ton/ha)
Norte (250 m) Mutsu 2.6 5.3
Sudeste (53 m) Mutsu 130 71 54.6 Périmetro do tronco da planta 20 cm ponto enxertia

Norte (250 m) Jonathan 1.6 1.9


Sudeste (53 m) Jonagored 136 79 58.1
Sudeste (53 m) Mutsu 0.6 0.8
Sudeste (53 m) Gala must 58 20 34.5
Sudeste (150 m) Mutsu 1.0 1.9
Sudeste (53 m) Mondial gala 228 39 17.1

Para as mesmas variedades parece verificar-se uma ten- Em qualquer das zonas consideradas e independen-
dência para que o abrolhamento se verifique mais cedo na temente da altitude considerada, a variedade Jonathan
zona norte do que na zona sudeste da ilha (quadro 2). Na apresenta a maior densidade de flores por ramo (quadro 3).
zona norte o efeito anterior parece verificar-se à medida que A percentagem média de vingamento de frutos é maior nos
os pomares se situam a uma cota mais elevada. O estádio pomares localizados a sudeste do que a norte, apesar de
de plena floração (F2) ocorre, de um modo geral, mais cedo neste último caso o pomar localizado a 210 m de altitude
na zona norte e a maior altitude, do que na zona sudeste. ser de implantação mais recente que os anteriores (qua-
O facto de se possuírem observações de apenas um ano, dro 4). Contudo e para as mesmas variedades, a produção
suscita reservas quanto à estabilidade do comportamento unitária e o índice de produtividade são maiores no pomar
fenológico das variedades observadas ao longo do tempo. situado a 250 metros de altitude na zona norte, que nos
A figura 1, apresenta os valores médios do número de dias restantes (quadros 5 e 6).
40 após plena floração para as diferentes variedades. No que respeita a peso e calibre médio dos frutos, os
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Figura 1 resultados demonstraram que, de um


Valores médios
do n.º de dias Galas 110 modo geral, se verificaram diferenças
após plena
Prima 90
maiores entre peso médio dos frutos,
floração para de acordo com a zona de onde pro-
as diferentes
vinham, no caso, maior na zona norte
Jonathan 135

variedades.
Jonagored 132
do que na zona sudeste e que, no que
Jonagold 135 respeita ao calibre, as diferenças foram
Reineta parda 170
mínimas (figuras 2 e 3). Por variedades,
a Mutsu, foi a que apresentou maior
Reineta branca 170
peso médio em todos os pomares
Mutsu 160
considerados, superior ao exigido
0 20 40 60 80 100 120

Valores do índice F2 (dias)


140 160 180 200
pelas normas de comercialização
aplicáveis às maçãs (Regulamento nº
Figura 2 Figura 1. - Valores médios do nº de dias após plena floração para as diferentes variedades
85/2004, C.E., 15/01/2004).
Peso médio
Da avaliação do grau de matu-
dos frutos por
variedade e por ração dos frutos, e em função das
local. metodologias utilizadas, constatou-se
que, em geral, a produção obtida em
vários pomares não se encontrava em
condições de ser colhida, de modo a
garantir a qualidade desejada ao nível
do consumo. A utilização do índice
Mutsu Gala must Jonagold Jonagored Jonathan Mondial gala Prima Reineta branca de Thiault e tendo em atenção os
300 padrões de referência para algumas
das variedades utilizadas, revela que
Figura 3 250

