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Guia de Profissões
Meteorologia

M
eteorologia – de meteoro, que si- pitação etc. estarão acima,
gnifica aquilo que está elevado ou abaixo ou próximas do valor
contido na atmosfera – é a ciência esperado. Assim, a previsão
que estuda, de forma interdisciplinar, os do tempo e do clima é definida
fenômenos da atmosfera terrestre e de ou- para diferentes escalas
tros planetas, com foco nos processos temporais e espaciais. Muitos
físicos. Sua característica mais tradicional, dos sistemas atmosféricos
e a mais conhecida, é a previsão do tempo apresentam uma combinação
e clima. complexa de fenômenos de
A pesquisa científica da atmosfera e as apli- escalas diferentes.
cações que dela decorrem definem o uni- Os prognósticos ou previ-
verso e a abrangência da Meteorologia. Um sões dos fenômenos do tem-
• Dar pareceres técnicos de Meteorologia
dos principais objetivos operacionais da po local, principalmente daqueles
relacionados com outras ciências;
Meteorologia é a previsão do tempo, enten- fenômenos associados ao tempo severo,
• Elaborar estudos e relatórios de impacto
dida, aqui, como a previsão dos fenômenos como tempestades, ventanias, rajadas,
atmosféricos que ocorrem em um determi- ambiental;
pancada de chuva, granizo etc são muito
nado instante e lugar. Além da previsão do • Assessorar análises de composto ambi-
importantes para uma vasta gama de ativi-
tempo, há a determinação da tendência ental e meio ambiente;
dades humanas e para o entendimento das
das flutuações climáticas, em geral referida transformações rápidas do ambiente. Por • Interpretar as interações entre oceano e
simplesmente como tendência climática. exemplo, nas grandes cidades, os fenôme- atmosfera nas diversas escalas de tempo
Nesse caso, a tendência procura estabele- nos meteorológicos mais críticos acabam e de espaço;
cer as condições das flutuações climáticas por definir as condições de salubridade e a • Gerar e interpretar informações meteoro-
do próximo ano ou da próxima estação, se qualidade ambiental à qual está sujeita a lógicas e climatológicas para finalidade e
a temperatura, a umidade do solo, a preci- população. Entre esses fenômenos, listam- agropecuária;
se as inundações, as estiagens e a dis- • Pesquisar, planejar e dirigir a aplicação
ponibilidade de água potável, as condições da Meteorologia nos diversos campos de
críticas de temperaturas extremas (ondas atividades humanas.
de calor), em geral associadas a baixos va- Em todo o Brasil, além de Manaus, apenas

Índice lores de umidade relativa do ar, os eventos


críticos de poluição do ar, associados às
outras sete cidades oferecem formação na
área: São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ),
Pelotas (RS), Belém (PA), Maceió (AL)
concentrações de poluentes atmosféricos
acima de valores aceitáveis à saúde huma- Campina Grande (PB) e Santa Maria (RS),
FÍSICA na, animal e vegetal etc. todas com cursos implantados há mais de
A ciência atmosférica torna-se cada vez 23 anos, com exceção da experiência gaú-
Eletrostática ............................. Pág. 03 mais presente na consciência dos gestores cha de Santa Maria.
(aula 103) ambientais, tanto nas cidades quanto no Esse curso de graduação faz parte de uma
campo das paisagens naturais e agropasto- rede de pesquisas formada pelo Centro de
GEOGRAFIA ris. Infelizmente, hoje, as paisagens estão Estudos Superiores do Trópico Úmido, que
sob intensa pressão ocupacional, hídrica e abriga o Centro de Meteorologia e Hidrolo-
A Amazônia – Projetos de Integração
das diferentes formas da poluição. gia do Estado do Amazonas.
................................................... Pág. 05 A profissão é reconhecida por lei federal e O foco central desse Centro serão os pro-
(aula 104) fiscalizada pelo sistema CREA/CONFEA. A cessos meteorológicos relacionados ao
esfera de atuação dos meteorologistas é uso e à conservação dos ecossistemas
BIOLOGIA constituída por empresas privadas, empre- amazônicos. Sua função principal será criar
sas de capital misto e por instituições go- elementos para um planejamento mais ágil
Embriologia II .......................... Pág. 07 vernamentais. e racional das políticas públicas de preser-
(aula 105) O curso na UEA – Implantado em 2006, o vação ambiental e de desenvolvimento sus-
curso de Meteorologia da UEA tem como tentável para a região.
LITERATURA objetivo formar profissionais que estejam Essa rede estratégica é composta, ainda,
aptos a mapear tendências e previsões cli- por um Núcleo de Pesquisas Climáticas e
Realismo e naturalismo II ........ Pág. 09 máticas que possam levar as medidas pre- Ambientais da Amazônia, cujas ações se-
(aula 106) ventivas para amenizar os efeitos de gran- rão dirigidas para pesquisas avançadas na
des cheias e secas no ambiente amazôni- área de climatologia e educação ambiental,
QUÍMICA co, além de diversas outras atividades atri- voltadas para a geração de renda e a inclu-
buídas aos meteorologistas, tais como:
Termoquímica I ........................... Pág. 11 são social das comunidades interioranas e
• Dirigir órgãos, serviços, seções, grupos e a consolidação das unidades de conserva-
(aula 107) setores de Meteorologia em instituições
ção em todo o Estado do Amazonas.
públicas;
Dentro dessa política, já estão sendo exe-
GEOGRAFIA • Estudar e pesquisar os fenômenos at-
cutados cursos de pós-graduação (mestra-
mosféricos e suas modificações para so-
Fundamentos de cartografia ... Pág. 13 do e doutorado) em clima e ambiente, cujo
lucionar problemas relacionados com o
(aula 108) objetivo é a formação de recursos humanos
tempo e realizar previsões;
avançados para o setor, tendo como foco
• Pesquisar e avaliar recursos naturais na
Referências bibliográficas ...... Pág. 15 central a complexidade dos processos inte-
atmosfera;
rativos entre a atmosfera e o ambiente ama-
• Introduzir técnicas, métodos e instrumen-
zônico em diversas escalas temporais e es-
tal em trabalhos de Meteorologia;
paciais.

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Solução:
Física Se o átomo perdeu 3 elétrons, ficou eletrizado po-
sitivamente, com carga equivalente a um excesso
Professor Carlos Jennings
de 3 prótons (n = 3):
Q = n . e = +3 . 1,6 . 10-19
Q = 4,8 . 10-19C
Aula 103
Atração e Repulsão
Eletrostática Verifica-se, experimentalmente, que:
– Corpos eletrizados com cargas de mesmo si-
Nesta aula, discutiremos os efeitos produzidos nal se repelem.
por cargas elétricas em repouso, em determina- – Corpos eletrizados com cargas de sinais opos-
do referencial. tos se atraem. 01. (UFRJ) Três pequenas esferas metálicas
Carga Elétrica Condutores e Isolantes idênticas, A, B e C, estão suspensas, por
No estudo da Dinâmica, vimos que a propriedade Condutor elétrico é um corpo que possui grande fios isolantes, a três suportes. Para testar
física denominada massa faz que dois corpos tro- quantidade de portadores de carga elétrica facil-
quem forças de campo gravitacional e que tais
se elas estão carregadas, realizam-se três
mente movimentáveis, como:
forças são sempre de atração. – elétrons livres (nos metais e na grafite); experimentos durante os quais se verifica
Na Eletrostática, apresentaremos um outro tipo – íons positivos e negativos (nas soluções eletro- como elas interagem eletricamente, duas
de força de interação entre os corpos, derivada líticas); a duas:
de uma propriedade física denominada carga – íons e elétrons livres (nos gases ionizados). Experimento 1: As esferas A e C, ao serem
elétrica. É a força de campo eletrostático ou, sim- Isolante elétrico é um corpo que, ao contrário do
condutor, não possui quantidade significativa de aproximadas, atraem-se eletricamente,
plesmente, força de campo elétrico. Essa força
pode ser de atração ou de repulsão, o que impli- portadores de carga elétrica facilmente movimen- como ilustra a figura 1:
ca a existência de duas espécies de cargas elétri- táveis (vidro, plásticos, mica, porcelana, seda Experimento 2: As esferas B e C, ao serem
cas: uma positiva, outra negativa. Ambas são ma- etc.). aproximadas, também se atraem eletrica-
nifestações contrárias da mesma propriedade fí- Condutores eletrizados em equilíbrio eletros- mente, como ilustra a figura 2:
sica. tático
Experimento 3: As esferas A e B, ao serem
Unidade de carga elétrica Quando se eletriza um condutor, os portadores
aproximadas, também se atraem eletrica-
No SI, a unidade de medida da carga elétrica é o móveis de carga se distribuem através dele, bus-
coulomb, cujo símbolo é C. cando a situação mais estável possível, que, uma mente, como ilustra a figura 3:
Carga elétrica elementar vez atingida, interrompe o fluxo de portadores de
uma região para outra. Dizemos, então, que o
Experiências revelaram que a carga elétrica apre- condutor atingiu o equilíbrio eletrostático.
senta-se na natureza com valores múltiplos intei-
ros de uma carga denominada carga elétrica ele- Sistema eletricamente isolado
mentar, simbolizada por e, cujo valor é: É um conjunto de corpos que podem trocar car- Formulam-se três hipóteses:
e = 1,6 . 10–19C gas entre si, mas não com outros corpos exter-
nos ao sistema. I. As três esferas estão carregadas.
Toda partícula dotada de carga elétrica é um por-
tador de carga elétrica. É o caso do elétron (car- Princípio da Conservação das Cargas Elétri-
II. Apenas duas esferas estão carregadas
ga negativa) e do próton (carga positiva). Por cas com cargas de mesmo sinal.
convenção: III Apenas duas esferas estão carregadas,
Num sistema físico eletricamente isolado, a soma
qelétron = – e = –1,6 . 10–19C
algébrica das cargas elétricas de todos os corpos mas com cargas de sinais contrários.
qpróton = + e = +1,6 . 10–19C
é sempre constante. Analisando os resultados dos três experi-
O nêutron é uma partícula não-dotada de carga
Processos de Eletrização mentos, indique a hipótese correta.
elétrica, ou seja:
qnêutron = 0 1. Eletrização por atrito de materiais diferentes
Os corpos atritados eletrizam-se com cargas de 02. (Unesp) Considere uma ampla região do
Além do próton e do elétron, existem partículas
mesmo valor absoluto e sinais opostos. Isso espaço onde exista um campo elétrico
elementares dotadas de carga elétrica, como o pó-
ocorre porque um corpo captura elétrons do ou- uniforme e constante. Em quaisquer pon-
sitron e o píon, por exemplo, que têm carga +e.
tro. A seda, por exemplo, tem maior afinidade por
Qualquer átomo é um corpo eletricamente neu- tos desse espaço, como os pontos I e II, o
tro. Perdendo ou ganhando elétrons, ele se torna
elétrons que o vidro. Assim, quando se atrita um →
tecido de seda num bastão de vidro, ambos inici- valor desse campo é E (Figura 1). Em
um corpo eletrizado denominado íon (positivo ou
negativo).
almente neutros, a seda fica negativa, e o vidro, seguida, uma pequena esfera de material
positivo. isolante e sem carga é introduzida nessa
Carga elétrica de um corpo eletrizado e quan-
2. Eletrização por contato de condutores região, ficando o ponto II no centro da es-
tização da carga elétrica
Se A estiver eletrizado positivamente, uma certa fera e o ponto I à sua esquerda. O campo
Quando a soma das cargas elétrica de todos os
quantidade de elétrons livres de B passará para elétrico induzirá cargas na superfície da
portadores de carga existentes num corpo é igual
A, diminuindo o excesso de carga positiva de A e
a zero, dizemos que ele está eletricamente neu- esfera (Figura 2).
eletrizando B positivamente.
tro. Eletrizar esse corpo significa tornar essa so-
ma diferente de zero.
Quando eletrizamos um corpo, alteramos a sua
quantidade de elétrons, mas não a de prótons
(os núcleos atômicos, onde estão os prótons, só
Se A estiver eletrizado negativamente, uma certa
podem ser alterados em situações especiais, co-
quantidade de elétrons livres de A passará para
mo, por exemplo, ao serem bombardeados por
B. Com isso, A ficará menos negativo, e B será
partículas dotadas de altas energias em acelera-
eletrizado negativamente.
dores de partículas).
Para eletrizar um corpo negativamente, devem-se
fornecer elétrons a ele; nesse caso, ele ficará a) O que ocorrerá com a intensidade do
com excesso de elétrons. Para eletrizá-lo positi- campo elétrico nos pontos I e II?
vamente, devem-se retirar elétrons dele, o que o b) Justifique sua resposta.
De acordo com o Princípio da Conservação da
deixará com elétrons em falta. Esse déficit de elé-
Carga Elétrica, as cargas finais (Q’A e Q’B) e ini-
trons equivale a um excesso de prótons. 03. (Cesgranrio) Uma pequena esfera de iso-
ciais (QA e QB) dos condutores são tais que:
Em qualquer caso, a carga elétrica Q adquirida por, aluminizada, suspensa por um fio de
Q’A + Q’B = QA + QB = QA
pelo corpo é sempre um múltiplo inteiro da carga
No caso de condutores geometricamente idênti- nylon, é atraída por um pente plástico ne-
elementar e:
cos, temos, por simetria: gativamente carregado. Pode-se afirmar
Q = n . e (n = 1, 2, 3, ...)
Q’A = Q’B → Q’A = Q’B = QA/2
Pelo fato de Q ser um múltiplo inteiro de e, dize- que a carga elétrica da esfera é:
mos que a carga elétrica é quantizada. a) apenas negativa;
b) apenas nula;
Aplicação c) apenas positiva;
Um átomo tem o número de prótons igual ao nú- 3. Eletrização por indução d) negativa, ou então nula;
mero de elétrons. Um íon de alumínio Al3+ é um Consideremos um bastão eletrizado positivamen- e) positiva, ou então nula.
átomo de alumínio que perdeu três elétrons. Qual te, que cria, nos pontos A e B, potenciais diferen-
é a carga elétrica Q desse íon? (e=1,6.10-19C) tes: em A maior do que em B.

