Professional Documents
Culture Documents
0 Revisões de Álgebra 1
0.1 Os números reais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
0.1.1 Propriedades das operações dos números reais . . . . . . . 5
Exercı́cio 0.1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
0.2 Fracções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
Exercı́cio 0.2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
0.3 Expoentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
Exercı́cio 0.3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
0.4 Expoentes Fraccionários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Exercı́cio 0.4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
0.5 Expressões Algébricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
Exercı́cio 0.5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
0.6 Factorização e Fracções Algébricas . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
0.6.1 Factores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
0.6.2 Fracções Algébricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
Exercı́cio 0.6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
1 Equações 43
1.1 Equações do 1o e do 2o grau com uma incógnita . . . . . . . . . 43
Exercı́cio 1.1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
1.2 Plano Cartesiano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
Exercı́cio 1.2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
1.3 Equações do 1o grau com duas incógnitas . . . . . . . . . . . . . 62
1.3.1 Aspectos gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
Exercı́cio 1.3.1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
1.3.2 Caracterı́sticas gráficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
Exercı́cio 1.3.2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
1.3.3 Equação reduzida da recta . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
Exercı́cio 1.3.3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
1.3.4 Determinação da equação reduzida de uma recta . . . . . 93
Exercı́cio 1.3.4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96
1.4 Equações Quadráticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97
1.4.1 Aspectos Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98
Exercı́cio 1.4.1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
1.4.2 Caracterı́sticas Gráficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101
Exercı́cio 1.4.2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 112
Exercı́cios de Revisão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 114
3 Matrizes 169
3.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 169
Exercı́cio 3.1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 175
3.2 Álgebra de Matrizes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 176
Exercı́cio 3.2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 199
3.3 Matrizes e Aplicações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 202
3.3.1 Matrizes e Sistemas de Equações Lineares . . . . . . . . . 202
3.3.2 Método dos Mı́nimos Quadrados . . . . . . . . . . . . . . 209
3.3.3 Redes Sociais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 218
3.3.4 Demografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 224
Exercı́cio 3.3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 229
Exercı́cios de Revisão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 233
4 Determinantes 239
4.1 Definições . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 239
Exercı́cio 4.1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 249
4.2 Inversa de uma matriz usando a matriz adjunta . . . . . . . . . . 251
Exercı́cio 4.2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 255
4.3 Regra de Cramer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 257
Exercı́cio 4.3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 259
4.4 Equações determinantais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 260
4.4.1 Equação determinantal da recta . . . . . . . . . . . . . . 260
4.4.2 Equação determinantal da parábola . . . . . . . . . . . . 263
Exercı́cio 4.4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 265
Exercı́cios de Revisão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 267
Soluções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 269
Índice . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 291
Capı́tulo 0
Revisões de Álgebra
1
2 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
Nota:
a
A expressão = c é válida se, e somente se, a expressão
b
inversa a = b.c for verdadeira. Por exemplo, consideremos a
fracção em que b é zero. Esta expressão não pode ser igual a
nenhum número c porque a expressão inversa, 5 = 0.c, não é
0
válida qualquer que seja o número c. Também a expressão
0
está mal definida porque a expressão inversa, 0 = 0.c, é válida
qualquer que seja o número c. Daqui concluı́mos que a divisão
por zero é uma operação que não tem sentido.
Números
Reais
Números Números
Irracionais Racionais
Números
Números
Fraccionários
Inteiros
Não-Inteiros
Números
Números
Zero Inteiros
Naturais
Negativos
1 1 1
= 0, 25 = 0, 333... = 0, 142857142857...
4 3 7
√
2 = 1, 4142135623... π = 3, 1415926535...
B3 B2 B1 O A1 A2 A3
-3 -2 -1 0 1 2 3
reais podem ser representados por um ponto na recta real e a cada ponto da
recta está associado um e apenas um número real. É por esta razão que fre-
quentemente utilizamos a palavra ponto quando nos referimos a um número.
I - Propriedade Comutativa
Para quaisquer dois números reais a e b, temos:
n.casa
(a + b) + c = a + (b + c) e (a · b) · c = a · (b · c)
que representa n vezes
casa!
Por exemplo,
(4+(-2))+3 = 4+((-2)+3) e (4 · 3) · 2 = 4 · (3 · 2)
2+3 = 4+1 12 · 2 = 4·6
5 = 5 24 = 24
Destas duas propriedades podemos concluir que na soma e na multi- I. Para cada uma das
alı́neas indique as pro-
plicação de dois números reais a ordem da operação não tem influência no
priedades utilizadas:
resultado final, podendo-se, portanto, eliminar os parêntesis nestes casos.
a) 4 + 3.5 = 4 + 5.3
III - Propriedade Distributiva da Multiplicação em relação à Adição
b) 1 + (5 + 4) = (5 + 4) + 1
Para quaisquer três números reais a, b e c, temos:
c) 2.x + 2.x = (2 + 2).x
Por exemplo,
4 · (3 + 1) = 4·3+4·1
4·4 = 12+4
16 = 16
a · (b + c + d) = a · b + a · c + a · d
tributiva
Elementos neutros
d) comutativa e dis-
c) distributiva Para todo número real a, temos:
b) comutativa
a+0=a e a·1=a
a) comutativa
Soluções de I: Isto é, qualquer número real adicionado de zero ou multiplicado por um não
altera o seu valor. Por esta razão, o zero e o um são denominados de elemento
neutro da adição e elemento neutro da multiplicação, respectivamente.
Elemento oposto
a + (−a) = 0
Para todo o número real a, não nulo, existe também um número, denominado
inverso ou recı́proco de a e que é representado por a−1 , tal que,
a · a−1 = 1
a
= a · b−1 , b 6= 0
b
1
= b−1 , b 6= 0
b
Exercı́cios 0.1
5) 6m + 3m = 9m 6) −2x.(−3) = −6x
0.2 Fracções
! Importante! Na secção anterior, vimos que
Importante:
a
−1 1 = a.b−1 (b 6= 0)
b = b
b
Multiplicação de fracções
a c a.c
· =
b d b.d
Exemplos
2 7 14 x 7 7x
· = e · =
3 3 9 2 5 10
Divisão de fracções
a c a d a.d
÷ = × =
b d b c b.c
a.c a
= (c 6= 0)
b.c b
Este princı́pio pode ser utilizado para reduzir uma fracção à sua forma mais
simples, isto é, retirando do numerador e do denominador todos os factores
comuns.
10 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
21
f)
10 Exemplos
e) −2
6
d) 70 6 2 · 5· 6 7 5 5
5 = = =
5 84 6 2 · 2 · 3· 6 7 2·3 6
c)
2
6
b)
1
35 28 6 2 · 2· 6 7 2
a) = =
12 42 6 2 · 3· 6 7 3
Soluções de II:
Relembremos o processo de factorização de um número:
III. Factorize os números Neste momento o leitor pode estar a perguntar-se como é que sabe se o
seguintes: número que pretende factorizar é divisı́vel por 2, por 3, por 5 ou por um outro
número primo qualquer. É claro que poderia responder a esta pergunta se
a) 270 tivesse uma calculadora. No entanto, nem sempre temos uma calculadora à
b) 11760 mão e outras vezes não a podemos utilizar (como é o caso das avaliações es-
c) 23625 critas da disciplina a que este livro dá apoio.) Pode ainda acontecer que o
d) 2240 número que pretendemos factorizar tenha mais dı́gitos que o maior permitido
e) 2016 na calculadora. Por estas razões, vamos apresentar no quadro seguinte alguns
critérios de divisibilidade, pelo menos para os primeiros números primos.
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 11
Critérios de Divisibilidade
Divisı́veis por 2 Este é o caso mais simples, basta que o número seja par!
o resultado é um múltiplo de 3, ou seja, é divisı́vel por 3. Com efeito, IV. Verifique para ca-
podemos confirmar que 246322191 = 82107397 × 3 da um dos números se-
guintes se são divisı́veis
Divisı́veis por 5 Todo o múltiplo de 5 termina com um de dois dı́gitos: ou o por 3 ou por 7:
0 ou o 5.
a) 4788700371
Divisı́veis por 7 Para este primo vamos apresentar dois critérios, um para b) 8324965649
números mais pequenos, outro para números maiores: c) 6578100051
• Retiramos ao número o último dı́gito e subtraı́mos à parte que sobra o d) 22433356420
dobro do dı́gito que retirámos. Se o resultado for divisı́vel por 7, então
o número inicial também o é. Por exemplo, 315 é divisı́vel por 7 porque,
retirando o último dı́gito sobra 31. Subtraindo ao 31 duas vezes o cinco,
31 − 2 × 5 = 21, o resultado é um múltiplo de 7!
• Se o número for muito grande, procedemos da seguinte maneira: partindo
da direita para a esquerda, separamos o número em grupos de três dı́gitos.
Depois, começando com o primeiro da direita vamos somando e subtraindo
alternadamente com os restantes. Se o resultado final for divisı́vel por 7,
então o número inicial também o é. Por exemplo, o número 123471023473
é divisı́vel por 7. Com efeito, dividindo-o em grupos de três dı́gitos temos,
123,471,023,473. Fazendo a operação indicada,obtemos:
79 − 2 × 8 = 79 − 16 = 63
a b a±b
± = (c 6= 0)
c c c
e) 2.2.2.2.2.3.3.7
Exemplos
d) 2.2.2.2.2.2.5.7
c) 3.3.3.5.5.5.7 3 6 9 3 8 5
+ = e − =−
b) 2.2.2.2.3.5.7.7 5 5 5 4 4 4
a) 2.3..3.3.5
15, 30, 45, 60, 75, 90, 105, 120, 135, 150, 165, 180, 195, . . .
Soluções de IV:
18, 36, 54, 72, 90, 108, 126, 144, 162, 180, 198, . . .
Exemplo
VI. Calcule:
3 5
+ =? 2 4
70 84 a)
15
+
10
3 1
b) +
Como os denominadores são diferentes, temos que determinar o m.m.c(70, 84). 75 2
2 5
Temos que 70 = 2.5.7 e 84 = 2.2.3.7, de onde concluı́mos, c) −
7 6
3 2
d) −
m.m.c(70, 84) = 2.2.3.5.7 = 420 16 5
3 5 3.6 5.5 18 25 43 b) 2
+ = + = + =
70 84 70.6 84.5 420 420 420 a)
3
(6) (5) 7
Soluções de V:
Exercı́cios 0.2
A. Calcule:
2 3 (−7) 15 12 15
1) × 2) × 3) ×
5 4 4 14 25 16
4 7 3 9 3 9
4) ÷ 5) ÷ 6) ÷
7 4 (−8) 16 5 15
µ ¶
2 (−3) 5 2 5 6 (−5)
7) × × 8) × ÷ 9) ÷ 2 × 32
3 5 (−7) 7 4 14 16
µ ¶ µ ¶
5 25 2 15 5 x y 48
10) ÷ × 11) ÷ ÷3 12) × ×
81 9 3 21 7 12 3 z
B. Calcule:
4 1 18 11 12 2
1) − 2) − 3) −
5 5 35 35 25 25
17 10 23 4 3 7 15
4) + 5) + 6) + −
21 21 108 108 5 5 5
µ ¶
10 5 2 5 3 15 7
7) − 8) + 9) −
3 21 7 4 5 16 6
1 2 5 5 8 1 1
10) 5 + 11) + − 12) − +
10 3 6 9 11 4 2
1 1 1 3 4 7 5 5 5
13) + × 14) × − × 15) −
2 3 6 7 5 3 4 22 33
14 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
0.3 Expoentes
Definição:
am · an = am+n
VII. Calcule:
Se m e n forem negativos, é necessário que a 6= 0 para que a expressão tenha
sentido.
a) 32 · 33 · 34
Observe ainda que esta propriedade resulta directamente da definição,
b) 8−5 · 85
c) 73 · 7−2
am · an = a
| · a{z. . . a} · |a · a{z. . . a} = |a · a{z. . . a} = a
m+n
m n m+n
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 15
Exemplos
43 · 42 = 45
x4 · x−6 · x2 = x0 = 1 (se x 6= 0)
1 1
2−4 = =
24 16
10850 = 1
2a Propriedade
am
= am−n , com a 6= 0
an
Nota:
am 1
n
= am · n = am · a−n = am−n .
a a
Exemplos
a) 57 ÷ 52
b) 7−2 ÷ 7−5 3a Propriedade
c) 114 ÷ 117
Na potência de outra potência, mantém-se a base e multiplicam-se os ex-
poentes.
n
(am ) = am·n
IX. Simplifique:
Nota:
¡ ¢−1
a) 43 ÷ 47
¡ ¢2
b) 27 · 2−5 Observe que esta propriedade também está relacionada com a
¡ 6 ¢2 ¡ 2 ¢−6
c) 5 · 5 definição de potência. Com efeito,
n
z }| {
n
(am ) = a m
· am
. . . am
= am + m + · · · + m = am·n .
| {z }
n
Exemplos
¡ ¢−2
33 · 32 = 33 · 3−4 = 33−4 = 3−1
¡ 4 ¢4 ¡ −3 ¢−3
c) 7 x ÷ x = x16 ÷ x9 = x16−9 = x7
b) 1
4a Propriedade
a) 39
Soluções de VII:
A potência de um produto é igual ao produto das potências.
m
X. Escreva numa forma (a · b) = am · bm
equivalente:
Exemplos
a) (2 · 7)4
¡ ¢−2
b) x · y 2
¡ ¢−2
¡
c) x−3 · y
¢2 33 · 32 = 33 · 3−4 = 33−4 = 3−1
¡ 4 ¢4 ¡ −3 ¢−3
x ÷ x = x16 ÷ x9 = x16−9 = x7
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 17
Nota:
c) 11−3
1. Observe que esta propriedade também deriva da definição de b) 73
potência. Com efeito,
a) 55
m
(a · b) = ab
| · ab
{z. . . ab} . Soluções de VIII:
m
m m m
(a · b) =a
| · a{z. . . a} · |b · b{z. . . }b = a · b c) 1
m m
b) 2−3
2. Os parêntesis são muito importantes. Observe a diferença: a) 410
¡ ¢2
23 · 5 = 26 · 52 = 64 · 25 = 1600 Soluções de IX:
e
23 · 52 = 8 · 25 = 200.
c) x−6 · y 2
b) x−2 · y −4
5a Propriedade
a) 24 · 74
A potência do quociente é igual ao quociente das potências.
Soluções de X:
³ a ´m am
= , b 6= 0
b bm
µ ¶ µ ¶2
2·x 4 3
a) ·
3 2·x
Esta propriedade é equivalente à quarta propriedade, se tivermos em µ 2 ¶ −5
2
conta que: b) · (2 · 3)2
3
µ ¶2
³ a ´m ¡ ¢m ¡ ¢m am 5 7
= a · b−1 = am · b−1 = am · b−m = m . c) · −1
7 5
b b
Exemplos
µ ¶3
x4 x12
= 3
3 3
µ ¶5
2 25 25 ÷ 24 2
÷ 24 = 5 ÷ 24 = 5
= 5
3 3 3 3
18 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
Exercı́cios 0.3
1) 23 · 24 2) y · y 7 3) 310
7 · 73 −1
5) (5y) 52 y 6) 5 · 5−1
4)
7 µ ¶−1 ¡ ¢2
2 9) 3x2
7) x · x2 · x3 8)
32 ¡ 2 ¢3
h¡ ¢ i−2
3 x
10) a2 ¡ ¢2 12)
11) 32 x4
¡ ¢−3 7 2
13) x2
¡ ¢−3
7 ·x 14) x−4 (−3x)
c) 15)
53 µ 3 ¶ µ ¶ −3x2
x y 4 6 ¡ −1 2 ¢2
2a b
b) 2−8 · 37 16) ÷ ÷ ¡ ¢3 ¡ ¢2
4 x y3 17) 3 18) 2 · 2x2 · 3y 3
a)
9 (a3 b)
4x2
Soluções de XI:
1
Portanto, se igualarmos b = a n e substituirmos na expressão anterior, obte-
mos bn = a, ou seja,
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 19
1
se b = a n , então necessariamente bn = a.
Exemplos
1
27 3 = 3, pois 27 = 33
1
b = a n se bn = a, com a ≥ 0 se n for par
Exemplos
1
16 2 = 4 porque 42 = 16
1
64 6 = 2 porque 26 = 64
1
3
(−27) 3 = −3 porque (−3) = −27
1
7
(−1) 7 = −1 porque (−1) = −1
1
(−1) 4 Não existe
Observe que no último exemplo não existe porque n é par (n = 4) e a base
é negativa (a = −1).
20 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
1 √
an = n
a
√
O sı́mbolo denomina-se radical, o n de ı́ndice e o a de radicando.
Nota:
Assim, temos:
√
16 = 4 porque 42 = 16
√6
64 = 2 porque 26 = 64
√
3 3
−27 = −3 porque (−3) = −27
XII. Simplifique:
√7 7
1 −1 = −1 porque (−1) = −1
a) 32 5
√ √
b) 81 −1 Não existe
√3
c) −64
√4
Nota:
d) −16
m
Estamos em condição de definir a n .
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 21
Definição
Soluções de XII:
m m 1 √ m
Se a n existir, então a n = (am ) n = n am . Assim, sempre que a n existir,
temos duas maneiras de o representar na forma de raiz: ! Importante!
Esta igualdade só é vá-
√ √
√ m lida quando n a existir.
( n a) = n am
³ ´2 3
2 1 a) 4 2
125 3 = 125 3 = 52 = 25 5
³ 1 ´−1 b) (−9) 2
1 1
49− 2 = 49 2 = 7−1 = c) 32 5
4
7 5
2
h i
1 2 d) (−25) 2
2
(−27) 3 = (−27) 3 = (−3) = 9
5
h i
1 5
5
(−8) 3 = (−8) 3 = (−2) = −32
XIV. Simplifique:
5 1
(−16) não existe porque (−16) não existe!
4 4
3
a) 2 2 · 22
Com esta definição, verifica-se que as leis dos expoentes permanecem válidas. ³ 1´2
b) 5− 3
5
Resumo:
1. am · an = am+n am
2. = am−n
an
n
3. (am ) = am·n m
4. (a · b) = am · bm
³ a ´m am
5. = m
b b
22 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
Exemplos
d) Não existe.
1 1 4+1 5
c) 16 32 · 3 2 = 32+ 2 = 3 2 = 32
b) −243 52 3 10−3 7
3 = 52− 5 = 5 5 = 55
a) 8 5 5
³ 3 ´ 32 3 2 6
22 = 22·3 = 26 = 2
Soluções de XIII:
2 2 2
(x · y) 5 = x 5 · y 5
µ ¶ 14 1
5 54
= 1
3 34
Nota:
2 c)
√6
b) 3− 15
2 Observe que, pelas leis dos expoentes, temos:
a) 2 2
7
³ 1
´ 41 1 1 1
Soluções de XIV:
23 = 2 3 · 4 = 2 12 .
ou seja, quando temos uma raiz (“sozinha”) dentro de outra raiz, man-
temos o radicando e multiplicamos os ı́ndices.
Atenção:
Isto só é válido quando aparece unicamente uma raiz dentro de outra
raiz. Por exemplo,
q
4 √
3
√ √
12
√
8
2 + 3 6= 2+ 3 !
Exercı́cios 0.4
A. Calcule:
√ √
3
√
4
1) 25 2) −8 3) 81
√ √ ¡√ ¢3
4) 36 5) −25 6) 9
2 3 √
7) 8− 3 8) (−100) 2 9) 26
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 23
B. Simplifique:
1 2 √ √ ³ ´4
1) 3 3 · 3 3 2) 5· 35 3)
1
78
2 3 √
4) (−5) 5 · 5 5 5) 2 3 −8 r r
2 3 3
p √ √ √ 6) 7
·
7)
3
4· 52 2 3 2
8) √6 p√
8 3
9) −64
√ √ √ √
3
√ √ √ √ √
1) 7= 3+ 4 2) 35 = 3 5 · 3 7 8= 2+ 2
3)
p ¡√ ¢3 √ √ √ √
4) (−3)3 = −3 5) 22 = −2 6) 9 + 16 = 9+ 16
p√ p√ √ √ √ √
3
7) 16 = 2 8) 2= 52 9) 4 · 4 = 4 × 4
√ √ √ √
3
√
10) 9 + 9 = 9 × 9 11) a3 = a 12) a2 = a
Adição e Subtracção
Dizemos que dois termos são semelhantes quando as suas partes literais são
iguais. Por exemplo, os termos xy e yx são semelhantes porque xy = yx, pela
Termos semelhantes.
propriedade comutativa da multiplicação (relembrar que xy significa “x vezes
y”). De um modo geral, dois termos semelhantes diferem quanto muito nos seus
coeficientes (parte numérica).
• Se adicionarmos duas maçãs a seis maçãs, ficamos com oito maçãs. Pode-
mos representar esta afirmação da seguinte maneira:
Exemplos
3a − 5a = (3 − 5)a = −2a
4T R − 3T R = (4 − 3)T R = 1T R = T R
Resolução:
Resolução:
O sinal negativo antes
dos parêntesis altera
o sinal de todos os
4xy − 3x2 + y 2 + 1 − (−2xy + 7x2 − 2y 2 + 8) =
termos dentro dos
= 4xy − 3x2 + y 2 + 1 + 2xy − 7x2 + 2y 2 − 8
parêntesis (propriedade
= 4xy + 2xy − 3x2 − 7x2 + y 2 + 2y 2 + 1 − 8 distributiva!).
2 2
= (4 + 2)xy + (−3 − 7)x + (1 + 2)y − 7
= 6xy − 10x2 + 3y 2 − 7 ♣
26 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
Multiplicação de Expressões
(a + b) · (c + d) = (a + b) · c + (a + b) · d
= a·c+b·c+a·d+b·d
Exemplo 0.3
a.d
a.c Propriedade distributiva
da multiplicação.
(a + b) · (c + d) = ac + ad + bc + bd
b.c
b.d
No entanto, é preciso ter mais atenção com os sinais, pois é mais fácil
enganarmo-nos.
Exemplo 8x3
−4x5
(a + b)2 = a2 + 2ab + b2
Exemplo 0.4
Resolução:
(x + 3)2 = x2 + 2 · x · 3 + 32 = x2 + 6x + 9 ♣
28 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
Nota:(Muito importante)
(2 + 3)2 = 52 6= 22 + 32 = 4 + 9 = 13
d) 16r 2 − 49s2
5
c) 24 − 13c − 2c2 z}|{
b) 5a3 − 17a2 + 31a − 10 2
z}|{
a) 6x2 + 5x − 4
}
{{
Soluções de XVII:
2
|{z}
3
(a − b) · (a − b) = a · a − a · b − b · a + b · b
(a − b)2 = a2 − 2ab + b2
Exemplo 0.5
Resolução:
Nota:
(a + b) · (a − b) = a · a − a · b + b · a − b · b
(a + b) · (a − b) = a2 − b2
30 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
Exemplo 0.6
Resolução
(x − 4) · (x + 4) = x2 − 42 = x2 − 16 ♣
a) (2x − 3)(2x + 3)
Observe que é indiferente a ordem das expressões, pois a multiplicação
b) (s − 8)(s − 8)
é comutativa, isto é,
c) (r + 5)(5 + r)
d) (−2x + 3y)(−2x − 3y) (x + 4) · (x − 4) = (x − 4) · (x + 4)
No entanto, é preciso ter atenção para saber qual é o termo que está a
somar e a subtrair o outro. No exemplo,
(−4 + x) · (4 + x)
(−4 + x) · (4 + x) = x2 − 16
Divisão de Expressões
a+b a b
= +
c c c
3x3 + 4x2 − 8x
= 3x2 + 4x − 8
x
Não podemos esquecer que ao fazer esta divisão está implı́cito que x 6= 0,
caso contrário a fracção não teria sentido.
