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PÁGINA DA PROFESSORA
SABRINA SALAZAR

CÁLCULO B SEMANA3

2 ÁREA ENTRE CURVAS

O estudo das integrais definidas foi motivado pelo cálculo de áreas, como já vimos na semana
anterior. Nesta semana iremos estudar o cálculo de áreas mais gerais utilizando as integrais
definidas.

O problema geral de área

Considere f e g funções contínuas em um


intervalo [a, b] tais que f (x) ≥ g(x) ≥ 0, ou
seja, os gráficos de f e g estão acima do eixo
x e o gráfico de f está acima do gráfico de g,
conforme exemplo na figura ao lado. Como
encontrar o valor da área que está abaixo do
gráfico de f , acima do gráfico de g e entre as
retas x = a e x = b?

Observe que a área procurada pode ser obtida


descontando a área sob o gráfico da g da área
sob o gráfico da f , conforme figura ao lado.
Em termos de integrais definidas temos
b b b
⌠ f (x)dx − ⌠ g(x)dx = ⌠ f (x) − g(x)dx.
⌡a ⌡a ⌡a

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Este problema pode ser proposto de forma mais geral, sem exigir que f (x) ≥ g(x) ≥ 0. E o
raciocínio anterior indica a solução deste problema.

Fórmula para a área

Se f e g forem contínuas no intervalo [a, b] e se f (x) ≥ g(x) para todo x em [a, b], então a área
da região limitada acima por y = f (x), abaixo por y = g(x), à esquerda pela reta x = a e à direita
pela reta x = b é
b
A=⌠
⌡ [ f (x) − g(x)]dx.
a

Note que o raciocínio anterior não explica de forma rigorosa a fórmula para a área, apenas
indica. Para obter uma solução mais formal, pode-se estabelecer uma Soma de Riemann para a
b
integral ⌠
⌡ [ f (x) − g(x)]dx.
a

É importante salientar que esta fórmula fornece o valor exato da área, sem sinal.

Observação: Usualmente memorizamos essa fórmula por "integral da função de cima menos a
de baixo".

Exemplos:

1) Calcular a área da região limitada superiormente por f (x) = x + 3, inferiormente por g(x) = x 2 ,
à direita por x = 2 e à esquerda por x = 1. A região descrita está representada na figura abaixo.

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Utilizando a fórmula para a área temos:

2 x2 x3 2 22 23  12 1 3  13
A=⌠ x + 3 − x 2
dx = + 3x − ] = + 3×2 − − + 3×1 − = .
⌡1 2 3 1 2 3  2 3  6

2) Calcular a área da região englobada pelas curvas y = x 2 e y = 2 − x 2 .

Neste caso, temos primeiro que fazer um esboço do gráfico para visualizar a região e decidir
qual será a função "de cima" e quais serão os limites da integração. Fazendo tal esboço, obtemos:

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Observação: Este gráfico pode ser feito no Maxima, usando os comando "f(x):=x^2; g(x):=2-
x^2;wxplot2d([f(x),g(x)], [x,-5,5]);"

Apenas olhando o gráfico, já podemos decidir que a curva de cima é y = 2 − x 2 e a de baixo é


y = x 2 , mas ainda não podemos determinar os limites de integração. Para isso, vemos no gráfico
que, nos pontos de interseção, temos os mesmos valores para y em ambas as curvas. Assim, a fim
de determinar para quais valores de x isso ocorre, resolvemos a equação x 2 = 2 − x 2 (que pode ser
resolvida no Maxima pelos comandos "f(x):=x^2; g(x):=2-x^2;solve([f(x)=g(x)], [x]);"). Com isso
obtemos −1 e 1 como limites da integral que calcula a área. Agora vamos ao cálculo da área:
1 1
A=⌠ 2 − x 2
− x 2
dx = ⌠ 2 − 2x 2 dx = 2x − 2 x 3 ] 1 = 2×1 − 2 1 3 − 2( − 1) − 2 ( − 1) 3  = 8 .
⌡−1 ⌡−1 3 −1
3  3  3

Arquivo com a solução completa no Maxima - Download

Revertendo os papéis de x e y

Alguns problemas podem ser mais facilmente resolvidos se olharmos para as curvas como se x
fosse uma função de y. Se pensarmos dessa forma, temos que reescrever o problema da área e sua
solução, agora pensando em x como função de y (x = f (y)).

Fórmula para a área

Se f e g forem funções de y contínuas no intervalo [c, d] e se f (y) ≥ g(y) para todo y em [c, d],
então a área da região limitada à direita por x = f (y), à esquerda por x = g(y), abaixo pela reta
y = c e acima pela reta y = d é
d
A=⌠
⌡ [ f (y) − g(y)]d y.
c

Exemplo:

3) Calcular a área englobada pelas curvas x = y 2 e y = x − 2.

O primeiro passo sempre é fazer um esboço da região:

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Observe que, neste caso, não há uma curva que esteja sempre "acima". Por isso, se formos
calcular como no primeiro caso, precisaremos dividir a região da seguinte forma

para conseguir que em cada parte haja sempre uma mesma função "de cima" e uma mesma função
"de baixo". Isso dificulta a resolução do problema. Porém, se olharmos com atenção, vemos que a
reta está sempre à direita da parábola. Logo, podemos interpretar como um problema onde x é
uma função de y, "isolando o x", ou seja, fazendo x = y + 2. Daí temos a região representada pela
figura seguinte

com y + 2 ≥ y 2 na região. Para determinar os limites de integração, resolvemos y + 2 = y 2 ,


obtendo y = − 1 e y = 2. Daí resolvemos

2 y2 y3 2 22 2 3  ( − 1) 2 ( − 1) 3  9
A=⌠ y + 2 − y 2
d y = + 2y − ] = + 2×2 − − + 2( − 1) − = .
⌡−1 2 3 −1 2 3  2 3  2

Que tal tentar você mesmo? Você pode praticar com os exercícios propostos e após realizar a

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Tarefa 3.1.

Software Maxima - Área entre curvas - Volumes por Fatiamento

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