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Se um objeto metálico neutro e isolado ocupar a


região entre A e B, elétrons livres do metal pas-
sarão a se deslocar para a esquerda.
2. Duas bolinhas, A e B, eletrizadas com cargas
positivas Q e 4Q, respectivamente, estão fixas
dentro de uma canaleta isolante e lisa, e separa-
das uma da outra por uma distância l = 120cm,
À medida que se acumulam elétrons na extremi- como mostra a figura:
dade esquerda do condutor, o potencial elétrico
01. (Unicamp) Cada uma das figuras a seguir em A vai diminuindo. Ao mesmo tempo, vai-se
representa duas bolas metálicas de mas- acumulando carga positiva na extremidade direi-
sas iguais, em repouso, suspensas por ta do condutor e, assim, o potencial em B vai au-
fios isolantes. As bolas podem estar car- mentando. Quando os potenciais em A e B se
igualam, o condutor atinge o equilíbrio ele-trostá-
regadas eletricamente. O sinal da carga Uma terceira bolinha C, eletrizada com carga q,
tico.
está indicado em cada uma delas. A au- Se, em seguida, qualquer ponto do condutor for encontra-se em equilíbrio dentro da canaleta, a
sência de sinal indica que a bola está ligado à Terra (potencial nulo), elétrons livres uma distância x da bolinha A. Calcule a distância
descarregada. O ângulo do fio com a ver- marcharão da Terra até ele, porque cargas nega- x.
tical depende do peso da bola e da força tivas buscam potenciais mais altos. Essa marcha Solução:
elétrica devido à bola vizinha. Indique, em de elétrons cessará quando o potencial do con- a) Como a bolinha C está em equilíbrio, a resul-
cada caso, se a figura está certa ou erra- dutor reduzir-se a zero, igualando-se ao da Terra. tante entre FAC e FBC é nula:
da.

Desse modo, o condutor, que estava neutro, ele-


triza-se negativamente graças à indução eletros-
tática do bastão. Mantida a ligação à Terra, se o
bastão for afastado do condutor, este voltará à
Então:
neutralidade elétrica. Porém, se a ligação a Terra
120 – x
02. (Unirio) Três esferas metálicas iguais es- for cortada antes de se afastar o bastão, o condu- ––––––– = 2 ⇒ x = 40cm ou
tor permanecerá eletrizado negativamente. x
tão carregadas eletricamente e localiza- 120 – x
Se o bastão estivesse eletrizado negativamente, ––––––– = –2 ⇒ x = –120cm
das no vácuo. Inicialmente, as esferas A e o condutor, antes de ser ligado à Terra, estaria x
B possuem, cada uma delas, carga +Q, num potencial negativo menor, portanto, que o
enquanto a esfera C tem carga –Q. Consi- da Terra. Se qualquer ponto do condutor fosse li-
derando as situações ilustradas, determi- gado à Terra, elétrons dele marchariam para a Exercícios
ne: Terra, e ele ficaria eletrizado positivamente por in- 01. (FEI) Qual das afirmativas está correta?
dução. a) Somente corpos carregados positiva-
a) a carga final da esfera C, admitindo
LEI DE COULOMB mente atraem corpos neutros.
que as três esferas são colocadas si-
Consideremos duas partículas em repouso, ele- b) Somente corpos carregados negativa-
multaneamente em contato e, a seguir,
trizadas com cargas Q e q e separadas por uma mente atraem corpos neutros.
afastadas;
distância d. c) Um corpo carregado pode atrair ou repe-
b) o módulo da força elétrica entre as es- lir um corpo neutro.
feras A e C, sabendo que, primeira- d) Se um corpo A eletrizado positivamente
mente, essas duas esferas são encos- atrai um outro corpo B, podemos afirmar
tadas, como mostra a figura I, e, em que B está carregado negativamente.
seguida, elas são afastadas por uma e) Um corpo neutro pode ser atraído por um
distância D, conforme a figura II. Essas partículas interagem com forças eletrostá-
corpo eletrizado.
ticas (ou elétricas) que formam um par ação-rea- 02. (Fuvest 90) Uma esfera condutora A, de
ção. Sendo K uma constante de proporcionalida- peso P, eletrizada positivamente, é pre-
de que depende do meio em que as partículas sa por um fio isolante que passa por
estão imersas, a Lei de Coulomb é expressa por: uma roldana. A esfera A se aproxima,
K.|Q|.|q| com velocidade constante, de uma es-
Fe = ––––––––––
d2 fera B, idêntica à anterior, mas neutra e
03. (Cesgranrio) Na figura a seguir, um bas- No vácuo, a constante eletrostática do meio vale: isolada. A esfera A toca em B e, em se-
tão carregado positivamente é aproxima- K0 = 9,0 . 109N.m2/C2. guida, é puxada para cima, com veloci-
do de uma pequena esfera metálica (M) dade também constante. Quando A
que pende na extremidade de um fio de passa pelo ponto M, a atração no fio é
seda. Observa-se que a esfera se afasta Aplicações T1, na descida, e T2, na subida. Pode-
do bastão. Nessa situação, pode-se afir- 1. Em cada vértice de um triângulo eqüilátero, foi mos afirmar que:
mar que a esfera possui uma carga elétri- fixada uma partícula eletrizada com a carga posi-
ca total: tiva q. Sendo K a constante eletrostática do meio,
determine a intensidade R da força eletrostática
resultante em cada partícula.
Solução:

a) negativa. d) positiva ou nula


b) positiva. e) negativa ou nula. a) T1 < T2 < P
c) nula. b) T1 < P < T2
c) T2 < T1 < P
d) T2 < P < T1
e) P < T1 < T2

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As rodovias de integração – a Belém–Brasília, a

Geografia Transamazônica, a Brasília–Acre e a Cuiabá- San-


tarém – destinavam-se a orientar os fluxos migra-
Professor Paulo BRITO tórios para a “terra sem homens”.
Instalações do Exército brasileiro foram implanta-
das em lauaretê (AM), na faixa de fronteira com a
Colômbia, em 1991. Nas “fronteiras mortas”, as
Aula 104 bases militares funcionam como signos essen-
ciais da soberania nacional.
A Amazônia – Projetos de Na condição de fronteira do capital, o Grande
integração Norte deveria atrair volumosos investimentos
transnacionais e nacionais voltados para a agro-
O ecossistema da floresta equatorial – associado
pecuária, a mineração e a indústria. Sob a coor-
aos climas quentes e úmidos e assentado, na sua 01. (UFPA) A definição das fronteiras internas no Bra-
denação da Sudam, a Amazônia Legal transfor-
maior parte, no interior da bacia fluvial amazônica sil esteve associada à expansão do povoamento,
mou-se em vasto cenário de investimentos incen-
– permite delimitar uma região natural. Essa re-
tivados por recursos públicos. Os projetos priva- ao controle da terra e/ou do acesso de recursos
gião é a Amazônia Internacional, que abrange
dos viabilizavam-se por meio de mecanismos de ou, ainda, a estratégias geopolíticas de ocupa-
cerca de 6,5 milhões de quilômetros quadrados
renúncia tributária e concessão de empréstimos ção e organização territorial. Na Amazônia, em
em terras de nove países.
subsidiados. particular, a definição dos limites político-admi-
Do ponto de vista do Estado contemporâneo, o
Os projetos minerais e industriais concentraram- nistrativos estaduais teve, certamente, várias mo-
exercício da soberania exige a apropriação nacio-
se em Belém e seus arredores e na Zona Franca
nal do território. As áreas pouco povoadas e ca- tivações. A criação dos territórios federais do
de Manaus (ZFM). Os projetos florestais e agro-
racterizadas pelo predomínio de paisagens natu- Amapá, Roraima e Rondônia em 1944:
pecuários, mais numerosos, concentraram se no
rais, especialmente quando adjacentes às frontei- a) foi motivada por preceitos geopolíticos de
Mato Grosso e sobre o eixo da Belém- Brasília,
ras políticas, são consideradas espaços de sobe-
abrangendo o Tocantins, o sul do Pará e o oeste ocupação e controle territorial das áreas de
rania formal, mas não efetiva. A consolidação do
do Maranhão. Os incentivos totalizavam, em ge- fronteiras da Região Norte do Brasil;
poder de Estado sobre tais espaços solicita a sua
ral, metade dos recursos necessários para os b) foi motivada por movimentos separatistas que
“conquista”: povoamento, crescimento econômi-
projetos agropecuários. O desmatamento e a for- tiveram como base a estruturação e a organi-
co, desenvolvimento de uma rede urbana, im-
mação de pastagens extensivas era classificado zação da(s) sociedade(s) local(is);
plantação de redes de transportes e de comuni-
como benfeitoria, assegurando o direito aos in-
cações. O empreendimento de “conquista” en- c) foi motivada por conflitos entre diferentes gru-
centivos.
volve, portanto, um conjunto de políticas territo- pos sociais, pelo controle da terra e pelo
Em meados da década de 1970, a Sudarn pas-
riais. acesso aos recursos naturais e florestais exis-
sou a aprovar somente megaprojetos, em glebas
No Brasil, o estabelecimento de políticas territo- tentes nesses territórios;
gigantes. Sob essa política de incentivos, multi-
riais coerentes associou-se à centralização políti-
plicaram-se os latifúndios com áreas superiores a d) foi motivada por conflitos entre os governos
ca iniciada com a Revolução de 1930 e desenvol-
300 mil hectares. Até 1985, mais de 900 projetos estaduais do Amazonas e do Pará e o gover-
veu-se no quadro da industrialização acelerada
foram aprovados pela Sudam. A legislação vigen- no federal pela apropriação do excedente
do pós-guerra. O planejamento regional na Ama-
te nesse período determinava que a devolução econômico gerado pela exploração extrativis-
zônia foi deflagrado em 1953, com a criação da
dos recursos públicos recebidos por projetos
Superintendência do Plano de Valorização Eco- ta da borracha;
cancelados não envolveria juros ou correção mo-
nômica da Amazônia (SPVEA). e) foi motivada por conflitos fronteiriços entre o
netária.
Com o SPVEA, surgiu a Amazônia Brasileira, Brasil e os países vizinhos, Guiana Francesa
Desse modo, em ambiente econômico inflacioná-
que correspondia, grosso modo, à porção da (Amapá), Venezuela (Roraima) e Bolívia (Ron-
rio, abandonar projetos incentivados tornou-se
Amazônia Internacional, localizada em território
negócio altamente lucrativo! dônia).
brasileiro. Não era, contudo, uma região natural,
As políticas que orientaram a “conquista da Ama-
mas uma região de planejamento, pois a sua 02. (Fuvest–SP) Entre as últimas alterações da
zônia” geraram um conflito entre dois tipos de
delimitação decorria de um ato de vontade políti- divisão regional oficial do Brasil, podem-se
ocupação do espaço geográfico. O povoamento
ca do Estado. As regiões naturais são limitadas
tradicional, gerado pelo extrativismo, consistia destacar:
por fronteiras zonais, ou seja, por faixas de tran-
numa ocupação linear e ribeirinha, assentada na a) a extinção dos territórios federais e a criação
sição entre ecossistemas contíguos. As regiões
circulação fluvial e na rede natural de rios e igara- do Distrito Federal;
de planejamento, ao contrário, são delimitadas
pés. O novo povoamento consistia numa ocupa- b) a criação de Fernando de Noronha e a do ter-
por fronteiras lineares, que definem rigorosamen-
ção areolar, polarizada pelos núcleos urbanos ritório federal de Roraima;
te a área de exercício das competências adminis-
em formação e pelos projetos florestais, agrope-
trativas. c) a extinção do Distrito Federal e a criação do
cuários e minerais.
O planejamento regional para a Amazônia ga- território federal de Tocantins;
Esse conflito expressou-se, de um lado, como
nhou novo impulso após a transferência da capi- d) a extinção do território de Roraima e a criação
tensão social envolvendo índios, posseiros e gri-
tal federal e a construção da Rodovia Belém-Bra- do território de Rondônia;
leiros. Desde a década de 1970, as disputas pela
sília. Em 1966, o SPVEA era extinto e, no seu
terra configuraram um “arco de violência” nas e) a extinção dos territórios e a criação do Esta-
lugar, criava-se a Superintendência para o De-
franjas orientais e meridionais da Amazônia. do de Tocantins.
senvolvimento da Amazônia. (Sudam). A lei
De outro lado, o conflito expressou-se pela de-
que criou a Sudam redefiniu a Amazônia Brasilei- 03. (Fuvest–SP) Considerando o desenvolvi-
gradação progressiva dos ecossistemas naturais.
ra, que passava a se denominar Amazônia Le-
Um “arco da devastação”, que apresenta notá- mento econômico da Amazônia, nos últi-
gal. A região de planejamento perfaz superfície
de 5,2 milhões de quilômetros quadrados, ou
veis sobreposições com o “arco de violência”, as- mos trinta anos, assinale a afirmação corre-
sinala os vetores da ocupação recente do Gran- ta:
cerca de 61% do território nacional.
de Norte. Nos Estados de Tocantins, do Pará e do a) A integração da Amazônia à economia nacio-
A “conquista” da Amazônia Maranhão, a devastação antrópica atinge forma- nal baseou-se nas atividades agrícolas e mi-
As políticas territoriais para a Amazônia, sob o re- ções de cerrados, da Floresta Amazônica e da
nerais que promoveram o desenvolvimento
gime militar, concebiam a região como espaço de Mata dos Cocais. No Mato Grosso e em Rondô-
fronteira, num triplo sentido. nia, manifesta-se com intensidade nos cerrados, sustentável da Região.
na Floresta Amazônica e nas largas faixas de b) O desenvolvimento das atividades minerado-
Na condição de fronteira política, o Grande Nor-
transição entre esses domínios, onde se descor- ras esteve relacionado às empresas estran-
te abrangia largas faixas pouco povoadas adja-
centes aos limites do Brasil com sete países vizi- tinam manchas de florestas com babaçu. geiras com alta capacidade de investimentos.
nhos. Essas faixas configuravam “fronteiras mor- O planejamento em ação c) As atividades econômicas desenvolveram-se
tas”, ou seja, áreas de soberania formal, mas não Carajás e Manaus sem exigência de vultosos investimentos.
efetivas do Estado brasileiro. O empreendimento A Amazônia Oriental é constituída pelos Estados d) A abundância de água não foi aproveitada,
da “conquista da Amazônia” tinha a finalidade de do Pará, Amapá, Mato Grosso, Tocantins e pelo como recurso energético, devido às baixas al-
construir as bases para o exercício do poder na- oeste do Maranhão. Ela abrange as mais exten-
titudes regionais.
cional nas faixas de fronteiras. sas áreas de modificação antrópica das paisa-
gens naturais. Essas áreas concentram-se, prin- e) A inexistência de institutos de pesquisa na re-
Na condição de fronteira demográfica, o Gran- gião comprometeu a exploração de seus re-
cipalmente, no Estado de Mato Grosso e em tor-
de Norte deveria ser povoado por excedentes po- no do eixo de transportes formado pela Belém- cursos minerais.
pulacionais gerados no Nordeste e no Centro- Brasília e pela E.F. Carajás.
Sul. No fim da década de 1950, a transnacional norte-