Exemplo 0.7
Exemplo 0.8
Resolução:
XX. Divida o polinómio
a4 − 3a2 + 4a − 2 por: x3 - 3x2 + 2x + 1 x - 1
- x3 + x2 x2 - 2x
a) a − 3
0 - 2x2 + 2x
b) a − 1
+ 2x2 - 2x
c) a2 + 2a − 1
0 + 0 + 1
x3
1. = x2
x
2. Multiplicar x2 pelos dois termos do divisor. O resultado é: x3 − x2 .
a)
3
+ xy 2 − 5y + 8
6. Subtraindo este resultado ao dividendo, obtemos um resto nulo. Isto sig-
nifica que acaba aqui o processo de divisão. ♣
x2 y 3
Soluções de XIX:
Exemplo 0.9
Resolução:
2x3 + 0x2 + x + 5 x2 + 3x + 1
3 2
- 2x - 6x - 2x 2x - 6
0 - 6x2 - x + 5
+ 6x2 + 18x + 6
0 + 17x + 11
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 33
dividendo resto
= quociente +
divisor divisor
ou ainda,
a2 + 2a − 1
−14a + 4
c) a2 − 2a + 6 +
b) a3 + a2 − 2a + 2
a−3
dividendo = quociente × divisor + resto 64
a) a3 + 3a2 + 6a + 22 +
Soluções de XX:
x3 − 3x2 + 2x + 1
= x2 − 2x
x−1
ou
x3 − 3x2 + 2x + 1 = (x2 − 2x).(x − 1)
2x3 + x + 5 17x + 11
= 2x − 6 + 2
x2 + 3x + 1 x + 3x + 1
ou
2x3 + x + 5 = (2x − 6).(x2 + 3x + 1) + 17x + 11
34 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
Exercı́cios 0.5
13) (ab + 2)2 − 4ab + a2 b 14) (a+b+c)2 +2a2 −b2 −2c2 +6abc
0.6.1 Factores
Um produto é o resultado da multiplicação de dois ou mais números ou
expressões. Por exemplo, se c = a · b, então dizemos que c é o produto de a por
b.
Definição:
Exemplos
6 = 3.2
12 = 2.6 ou 12 = 3.4
Exemplo 0.10
Resolução:
Exemplo 0.11
Resolução:
6x3 y = 2. 3 . x . x .x. y
12x2 y 2 = 2.2. 3 . x . x . y .y
onde,
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 37
√
−b − b2 − 4ac
x1 =
2a
e √
−b + b2 − 4ac Fórmula resolvente.
x2 = .
2a
Estas duas fórmulas em conjunto denominam-se Fórmula Resolvente.
Exemplo 0.12
Factorize x2 + 4x − 5.
Resolução:
e,
p √
−4 + 42 − 4.1.(−5) −4 + 16 + 20
x2 = =
√ 2.1 2
−4 + 36 −4 + 6 2
= = = =1
2 2 2
Nota:
a) x2 + 4x + 3
b) 4x2 − 16x + 16
Observe que, se o radicando na fórmula resolvente for negativo, isto c) x2 − 25
2
é, se b − 4ac < 0, então não podemos determinar a raiz quadrada e, d) 3x2 − 2x + 5
consequentemente, não existirá factorização.
38 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
Exemplo 0.13
2x2 y + 8x4 y 2
Simplifique .
2xy
Resolução:
Nota:
2x2 y + 8x4 y 2
= x(1 + 4x2 y)
2xy
XXIV. Simplifique:
Para adicionar, subtrair, multiplicar ou dividir fracções algébricas recor-
remos às propriedades das fracções (secção 0.2) e simplificamos sempre que
x2 − 3x
a)
possı́vel. 21 − 7x
a2 − 9
Os exemplos seguintes ilustram estas operações. b)
7a + 21
9 − 3b
c) 2
b − 5b + 6
Exemplo 0.15
2x + 3 x − 1
Simplifique + .
x+1 x+1
Resolução:
2x + 3 x − 1 (2x + 3) + (x − 1)
+ =
x+1 x+1 x+1
2x + 3 + x − 1
=
x+1
3x + 2
= ♣
x+1
40 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
Exemplo 0.16
3x + 3 x − 1
Simplifique − .
x+2 x+2
b−2
c) −
3
7 Resolução:
a−3
b)
7
a) −
x
Novamente os denominadores são iguais; subtraı́mos os numeradores e man-
Soluções de XXIV: temos o denominador,
3x + 3 x − 1 (3x + 3) − (x − 1)
− =
x+2 x+2 x+2
3x + 3 − x + 1
=
x+2
2x + 4
=
x+2
2(x + 2)
=
x+2
= 2
Exemplo 0.17
2x x2 − 2x + 5
Simplifique − .
x−1 x2 − 1
Resolução:
XXV. Simplifique:
Temos agora um caso em que os denominadores não são iguais. Para efectuar
7 d2 esta operação temos de transformar estas fracções de modo a terem o mesmo
a) 2 + 2
d +7 d +7 denominador. O primeiro denominador já está factorizado; o segundo pode ser
7a2 − 2a + 1 a−2
b) − factorizado. Com efeito,
a(b + c) b+c
x2 − 36
c)
x+1
÷ (x − 6) x2 − 1 = (x + 1)(x − 1),
x2 + 4x − 5 (x + 5)(x − 1)
=
(x + 1)(x − 1) (x + 1)(x − 1)
x+5
= ♣
x+1
x+1
c)
x+6
Exemplo 0.18
a(b + c)
b)
6a2 + 1
(x + 6)(x − 9) x − 1 a) 1
Simplifique ÷ .
x+1 x+1
Resolução: Soluções de XXV:
(x + 6)(x − 9) x − 1 (x + 6)(x − 9) x + 1
÷ = .
x+1 x+1 x+1 x−1
(x + 6)(x − 9)(x + 1)
=
(x + 1)(x − 1)
(x + 6)(x − 9)
= ♣
x−1
Exercı́cios 0.6
1) x2 + 7x + 10 2) y 2 − 12y + 27 3) a2 − 14a + 33
4) 2x2 − 4x + 2 5) x2 + 2x − 8 6) 3x2 − 3x − 6
7) 48 − 14x + x2 8) y 2 + 7y − 18 9) 4x2 − 3x
C. Simplifique:
5x x − 4 x + 5 1 − x 7x + 4
1) − 2) − −
8 8 3x 3x 3x
10x 9x + 3 2b 2a
3) − 4) −
2x − 6 2x − 6 a−b a−b
3x 5x 3 5
5) + 6) −
x−2 x+2 2y + 4 3y + 6
2a − 3 7 c2 + 5c
7) 2
− 8)
a − 25 5a − 25 c2 + 12c + 35
b2 + 6b − 7 2x2 − 2
9) 10)
b2 − 49 x2 − 4x − 5
y 2 + 8y + 12 a+b 15
11) 12) ·
y 2 − 3y − 10 5 11a + 11b
5ax + 10a 200 − 2a2 3x 5x
13) · 14) ÷
ab − 10b ax + 2a x+2 x+2
2(y + 3) 8(3 + y) x2 − 1 x2 y − y
15) ÷ 16) ÷
7 63 3x + 9 xy + 3y
Capı́tulo 1
Equações
Definição:
Uma equação é uma igualdade entre duas expressões algébricas.
2x + 4 = 1−x
r+3 = −5 + 11r2
y = x2 + x − 2
primeiro membro
Definição:
A solução de uma equação é o conjunto de valores ou números que, quando
substituı́dos pelas incógnitas, transforma a equação numa identidade.
2.(−1) + 4 = 1 − (−1)
−2 + 4 = 1+1
2 = 2
vai depender da equação que estamos a resolver que, no nosso estudo, será do
1o ou 2o grau. A verificação será semelhante para todas as equações.
Para encontrar as soluções de uma equação, manipulamo-la conforme a
equação que temos em mãos. No entanto, as operações possı́veis são essencial-
mente as mesmas para todas as equações. As operações que podemos efectuar
são as seguintes:
2x + 4 = 0
2x + 4 − 4 = 0−4
2x = −4
∗
plicar a equação por dois, obtendo
x
2. = 2.(−4)
2
x = 2.(−4)
x = −8
! Importante! Comparando a equação inicial com a final, concluı́mos que podemos passar
Não podemos “passar”
um número que esteja a dividir num membro, para o outro membro a
um factor de um termo
que não esteja “sozinho”
multiplicar.
num membro. Por e-
xemplo, não podemos Uma classe importante de equações é a das chamadas equações polinomiais.
fazer a seguinte opera- Numa equação polinomial, aparece em cada membro uma expressão polino-
ção:
mial (ver secção 0.5). O grau da equação polinomial é determinado pela maior
2x + 4 = 0 potência da variável do polinómio. Por exemplo, a equação
0
x+4 6=
2
2x2 + 8x = 11
O 2 não pode “passar”
porque o primeiro mem-
é uma equação do 2o grau porque o maior expoente da variável x que aparece
bro tem o termo 4 para
na equação é o 2. A equação
além do termo 2x!
3x + 9x2 = 1 + 10x4
2x − 5 = 0
Equações do 1o grau
Exemplo 1.1
I. Determine a solução
Resolução: das seguintes equações
lineares:
4 x = 36
36
x =
4
x = 9.
4.(9) − 16 = 20
36 − 16 = 20
20 = 20.
Como obtivemos uma relação verdadeira (ou identidade, como quiserem dizer),
48 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
Equações do 2o grau
e) x = 1
5
d) x =
9
9 Na análise para resolver uma equação do 2o grau, não podemos proceder da
c) x =
19
mesma maneira que fizemos para as equações do 1o grau. Agora o procedimento
4
b) x =
19 será “passar” todos os termos para um dos membros (geralmente o primeiro),
a) x = −
2 deixando o outro com o número zero.
1
Ao proceder desta maneira chegaremos, de um modo geral, à equação:
Soluções de I:
ax2 + bx + c = 0 (1.1)
Neste caso não temos outra solução senão a de aplicar a fórmula resol-
vente. Recordemos a fórmula resolvente a aplicar à equação ax2 + bx + c =
0:
√
Fórmula Resolvente −b ± b2 − 4ac
x =
2a
Vejamos um exemplo.
Exemplo 1.2
Resolução:
resolvente, obtemos:
p
−(−4) ± (−4)2 − 4.1.4
x =
√ 2.1
4 ± 16 − 16
x =
√2
4± 0
x =
2
4±0
x =
2
4
x = =2
2
(2)2 − 4.(2) + 4 = 0
4−8+4 = 0
8−8 = 0
0 = 0
a.b = 0
2
Determine a solução da equação x − 8x = 0. se e só se
a=0 ou b=0
Resolução:
x(x − 8) = 0
x=0 ou x−8=0
x=0 e x=8
Observe que, se c = 0,
então uma das soluções é Se tivéssemos aplicado a fórmula resolvente, obterı́amos os mesmos va-
sempre x = 0. lores. Com efeito, neste exemplo temos a = 1, b = −8 e c = 0. Aplicando
estes valores na fórmula resolvente, vem:
p
−(−8) ± (−8)2 − 4.1.0
x =
√ 2.1
8 ± 64 − 0
x =
2
8±8
x =
2
ou seja,
8−8 8+8
x= e x=
2 2
0 16
x= e x=
2 2
x=0 e x = 8.
x2 = constante. (1.2)
Exemplo 1.4
Resolução:
x2 + 1 = 0
x2 = −1.
A soma do triplo de z e 9 é 3z + 9;
O quadrado de um número x é x2 ;
Soluções de II:
Exemplo 1.5
Resolução:
x
A metade de x é ;
2
x
A terça parte de x é ;
3
x x
– A soma da metade de x com a sua terça parte é então + ;
2 3
x+4
A semi-soma de 4 com x é ;
2
3x
Três quintos de x é ;
5
x+4
– A soma da semi-soma de 4 e x com três quintos de x é igual a +
2
3x
;
5
54 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
x x x + 4 3x
+ = + (1.3)
2 3 2 5
(1.4)
15
Portanto, o número pretendido é x = − . Podemos verificar que o re-
2
sultado está correcto substituindo-o na equação (1.3). No entanto, note que,
se a equação (1.3) que “construı́mos” estiver “errada”, então, mesmo que a
verificação esteja correcta, a solução encontrada não estará correcta! ♣
Exercı́cios 1.1
2x 1 2
a) 2x − 4 = −18 b) − 3(x + ) =
15 25 9
x 2 2 − 3(x + 5) 1 + x 2
c) −5= d) + = 5(x + 1) −
3 3 2 3 3
e) 3x − 6 = 7x + 11 f) 3x + 1 = 2 − (x − 4) + 3x
i) −5x + 2 = 16 − 3x t−3 4 − 3t
j) =
2 4
2(x − 1) 1
k) = 3(x + 2) − x−4 9
3 18 l) 5x − =2+
2 2
a) x2 − x − 1 = 0 b) z 2 + 10 = z
c) x2 = −4x − 1 d) 2x2 + 2x − 13 = 2x − 3 + x2
e) x2 + 6x = −10x2 − 6x − 1 f) (x − 3)(x + 7) = 0
g) x2 − 25 = 0 h) y 2 − 2y = 5
i) t2 − 2t = 8 j) 4t2 = 1 − 3t
k) 5y 2 − 11y + 3 = 3 l) x(x − 2) = 3
7. A soma de três números inteiros consecutivos é igual a 36. Quais são estes
números?
Ao longo destas notas, o modelo visual será utilizado sempre que possı́vel.
O modelo visual utilizado será essencialmente a representação gráfica. Para
preparar a representação gráfica é que introduzimos o Plano Cartesiano.
Comecemos com duas rectas no mesmo plano: uma horizontal e outra vertical
(conforme a figura abaixo). A recta horizontal chamamos eixo dos x’s ou eixo
das abcissas e a recta vertical chamamos eixo dos y’s ou eixo das ordenadas.
Aos dois eixos em conjunto chamamos eixos coordenados.
y
3
Origem 2
x
−3 −2 −1 1 2 3
−1
f ) F (1, −3)
−2 2
e) E(0, −
3
−3 d) D(− , )
4 2
5 5
2
c) C( , 0)
5
b) B(−2, 1)
Ao plano contendo os eixos coordenados chamamos Plano Coordenado ou a) A(0, 0)
Plano Cartesiano.
Soluções de III:
O plano cartesiano pode ser visto como um conjunto infinito de pontos. Cada
ponto é especificado por um par ordenado de valores (x, y) e, se necessário,
também por uma letra, por exemplo P(x, y). É como se fosse o seu “nome” e
“endereço” no plano cartesiano. Ao primeiro valor chamamos abcissa do ponto
e ao segundo chamamos ordenada. A abcissa é a “distância”† a que o ponto se
encontra do eixo vertical. A ordenada é a “distância”‡ a que o ponto se encontra
Os pontos são repre-
do eixo horizontal.
sentados por letras mai-
Reciprocamente, a cada par ordenado de valores corresponde um, e só um, úsculas!
ponto no plano cartesiano. Para o localizar vamos apresentar duas maneiras
diferentes de o fazer:
Traçamos duas rectas: uma vertical a passar pelo eixo das abcissas no
valor correspondente à abcissa do ponto e outra horizontal a passar pelo
eixo das ordenadas no valor correspondente à ordenada do ponto. O ponto
pretendido localiza-se no ponto de intersecção destas duas rectas.
† Tendo em conta que será negativa à esquerda do eixo vertical e positiva à direita.
‡ Tendo em conta que será negativa abaixo do eixo horizontal e positiva acima.
58 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
Exemplo 1.6
Resolução:
x
−4 −3 −2 −1 1 2 3 4
−1
−2
−3 bP
−4 ♣
§ Embora seja mais usual indicarmos primeiro a letra e depois o número, por exemplo A2, a
verdade é que ela não é muito importante. Assim, se disséssemos 2A não haveria ambiguidade
em relação ao quadrado a que nos terı́amos a referir.
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 59
Exemplo 1.7
Resolução:
−3
Para localizar o ponto Q vamos partir da origem e deslocamo-nos para
−2
a esquerda 2, 5 unidades (para a esquerda porque a abcissa é negativa). bF
−1
A partir desta nova posição, deslocamo-nos para cima (ordenada é posi- 2 −3 −2 −1 bB 1
x
tiva!) uma unidade. Depois destes dois passos encontramo-nos no ponto
pretendido Q.¶ b C 1
y 2 bE
3 D
b
3
bA
2 y
Q 4
b 1 5
x Soluções de IV:
−3 −2 −1 1 2 3
−1
−2
−3
♣
¶ A ordem dos passos não altera o resultado final. “Andar” primeiro na horizontal e depois
Ponto Médio
(x2 , y2 )
y2 b
(x, y)
b
(x1 , y1 )
y1 b
x1 x2 x
Exemplo 1.8
a) A(2, 5) e B(4, 7)
Aplicando a fórmula (1.5), temos:
b) P(0, −4) e Q(3, −8)
µ ¶ µ ¶
c) R(−1, 1) e S(4, 6) 3 + 3 (−7) + (−2) 9
, = 3, −
2 2 2
♣
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 61
µ¶
2 2
, c)
3 7
Exercı́cios 1.2
µ ¶
, −6
2
1. Determine as coordenadas dos pontos abaixo representados: b)
3
y a) (3, 6)
5
P
b
B
b 4 Soluções de V:
H
b D
3 b
2
E
b
−5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5x
−1 G
b
−2
A
−3 b
C
b −4
b Q
F b
−5
Até aqui vimos apenas equações com uma incógnita. Vamos agora estudar
equações com duas incógnitas.
Uma equação do 1o grau com duas incógnitas tem a seguinte forma geral
ax + by + c = 0
Perigo! 2x − 3y − 6 = 0
É importante distinguir 2r + 5s = 3
entre a equação do 1o y−1 = 0
grau com uma incógnita, 7x = −13
y−1 = 0 e a equação do 1o
grau com duas incógni-
tas, y − 1 = 0. Aparente-
mente são iguais. É
o contexto que as dis-
Observe que só a primeira equação está escrita na forma geral. No entanto,
tingue. No segundo caso
poderı́amos escrever as outras equações na forma geral, passando todos os ter-
está implı́cito que temos
mos para o primeiro membro. Por inspecção, podemos verificar que as equações
0.x + y − 1 = 0.
anteriores têm os seguintes coeficientes:
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 63
Coeficientes da equação
a b c
2x − 3y − 6 = 0 2 -3 -6
2r + 5s = 3 2 5 -3
y−1 = 0 0 1 -1
13 13
7x = − 7 0
5 5
2x − 3y = 6.
Será que o par ordenado (3, 0) é um par solução desta equação? É fácil verificar
que é. Basta substituir na equação o x por 3 e o y por 0. Assim, temos
2.(3) − 3.(0) = 6
6−0 = 6
6 = 6
2.(6) − 3.(0) = 6
12 − 0 = 6
12 = 6
Para qualquer equação do 1o grau com duas incógnitas, existe uma infinidade
de pares solução. Assim, para determinar um par solução, atribuı́mos um valor
qualquer a uma das incógnitas; substituimos este valor na equação; e resolvemos
a equação daqui resultante na outra incógnita.
Vejamos alguns exemplos.
Exemplo 1.9
a) x = 1.
b) y = −5.
Resolução:
−3y = 10 − 1
−3y = 9
9
y =
−3
y = −3.
equação em x,
x − 3.(−5) = 10
x + 15 = 10
cuja solução é
x = 10 − 15
x = −5.
Exemplo 1.10
Resolução:
Cada vez que o programa A vai para o ar são utilizadas 4 horas e, para o
programa B, 2 horas . Assim, se por semana o programa A for x vezes para
o ar, então teremos 4x horas por semana do programa A. Raciocinando
b) (3, 0) e 4, 1) da mesma maneira, se por semana o programa B for y vezes para o ar,
µ ¶ ¶ µ
4
− ,1 e
3
3, − a)
teremos 2y horas por semana do programa B. Portanto, a equação que
1 10
procuramos é
Soluções de VI:
No total de No total de No total
horas do + horas do = de horas
programa A programa B disponı́veis
ou seja,
4x + 2y = 30.
4.(2) + 2y = 30
8 + 2y = 30
2y = 30 − 8
22
y =
2
y = 11,
4x + 2.(9) = 30
4x + 18 = 30
4x = 30 − 18
12
x =
4
x = 3,
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 67
4.(8) + 2y = 30
32 + 2y = 30
2y = 30 − 32
−2
y =
2
y = −1.
Este resultado não faz sentido. Não podemos dizer que, se o programa A for
oito vezes por semana para o ar, então o programa B terá de ir menos uma vez
por semana para o ar!
Neste exemplo, as incógnitas x e y não poderão ser negativas nem frac-
VII. Relativamente ao
cionárias. As únicas soluções possı́veis são: (0, 15), (1, 13), (2, 11), (3, 9), (4, 7),
segundo exemplo, qual
(5, 5), (6, 3) e (7, 1).(Convença-se que estes pares são mesmo os únicos possı́veis!) será o número de vezes
por semana que o pro-
grama A irá para o ar
Exercı́cios 1.3.1
se o programa B não for
nenhuma vez por sema-
1. Dada a equação 7x + 3y − 11 = 0, determine o par solução quando: na para o ar?
a) x = 0 2 e) x = −1
c) x =
7
b) y = 0 f) y = −2
1
d) y = −
3
3. O Sr. António tem uma dı́vida de 1200 euros. Sabendo que ele tem apenas
notas de vinte e cinquenta euros, queremos saber:
Vimosµ na secção
¶ anterior µ que,¶ para a equação
µ 2x−3y = 6, os pares ordenados
¶
3 9 15
(0, −2), , −1 , (3, 0), , 1 , (6, 2) e , 3 são pares solução e que o par
2 2 2
ordenado (6, 0) não é par solução. Vamos representar no plano cartesiano estes
pontos.
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 69
y
4
µ ¶
15
,3 b
3 2
(6, 2) b
2
µ ¶
9
,1 b
1 2
(6, 0)
(3, 0) b u
−1 µ 1 ¶ 2
3 3 4 5 6 7 8x
, −1 b
−1 2
(0, −2)
−2 b
−3
(2) unimos os pontos por uma linha recta e estendemos em ambos os sentidos
tanto quanto possı́vel e necessário.
70 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
Nota:
Exemplo 1.11
Resolução:
2.(0) − 3y = 12
−3y = 12
12
y = −
3
y = −4 .
Daqui obtemos o ponto (0, −4). Para encontrar o segundo ponto, substituı́-
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 71
2.x − 3.(0) = 12
2x =12
12
x = −
2
x = 6 .
Como já temos dois pontos, podemos traçar a recta. Para isso, basta marcar
VIII. Represente o gráfi-
no plano cartesiano e unı́-los por uma linha recta, estendendo em ambos os
co das equações:
sentidos o necessário.
a) −x + y − 1 = 0
y
2 b) 2x + 2y − 3 = 0
1
b
x
−3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7
−1
−2
−3
−4 b
−5
−6 ♣
Exemplo 1.12
Resolução:
4.(0) + 2y = 30
2y = 30
−2 30
y =
−1 2
2 1 −2 −1 y = 15,
bx
14
t
u
12
t
u
10
t
u
8
t
u
6
t
u
4
t
u
2
t
u
b
x
−2 2 4 6 8 ♣
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 73
Exemplo 1.13
−2.(0) + 5y = 0
5y = 0
0
y =
5
y = 0
ou seja, determinámos o primeiro ponto (0, 0). Observe que para determinar o
segundo ponto não adianta substituir na equação o y por 0 porque obteremos
o mesmo ponto (0, 0) (Convença-se que assim é!). Portanto, para determinar o
segundo ponto teremos que escolher um outro valor para x ou para y. Vamos
escolher por exemplo x = 5. Assim, temos,
−2.(5) + 5y = 0
−10 + 5y = 0
5y = 10
10
y =
5
y = 2,
y na origem!
3
2 b
−6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6x
−1
−2
♣
−3
74 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
Como já vimos, na representação gráfica de uma recta dois pontos impor-
tantes são os pontos de intersecção com os eixos coordenados: o ponto de inter-
secção com o eixo dos x′ s e o ponto de intersecção com o eixo dos y ′ s.
P Iy
b
Nem todas as rectas têm os dois pontos de intersecção com os eixos coor-
denados. Como é fácil de imaginar, existem rectas que só “cortam” o eixo dos
y ′ s e outras que só “cortam” o eixo dos x′ s. São os casos das equações do tipo
y = k e x = k, onde k é um valor constante qualquer.
Equações do tipo x = k
ax + 0.y + c = 0.
Vejamos um exemplo.
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 75
Exemplo 1.14
Resolução:
Observe que neste exemplo a equação não tem o termo em y. Isto significa
que a equação que realmente temos é 2x + 0.y + 3 = 0.
Substituindo na equação o y por 0, vem,
2x + 0.(0) + 3 = 0
2x = −3
3
x = − ,
2
µ ¶
3
ou seja, obtemos o ponto − ,0 .
2
Para encontrar o outro ponto não podemos substituir na equação o x por 0.
Vejamos porquê.
2.(0) + 0.y + 3 = 0
0+0+3 = 0
3 = 0.
