You are on page 1of 16

Guia de Profissões

Música

A
música é mais do que uma profissão. O teoria musical e performance prática ou ainda
mercado de trabalho é bastante exigen- teoria musical na etnomusicologia, além do
te e conseguir um lugar ao sol é o que estudo da recepção e história da música, ge-
se pode chamar, realmente, de desafio. Em ralmente, chamado de musicologia.
compensação, as áreas de atuação são mui- A definição de música é muito contestada de-
tas. Além de poder ser um profissional liberal vido às suas fortes conotações e de seu uso
e autônomo, o músico poderá trabalhar em rá- além do assunto em si.
dios, televisão, teatro, cinema e agências de A música como som – Uma definição comum
publicidade. Se optar por uma carreira erudi- de música é rotulá-la como, simplesmente,
ta, terá opções de reger orquestras e corais sons organizados ou os mesmos mais sofisti-
na composição instrumental ou vocal. Tam- cados. Esse conceito está presente na seguin-
bém poderá lecionar em escolas de música te afirmação: “a brilhante organização de sons
ou em instituições de ensino superior. As e silêncio”. Essa definição é notadamente cor-
áreas que mais têm crescido, nos últimos rente em meados do século XIX em diante,
tempos, são: produção de jingles, trilha sono- quando se começou a analisar a relação entre
ra e linguagem musical computadorizada. som e percepção. Ou seja, a combinação per-
Para exercer a profissão de músico, é neces- feita de ritmo, harmonia e melodia.
sário obter o registro junto à Ordem dos Músi- A música como experiência subjetiva – Outra
cos do Brasil, entidade que regulariza e fisca- definição comumente usada para música a
liza a profissão de músico em todo o País. A tem como capaz de dar prazer ou de ser me- Ilustração: Ludwig Von Beethoven
profissão foi regulamentada pelo decreto lodiosa. Essa visão é usada para argumentar
3857, de 22/12/1966. que alguns tipos de organizações sonoras dos intervalos musicais no modalismo de
Por conta de uma variedade de definições não são música, enquanto outros a são. Monteverdi até os estudos dos timbres com
descritas a seguir, o estudo da música é igual- Desde que a abrangência para o que é aceito Debussy.
mente caracterizado pela diversidade. Esses como música varia de cultura para cultura e O curso na UEA – O Curso de Música na
estudos podem ser do som, da vibração e/ou de tempos em tempos, outras versões elabo- Universidade do Estado do Amazonas (UEA)
da acústica, o estudo cognitivo da música, de radas dessa definição admitem algum tipo de foi criado visando atender a uma demanda
evolução musical de caráter cultural ou social. crescente por formação profissional na área,
Essa definição foi predominante no século observada pelo interesse de pessoas que
XVIII, quando, por exemplo, Mozart preconi- buscam os cursos particulares e públicos de