Calibre médio a qualidade gustativa da maioria das


dos frutos por 200
variedades não atingiu o nível neces-
Peso (g)

variedade e local.
150 sário, com excepcção do grupo das
100
Galas, Jonagored, Jonathan e Mutsu,
para as datas de colheita mais tardias
50
(quadro 7)
0 O período de análise foi insufi-
Norte (210 m) Norte (250 m) Sudeste (150 m) Sudeste (53 m)
ciente para a partir dos resultados
Figura 2 – Peso médio dos frutospor variedade e por local obtidos se poderem obter conclusões
de carácter definitivo. No entanto,
parece claro que a melhor zona de
produção se localiza no norte da ilha,
a maior altitude (250 metros); que as 41
A Fruticultura na Macaronésia O Contributo do Projecto Interfruta para o seu desenvolvimento

variedades melhor adaptadas em termos de quantitativo cias sobre o rendimento. Por vezes esta limitação pode de
produzido, são a Mutsu e a Reineta parda. algum modo ser ultrapassada, utilizando variedades melhor
adaptadas, como é o caso da bananeira ou da anoneira.
Noutros casos, o conhecimento e o engenho permitiram
3.2.1.4 Bibliografia criar soluções originais, como é o caso da cultura de ananás
em estufa, na ilha de S. Miguel.
– Azevedo, E., Rodrigues, M. & Fernandes, J. (1994). O Para este grupo de culturas, é propícia a existência de
clima dos Açores. Atlas básico dos Açores. Observatório um inverno suave e precipitação regularmente distribuída
Vulcanológico e Geotérmico dos Açores. ao longo do ano. O vento forte é geralmente a maior limi-
– Erez, A. & Lavee, S. (1971). The effect of climatic con- tação ao seu sucesso, embora o integral térmico durante o
ditions on dormancy development of peach buds: período estival e a disponibilidade em luz, possam limitar a
I. Temperature. Journal of the American Society for quantidade e qualidade das produções.
Horticultural Science, 96: 711-714. O projecto Interfruta incluiu o estudo das culturas de
– Richardson, E.A., Seeley, S.D. & Walker, D.R. (1974). A model bananeira e laranjeira na ilha Terceira. Em função da sua
for estimating the completion of rest for “Redhaven” and actual importância económica para a ilha, optamos neste
“Elberta” peach trees. HortScience, 9: 331-332. trabalho por abordar a cultura de bananeira.

3.3 Fruteiras de clima tropical e subtropical 3.3.1 Cultura de Bananeira (Musa acuminata)

Ao longo da história do seu povoamento, o arquipélago 3.3.1.1 Introdução


dos Açores funcionou durante muito tempo como uma
placa giratória de pessoas e mercadorias, vindas de diversas No limite geográfico da sua adaptação, a cultura de
partes do mundo, na direcção da Europa continental. Esse bananeira nos Açores ocupa, segundo a Fruter (Cooperativa
tráfego, aliado à emigração de açorianos para vários conti- dos Produtores de Fruta da Ilha Terceira), uma área supe-
nentes, permitiu a introdução no arquipélago de culturas rior a 512 ha, representando na ilha Terceira (103 ha) uma
que se vieram a revelar tão importantes como a laranjeira, produção anual da ordem de 460 toneladas. As variedades
bananeira e o ananás. Com menor impacto económico, cultivadas pertencem ao subgrupo Cavendish (Musa acu-
foram também introduzidas culturas como o maracujá, minata Colla, AAA), maioritariamente do tipo anão.
abacateiro, limoeiro, anoneira, araçaleiro, mangueira, goia- O crescimento e o desenvolvimento da bananeira é
beira, cafeeiro e outras. fundamentalmente determinado pela disponibilidade em
De todas estas culturas, a que maior impacto produziu na água e pela temperatura (Robinson, 1996), embora outras
estrutura económica dos Açores, foi sem dúvida a cultura da características do local escolhido para a implantação do
laranjeira, que por razões bem conhecidas, perdeu a sua impor- pomar sejam importantes. Na ilha Terceira, os pomares de
tância e foi substituída por um novo ciclo económico, o da bananeira estão estabelecidos a baixa altitude, em geral a
criação de gado bovino, para produção de leite e/ou carne. uma cota inferior a 100 m, em locais abrigados dos ventos
Para a maioria destas culturas, o arquipélago encontra-se dominantes, com maior predominância na costa sul.
42 no limite geográfico da sua adaptação, com consequên- O conhecimento pormenorizado dos ciclos fenológicos
Projecto Interfruta 3. Contributo para a Caracterização Fenológica das principais Culturas Fruteiras