Se x = 0, então obtemos uma relação falsa. Logo não existe nenhum par or-
denado com ordenada igual a zero que satisfaça a equação. Põe-se a pergunta:
Então que valor é que temos de atribuir para encontrar o outro ponto? (Já
vimos que a toda equação corresponde uma recta. Como temos uma equação,
esta recta existe e, consequentemente , existe uma infinidade de pontos que a
constituem. Portanto, somos capazes de encontrar um outro ponto para traçar
a recta).
Observe que não adianta querer substituir o x porque, como o y está multi-
plicado por zero, o termo em y é como se não existisse. Assim, só resta atribuir
valores ao y. Vamos atribuir, por exemplo, y = 1. Assim, temos,
2x + 0.(1) + 3 = 0
2x = −3
3
x = − ,
2
3
Determinámos as coordenadas do segundo ponto, (− , 1).
2
76 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
Já temos os dois pontos. Para traçar a recta, basta representar estes pontos
IX. Qual é o gráfico da
no plano cartesiano e unı́-los por uma linha recta.
equação x = 0?
y
3
b 1
−5 −4 −3 −2 −1 1 2x
−1
−2
♣
−3
Equações do tipo y = k
0.x + by + c = 0.
Vejamos um exemplo.
Exemplo 1.15
Resolução:
Observe que neste exemplo a equação não tem o termo em x. Isto significa
O próprio eixo dos y ′ s.
que a equação que realmente temos é 0x + y − 5 = 0.
Substituindo na equação o x por 0, vem, Soluções de IX:
0.(0) + y − 5 = 0
y−5 = 0
y = 5,
0.(1) + y − 5 = 0
0+y−5 = 0
y = 5.
5 b b
−5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5x
−1
♣
−2
78 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
Declive
Uma das propriedades mais importantes das rectas é a “rapidez” com que
elas “crescem” ou “decrescem”. Os matemáticos desenvolveram uma maneira
de quantificar esta “rapidez”.
O próprio eixo dos x′ s.
Para assimilar melhor a ideia, vamos considerar um exemplo. Consideremos
Soluções de X: a equação 2x − y = 4, cujo gráfico representamos a seguir.
y
8
7
6
5
Q′b
4
3
2
1
Q b
x
−6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6
−1
−2
−3
−4 b ′
P
−5
Pb
−6
Vamos escolher dois pontos quaisquer sobre esta recta, por exemplo os pontos
P (−1, −6) e Q(2, 0). A diferença entre as suas abcissas é
desvio = 2 − (−1) = 2 + 1 = 3.
elevação = 0 − (−6) = 0 + 6 = 6.
desvio = 4 − 0 = 4
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 79
elevação = 4 − (−4) = 4 + 4 = 8.
∆y y2 − y1
m= = (1.6)
∆x x2 − x1
10 %
Definição:
∗A elevação
razão entre duas quantidades, neste caso a elevação e o desvio, é .
desvio
80 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
O número indicado na placa é 10%. Isto significa que para cada 100 metros
deslocados, o camião vai subir ou descer 10 metros.
Vemos então que o declive pode ser interpretado como sendo uma taxa de
variação.
Exemplo 1.16
Determine o declive da recta que passa pelos pontos (3, 2) e (−2, 3).
Resolução:
Para calcular o declive da recta que passa pelos pontos dados temos que
determinar a elevação e o desvio entre os dois pontos. A ordem dos pontos é
irrelevante. Assim, se “nomearmos” o primeiro ponto de P e o segundo de Q,
aplicando a fórmula (1.6), obtemos
(3) − (2)
m =
(−2) − (3)
1
m =
−5
1
m = − . ♣
5
Uma recta com declive nulo não “cresce” nem “decresce”. É uma recta
horizontal, ou seja, tem sempre o mesmo valor de ordenada para todas as
abcissas.
Uma recta com declive indefinido é uma recta vertical. Tem sempre a
mesma abcissa para todas as ordenadas. Observe que, se dois pontos de
uma recta tiverem a mesma abcissa, então o denominador da fórmula (1.6)
é igual a zero. Como esta divisão não está definida, dizemos que o declive
é indefinido.
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 81
y y
u t
r
x x
s
Também a recta t, por estar mais inclinada, tem um declive mais negativo
a) m = 0.
1
do que o da recta u. Por exemplo, se o declive da recta u for − , o da recta t
2 Soluções de XI:
será um número menor, por exemplo -1. (Ou seja, mais negativo.† )
O quadro seguinte resume os quatro tipos possı́veis de declives.
y y
m>0
x x
m<0
† Não esquecer que entre dois números negativos, o menor é o “mais negativo”!
82 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
y y
m=0 m indefinido
x x
Exemplo 1.17
1. P Ix (y = 0)
12x − 3.(0) + 24 = 0
12x = −24
−24
x =
12
x = −2 , obtivemos o ponto (−2, 0).
2. P Iy (x = 0)
12.(0) − 3y + 24 = 0
−3y = −24
−24
y =
−3
y = 8 , obtivemos o ponto (0, 8).
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 83
(8) − (0)
m =
(0) − (−2)
8
m =
2
m = 4. ♣
Exemplo 1.18
1
b
x
−6 −5 −4 −3 −2 −1
−1 1 2 3 4 5 6
−2
−3
−4
Resolução:
(2) − (0)
m =
(4) − (0)
2
m =
4
1
m = . ♣
2
Duas rectas que não se intersectam num plano são paralelas. Duas rectas são
Rectas paralelas têm de-
paralelas se têm a mesma inclinação. Isto significa que duas rectas são paralelas
clives iguais!
se têm o mesmo declive. Reciprocamente, duas rectas distintas com o mesmo
84 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
−6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 x
−1
−2
−3
−4
Exercı́cios 1.3.2
a) 2x + 6y − 12 = 0 b) 5x + 5y − 6 = 0
c) −3x + 4y + 5 = 0 d) −x + 2y + 10 = 0
e) 7x + 14 = 0 f) 4x + 13 = 0
g) −2y + 6 = 0 h) y − 8 = 0
a) y = 2x − 4 b) −4x + 12y = 24
c) y + x = 4 d) 5x − 10y = 15
e) 2x + 3y = 0 f) 2x = −4
g) x − y = 0 h) −y − 6 = 0
x
i) x + 10 = 0 j) −y =1
2
k) 2y − 8 = 0 y
l) 2x − = 2
3
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 85
4. Utilize a figura seguinte para ordenar por ordem crescente os declives das
rectas representadas:
m4 y m5
m3
m2
m1
x
−3 −2 −1 1 2 3 x
−6 −4 −2 2 4 6
−1
−2
−2
−4
−3
−6
86 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
c) d) y
y
6 3
4 2
2 1
x
−3 −2 −1 1 2 3 −6 −4 −2 2 4 6x
−2 −1
−4 −2
−6 −3
e) y f) y
3 3
2 2
1 1
x x
−3 −2 −1 1 2 3 −3 −2 −1 1 2 3
−1 −1
−2 −2
−3 −3
6. Determine o valor de a de modo a que os pontos (1, 0), (3, 2) e (4, a) per-
tencem à mesma recta.
8. Imagine a recta que passa pelos pontos (−1, 3) e (1, 9). Dado o pontos (0, 3),
determine um outro ponto qualquer de modo a que a recta que passa por estes
dois pontos seja paralela à primeira recta.
145 b PSD
b
Número de lugares no parlamento
b b 112
b
b80
PS b
59 b
31 b PCP
b b bb17
15
CDS b
4 b
1987 1991 1995 1999 Eleição
Determine:
d) o declive (por unidade eleitoral, isto é, por número de eleições) da recta
que une o ponto correspondente à eleição de 1987 e à de 1999 de cada
partido. Qual o significado da cada declive?
10. Verifique se os pontos (−1, 7), (3, −8) e (0, 3) são colineares, isto é, se podem
pertencer a uma única recta.
88 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
Vimos na secção 1.3.1 que a forma geral de uma equação do 1o grau com
duas incógnitas é
Equação geral da recta:
ax + by + c = 0.
ax + by + c = 0
Também já vimos que o gráfico desta equação é representado por uma recta.
Por isso, esta equação é usualmente designada por equação geral da recta.
Nota:
a) 3x − y + 5 = 0.
b) −8x + 2y + 10 = 0.
A equação geral de uma recta não é única. Por exemplo, a equação
c) 3x + 6y − 7 = 0
−2x + 4y − 3 = 0
é equivalente à equação
−4x + 8y − 6 = 0
‡ Observe que sobre o eixo dos y ′ s todos os pontos têm a abcissa nula. Assim, substituindo
Continuação:
2 6
c) y = − x + .
1 7
b) y = 4x − 5.
Exemplo 1.19
a) y = 3x + 5.
equação 3x + 6y − 5 = 0.
Resolução:
3x + 6y − 5 = 0
6y = −3x + 5
90 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
−3x + 5
y =
6
3x 5
y = − +
6 6
x 5
y = − + ,
2 6
1 5
ou seja, o declive é m = − e a ordenada na origem é k = . ♣
2 6
Exemplo 1.20
Resolução:
Observe que a equação não tem o termo em x. Isto significa que o coeficiente
do termo em x é nulo. Ou seja, a equação dada é equivalente à equação 0.x +
2y + 8 = 0.
Assim, isolando o y no primeiro membro, obtemos
2y = 0.x − 8
0.x − 8
y =
2
y = 0.x − 4,
Exemplo 1.21
Resolução:
Não podemos escrever esta equação na forma reduzida porque não temos o
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 91
Exemplo 1.22
∆y
1. o declive representa uma taxa de variação, , neste caso, mais conc-
∆x
∆N
retamente, ; é a variação do número de doutorados portugueses por
∆t
unidade de t. Ou seja, este modelo prevê um aumento de 21 doutorados
portugueses por ano;
Exercı́cios 1.3.3
a) 2x + 6y − 12 = 0 b) 5x + 5y − 6 = 0
c) −3x + 4y + 5 = 0 d) −x + 2y + 10 = 0
92 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
e) 3x − y + 500 = 0 f) −y + 12 = 0
4 1
g) x+ y−2=0 h) 4x − y − 5 = 0
5 4
i) −3x − 2y + 32 = 0 j) 3y − 15 = 0
3. Dadas as equações seguintes, agrupe duas a duas as rectas paralelas entre si.
a) y − 12 = 0 b) 6x + 4y = 0
c) −3x + y + 5 = 0 d) −x + y + 10 = 0
e) 3x − y + 500 = 0 f) −x + y + 2 = 0
g) −x + 2y − 12 = 0 h) y − 5 = 0
i) −3x − 2y = 0 j) 7x − 14y − 15 = 0
6. A taxa de juros tem vindo a diminuir. A equação que descreve esta diminuição
é T = 5, 7−0, 1t, onde T é a taxa de juros em unidades percentuais e t é o número
de bimestres desde o primeiro bimestre do ano de 1997 (t = 0 corresponde ao
primeiro bimestre do ano de 1997).
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 93
Observe que o que determina uma equação reduzida é o valor dos dois
parâmetros: m, o declive, e k, a ordenada na origem. As variáveis, x e y,
são as coordenadas de um ponto genérico e, portanto, não assumem nenhum
valor em particular.
A maneira como vamos determinar a equação vai depender da informação
que nos é dada. Vejamos os casos possı́veis:
Exemplo 1.23
Resolução:
Observe que o ponto (0, −3) está sobre o eixo dos y ′ s. Logo, a ordenada
na origem é k = −3. Também sabemos o valor do declive, m = 2. Assim,
substituindo estes valores na equação, obtemos directamente a equação
reduzida recta pretendida,
y = 2x − 3. ♣
Exemplo 1.24
Resolução:
y = −3x + k.
y2 − y1
m= .
x2 − x1
Exemplo 1.25
Resolução:
Vamos determinar o declive da recta que passa por estes dois pontos.
3−2 c) y = 8x.
m =
−2 − 3 b) y = x − 5.
1
m = a) y = −3x + 6.
−5
1
m = − .
5 Soluções de XIII:
1
y = − x + k.
5
1 13
y =− x+− . ♣
5 5
96 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
Exercı́cios 1.3.4
3. Uma empresa tem uma despesa fixa diária de 300 euros e gasta 100 euros
por cada unidade produzida.
5. O número de alunos na UBI tem vindo a aumentar a uma taxa de 350 alunos
por ano. Se no ano lectivo de 1994/1995 havia 2935 alunos,
Até agora temos visto apenas modelos lineares, isto é, modelos representados
por equações do 1o grau com duas incógnitas. Embora seja um modelo bastante
útil e conveniente, existem fenómenos do quotidiano que não podem ser des-
critos adequadamente por modelos lineares. Exemplo disto é a trajectória do
lançamento de um projéctil, conforme ilustrado na figura abaixo.
b b
A necessidade de mode-
los não-lineares para des-
crever certos fenómenos
b b
do quotidiano.
ax2 + bx + c + dy = 0
Exemplo 1.26
a) x = 0. b) y = 0
1
c) y = − d) y = −1.
8
Resolução:
y − 2.(0)2 + 3.(0) − 1 = 0
y−0+0−1 = 0
y−1 = 0
y = 1,
0 − 2x2 + 3x − 1 = 0
2
−2x + 3x − 1 = 0.
1
e obtemos as soluções dadas por x = e x = 1. Assim, os pares-solução
2
1
são ( , 0) e (1, 0).
2
XV. Determine pares-
1 1 -solução das seguintes
c) Se atribuirmos a y o valor − , isto é, se fizermos y = − , temos
8 8 equações corresponden-
tes a x = 1 e y = −1:
1
− − 2x2 + 3x − 1 = 0
8
a) 3x2 − 4x + 1 + y = 0.
9
−2x2 + 3x − = 0
8 b) −x2 − 10 + y = 0.
c) x2 + 2x − y = 0
e, multiplicando ambos os membros por 8§ (ou achando o menor múltiplo
comum e eliminando o denominador de ambos os membros), obtemos,
−16x2 + 24x − 9 = 0.
3 1
ou seja, temos apenas um par-solução ( , − ).
4 8
§ Operação não obrigatória mas que evita efectuar contas na fórmula resolvente sem
fracções!
100 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
−1 − 2x2 + 3x − 1 = 0
2
−2x + 3x − 2 = 0.
Comentários:
Exercı́cios 1.4.1
a) 2x2 + 5x − 5 + 2y = 0 quando x = 0, x = 1 e y = 1.
1
b) −x2 + 6x − 10 + y = 0 quando x = −1, x = − e y = 1.
2
c) x2 − 8x + 12 − 5y = 0 quando x = 2, y = −3 e y = 1.
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 101
x y
-3 9
-2 4
-1 1
0 0
1 1
2 4
3 9
b b
b y b
9
8
7
6
5
b b
b 4 b
3 b b
2
b1 b
b
x
−3 −2 −1 1 2
CORRECTO IMPERFEITA
A esta curva chamamos parábola.
Todas estas equações quadráticas são representadas graficamente por pará-
bolas. As parábolas podem ter duas orientações: se estiverem “abertas” para
102 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
cima (risonhas), dizemos que têm a concavidade voltada (ou virada) para cima;
se estiverem “abertas” para baixo(tristonhas), dizemos que têm a concavidade
voltada (ou virada) para baixo.
Sentido da concavidade:
ou para cima ou para
baixo!
O ponto mais alto nas parábolas voltadas para baixo e o ponto mais baixo
das parábolas voltadas para cima é designado por vértice. Este é um dos pontos
mais importantes da parábola.
Vértice
O vértice: um ponto
“extremo”!
Vértice
As parábolas têm uma simetria particular. A recta vertical que passa pelo
vértice é designada por eixo de simetria. Se dobrarmos a parábola segundo este
eixo, podemos ver que as duas metades coincidem.
Eixo de simetria!
Eixo de Simetria
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 103
O método que utilizámos para esboçar a parábola anterior pode ser designa-
do por método da “força bruta”, ou seja, “arregaçamos as mangas” e calculamos
vários pontos até termos os suficientes para esboçar a parábola. Porém, este
método nem sempre dá bons resultados. Por exemplo, ao atribuirmos valores a
x podemos não “atingir” o vértice e, consequentemente, não saberemos qual é
o ponto mais alto ou mais baixo da parábola, conforme for o caso.
As parábolas têm um conjunto caracterı́stico de dados que permitem traçá-
-las sem grande dificuldade. Estes dados são: a concavidade, o ponto de inter-
secção¶ com o eixo dos y’s, o ponto de intersecção com o eixo dos x’s e o vértice.
Intersecção e não inter-
Com estes dados, podemos fazer um esboço razoável de uma parábola.
cepção!
Vejamos cada um separadamente.
Concavidade
Observe que os coeficientes a, b, c não são os mesmos para as duas equações. O y aparece isolado no
Esta equação designaremos por equação reduzida da parábola (à semelhan- primeiro membro!
ça do que fizemos com a equação reduzida da recta).
a>0 a<0
Exemplo 1.27
Toda a parábola “corta” o eixo dos y’s uma, e só uma, vez.
Todo o ponto sobre o eixo dos y ′ s tem abcissa nula.
(0,y)
Exemplo 1.28
Resolução
XVII. Determine o
′ ponto de intersecção
Para determinarmos o ponto de intersecção com o eixo dos y s (P Iy ),
com o eixo dos y’s para
basta atribuirmos o valor 0 a x. Assim, temos cada uma das parábolas
do problema XVI.
3y − 2.(0)2 + 5.(0) − 15 = 0
3y − 0 + 0 − 15 = 0
3y − 15 = 0
3y = 15
15 c) Para cima.
y = = 5.
3 b) Para baixo.
a) Para cima.
Logo, o P Iy é (0, 5). ♣
Soluções de XVI:
Ponto de intersecção com o eixo dos x’s (P Ix )
Uma parábola pode “cortar” o eixo dos x′ s duas vezes, uma vez ou pode
até nem “cortar”.
y y
x x
c) (0, 0)
b) (0, 0)
Todo o ponto sobre o eixo dos x′ s tem ordenada nula.
a) (0, 8)
Exemplo 1.29
Resolução:
5 5
donde obtemos as soluções e 3, isto é, dadas por x = e x = 3.
3 3 XVIII. Determine, caso
exista, os pontos de in-
5 tersecção com o eixo dos
Portanto, neste exemplo, existem dois P Ix que são ( , 0) e (3, 0). ♣
3 x’s para cada uma das
parábolas seguintes:
a) −x2 + 9y = 0.
Vértice
b) 6x2 − 12x − 3y = 0.
Falemos inicialmente do eixo de simetria. Como já foi dito, toda a parábola c) −x2 + 5x − 6 + y = 0
tem um eixo de simetria, e este eixo é uma recta vertical que passa pelo d) −8x2 +x−1+11y = 0
Já vimos que o eixo de simetria passa pelo vértice e é uma recta vertical.
Como as equações das rectas verticais são do tipo x = k (k constante),
todos os pontos do eixo de simetria terão a mesma abcissa. A equação
do eixo de simetria será x = xv , onde xv é a abcissa do vértice. Em
particular, o ponto médio está sobre esta recta, logo, podemos concluir
x1 + x2
que xv = .
2
108 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
x1 + x2
2
x1 x2
d) Não existe.
c) (2, 0) e (3, 0)
b) (0, 0) e (2, 0)
a) (0, 0) Assim, para determinar a abcissa do vértice, basta encontrar dois pontos
sobre uma mesma recta horizontal e calcular a média. A ordenada do
Soluções de XVIII:
vértice obtém-se substituindo o valor da abcissa do vértice na equação da
parábola e calculando o valor correspondente do yv .
Fica uma pergunta por fazer. Dissemos que basta encontrar dois pontos
sobre uma mesma recta horizontal. A pergunta é: “Mas qual é a recta
horizontal que escolhemos?”.
Recta Conveniente
Exemplo 1.30
Resolução:
XIX. Determine o
′ vértice de cada uma das
Vamos ver se a parábola intersecta o eixo dos x s. Para isso, basta sub-
parábolas do problema
stituir na equação o y por 0. Assim, temos XVIII.
0 = x2 − 3x + 2.
Como estes dois pontos estão sobre a mesma recta horizontal, o xv é igual à
média (ou semi-soma) das abcissas obtidas pela fórmula resolvente. Assim,
temos
1+2
xv =
2
3
xv = .
2
Exemplo 1.31
Resolução:
Vamos ver se a parábola intersecta o eixo dos x′ s. Para isso, basta sub-
stituir na equação o y por 0. Assim, temos
0 = x2 + 2x + 4.
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 111
4 = x2 + 2x + 4
0 = x2 + 2x + 4 − 4
0 = x2 + 2x.
0 = x.(x + 2)
cujas soluções são 0 e 2, isto é, são dadas por x = 0 e x = −2. Observe que
determinámos dois pontos: (0, 4) e (−2, 4).Como estes dois pontos estão
sobre a mesma recta horizontal (y = 4), o valor da abcissa do vértice será
a média das duas abcissas obtidas. Assim, temos
0 + (−2)
xv =
2
−2
xv =
2
xv = −1.
por 1 e obtemos:
yv = (−1)2 + 2.(−1) + 4
yv = 1−2+4
yv = 3.
Exercı́cios 1.4.2
a) y = 7x2 − 3x + 4 b) y − 4x2 + 2x − 1 = 0
c) y + x2 − 6x = 0 d) y = −5x2 + 6
e) y = (x + 4)(x − 2) f) y = (2 − x)x
a) y = x2 + 4x + 4 b) y = (x + 1)(x + 10)
c) y = (x + 3)(5 − x) d) y = −5x2 − 6
e) y = x2 − 4 f) y = x2 + 1
a) y = x2 − 4x + 4 b) y = 4x2 + 5x − 6
c) y = −x2 − 5x d) y = −3 − x2
e) y = x2 − 9 x2
f) y = − 10x
2
6. O custo médio (em dezenas de euros) por unidade para produzir x unidades
de um certo produto é de C = x2 − 16x + 67.
3
X
y= (xi − x)2
i=1
ou ainda,
y = (x1 − x)2 + (x2 − x)2 + (x3 − x)2
a) Determine a expressão de y.
Exercı́cios de Revisão
1. [Exame de Recurso 90/91] Seja a recta que passa pelo ponto (1, 2) e que
1
tem declive − . Qual dos pontos seguintes pertence à recta
3
a) (0, 3) b) (0, −3) c) (−3, 1) d) (−2, 3) e) (2, −2)
2. [Exame de Recurso 90/91] Segundo uma estimativa feita por uma empresa
especializada, o valor de um autocarro diminui, em cada ano, 13% do seu
valor inicial. O valor do autocarro inicial foi de 10.000 contos. O seu valor
em contos ao fim de 7 anos é
10. [Exame 96/97] Supondo que a motivação do aluno por uma parte da
matéria varia de acordo com a equação m = 4.(8 − t)(t + 2), onde m é a
motivação em percentagem e t o tempo em dias desde o inı́cio do primeiro
contacto com a matéria, determine:
12. [Exame de Recurso 96/97] Escreva a equação reduzida da recta que passa
pelos pontos (−4, 0) e (0, 3).
a) y − x − 6 = 0 b) −y + x − 6 = 0
c) 2y − x − 6 = 0 d) −y + 2x + 1 = 0
116 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
a) y = c − 1 b) −y = −x − 1
c) y = −x − 1 d) y = x + 1
15. [1a µ
Frequência
¶ µ97/98]¶Determine a equação reduzida que passa pelos pon-
1 3
tos , 3 e −2, .
2 2
3
20. [1a Frequência 98/99] Sabendo que uma recta tem declive igual a e que
5
passa pelo ponto (−1, 4), encontre o ponto da recta de abcissa igual a −4,
SEM determinar a equação da recta. (Justifique!)
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 117
21. [1a Frequência 98/99] Encontre a equação reduzida da recta que passa
pelo ponto (−18, 12) e que é paralela à recta de equação 2x − 5y + 21 = 0.
22. [1a Frequência 98/99] Diga porque razão os pontos (2, −5), (4, −1), (−1, −1)
e (5, −5) não podem pertencer a uma mesma parábola.
23. [Exame Final 98/99] Encontre a equação reduzida da recta que passa pelo
ponto (1, −5) e tem ordenada na origem igual a −7. Esboce o gráfico
desta recta.
Sistemas de Equações
x+y = 1 Usamos uma chaveta pa-
2x + y = 0 Três equações e duas incógnitas. ra nos lembrarmos que
−3x + y = 5 estamos perante um sis-
tema de equações.
2x + 4y
= −1
2x + z = 6 Três equações e três incógnitas.
−5y + z = 15
119
120 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
(
x + y − 2z = 0
Duas equações e três incógnitas.