Índice zou que a “música jamais deve esquecer-se,


jamais deve deixar de ser música”.
A música como previsão – Não tão comum é
formação musical. O número de orquestras,
corais, bandas, madrigais, assim como o inte-
resse pela música erudita, denotada pela
a definição cognitiva do que seria música. Pa- ocorrência dos espetáculos e concertos públi-
ra essa concepção, a música não é meramen- cos, tem crescido bastante em Manaus, cons-
MATEMÁTICA te som ou a percepção desse som, mas ma- tituindo a importância do investimento nesse
Revisão de Álgebra II neiras pelas quais percepção, ação e memó-
segmento de qualificação profissional.
ria são organizadas. Essa definição é influente
................................................... Pág. 03 Foi criado, também, para atender à alta de-
nas ciências cognitivas, que procuram locali-
manda de músicos qualificados no mercado
zar as regiões do cérebro responsáveis por re-
(aula 109) do Norte do Brasil, sendo a UEA a única insti-
lembrar e analisar os diferentes aspectos da
experiência musical. A definição inclui em si a tuição a oferecer o curso na Amazônia Oci-
FÍSICA dança. dental. A UEA tem perspectiva de estímulo ao
Campo eletrostático ou campo elétrico A música como construção social – Teorias potencial criativo e inovador do homem ama-
pós-modernas concebem que a música, as- zônico, criando alternativas de formação pro-
................................................... Pág. 05 sim como a arte, é definida primeiramente por fissional que possam contemplar outros as-
(aula 110) seu contexto social. De acordo com essa vi- pectos do potencial humano. Por esse motivo,
são, a música é o que as pessoas chamam de o curso de Música busca atender a uma consi-
PORTUGUÊS música, seja um período de silêncio, seja al- derável parcela da população que anseia por
gum tipo de som, seja sua performance. O tra- oportunidades que viabilizem uma qualifica-
Concordância Nominal II balho de John Cage, 4’33”, é baseado nessa ção profissional de acordo com suas tendên-
concepção de música cias, aptidões e interesses diversos.
................................................... Pág. 07 A música como fonte histórica – A música pas- O curso é oferecido nas modalidades de ba-
(aula 111) sa a ter um caráter de fonte histórica, quando charelado e licenciatura, ambas com habilita-
os compositores transmitem, através das le- ção em canto, regência e instrumento. Na mo-
HISTÓRIA tras, seus elogios ou indignações sobre deter- dalidade licenciatura, a formação visa atender
minados fatos históricos. à demanda crescente por profissionais de
A República no Amazonas ........ Pág. 09 A música como manifestação Estética – Trata- educação musical e artística nas escolas da
(aula 112) se de uma concepção amplamente difundida,
rede pública e privada como forma de dar
na qual a música é entendida como uma com-
cumprimento à Lei de de Diretrizes e Bases da
BIOLOGIA plexa organização dos fenômenos acústicos
Educação.
com o objetivo de alcançar um fim estético.
Cadeias alimentares ................. Pág. 11 O curso de Música oferece, também, habilita-
Esse conceito tem como base a observação
dos vários períodos históricos da música, em ção em música popular (disponível apenas na
(aula 113) habilitação em bacharelado), pioneiro na rea-
que, em cada um deles, os músicos se apro-
priavam de determinados “materiais”, para, lidade cultural do Brasil, e tem como objetivo
MATEMÁTICA assim, manipular e chegar a uma obra artísti- formar profissionais em sintonia com a realida-
Números complexos ................ Pág. 13 ca de acordo com suas idéias estéticas. de do mercado. Para finalizar o curso, o aluno
Exemplos dessa concepção encontraremos apresenta um Trabalho de Conclusão de Cur-
(aula 114) desde o Faux-bourdon da música Medieval so e um recital de formatura, no caso de ba-
até as estruturas microcontrapontisticas de Li- charelado. Para os formandos na modalidade
Referências bibliográficas ...... Pág. 15 geti, passando pela elaboração expressiva licenciatura, há, ainda, a exigência de estágio.

2
det(A4) = [det(A)]4 = 54 = 625
Matemática Sistemas Lineares
01. Resolvendo-se o sistema linear
Professor CLÍCIO Freire
, obtemos:
Aula 109
a) x = z b) .y = z c) –x = y
Revisão de Álgebra II d) x + y = 1 e) n.d.a
Matrizes Solução:
01. Determine o traço da matriz A=(aij)2X2,
tal que 01. Determine os valores de a para que as
aij= . matrizes comutem.
a) 1 b) .– 1 c) 0 a) –1 b) 2 c) 0
d) 4 e) 3
d) 10 e) n.d.a
Solução:
Solução:
A= a11= 2
a12= 1 – 2 = –1 comutam;
a21 = 2 – 1 = 1
a22 = 2
2x + y +z = 0
A= 2.(y+1)+y+(y+1)=0
2y+2+y+y+1=0
O traço de uma matriz quadrada é dado pela so-
–3 1
ma dos elementos da diagonal principal, logo: 4y=–3 ⇒ y = ––– , então x = y = –––
tr(A) = 2 + 2 = 4 4 4