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americana U.S. Steei, por intermédio da sua sub- modificadas pela intervenção antrópica. A metró-
sidiária Companhia Meridional de Mineração, de- pole regional de Manaus, na confluência dos rios
flagrou um ambicioso plano de pesquisas na Negro e Solimões, desempenha importantes fun-
Amazônia, com a finalidade de descobrir reser- ções industriais e comerciais.
vas de manganês. A transnacional atuava numa No contexto das políticas territoriais definidas pe-
moldura mais ampla, formada pelos acordos de lo regime militar, Manaus tomou-se um enclave
cooperação técnica entre os Estados Unidos e o industrial localizado em pleno centro da Amazô-
Brasil, cuja raiz era o interesse de Washington de nia ocidental. O empreendimento, iniciado no fim
controlar fontes de suprimentos de matérias-pri- da década de 1960 com a Zona Franca, teve forte
mas industriais escassas. impacto sobre a organização do espaço amazo-
A descoberta dos minérios da Serra dos Carajás nense.
deve-se a Breno Augusto dos Santos, um dos Os empregos diretos e indiretos gerados pelas
01. (FGV–SP) O Projeto (l) consiste na instala- geólogos brasileiros contratados pela Compa- indústrias e pelo comércio do enclave provoca-
nhia Meridional de Mineração. Em 1967, em meio ram intenso êxodo rural e um crescimento urba-
ção de bases militares, na porção (II) dos
a pesquisas de campo no Pará, o helicóptero que no explosivo da capital. Manaus agregou à sua
vales dos rios (III), com o objetivo de con-
conduzia o geólogo pousou numa clareira da função tradicional de porto fluvial as funções de
trolar militarmente a região, defender fron- Serra Arqueada, que é parte da formação de Ca-
teiras, combater o contrabando de ouro e pólo industrial e comercial. O esvaziamento de-
rajás. mográfico das várzeas e a decadência da peque-
exercer ações nos conflitos entre garimpei- Ali, ele descobriu uma extensa camada superfi- na agricultura ribeirinha tradicional tiveram, como
ros, indígenas, empresários e fazendeiros. cial de hematita, que indicava o incomensurável contrapartida, o inchaço da periferia de Manaus,
Algumas bases já foram instaladas. No potencial mineral da área. Nos dois meses se- com a expansão acelerada dos bairros de palafi-
entanto o Projeto prevê uma área de guintes, o reconhecimento de diversas clareiras tas, casas flutuantes e ocupações.
6.500km de extensão por 160 km de largu- sinalizou a presença da maior reserva de minério A década de 1970 também assinalou o avanço
ra, ao longo das fronteiras com a Guiana de ferro do mundo. Então, o Estado brasileiro de- da fronteira agrícola através do Mato Grosso e,
Francesa, Suriname, Guiana, Venezuela e sencadeou uma operação destinada a implantar sob o influxo de projetos oficiais de colonização,
Colômbia. Os termos que melhor preen- um vasto programa de desenvolvimento regional a ocupação tumultuosa das terras que margeiam
chem a seqüência carreta das lacunas l, II baseado nos fantásticos recursos naturais da- a BR-364, em Rondônia. O crescimento urbano
e III do texto acima são: quela província mineral. Em 1970, foi formado um acelerado de Porto Velho foi explicado, em grau
consórcio entre a CVRD e a U.S. Steei para a ex-
a) Calha Norte / Meridional / Solimões e Madei- menor, nos núcleos instalados junto à rodovia,
ploração dos minérios de Carajás. Sete anos de-
ra. como Vilhena, Caçoaí, Ji Paraná e Ariquemes.
pois, divergências entre os sócios e um certo de-
b) Jari / Oriental / Jari e Amazonas. Com o tempo, a concentração fundiária expulsou
sinteresse da transnacional pelas jazidas de ferro
c) Calha Norte / Setentrional / Solimões e Ama- os pequenos agricultores das melhores terras,
provocaram a dissolução do consórcio. Sob
zonas. nos projetos de colonização originais, situados
controle da então estatal CVRD, era lançado o
d) Marabá / Oriental / Xingu e Tocantins. nas proximidades da via de circulação. Os cam-
Programa Grande Carajás (PGC).
e) Jari / Meridional / Jari e Tocantins. poneses, os familiares e suas roças de milho e
O PGC assinalou uma inflexão na economia e na
de arroz foram empurrados para terras de difícil
02. (Puccamp–SP) Sobre a Floresta Amazôni- organização do espaço geográfico do leste do
acesso, nos limites das reservas indígenas. Uma
Pará e no oeste do Maranhão. As grandes obras
ca, assinale a alternativa que apresenta in- trama de conflitos fundiários passou a envolver
de infra-estrutura construídas em poucos anos –
formações corretas sobre a área. fazendeiros, posseiros e índios.
a E.F. Carajás, através de 890 quilômetros, o
a) A floresta tem muito a oferecer para o extrati- Porto de Itaqui, capaz de receber graneleiros de Durante a fase derradeira da ocupação de Ron-
vismo. Mas, freqüentemente, desconsidera- até 280 mil toneladas, em São Luís, e a dônia, a descoberta de ouro aluvional provocou
se a capacidade dos ecossistemas. Hidrelétrica de Tucuruí, no Rio Tocantins – um intenso, mas efêmero fluxo migratório para
b) O mais grave problema dessa área é conse- atraíram significativos fluxos migratórios e Roraima. Na década de 1980, a sua população
qüência do desmatamento, devido ao fato geraram o surgimento de diversos novos núcleos cresceu à taxa média anual assombrosa de 9,6%.
de Amazônia ser o “pulmão do mundo”. urbanos. A febre do garimpo foi cortada abruptamente em
No coração do PGC, estão as instalações de ex- 1991, quando o governo federal sancionou a de-
c) O desmatamento não interfere na evapo-
tração dos minérios, o terminal ferroviário de car- marcação definitiva da reserva dos ianomâmis,
transpiraçao, portanto as queimadas não
ga e os núcleos urbanos da Serra dos Carajás. A onde se localizam os grandes veios auríferos.
têm a importância que lhes é atribuída.
Vila de Carajás, no topo da serra, foi projetada A “corrida do ouro” para Roraima foi facilitada pe-
d) O horizonte orgânico dos solos da floresta é
para abrigar os funcionários da CVRD. Paraupe- la pavimentação da BR-174, que conecta Ma-
bastante profundo devido aos nutrientes or-
bas, no sopé da serra, foi projetada para servir de naus a Boa Vista e atravessa a fronteira setentrio-
gânicos advindos das espécies florestais. nal do País, interligando-se às rodovias da Vene-
residência à mão-de-obra temporária: os traba-
e) A decantada biodiversidade dessa floresta é zuela. Ao longo do seu eixo, na porção central de
lhadores braçais que construíram os dois nú-
mais um dos mitos sobre essa Região. Roraima e nas proximidades de Manaus, surgi-
cleos e as estradas de acesso. Ao lado do núcleo
03. (UFF–RJ) Com o agravamento do desem- de Paraupebas, planejado para 5 mil habitantes, ram, em poucos anos, largas faixas de devasta-
prego e da fome, acentuou-se o problema os fluxos migratórios impulsionaram o cresci- ção. A construção dessa estrada e a concomitan-
dos desequilíbrios regionais no Brasil. Tais mento espontâneo do povoado de Rio Verde, te implantação do imenso reservatório da Hidre-
desequilíbrios tiveram sua origem no pro- que já abriga mais de 20 mil habitantes. létrica de Balbina desfiguraram a reserva indíge-
O Projeto Ferro Carajás é a ponta de lança do na Waimiri Atroari.
cesso que estabeleceu o papel de cada re-
PGC. Gerenciado pela CVRD, ele produz cerca A BR-174 foi a primeira rodovia pavimentada a al-
gião na divisão territorial do trabalho, ao
de 35 milhões de toneladas anuais de minério, cançar Manaus, que, até então, só podia ser atin-
longo do desenvolvimento industrial brasi-
exportadas, principalmente, para o Japão. Ao gida por via fluvial ou aérea. O novo eixo destina-
leiro.
longo da ferrovia, foram aprovados diversos pro- se a projetar a influência da Zona Franca para os
Considere o desenvolvimento desigual jetos de instalação de indústrias siderúrgicas pri- países vizinhos. A produção industrial do enclave
ocorrido no Brasil e numere a coluna da di- márias, de ferro-gusa e ferro-liga. Assim, amazonense pode encontrar mercados na Vene-
reita de acordo com a da esquerda, asso- embrionariamente, aparecem núcleos industriais zuela e na região do Caribe, ativando os fluxos de
ciando cada região ao papel econômico nas are as de Marabá (PA), nas proximidades das comércio do Brasil com as economias dessa
que lhe coube na divisão territorial do reservas de matérias-primas e nas áreas da área.
trabalho. Baixada Maranhense, nas proximidades do Porto Mas o isolamento físico do enclave de Manaus
de Itaqui. está sendo rompido em outra direção. O projeto
Esses projetos beneficiam-se dos vastos exce- de pavimentação da BR-319 (Porto Velho/
dentes regionais de mão-de-obra, inicialmente Manaus) e a Hidrovia do Madeira preparam a co-
atraídos pelas grandes obras de infra-estrutura nexão entre a metrópole da Amazônia Ocidental
que, hoje, demandam empregos. Contudo, na e o vetor de ocupação estabelecido em Rondô-
falta de adequado planejamento dos impactos nia.
ambientais, tendem a gerar inúmeros focos de Essas obras de infra-estrutura viária têm a finali-
poluição do ar e dos rios. Além disso, em função dade de criar um longo corredor de exportação
da opção pelo uso de carvão vegetal para quei- para os produtos agrícolas de Rondônia e Mato
Assinale a opção que apresenta a numera-
ma nos fornos siderúrgicos, a implantação dos Grosso, através do Rio Amazonas. Com esse cor-
ção na ordem carreta: núcleos industriais previstos deve acarretar a
a) 1, 2, 4, 3 redor de exportação, a soja cultivada em Mato
aceleração do desflorestamento. Grosso chega ao mercado europeu a custos bas-
b) 2, 1, 3, 4 A metrópole da Amazônia Ocidental tante inferiores àqueles proporcionados pelos
c) 2, 3, 1, 4
A Amazônia ocidental é constituída pelos Esta- portos de Santos ou Paranaguá. O eixo em im-
d) 3, 1, 4, 2
dos do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima. Na plantação tem inegável significado econômico,
e) 4, 3, 2, 1
sua maior parte, exibe paisagens naturais pouco mas pode acarretar novos desastres ambientais.

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folhetos embrionários continuam a diferenciar-se,


Biologia originando os tecidos especializados do adulto.