Quadro 7
Reineta Branca
Índice de Thiault Datas Locais Mondial Gala (130) Mutsu Jonagored (160) Jonathan Jonagold (160)
(170)
Reineta Parda (170)Gala Must (115) Prima
por variedade
e por data de N 210 80
colheita (valores N 250 110
19/8
de referência SE 53
entre parêntesis). SE 150
N 210 99 111 84 101
N 250 89
25/8
SE 53 105
SE 150
N 210 109 146 120 120
N 250 105 109 129 106
15/9
SE 53 130 108 105
SE 150 111 130
N 210 137 120
N 250
1/10
SE 53 122 150
SE 150 130 135
N 210
N 250 123 148
7/10
SE 53
SE 150
N 210 125 125
N 250 113
11/10
SE 53
SE 150
N 210 148
N 250 148
15/10
SE 53
SE 150

da cultura da bananeira num determinado local, permite ao da apanha do cacho; número de pencas produzidas por
fruticultor controlar o nível de maneio cultural em função da cacho e produção total. A partir dos resultados obtidos,
variação das condições ideais para o seu desenvolvimento, pretende-se estabelecer uma comparação entre as zonas
planear a data de plantação para que a colheita ocorra no referidas, no que respeita ao maneio da cultura.
melhor momento de comercialização, assim como prever as
quantidades a colher e a dispersão sazonal da colheita em fun-
ção da contagem periódica das florações (Robinson, 1996). 3.3.1.2 Material e métodos
Em 6 pomares localizados em diferentes zonas da ilha,
seleccionaram-se 5 plantas por pomar, com o objectivo As observações decorreram em pomares localizados em
de conhecer os seguintes parâmetros: densidade cultural, três zonas distintas da ilha Terceira, situadas a norte, sul e
ritmo de emissão de folhas; número de folhas associadas sudeste. No Quadro 1, resumem-se as principais caracterís-
à diferenciação floral; diâmetro do pseudo-caule quando ticas dos pomares. A principal cultivar é a “Pequena anã”. As 43
A Fruticultura na Macaronésia O Contributo do Projecto Interfruta para o seu desenvolvimento