02. Calcular o valor de x + 2y, sabendo- 02. Para que valores de k o sistema linear

admitirá uma única solução? (1) – 2 – a = 1 – a (F)


se que a matriz é
simétrica. (2) –1 +a = 2 + a (F)
a) k = –1/2 b) .k ≠ –1/2 c) k ≠ 1/2
Logo V= ∅
a) 1/2 b) .2 c) –2 d) k ≠ 1 e) k ≠ 2/3
d) 7 e) n.d.a
Solução: 02. Se a matriz A é dada por A= ,
Solução:
então o determinante de A–1 é igual a:
A= é simétrica ⇒ A = At; O sistema é SPD ⇒ D ≠ 0
2k + 1 ≠ 0
a) –1 b) .1/6 c) 0

Em toda matriz simétrica, temos que 2k ≠ –1 d) 2/3 e) 3


aij=aji, ∀ i≠j; –1
k ≠ ––– Solução:
2
03. Para que valores de a o sistema linear A=
x – y = –2 ⇒ x – 3 = –2 ⇒ x=1
infinitas soluções?
Logo x +2y = 1 + 6 = 7
Determinantes detA =
a) a =–1 b) .a =–3 c) a = 2
01. Dada uma matriz A de ordem 3, com d) a = 3 e) a = 1
det(A) = –2,5. Calcular o determinante 1 1
Solução: detA–1 = ––––– = –––
da matriz 2A.
detA 6
a) –2,5 b) .–20 c) 3
d) –30 e) n.d.a 03. Determine a soma dos valores de x que
Solução:
tornam a igualdade
A é de ordem 3
det(A) = –2,5 verdadeira.
det(2A) = 23. detA = 8.(–2,5) = –20 a) –1 b) .1 c) 2
02. Calcule o valor do determinante da ma- d) 3 e) n.d.a
triz
Solução:
A= .

a) 0 b) .–1 c) 12
d) –12 e) –20 Fatorial, Número Binomial e Triângulo de (1) x – 5 = 3 – x ⇒ 2x = 8 ⇒ x = 4(F)

Solução:
Pascal (2) x – 5 + 3 – x = 2x ⇒ 2x = –2 ⇒ x =–1(F)
(x +2)!
01. Resolva a equação –––––– =20. V=∅
x!
a) 3 b) .–3 c) 2 04. Determine o valor da expressão .
d) –2 e) n.d.a 19 19
a) 2.(2 + 11) b) .2.(2 – 11) c) 2
Solução:
= 3.(–1).(–4) = 12 d) 220 e) 219 – 11
05. Determine o determinante da matriz A4, Solução:
sendo A = . (x+2) . (x+1) = 20
x2 + 3x +2 = 20 ⇒ x2 +3x +18 =0
a) 0 b) .1 c) 625 x = –6(F) ou x = 3
d) 315 e) –5 02. Sabendo que n∈IN*, resolva a
Solução: equação: = 220– 1 – 20 –1
detA = log[(n – 1)!] + log(n!) + log n = log(24
+ 23n!). = 220– 22= 2.(219 – 11)