Professor JONAS Zaranza

Aula 105

Embriologia II
1. GASTRULAÇÃO
Terminada a formação da blástula, inicia-se o pro-
cesso de gastrulação, durante o qual as células
continuam a se dividir, e passa a ocorrer aumento 01. UEA (DESAFIO) A parede do intestino delga-
do volume do embrião. Ao fim desse processo, do é revestida internamente pelo eptélio de
estará formada a gástrula.
A seqüência do desenvolvimento embrionário até absorção. Os movimentos peristálticos que
a formação da glástrula é, portanto: ovo, mórula, deslocam o alimento em processos de di-
blástula, gástrula. Neurulação em anfioxo gestão são produzidos por camadas de mús-
Além do aumento de volume, três outras caracte- Da ectoderme, diferencia-se o tubo neural, que
rísticas da gastrulação são muito importantes.
culos lisos. O controle desses movimentos é
apresenta no seu interior o canal neural. Da me-
• Formação dos folhetos embrionários ou germi- realizado por terminações nervosas.
sentoderme, diferenciam-se a endoderme e a
nativos, que darão origem a todos os tecidos e mesoderme. A mesoderme dá origem aos somi- O texto acima descreve a organização histo-
órgãos. tos e à notocorda. Os somitos são blocos celula-
• Formação do arquêntero, ou intestino primiti- lógica de um trecho do tubo digestório.
res dispostos lateralmente ao embrião, e a noto-
vo. corda é uma estrutura maciça localizada logo Com os dados apresentados, é correto afir-
• Formação do blastóporo, um orifício de comu- abaixo do tubo neural. A notocorda é uma estru-
nicação do arquêntero com o exterior. mar que os tecidos citados são originados
tura típica, que caracteriza um grande grupo ani-
Folhetos embrionários mal: o grupo dos cordados, ao qual pertencem
embrionariamente a partir:
Os folhetos embrionários que podem ser identifi- não só o anfioxo, como todos os vertebrados a) da endoderma, somente;
cados no final da gastrulação são três: aqui representados pelos anfíbios. A mesoder- b) da endoderma e da mesoderma, somente;
• ectoderme – o mais externo; me, que forma os somitos, delimita uma cavidade
c) da endoderma e da ectoderma, somente;
• mesoderme – o intermediário; denominada celoma.
O celoma é uma cavidade inteiramente delimita- d) da ectoderma e da mesoderma, somente;
• endoderme – o mais interno.
Esses três folhetos é que sofrerão processo de da pela mesoderme. e) da ectoderma, da mesoderma e da endoder-
diferenciação e originarão todos os tecidos e ór- Os animais que apresentam celoma são chama- ma.
gãos do organismo. Os animais que possuem es- dos celomados. Todos os cordados são celoma-
ses três folhetos são denominados triblásticos. dos. 02. (UEA) Répteis e aves produzem ovos dota-
Nem todos os animais, no entanto, possuem es- Há animais triploblásticos que não apresentam
dos de uma casca que dificulta a perda de
ses três folhetos embrionários. Existem os ani- celoma, sendo o espaço entre a ectoderme e a
endoderme completamente preenchido por me- água por evaporação. Isso permite o desen-
mais diblásticos, que possuem apenas a ecto-
derme e a endoderme. soderme. Esses animais são chamados aceloma- volvimento dos embriões em ambiente ter-
• Diploblásticos ou diblásticos: possuem ape- dos. É o caso dos platelmintos, cujos represen- restre. O isolamento quase total dos em-
nas dois folhetos embrionários – ectoderme e tantes mais conhecidos são as planárias e as tê-
nias ou solitárias, parasitas do intestino do ho- briões em relação ao meio externo impede
endoderme. São as esponjas e os cnidários.
• Triploblásticos ou triblásticos: possuem três mem. que recebam nutrientes do ambiente.
folhetos embrionários – ectoderme, mesoder- Em outros animais, a mesoderme delimita uma
O anexo embrionário que garante a nutrição
me e endoderme. São os demais animais. parte da cavidade, sendo a outra parte delimitada
Arquêntero e blastóporo pela endoderme. Esses animais são chamados do embrião até a eclosão é:
Sendo o blastóporo um orifício que comunica o pseudocelomados, pois o celoma só é verdadei- a) cório;
intestino primitivo (arquêntero) com o exterior, ele ro quando completamente revestido pela meso-
derme. É o caso dos nemátodas, cujo represen- b) saco vitelinico;
pode dar origem tanto aos ânus como à boca –
dois orifícios que, no adulto, comunicam o siste- tante mais conhecido é a lombriga (Ascaris lum- c) âmnio;
ma digestivo com o exterior. Assim, dependendo bricoides), um parasita do intestino humano. d) alantóide;
da estrutura em que se transforma o blastóporo, O esquema, a seguir, mostra cortes transversais
e) placenta.
podemos considerar dois tipos de animais. em organismos adultos:
• Protostômios – Aqueles nos quais o blastóporo 03. (UEA) Certos anexos embrionários bem de-
dá origem à boca; são os vermes, os moluscos
senvolvidos em embriões de répteis e aves
e os artrópodes.
• Deuterostômios – Aqueles nos quais o blastó- estão presentes também em mamíferos.
poro dá origem ao ânus; são os equinodermos Nestes, são praticamente vestigiais e com
e os cordados. funções diferentes das que desempenham
em ovos de répteis e aves.
Após a neurulação, a organogênese prossegue Enquadram-se nas características apresen-
da seguinte forma
tadas acima:
• Ectoderme: dá origem à epiderme e aos seus
derivados cutâneos, e também às estruturas a) âmnio e cório;
sensoriais. O tubo neural, formado pela ecto- b) âmnio e alantóide;
derme, dá origem ao sistema nervoso.
• Mesoderme: dá origem à derme, aos múscu- c) âmnio e placenta;
los estriados ou voluntários, às vértebras, aos d) cório e placenta;
rins, ao sistema genital, à musculatura visceral, e) alantóide e saco vitelínico.
ao pericárdio (membrana que envolve o cora-
2. NEURULAÇÃO
ção), aos ossos, à musculatura dos apêndices 04. (G2) Na gástrula do anfioxo, o blastóporo faz
Após a gastrulação, inicia-se a neurulação, carac- ou membros, aos músculos lisos, ao miocárdio
terizada pela formação do tubo neural, formação (musculatura do coração), ao endocárdio (teci- a comunicação do meio extra-embrionário
do celoma e da notocorda. A partir da formação do que reveste internamente o coração) e ao com:
da nêurula, os folhetos embrionários irão diferen- endotélio dos vasos sangüíneos. Na formação
ciar-se em orgãos, caracterizando a organogêne- das vértebras, a notocorda, que, posteriormen- a) o celoma;
se. Como exemplo, estudaremos a organogêne- te, desaparece, é tomada como eixo. Nesse b) a blastocele;
se em anfioxo. processo, as vértebras envolvem o tubo neu-
c) o trofoblasto;
ral. É importante frisar que não é a notocorda
Organogênese em anfioxo que se transforma em coluna vertebral; ela d) a cavidade amniótica;
O esquema seguinte representa a fase inicial da or- apenas serve de eixo ao longo do qual se dife- e) o arquêntero.
ganogênese: a neurulação. Após a neurulação, os renciam as vértebras.

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• Endoderme: a endoderme dá origem às fen- semelhanças no desenvolvimento embrionário.


das branquiais, aos pulmões e às diferentes Supõe-se que os primeiros mamíferos eram oví-
partes do sistema digestório e suas glândulas paros, com ovos grandes, ricos em vitelo, do tipo
anexas. Nos equinodermos e cordados, o blas- telolécito, e com desenvolvimento embrionário
tóporo dá origem ao ânus (animais deuterostô- semelhante ao dos répteis.
mios), e um novo orifício, o estomodeu, abre- Em algum momento da evolução, alguns mamí-
se para a formação da boca.
feros tornaram-se vivíparos com o embrião de-
3. ANEXOS EMBRIONÁRIOS senvolvendo-se dentro do útero da mãe e rece-
1. Introdução bendo alimento através de uma estrutura deno-
Anexos embrionários são estruturas que deri- minada placenta. Com isso, a quantidade de vite-
vam dos folhetos germinativos do embrião, mas lo no ovo teria diminuído, uma vez que o alimento
que não fazem parte do corpo desse embrião. seria fornecido pela mãe.
Os anexos embrionários são: vesícula vitelínica Nos atuais mamíferos viventes, pode-se verificar
01. (G2) Nos vertebrados, derme, pulmão e cé- (saco vitelínico), âmnio, cório e alantóide. A pla-
que tal processo evolutivo, provavelmente, ocor-
rebro são, respectivamente, de origem: centa, que costuma ser citada como exemplo de
reu, uma vez que existem mamíferos ovíparos e,
anexo embrionário. não deve ser assim conside-
a) mesodérmica. endodérmica e ectodérmica; portanto, sem placenta, com ovos telolécitos;
rada, pois da sua formação participam tecidos
b) ectodérmica, endodérmica e mesodérmica; tanto do feto como da mãe. mamíferos vivíparos, com placenta pouco desen-
c) mesodérmica, ectodérmica e endodérmica; 2. Vesícula vitelínica volvida e com ovos oligolécitos e mamíferos viví-
Durante a evolução dos grupos animais, os pri- paros com placenta desenvolvida, com ovos sem
d) endodérmica, ectodérmica e mesodérmica;
meiros vertebrados que surgiram foram os pei- vitelo (alécito).
e) ectodérmica, mesodérmica e endodérmica.
xes, grupo que possui, como único anexo em- Com base nesses critérios, os mamíferos atuais
02. (Fuvest) Qual das alternativas, a seguir, é a brionário, a vesícula vitelínica. podem ser agrupados em três subdivisões:
A vesícula vitelínica é uma bolsa que abriga o vi- • Prototheria (prototérios) ou Monotremata
melhor explicação para a expansão e o do- telo e que participa do processo de nutrição do (monotrêmatos): mamíferos primitivos que
mínio dos répteis durante a era mesozóica, embrião. É bem desenvolvida não somente em botam ovos e não possuem placenta .Ovos te-
incluindo o aparecimento dos dinossauros e peixes, mas também em répteis e em aves. Nos lolécitos com desenvolvimento embrionário se-
sua ampla distribuição em diversos nichos mamíferos, é reduzida, pois, nesses animais, co-
melhante ao dos répteis.
do ambiente terrestre? mo regra geral, os ovos são pobres em vitelo.
• Metatheria (metatérios) ou marsupiais: mamí-
A vesícula vitelínica não tem, portanto, significado
a) Prolongado cuidado com a prole, garantindo feros vivíparos, com placenta rudimentar. O jo-
no processo de nutrição do embrião da maioria
dos mamíferos. vem, ao nascer, não está completamente for-
proteção contra os predadores naturais.
Nos anfíbios, embora os ovos sejam ricos em vi- mado. Ovos oligolécitos.
b) Aparecimento de ovo com casca, capaz de
telo, falta a vesícula vitelínica típica, encontrando- • Eutheria (eutérios) ou placentários verdadei-
evitar o dessecamento. ros: mamíferos vivíparos, com placenta bem
se o vitelo dentro de células grandes (macrôme-
c) Vantagens sobre os anfíbios na competição ros) não envolvidas por qualquer estrutura pró- desenvolvida. O ovo é completamente despro-
pelo alimento. pria. vido de vitelo (alécito), e o jovem, ao nascer, já
d) Extinção dos predadores naturais e conse- 3. Âmnio é uma membrana que envolve comple- está completamente formado.
qüente explosão populacional. tamente o embrião, delimitando uma cavidade Os prototérios ou monotrêmatos estão represen-
denominada cavidade amniótica. Essa cavidade tados por apenas dois gêneros viventes: a Echid-
e) Abundância de alimento nos ambientes aquá-
contém o líquido amniótico, cujas funções são na (équidna) e o Ormihorhynchus (ornitorrinco),
ticos abandonados pelos anfíbios. proteger o embrião contra choques mecânicos e
que ocorrem na Austrália-
contra a dessecação.
03. (Fuvest) Em condições normais, a placenta 4. Cório ou serosa é uma membrana que en-
A maioria dos metatérios ou marsupiais vive,
humana tem por funções: volve o embrião e todos os demais anexos em- atualmente, na Austrália, onde estão representa-
brionários. É o anexo embrionário mais externo dos pelo canguru, lobo-da-tasmânia, coala, den-
a) proteger o feto contra traumatismos, permitir a
ao corpo do embrião. Nos ovos de répteis e aves, tre outros. No Brasil, o representante mais conhe-
troca de gases e sintetizar as hemácias do fe- cido é o gambá.
por exemplo, essa membrana fica sob a casca.
to; Nesses animais, o cório, juntamente com o alan- Os eutérios, ou placentários verdadeiros, estão
b) proteger o feto contra traumatismos, permitir a tóide, participa dos processos de trocas gasosas representados pelos demais mamíferos, entre os
troca de gases e sintetizar os leucócitos do entre o embrião e o meio externo. Na maioria dos quais o homem.
feto; mamíferos, o cório une-se à parede uterina, e es- Os conceitos, em qualquer campo do conheci-
sas duas estruturas formam a placenta. A placen- mento humano, podem sofrer alterações ao lon-
c) permitir o fluxo direto de sangue entra a mãe e
ta, portanto, é formada por tecidos da mãe (pare- go do tempo. Foi o que aconteceu com o concei-
o filho e a eliminação dos excretas fetais; de do útero) e por tecidos derivados do corpo do to de placenta.
d) permitir a troca de gases e nutrientes e a elimi- embrião (cório).
O termo placenta é aplicado para qualquer tipo
nação dos excretas fetais dissolvidos; 5.Alantóide
de órgão formado pelo íntimo contato entre teci-
e) permitir o fluxo direto de sangue do filho para O alantóide é um anexo que deriva da porção
posterior do intestino do embrião. É uma mem- do materno e tecido fetal e que serve como trans-
a mãe, responsável pela eliminação de gás porte de nutrientes da mãe para o feto; pode ser
brana que delimita uma estrutura saculiforme de-
carbônico e de excretas fetais. nominada saco do alantóide. A função do alantói- considerado como qualquer órgão de troca de
de nos répteis e nas aves é armazenar excretas substâncias entre mãe e filho. A placenta não é
04. (Fuvest) O ornitorrinco e a equidna são ma- nitrogenadas e participar das trocas gasosas, encontrada exclusivamente nos mamíferos, mas
míferos primitivos que botam ovos, no inte- nesse caso, juntamente com o cório. A excreta ni- em muitos outros grupos animais, como certos
rior dos quais ocorre o desenvolvimento trogenada eliminada por embriões desses ani- peixes e anfíbios. A natureza dos tecidos da mãe
embrionário. Sobre esses animais, é correto mais é o ácido úrico, insolúvel em água e pouco e do feto que entram na formação da placenta va-
afirmar que tóxico, podendo ser armazenado no interior do ria de grupo para grupo animal.
ovo sem contaminar o embrião. Nos mamíferos, Nos mamíferos eutérios, a placenta é um órgão
a) diferentemente dos mamíferos placentários, o alantóide é reduzido. formado pela interação entre a mucosa uterina
eles apresentam autofecundação; da mãe e os anexos embrionários cório e alantói-
b) diferentemente dos mamíferos placentários, de.
eles não produzem leite para a alimentação Já vimos que, por ser um órgão formado pela in-
dos filhotes; teração entre os tecidos materno e fatal, a pla-
c) diferentemente dos mamíferos placentários, centa não é considerada um anexo embrionário
seus embriões realizam trocas gasosas direta- verdadeiro.
mente com o ar;
d) à semelhança dos mamíferos placentários,
seus embriões alimentam-se, exclusivamente,
de vitelo acumulado no ovo; 6. Placenta
e) à semelhança dos mamíferos placentários, Os mamíferos surgiram na face da Terra há cerca
seus embriões livram-se dos excretas nitroge- de 200 milhões de anos, e existem fortes evidên-
cias sugerindo que evoluíram a partir de um gru-
nados através da placenta.
po de répteis. Uma dessas evidências refere-se à

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maranhense, não só pela crua linguagem