−3x + y + z = 5
! Importante! 2x − y = 2
ou ainda, (
7 = 7
2 = 2
e temos duas identidades.
! Importante! Como vamos ver de seguida, o conjunto solução pode ser vazio, pode ter um
único elemento, ou pode ter uma infinidade de elementos. Quando um sistema
Um sistema linear de de equações tem pelo menos uma solução, dizemos que o sistema é consistente
equações que tenha mais
ou possı́vel. Caso contrário, dizemos que o sistema é inconsistente ou impossı́vel.
do que uma solução
é porque tem uma
infinidade de soluções. Nos casos de sistemas de equações lineares com duas incógnitas∗ , como cada
Isto significa que não equação é representada graficamente por uma recta, é fácil interpretar a con-
podemos ter um sistema
sistência ou inconsistência do sistema.
com apenas duas (ou
qualquer outro número Vamos por isso considerar o caso de um sistema com duas incógnitas com apenas
diferente de 1) de duas equações, ou seja, que o sistema é do tipo 2x2. Temos três situações
soluções.
distintas:
ponto que é comum às duas rectas. Logo, só existe um par de valores
(um valor para x e outro para y), que satisfaz simultaneamente as duas
equações. Este par é dado pelas coordenadas (x0 , y0 ) do ponto. O sistema
é consistente.
y
s
r
y0 b
x0 x
2. As duas rectas são paralelas. Neste caso, não existe nenhum ponto em
comum. Isto é, não existe qualquer par de valores que satisfaça simul-
taneamente as duas equações. O sistema é inconsistente.
3. As duas rectas são coincidentes. Isto é, todos os pontos de uma são e-
xactamente os mesmos pontos da outra. Ou seja, existe uma infinidade
de pares de valores que satisfazem as duas equações: todos! O sistema é
consistente e tem uma infinidade de soluções.
122 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
r
s
Vejamos um exemplo.
Exemplo 2.1
(
5x − 3y = −1 (1)
Esboce o gráfico do sistema: .
−10x + 9y = 4 (2)
Resolução:
5 1
A recta (1) tem declive m = e ordenada na origem k = . A recta (2) tem
3 3
10 4
declive m = e ordenada na origem k = .
9 9
Para esboçar o gráfico deste sistema de equações procedemos, para cada uma
das equações, da maneira indicada no capı́tulo anterior. Assim, para traçar cada
uma destas rectas temos que determinar dois pontos:
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 123
1 4
(0, ) (0, )
3 9
1 2
(− , 0) (− , 0)
5 5
Se marcarmos estes pontos no plano cartesiano e unirmos os correspondentes a I. Esboce o gráfico dos
cada uma das rectas, obtemos o gráfico seguinte, sistemas seguintes:
(
y −x + 2y = 0
3 a)
(1) 3x − 6y = −12
(2) (
6x + 3y = 9
2 b)
2x + y = 3
1
bb
bb
−3 −2 −1 1 2 3x
−1
−2
−3
♣
Vamos proceder assim até restar apenas uma incógnita, caso não se esgotem as
equações primeiro.
−6 Mais concretamente, os passos a seguir são:
−5
−4
−3 (1) Isolar uma das incógnitas em uma das equações do sistema.
−2
−1 1 2 3 4 5
−6−5−4−3−2
−1
x
1 (2) Substituir o resultado da alı́nea anterior em todas as equações restantes.
2
3
4 (3) Se do passo anterior resultar um sistema com apenas uma incógnita, re-
5
solvemos as equações para essa incógnita. Caso contrário, repetimos os
y
passos (1) e (2) até sobrar apenas uma incógnita. (Isto se as equações não
b) acabarem antes!)
(4) Caso o sistema seja consistente, determinamos o valor das outras incógnitas
−3 substituindo o resultado do passo anterior no sistema conveniente. Pro-
−2 cedemos assim sucessivamente até determinarmos todas as incógnitas.
−1
2 1 −3 −2 −1 Vejamos um exemplo.
x
1
2
Exemplo 2.2
y
(
5x − 3y = −1 (1)
a) Resolva o sistema usando o método da
−10x + 9y = 4 (2)
Soluções de I:
substituição.
Resolução:
(1) Isolamos uma das incógnitas. Neste caso, tanto faz isolar o x ou o y.†
Vamos por exemplo isolar o x na primeira equação:
5x − 3y = −1
5x = 3y − 1
3y − 1
x = . (A)
5
† Com a experiência passamos a ter percepção que existem problemas em que é preferı́vel
−10x + 9y = 4
µ ¶
2 3y − 1
−10. + 9y = 4
5
−2.(3y − 1) + 9y = 4
3y − 1
x =
5 ¶
µ
2
3. −1
3
x =
5
2−1
x =
5
1
x = .
5
1 2
A solução do sistema de equações é dada por x = e y = . (Não esqueça
5 3
da interpretação gráfica da solução.
µ Este
¶ resultado significa que as duas
1 2
rectas se intersectam no ponto , !) ♣
5 3
b) x = −2 ; y = −5
a) x = −2 ; y = −2
4. Substituir valor de x e y no 3. Substituir valor de x no sis-
sistema 3x3 para determinar tema 2x2 para determinar
Soluções de II: o valor de z o valor de y
Vejamos um exemplo.
Exemplo 2.3
2x + 3y − z = −4 (1)
Determine a solução do sistema: −3x − 4y + 2z = 9 (2)
x + y + 3z = 11 (3)
usando o método da substituição.
Resolução:
−z = −4 − 2x − 3y x(−1)
z = 4 + 2x + 3y. (B)
Substituindo este resultado nas outras duas equações ((2) e (3)), obtemos o
seguinte sistema 2x2:
(
−3x − 4y + 2.(4 + 2x + 3y) = 9
,
x + y + 3.(4 + 2x + 3y) = 11
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 127
ou ainda, (
−3x − 4y + 8 + 4x + 6y = 9
x + y + 12 + 6x + 9y = 11
(
x + 2y = 1
. (C)
7x + 10y = −1
Para evitar as fracções, vamos agora isolar o x na primeira equação do sistema III. Resolva os sistemas
seguintes utilizando o
2x2 anterior. Temos,
método da substituição:
x = 1 − 2y. (D) x+y+z =1
a) 3x − 2y + z = −1
x + 3y − z = 11
x = 1 − 2y
x = 1 − 2.(2)
x = 1−4
x = −3.
z = 4 + 2x + 3y
z = 4 + 2.(−3) + 3.(2)
z = 4−6+6
z = 4.
z = 4. ♣
É natural que se “duas maçãs e três pêras custam um euro e dez cêntimos”,
o dobro, “quatro maçãs e seis pêras custem dois euros e vinte cêntimos”.
Isto equivale a multiplicar a equação inicial, 2m + 3p = 1, 10, por 2,
obtendo a equação equivalente,‡ 4m + 6p = 2, 20.
‡ Relembrar que equivalente significa terem o mesmo conjunto solução. Neste caso, o preço
Se “duas maçãs e três pêras custam um euro e dez cêntimos” e “três maçãs
e duas pêras custam um euro e quinze cêntimos”, então “cinco maçãs e
cinco pêras custam dois euros e vinte e cinco cêntimos”. Para chegar a esta
conclusão não é preciso saber o preço de cada uma das frutas. Isto equivale
matematicamente adicionar, membro a membro, as duas equações:
2m + 3p = 1,10
3m + 2p = 1,15
5m + 5p = 2,25.
Este resultado parece bastante óbvio. Se formos duas vezes a uma mer-
cearia e comprarmos vários produtos e gastarmos uma certa quantidade
de cada vez, no final ficamos com os produtos comprados nas duas idas à
mercearia e gastámos a soma das duas despesas.
Com base nestas três operações, os passos a seguir para resolver um sistema de
equações pelo método da eliminação são:
(1) Escolher duas equações quaisquer; eliminar uma das incógnitas: multipli-
cando, se necessário, cada uma das equações por números convenientes, de
modo a que, ao adicionar ordenadamente as equações, elimine a incógnita
pretendida.
(2) Se houver mais equações, agrupamos cada uma delas com uma das equações
anteriores e eliminamos a mesma incógnita.
(3) Continuar os passos (1) e (2) até sobrar apenas uma incógnita. (Caso não
se esgotem primeiro as equações!)
Vejamos um exemplo.
130 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
Exemplo 2.4
(
5x − 3y = −1 (1)
Determine a solução do sistema:
−10x + 9y = 4 (2)
usando o método da eliminação.
IV. Resolva os sistemas
seguintes utilizando o
Resolução:
método da eliminação:
(
2x − 3y = −13 (1) Temos apenas duas equações e duas incógnitas. Vamos eliminar, por ex-
a)
4x + 2y = −2
( emplo, a incógnita y. Para isso, multiplicamos a equação (1) por 3.§ Assim
−x + y = 0 temos,
b)
2x + y = 9
( (
5x − 3y = −1 x(3) 15x − 9y = −3
−→
−10x + 9y = 4 −10x + 9y = 4
15x - 9y = -3
-10x + 9y = 4
5x + 0 = 1.
Ficamos assim com uma equação com uma única incógnita. Resolvendo esta
1
equação obtemos o valor de x. Assim, chegamos ao resultado dado por x = .
5
Para determinar o valor de y, podemos substituir o valor obtido para x numa
das duas equações do sistema inicial. Por exemplo, se substituirmos na segunda
equação, obtemos
−10x + 9y = 4
1
−10. + 9y = 4
5
−2 + 9y = 4
9y = 4+2
6
y =
9
2
y = .
3
1 2
Ou seja, a solução do sistema é dada por: x = ey= . (Convença-se que se
5 3
utilizar a primeira equação obterá o mesmo resultado!) ♣
§ Multiplicamos a equação (1) por 3 para que os coeficientes da incógnita y sejam os mesmo
mas de sinal contrário. Isto faz com que, ao adicionarmos depois as duas equações, a incógnita
y desapareça.
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 131
Nota:
b) x = 3 e y = 3
Observe que no exemplo anterior podı́amos ter eliminado o x mul-
tiplicando a primeira equação por 2. a) x = −2 e y = 3
Exemplo 2.5
2x + 3y − z = −4 (1)
Determine a solução do sistema: −3x − 4y + 2z = 9 (2)
x + y + 3z = 11 (3)
usando o método da eliminação.
132 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
Resolução:
(−3) + 2y = 1
2y = 1+3
4
y =
2
y = 2.
2.(−3) + 3.(2) − z = −4
−6 + 6 − z = −4
−z = −4
z = 4.
x=−
10 2
Exercı́cios 2.1 1
, y = 0, z =
1
a)
1. Classifique os seguintes sistemas de equações quanto à sua dimensão:
( ( Soluções de V:
2x + 3y = 4 x−y = 8
a) b)
−2x + y = 9 2x = 4
(
x+y = 0
7x + 13y = 6
c) d) 3x − 4y = 1
3x + 6z = 8
x + 6y = 2
x+y+z = 1
8x + 4y = 4
x−y+z = 0
e) 2x − 3z = −8 f)
x = 4
9y + 5z = 15
y+z = −1
2x − y + z = 0
(
x−y = 8
a) b) x−y−z = 0
2x + 3y = 4
3x + 4y = 1
134 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
x+y
= 1
x+y = 6
c) 2x − y = 2 d) −3x + 2y = 12
x − 3y = 3 −x − y = −6
x−y+z = 1 (
x + 3y = 4
e) 2x + 3y − z = −2 f)
2x + 6y = 8
x + 4y − 2z = 5
(
x+y−z = 1
7x + 3y = 11
g) h) 2x − y + z = 2
−5x − 7y = 9
−x − y − z = 3
2x − 3y + z = 1 (
x+y−z = 4
i) −x + 4y − 7z = 5 j)
2x − y − z = 8
x + y − 6z = 6
( (
x+y = 0 2x − 3y = 0
a) b)
3x − 2y = 5 4x + 6y = 4
( (
x+y = 6 x + 2y = 7
a) b)
x−y = 4 x+y = 5
(
−3x + 6y = 8 2x − y = −1
c) d) 1 3
5x + 4y = 1 x+ y =
2 2
x+y−z = 6 −x + 5y − 7z
= 2
e) 3x − 2y + z = −5 f) 4x − 9y + 13z = −1
x + 3y − 2z = 14 2x + y − z = −3
x + 2y − 3z = 1 x + y + 2z
= 7
g) −3x + y + 5z = 0 h) x − 2y − 3z = −7
−2x + 3y + 2z = 1 x−y+z = 0
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 135
(
ax + 2y = 4
7. Determine o valor de a de modo a que o sistema de equações
3x + y = −6
seja inconsistente. (
2x − 5y = 3
8. Reescreva cada uma das equações do sistema na forma
x + 3y = -1
de equação reduzida e conclua o que pode afirmar em relação à consistência do
sistema. (Nota: não é necessário resolver o sistema!)
1. Troca de equações;
Para além destas três operações poderemos ainda efectuar outra operação sobre
as incógnitas, como veremos mais adiante. No entanto, só recorreremos a esta
operação em último caso pois é uma operação susceptı́vel de nos enganarmos!
Este método é idêntico ao método da eliminação a menos de um pequeno por-
menor: operamos sobre o sistema, “transportando-o” sempre em “blocos”, como
se estivesse dentro de uma “caixa”. Este processo permite-nos eliminar a parte
literal (as incógnitas) do sistema. Por exemplo, o sistema de equações
(
2x − y = −1
−5x + 3y = 6
coluna temos os coeficientes da incógnita y.¶ (Observe que não existem outras
incógnitas para além destas duas!) Do lado direito da linha vertical aparecem
os termos independentes.
VI. Escreva a matriz am-
pliada dos sistemas se-
guintes:
Exemplo 2.6
3x + z = −6
a) −11x − 18z = 0
5x − 7z = −11
5x − 3y + 2z = −1
Escreva a matriz ampliada do sistema −10x + 9y − z = 4 .
x+y+z =1
b) 3x − 2y + z = −1
x+z = 2
x + 3y − z = 11
Resolução:
3x − y + 2z = 6
c) x+y+z =7 O sistema têm três incógnitas: x, y e z. Por isso a matriz ampliada vai ter
−2x + y − z = 0 três colunas à esquerda da linha vertical. Assim, pondo na primeira coluna os
coeficientes de x, na segunda coluna os coeficientes de y e na terceira coluna os
de z, obtemos a seguintes matriz ampliada
5 -3 2 -1
-10 9 -1 4 . ♣
1 0 1 2
É muito importante ter sempre presente que a cada matriz ampliada corresponde
a um sistema de equações. Por exemplo, à matriz ampliada
1 -3 0 4
1 0 2 9 .
0 7 -6 5
corresponde o sistema
x − 3y = 4
−x + 2z = 9
7y − 6z = 5
¶ Se uma equação não tiver uma das incógnitas, então é porque o seu coeficiente nessa
equação é nulo. Por exemplo, para o sistema
½
4x-3y = 5
2y = 3
a matriz ampliada é · ¸
4 -3 5
.
0 2 3
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 137
Nota:
7 c) 1
0 -1 1 -2
Observe que, se tivermos uma matriz ampliada e não tivermos re-
1 1
ferência de onde ela provém, então podemos atribuir a cada uma das 62 -1 3
colunas a incógnita que quisermos. Por exemplo, à matriz ampliada
-2 1 -1
" # 3 -1 11 1
7 1 9
b) 3
2 1 -8 1 1 1 1
0
podemos associar o sistema de equações -7 -11 5
( -18 a) -11
7x+y = 9 1 -6 3
2x+y = -8
Soluções de VI:
ou também (
7m+k = 9
.
2m+k = -8
VII. Usando as letras
No entanto, é mais usual utilizar as letras x, y e z para representar x, y e z, traduza cada
as incógnitas! uma das seguintes ma-
trizes ampliadas para um
Vejamos agora ao que nos referı́amos quando no inı́cio da secção dissemos “forma sistema de equações:
na forma triangular.
a) 6 1
-3
1 -3 2
" # " #
1 7 4 3 -10 7 1 -3 2 0 9
0 2 3 0 1 8 -1 b) 0 5 1 -3
7 13 0 8
" #
-1 3 4 6 4 6 0 9 14 2 0 3
c)
0 2 1 0 0 1 2 5 0 1 1 2
0 0 3 8 0 0 0 0
(
y+z =2
c) a 1. Vejamos o porquê.
14x + 2y = 3
Por exemplo, se conseguirmos transformar a matriz ampliada de modo a obter-
mos
−3x + 2y = 9
7x + 13y = 8
5y + z = −3
b)
algumas operações
" # " #
x − 3y = 2 3 4 7 1 0 1
4x − 2y = 9
(...)
6x + y = −3 8 -5 3 0 1 1
a)
ou seja, (
x = 1
y = 1
2
e dá-nos a solução (1, 1) do sistema.k
3 8 9
Em relação à última matriz ampliada, dizemos que está “condensada”. Daqui
7 b) 3
1 -1 1 o nome do método da condensação.
Vimos, assim, que o objectivo do método da condensação é “condensar” a matriz
# "
4 1 3
a) ampliada recorrendo às operações elementares. Só falta referir ao processo em
6 7 1
si. Propomos o processo seguinte:
(a) “Em que linha está o elemento que pretendemos anular?”, e escrevemos o
número da linha;
(d) “Qual é o menor múltiplo comum entre o elemento que pretendemos anular
e o pivot?”. Multiplicamos a linha de (a) por um número conveniente de
modo a que o elemento que pretendemos anular passe a ser igual ao m.m.c
calculado, e fazemos o mesmo com a linha (b) em relação ao pivot.
Respondendo a este “inquérito” (que pode parecer algo complicado, mas que
na prática é bastante simples!), obtemos a operação necessária para anular o
∗∗ Este processo não é único; existem outros. (Ver por exemplo “Álgebra Linear”, José
Vitória e Teresa Pedroso Lima, Universidade Aberta, 1998.) No entanto, este processo evita
as operações com as fracções durante todo o processo!
140 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
elemento pretendido. Esta operação afecta apenas a linha que contém o ele-
mento que pretendemos anular. Ou seja, não altera a linha do pivot! Por isso,
podemos anular em simultâneo todos os elementos de uma mesma coluna.
Vejamos o exemplo anterior do qual tı́nhamos apenas a matriz ampliada inicial
e a final. " #
3 4 7 (Que operação?)
8 −5 3
Começando pela primeira coluna, temos que anular o número 8, pois é o único
elemento abaixo do primeiro pivot: o número 3 da primeira linha! Respondendo
ao inquérito temos:
(c) Os sinais são iguais, portanto temos que subtrair as linhas: ?L2 −?L1 ;
(d) O m.m.c(8, 3) é 24. Assim, temos que multiplicar a segunda linha (cor-
respondente ao número 8) por 3 e a primeira linha (correspondente ao
número 3) por 8, obtendo a operação final 3L2 − 8L1 .
3L2 : 24 -15 9
−8L1 : -24 -32 -56
0 -47 -47
ou seja,
" # " #
3 4 7 3L2 − 8L1 3 4 7
8 -5 3 0 -47 -47
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 141
(c) Os sinais são iguais, portanto temos que subtrair as linhas: ?L1 −?L2 ;
L1 : 3 4 7
−4L2 : 0 -4 -4
3 0 3
ou seja,
" # " #
3 4 7 L1 − 4L2 3 0 3
0 1 1 0 1 1
Para finalizar o processo, temos que transformar o pivot da primeira linha em
1. Para isso basta dividir a primeira linha por 3. Assim, obtemos
" # L1 " #
3 0 3 3 1 0 1
0 1 1 0 1 1
Desta última matriz ampliada, concluı́mos que a solução do sistema é dada por
x = 1 e y = 1.
A seguir mostramos o processo completo:
†† Uma regra de “ouro” na matemática é simplificar sempre que possı́vel. Neste caso, sempre
que numa linha todos os elementos tiverem um factor em comum, dividimos essa linha por
esse factor. Neste exemplo, vemos que os três elementos são divisı́veis por -47. Por exemplo,
se a matriz ampliada tivesse uma linha do tipo
...
4 14 38 72 ,
...
para simplificar o sistema, poderı́amos dividir esta linha por 2, que é o único factor comum
aos números 4, 14, 38 e 72!
142 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
" # " # L2
3 4 7 3L2 − 8L1 3 4 7 −47
8 -5 3 0 -47 -47
" # " # L1
3 4 7 L1 − 4L2 3 0 3 3
0 1 1 0 1 1
" #
1 0 1
0 1 1
Vamos ver mais dois exemplos, um dos quais é necessário trocar linhas (ou
colunas).
Exemplo 2.7
Resolução:
4 8 -6 1
3 -1 -4 8
16 20 -30 13
4 8 -6 1 4 8 -6 1
4L2 − 3L1 7L3 − 3L2
3 -1 -4 8 0 -28 2 29
16 20 -30 13 L3 − 4L1 0 -12 -6 9
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 143
L3
4 8 -6 1 4 8 -6 1
−24 L1 + 3L3
0 -28 2 29 0 -28 2 29
0 0 -48 -24 0 0 2 1 L2 − L3
3L3 : 0 0 6 3 −L3 : 0 0 -2 -1
4 8 0 4 0 -28 0 28
4 0 0 12
L1 1 0 0 3
4
0 1 0
-1
0 1 0 -1
L3 1
0 0 2 1 0 0 1
2 2
Exemplo 2.8
Resolução:
µ ¶
− , y = 1, −2
2
c)
1 A matriz ampliada do sistema é
b) (2, 0, −4)
6 8 5 7
¶ µ
−12, −
2
a) -3 -4 7 6
15
9 1 -1 2
Soluções de IX: onde traçamos também a diagonal. Portanto, temos inicialmente que anular o
-3 e o 9, em simultâneo, e depois o número que estiver a ocupar a posição do 1.
Depois anulamos “as posições” do 5 e 7 e finalmente a posição do 8.
6 8 5 7 6 8 5 7
2L2 + L1 L2,3
-3 -4 7 6 0 0 19 19
9 1 -1 2 2L3 − 3L1 0 -22 -17 -17
2L2 : -6 -8 14 12 2L3 : 18 2 -2 4
L1 : 6 84 5 7 −3L1 : -18 -24 -15 -21
0 0 19 19 0 -22 -17 -17
6 8 5 7
L3
6 8 5 7
19 L1 − 5L3
0 -22 -17 -17 0 -22 -17 -17
0 0 19 19 0 0 1 1 L2 + 17L3
L2
6 8 0 2 6 8 0 2
−22 L1 − 8L2
0 -22 0 0 0 1 0 0
0 0 1 1 0 0 1 1
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 145
L1 1
6 0 0 2 1 0 0
6 3
0 1 0 0
0 1 0
0
0 0 1 1 0 0 1 1
L1 : 6 8 0 2
−8L2 : 0 -8 0 0
6 0 0 2
1
concluı́mos que a solução do sistema de equações é dada por x = , y =0 e
3
z = 1. ♣
Vejamos agora ver alguns problemas que envolvem sistemas de equações.
Exemplo 2.9
Resolução:
Pretendemos determinar a equação da parábola que passa pelos pontos (0, 10),
(−2, 24) e (1, 6). Observando a equação reduzida da parábola, y = ax2 + bx + c,
verificamos que pretendemos é determinar os valores de a, b e c (O x e o y são
as coordenadas de um ponto genérico da parábola. O que determina, de uma
maneira única, a parábola são os valores dos coeficientes do termo em x2 , do
termo em x e do termo independente, isto é, de a, de b e de c, respectivamente!).
Como os três pontos têm que pertencer à mesma parábola, se substituirmos
as coordenadas de cada um dos pontos na equação reduzida, obtermos três
equações: uma correspondente para cada um dos pontos. Ou seja,
10
= a(0)2 + b(0) + c
c = 10
24 = a(−2)2 + b(−2) + c ou ainda, 4a − 2b + c = 24
6 = a(1)2 + b(1) + c a+b+c = 6
146 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
0 0 1 10
4 -2 1 24
1 1 1 6
Observe que o pivot da primeira linha é igual a zero. Por isso, a primeira
operação vai ser a de trocar a primeira linha com uma das outras duas: a
terceira é preferı́vel. Depois seguimos o processo habitual.