3
a) 2 b) .3 c) 4 a) 1000 b) .180 c) 1080
d) 5 e) 6 d) 210 e) 57
Solução:
Solução:
log[(n – 1)!] + log(n!) + log n = log(24 + 23n!)
log[(n – 1)!.n!.n] = log(24 + 23n!) (1) São 3 vogais(3 possibilidades para a 1.a ca-
[n.(n – 1)!].n! = 24 + 23n! sa)
n!.n! = 24 + 23n! (2) n = 7
(n!)2 –23n! – 24 = 0 (3) A letra S repete duas vezes
n! = –1(F) ou n! = 24 ⇒ n = 4 Logo:
03. Resolvendo- se a equação (2x–1)!=1, 6! 720
obtemos a soma das possíveis raízes 3. P26 =3 ––– = 3. –––– =1080
Um pouco de História igual a: 2! 2
Fonte: Tópicos de História da Matemática - John K. Baumgart
a) –1 b) .1 c) 3/2 02. Quantos anagramas da palavra MATRI-
A álgebra grega conforme, foi formulada pelos pita- d) –1/2 e) 6
góricos e por Euclides, era geométrica. Por exemplo, ZES iniciam com vogal e terminam em
o que nós escrevemos como: (a+b)2=a2+2ab+b2 era Solução: consoante?
concebido pelos gregos em termos do diagrama (2x – 1)! = 1
2x – 1 = 0 ⇒ x = 1/2
apresentado na Figura 1 e era curiosamente enuncia- a) P6 b) .5 c) 10P3
do por Euclides em Elementos, livro II, proposição 4: 2x – 1 = 1 ⇒ x = 1 d) 15P6 e) 45
Logo a soma das possíveis soluções é Solução:
1/2 +1 = 3/2
(1) São 3 vogais(3 possibilidades para a casa 1)
04. Sabendo-se que , calcule o
(2) n = 8
valor de (3) São 5 consoantes(5 possibilidades para a
casa 8
a) 1 b) .2 c) 3 Logo: 3.P6.5 = 15 P6
Se uma linha reta é dividida em duas partes quais- d) 4 e) 5
quer, o quadrado sobre a linha toda é igual aos qua- Solução: 03. Quantos triângulos podemos formar
drados sobre as duas partes, junto com duas vezes o com os vértices do octógono inscrito
retângulo que as partes contém. [Isto é, (a+b)2=a2+ numa circunferência de raio R?
2ab +b2.]
Somos tentados a dizer que, para os gregos da épo- a) 10 b) .8 c) 34
ca de Euclides, a2 era realmente um quadrado. d) 65 e) 56
Dada uma linha reta AB [isto é, x+y=k], construir ao
Solução:
longo dessa linha um retângulo com uma dada área
[xy = P], admitindo que o retângulo "fique aquém" (1) n = 8 e p = 3
em AB por uma quantidade "preenchida" por outro re- Binômio de Newton
(2) Neste caso, não temos ordem, então C8,3
tângulo [o quadrado BF na Figura 2], semelhante a 01. A soma dos coeficientes no desenvolvi-
um dado retângulo [que, aqui, nós admitimos ser 8! 8.7.6.5!
mento de (2x – 3y + z)12 é igual a: C8,3 = –––– = –––––––– = 56 triângulos
qualquer quadrado].
a) 0 b) .1 c) –1 3!5! 6.5!
d) 2 e) –2 Probabilidades
Solução:
01. Determine a probabilidade de se obter
(2x – 3y + z)12 ⇒ (2 – 3 + 1)12 = 0
um número par ou menor ou igual a 4,
02. Determine o valor do termo médio no no lançamento de um dado não viciado.
1 6
desenvolvimento de (2x – –––) . a) 1/2 b) .2/3 c) 5/6
x2
a) –160 b) .–160x –3
c) 160x –3 d) 1 e) 3/5

Na solução desta construção solicitada (Fig.2), o tra- d) –160x–2 e) x–3 Solução:


balho de Euclides é quase exatamente paralelo à so- Solução: (1) O número pode ser par
lução babilônica do problema equivalente. Conforme 1 6 1
⇒ A = 2x, B = – –––
indicado por T.L.Heath / EUCLID: II, 263/, os passos (2) Podemos obter 2,4 ou 6
(2x – –––) en=6
são os seguintes: x2 x2 3 1
6 P1 = ––– = –––
A ordem do termo médio é dada por ––+1=4 6 2
2
(3) O número pode ser menor ou igual a 4
(4.° termo)
(4) Podemos obter 1,2,3 ou4
4 2
P2 = ––– = –––
6 3
03. Determine o valor de x, tal que o 2.°, 3.° (5) O número pode ser par e menor ou igual a 4
Como fazia freqüentemente, Euclides deixou o outro (6) Podemos obter 2 ou 4
e 5.° termos do desenvolvimento de
caso para o estudante – neste caso, x=(k/2)+t, o que
Euclides certamente percebeu, mas não formulou. (2 + x)5 estejam em progressão geo- 2 1
métrica. P3 = ––– = –––
É, de fato, notável que a maior parte dos problemas- 6 3
a) 1 b) .8 c) 3
padrão babilônicos tenham sido "refeitos" desse mo- Logo:
do por Euclides. Mas por quê? O que levou os gregos d) 9 e) 10
P = P1 + P2 – P3 = 1/2 +2/3 – 1/3 = 5/6
a darem à sua álgebra essa formulação desajeitada? Solução:
A resposta é básica: eles tinham dificuldades concei- 02. Em uma urna, existem 4 bolas pretas e
tuais com frações e números irracionais.
5 bolas brancas. Determine a probabili-
De passagem, devemos mencionar Apolônio (c. 225 dade de retirarmos duas bolas brancas,
a.C.), que aplicou métodos geométricos ao estudo
das secções cônicas. De fato, seu grande tratado sem reposição.
Secções Cônicas contém mais geometria analítica a) 1 b) .2/5 c) 3/7
das cônicas – toda fraseada em terminologia geomé-
trica – do que os cursos universitários de hoje. d) 1/8 e) 5/18