Literatura naturalista, mas, sobretudo, pelo assunto de


que trata: o preconceito racial. O livro faz su-
Professor João BATISTA Gomes cesso, é bem recebido na Corte e tomado
como marco do Naturalismo no Brasil.
Aglomerações – Em 1884, publica Casa de
Aula 106 Pensão. Era o início de uma tendência nova
na Literatura Brasileira: escrever histórias para
Realismo e Naturalismo II retratar multidões.
1. MACHADO DE ASSIS Obra máxima – Em 1890, publica O Cortiço,
romance-síntese do Realismo-Naturalismo no
MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS Brasil, enfeixando todas as características dos
a) Época – Século XIX. dois movimentos literários.
b) Cenário – Rio de Janeiro. Fim de carreira – Em 1895, decepcionado Caiu no vestibular
c) Narrativa – Primeira pessoa (narrador = com os frutos colhidos na profissão de escri- 01. (FGV) Sobre o romance Memórias Póstu-
personagem). tor, encerra a carreira de romancista e ingres-
d) Personagens:
mas de Brás Cubas, de Machado de Assis,
sa na diplomacia. é correto afirmar que:
1. Brás Cubas – Narrador; defunto-autor; OBRAS a) Marca o início do Romantismo na literatura
personagem esférica (de grande densi- 1. Uma Lágrima de Mulher (1880, romance
dade psicológica). brasileira.
romântico)
2. Marcela – Primeira namorada de Brás. b) O nascimento do filho do protagonista com
2. O Mulato (1881, romance naturalista)
3. Virgília – Noiva e, depois, amante de Virgília redime a tristeza de Brás Cubas.
3. Casa de Pensão (1884, romance natura-
Brás Cubas. c) O contato de Brás Cubas com a filosofia do
lista)
4. Lobo Neves – Esposo de Virgília; de- Humanismo é-lhe facultado pelo amigo
4. O Cortiço (1890, romance naturalista)
putado. Quincas Borba.
5. Livro de uma Sogra (1895, romance natu-
5. Dona Plácida – Apoiava os encontros d) Marcela era realmente apaixonada por Brás
ralista)
proibidos entre Brás e Virgília. Cubas.
6. Quincas Borba – Mendigo e filósofo. O CORTIÇO e) As personagens femininas do romance têm a
7. Eulália – Última namorada de Brás. a) Época – Século XIX. ingenuidade das heroínas românticas.
b) Cenário – Rio de Janeiro. 02. (Desafio do Rádio) No romance, as mulhe-
QUINCAS BORBA
c) Narrativa – Terceira pessoa (narrador onis- res são reduzidas a três condições: primei-
a) Época – Segunda metade do século XIX. ciente).
b) Cenário – Rio de Janeiro; algmas cenas
ra, apenas de objeto, usadas e aviltadas
d) Personagens: pelo homem (Bertoleza e Piedade); segun-
se passam em Barbacena, Minas Gerais.
1. João Romão – Dono do Cortiço. da, de objeto e de sujeito simultanea-
c) Narrativa – Terceira pessoa (narrador onis-
2. Bertoleza – Escrava fugida; amiga-se mente (Rita Baiana); terceira, apenas de
ciente).
com João Romão. sujeito, são as que se independem do ho-
d) Personagens:
3. Miranda – Aspira ao título de barão. mem, prostituindo-se (Leônie e Pombinha).
1. Quincas Borba – Filósofo rico. 4. Estela – Esposa de Miranda.
2. Quincas Borba – Cachorro. a) A Normalista
5. Albino – Sujeito afeminado e fraco.
3. Rubião – Herói; herdeiro do filósofo b) Luzia-Homem
6. Botelho – Vive de chantagem.
Quincas Borba. c) O Cortiço
7. Leônie e Pombinha – Assumem um ro-
4. Cristiano Palha – Pseudo-amigo de Ru- d) Memórias Póstumas de Brás Cubas
mance homossexual.
bião. e) O Mulato
8. Rita Baiana – Prostituta independente.
5. Sofia – Esposa de Cristiano Palha; Ru- 9. Jerônimo – Português; abandona a fa- 03. (Desafio da TV) Desistindo de montar um
bião tem por ela uma paixão doentia. mília para viver com Rita Baiana. enredo em função de pessoas, o autor ati-
6. Deolindo – Criança que Rubião salva
nou com a fórmula que se ajustava ao seu
da morte. 3. RAUL POMPÉIA talento: ateve-se à seqüência de descrições
Nascimento e morte – Em 1863, 12 de abril, de cenas coletivas e de tipos psicologica-
2. ALUÍSIO AZEVEDO
nasce Raul D‘Ávila Pompéia, em Jacuacan- mente primários.
Nascimento e morte – Aluísio Tancredo Gon- ga, município de Angra dos Reis, Estado do
çalves de Azevedo nasce em São Luís (MA), a) O Mulato
Rio. Suicida-se em 25 de dezembro de 1895.
em 14 de abril de 1857. É o fundador da Ca- b) O Cortiço
Aluno Interno – Aos dez anos, é matriculado c) Luzia-Homem
deira n.o 4 da Academia Brasileira de Letras.
como aluno interno no Colégio Abílio, dirigido d) Quincas Borba
Falece em Buenos Aires, Argentina, em 21 de
por Abílio César Borges. e) Dom Casmurro
janeiro de 1913.
Aluno do Colégio D. Pedro II – Aos dezes-
Infância e adolescência – Da infância à ado- 04. (FGV) Sobre o romance Dom Casmurro de
seis anos (1879), concluídos os estudos pri-
lescência, Aluísio estuda em São Luís e tra- Machado de Assis, apenas NÃO se pode
mários, vai para o Colégio D. Pedro II, onde
balha como caixeiro e guarda-livros. Desde afirmar que:
só estudavam os filhos de famílias abastadas.
cedo, revela interesse pelo desenho e pela a) o narrador em primeira pessoa acentua sua
pintura, o que o auxilia na aquisição da técni- Autor aos 17 – Desde o internato no Colégio
inocência mediante a trama injusta que o en-
ca que empregará mais tarde ao caracterizar Abílio, Pompéia vem provando que é intelec-
volveu;
as personagens de seus romances. tual precoce. Aos 17 anos, ainda estudante
secundarista, publica seu primeiro livro, a no- b) o foco narrativo em primeira pessoa acentua
Rio de Janeiro – Em 1876, embarca para o o aspecto ambíguo da obra, enriquecendo-a
vela Uma Tragédia no Amazonas.
Rio de Janeiro, onde já se encontra o irmão como expressão literária;
mais velho, Artur Azevedo. Matricula-se na Direito em São Paulo e no Recife – Inicia o
c) o tempo é evidentemente trabalhado, mes-
Imperial Academia de Belas Artes, hoje Escola curso de Direito em São Paulo. Vai terminá-lo
clando as lembranças do narrador ao seu es-
Nacional de Belas Artes. no Recife. Ali, longe da agitação paulista, co-
tado permanente;
meça a moldar o romance que lhe dará fama:
Caricaturista – Para manter-se, faz caricatu- d) a abordagem psicológica das personagens,
O Ateneu.
ras para os jornais da época (O Fígaro, O Me- intensificada pela constante relação entre o
quetrefe, Zig-Zag e A Semana Ilustrada). A partir Romance de folhetim – Seguindo a moda SER e o PARECER, revela uma das preocupa-
desses “bonecos” que conserva sobre a iniciada no Romantismo, O Ateneu é publica- ções do autor;
mesa de trabalho, escreve cenas de romances. do primeiramente em folhetim: os capítulos e) o conflito travado entre os protagonistas Ca-
são exibidos em seqüência ao público leitor. pitu e Bentinho é intensificado pelas persona-
Estréia – Em 1879, publica seu primeiro ro-
mance, Uma lágrima de mulher, típico drama- Duelo com Bilac – Raul Pompéia e Olavo Bi- gens secundárias, bastante significativas ao
lhão romântico. lac travam uma polêmica acirrada nos meios contexto.
de comunicação da época. Motivo: o roman-
O Mulato – Em 1881, Aluísio lança O Mulato,
ce O Ateneu. A crítica especializada vê na
romance que causa escândalo na sociedade

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obra a própria vida do autor. Ou seja, Sérgio, o ralismo no Brasil. Sua obra (densa, trágica e
narrador, seria o próprio Raul Pompéia. Bilac pouco apreciada na época) é repleta de des-
resolve insinuar, na imprensa, que Pompéia é crições de perversões e crimes.
homossexual. Vem o desafio para um duelo
OBRAS
de espadas em praça pública que não se
1. A Normalista (1891, romance) – História de
consuma por interferência da platéia.
João da Mata, que cria, educa e seduz
Suicídio na noite de Natal – Depois do epi- Maria do Carmo.
sódio do duelo, os jornais da época passam
a ignorar Pompéia. O discurso inflamado à 2. Bom-Crioulo (1895, romance) – História
sepultura de Floriano Peixoto, elogiando o de homossexualismo entre marinheiros.
morto, é uma agressão ao presidente da Re- Amaro (o Bom-Crioulo) ama Aleixo, um
pública, Prudente de Morais. Antes de morrer, grumete, que se apaixona por Carolina.
DOM CASMURRO escreve: “Ao jornal A Notícia e ao Brasil, decla- Enciumado, Amaro mata Aleixo.
ro que sou um homem de honra”. Data (25 de
Características das personagens principais dezembro de 1895) e assina (Raul Pompéia). 5. DOMINGOS OLÍMPIO
Bento – Personagem principal da história; narrador A seguir, deita-se numa poltrona e dá um tiro Nascimento e morte – Nasce em Sobral (CE),
que, na velhice, tenta “atar as duas pontas da vida”. de revólver em cima do coração. Conta ape- em 18 de setembro de 1850. Falece em 7 de
nas 32 anos de idade. outubro de 1906, no Rio de Janeiro.
Depois de velho, ganha o apelido de Dom Casmurro.
OBRAS Advogado, político, jornalista – Bacharela-
Capitu – Vizinha, amiga e namorada de Bento desde 1. Uma Tragédia no Amazonas (1880, novela) se em 1873, pela Faculdade de Direito do Re-
criança. É morena, olhos claros e grandes, “olhos de 2. Canções sem Metro (1881, poema em cife. Depois de formado, reside no Ceará até
ressaca”, de “cigana oblíqua e dissimulada”. prosa)
1879, quando se transfere para Belém, onde
3. O Ateneu (1888, romance)
Escobar – Esbelto, olhos claros, um pouco fugitivos, advoga, torna-se deputado pela Assembléia
4. As Jóias da Coroa (1962, romance póstu-
como as mãos, os pés, a fala, como tudo. É três anos Provincial e batalha no jornalismo, defenden-
mo)
do as idéias abolicionistas e republicanas.
mais velho que Bento. Não fala claramente nem se-
O ATENEU Luzia-Homem – Seu primeiro romance (única
guido. O sorriso é instantâneo. Inteligente e amigo,
a) Época – Século XIX. obra de sucesso), Luzia-Homem, ambientado
consegue penetrar no âmago das pessoas e saber o b) Cenário – Rio de Janeiro (um colégio in- no sertão cearense, data de 1903. A história
que se passa com elas. terno só para homens). de Luzia (heroína), Alexandre (herói) e
c) Narrativa – Primeira pessoa (narrador= Crapiúna (vilão) expõe o drama de famílias
Ezequiel – Quando pequeno, é um imitador, levado e
personagem). que são obrigadas a migrar para a cidade por
inteligente. Quando moço, torna-se esbelto e, de d) Personagens:
causa da seca.
acordo com o depoimento de Bento, com a aparên- 1. Sérgio – Narrador; o próprio Pompéia.
cia de Escobar. É inteligente e interessado por Ar- 2. Aristarco – Dono e diretor do Colégio 6. JÚLIO RIBEIRO
queologia. Ateneu.
3. Sanches – Protetor de Sérgio e inicia- Nascimento e morte – Júlio Ribeiro nasce
D. Glória – Mãe de Bentinho. Mulher forte, madura e dor de sua sexualidade. em Sabará (MG), em 16 de abril de 1845, e
religiosa. Deseja fazer do filho um padre, devido a 4. Egbert – Único amigo sincero de Sérgio falece em Santos (SP), em 1.o de novembro
no Ateneu. de 1890.
uma antiga promessa, mas, ao mesmo tempo, dese-
5. Bento Alves – Adolescente com quem A Carne – Deixa apenas um romance famo-
ja tê-lo perto de si, retardando a sua decisão de
Sérgio se envolve. so: A Carne, ambientado no interior paulista.
mandá-lo para o Seminário. 6. Américo – Adolescente que incendeia Nele, narra-se a história de Lenita e Barbosa,
José Dias – É magro, chupado, com um princípio de o Colégio Ateneu. com cenas de sexo explícito. Acusado de exi-
calva e tem uns cinqüenta e cinco anos. Veste-se bicionismo sensual, o romancista é duramen-
4. ADOLFO CAMINHA
simples e bem. Homem prestativo, trata Bentinho te atacado pela crítica especializada da épo-
Nascimento e morte – Adolfo Ferreira Cami- ca.
com “extremos de mãe e atenções de servo.” nha nasce em 29 de maio de 1867, na cida-
Aproximou-se da família de Dona Glória dizendo-se de de Aracati (CE). Morre no Rio de Janeiro,
7. MANUEL DE OLIVEIRA PAIVA
médico, mas depois confessou a mentira. É um tipo em 1.o de janeiro de 1897.
Nascimento e morte – Manuel de Oliveira
de empregado da casa, porém tratado com a consi- Órfão – Órfão de mãe, Caminha vai para a ca-
sa de parentes, em Fortaleza. Seis anos de- Paiva nasce em Fortaleza, Ceará, em 1861.
deração de parente. Tem mania de expressar-se por Morre no Rio de Janeiro, em 1892, com ape-
pois (1883), muda-se para a casa de seu tio,
superlativos. no Rio de Janeiro, que o matricula na antiga nas 31 anos, sem publicar nenhum livro.

