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Sendo dividido em duas partes, em que a primeira, dividida em três capítulos, fala
sobre como era estruturada e composta a sociedade, a economia e o direito romano. Na
qual utiliza o personagem Trimalquião, da obra romana de Petrônio, falando como ele
deixou de ser escravo e se tornou um liberto, como era a vida de um liberto, como
poderia fazer seu dinheiro render mais e fala sobre o termo "princeps libertinorum".
Passa então a falar sobre era a vida de um escravo e logo em seguida sobre como era o
extenso direito romano como: o suicídio, o fisco, a escravatura, o capital e o direito em si.
Na segunda parte do livro Veyne o divide em quatro capítulos, em que fala sobre:
a autarquia romana, expondo seus mitos e realidades; como o povo romano via a família
e seu amor pelo Império, mostrando com surgiu a hoje famosa moral cristã e o seu
embate com a religião; o folclore romano; sobre a consciência publica e a conduta
individual, como a justiça popular; e finalizando sobre como o paganismo greco-romano
surgiu e cresceu.
"[...] juridicamente, estes escravos colonos são sempre escravos, mas, do ponto de vista
da exploração, são arrendatários ou rendeiros."1
Na segunda parte do livro "As Mentalidades", o autor fala sobre como o cidadão
romano pensava e tinha suas concepções diárias de vida. Falando sobre política, Paul
Veyne expõe o que existia de mentira e verdade sobre a autarquia romana, ou seja, a
autonomia romana, sobre tudo a econômica. Falando sobre as mudanças econômicas e
principalmente políticas que ocorreram em Roma.
Alegando que entre o Império de Cícero e o "dos Antoninos" houve uma
metamorfose, em que a moral pagã se tornou idêntica a moral cristã do matrimônio,
Veyne nos mostra que a moral cristã teve influência da moral pagã, que fez surgir uma
nova religião e os confrontos ideológicos que ocorreram entre elas e a Religião.
No folclore romano existiam várias rudezas nos escritos, mas nos servem como
documentos para estudar a época, passando a falar também da justiça popular, pois como
numa época coletividade não tinha se consolidado e Veyne afirma:
1
VEYNE, P. A Sociedade Romana. Lisboa: Edições 70, 1993, p. 49.
2
(Idem), p. 73.
"[...] numa época em que a coletividade não se sente ainda, de forma nenhuma, privada,
por parte do poderes público, de um direito de censura sobre os factos e sobre os
comportamentos de cada um.3"
Finalizando o livro Paul Veyne fala sobre uma evolução do paganismo greco-
romano, isto é, com o passar dos tempos uma segunda onda de paganismo se mistura a
religiosidade, devido à "injustiça" dos deuses ou como outros afirmar a "boa fé" dos
deuses. Uma grande discussão em que o autor finaliza com suas considerações finais.