0 0 1 10 1 1 1 6
L1,3 L2 − 4L1
4 -2 1 24 4 -2 1 24
1 1 1 6 0 0 1 10
L2 : 4 -2 1 24
−4L1 : -4 -4 -4 -24
0 -6 -3 0
X. Recorrendo ao método
da condensação, determi-
ne a equação reduzida da
L2
1 1 1 6 1 1 1 6
parábola que passa pelos −3 L1 − L3
0 -6 -3 0 0 2 1 0
pontos:
0 0 1 10 0 0 1 10 L2 − L3
a)
L1 : 1 1 0 -4
−L2 : 0 -1 0 5
1 0 0 1
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 147
1 0 0 1
0 1 0 -5
0 0 1 10
− 6x + 1
3
c) y =
Exemplo 2.10 x2
b) y = 2x2 − 3x + 1
A industria de telemóveis tem crescido rapidamente desde os últimos a) y = −3x2 + 2x
anos da década de 80. A figura seguinte ilustra o número de sub-
scritores entre os anos de 1985 e 1990. Partido do princı́pio de que
a curva da figura se assemelha à de uma parábola e usando os da- Soluções de X:
dos referentes aos anos de 1985, 1987 e 1989 (20, 95 e 260 dezenas
de milhares de subscritores, respectivamente), determine a equação
reduzida da parábola n = at2 + bt + c, onde n é o número (em dezena
de milhares) de subscritores e t é o número de anos desde 1985. De
acordo com esta equação, quantos subscritores existirão no ano de
2003?
Subscritores, em dezenas de milhares
500
b
400
300
b
200
100 b
b
0
1985 86 87 88 89 90
148 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
Resolução:
0 0 1 20 16 4 1 260
L1,3 4L2 − L1
4 2 1 95 4 2 1 95
16 4 1 260 0 0 1 20
4L2 : 16 8 4 380
−L1 : -16 -4 -1 -260
0 4 3 120
16 4 1 260 16 4 0 240
L1 − L3 L1 − L2
0 4 3 120 0 4 0 60
0 0 1 20 L2 − 3L3 0 0 1 20
L1 : 16 4 1 260 L2 : 0 4 3 120
−L3 : 0 0 -1 -20 −3L3 : 0 0 -3 -60
16 4 0 240 0 4 0 60
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 149
L1 45
16 0 0 180 1 0 0
16 4
0 4 0 60
0 1 0
15
0 0 1 20 L2
0 0 1 20
4
L1 : 16 4 0 240
−L2 : 0 -4 0 -60
16 0 0 180
45
Ou seja, os valores dos coeficientes são dados por: a = , b = 15 e c = 20 e a
4
equação da parábola é
45 2
n= t + 15t + 20.
4
45
n = .(18)2 + 15.(18) + 20
4
45
= .324 + 270 + 20
4
810
= + 290
4
14580 + 1160
=
4
15740
=
4
= 3935
Exemplo 2.11
Resolução:
determinar uma solução, caso exista, comum às duas equações. Ou seja, temos
que resolver o sistema (
2x − y = 5
−3x + 7y = 2
" # L1
36
22 0 72 22 1 0
11
0 11 17 17
L2 0 1
11
11
µ ¶
36 17
A solução é o par ordenado , . ♣
11 11
Exercı́cios 2.2
x + y = 6
b) −2x = 0 −7
+ y = 8 13 8
( " #
− 5y = 9 0 0
c)
4x − 3y + z = 0 −3 7
x
= -2 0 1
d) y = 1 −1 0
z = 0 3 4
2. Para cada uma das matrizes ampliadas da alı́nea anterior, indique os ele-
mentos da diagonal.
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 151
( (
4x − 6y = 54 4x − 9y = -1
a) b)
−3x − 8y = 47 −2x − 6y = -3
( (
6x − y = 5 8x − 3y = 49
c) d)
−6x + 10y = -41 2x + 3y = 1
−x − 5y + 2z = 24
7x − 6y + 9z = -5
e) 5x + y − 3z = 21 f) 14x − 2y − z = 18
−7x + 5y + 19z = -17 −21x + 11y − 14z = -4
x+y−z = 2
x+y+z = 1
2x − 3y + w = 5
g) −2x + 3y − 6z = -1 h)
−5x + 2z − w
= -8
4x + 3y + 12z = 5
3y − 5z + w = 14
a) 7x − 2y = 3 e −x + 6y = 0
b) 15x − 7y = −3 e −9x + 5y = −1
H L M
A 3 2 4 330
B 4 2 3 340
C 5 4 2 440
H L M
A 6 1 3 300
B 2 5 2 250
C 4 4 3 440
b) Usando esta equação, determine qual deve ser o lucro para o ano de 2000.
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 153
2000
milhões de dolares
Lucro anual, em
1500 b
1000
b
b
500
0
1986 87 88 89 90
n = at2 + bt + c
b
120
estudantes por computador
80 b
Rácio
b
40 b
b
b
0
1983 85 87 89
154 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
1
2
1 3 x
−
2
−3
Vemos que as duas rectas são paralelas. Portanto, não existe nenhum ponto em
comum e dizemos que o sistema é IMPOSSÍVEL (S.I.).
Será que temos de esboçar o gráfico do sistema para concluir que o ele é im-
possı́vel? A resposta deve ser obviamente que NÃO! Se o sistema tivesse três
incógnitas, já não traçariamos rectas mas sim planos. E se o sistema tivesse
quatro incógnitas, então nem o gráfico poderı́amos esboçar!
Para classificar sistemas, aconselhamos o método da condensação.‡‡
Relativamente ao sistema anterior, temos a seguinte matriz ampliada:
" #
1 -1 3
2 -2 -1
‡‡ Também poderı́amos utilizar o método da substituição ou o da eliminação. No entanto,
aconselhamos o método da condensação por ser aquele que proporciona maior clareza do
resultado.
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 155
" # " #
1 -1 3 L2 − 2L1 1 -1 3
2 -2 -1 0 0 -7
Conclusão:
−2 x
156 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
" # " #
1 -1 -2 L2 + 2L1 1 -1 -2
-2 2 4 0 0 0
A matriz ampliada é
1 1 -1 1
2 -1 3 2
4 1 1 4
1 1 -1 1
0 -3 3 5
0 0 0 0
Mais uma vez estamos impedidos de avançar com a condensação. (Pivot nulo
na terceira linha!) Observe que a terceira linha corresponde à equação 0 = 0,
que é consistente. Este sistema também é POSSÍVEL e INDETERMINADO.
Para justificar esta afirmação, vamos esquecer a terceira linha e continuar a
condensação no sentido ascendente.
" # " # L1
1 1 -1 1 3L1 + L2 3 0 2 3 3
0 -3 3 5 0 -3 5 0 L 3
−3
2
1 0
3
1
5
0 1 − 0
3
ou ainda, temos
2
x = 1− z
3
5
y = z
3
Portanto, temos os valores de x e de y que dependem do valor da incógnita
z. Assim, para cada valor de z temos uma solução e como podemos atribuir
qualquer valor a z, o sistema vai ter uma infinidade de soluções. Logo o sistema
é possı́vel e indeterminado.
0 N
(S.I)
··· 0
(S.P.D)
0
(S.P.I)
0
" # 1 1 -1 1
1 -1 -2
0 -3 3 5
0 0 0
0 0 0 0
Exemplo 2.12
2x − 3y + z = 2
Classifique de SPD, SPI ou SI o sistema : −3x − 4y − 2z = 3
5x + y + 3z = 6
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 159
Resolução:
2 -3 1 2 2 -3 1 2
2L2 + 3L1 L3 + L2
-3 -4 -2 3 0 -17 -1 12
5 1 3 6 2L3 − 5L1 0 17 1 22
2L2 : -6 -8 -4 6 2L3 : 10 2 6 12
3L1 : 6 -9 3 6 −5L1 : -10 15 -5 10
0 -17 -1 12 0 17 1 22
2 -3 1 2 L3 : 0 17 1 22
0 -17 -1 12 L2 : 0 -17 -1 12
0 0 0 34 0 0 0 34
Exemplo 2.13
−6x + 4y − 5z
= 0
Classifique de SPD, SPI ou SI o sistema : 3x − 7y − 3z = −1
10y + 11z = 12
Resolução:
-6 4 -5 0 -6 4 -5 0
2L2 + L1 L3 + L2
3 -7 -3 -1 0 -10 -11 -2
0 10 11 2 0 10 11 2
2L2 : 6 -14 -6 -2 L3 : 0 10 11 12
L1 : -6 4 -5 0 L2 : 0 -10 -11 -12
0 -10 -11 -2 0 0 0 0
-6 4 -5 0
0 -10 -11 -2
0 0 0 0
Exemplo 2.14
x+y+z = 1
Classifique de SPD, SPI ou SI o sistema : 3x + 5y − z = 0
−x + 2y + 3z = −2
Resolução:
1 1 1 1 1 1 1 1
L2 − 3L1 2L3 − 3L2
3 5 -1 0 0 2 -4 -3
-1 2 3 -2 L 3 + L1 0 3 4 -1
L2 : 3 5 -1 0 L3 : -1 2 3 -2
−3L1 : -3 -3 -3 -3 L1 : 1 1 1 1
0 2 -4 -3 0 3 4 -1
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 161
1 1 1 1 2L3 : 0 6 8 -2
0 2 -4 -3 −3L2 : 0 -6 12 9
0 0 20 7 0 0 20 7
Comparando com o esquema, concluı́mos que sistema é possı́vel e determinado.
♣
XI. Classifique os seguin-
tes sistemas:
(
Exemplo 2.15 a)
2x + 4y = −3
−x + 6y = 2
Verifique se existe algum ponto comum às três rectas dadas pelas −x + 2y − z = 0
b) x + 7y = 8
equações x − y = 0, 3x + 2y = −1 e −x + 2y = 3.
−3x + y − z = 3
Resolução:
x + y + 4z = 0
c) 2x − 3y − z = 5
Se o sistema formado pelas três equações
−x + 5y − 6z = −6
x−y = 0
2x − 4y + 2z = 0
d) x + y + 2z = 2
3x + 2y = −1
−3x + 6y + 5z = 4
−x + 2y = 3
for possı́vel, então existe pelo menos uma solução comum às três equações. Caso
contrário, o sistema é impossı́vel e as rectas não se intersecção simultaneamente
em um único ponto. Assim, temos que classificar o sistema.
Condensando a matriz ampliada temos,
1 -1 0 1 -1 0
L2 − 3L1 5L3 − L2
3 2 -1 0 5 -1
-1 2 3 L3 + L1 0 1 3
L2 : 3 2 -1 L3 : -1 2 3
−3L1 : -3 3 0 L1 : 1 -1 0
0 5 -1 0 1 3
1 -1 0 5L3 : 0 5 15
0 5 -1 −L2 : 0 -5 1
0 0 16 0 0 16
A última linha corresponde a uma equação inconsistente. Logo, concluı́mos que
o sistema é impossı́vel. Ou seja, não existe um único ponto que pertença à três
rectas em simultâneo.
Se esboçarmos no plano cartesiano o gráfico das três equações, podemos confir-
mar facilmente esta conclusão.
162 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
3
d) SPD 2
c) SPI
1 x
−
b) SI 2
a) SPD
Soluções de XI:
Exercı́cios 2.3
1. Para cada um dos seguintes sistemas, diga se o sistema é do tipo SPD, SPI
ou SI.
(
x+y = 4
2x − 3y = 1
a) b) 2x − y = 5
x−y = 2
−x + 3y = 0
x+y−z = 8 (
3x − 2y = 8
c) 2x − y + 3z = 9 d)
−6x + 4y = 6
( −x + 2y − 4z = −1 (
7x + 2y − z = 11 x − 2y + 3z = 1
e) f)
−5x + 6y + 2z = −3 −2x + 4y − 6z = 1
8x − 2y + z = −3
x+y+z = −1
g) −3x + y − z = 1 h) 3x − 2y − 4z = 7
10x − 2y = −4 5x − 2z = −3
x+y+z+w = 10
2x − y + 3z = 1
−x − 3y + 2z + 2w = 7
i) j) −6x + 3y − −9w = −3
2x − y − z + w = 1
z 3z 1
−y + − = −
3x + y − z − w = −2 2 2 2
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 163
a) 3x − 4y = 1 e −2x + y = 0 b) −3x + 2y = 6 e 6x − 4y = 5
c) x − y = 2 e −2x + 2y = −4 d) x − 2y = 3 e −x + 5y = 7
3. Discuta quanto à existência de um ponto comum às três rectas dadas pelas
equações:
2x + y = −5, 7x + y = 0 e 3x − 2y = 17
(
2x − y = 4
−3x + ay = 0
seja impossı́vel.
164 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
Exercı́cios de Revisão
x + 2y
= 3
b) 2x + y = 3 Possı́vel ° Impossı́vel °
3x + 3y = 3
(
x + y + 3z = 2
c) Possı́vel ° Impossı́vel °
2x + 2y + 7z = 4
2x + 3y − z
= 4
b) −x + y + z = 1 Possı́vel ° Impossı́vel °
x+y+z = 3
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 165
4x + 2y = 6
c) 5x − 3z = 2 Possı́vel ° Impossı́vel °
9x + 2y − 3z = 9
5. [Frequência 95/96] Considerando duas rectas, uma que passa pelos pontos
(1, 1) e (3, 3) e outra que passa pelos pontos (−1, 2) e (−2, 3), o ponto de
intersecção das duas rectas é:
µ ¶ µ ¶ µ ¶
1 1 1 1 1 1
a) , ° b) , ° c) ,
3 2 2 2 2 3
µ ¶ µ ¶ µ ¶
1 1 1 1 1 1
d) , ° e) − , ° f) ,−
3 3 2 3 2 3
2x + y − z
= 1
a) 3x − 2z = 2 ° SI ° SPI ° SPD
4x + y = -1
5x + y − z
= 1
b) 4x − 2z = 2 ° SI ° SPI ° SPD
−x − y − z = -1
166 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
y−x−z = 1
c) 3x − 2y − 2z = 2 ° SI ° SPI ° SPD
−3z + 2x − y = 3
x−z = 0
d) 3x + y − 2z = 0 ° SI ° SPI ° SPD
2x + y − z = 0
10. [Exame 95/96] Classifique de verdadeira ou falsa cada uma das seguintes
afirmações:
(d) Num plano, duas rectas com declives diferentes, podem não se inter-
sectar.
11. [Exame 95/96] A sala de computadores pode ser utilizada por 40 alunos
simultaneamente. Alguns dos terminais são utilizados apenas por um
aluno e outros por dois alunos. Quantos terminais existem de cada tipo
se o total de terminais for de 21.
12. [Exame 95/96] Encontre a equação da parábola que passa pelos pontos
(0, 1), (1, 3) e (−1, 3).
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 167
13. [Exame de Recurso 95/96] O bilhete de cinema para adultos custa 600$00
e para as crianças com menos de 12 anos custa 400$00. Se numa sessão
com 125 pessoas que pagaram o bilhete, a receita terá sido de 59.000$00,
quantos eram os adultos e quantas eram as crianças.
x + y + 3z = 0
2x − 3y + z = 0
2x + 3y + 5z = 4
a) b) x − 6y + 3z = -1
3x + 4y + 8z
= 4
x + 2y + 2z 7x + 2y − 5z = 4
= 4
5x − 2y + 6z = -3
(
−12x + 3y − 6z = 18
c) d) −2x + 5y − z = 1
4x − y + 2z = 14
3x + 3y + 5z = 2
17. [Exame de Recurso 96/97] Escreva a equação reduzida da recta que passa
pelos pontos (−4, 0) e (0, 3).
19. [1a Frequência 97/98] Encontre o ponto de intersecção da recta dada por
y + x − 8 = 0 e da recta que passa pelos pontos (−1, 0) e (0, 1).
23. [Exame Final 97/98] Verifique se existe um único ponto comum às três
rectas: x + y − 3 = 0, −2x + 4y − 6 = 0 e −3x + y + 1 = 0.
26. [1a Frequência 98/99] Diga por que razão os pontos (2, −5), (4, −1),
(−1, −1) e (5, −5) não podem pertencer a uma mesma parábola.
27. [1a Frequência 98/99] A soma de dois números é igual a 81. A diferença
entre o dobro de um e o triplo do outro é 62. Encontre estes números.
28. [1a Frequência 98/99] Num autocarro com vinte bancos vão cinquenta
pessoas (adultos e crianças). Em cada banco vão sentados ou dois adultos
ou três crianças. Quantos bancos com adultos e quantos bancos com
crianças existem?
29. [Exame Final 98/99] Uma mercearia não marca os preços dos bens que
vende. A D. Maria foi a essa mercearia e comprou três pacotes de 1Kg de
açúcar e duas dúzias de ovos, num total de 710$00. O seu vizinho foi à
mesma mercearia e comprou dois pacotes de 1kg de açucar e três dúzias
de ovos, num total de 790$00. Quanto é que uma outra pessoa pagaria,
para trazer dois pacotes de açúcar e duas dúzias de ovos?
Capı́tulo 3
Matrizes
3.1 Introdução
Imagine uma turma de cinco alunos que, por conveniência, chamaremos de:
aluno A, aluno B, aluno C, aluno D e aluno E. Cada aluno, ao longo do semestre
efectua duas frequências e apresenta um trabalho. Como é que o professor
pode apresentar, e de uma maneira eficiente, as notas de avaliação de todos os
alunos? Uma maneira conveniente do professor expor toda esta informação será
recorrendo à tabela seguinte:
I. Forme a tabela que
traduza a seguinte reali-
dade:
1a freq. 2a freq. trabalho
Da população activa
aluno A 15 15 16 da cidade da Covilhã,
12% trabalha fora do
local de residência e
aluno B 18 19 19 88% trabalha no local
de residência, enquanto
aluno C 17 15 17 que da população activa
da cidade do Fundão,
18% trabalha fora do
aluno D 14 17 16 local de residência e
82% trabalha no local de
aluno E 12 13 15 residência.
169
170 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
15 15 16
18 19 19
17 15 17
14 17 16
12 13 15
# "
82 18
88 12 adiante, somos obrigados a concluir que as matrizes são uma “coisa boa”.
Solução de I:
Uma matriz é uma tabela de elementos, geralmente números reais, enquadrada
por dois parêntesis rectos.∗
" # " #
3 5 9 -8 7
A= B=
1 4 2 15 21
10 h i h i
C = -1 D= 4 6 8 0 E= 12
13
todos os elementos de uma linha vertical formam uma coluna. Por exemplo, a
matriz A tem duas linhas e três colunas. Os elementos da primeira linha são 3,
5 e 9, e os elementos da terceira coluna são 9 e 2.
Quando nos queremos referir a uma matriz e ao mesmo tempo indicar a sua di-
mensão, fazemo-lo escrevendo a letra associada à matriz e em ı́ndice escrevemos
a sua dimensão. Por exemplo, e em relação às cinco matrizes anteriores, temos
as matrizes: A2x3 , B2x2 , C3x1 , D1x4 e E1x1 .
Assim como associamos uma letra maiúscula a uma matriz, vamos também
associar a correspondente letra minúscula a cada elemento da matriz, seguida
de dois ı́ndices (o primeiro para o número da linha e o segundo para o número
da coluna). Por exemplo, se a matriz A é do tipo mxn, então a sua forma geral
†
é
a11 a12 ··· a1n
a
21 a22 ··· a2n
A=
(∗)
.. .. ..
. . .
am1 am2 ··· amn
pontos (· · · ) para indicar que a sequência de elementos continua até ao último da linha m.
172 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
Exemplo 3.1
Resolução:
II. Determine as ma- Como o termo geral é aij = i + j, para determinar cada um dos elementos da
trizes:
matriz A basta somar os ı́ndices correspondentes. Assim, temos:
a) A = [aij ]2x1 e aij = 0
d) D (= [dij ]3x3 e
j , se i≤j Logo, a matriz A é
dij = " #
0 , se i>j
2 3 4
A= .♣
3 4 5
Já falámos no capı́tulo anterior sobre a diagonal de uma matriz. Agora, podemos
observar facilmente que a diagonal de uma matriz A é formada por todos os
elementos cujos ı́ndices são iguais, isto é, todos os elementos da forma aii . Por
exemplo, dada a matriz
1 -7
G= 4 3
2 1
Existem algumas matrizes que, pela sua importância ou pela sua aparência,
recebem nomes especiais. Apresentamos aqui as que achamos serem as mais
importantes para o presente curso.
Matriz linha Naturalmente, é uma matriz que tem apenas uma linha.
São matrizes de dimensão 1xn, onde n pode ser um número qualquer
não-nulo. As matrizes que se seguem são exemplos de matrizes linha.
3 d) D = 0
A = [1 − 3 4] B = [0 1]
3 0 0
2
3 2 1
i h
m pode ser um número qualquer não-nulo. A seguir apresentamos alguns 1 1 1 b) B =
exemplos de matrizes coluna.
# "
0
a) A =
0
" # 0 Soluções de II:
2
A= B= 1
-1
4
" # 1 0 0
2 -1
A= B= 0 -1 2
-1 0
4 0 0
Matriz nula A matriz nula é uma matriz cujos elementos são todos
iguais a zero. A sua dimensão pode ser uma qualquer, vai depender do
contexto. Representa-se por O. Por exemplo,
0 0 0
" # 0 0 0 0
0 0 0 0 0
O2×2 = , O3×4 = 0 0 0 0 , O4×3 =
0
0 0 0 0
0 0 0 0
0 0 0
Exercı́cios 3.1
2 -1 " # 0 -1 0
-12 0 -3
A= 7 13 B= C= 1 0 -1
4 26 -19
0 1 0 1 0
" # 8 -7 " #
2 0 -14 5 - 53 1
D= E= 1 0 F= 4
1 3 0 12 1
0 7
2 -1
" # - 41
1 0 h i
G= H= 18 7 J= 0
0 2 7
2
i+j
, se i 6= j
a) 2x3 e aij = 2i − 1 b) 3x4 e aij =
0 , se i=j
1
, se i par
i
c) 3x3 e aij = (−1) .j d) 2x2 e aij =
0 , se i ı́mpar
-2+j-i
, se (i − j)2 ≤ 1
2
e) 1x5 e aij = (i − j) f) 3x3 e aij =
0 caso contrário
Definição:
(ii) os elementos homólogos‡ forem iguais, isto é, aij = bij para todo i e j.
‡ Elementos homólogos são elementos que ocupam a mesma posição. Isto é, elementos que
Exemplo 3.2
Dadas as matrizes
" # " #
2 x 3 a 5 3
A= e B=
y -1 4 0 b 4
Seja A uma matriz qualquer. A matriz que se obtém permutando as linhas b) A=C
Exemplo 3.3
0 9
178 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
c) x = −1 e y = z.
b) Impossı́vel.
Adição e Subtracção de Matrizes
a) x = 1, y = 1 e z = 2.
Dadas duas matrizes, A e B, da mesma dimensão, a soma (diferença) entre A
Soluções de III: e B, que representaremos por A + B (A − B), é a matriz, da mesma dimensão,
obtida somando (subtraindo) os elementos homólogos das matrizes A e B.
Se as matrizes não tiverem a mesma dimensão, então as operações de adição e
subtracção não estão definidas.
Numa linguagem matemática, podemos dizer que: se
então
C = A ± B = [cij ]mxn ,
onde
cij = aij ± bij .
Exemplo 3.4
Dadas as matrizes
" # " # " #
1 4 7 1 -2 -6 5 4
A= , B= , C=
-1 0 3 4 8 0 1 -3
Resolução:
Só podemos somar ou subtrair matrizes com a mesma dimensão. Ou seja, só
podemos somar ou subtrair as matrizes A2x3 e C2x3 , porque têm a mesma
dimensão, 2x3. A matriz B2x2 tem uma dimensão diferente das outras duas
(2x2).
Assim, podemos efectuar as seguintes operações:
A + C , A − C , C + A e C − A.
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 179
" # " #
1 4 7 -6 5 4
• A+C = +
-1 0 3 0 1 -3
" #
1+(-6) 4+5 7+4
=
-1+0 0+1 3+(-3)
" #
-5 9 11
= .
-1 1 0
V. Efectue, quando
" # " #
1 4 7 -6 5 4 possı́vel, as operações.
• A−C = −
-1 0 3 0 1 -3 "
1
#
−1
# "
" # a) +
1-(-6) 4-5 7-4 −7 7
= " # " #
-1-0 0-1 3-(-3) 4 7 2
" # b) +
5 3 1
7 -1 3
= . " # " #
-1 -1 6 c)
−1 0
+
3 2
2 1 0 1
" # " #
-6 5 4 1 4 7
• C+A = +
0 1 -3 -1 0 3
" #
-6+1 5+4 4+7
=
0+(-1) 1+0 -3+3
" #
-5 9 11
= .