Pádua – É o pai de Capitu, homem baixo e grosso de Escola de Marinha. Obra póstuma – Graças à crítica Lúcia Miguel
Poeta – Em 1886, publica Vôos Incertos (poe- Pereira, vem à luz, em 1952, o romance Dona
corpo, pernas e braços curtos, costas abauladas.
mas). Guidinha do Poço, que logo se incorpora à
Dava-se bem com a família de Bentinho, exceto com
Contista – Em 1887, é promovido a segundo- lista das obras de valor do Naturalismo bra-
José Dias, que lhe atribui o apelido de Tartaruga. É sileiro.
tenente; publica Judite e Lágrimas de um
ajudado várias vezes por D. Gloria. Crente, livros de contos. Personagens – Margarida (Guidinha), Major
Prima Justina – Quadragenária, magra e pálida, bo- Escândalo amaoroso – Em 1888, regressa a Quim (esposo de Guida) e Secundino.
ca fina e olhos curiosos. Gosta de ressaltar os defei- Fortaleza e envolve-se em um rumoroso es-
cândalo: rapta a esposa de um alferes. Em 8. INGLÊS DE SOUSA
tos das pessoas, expondo-os aos olhos alheios.
1890, muito pressionado de todos os lados,
Tio Cosme – Um homem gordo e pesado, tem a res- Caminha demite-se e, com a mulher e duas Nascimento e morte – Herculano Marcos
filhas, segue para o Rio de Janeiro, onde passa Inglês de Sousa nasce em Óbidos (PA), em
piração curta e os olhos dorminhocos. É também
a viver como funcionário público. 28 de dezembro de 1853. Falece no Rio de
viúvo e vive ali desde que D. Glória se torna viúva. É Janeiro (RJ), em 6 de setembro de 1918.
A Normalista – Em 1891, lança seu romance
exímio jogador de gamão, e trata a vida como se
de maior sucesso: A Normalista. Nessa época, Iniciador do Naturalismo – É tido como inau-
fosse uma grande ópera. colabora nos jornais Gazeta de Notícias e O gurador do Naturalismo no Brasil, com o ro-
D. Fortunata – A mãe de Capitu. Morre cedo na his- País. mance O Coronel Sangrado (1877).
tória. Bom-Crioulo – Em 1895, publica seu segun- Obra-máxima – O Missionário (1891), roman-
do romance de sucesso: Bom-Crioulo. ce ambientado na selva amazônica.
Padre Cabral – Amigo de todos, conselheiro sensa-
Tuberculose – Atormentado pelas dificulda- Personagens – Pe. Antônio Morais (vive o
to. O narrador ressalta-lhe o dom do “bom comer”: des financeiras e debilitado pela tuberculose, conflito entre a vocação sacerdotal e o instinto
gosta de uma mesa farta e bem variada. morre precocemente. sexual), Clarinha (mulher por quem o padre
Naturalismo – Adolfo Caminha é considera- se apaixona), Coronel Pimenta (avô de
do um dos principais representantes do Natu- Clarinha).

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pansão), o sinal é positivo (volume aumenta). Po-

Química demos dizer que a energia interna do sistema é


uma função de estado, pois ela depende unica-
mente da temperatura do sistema. Se não há va-
Professor Pedro CAMPELO riação de temperatura, a variação da energia in-
terna é nula.
T2 – T1 = 0 ⇒ U2 – U1 = 0
Aula 107 TRANSFORMAÇÕES TERMODINÂMICAS
Temoquímica I PARTICULARES
Transformação isotérmica: Como a temperatura
A Termodinâmica química, também chamada de do sistema se mantém constante, a variação da
Termoquímica, é o ramo da química que estuda o energia interna é nula. Por exemplo, considere
calor envolvido nas reações químicas baseando- TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
um gás sofrendo uma expansão isotérmica con-
se em princípios da Termodinâmica. forme mostra as figuras. (UFRS 2005) Se necessário, adote g=10m/s2.
TERMODINÂMICA A quantidade de calor que o gás recebe é exata- 01. Observe o gráfico a seguir.
A Termodinâmica é a parte da Termologia (Física) mente igual ao trabalho por ele realizado. A área
que estuda os fenômenos relacionados com tra- sombreada sob a curva é numericamente igual
balho, energia, calor e entropia e as leis que go- ao trabalho realizado.
vernam os processos de conversão de energia. Transformação isométrica: como o volume do
Apesar de todos nós termos um sentimento do sistema se mantém constante, não há realização
que é energia, é muito difícil elaborar uma defini- de trabalho.
ção precisa para ela. Em verdade, a Física aceita Todo o calor trocado com o meio externo é trans-
a energia como conceito primitivo, sem definição, formado em variação da energia interna.
ou seja, apenas caracterizando-a. Se o sistema recebe calor:
É bastante conhecido o fato de que uma substân- Q > 0 ⇒ U > 0: temperatura aumenta se o siste- O perfil da reação genérica A → B, nele re-
cia é constituída de um conjunto de partículas de- ma recebe calor. presentado, indica que a energia de ativação
nominadas de moléculas. As propriedades de Q < 0 ⇒ U < 0: temperatura diminui se o siste- do processo, em kJ, é igual a
uma substância dependem, naturalmente, do ma cede calor. a) 100. b)150. c) 250.
comportamento dessas partículas. Transformação isobárica: Numa transformação
A partir de uma visão macroscópica para o es- d) 300. e) 400.
onde a pressão permanece constante, a tempe-
tudo do sistema, que não requer o conhecimen- ratura e o volume são inversamente proporcio- TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
to do comportamento individual dessas partícu- nais, ou seja, quando a temperatura aumenta, o
las, desenvolveu-se a chamada Termodinâmica (Uel 2006) Se o suprimento de ar, na câmara
volume diminui, pois, ao expandir, um gás neces- de combustão de um motor de automovel,
clássica. Ela permite abordar, de uma maneira sita receber calor do meio para manter sua tem-
fácil e direta, a solução de nossos problemas. peratura.
for insuficiente para a queima do n-octano,
Uma abordagem mais elaborada, baseada no U > 0 ⇒ temperatura aumenta. pode ocorrer a formacão de monóxido de
comportamento médio de grandes grupos de T < 0 ⇒ volume aumenta carbono, uma substância altamente
partículas, é chamada de Termodinâmica Parte do calor que o sistema troca com o meio poluidora do ar atmosférico. Dados:
estatística. externo está relacionada com o trabalho realiza- 2C8H18 (l) + 25O2 (g) → 16CO2 (g) +18H2O(l)
PROCESSOS TERMODINÂMICOS do e o restante, com a variação da energia inter- ΔH0 = –10.942 kJ
Sempre que uma ou mais propriedades de um na do sistema. 2CO (g) + O2 (g) → 2CO2
sistema variam, diz-se que ocorreu uma Transformação adiabática: Nessa transforma- ΔH0 = –566,0 kJ
mudança de estado. O caminho através de ção, o sistema não troca calor com o meio exter-
sucessivos estados pelo qual passa o sistema é no; o trabalho realizado é graças à variação de 02. Assinale a alternativa que representa, corre-
definido como processo. Um processo de quase- energia interna. tamente, a equação termoquímica de com-
equilíbrio (quase-estático) é aquele em que o Numa expansão adiabática, o sistema realiza tra- bustão incompleta do n-octano.
desvio do equilíbrio termodinâmico é balho sobre o meio, e a energia interna diminui.
a) 2C8H18(l) + 17O2(g) → 16CO(g) + 18H2O(l)
infinitesimal, e todos os estados pelos quais o Na expansão adiabática, ocorre um abaixamento
de temperatura. Durante a compressão adiabáti- ΔH0 = –6.414 kJ.
sistema passa podem ser considerados como
ca, o meio realiza trabalho sobre o sistema, e a b) 2C8H18(l) + 17O2(g) → 16CO(g) + 18H2O(l)
estados de equilíbrio. Muitos processos reais
podem ser aproximados com precisão pelo energia interna aumenta. Ocorre uma elevação ΔH0 = –11.508 kJ.
processo de quase-equilíbrio. de temperatura. c) 2C8H18(l) + 17O2(g) → 16CO2(g) + 18H2O(l)
Transformação Cíclica: Denomina-se transfor- ΔH0 = –6.414 kJ.
PRINCÍPIOS DA TERMODINÂMICA
mação cíclica ou ciclo de um sistema o conjunto d) 2C8H18(l) + 17O2(g) → 16CO(g) + 18H2O(l)
De acordo com o princípio da Conservação da ΔH0 = –10.376 kJ.
de transformações sofridas pelo sistema, de tal
Energia, a energia não pode ser criada nem des-
forma que seus estados final e inicial são iguais. e) 2C8H18(l) + 9O2(g) → 16C(g) + 18H2O(l)
truída, mas somente transformada de uma espé-
cie em outra. O primeiro princípio da Termodinâ- Como a temperatura final é igual à temperatura ΔH0 = –6.414 kJ.
mica estabelece uma equivalência entre o traba- inicial, a energia interna do sistema não varia, ha-
vendo uma igualdade entre o calor e o trabalho
03. (PUC-Rio 2007) A combustão completa do
lho e o calor trocados entre um sistema e seu etino (mais conhecido como acetileno) é re-
meio exterior. trocados em cada ciclo.
Num diagrama p x V, uma transformação cíclica é presentada na equação a seguir.
Consideremos um sistema recebendo uma certa
quantidade de calor Q. Parte desse calor foi utili- representada por uma curva fechada. A área in- C2H2(g) + 2,5 O2(g) → 2 CO2(g) + H2O(g)
zada para realizar um trabalho W, e o restante terna do ciclo é numericamente igual ao trabalho ΔH0 = –1255 kJ
provocou um aumento na sua energia interna U. total trocado com o meio exterior.
Quando o ciclo é percorrido no sentido horário, o Assinale a alternativa que indica a quantida-
A expressão Q = U + W representa, analítica-
mente, o primeiro princípio da termodinâmica, sistema recebe calor e realiza trabalho; e, no sen- de de energia, na forma de calor, que é libe-
cujo enunciado pode ser: tido anti-horário, o sistema cede calor e recebe rada na combustão de 130 g de acetileno,
A variação da energia interna de um sistema é trabalho. considerando o rendimento dessa reação
igual à diferença entre o calor e o trabalho troca- LEIS DA TERMODINÂMICA igual a 80%.
dos pelo sistema com o meio exterior. Ela, A termodinâmica permite determinar a direção na a) –12.550 kJ b) –6.275 kJ c) –5.020 kJ
também, pode ser representada pela fórmula qual vários processos físicos e químicos irão d) –2.410 kJ e) –255 kJ
U = 3/2 .n.R.(Tf – Ti), onde n é o número de mols ocorrer. Também permite determinar as relações
do gás, R é a constante dos gases, Tf, a tempe- entre as diversas propriedades de uma substân- 04. (G1–CFTMG 2004) Ao preparar uma solução
ratura final e Ti, a temperatura inicial do gás. cia. Contudo ela não trabalha com modelos da de hidróxido de sódio, um estudante dissol-
Para a aplicação do primeiro princípio de Termo- microestrutura da substância, e não é capaz de for- veu 1,0 mol dessa base em água, completou
dinâmica, devem-se respeitar as seguintes con- necer detalhes dela, mas, uma vez que alguns da- o volume para 1,0 litro e notou que o recipi-
venções: dos sejam conhecidos, através do método da ente usado para a dissolução ficou muito
Q > 0: calor recebido pelo sistema. termodinâmica clássica, outras propriedades
Q < 0: calor cedido pelo sistema.
quente. Considerando essas informações, é
podem ser determinadas. A termodinâmica é correto afirmar que a concentração da solu-
W > 0: volume do sistema aumenta. baseada em leis estabelecidas experimentalmente:
W < 0: volume do sistema diminui. ção formada e a dissolução da base são,
A Lei Zero da Termodinâmica determina que, respectivamente,
U > 0: temperatura do sistema aumenta. quando dois corpos têm igualdade de temperatu-
U < 0: temperatura do sistema diminui. ra com um terceiro corpo, eles têm igualdade de a) 0,50 mol × L–1 e exotérmica.
Uma forma fácil de saber o sinal sem ter que de- temperatura entre si. Essa lei é a base para a me- b) 1,00 mol × L–1 e exotérmica.
corar essa tabela é usar as fórmulas. Por exem- dição de temperatura. c) 0,50 mol × L–1 e endotérmica.
plo, na fórmula do trabalho t = p.(V2 – V1), se V2 A Primeira Lei da Termodinâmica fornece o as-
> V1, o sinal do trabalho será positivo. Logo, d) 1,00 mol × L–1 e endotérmica.
pecto quantitativo de processos de conversão de
quando o gás realiza trabalho sobre o meio (ex-

