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Os trabalhos revelaram, em geral, uma leitura atenta da documentação
fornecida e uma preocupação em seguir os seus princípios do MAABE, mas
revelaram também dificuldades significativas na concretização dos Planos de
Avaliação.
A forma como cada um apresentou o seu Plano foi muito variada. Uns optaram
pela execução de uma grelha, outros optaram por uma apresentação em texto
corrido, outros apresentaram ainda uma espécie de grelha corrida, mas todos,
de um modo geral, dado uns terem sido mais exaustivos e outros terem
apresentado planos mais gerais, apresentaram uma planificação e
calendarização. Não obstante, alguns formandos não delinearam com clareza o
contexto em que surge este Plano de Avaliação, não apresentando pontos
fortes, nem pontos fracos, que justificassem a intervenção a ser realizada.
Para além disso, detectou-se igualmente, alguma dificuldade em distinguir
evidências de instrumentos e evidências de actividades. Mais uma vez, se
verificou um grande nível de abstracção na referência às actividades a realizar,
contrariamente ao que era solicitado no guia da sessão:
Na presente sessão propomos-lhe que construa um plano de avaliação que
por hipótese pretendesse aplicar este ano na sua biblioteca, mas para ser
eficaz, este plano não pode ser um rol abstracto de intenções, vazio de
conteúdo.
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para a recolha daquelas evidências, de modo a poder vir a conhecer o seu
valor em termos do desempenho da BE e dos seus utilizadores.
Por outro lado, também foi diferente a abordagem mais específica ou mais
geral utilizada por uns e por outros, sem que uma negue ou impeça a outra.
Por exemplo, quando no Modelo, no Indicador B1 se identifica como factor de
sucesso, a organização de actividades de promoção de leitura e se remete na
Recolha de evidências para os registos dessas actividades, o que se solicita à
BE no final do processo global de auto-avaliação do Domínio não é apenas que
diga que organizou as ditas actividades, mas que as identifique, apontando as
evidências (dados) que lhe permitem sustentar o seu valor em termos de
desempenho da BE. Isto implica um planeamento dessas actividades onde à
partida se incorpore desde logo a preocupação da sua avaliação, através da
recolha de evidências que, somadas a outras, darão um retrato geral do
trabalho da BE em relação a este indicador. Se quisermos dar outro exemplo,
desta feita sobre um indicador de impacto, como o B3, o mesmo se lhe aplica.
Não basta referir genericamente que os alunos desenvolveram as
competências a ou b. Devem identificar-se as actividades concretas que foram
realizadas em relação a esse objectivo e os dados que se conseguiu recolher,
fazendo uso dos instrumentos mais adequados, e que atestam que essas
competências foram efectivamente desenvolvidas. Isto significa que para
avaliar um indicador, temos que utilizar como “matéria-prima” actividades
concretas e evidências concretas (tangíveis). São elas que, no seu conjunto,
nos permitirão no final fazer determinadas afirmações e estabelecer juízos em
relação ao seu valor. É por isso que os dois níveis de abordagem não vivem um
sem o outro, um sistemático, alicerçado no trabalho do dia-a-dia e nas
actividades que vamos desenvolvendo ao longo do ano, outro de colocação em
perspectiva de tudo o que fizemos e realizámos, de síntese e de construção de
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uma visão global, sobre a qual somos capazes de reflectir e ajuizar
fundamentadamente. Daqui resulta, portanto, que ambas as abordagens se
revelaram válidas e complementares.
As formadoras