-1 1 0
" # " #
-6 5 4 1 4 7
• C−A = −
0 1 -3 -1 0 3
" #
-6-1 5-4 4-7
=
0-(-1) 1-0 -3-3
" #
-7 1 -3
= . ♣
1 1 -6
" #
2 2
c)
2 2
b) Impossı́vel.
Temos de distinguir entre a operação de multiplicação de uma matriz por um
# "
0
.
0
a) escalar e a operação de multiplicação entre duas matrizes. Como veremos, a
primeira está sempre definida enquanto que a segunda nem sempre está definida.
Solução de V:
Vejamos um exemplo.
Exemplo 3.5
" #
4 -1 3
Dada a matriz A = , determine:
0 12 -6
a) 3A b) −A
Resolução:
A
a)
b) Para determinar a matriz −A, que designaremos por o negativo da matriz 2
A, basta verificar que é equivalente a (−1)A. Assim, temos, b) −5A
" # " #
4 -1 3 -4 1 -3
−A = − = . ♣
0 12 -6 0 -12 6
Multiplicação de Matrizes
b b
b
b b
# "
40
−30 −10
b) A·B
Solução de VI:
b b b
b b
b b b
(3x2) (2x1)
Observe que não podemos multiplicar a matriz B pela matriz A. Com efeito,
se associarmos as peças de dominó correspondentes, vemos imediatamente a
impossibilidade da multiplicação
b b b
b b
b b b
(2x1) (3x2)
b b b b
? b b b
b b b b
D · A · B
b b b
b b b ?
b b b
A · B · E
Esquematicamente, temos
p
P coluna j
onde o sı́mbolo sig-
k=1
nifica que vamos somar
as quantidades aik bkj em
linha i = cij
que ı́ndice k varia entre
1 e p.
Vejamos um exemplo.
Exemplo 3.6
Dadas as matrizes
2 -5 " #
-12 3
A = -1 3 e B=
0 -2
0 4
determine o produto A · B.
Resolução:
A · B = C
2=2
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 185
d) B.C
Observe que, mesmo estando definidas as duas multiplicações A · B e B · A, o
produto pode ser diferente. Vejamos um exemplo simples.
Exemplo 3.7
Dadas as matrizes
" # " #
-2 3 7 -1
A= e B=
1 -5 -6 4
determine os produtos A · B e B · A.
Resolução:
Como ambas as matrizes têm duas linhas e duas colunas, verificamos que as duas
multiplicações estão definidas. Vamos determinar primeiro a matriz produto
A · B, do tipo 2x2, que chamaremos C:
" #
c11 c12
.
c21 c22
Assim, temos:
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 187
d) Impossı́vel
c12 = (-2).(-1)+3.4 = 2+12 = 14
# "
30
−41
c)
−42 a) 21
= 1.(-1)+(-5).4 = -1+(-20) = -21 −6
c22 12 0
0
ou seja, a matriz produto é −6 0 3
" #
-32 14
Soluções de VII:
C=A·B= .
37 -21
b) A.BT =BT .A
d22 = (-6).3+4.(-5) = -18+(-20) = -38
2
(A + B) 6= A2 + 2A · B + B2 .
2
b) a = 0 e b =
3
Se aplicarmos a definição de potência, temos que
a) a = −24 e b = 24
2
Soluções de VIII: (A + B) = (A + B) · (A + B)
2
(A + B) = A2 + A · B + B · A + B2
Temos que
Ã" # " #!2
2 −2 5 1 −5
(A + B) = +
−3 −7 3 0
" #2
−1 0
=
0 −7
" #
1 0
=
0 49
" # " #
−2 5 1 −5
2A · B = 2 ·
−3 −7 3 0
" #
−2 + 15 10 + 0
= 2
−3 − 21 15 + 0
" #
26 20
=
−48 30
e
" # " #
1 −5 1 −5
B2 = ·
3 0 3 0
" #
1 − 15 −5 + 0
=
3+0 −15 + 0
" #
−14 −5
=
3 −15
2
de onde vemos que (A + B) 6= A2 + 2A · B + B2 !
A·B=0
A=0 ou B = 0.
e verificar que
" # " # " #
0 1 −2 5 0 0
A·B = · =
0 3 0 0 0 0
Como já foi dito, a matriz identidade (ver página 173) é uma matriz muito
importante na álgebra de matrizes. Esta matriz tem uma propriedade curiosa:
desde que esteja definida a multiplicação, o produto da matriz identidade por
outra matriz (e o produto de outra matriz pela identidade) é sempre igual a
essa outra matriz, ou seja,
I·A=A
e
A · I = A.
Exemplo 3.8
Resolução:
" # " #
1 0 0 12 7
I2 · A = ·
0 1 -1 14 -5
" #
0+0 12 + 0 7+0
=
−1 + 0 14 + 0 −5 + 0
" #
0 12 7
= .
-1 14 -5
" # 1 0 0
0 12 7
A · I3 = · 0 1 0
-1 14 -5
0 0 1
" #
0+0+0 0 + 12 + 0 0+0+7
=
0 + (−1) + 0 0 + 14 + 0 0 + 0 + (−5)
" #
0 12 7
= . ♣
-1 14 -5
Matriz Inversa
A algumas matrizes está associada uma outra matriz, designada a matriz in-
versa, ou simplesmente a inversa. Se a matriz A admitir a inversa, a qual
representaremos por A−1 , então verifica-se a seguinte relação
Caso a matriz inversa da matriz A não exista, dizemos que a matriz A é singular.
Caso contrário, dizemos que a matriz A é não-singular ou invertı́vel.
Se a matriz A é invertı́vel, então a inversa A−1 é única.
Para que uma matriz tenha inversa é NECESSÁRIO que a matriz seja quadrada.
No entanto, esta condição não é SUFICIENTE. Nem toda a matriz quadrada
tem inversa; mas toda a matriz que tem inversa é quadrada.
Da relação 3.1, verificamos que a existir a inversa de uma matriz A, esta terá
obrigatoriamente de ter a mesma dimensão da matriz A (para que a multi-
plicação da inversa A−1 , à esquerda e à direita, da matriz A seja possı́vel).
Exemplo 3.9
" #
4 7
Verifique que a matriz B = é a matriz inversa da matriz
1 2
" #
2 -7
A= .
-1 4
192 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
Resolução:
" # " #
2 -7 4 7
A·B = ·
-1 4 1 2
" #
8+(-7) 14+(-14)
=
-4+4 -7+8
IX. Dada a matriz " #
"
19 9
#
1 0
= .
−21 −10 0 1
qual das seguintes é a sua
inversa?
Logo, concluı́mos que a matriz B é a inversa da matriz A. ♣
" #
10 9 Do exemplo anterior, vemos que a matriz B é a inversa da matriz A. Isto é,
A=
21 19
"
−10 −9
#
B = A−1 .
B=
−21 −19
"
10 9
# Mas também poderı́amos dizer que a matriz A é a inversa da matriz B.(Porquê?)
C=
−21 −19 Ou seja, poderı́amos escrever A = B−1 . Logo, podemos dizer que
¡ ¢−1
A = A−1 ,
Nota:
1. inversa
2. multiplicação e potenciação
3. soma e subtração
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 193
Soluções de IX:
• Elemento neutro da • Elemento neutro da
multiplicação multiplicação
1 I
• Um elemento • Um elemento
a A
Exemplo: Exemplo:
" #
2 -7
a=2 A=
-1 4
• O recı́proco • A inversa
a−1 A−1
Exemplo: Exemplo:
" #
−1 −1 1 −1 4 7
a =2 = 2 A =
1 2
Exemplo: Exemplo:
" # " #
−1 4 7 2 -7
A·A = ·
2.2 −1
=1 " 1 2 # -1 4
1 0
=
0 1
e e
" # " #
−1 2 -7 4 7
A ·A = ·
2 −1
.2 = 1 " -1 4 # 1 2
1 0
=
0 1
194 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
Resta-nos ver como é que se determina a matriz inversa. Existem várias maneiras
de a calcular. Vamos ver agora o método que utiliza a condensação descrita no
capı́tulo 2, que é conhecido por Algoritmo de Gauss-Jordan. Veremos mais
adiante outro método utilizando determinantes.
Antes de enunciar o algoritmo de Gauss-Jordan, vamos analisar o problema da
determinação da matriz inversa de uma matriz 2x2. Por exemplo a matriz
" #
4 7
A= .
3 5
Já vimos que se existir a inversa da matriz A, então a inversa também é uma
matriz do tipo 2x2. Portanto, será uma matriz do tipo
" #
−1 a b
A = .
c d
e (
4b+7d = 1
.
3b+5d = 0
ampliada " #
4 7 1
,
3 5 0
onde na primeira coluna aparecem os coeficientes de a, na segunda coluna apare-
cem os coeficientes de c e na terceira coluna aparecem os termos independentes.
Aplicando o método da condensação a esta matriz ampliada, passamos pelos
seguintes passos:
" # " #
4 7 1 4L2 − 3L1 4 7 1 L1 + 7L2
3 5 0 0 -1 -3
" # L1 " #
4 0 -20 4 1 0 -5
.
0 -1 -3 L2 0 1 3
−1
" # " #
4 7 0 4L2 − 3L1 4 7 0 L1 + 7L2
3 5 1 0 -1 4
196 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
" # L1 " #
4 0 28 4 1 0 7
.
0 -1 4 L2 0 1 -4
−1
Da última matriz ampliada tiramos os valores b = 7 e d = −4.
Portanto, a matriz inversa é
" #
−1 -5 7
A = .
3 -4
" #
1
A 0
" #
1
A 0
" # " #
4 7 1 0 (· · · ) 1 0 -5 7
.
3 5 0 1 0 1 3 -4
Algoritmo de Gauss-Jordan
Para determinar a inversa de uma matriz A de di-
mensão mxm:
h i
A I
h i
I A−1
Exemplo 3.10
-1 1 4
Determine a inversa da matriz A = 1 -1 -5 .
0 1 2
Resolução:
-1 1 4 1 0 0 -1 1 4 1 0 0
L2 + L1 L2,3
1 -1 -5 0 1 0 0 0 -1 1 1 0
0 1 2 0 0 1 0 1 2 0 0 1
-1 1 4 1 0 0 -1 1 0 5 4 0
L1 + 4L3 L1 − L2
0 1 2 0 0 1 0 1 0 2 2 1
0 0 -1 1 1 0 L2 + 2L3 0 0 -1 1 1 0
-1 0 0 3 2 -1 1 0 0 -3 -2 1
−L1
0 1 0 2 2 1 0 1 0 2 2 1 .
0 0 -1 1 1 0 −L3 0 0 1 -1 -1 0
Para confirmar que a matriz inversa está bem calculada, podemos fazer a veri-
ficação. Para isso, basta multiplicar A · A−1 ou A−1 · A e o resultado tem de
ser a matriz identidade de dimensão 3x3.
Assim, multiplicando por exemplo A · A−1 , obtemos
-1 1 4 -3 -2 1
A · A−1
= 1 -1 -5 · 2 2 1
0 1 2 -1 -1 0
3+2+(-4) 2+2+(-4) -1+1+0
= -3+(-2)+5 -2+(-2)+5 1+(-1)+0
0+2+(-2) 0+2+(-2) 0+1+0
ou seja,
1 0 0
A · A−1
= 0 1 0 . ♣
0 0 1
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 199
Condensando obtemos
-1 1 -4 1 0 0 -1 1 -4 1 0 0
L2 + L1 L3 − L2
1 2 5 0 1 0 0 3 1 1 1 0
0 3 1 0 0 1 0 3 1 0 0 1
-1 1 -4 1 0 0
0 3 1 1 1 0
0 0 0 -1 -1 1
Exercı́cios 3.2
−1 −15
−4
5 12 " # " #
h i h i a -1 0 2
c) x+y x-y = 2 0 d) =
5 21
1
2 3 -1 3
−1 5 6
c) " #T " # " # " #
5 b) 0
11 x 11 y x+y-z y+2z 0 0
1 0 0 e) = f) =
2 0 3 0 3x-5z 2x+y-3z 1 2
1
3 −17 1
−1
# "
2
−15
a)
8 2. Determine a transposta das seguintes matrizes:
Solução de X:
" # " # " #
2 -1 1 3 1 0 -1
a) A= b) B= c) C=
3 4 3 4 3 7 6
1 h i h i
d) D= 7 e) E= 2 5 -1 f) F= 10
-3
" # " #
3 4 1 -3
a) b)
-2 -3 2 6
1 0 2 1 3 7
c) 0 3 1 d) 0 1 -6
2 -1 0 0 0 1
2 1 0 1 -3 2
e) 1 0 3 f) -2 4 5
0 2 1 -1 1 7
" #
1 2
5. Determine o valor de x de modo a que a matriz seja a inversa da
3 7
" #
7 -2
matriz .
x 1
" # " #
8 5 −1 7 5
6. Verifique que a inversa da matriz A = é A = .
-11 -7 11 -8
¡ ¢−1
Determine a inversa da matriz A−1 e conclua que A−1 = A, isto é, a
inversa da matriz inversa de A é a própria matriz A.
Assim, sempre que quisermos passar um sistema de equações para a sua rep-
resentação matricial temos que determinar as matrizes A, X e B. Uma das
maneiras para se escrever a representação matricial de um sistema é efectuar os
seguintes passos, que ilustraremos com o sistema de equações
(
6x+5y = -2
.
3x-2y = 8
Notas:
Exemplo 3.12
Resolução:
=
·
3×1
4×3 4×1
Escolhendo uma ordem alfabética para as incógnitas, obtemos a seguinte equação XI. Escreva uma equação
matricial, matricial para cada um
dos seguintes sistemas:
2 -3 0 x = 8
·
-1 0 -1 y -1 (
x+y = 3
2 . ♣
(a)
0 4 -3 z 2x − 3y = −5
1 1 0 14 (
x−z = 1
(b)
y−x = −3
(
y = 4
Se a matriz dos coeficientes A for invertı́vel, podemos utilizar a sua matriz (c)
x = 0
inversa para resolver o sistema de equações ao qual ela está associada. Vejamos
como.
Partindo da equação matricial que representa o sistema de equações,
A·X=B
−3
# "
1 Pela definição de matriz inversa, A−1 · A = I, onde I é a matriz identidade.
y =
z
−1
Logo, a expressão anterior é igual a
# "
0 1
−1 0 1
I · X = A−1 · B.
x
(b)
−5 −3
X = A−1 · B.
! Importante! Ou seja, se a matriz dos coeficientes A for quadrada e tiver inversa, podemos
A multiplicação matri-
utilizar a expressão anterior para resolver o sistema de equações a que está
cial não é comutativa.
associada a matriz A, qualquer que seja a matriz B.
Por isso, a ordem das
Vejamos alguns exemplos.
matrizes é importante!
Exemplo 3.13
" # " #
4 1 −1 2 -1
Sabendo que a inversa da matriz A = é A = ,
7 2 -7 4
(
4x+y = -3
resolva o sistema de equações .
7x+2y = 8
Resolução:
∗ Relembrar que quando temos uma equação, qualquer operação que efectuamos em um
dos membros teremos de fazer a mesma operação no segundo membro para continuar a ser
válida a igualdade.
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 207
X = A−1 · B
" # " # " #
x 2 -1 -3
= ·
y -7 4 8
" #
2.(-3)+(-1).8
=
(-7).(-3)+4.8
" #
-14
= ♣
53
Exemplo 3.14
1 2 -3
Sabendo que a inversa da matriz A = 6 13 -13 é A−1 =
4 11 4
195 -41 13 6x-13y+13z = 1
-76 16 -5 , resolva o sistema de equações x-3y+2z = 0 .
14 -3 1 4x+4y+11z = 0
Resolução:
A pergunta que se põe é: como é que completamos a equação matricial ante-
208 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
rior? Para completar a matriz das incógnitas, temos que observar a matriz dos
coeficientes. Na primeira coluna aparecem os números 1, 6 e 4. Estes números
são coeficientes de que incógnita? Se analisarmos o sistema de equações, vemos
imediatamente que estes números são os coeficientes da incógnita x. Assim, esta
deve ser a primeira incógnita a figurar na matriz das incógnitas. Na segunda
coluna aparecem os coeficientes da incógnita z, por isto, esta deve ser a segunda
incógnita. Finalmente, e por exclusão de partes, na terceira coluna aparecem os
coeficientes de y. Assim, temos
1 2 -3 x ?
6 13 -13 · z = ? .
4 11 4 y ?
2 3 Solução de XII:
3 5
4 6
6 b
b
4
b
2 b
2 4 x
vemos facilmente que embora os dados estejam próximos de pertencer a uma única
recta, efectivamente não existe nenhuma recta que passe por estes quatro pontos
simultaneamente (basta ver que o declive da recta que passa pelos dois primeiros
pontos é igual a 1 e o declive da recta que passa pelo segundo e terceiro ponto
é igual a 2. Se houvesse uma única recta, então o declive teria NECESSARIA-
MENTE de ser o mesmo).†
Embora não exista uma recta que passe pelos quatro pontos simultaneamente,
podemos estar interessados em saber qual é a recta que “melhor se aproxima”
aos nossos dados. Isto é, queremos determinar a equação da recta
y = mx + k,
† Observe que não é SUFICIENTE o declive ser igual. Por exemplo, em relação aos pontos
anteriores, o declive da recta que passa pelos dois últimos pontos também é igual a 1. Isto
significa que, se a recta não for a mesma, então é paralela!
210 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
ii) o modelo escolhido pode ser apenas uma aproximação da realidade, não
traduzindo na totalidade a mesma realidade.
Em primeiro lugar, temos que definir o que entendemos por “melhor aprox-
imação”. Dizemos que a equação de recta, y = mx + k, é a equação da recta
que melhor se aproxima de um conjunto de dados se a SOMA dos QUADRA-
DOS das diferenças entre os valores dos y ′ s calculados experimentalmente e
aqueles que podemos calcular através da equação, para os mesmos valores de x,
é mı́nima. Daqui o nome de Método dos Mı́nimos Quadrados.
Quando a equação que utilizamos para aproximar os dados é linear, isto é, do
primeiro grau, o método é designado por Regressão Linear.
NÃO adianta querer resolver este sistema. Se fosse um sistema possı́vel e de-
terminado, isto é, com uma única solução para m e k, então existiria uma recta
a passar por todos os pontos! Mas, como já vimos, não existe. O sistema é
impossı́vel. Com efeito, e para o aluno menos crédulo, aqui fica a condensação:
1 1 2 L2 − 2.L1 1 1 2 1 1 2
L − 3.L
2 1 3 3 1 0 -1 -1 L3 − 2.L2 0 -1 -1
3 1 5
L − 4.L 0
4 1
-2 -1 L4 − 3.L2 0 0 1
4 1 6 0 -3 -2 0 0 1
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 211
" # L1 7
1 0
30 0 42 30 5
0 2 1 1
L2 0 1
2
2
7
Concluı́mos que o declive da recta pretendida é dado por m = e a ordenada
5
1
na origem é dada por k = .
2
Portanto, a equação da recta que melhor se aproxima dos nossos dados é
7 1
y= x+ .
5 2
6 b
b
4
b
2 b
2 4 x
Ponto calculado b
diferença das
ordenadas
b
Ponto experimental
19
1 2 = 1.9 -0.1
10
33
2 3 = 3.3 +0.3
10
47
3 5 = 4.7 -0.3
10
61
4 6 = 6.1 +0.1
10
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 213
Exemplo 3.15
Dada a tabela
x y
1 1
2 2
3 7
4 9
5 15
escolha o modelo, linear ou quadrático, o que melhor se ajusta para
encontrar a equação que melhor se aproxima dos dados.
Resolução:
A primeira perguntar a fazer será: que modelo devemos escolher? Não seria
sensato escolher entre um dos modelos só depois de fazermos as contas e verificar
que um deles é melhor do que o outro. Geralmente a nossa sensibilidade visual
não nos engana, ou seja, se disposermos os dados num gráfico veremos com mais
facilidade qual dos modelos devemos optar.
y
15 b
13
11
9 b
7 b
3
b
1 b
1 2 3 4 5 x
Observando o gráfico verificamos que o modelo quadrático deve ser o mais indi-
cado, visto os dados estarem mais próximos de “formar” uma parábola do que
uma recta.
Assim, estamos à procura da equação
y = ax2 + bx + c
obtemos
979 225 55 a 591
225 55 15 · b = 137
55 15 5 c 34
979 225 55 591 55 15 5 34
L1,3 11L2 − 45L1
225 55 15 137 225 55 15 137
55 15 5 34 979 225 55 591 5L3 − 89L1
55 15 5 34 55 15 5 34
L3 − 3L2 −L2
0 −70 −60 −23 0 −70 −60 −23
0 −210 −170 −71 0 0 10 −2 L3
2
55 15 5 34
55 15 0 35
L1 L2
,
L1 − L3 5 35
0 70 60 23 0 70 0 35
0 0 5 −1 L2 − 12L3 0 0 5 −1 L3
5
11 3 0 7 22 0 0 11 L1
0
2L1 − 3L2 22
2 0 1 0 2 0 1
1 1 L2
0 0 1 − 0 0 1 −
5 5 2
216 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
1
1 0 0
2
1
0 1 0
2
1
0 0 1 −
5
x2 x 1
y= + − .
2 2 5
4 1
1 1 −
5 5
14 4
2 2
5 5
29 6
3 7 −
5 5
49 4
4 9
5 5
74 1
5 15 −
5 5
Podemos ver novamente que a soma das diferenças é igual a zero. No entanto,
o “erro” cometido pelo modelo é de
µ ¶2 µ ¶2 µ ¶2 µ ¶2 µ ¶2
1 4 6 4 1 70 14
− + + − + + − = =
5 5 5 5 5 25 5
7 37
y= x−
2 10
1 6
1 1 − −
5 5
33 13
2 2
10 10
34 1
3 7 −
5 5
103 13
4 9
10 10
69 6
5 15 −
5 5
determine a equação da
recta e da parábola que
melhor se aproximam
y
dos dados. Compare o
15 b
“erro” e diga qual é o
modelo mais adequado.
13
11
9 b
7 b
3
b
1 b
1 2 3 4 5 x ♣
218 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
86 86 Uma rede consiste num conjunto de nós (agentes) e num conjunto de arcos
x− y=
159 207 (laços) que conectam os nós. Os agentes podem representar pessoas, cidades,
Solução de XIII: computadores ou qualquer classe social e os laços podem representar uma qual-
quer relação existente entre os vários agentes.
Os laços podem ser direccionados ou não. Por exemplo, se pensarmos nas
cidades do Porto e Lisboa como os agentes de uma rede e a auto-estrada A1
como um laço, este laço não é direcionado porque tanto liga o Porto a Lisboa
como o contrário.
Porto Lisboa
João Paula
João Paula
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 219
João Paula
B C
O essencial desta rede pode ser resumido numa matriz que chamaremos matriz
de adjacência. A matriz de adjacência tem uma linha e uma coluna para cada
agente. Portanto, trata-se de uma matriz quadrada.
Para
A B C D
A
B
De
C
D
Os elementos desta matriz serão nulos se não houver um laço entre os agentes.
Por exemplo, o elemento da linha 3, coluna 1 é nulo porque não existe um laço
a ligar o agente C ao agente A.
220 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
Observe, por exemplo, que existe um laço a ligar C a D mas não no sentido
contrário. Por isso, o elemento da linha 3, coluna 4 é igual a um e o da linha 4,
coluna 3 é nulo.
As vantagens são:
Exemplo 3.16
2 3
4 5 6
Determine:
Resolução:
1. A matriz de adjacência é
0 1 0 0 0 0
0 0 0 0 1 0
1 0 0 1 1 0
.
0 0 1 0 1 0
0 0 0 1 0 1
0 0 1 0 1 0
linha3
P P =
linha 5
Elemento pretendido
P 3 = P · P2 .
Isto significa que para obtermos o elemento da linha 1, coluna 6 da matriz
P3 temos de multiplicar a primeira linha da matriz P2 pela coluna 6 da
matriz P. Mas da matriz P2 apenas calculámos o último elemento da
primeira linha. Deste modo, temos de calcular os restantes elementos.
XIV. Construa a ma-
triz de adjacência do so-
0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0
ciograma seguinte:
0 0 0 0 1 0
A 1 0 0 1 1 0
· =
0 0 1 0 1 0
B
0 0 0 1 0 1
0 0 1 0 1 0
C
E 0 0 0 0 1 0 0 1
Determine:
0
0
· =
(a) o número de cami- 0
nhos a ligar o agente E ao
1
B, passando no máximo
por três laços. 0
(b) a distância do agente
B ao agente E. Como o elemento é diferente de zero, concluı́mos que a distância do agente
1 ao agente 6 é igual a três.