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energia. É o princípio da conservação da energia 2HgO(s) → O2 (g) + 2Hg(l) ΔH=+181,4kJ/mol


e da conservação da massa, agora familiar: “A Os estados físicos dos reagentes e produtos:
energia do Universo é constante”. substâncias no estado sólido provocam varia-
A Segunda Lei da Termodinâmica determina o ções de entalpia maiores do que no estado
aspecto qualitativo de processos em sistemas fí-
líquido; e estas, por sua vez, maiores do que no
sicos, isto é, os processos ocorrem numa certa
estado gasoso. Exemplo:
direção, mas não podem ocorrer na direção
oposta. Enunciada por Clausius da seguinte 1H2(g) + 1/2 O2(g) → 1H2O(l) ΔH=–285,8kJ/mol
maneira: “A entropia do Universo tende a um 1H2(g) + 1/2 O2(g) → 1H2O(g) ΔH=–241,2kJ/mol
máximo”. Estado alotrópico de reagentes e produtos: cada
A Terceira Lei da Termodinâmica estabelece um estado alotrópico tem um valor de entalpia distin-
ponto de referência absoluto para a determina- to. Exemplo:
ção da entropia, representado pelo estado derra- 1C(gr) + O2(g) → 1CO2(g) ΔH =–94,0kcal/mol
01. (Fatec 2007) O carbeto de cálcio, CaC2, é deiro de ordem molecular máxima e mínima de 1C(d) + O2(g) → 1CO2(g) ΔH = –94,5kcal/mol
fabricado pela redução da cal (CaO) pelo energia. Enunciada como “A entropia de uma ENTALPIA PADRÃO
carvão, a alta temperatura. substância cristalina pura na temperatura zero
CaO(s) + 3 C(s) → CaC2(s) + CO(g) absoluto é zero”. É extremamente útil na análise Teoricamente, só é possível calcular o valor do
ΔH0 = +464,8 kJ termodinâmica das reações químicas, como a ΔH se forem conhecidas as entalpias absolutas
Sobre o carbeto de cálcio e sua obtenção, combustão, por exemplo. dos reagentes (HR) e dos produtos (HP): ΔH = HP
são feitas as seguintes afirmações: – HR. Tais valores, entretanto, são impossíveis de
ENTALPIA ser obtidos na prática. Experimentalmente, com o
I. O carbeto de cálcio pode ser usado pa- Entalpia é a grandeza física que descreve a ener- uso do calorímetro, só é possível obter valores de
ra fabricar acetileno, importante gia interna total de um sistema. No Sistema Inter- ΔH, já que representam o calor perdido ou rece-
produto orgânico industrial. nacional de Unidades, a unidade da entalpia é o bido pelo sistema durante a transformação.
II. A obtenção de carbeto de cálcio é Joule por mol. A entalpia pode ser definida pela É extremamente valioso para o químico conhecer
endotérmica. função de estado introduzida por Josiah Willard os valores de entalpia para substâncias indivi-
III. A quantidade de calor liberada, quando Gibbs: H = U + PV duais, pois isso facilita muito o cálculo teórico do
10g de CaO reagem com carbono em onde U é a energia interna do sistema, e PV é o ΔH nas milhares de transformações químicas
excesso, é igual a 183 kJ. produto da pressão pelo volume. Atualmente, é a existentes. Por esse motivo, foram determinadas
Dados: forma mais usada para expressar o conteúdo ca- condições de referência para determinação da
massas molares (g/mol): lorífico de uma substância química. entalpia das substâncias.
O .......... 16 VARIAÇÃO DE ENTALPIA Por exemplo, convencionou-se que toda subs-
Ca ......... 40 A variação de entalpia (ΔH) é representada por tância simples, no estado padrão (ou seja, no
Dessas afirmações, somente uma proporção com um número fixo de mols. estado físico e alotrópico mais estável a 25°C e 1
a) I e II são corretas. b) I e III são corretas. Por exemplo, na reação termoquímica a seguir, a atm), tem entalpia igual a zero (0). A partir daí, de-
c) I é correta. d) II é correta. e) III é correta. proporção da entalpia (–241,2 kJ/mol) é válida terminaram-se as entalpias de formação e
para cada meio mol de O2, para cada um mol de combustão das substâncias.
02. (FGV 2007) No Brasil, a produção de eta- H2 e para cada um mol de H2O. Entalpia de formação – Refere-se à energia libe-
nol vem aumentando, impulsionada pelo 1/2 O2(g) + H2(g) → H2O(g) ΔH = –241,2kJ/mol rada ou absorvida quando um mol de um com-
aumento da frota de carros bicombustí- Quanto ao sinal do ΔH, existem dois tipos de rea- posto se forma a partir de substâncias simples no
veis. O uso do álcool como combustível, ção: estado padrão (as quais têm entalpia-padrão
por ser renovável, reduz o impacto da Reações exotérmicas: ΔH<0, há liberação de ca- igual a zero). Exemplo:
emissão de gás carbônico causado na lor. 2C(gr) + 3H2(g) + 1/2O2 g → C2H5OH(l) ΔHF
queima da gasolina. A entalpia-padrão de Reações endotérmicas: ΔH > 0, há uma absor- = –277,7kJ/mol
combustão completa do etanol, em ção de calor. A equação acima indica que a entalpia de forma-
kJ.mol–1, é igual a TRANSFORMAÇÕES ENDOTÉRMICAS E ção do etanol, (C2H5OH(l)), é igual a –277,7 kJ.
Dados: EXOTÉRMICAS Entalpia de combustão – Refere-se à energia li-
C2H6O (l) → ΔH0r (kJ.mol–1) = –278 berada na combustão de um mol de um compos-
O processo endotérmico é aquele que ocorre
CO2 (g) → ΔH0r (kJ.mol–1) = –394 to; desde que todos os participantes da reação
com absorção de calor. Um exemplo disso: se
H2O (l) → ΔH0r (kJ.mol–1) = –286 estejam no estado-padrão. Exemplo:
um pedaço de gelo for deixado sobre a mesa à
a) +1368. b) +958. c) +402. 1CH4 (g) + 2O2 (g) → 1CO2 (g) + 2H2O(l) ΔHc
temperatura ambiente, ele receberá calor do
d) –402. *e) –1368. = –889,5kJ/mol
ambiente, e isso provocará a fusão do gelo. A
A equação acima indica que a entalpia de com-
transição da água no estado sólido para o estado
03. (G1–CFTMG 2005) Os soldados em cam- líquido é um processo que absorve calor, é
bustão do metano, (CH4 (g)), é igual a –889,5 kJ.
panha aquecem suas refeições prontas, endotérmico. ENTALPIA DE FORMAÇÃO
contidas em uma bolsa plástica com Outro exemplo disso é: quando um mol de óxido A entalpia de formação ou calor de formação
água. Dentro dessa, existe o metal de mercúrio sólido se decompõe, à pressão (ΔfH0) de um composto químico é a variação da
magnésio que se combina com água e constante, em um mol de mercúrio líquido e em entalpia da reação de formação desse composto
forma hidróxido de magnésio, conforme a meio mol de oxigênio gasoso, ocorre a absorção a partir das espécies elementares que o com-
equação não-balanceada: de 90,7 kJ de energia do ambiente. Ou, em põem, na sua forma mais abundante, ou seja, é a
Mg(s)+H2O(l) → Mg(OH)2(aq)+H2(g) equação: energia liberada ou absorvida pela reação de for-
Conhecendo-se as entalpias de formação 1HgO(s) → 1/2 O2 (g) + 1Hg(l) ΔH=+90,7kJ/mol mação de compostos. A reação de formação de
das substâncias, a 25 °C e 1 atm: Que também pode ser representada por: composto consiste na formação do composto em
H0f H2O(l) = –286,0 kJ/mol 1HgO(s) + 90,7kJ/mol → 1/2 O2(g) + 1Hg(l) questão a partir dos seus elementos na sua forma
H0f Mg(OH)2(aq) = –925,0 kJ/mol, O processo exotérmico é aquele que ocorre com mais estável, em condições PTN.
A variação de entalpia (ΔH) nesse proces- liberação de calor. Podemos observar o seguinte A unidade da variação de entalpia no SI é kJ/mol.
so, em kJ, é: exemplo: quando um sistema formado por água
Quando a entalpia de formação é omitida na
a) –639,0. b) –353,0. líquida é colocado em um congelador, ele perde
equação química da reação, significa que foi me-
c) +353,0. d) +639,0. calor para esse ambiente e, em decorrência dis-
dida na temperatura de 298 K e pressão de 1
so, ocorre a solidificação da água. Assim, transi-
04. (UFRS 2006) Considere as seguintes en- atm.
ção da água no estado líquido para o estado só-
Exemplo: A entalpia de formação da água, forma-
talpias de formação a 25°C, expressas em lido é um processo que libera calor, é exotérmico.
da por hidrogênio e oxigênio, é equivalente à en-
kJ. Outro exemplo poderia ser: quando um mol de
hidrogênio gasoso reage, à pressão constante, talpia da reação de hidrogênio diatômico com
com meio mol de oxigênio gasoso para formar oxigênio diatômico, ambos gasosos:
um mol de água líquida, ocorre a liberação de H2 (g) + 1/2 O2 (g) → H2O(l) ΔfH0 = –285,5 kJ/mol
285,8 kJ de energia para o meio ambiente. Ou, Significa que a formação de 1 mol de água (6,02
em equação: .1023 moléculas=18 gramas ), no estado líquido,
1/2 O2(g) + H2 (g) → H2O(l) ΔH=–285,8kJ/mol a partir das espécies elementares hidrogênio e
Que também pode ser representada por: oxigênio, à temperatura de 298K e 1atm, libera
1/2 O2(g) + H2(g) → H2O(l) + 285,8kJ/mol 285,5kJ/mol de energia calorífica.
A entalpia de formação das espécies químicas
Esses dados permitem concluir que a en- FATORES QUE INFLUENCIAM O VALOR DO ΔH
elementares, nas mesmas condições, é arbitrada
talpia correspondente à combustão com- Quantidade de reagentes e produtos: o valor do como sendo zero. Exemplos:
pleta de um mol de metanol a 25°C, ex- ΔH de uma reação varia em função da concentra- Hidrogênio: H2 (g), Hélio: He (g), Carbono: C (gr)
pressa em kJ, é igual a ção de cada um de seus participantes. O au- (grafite), Nitrogênio: N2 (g), Oxigênio: O2 (g),
a) –1406. b)–240. c) –46. mento da concentração provoca um aumento Flúor: F2 (g), Cloro: Cl2 (g), Bromo: Br2 (l), Iodo:
d) +46. e) +240. proporcional da variação de entalpia. Exemplo: I2 (s), Fósforo: P (vermelho), Enxofre: S
1HgO(s) → 1/2 O2(g) + 1Hg(l) ΔH=+90,7kJ/mol (rômbico).

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Geografia
Professor HABDEL Jafar

Aula 108

Fundamentos de cartografia
“A palavra cartografia tem origem na língua portu-
guesa, tendo sido registrada, pela primeira vez,
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
em 1839, numa correspondência, indicando a
(UFPR) Na(s) questão(ões) a seguir, escre-
idéia de um traçado de mapas e cartas. Hoje, en- va, no espaço apropriado, a soma dos itens
tendemos cartografia como a representação geo- corretos.
métrica plana, simplificada e convencional, de to- 01. Quanto à orientação no globo terrestre, é
Figura 01. Latitude.
do ou de parte da superfície terrestre, apresenta- correto afirmar que:
da através de mapas, cartas ou plantas. [...] Todo Alguns destes paralelos recebem nomes espe- (01) Nas coordenadas geográficas, o eixo
produto cartográfico é sempre útil e válido para ciais. Eles servem para delimitar as zonas climá- das ordenadas corresponde aos meri-
uma determinada aplicação, num determinado ticas da Terra. São eles: o Círculo Polar Ártico e o dianos, e o eixo das abscissas corres-
instante do tempo”. (IBGE. Atlas geográfico esco- Trópico de Câncer, no Hemisfério Norte. O Circu- ponde aos paralelos.
lar. p. 12. Rio de Janeiro, 2002). lo Polar Antártico e o Trópico de Capricórnio, no (02) A linha do Equador divide o globo em
Hemisfério Sul. O Equador geográfico é a linha dois hemisférios. O hemisfério voltado
A cartografia como arte e técnica da representa-
que divide o planeta Terra em duas partes exata- para o pólo norte é denominado boreal,
ção da superfície terrestre vem estruturando-se e o hemisfério voltado para o pólo sul é
mente iguais.
desde os primórdios da humanidade. Desde a denominado austral.
“O critério para a determinação desses paralelos
pré-história, o homem sempre buscou registrar (04) O meridiano inicial, o de Greenwich, di-
está relacionado com o movimento de rotação da
cenas do quotidiano, de lutas de animais e de ri- vide o globo terrestre em dois hemisfé-
Terra, com a inclinação do eixo do Planeta e, ain-
tuais religiosos. Essas gravuras inscritas nas ro- rios. O hemisfério voltado para o nas-
da, com o movimento de translação, o qual deter- cente é denominado ocidental, e o he-
chas, nas paredes de cavernas ou gravadas em
mina o plano da eclíptica. O movimento de rota- misfério voltado para o poente é deno-
tábuas de pedra registravam cenas do
ção determina o surgimento do eixo, cujas extre- minado oriental.
quotidiano e acumulavam conhecimentos para midades são os pólos geográficos. Por sua vez, a (08) As áreas localizadas ao sul do Trópico
as futuras gerações. inclinação do eixo em relação ao plano da eclíp- de Capricórnio e ao norte do Trópico de
Por mais primitivo que seja, um mapa sempre re- tica tem relação com um dos movimentos da Câncer são intertropicais.
vela uma compreensão do mundo para determi- Terra, que faz variar essa inclinação em 40 mil (16) O Brasil é um país tropical porque a
nada sociedade. Em cada momento da evolução anos, determinando a posição dos paralelos maior parte do seu território está situada
da humanidade, vários povos contribuíram, de especiais.” (Duarte, Paulo A. Fundamentos de entre as linhas do Equador e do Trópico
forma eficaz, no desenvolvimento dos conheci-
de Capricórnio.
Cartografia, UFSC. p. 50. 1994).
Resposta=01+02+16=19
mentos cartográficos. Mas foi a partir do início da A diferença de inclinação entre o eixo da órbita e
02. (Furg 1997) As coordenadas geográficas,
Modernidade que essa ciência tornou-se uma fer- o eixo da Terra é de 23° 27’. É a mesma diferença designadas pelos pares de elementos
ramenta primordial para aqueles que queriam do- entre o plano da órbita e o plano equatorial. denominados de latitude e longitude,
minar o além-mar. Técnicas cada vez mais sofis- Assim, o eixo da órbita (eclíptica), ao tocar a su- permitem determinar as posições de
ticadas foram agregadas aos conhecimentos da perfície, determina a posição dos círculos pola- pontos na superfície terrestre, onde:
cartografia. Isso possibilitou não só o conheci- res. O plano da órbita (eclíptica), ao atravessar I. a latitude é o arco de Equador entre o
mento das novas terras, mas também o domínio nosso planeta, determina a posição dos trópicos. meridiano de Greenwich e o meridiano
e a exploração das colônias européias.
do lugar;
II. a longitude é o arco de Equador ou de
Hoje, dispomos dos mais precisos e sofisticados
paralelo entre o meridiano de um lugar e
meios de representação dos eventos que se ma- o meridiano de Greenwich;
nifestam sobre a superfície da Terra. Computado- III. a latitude é altura de um ponto em
res, satélites, radares e GPS representam o que relação ao nível médio do mar;
temos de melhor quando o assunto é a represen- IV. a latitude é o arco de um meridiano entre
tação cartográfica ou a localização de um ponto o Equador e o paralelo de um lugar;
qualquer na superfície terrestre. V. a longitude é a distância entre dois luga-
res.
Entretanto, para compreendermos melhor essa
Figura 02. Sistemas de coordenadas terrestres. a) são corretas as afirmativas I e II.
ciência, é necessário dominar alguns conceitos
“Os paralelos nos indicam a latitude, que é a dis- b) são corretas as afirmativas II e III.
fundamentais. As coordenadas geográficas são c) são corretas as afirmativas I e III.
tância, em graus, de uma paralelo à linha do
um sistema de linhas imaginárias que se cruzam * d) são corretas as afirmativas II e IV.
Equador. Os valores de latitude variam de 0° (li-
objetivando a localização de qualquer ponto na e) são corretas as afirmativas IV e V.
nha do Equador) a 90° (pólos), devendo ser indi-
superfície da Terra. As linhas imaginárias são cada a posição no hemisfério sul (S) ou no he- 03. (PUCPR) Sobre a orientação, pode-se afir-
chamadas de paralelos e meridianos. Elas são misfério norte (N)”. (op. cit. P17). mar corretamente:
necessárias, pois produzem uma trama de linhas a) A representação gráfica da orientação é feita
que servirão de referênciais para o registro dos através das coordenadas geográficas.
eventos que se quer cartografar. b) A distância sudoeste-sudeste é de 180°.
Os paralelos “são linhas imaginárias que c) A distância leste-oeste é de 180°.
circulam a Terra no sentido leste-oeste” (IBGE. d) O espaço entre o ponto colateral noroeste e o
ponto colateral sudeste, sentido horário, tem
Atlas geográfico escolar. p. 17.Rio de Janeiro,
dois pontos colaterais e seis pontos subcolate-
2002). Em determinadas projeções, os paralelos rais.
aparecem como linhas retas e horizontais Figura 03: Localização de Brasília. e) O espaço entre o sudeste e o noroeste tem
(projeção cilíndrica), como arcos (projeção “Os meridianos são linhas imaginárias que dois pontos cardeais, dois pontos colaterais e
cônica) ou como circunferências concêntricas cortam a Terra no sentido norte-sul, ligando um cinco subcolaterais, partindo de qualquer dire-
pólo ao outro” (op.cit. p. 16). Ao contrário dos
que diminuem de diâmetro à medida que nos ção.
paralelos, todos os meridianos têm o mesmo
aproximamos dos pólos (projeção plana polar). comprimento. O paralelo inicial foi mais fácil