sebes são maioritariamente constituídas por Banksia integri- de plantas em estádio vegetativo, menor percentagem de
folia e Pittosporum undulatum, em proporções variadas. plantas com cacho “em enchimento” da época de produção
Em cada pomar, em zona considerada representativa, outonal e menor percentagem de plantas em floração na
seleccionaram-se cinco plantas, de acordo com os seguintes época primaveril (fig. 5).
critérios: que não se encontrassem em estádio de floração; Os resultados obtidos estão de acordo com o referido
que apresentassem sensivelmente o mesmo número de por Robinson et al. (1996), para quem as densidades cul-
folhas; que o diâmetro do pseudo-caule não fosse signifi- turais muito elevadas, dão origem a ciclos de produção
cativamente diferente. mais longos, com cachos e frutos de menores dimensões,
As plantas foram observadas mensalmente. A evolução embora se verifiquem aumentos de produção por unidade
do seu estádio fenológico foi registada segundo o método de área cultivada. Segundo Robinson & Nel (1986) e Israeli
proposto por Gonzales et al. in BBCH Scale (2005) et al. (1995), o aumento do intervalo do ciclo da bananeira
A densidade de plantação foi determinada pela conta- deve-se ao maior sombreamento no interior do bananal, o
gem do número de plantas contidas num rectângulo com que provoca atraso e falta de uniformidade no desenvolvi-
50 m2 (10 m x 5 m), num local escolhido aleatoriamente, mento dos rebentos e atraso na emissão da inflorescência.
com três repetições em cada pomar. Para Daniells et al. (1985), Robinson & Nell (1988, 1989),
O número de folhas associado à diferenciação floral, Robinson (1995) e Litchemberg et al. (1998), considerando
foi calculado pela soma acumulada de folhas Fn, segundo que a bananeira não apresenta um ciclo anual definido, a
o recomendado por Saúco (1992). Consideraram-se folhas produtividade, medida em t ha-1 ano-1, é progressivamente
activas, todas aquelas em que mais de 50% de tecido verde reduzida com o aumento da densidade e com a evolução
não apresentava necroses (Teixeira et al., 2001). O períme- dos ciclos. Os componentes da produção (cachos, pencas
tro do pseudo-caule das plantas, foi medido a 1 m acima e frutos) também sofrem a influência da densidade das
do nível do solo. Na mesma área contou-se o número de plantas. Normalmente, o aumento da densidade reduz a
plantas em cada um dos estádios fenológicos. massa do cacho, em especial após o 1º ciclo (Mattos et al.,
cit. Scarpare Filho et al., 2001). Do mesmo modo, o número
de pencas e frutos por cacho é menor para aumentos de
3.3.1.3 Resultados e discussão densidade (Mattos et al., cit. Scarpare Filho et al, 2001).
Para uma situação superior a três ciclos culturais e para a
Em termos de densidade cultural, observando os dados variedade “Pequena anã”, Robinson et al. (1996) indicam uma
reunidos na figura 1, verifica-se que são bastante eleva- densidade ideal da ordem de 2222 plantas ha-1.
dos. Comparando-os com os do quadro 2, verifica-se que O valor do perímetro do pseudo-caule medido a 1 m
a menores densidades culturais, correspondem ciclos de acima do nível do solo, é maior nos pomares de menor den-
produção mais curtos, independentemente da altitude sidade e de menores intervalos de tempo entre a floração
a que os pomares estão situados. Os ciclos mais longos e a colheita (fig. 6), o que parece representar um indicador
produziram qualidade mais diferenciada (fig. 2), assim de maior capacidade produtiva. Quanto à evolução do
como um menor número de pencas por cacho (fig. 3). Para número total de folhas no período inverno – primaveril, o
aumentos de densidade, não se verificaram aumentos de número médio de folhas na altura da formação do cacho é
produção por unidade de superfície cultivada (fig. 4). Uma sensivelmente idêntico em todas as situações, com variação
44 maior densidade cultural representa maior percentagem mais pronunciada na zona sul (fig. 7) e com maior número
Projecto Interfruta 3. Contributo para a Caracterização Fenológica das principais Culturas Fruteiras

Quadro 1 Figura 1
Área Altura Largura
Características Área média média média Nº 6000 Densidade cultural dos
Orien- Altitude Declive
principais tação
Local Código
(m) (%)
total das das das plantas pomares observados.
dos pomares (ha) parcelas sebes sebes / ha
(m2) (m) (m) 5000
observados.
Ribeira
B1B 29 0 0,29 419 5,3 1,1 5100 4000

N.º plantas/ha
do Chamusco
Norte
Canada da 3000
B2B 72 0 0,07 625 6,8 1,9 4700
Obra

São Pedro T1B 30 0 2,2 728 5,7 1 3700 2000


Sul
Bicas Cabo 1000
T3B 112 0 1,4 314 6,9 1,3 3100
Verde

0
Porto Novo S1B 53 23 1 359 5 1,1 3600 T1B T3B S3B S1B B1B B2B
Sudeste Sul Sudeste Norte
Localização do pomar
Qtª Bom Jesus S3B 42 0 2,15 413 5,4 1,6 3900

de folhas activas (fig. 8). A partir dos valores das medições da produção total (fig. 10). Verifica-se uma nítida redução
registadas nos vários pomares, foi possível estabelecer uma invernal para
Figuraas 1.
três- Densidade
zonas consideradas, com
cultural dos pomares variações em
observados