3.3.4 Demografia
Como último exemplo de aplicação de matrizes, vamos pensar no seguinte
problema:
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 225
anos do que na de 45-60. Mas poderá ter havido uma guerra. Se
0 1 1 0 0
a probabilidade de transição entre as classes etárias for, em ordem
crescente, 0.95, 0.98, 0.90, 0.85 e 0.60 (ou seja, 95% transitam entre
0 1 0 0 0
a primeira e a segunda classe etária, 98% transitam entre a segunda
e a terceira, e assim sucessivamente) e houver cerca de 10 milhões de A matriz de adjacência é:
A resposta a este tipo de problemas pode ser dada muito facilmente recorren-
do-se aos conhecimentos sobre matrizes e à teoria de redes sociais.
2
s1 s2
1 3
1 − s2
1 − s1
1 − s3
D s3
1
1 − s4
1 − s5
6 4
s5 s4
5
226 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
Observe ainda que esta nova matriz coluna dá-nos a distribuição populacional
depois de uma transição. Ou seja, dos 8 milhões que estavam na primeira classe
etária ao fim de quinze anos estará na segunda classe etária, mas tendo em conta
que só passam 95% passaremos a ter na segunda classe etária 7.6 milhões de
indivı́duos. E assim sucessivamente. Portanto, para termos a nova distribuição
populacional ao fim de quinze anos, de acordo com o problema inicial, falta-nos
apenas somar mais 10 milhões de indivı́duos à primeira classe etária. Ou seja,
0 10 10
7.6 0 7.6
9.31
0 9.31
n′ =
+ = .
6.3 0
6.3
6.8 0 6.8
4.2 0 4.2
T
À matriz [10 0 0 0 0 0] associaremos a letra b.
Assim, para saber a distribuição populacional ao fim de mais quinze anos basta
repetir o processo: multiplicar por S a última distribuição e somar b, ou seja,
n′′ = S · n′ + b
= S·S·n+b
= S2 · n + b
0 0 0 0 0 0 10 10 10
0.95 0 0 0 0 0
7.6 0 9.5
0 0.98 0 0 0
0 9.31
0 7.448
′′
n = · + = .
0 0 0.90 0 0 0
6.3 0 8.379
0 0 0 0.85 0
0 6.8
0 5.355
0 0 0 0 0.60 0 4.2 0 4.08
n = S · n + b.
p1 p2
s1 n = S·n+b
1 2
I·n−S·n = b
D s2 (I − S) · n = b
s3
p3 n = (I − S)−1 · b
4 3
s4
p4 L
Considere a distribui-
ção estudantil inicial de
[63 0 0 0]T e os seguin-
Portanto, a distribuição populacional no equilı́brio do nosso problema inicial
tes valores para as pro- será:
10
babilidades: p1 = ,
100 −1
8 5 n = (I − S) · b
p2 = , p3 =p4 = ,
100 100
80 85 1 0 0 0 0 0 10
s1 = , s2 = e s3 =
100 100 0.95 1 0 0 0 0 0
90
. Tenha em conta 0.931
100 0.98 1 0 0 0
que todos os anos ingres- = ·
sam 60 novos estudantes. 0.8379 0.882 0.9 1 0 0 0
0.712215 0.7497 0.765 0.85 1 0
0
Processando de modo
análogo ao exemplo dado 0.427329 0.44982 0.459 0.51 0.6 1 0
e usando a matriz de “so-
10
brevivência” 4 × 4 conve-
9.5
niente, determine:
9.31
(a) a distribuição estu- =
8.379
dantil ao fim de 3 anos;
7.12215
(b) a distribuição estu-
dantil no equilı́brio. 4.27329
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 229
408000
Exercı́cios 3.3
1311
8303
6800
(b)
1. Escreva os seguintes sistemas de equações na forma matricial:
4000
69
4x-3y = 7
(
x+y = -1
a) b) 2x+y = 1 3
2x-3y = 5
x-y = 0 200
250
x+y+z = 0 x = 1
9639
(a)
c) d)
2500
2x-3y = -7 y = 2
1266633
x+7z = 11 z = 3
3125
180843
1000
ax+by+c = 0
(
2m+k = 1 66663
e) 2a+3b+c = 0 f)
-m+k = 0
a-b+c = 0
Solução de XV:
( (
x-z+2y = -6 2r+s = 9
g) h)
5x+8y+z = 0 t-r = 14
7a
-6c = 4 0 1 a -3
-a +4b = 1 7 -2 · = 4
b +c = 4 5 c
" # " #
3 -7 −1 5 -7
3. Sabendo que a inversa da matriz A = é A = ,
2 -5 2 -3
resolva os seguintes sistemas:
(
3x-7y 3
3x-7y = 1 =
a) b) 2
2x-5y = 0 1
2x-5y = -
2
( (
-7x+3y = -5 2x-5y = 4
c) d)
-5x+2y = 5 3x-7y = -3
( (
-5x+2y = 1 3r-7s = 0
e) f)
-7x+3y = 0 2r-5s = 0
230 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
x -2 -1 0 1 2
y 2 4 5 8 9
Preço Oferta
x y
3 10
5 13
6 15
7 16
A B C D E F
A 0 1 0 1 0 0
B 1 0 0 0 1 0
C 1 0 0 0 0 1
D 0 1 1 0 0 1
E 1 0 0 1 0 0
F 1 0 0 0 1 0
onde o número 1 significa que o executivo representado pela respectiva coluna
exerce influência directa sobre o executivo representado pela respectiva linha, e
o número 0 indica que não há influência directa.
F A
E D
Determine:
a) o número de caminhos possı́veis a ligar o agente A ao agente F, passando
exactamente por quatro laços.
Exercı́cios de Revisão
" #
4 5
1. [Frequência 91/92] Qual é a inversa da matriz A = ?
2 3
3 0 -5
2. [Exame 92/93] Encontre a inversa A−1
da matriz A = 0 2 0
4 0 -3
ou ainda,
Calcule:
a) A + B b) A − B c) A · B d) B · A
234 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
1 0 1
6. [Exame 95/96] Dada a matriz A = 0 0 1 , calcule:
1 1 0
a) a matriz B = A · A b) a matriz C = B − 3A
c) calcule a inversa da matriz B da alı́nea anterior. Faça a verificação.
1b 3b
Calcule:
a) A + B b) A · B
1 0 1
15. [Exame Especial 98/99] Dada a matriz A = 0 0 1 , determine
1 1 0
A−1 .
236 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
2 3 −1
16. [Frequência 99/00] Encontre, caso exista, a inversa da matriz E = −1 −2 0 .
1 1 8
19. [Frequência 99/00] Determine a recta que melhor se aproxima dos dados
da seguinte tabela
x y
1 -2
4 2
8 2
10 -2
10
à 10 ! à 10
!
X X X
10 xi yi − xi . yi
i=1 i=1 i=1
m= Ã !2
10
X 10
X
10 x2i − xi
i=1 i=1
P
onde o sı́mbolo (letra grega maiúscula que se lê sigma) é um somatório,
e portanto representa uma soma, mais concretamente,
10
X
xi = x1 + x2 + · · · + x10 ,
i=1
" # 2 -3
5 −2 h i
5
h
9 , D= 6
i
A= , B= 4 -3 9 , C= -2 ,
−1 1
1
2
2
calcule:
A2 .CT − 3DT .B.
A B C D E F
A 0 1 0 1 0 0
B 1 0 0 0 1 0
C 1 0 0 0 0 1
D 0 1 1 0 0 1
E 1 0 0 1 0 0
F 1 0 0 0 1 0
onde o número 1 significa que o executivo representado pela respecti-
va coluna exerce influência directa sobre o executivo representado pela
respectiva linha, e o número 0 indica que não há influência directa.
Determinantes
4.1 Definições
O determinante é um número associado apenasa matrizes quadradas. Trata- Só faz sentido falar em
-se de um conceito muito importante na álgebra de matrizes e na resolução de determinantes de matri-
zes quadradas.
sistemas de equações.
As notações que utilizaremos para representar o determinante de uma matriz
A serão:
det A ou |A|
•Matrizes 1 × 1
239
240 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
Exemplo 4.2
Resolução:
diagonal principal
O determinante da matriz B é: det B = 12. ♣
¯ ¯
¯2 • Matrizes 2 × 2
¯ 4 ¯¯
¯ ¯ O determinante de uma matriz 2×2 é igual ao produto dos elementos da diagonal
¯4 8¯ principal menos o produto dos elementos da diagonal secundária.
diagonal secundária
Exemplo 4.3
" #
2 4
! Importante! Calcule o determinante da matriz B =
4 8
.
I. Calcule o determi-
nante das seguintes ma- • Matrizes 3 × 3
trizes:
h i
a) A = 46
O determinante de matrizes 3×3 e de ordem superior vamos calcular recorrendo
h i ao Teorema de Laplace, também conhecido por Método dos Co-factores.
b) B = −71
Vejamos primeiro o que se entende por co-factores.
" #
1 0
c) C =
0 1
"
−1 1
#
Para toda a matriz quadrada A, podemos associar uma matriz da mesma or-
d) D =
34 66 dem, que chamamos matriz dos co-factores, e que representamos por Ac . Os
"
0 3
# elementos desta matriz chamamos co-factores. A cada elemento da matriz A
e) E =
0 −8 está associado um co-factor.
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 241
Exemplo 4.4
Dada a matriz
2 −6 10
4 0 −2 ,
3 −2 8
determine o co-factor associado aos elementos 0 e 4.
Resolução:
0
1 0 0
1 = 0 Cc
0 0 1 " #
2 10
1 0 Bc = −2
−2 1 obtemos a sub-matriz , cujo determinante é
1
3 8
0 0 1 ¯ ¯
¯ 2 10 ¯
−2 Ac = −6
¯ ¯
−22 −29 ¯ = 2 × 8 − 3 × 10 = 16 − 30 = −14.
23 ¯
¯ 3 8 ¯
0
0 14 −2
Na matriz dos sinais, vemos que o sinal associado à posição da linha 2, coluna
Soluções de II:
2 é o (+). Portanto, o co-factor associado ao elemento 0 é de +(−14) = −14.
Do mesmo modo, o co-factor associado ao elemento 4 é:
Teorema de Laplace
Para aplicar o Teo-
rema de Laplace vamos
escolher uma linha ou O determinante de uma matriz 3 × 3 ou maior é igual à soma
uma coluna da matriz dos produtos dos elementos de uma linha, ou coluna, pelos seus
dada. O resultado é in-
respectivos co-factores.
diferente da escolha.
Exemplo 4.5
2 7 −1
Calcule o determinante da matriz A = 1 0 1 .
9 −8 1
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 243
Resolução:
Vamos aplicar o Teorema de Laplace à segunda linha desta matriz (dizemos que
vamos desenvolver o determinante segundo a linha 2!):
¯ ¯
¯ 2 7 −1 ¯¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯
¯ ¯ 7 −1 ¯¯ ¯ 2 −1 ¯ ¯ 2 7 ¯
¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯
¯ 1 0 1 ¯ = −(1) × ¯ ¯ + (0) × ¯ ¯ − (1) × ¯ ¯
¯ ¯ ¯ −8 1 ¯ ¯ 9 1 ¯ ¯ 9 −8 ¯
¯ 9 −8 1 ¯
= −1 × (7 − 8) + 0 × (2 − (−9)) − 1 × (−16 − 63)
= −1 × (−1) + 0 × (11) − 1 × (−79)
= 1 + 0 + 79
= 80 ♣
Se todos os elementos
duma linha (coluna) fo-
Nota: rem nulos, quando apli-
camos o Teorema de La-
1. Por uma questão de simplificação nos cálculos, aplicamos o Teorema place nessa linha (col-
de Laplace à linha ou coluna que tiver maior número de zeros. una) vamos somar o pro-
duto dos zeros pelos seus
2. Quando o objectivo é calcular o determinante de uma matriz não é co-factores. O resultado
necessário determinar toda a matriz dos co-factores, basta determi- será igual a zero!
a zero.
244 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
8. Se uma matriz tiver uma linha (coluna) que seja uma combinação linear de
outras linhas, isto é, que seja igual à soma de múltiplos de outras linhas,
então o determinante desta matriz é igual a zero.
Exemplo 4.6
−12 5 0
Calcule o determinante da matriz A = −87 3 0 .
90 46 0
Resolução:
Podemos observar que a matriz A tem uma coluna cujos elementos são todos
nulos, a 3a . Se desenvolvermos o Teorema de Laplace segundo esta coluna temos:
¯ ¯
¯ −12 5 0 ¯¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯
¯ ¯ −87 3 ¯¯ ¯ −12 5 ¯¯ ¯ −12 5 ¯¯
¯ ¯ ¯ ¯ ¯
¯ −87 3 0 ¯ = +0 × ¯ ¯−0ׯ ¯+0ׯ ¯
¯ ¯ ¯ 90 46 ¯ ¯ 90 46 ¯ ¯ −87 3 ¯
¯ 90 46 0 ¯
=0+0+0
=0
Verifica-se a propriedade 1. ♣
Exemplo 4.7
2 7 −1
Dada a matriz do exemplo 4.5, 1 0 1 , calcule o determinante
9 −8 1
da matriz que resulta da troca da coluna 2 pela 3.
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 245
Resolução:
2 −1 7
Trocando as colunas 2 e 3 obtemos a matriz 1 1 0 .
9 1 −8
a
Desenvolvendo o determinante segundo a 2 linha, temos
¯ ¯
¯ 2 −1 7 ¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯
¯ ¯ ¯ −1 7 ¯ ¯ 2 7 ¯ ¯ 2 −1 ¯
¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯
¯ 1 1 0 ¯ = −1 × ¯ ¯+1ׯ ¯−0ׯ ¯
¯ ¯ ¯ 1 −8 ¯ ¯ 9 −8 ¯ ¯ 9 1 ¯
¯ 9 1 −8 ¯
= −1 × (8 − 7) + 1 × (−16 − 63)
= −1 − 79
= −80.
Verifica-se a propriedade 2. ♣
Exemplo 4.8
Resolução:
Exemplo 4.9
Resolução:
Exemplo 4.10
5 7 −1
Calcule o determinante da matriz −2 8 0 .
1 −4 0
Resolução:
Verifica-se a propriedade 5. ♣
Exemplo 4.11
Exemplo 4.12
Resolução:
temos
¯ ¯
¯ 2 7 −32 49 ¯ ¯ ¯
¯ ¯ ¯ −1 17 −101 ¯
¯ ¯ ¯ ¯
¯ 0 −1 17 −101 ¯ ¯ ¯
¯
¯
¯ = 2ׯ 0 7 23 ¯
¯ 0 0 7 23 ¯¯ ¯
¯ 0
¯
¯ ¯ 0 −1 ¯
¯ 0 0 0 −1 ¯
¯ ¯
¯ 7 23 ¯
¯ ¯
= 2 × (−1) × ¯ ¯
¯ 0 −1 ¯
= −2 × (7 × (−1) − 0 × 0
= 14.
f ) det F = 0 (propr. 5)
propr. 6)
e) det E = 4 (alı́nea b) e Ou seja, o determinante é igual ao produto dos elementos da diagonal. Verifica-
propr. 2) se a propriedade 7. ♣
d) det D = 4 (alı́nea a) e
propr. 3)
c) det C = 2 (alı́nea b) e Exemplo 4.13
b) det B = 1
Resolução:
Uma inspecção mais atenta à matriz permite-nos concluir que a linha é igual à
soma das outras duas linhas. Ou seja, a terceira linha é uma combinação linear
das outras duas. Assim, o determinante deverá ser igual a zero. Com efeito,
desenvolvendo o teorema de Laplace segundo a primeira coluna, temos
¯ ¯
¯ −1 3 −2 ¯¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯
¯ ¯ −1 5 ¯ ¯ 3 −2 ¯ ¯ 3 −2 ¯
¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯
¯ 0 −1 5 ¯ = −1 × ¯ ¯−0ׯ ¯ + (−1) × ¯ ¯
¯ ¯ ¯ 2 3 ¯ ¯ 2 3 ¯ ¯ −1 5 ¯
¯ −1 2 3 ¯
= −1 × (−3 − 10) − 1 × (15 − 2)
= 13 − 13
= 0.
Nota:
Exercı́cios 4.1
" #
7 8 0 1
a) b)
−3 15 1 0
3 −3 −7 −6
c) d)
−2 2 −6 −7
0 1 0
1 2 −5
e) 0
f) 1 −2 −13
1 2
0 3 7 −2 2 17
2 1 −3 4 3 0 0 −2
5 −4 7 −2 0 −3 0 2
g)
h)
4 0 6 −3
−1 0 3 0
3 −2 5 2
0 1 0 −3
" # " #
3 −2 a−b a
a) b)
4 5 a a+b
250 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
2 0 −1 3 2 −4
c) 3 0 2 d) 1 0 −2
4 −3 7 −2 3 −3
1 1
−1 −
2 3 2 1 0
3 1
e)
−1 f) 3 2 −3
4 2
−1 −3 5
1 −4 1
2 0 9 7 1 −8 0 −11
3 0 0 4 0 3 8 45
g)
0 0
h)
1 0
0
0 0 2
−7 5 0 2 0 0 1 7
" # " #
x x −1 x+5
a) b)
9 3x −3 7x
" # " #
1 − x −1 + x x−1 x+5
c) d)
−1 − x 1−x −x − 8 3 − 2x
1 0 0 x 1 1
e) 0 x − 1 2 f) 1 x 1
0 −1 x + 1 1 1 2
" # " #
21 −21 0 2
a) b)
−7 7 0 1
3 15 1 2 7 11
c) 5 0 25 d) 4 5 13
1 −1 5 1 2 4
3 5 6 0 0 7
e) 7 5 4 f) −3 6 3
10 10 10 0 0 1
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 251
é múltiplo de 18.
6. Verifique que
¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯
¯ 3 5 1 ¯¯ ¯¯ 3 5 1 ¯¯ ¯¯ 6 5 1 ¯¯
¯
¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯
¯ 6 3 0 ¯ + ¯ −3 3 0 ¯=¯ 3 3 0 ¯=0
¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯
¯ 4 1 −1 ¯ ¯ −4 1 −1 ¯ ¯ 0 1 −1 ¯
7. Condense a matriz
10 4 2
−5 6 4
2 1 2
até obter uma matriz triangular superior e verifique que o determinante é igual
ao produto dos elementos da diagonal.[Nota: Atenção ao processo de con-
densação e as propriedades dos determinantes. Se a linha que vamos substituir
for multiplicada por um número diferente de 1, então o valor do determinante da
matriz resultante também vem multiplicado pelo mesmo número (propriedade
3). Além disso, não esquecer que a troca de linhas muda o sinal do determinante
(propriedade 2).]
adj A
A−1 =
|A|
Exemplo 4.14
1 8 6
Determine a inversa da matriz B = 0 2 4 .
0 0 1
Resolução:
Nota:
1. Observe que quando o determinante da matriz A for igual a zero,
não podemos calcular a matriz inversa porque não se pode dividir
a matriz adjunta por 0. A matriz é, portanto, singular: não admite
inversa. É por esta razão que não é suficiente que a matriz seja
quadrada para que haja a matriz inversa.
ou seja,
T ¡ ¢
(Ac ) = AT c !
2 C−1 =
3
−1 −
2
2
−3 0
3
0 0
Exemplo 4.15
1
−7
# "
1
−1
B−1 =
8
=
−1 −
2 Determine se possı́vel a inversa da matriz
1 A−1
3 2
−3 2 1
Soluções de V: A= 4 −5 7
−28 21 1
Resolução:
Exercı́cios 4.2
" # " #
52 −1 18 −3
a) b)
−15 2 −9 65
" # " #
16 −8 40 −60
c) d)
−2 20 7 −6
8 −2 3 4 12 −7
e) 1 18 2 f) 6 10 0
3 −4 8 3 −7 −8
7 4 −2 20 15 −10
g) 0 −8 3 h) 0 −20 0
2 −6 −4 −5 30 −6
" # " #
0 1 4 8
a) b)
8 3 7 2
" # " #
8 10 7 −5
c) d)
11 13 −3 2
1 8 7 4 −4 3
e) 2 3 5 f) −3 2 −2
7 4 1 1 −1 0
256 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
4 2 1 4 6 2
g) 2 5 0 h) 3 −2 1
1 2 3 −6 −2 4
2 −1 2 −12 3 −6
i) 4 3 1 j) 3 2 1
10 −5 10 4 −1 2
10 4 2 2 0 −1
k) −5 6 4 l) 5 2 3
2 1 2 −10 0 5
3. Para cada uma das seguintes matrizes, determine o valor de x para os quais
as matrizes são singulares.
" # " #
x 1 2 −x
a) b)
1 x −3 9
" # " #
3x + 2 x 0 x2 − 36
c) d)
2 x−2 9 75
1 0 1 x x x
e) 0 1 4 f) 2 0 2
x x 5 5 −6 10
x 4 1 x 1 1
g) 0 16 −4 h) 1 −2 1
0 0 9 1 1 x
1−x 3 4 −2 0 −1
i) 2 −x 0 j) 3 x2 2
0 0 1−x −1 1 0
5. Dada a matriz
2 −4 5
A= 7 0 −1
0 3 −5
AX = B,
Regra de Cramer
Exemplo 4.16
Resolução:
Nota:
Exemplo 4.17
é possı́vel indeterminado.
Resolução:
( (
2x − y = 8 2x + 3y = −4
a) b)
3x + y = 7 5x + 2y = 2
( (
3x + 5y = 8 2x − 3y = −1
c) d)
4x − 2y = 1 4x + 7y = −1
( (
3
3x − 4y = −5 5x − 45 y = 3
e) f) 4
2x + y = 4 5x + 35 y = −2
2x − 5y + 2z
= 7 2x + 3 = y + 3x
g) x + 2y − 4z = 3 h) x + 3z = 2y + 1
3x − 4y − 6z = 5 3y + z = 2 − 2x
4x + 5y = 2 x + y − 2z = 1
i) 11x + y + 2z = 3 j) 2x + z − y = 2
x + 5y + 2z = 1 x + 4 = 2y + 4z
x + z − 3y
= 4
2x − y + z = 8
k) 2x − y + z = −2 + z l) 4x + 3y − z = 7
4x − 3z = 0 6x + 2y + 2z = 15
260 DRAFT December 15, 2004 – 19 : 19
3x + 2y + z
= −2 2x − y + z
= −1
m) 2x − 4y + 3z = 7 n) 3x + 4y − z = −1
4x − 2y + 3z = 0 4x − y + 2z = −1
b) Sistema impossı́vel.
2x − y + z = 8 2x − 3y − z
= 2
o) 3x + 3y − 2z = 3 p) x+y = −3
terminado.
−x − 2y − z = 1 −y + z = −2
a) Sistema possı́vel inde-
Soluções de VII: 2x − 3y + z
= 1
x+y+z = 10
q) x+y+z = 2 r) 5x − 2y + z = 3
3x − 4z = 17 3x + y − 4z = −1
x+y = 3
2x − y + z = 8
a) x − 2y − 3z = 1 b) 4x + 3y + z = 7
2x + 3y + z = 2 6x + 2y + 2z = 15
x + 2y − 5z = 1
4y + 5z = 2
c) −x + 4y − 7z = 0 d) 2x + y + 5z = 1
−2x − 4y + 10z = −2 −2x − 11y − z = 0
−x + 3y + z
= 2 x + 8y + 7z
= 0
e) 3x − 2y = −2 f) 2x + 3y + 5z = 4
2x + y + z = 1 7x + 4y − z = 2
¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯
¯
¯ 0 y 1 ¯
¯
¯ x
¯ 0 1 ¯
¯
¯
¯ x y 0 ¯
¯
¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯
¯ 0 by1 1 ¯ ¯ x1 0 1 ¯ ¯ x1 y1 0 ¯
¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯
¯ 0 by2 1 ¯ ¯ x2 0 1 ¯ ¯ x2 y2 0 ¯
a= ¯ ¯ ; b= ¯ ¯ ; c= ¯ ¯
¯
¯ x y 1 ¯¯ ¯ x
¯ y 1 ¯¯ ¯
¯ x y 1 ¯¯
¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯
¯ x1 y1 1 ¯ ¯ x1 y1 1 ¯ ¯ x1 y1 1 ¯
¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯
¯ x2 y2 1 ¯ ¯ x2 y2 1 ¯ ¯ x2 y2 1 ¯
Nota:
0 0 0
a= ; b= ; c= .