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identificar, pois ele (o Equador) é o único que


divide a Terra em dois hemisférios exatamente
iguais. Já o meridiano zero grau teve de ser Exercícios
convencionado, já que qualquer um divide a
Terra em dois hemisférios exatamente iguais. 01. (UFPR) Na(s) questão(ões) a seguir,
“Escolheu-se, então, para início da contagem, o leia, analise as afirmativas e escreva no
meridiano que passa pela torre do observatório
astronômico de Greenwich, que é uma localidade
espaço apropriado a soma dos itens
da área metropolitana de Londres, capital da corretos.
Inglaterra”. (MOREIRA, Igor. O espaço geográ- No quadro a seguir, estão indicadas as
fico: Geografia geral e do Brasil. Ática. P 436. São coordenadas geográficas de diferentes
Paulo, 2002). Portanto a longitude é a distância, localidades.
em graus, entre um meridiano qualquer e o
01. (G1) As proposições, a seguir, referem-se à meridiano de Greenwich. Essa distância varia de
0° até 180° para leste e para oeste.
orientação, coordenadas geográficas e car-
tografia. Indique a única correta.
a) A Longitude é a figura formada pela junção
dos pontos cardeais, colaterais e subcolate-
rais.
b) A Latitude é um ângulo que tem seu vértice no Com base nesses dados, é correto afir-
centro da seção plana da Terra, definido pelo mar:
paralelo do lugar considerado. Varia do para- (01) Todas as localidades estão situa-
lelo de Greenwich a 180° pala Leste e 180°
das entre o Trópico de Câncer e a
linha do Equador.
para Oeste.
(02) As localidades B e C estão situadas
c) A Rosa-dos-ventos é um aparelho de orienta-
na Austrália.
ção inventado no século XII.
(04) As localidades A e E estão situadas
d) A altitude é a diferença de nível de um ponto na zona intertropical, no Hemisfério
qualquer na superfície terrestre e o nível mé- Sul.
dio dos mares. (08) As localidades mais próximas da li-
e) O Meridiano de Greenwich divide a Terra em nha do Equador são F e A.
hemisférios Setentrional e Meridional. (16) A localidade D está a noroeste da
Figura 03. Longitude.
localidade F.
02. (PUCRS) Responder à questão com base Para localizarmos uma cidade ou um local qual-
no gráfico, que representa parte das quer na superfície da Terra, precisamos lançar 02. (UFES) Por volta das 9 horas do dia 11
coordenadas geográficas. mão de uma rede geográfica. A rede geográfica de setembro de 2001, o mundo assistiu
é um sistema de linhas cruzadas (paralelos e me- atônito aos ataques terroristas às torres
ridianos) traçadas imaginariamente na superfície
gêmeas do “World Trade Center”, na ci-
dade de Nova York, localizada a 74° de
terrestre. Ela serve como base tanto para a loca-
longitude oeste de Greenwich. Tem-se
lização de um lugar qualquer quanto permite a
apontado, como o autor intelectual dos
representação dos eventos geográficos que
ataques, o saudita Osama Bin Laden,
ocorrem sobre essa superfície. que se encontra escondido no Afeganis-
tão. A diferença horária entre a cidade
de Cabul, no Afeganistão, e a cidade de
Nova York, nos EUA, é de +9h30min.
O ponto antípoda de B é Com base nas informações acima, a
a) 3° de latitude Norte e 2° de longitude Oeste. longitude da capital afegã é
b) 87° de latitude Sul e 2° de longitude Oeste. a) 142°30’ longitude oeste de Greenwich.
c) 3° de latitude Norte e 178° de longitude Oeste. b) 135°00’ longitude oeste de Nova York.
d) 2° de latitude Sul e 177° de longitude Leste. c) 216°30’ longitude leste de Nova York.
e) 3° de latitude Sul e 4° de longitude Leste. d) 83°30’ longitude leste de Greenwich.
e) 68°30’ longitude leste de Greenwich.
03. (Uel) Para responder a esta questão, consi-
dere os mapas a seguir. 03. (UFPI) O meridiano de Greenwich é es-
sencial para a determinação de uma
das coordenadas geográficas. Sobre
ele, é correto afirmar que:
Figura 03. Coordenadas geográficas. a) divide os hemisférios setentrional e boreal.
Dois meridianos são destacados: o de Green- b) define os graus de latitude.
wich, que divide o planeta Terra em dois hemisfé- c) orienta o grau de translação da Terra.
rios, o leste e o oeste; e o antimeridiano de d) estabelece a zonalidade climática.
Greenwich (180°), que também divide o planeta e) serve de referência para os fusos horários.
em dois hemisférios, um a leste e o outro a oeste.
04. (Ufg) O sistema de coordenadas
No sistema de fusos horários, o meridiano de geográficas, adotado atualmente como
Os mapas 1, 2 e 3 representam, respectiva- Greenwich organiza as horas na Terra. Já o meri- uma convenção mundial, foi concebido
mente, diano de 180°, que dá origem à Linha Internacio- na Grécia Antiga e visava a facilitar a
nal da Data, serve como referência para as datas. localização de qualquer ponto na
a) mapa 1 = longitude; mapa 2 = latitude; mapa
3 = zonas climáticas esfera terrestre, a partir do cruzamento
b) mapa1 = meridianos; mapa 2 = paralelos; entre um paralelo e um meridiano.
mapa 3 = zonas climáticas Considerando-se as características
c) mapa1 = latitude; mapa 2 = paralelos; mapa
desse sistema, uma cidade fictícia, com
coordenadas iguais a 7°00’ de
3 = fusos horários
longitude Leste e 6°50’ de latitude Sul,
d) mapa1 = paralelos; mapa 2 = meridianos;
estaria localizada a
mapa 3 = zonas climáticas
( ) 5° 20’ ao norte da latitude 12°10’ Sul.
e) mapa1 = meridianos; mapa 2 = longitude;
( ) 5° 30’ a leste da longitude 7° 30’ Leste.
mapa 3 = fusos horários
( ) 6° 10’ ao sul da latitude 13° 00’ Sul.
Figura 05.O anti-meridiano: a Linha Internacional de Data.
( ) 8° 30’ a oeste da longitude 15° 30’ Leste.

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Gabarito do Calendário
número anterior 2008
Aprovar n.º 17

DESAFIO HISTÓRICO (p. 3) Aulas 163 a 198


01. B;
02. B;
DESAFIO HISTÓRICO (p. 4)
01. B;
02. A;
03. B; QUINCAS BORBA
DESAFIO BIOLÓGICO (p. 5) Machado de Assis
01. A; PERSONAGENS — É comum em toda a literatura
02. D;
03. D; que só “pessoas” apareçam como personangens de
04. D; obras literárias. Em Quincas Borba, antecipando o
que se tornaria comum na literatura moderna, um
DESAFIO BIOLÓGICO (p. 6)
01. B; cão é elevado à categoria de personagem, como
02. A; projeção e prolongamento, por transmigração, do
filósofo do mesmo nome.
EXERCÍCIOS (p. 6)
01. B; 1. Quincas Borba – Destaca-se pelos seguintes
02. B; atributos: filósofo doido, esquisito, “com
03. C;
freqüente alteração de humor”, “ímpetos sem
04. A;
05. E; motivo”, “ternura sem proporção”, extravagante
(cap. V), bom, alegre, lutava contra o pessimismo
DESAFIO MATEMÁTICO (p. 7)
(cap. V) e desejava a sua continuidade através
01. a) 84, b) 1365; 02. 48; 03. 240;
04. 8 000 000; 05. D; 06. E; 07. D; dos tempos como comprova a sua filosofia
“borbista”, de natureza “humorística”, o
DESAFIO MATEMÁTICO (p. 8) Humanitismo. Depois que morreu, passou, por
01. A; 02. D; 03. C; 04. B; 05. T4=1512 X5;
06. 128; 07. 6400; 08. D; 09. E; 10. C; metempsicose, ao corpo do seu cão, como
11. 248; sugerem as dúvidas de Rubião ao longo da
narrativa:
DESAFIO QUÍMICO (p. 9)
01. A; “Olhou para o cão, enquanto esperava que lhe
02. A; abrissem a porta. O cão olhava para ele, de tal
03. E; jeito que parecia estar ali dentro o próprio e
04. A;
05. E; defunto Quincas Borba; era o mesmo olhar
06. E; meditativo do filósofo, quando examinava
07. C; negócios humanos...” (cap. XLIX).
08. E;
2. Rubião – Tem medo da opinião pública, é
DESAFIO QUÍMICO (p. 10) indeciso, volúvel, ambicioso (cap. I, X, XV),
01. C; megalomaníaco, obsessivo, desequilibrado,
02. D;
tímido (cap. XXV), acomodado, ciumento, in-
03. A;
04. C; fluenciável (cap. LXIX), conflituoso, ocioso, in-
05. D; gênuo.
06. C; 3. Sofia – Vaidosa, orgulhosa, dominadora, fria,
07. C;
cautelosa, ambiciosa, sedutora, caráter am-
EXERCÍCIOS (p. 10) bivalente, frívola, sensual e dissimulada, como
01. C; 02. C; 03. D; 04. E; 05. A; 06. A; revelam os capítulos LXIX e XLII, onde se saiu
07. A; 08. C; 09. E; 10. B; 11. B; 12. C;
13. C; 14. C; 15. B; divinamente bem com a anedota do Padre
Mendes, quando surpreendida, no jantar, com
DESAFIO GRAMATICAL (p. 11) Rubião, pelo Major Siqueira:
01. C;
02. C; 4. Palha – Esposo de Sofia. Ambicioso, egocêntrico,
03. A; vaidoso (cap. XXXV), bajulador, interesseiro,
DESAFIO GRAMATICAL (p. 12) parasita, desonesto, astuto, torpe.
01. D; 5. Carlos Maria – Vaidoso, altivo (cap. LXIX), vazio,
02. A; galanteador: é a caricatura do conquistador de
03. A;
04. E; frases feitas e lugares-comuns.
6. Maria Benedita – Tímida, pacata, sem iniciativa,
APLICAÇÕES (p. 12)
01. A; passiva, resignada, influenciável, personalidade
02. A; fraca. Casa-se com Carlos Maria.
03. C; 7. Dr. Camacho – É caricatura do politiqueiro
DESAFIO HISTÓRICO (p. 13) demagogo de frase feita e retórica excessiva;
01. B; astuto e interesseiro.
02. C;
03. E; 8. Major Siqueira – Mexeriqueiro, inicialmente, e
depois despeitado como se revela no cap. CXXX.
DESAFIO HISTÓRICO (p. 14)
01. B; 9. D. Tonica – Solteirona quarentona, revela-se
02. D; invejosa, revoltada, infeliz e frustrada.
03. A;
10. D. Fernanda – Casamenteira e um tanto fidalga.
EXERCÍCIOS (p. 14) 11. Teófilo – Marido de D. Fernanda; ambicioso,
01. B;
02. C; dinâmico e, às vezes, temperamental e mi-
nucioso.

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LÍNGUA PORTUGUESA REIS, Martha. Completamente Química: físico-química. São Paulo:


ALMEIDA, Napoleão Mendes de. Dicionário de questões vernáculas. FTD, 2001.
3. ed. São Paulo: Ática, 1996. SARDELLA, Antônio. Curso de Química: físico-química. São Paulo:
BECHARA, Evanildo. Lições de português pela análise sintática. Rio Ática, 2000.
de Janeiro: Fundo de Cultura, 1960. BIOLOGIA
CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário de dúvidas da língua AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Conceitos de
portuguesa. 2. impr. São Paulo: Nova Fronteira, 1996. Biologia das células: origem da vida. São Paulo: Moderna, 2001.
CUNHA, Celso; CYNTRA, Lindley. Nova gramática do português CARVALHO, Wanderley. Biologia em foco. Vol. Único. São Paulo:
contemporâneo 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985. FTD, 2002.
GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna. 13. ed. Rio de LEVINE, Robert Paul. Genética. São Paulo: Livraria Pioneira, 1973.
Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1986. LOPES, Sônia Godoy Bueno. Bio. Vol. Único. 11.a ed. São Paulo:
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