relação entre o número de folhas e a massa do cacho (fig. função da sua localização; um progressivo aumento durante
9). Nas condições dos pomares observados, são necessárias o período primaveril, mais acentuado a sul e sudeste; uma
cerca de 28 folhas funcionais, para produzir um cacho de redução
100
brusca no final da primavera, início de verão, mais
35 kg. Como com o aumento de densidade se verifica um significativa
90
na zona sul, mais quente, onde normalmente se
maior número de folhas, sobretudo no período que ante- verificam
80
deficits hídricos no solo, naquela época do ano.
cede a floração, verifica-se que esse facto não contribuiu Estes resultados estão de acordo com os apresentados
Percentagem de banana produzida
70
para o aumento de produção. por Robinson
60
et al. (1996), que salienta que o conheci-
O número médio de folhas produzidas pelo rebento até mento 50 do valor da taxa é importante para o fruticultor,
à floração é sensivelmente inferior ao referido por Robinson como40 indicador de quando é que o maneio cultural tem
et al. (1996), para condições subtropicais. Tal facto pode ficar que ser30 optimizado, especialmente no que respeita à rega,

a dever-se às densidades elevadas, pois ainda segundo os fertilização,


20 remoção de rebentos, corte de folhas e controlo
autores atrás mencionados, nesta situação não se verifica de infestantes.
10

o melhor aproveitamento da disponibilidade térmica para 0


B1B B2B S3B S1B T1B T3B
o crescimento, aumentando a duração do ciclo. A relação Norte Sudeste Sul

entre o número de folhas na floração e a massa do cacho, é 3.3.1.4 Conclusões Localização do pomar
I categoria II categoria
muito semelhante à apresentada por Nakasone e Paull (1998).
Contudo, o aumento de densidade promove maior competi- Em qualquer das três zonas consideradas, a densidade
ção entre as plantas pelos factores de crescimento (água, luz da plantação é muito elevada, embora com consequên-
e nutrientes), com consequências sobre a produção. cias diferentes. Nos pomares da zona norte, o aumento
Figura 2. - Distribuição da produção por categorias
O número médio de folhas por planta e por mês, diminui do número de plantas por unidade de área conduz a
com o aumento de densidade e aumenta com o aumento ciclos mais longos, redução da quantidade e qualidade da 45
A Fruticultura na Macaronésia O Contributo do Projecto Interfruta para o seu desenvolvimento

Quadro 2 Orien- Local Código Altitude Época Emergência Colheita Nº dias produção, independentemente de outros problemas de
Período entre tação (m) inflores-
a floração e a cência ordem cultural. O seu maneio, para além da necessidade de
colheita.
Inverno 07/01 20/09 256
reduzir a densidade, deve passar pelo desbaste de folhas,
Ribeira Chamusco B1B 29 suprimindo aquelas que se vão tornando menos activas,
Primavera /
Verão
18/05 20/10 154 aproveitando melhor os factores de produção (água, luz e
Norte
Inverno 07/01 20/09 256 nutrientes) e limitando os problemas sanitários.
6000
Canada da Obra B2B 72
Primavera /
Os pomares da zona sul são os mais produtivos, em
18/05 04/01 230
5000
Verão especial os situados a menor altitude. A densidade utili-
Inverno 01/04 14/10 196 zada é aqui mais equilibrada, com ciclos de produção mais
São Pedro
4000 T1B 30 curtos, em que os valores do número médio de folhas por
N.º plantas/ha

Primavera /
18/05 15/11 180
Sul
Verão planta e por mês só podem resultar, para além da situação
3000
Inverno 18/05 15/12 210 geográfica, de um melhor maneio cultural. Contudo, as
Bicas Cabo Verde T3B 112
2000 Primavera /
17/06 - -
carências hídricas estivais podem anular essa vantagem, se
Verão
não se regar de acordo com as características pedológicas
1000 Inverno 08/03 03/11 239
do local.
Porto Novo S1B 53
0
Primavera /
18/05 16/11 181 Os pomares localizados a sudeste poderiam beneficiar
T1B T3B S3B
Verão
S1B B1B B2B
Sudeste
Sul Sudeste Norte mais da sua situação geográfica, adoptando um maneio
Inverno 07/01 04/10 270
Qtª Bom Jesus S3B
Localização do pomar
42
mais adequado, sem prejuízo das condições físicas e quí-
Primavera /
Verão
18/05 12/12 207 micas dos solos onde estão instalados poderem constituir
uma limitação importante.