0 0 0
Exemplo 4.18
Determine a equação da recta que passa pelos pontos P(1, 3) e Q(−6, 7),
utilizando uma equação determinantal conveniente.
Resolução:
Temos agora quatro incógnitas: a, b, c e d. É necessário do mesmo número c) R(−5, 7) e S(5, −7)
de equações, para que a matriz dos coeficientes seja quadrada e faça sentido em
falar em determinantes. Uma das equações é sempre a relativa ao ponto genérico
(x, y). Precisamos, portanto, de mais três pontos para definir uma parábola.
Para definir uma pará-
Consideremos os três pontos: P (x1 , y1 ), Q (x2 , y2 ) e R (x3 , y3 ). Substituindo-os bola são necessários pelo
menos três pontos!
na equação geral da parábola, formamos o seguinte sistema de equações:
ax2 + bx + cy + d = 0
ax2 + bx + cy + d
1 1 1 = 0
2
ax2 + bx2 + cy2 + d = 0
ax2 + bx + cy + d
3 3 3 = 0
raciocı́nio idêntico ao que foi feito para o caso das rectas, que
c) 7x + 5y = 0 ¯ ¯
¯
¯ x2 x y 1 ¯¯
b) 4x − y + 12 = 0
¯ ¯
¯ x21 x1 y1 1 ¯¯
¯ =0
a) −4x + y = 0
¯
¯ x22 x2 y2 1 ¯¯
¯ ¯
¯ x23 x3 y3 1 ¯
Soluções de VIII:
¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯
¯ 1 1 1 ¯¯ ¯ 1 1 1 ¯¯ ¯ 1 1 1 ¯ ¯ 1 1 1 ¯
¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯
2 ¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯
= x . ¯ −1 1 1 ¯ − x. ¯ 1 1 1 ¯ + y. ¯ 1 −1 1 ¯ − ¯ 1 −1 1 ¯
¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯
¯ 0 −1 1 ¯ ¯ 0 −1 1 ¯ ¯ 0 0 1 ¯ ¯ 0 0 −1 ¯
Assim temos
2x2 − y − 1 = 0.
Nota:
Exercı́cios 4.4
µ ¶ µ ¶ µ ¶ µ ¶
2 3 1 1 1 1
e) , −1 e 2, f) ,− e ,−
3 4 2 3 3 2
g) (−3, −3) e (2, −4) h) (0, 0) e (1, 9)
Soluções de IX: a) (1, −1), (0, 0) e (−1, −1) b) (0, 3), (1, 4) e (2, 7)
c) (0, −3), (2, −1) e (4, −3) d) (1, 1), (2, 8) e (4, 1)
µ ¶ µ ¶ µ ¶ µ ¶
1 1 1 1 3 1
e) , −1 , (0, 0) e − , −1 f) , − , (0, 2) e ,−
5 5 2 2 2 2
3. Verifique que os pontos (1, 3), (2, 9) e (0, −3) são colineares, isto é, pertencem
a uma mesma recta.
4. Verifique que os pontos (−1, 0), (2, 7) e (5, 14) são colineares.
5. Verifique que os pontos (2, 2), (4, 9) e (5, 12) não são colineares.
6. Verifique que os pontos (3, −6), (6, −9) e (4, 0) não são colineares.
7. Determine o valor de y para o qual os pontos (0, y), (1, 5) e (8, −1) são
colineares.
8. Determine o valor de y para o qual os pontos (−1, 3), (2, −2) e (4, y) são
colineares.
9. Determine o valor de x para o qual os pontos (x, −2), (3, 3) e (9, 9) são
colineares.
10. Determine o valor de x para o qual os pontos (2, 6), (x, −3) e (4, 8) são
colineares.
11. Determine o valor de y para o qual os pontos (1, 7), (5, 7), (3, 8) e (2, y)
pertençam à mesma parábola.
12. Determine o valor de y para o qual os pontos (0, 1), (−2, 3), (−3, 8) e (1, y)
pertençam à mesma parábola.
December 15, 2004 – 19 : 19 DRAFT 267
Exercı́cios de Revisão
3 3 1
1. [Exame Recurso 91/92] Seja a matriz -1 2 -1 . O seu determi-
4 1 2
nante vale:
2. [Frequência
( 91/92] Calcule - usando a Regra de Cramer - a solução do
x+3y = 7
sistema
2x+4y = 10
Capı́tulo 1 - Equações
Exercı́cio 1.1(54)
1. ½ ¾ ½ ¾
77 63
a) S = {−7} b) S = − c) S = {17} d) S = −
645 37
½ ¾
17
e) S = − f) S = {5} g) S = {−18} h) S = { }
4
½ ¾
17
i) S = {−7} j) S = {2} k) S = − l) S = {1}
6
2. ( √ √ )
1− 5 1+ 5 © √ √ ª
a) S = , b) S = { } c) S = −2 − 3, −2 + 3
2 2
½ ¾
© √ √ ª 1
d) S = − 10, 10 e) S = −1, − f) S = {−7, 3}
11
© √ √ ª
g) S = {−5, 5} h) S = 1 − 6, 1 + 6 i) S = {−2, 4}
½ ¾ ½ ¾
1 11
j) S = −1, k) S = 0, l) S = {−1, 3}
4 5
3. −2
4. −5
5. −3
6. 15 horas
7. 11, 12 e 13
8. 1
269
270 SOLUÇÕES
9. 5
120
10. −
19
Exercı́cio 1.2(61)
1.
A (2, −3) B (−5, 4) C (−2, −4) D (1, 3)
µ ¶ µ ¶ µ ¶ µ ¶
15 3 9 9 5 13
E , F − ,− G 0, − H −4,
4 2 4 2 4 4
µ ¶ µ ¶
5 9 19
P , Q 3, −
2 2 4
y
C b6
bE
4
bA bH
2
bG
bP bB bQ
x
−6 −4 −2 bF 2 4 6
−2
−4
b
D−6
SOLUÇÕES 271
H b4
bE bC
2 bD bG
A b
bQ bP
x
−6 −4 −2 2 4 6 8 10 12
−2
bB
−4
−6
3. µ ¶ µ ¶
1 3 5
a) , b) (−1, −1) c) (−1, 0) d) 6,
2 2 2
µ ¶ µ ¶
1 11
e) ,2 f) 0, g) (2, 2) h) (3, 3)
2 2
µ ¶
9
i) (1, 0) j) − , 0
2
4. B (5, −1)
Exercı́cio 1.3.1(67)
1. µ ¶ µ ¶ µ ¶
11 11 2
a) 0, b) ,0 c) ,3
3 7 7
µ ¶ µ ¶
12 1 17
d) ,− e) (−1, 6) f) , −2
7 3 7
2. a) 25 b) 15 c) 12
45
3. a) 24 b) 60 c) 30 d)
2
272 SOLUÇÕES
Exercı́cio 1.3.2(84)
1. µ ¶ µ ¶
6 6
a) P Ix (6, 0) P Iy (0, 2) b) P Ix ,0 P Iy 0,
5 5
µ ¶ µ ¶
5 5
c) P Ix ,0 P Iy 0, − d) P Ix (10, 0) P Iy (0, −5)
3 4
µ ¶
13
e) P Ix (−2, 0) f) P Ix − , 0
4
g) P Iy (0, 3) h) P Iy (0, 8)
2.
a) b)
1
−2 −1 2
−2 2
−3 1
−4
−5 −8 −6 −4 −2 −1 2
c) d)
2 −1 2 4
−2
2 4
e) f)
1 1
−2 −1 2 −2 −1 2
−2 −2
g) h)
−2 −2 2
−2 −2
−4
−6
SOLUÇÕES 273
i) j)
−2 2
−10 −8 −6 −4 −2 −2
−2
k) l)
−1 1
4 −1
2 −2
−3
−2 2
−4
3.
4 1
a) m = b) m = c) m = 0
5 2
10 1
d) m = − e) m = −1 f) m = −
17 3
g) m indefinido h) m = −1
4. m4 , m2 , m3 , m1 e m5
5.
3 11
a) m = b) m = −1 c) m =
5 4
3
d) m = − e) m indefinido f) m = 0
4
6. a = 3
7. P Ix (3, 0) e P Iy (0, 3)
274 SOLUÇÕES
9.
10. Não
Exercı́cio 1.3.3(91)
1.
x 6 3x 5
a) y = − + 2 b) y = −x + c) y = −
3 5 4 4
x
d) y = − 5 e) y = 3x + 500 f) y = 12
2
16x 3x
g) y = − +8 h) y = 4x − 5 i) y = − + 16
5 2
j) y = 5
2.
1 6 3 5
a) m = − e k = 2 b) m = −1 e k = c) m = ek=−
3 5 4 4
1
d) m = e k = −5 e) m = 3 e k = 500 f) m = 0 e k = 12
2
16 3
g) m = − ek=8 h) m = 4 e k = −5 i) m = − e k = 16
5 2
j) m = 0 e k = 5
SOLUÇÕES 275
1
4. m = e k = 9. Significa que o número de mulheres, com idades compreen-
4
didas entre os 35 e 44 anos, na força laboral dos EUA estava a aumentar a uma
1
taxa de de milhão por ano, ou seja, a uma taxa de 250 mil por ano. No ano
4
correspondente a t = 0, 1981, havia 9 milhões de mulheres nesta categoria.
6. m = −0.1 e k = 5.7. Significa que a taxa de juros tem vindo a diminuir a uma
taxa de 0.1 por bimestre desde 1997. Além disso, no bimestre correspondente a
t = 0, inı́cio do ano de 1997, a taxa de juros era de 5.7.
Exercı́cio 1.3.4(96)
1.
12x
a) y = −2x + 2 b) y = 4x + 19 c) y = +1
5
d) y = −x − 3 e) y = 8x − 16 f) y = −x + 3
g) y = x h) y = −6x
2.
7x 7
a) y = x + 1 b) y = 3 c) y = +
4 4
x
d) y = −x e) y = x − 7 f) y = +1
13
g) y = −x + 13 h) y = 5 i) não existe
7x
j) y = −x − 7 k) y = −x + 2 y=− + 13
3
3.
a) y = 100x + 300
b) 28.600, 00 e
c) 12 unidades
276 SOLUÇÕES
4.
a) y = 25000 − 1250t
b) 18.750,00 e
c) 20 anos
5.
a) y = 350x + 2935
b) 4685 alunos
Exercı́cio 1.4.1(100)
1.
µ ¶
1
a) (0, 0), (1, −1), (−3, 1) e ,1
2
µ ¶
1 53
b) (−1, 17), − , e (3, 1)
2 4
c) (2, 0), (1, 1) e (7, 1)
Exercı́cio 1.4.2(112)
1. µ ¶ µ ¶
3 103 1 3
a) , b) , c) (3, 9)
14 28 4 4
d) (0, 6) e) (−1, −9) f) (1, 1)
2.
a) (−2, 0) b) (−10, 0) e (−1, 0) c) (−3, 0) e (5, 0)
3.
a) b)
5
− 1
5 b 8 b
4 b b −3 −2 −1 −1 1
3 −2
2 −3
1 b b −4
b −5
1 2 3 4 b −6 b
b
−7
−
121
−8 16
c) d)
bbb 6
25
4 1
5
b b4 −2 −1 −1 1
3 −2
2 −3 b
−
5 1 b−4 b
b 2 b25 −5
−6 −5 −4 −3 −2 −1 41 −6
b −7 b
−8
e) f)
5
−
b 2 b
−4 −3 −2 −1−1 1 2 3 b 4 6 14 16
−5 5 10 15 20
−2
−3 −10
−4
b −5 b −20
−6
−7
−30 b b
-32
b−8 b
b
−40 b b
−9 -42
−10 −50 b
278 SOLUÇÕES
y = x2 + 1
4. 9
3
y = x2
−3 −2 −1 1 2 3
y = 3x2
5. 9
y = 2x2
3
y = x2
−3 −2 −1 1 2 3
6. a) 8 unidades b) 30 e
Exercı́cio 2.1(133)
1.
a) 2 × 2 b) 2 × 2 c) 2 × 3
d) 3 × 2 e) 3 × 3 f) 4 × 3
SOLUÇÕES 279
2.
a) b)
r
r s
s
t
t
c)
, t
r, s
3.
a) S = {(3, 4)} b) S = {(1, 1)}
10
8 4
6 2
4
−4 −2 2
2 −2
−4
−2 −1 1 2 3 4 5
280 SOLUÇÕES
4. ½µ ¶¾ ½µ ¶¾
28 12 1 1 1
a) S = ,− b) S = , ,− c) S = { }
5 5 9 6 18
d) S = {(0, 6)} e) S = { } f) Infinitas soluções!
½µ ¶¾
52 59
g) S = ,− h) S = {(1, −2, −2)} i) Infinitas soluções!
17 17
j) Infinitas soluções!
5. ½µ ¶¾
1 1
a) S = {(1, −1)} b) S = ,
2 3
4
3
2
1
2
−4 −3 −2 −1 1 2 3
1 −1
−2
−2 −1 1 2 3
−1 −3
−2 −4
−3 −5
−4
6. ½µ ¶¾
13 43
a) S = {(5, 1)} b) S = {(3, 2)} c) S = − ,
21 42
½µ ¶¾
1
d) S = ,2 e) S = {(1, 3, −2)} f) S = { }
2
g) Infinitas soluções! h) S = {(2, 3, 1)}
7. a = 6
2x 3 x 1
8. y= − ey=− −
5 5 3 3
Exercı́cio 2.2(150)
1. ( " #
2x + y = 3 2 1 3
a)
8x − y = 2 8 -1 2
x+y = 6 1 1 6
b) −2x − 7y = 0 -2 -7 0
13x + y = 8 13 1 8
( " #
−5y = 9 0 -5 0 9
c)
4x − 3y + z = 7 4 -3 1 7
x + z = −2
1 0 1 -2
d) −x + y = 1 -1 1 0 1
3y + z = 4 0 3 1 4
3. " #
1 -3 2
a) b) Operação impossı́vel
0 9 1
" #
-1 7 6 4
c) d) Operação impossı́vel
1 0 4 3
4.
1 1
a) x = 3 e y = −7 b) x = ey=
2 3
1
c) x = e y = −4 d) x = 5 e y = −3
6
e) x = 7, y = −5 e z = 3 f) x = 1, y = −1 e z = −2
1 1 1
g) x = ,y= ez= h) x = 0, y = −1, z = −3 e w = 2
2 3 6
5. ½µ ¶¾ ½µ ¶¾ ½µ ¶¾
9 3 11 7 3 1
a) S = , b) S = − ,− c) S = ,−
20 40 6 2 11 33
6.
x 50 13x
a) y = − + b) y = − 31 c) y = x + 2
7 7 2
11x 7 7x2 5x x2 x
d) y = −x2 + − e) y = − − +3 f) y = + +6
2 2 6 6 2 2
282 SOLUÇÕES
7. 40 de H, 45 de L e 30 de M
685 135
8. − de H, − de L e 465 de M. Ou seja, é impossı́vel.
4 2
9.
a) L = 229t + 533
131 2 1273
10. n= t − t + 125.
30 30
3328
No ano 2000, o rácio seria de , ou seja, aproximadamente 666 estudantes
5
por computador. A aproximação por uma parábola não é boa. O rácio deveria
diminuir e não aumentar!
Exercı́cio 2.3(162)
1.
a) SPD b) SPD c) SPI d) SI
i) SPD SPI
2.
3
4. a =
2
SOLUÇÕES 283
Capı́tulo 3 - Matrizes
Exercı́cio 3.1(175)
2.
a) Não existe b) -1 c) -14 d) 18
1
e) Não existe f) 0 g) 1 h)
2
i) 2 j) -19 k) 0 l) Não existe
3.
diagA = {2, 13} diagB = {−12, 26} diagC = {0, 0, 0}
½ ¾
3 4
diagD = {2, 3} diagE = {8, 0} diagF = − ,
5 7
½ ¾
1
diagG = {1, 2} diagH = {18} diagJ = −
4
4.
Matrizes quadradas: C, F e G
Matrizes linha: H
Matrizes coluna: J
5. Por exemplo,
" # " # 0 1 1
1 7 8 −15 1 0 1
H= M= N=
1
4 −3 0 71 1 0
1 1 1
284 SOLUÇÕES
6.
" # 0 3 4 5
1 1 1
a) A = b) A = 3 0 5 6
3 3 3
4 5 0 7
−1 −2 −3 " #
0 0
c) A = 1 2 3 d) A =
1 1
−1 −2 −3
h i −2 −1 0
e) A = 0 1 4 9 16 f) A = −3 −2 −1
0 −3 −2
Exercı́cio 3.2(199)
1.
a) a = 7 e b = 4 b) x = 1 c) x = 1 e y = 1
d) Impossı́vel e) x = 3 e y = 2 f) Impossı́vel
2.
" # " # 1 3
2 3 1 3
a) AT = b) BT = c) CT = 0 7
−1 4 3 4
−1 6
h i 2 h i
d) DT = 1 7 −3 e) ET = 5 f) FT = 10
−1
3.
" # 1 0 " #
8 3 5 1 0
a) b) 4 4 c)
6 8 9 6 −6
2 −2
" # " # " #
3 21 2 −4 0 8
d) e) f)
28 38 4 7 −2 −4
h i
g) 4
SOLUÇÕES 285
5. x = 3
7. Por exemplo,
" # " # −1
2 4 −1 12
A= B= C= 3
1 0 1 −3
−2
8. Por exemplo,
2 −1 " # " #
h i
1 0 −3 h i
A= 1 0 −2 B= 0 5 C= D= E= 4
0 2 1
6 6
5
9. x =
3
10. x = 4
Exercı́cio 3.3(229)
1.
" # " # " # 4 −3 " # 7
1 1 x −1 x
a) · = b) 2 1 · = 1
2 −3 y 5 y
1 −1 0
286 SOLUÇÕES
1 1 1 x 0 1 0 0 x 1
c) 2 −3 0 · y = −7 d) 0 ·
1 0 y = 2
1 0 7 z 11 0 0 1 z 3
x y 1 a 0 " # " # " #
2 1 m 1
e) 2 3 1 · b = 0 f) · =
−1 1 k 0
1 −1 1 c 0
" # x " # " # r " #
1 2 −1 −6 2 1 0 9
g) · y = h) · s =
5 8 1 0 −1 0 1 14
z t
2.
7a − 2b − 6c
= 4 7 −2 −6 a 4
−a + 4b + 5c = 1 −1 4 5 · b = 1
b + c = −3 0 1 1 c −3
3.
9
a) x = 5 e y = 2 b) x = 11 e y = c) x = −25 e y = −60
2
d) x = −43 e y = −18 e) x = −3 e y = −7 c) r = 0 e s = 0
9 28
4. y = x+
5 5
5.
54 27
a) y = x+
35 5
621
b) A oferta será de , ou seja, aproximadamente 17.7.
35
6.
33
a) y = − x + 96
4
b) 30%
7.
5 3 1 3 9
a) x = ,y= ez=− b) x =, y = − e z = −3
7 7 7 5 5
1 7 1 5 6 3 15
c) x = , y = ,z=− ew=− x= ,y= ez=−
4 4 4 4 7 14 14
SOLUÇÕES 287
Capı́tulo 4 - Determinantes
Exercı́cio 4.1(249)
1.
a) cofactor de (15) = 7 b) cofactor de (1) = -1
cofactor de (-7) = -7
c) cofactor de (-3) = 2 d)
cofactor de (-6) = 6
2.
a) 23 b) −2ab c) 21 d) 20
7
e) f) -10 g) 65 h) −6
6
3.
15
a) x = 0 ou x = 3 b) x =
4
√ √
c) x = 0 ou x = 1 d) x = 9 − 118 ou x = 9 + 118
√ √
e) x = − 3 ou x = 3 f) x = 0 ou x = 1
4.
a) linhas (ou colunas) proporcionais b) coluna de zeros
5.
2 6 7 2 6 7 2 1 7 2 1 7
5 12 4 = 3 5 12 4 = 3 × 6 5 2 4 = 18 5 2 4
3 18 0 1 6 0 1 1 0 1 1 0
288 SOLUÇÕES
Exercı́cio 4.2(255)
1. " # " #
2 15 65 9
a) b)
1 52 3 18
" # " #
20 2 −6 −7
c) d)
8 16 60 40
152 −2 −58 −80 48 −72
e) 4 55 26 f) 145 −11 64
−58 −13 146 70 −42 −32
50 6 16 120 0 −100
g) 28 −24 50 h) −210 −170 −675
−4 −21 −56 −200 0 −400
2. " # " #
1 −3 1 1 −2 8
a) b)
8 8 0 48 7 −4
" # " #
1 −13 10 −2 −5
c) d)
6 11 −8 −3 −7
−17 20 19 −2 −3 2
1 1
e) 33 −48 9 f) −2 −3 −1
156 3
−13 52 −13 1 0 −4
15 −4 −5
1
g) −6 11 2 h) Não existe
47
−1 −6 16
3.
a) x = −1 ou x = 1 b) x = 6
√ √
21 21
c) x = 1 − ou x = 1 + d) x = −6 ou x = 6
3 3
e) x = 1 f) x = 0
g) x = 0 h) x = −2 ou x = 1
i) x = −2 ou x = 1 ou x = 3 j) x = −1 ou x = 1
SOLUÇÕES 289
4. Por exemplo
−1
1 7 3 1 −7 32
0 1 5 = 0 1 −5
0 0 1 0 0 1
5.
3 −5 4
adj A = 35 −10 37
21 −6 28
Exercı́cio 4.3(259)
1.
14 24
a) x = 3, y = −2 b) x = ,y=−
11 11
21 29 5 1
c) x = ,y= d) x = − , y =
26 26 13 13
1 18
e) x = 1, y = 2 f) x = , y = −
5 5
14 5 1
g) x = 5, y = 1, z = 1 h) x = ,y=− ,z=−
3 3 3
3 2 1 26 25 5
i) x = ,y= ,z=− j) x = ,y= ,z=
11 11 11 21 21 7
30 38 40 31 9
k) x = − , y = − , z = − l) x = ,y=− ,z=0
11 11 11 10 5
22 23 37
m) x = − , y = ,z= n) x = −1, y = 1, z = 2
3 6 3
o) x = 3, y = −2, z = 0 p) x = −2, y = −1, z = −3
q) x = 3, y = 1, z = −2 r) x = 2, y = 5, z = 3
2.
a) SI b) SPI c) SPI
d) SPD e) SI f) SPD
290 SOLUÇÕES
Exercı́cio 4.4(265)
1.
a) 10x + 3y + 7 = 0 b) 9x − 7y + 3 = 0
c) 5x − y + 5 = 0 d) x − y = 0
e) 21x − 16y − 30 = 0 f) 6x − 6y − 5 = 0
g) x + 5y + 18 = 0 h) 9x − y = 0
i) 4x − y = 0 j) 6x + y − 7 = 0
k) 2x − 2y − 1 = 0 l) 22x − 41y + 65 = 0
2.
a) x2 + y = 0 b) x2 − y + 3 = 0
c) x2 − 4x + 2y + 6 = 0 d) 7x2 − 35x + 2y + 26 = 0
41
7. y =
7
16
8. y = −
3
9. x = −2
10. x = −7
31
11. y =
4
12. y = 4
Índice
A M
algoritmo Gauss-Jordan, 194, 197 mı́nimos quadrados, 209, 210
matrix
C singular, 201
co-factores matriz, 170
método dos, 240 coluna, 173
matriz dos, 240 de adjacência, 219
Cramer de sobrevivência, 226
regra de, 256 dimensão, 171
dos co-factores, 240
E
dos coeficientes, 203
eixo de simetria, 102
dos termos independentes, 203
elementos homólogos, 176
elemento, 170
Equação
identidade, 174
determinantal da parábola, 263
incógnita, 203
determinantal da recta, 260
inversa, 176, 191
equação
linha, 173
completa, 48
nula, 174
linear, 46
quadrada, 173
matricial, 203
transposta, 177
triangular, 174
F
fórmula resolvente, 37
P
formula resolvente, 48
parábola, 101
I equação geral, 103
inversa, 176, 191 equação reduzida, 103
pseudo-, 211 ponto de intersecção, 74
com os eixos dos x, 74
L com os eixos dos y, 74
Laplace princı́pio
teorema de, 240 da adição, 45
lei do anulamento do produto, 49 da multiplicação, 45
291
292 ÍNDICE
R
recta
conveniente, 108
regressão linear, 210
S
sociograma, 219
T
transposta, 177
V
vértice, 102