Figura 1. - Densidade cultural dos pomares observados

3.3.1.5 Bibliografia
Figura 2
Distribuição da
produção por
100
– BBCH Scale - The extended BBCH-scale. Musaceae
categorias.
90
Gonzales [et al.]. [Consult. 17 de Mar. 2005]. Disponível
80
na WWW:<URL: http://www.bba.de/veroeff/bbch/
bbcheng.pdf>.
Percentagem de banana produzida

70

60
– Daniells, J.W., O’farrel, P.J. & Campbell, S.J. (1985). The
50
response of bananas to plant spacing in double rows
40 in North Queensland. Queensland Journal of Agricultural
30 and Animal Sciences, 42: 45-51.
20 – Israeli, Y., Plaut, Z. & Schwartz, A. (1995). Effect of shade
10 on banana morphology, growth and production. Scientia
0 Horticulturae. 32 (1/2): 45-46.
B1B B2B S3B S1B T1B T3B
Norte Sudeste Sul – Litchemberg, L.A., [et al.](1998). Effect of three spacing
Localização do pomar
on yield of “Nanicão” banana in Southern Brazil. Acta
I categoria II categoria
46 Horticulturae, 490: 181-186.

Figura 2. - Distribuição da produção por categorias


Localização do pomar

N.º de plantas/ fase desenvolvimento


25

Projecto Interfruta 3. Contributo para a Caracterização Fenológica das principais Culturas Fruteiras
20
Figura 3. - Número médio de pencas por cacho

15

10

Figura 3 5 Figura 4
Número médio 12
18000 6000
Relação entre
de pencas por 016000 a produção

Densidade (nº plantas / ha)


B1B B2B S1B S3B T1B T3B
5000

Produção total (kg / ha)


N.º médio pencas / cacho
cacho. 10 14000 total (kg ha-1)
12000 Norte sudeste Sul 4000 e a densidade
8
10000
Localização pomar (plantas ha-1).
3000
6 Vegetativo Enchimento cacho Floração
8000

4 6000 2000

4000
2 1000
2000

0 0 0
B1B B2B S1B S3B T1B T3B B1B B2B S3B S1B T1B T3B
Figura 5. Norte
- Número de plantas em diferentes estádios
Sudeste Sul
vegetativos.
Norte Sudeste Sul
Localização do pomar Produção total (kg/ha) Densidade plantas (nº plantas/ha)

30

ero médio de folhas produzidas até à floraçã


25

Figura 5 Figura 6

eudocaule a 1 m acima do
80
Número de Figura 3. - Número médio de pencas por cacho Figura20 4. - Relação entre a produção total (kg ha-1) e a densidade (plantas ha-1) Perímetro do
70
N.º de plantas/ fase desenvolvimento

plantas em 25 pseudo caule a 1


1560
diferentes m acima do nível
estádios 20 do solo.

nível do solo
50
10
vegetativos.
15 40
18000 6000 530
10

ps
16000

PerímetrNoúm
20
Densidade (nº plantas / ha)
5000
Produção total (kg / ha)

0
514000
10 B1B B2B S3B S1B T1B T3B
12000 4000 Norte Sudeste Sul
0 0
Localização do pomar
10000
B1B B2B S1B S3B T1B T3B B1B B2B S3B S1B T1B T3B
3000
8000
Norte sudeste Sul Norte Sudeste Sul
6000 Localização pomar 2000 Localização bananal
Figura 7. - Número médio de folhas produzidas até à floração
4000 Vegetativo Enchimento cacho Floração Enchimento cacho Floração Vegetativo s/flor
1000
2000

0 0
Figura 7 B1B B2B S3B S1B T1B T3B Figura 8
Número médio 30 Norte Sudeste Sul 12 Número de
nível do soloNúmero médio de folhas produzidas até à floraçã

de folhas Produção total (kg/ha) Densidade plantas (nº plantas/ha) folhas activas
10
25
produzidas até à Figura 5. - Número de plantas em diferentes estádios vegetativos. Figura 6. - Perímetro do pseudo caule a 1 m acima do nível do solo. nas plantas
floração. seleccionadas por
Nº de folhas activas

8
20
pomar.
6
15
Figura 4. - Relação entre a produção total (kg ha ) e a densidade (plantas ha )
-1 -1
4
10
Perímetro pseudocaule a 1 m acima do

80
2
70
5

0
60
0 B1B B2B T1B T3B S3B S1B
50 B1B B2B S3B S1B T1B T3B
Norte Sul Sudeste
Norte Sudeste Sul Localização dos pomares
40
Localização do pomar 47
30

20

10 Figura 8. - Número de folhas activas nas plantas seleccionadas por pomar.


Figura 7. - Número médio de folhas produzidas até à floração
0
B1B B2B S3B S1B T1B T3B

Norte Sudeste Sul


A Fruticultura na Macaronésia O Contributo do Projecto Interfruta para o seu desenvolvimento

40

Figura 9 35 – Nakasone, H.Y. & Paull, R.E. (1998). Tropical Fruits - Crop
Relação entre o 40
número de folhas 30
Production Science in Horticulture 7. New York. CAB
na floração e a 35 International.
d)o cacho (kg)

massa do cacho 25
– Robinson, J.C. & Nel, D.J. (1986). The influence of banana
(kg). 30
20 (cv. Williams) plant density and canopy characteristics
on ratoon cycle interval and yield. Acta Horticulturae,
ss(akg

25
15
ao

175: 227-232.
ch
Massa do caM

10
20 – Robinson, J.C. & Nel, D.J. (1998). Plant densities studies
15
y = -0,0298x 3 + 1,5709x 2 - 19,468x with banana (cv. Williams) in subtropical climate. I.
5 R2 = 0,9079
Vegetative morphology, phenology and plantation
10
0 microclimate. Journal of Horticultural Science, 63(2):
20 21 22 23 24 25 26 27 28 29
y = -0,0298x 3 + 1,5709x 2 - 19,468x
N.º folhas na floração
303-313.
5 R2 = 0,9079
– Robinson, J.C. & Nel, D.J. (1989). Plant densities studies
0 with banana (cv. Williams) in subtropical climate. II.
Figura 9. 20 21 entre
- Relação 22o número
23 de folhas
24 25floração
na 26 e a massa
27 28
do cacho 29
(kg) Components of yield and seasonal distribution of yield.
N.º folhas na floração
Journal of Horticultural Science, 64(2): 211-222.
Figura 10 – Robinson, J.C. (1996). Bananas and plantains - Crop
Média do número
Figura
5
9. - Relação entre o número de folhas na floração e a massa do cacho (kg)
Production Science in Horticulture 5. New York. CAB
de folhas planta-1
mês-1.
Norte Sudeste Sul
International.
4
– Saúco, V.G. (1992). Los frutales tropicales en los subtrópicos.
II. Plátano (Banano). Madrid. Ediciones Mundi-Prensa.
as / planta / mês

5
– Scarpare Filho, J.A. & Kluge, R.A. - Produção da bananeira
Norte Sudeste Sul
3 ”Nanicão” em diferentes densidades de plantas e siste-
4
mas de espaçamento. Pesquisa Agropecuária Brasileira,
36. [Consult. 28 Jan. 2005]. Disponível na WWW:< URL:
hs

2
olê

http://atlas.sct.embrapa.br/pab/pab.nsf
Nº/ fm

– Teixeira, L.A., Ruggiero, C. & Natale, W.(2001). Manutenção


Nº folhas / planta

1 de folhas activas em bananeira “Nanicão” por meio do


manejo das adubações nitrogenada e potássica e da
2 irrigação. Revista Brasileira de Fruticultura, 23(3): 699-
0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul
703.

0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul

48

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