A Matemática grega deu uma parada brusca. A ocu- Solução:


pação romana tinha começado e não encorajava a
erudição matemática, ainda que estimulasse alguns
outros ramos da cultura grega. Devido ao estilo pesa- P=
do da álgebra geométrica, esta não poderia sobrevi- Sistema de Contagem
ver somente na tradição escrita; necessitava de um
meio de comunicação vivo, oral.
01. Quantos anagramas da palavra SISTE-
MA iniciam com vogal?

4
Física
Professor Carlos Jennings

Aula 110

Campo eletrostático ou
campo elétrico
Vetor Campo Elétrico
Em Dinâmica, vimos que um corpo, por ter mas- 01. (Desafio) Duas bolinhas metálicas idênti-
sa, cria no espaço uma região de influências de- cas estão no vácuo, suspensas por fios
nominada campo gravitacional, que lhe permite Solução:
isolantes de seda, em equilíbrio, como
trocar forças de campo gravitacional com outras
mostra a figura. Cada bolinha está eletriza-
massas.
da com carga Q = 24.10-8C. Sendo l =
Considere, agora, um corpo em repouso, eletri-
20cm o comprimento de cada fio e de 37°
zado com carga Q. Por ter carga elétrica, esse
corpo também cria no espaço uma região de in- o ângulo formado por eles com a vertical,
fluências, denominada campo eletrostático ou calcule o peso de cada bolinha.
campo elétrico, que lhe possibilita trocar forças Em todos os casos, atua na partícula um peso de
com outras cargas. intensidade P dado por:
P = m.g = 2 . 10-3 . 10 = 2 . 10-2N
a) Como q > 0, atua na partícula uma força elétri-
ca no mesmo sentido do campo elétrico:
→ →
Fe = |q|. E= 2.10–7.10000 = 2.10–3N
Como R = m . a, temos:
Dados: K=9,0.109 (Sl); sen37°=0,60;
P – Fe = m . a
2 . 10 –2 – 2 .10-3 = 2 . 10-3 . a
cos37°=0,80.
a = 9m/s2 02. Duas cargas, q1= 6 .10-6C e q2=4.10-6C,
→ →
b) Como q > 0, Fe tem o sentido de E: estão separadas por uma distância de 1m,
Esse campo será representado, em cada ponto → →
→ Fe = |q|. E = 2.10–6.10000 = 2.10–2N no vácuo. Sendo a constante eletrostática
do espaço, pelo vetor campo elétrico E . No SI, o
→ Como P = 2 . 10-2N, a força resultante é nula, e a
vetor E , num ponto qualquer, informa a direção, do vácuo igual a 9 .109N. m2 /C2, podemos
partícula fica em equilíbrio:
o sentido e a intensidade, em newtons, da força afirmar que o módulo da força de repulsão
a=0
elétrica atuante numa carga de +1C, hipote- → → entre essas cargas, em N, é de, aproxima-
c) Como q < 0, Fe tem sentido oposto ao de E:
→ →
ticamente colocada nesse ponto, sendo o N/C a Fe = |q|. E= 2.10–6.10000 = 2.10–2N damente:

sua unidade. Conseqüentemente, o vetor E cria-
Novamente, a partícula fica em equilíbrio: a) 0,2
do por uma carga Q positiva tem sentido “sa-
→ a=0 b) 0,3
indo” dela, e o vetor E criado por uma carga Q
Campo elétrico criado por uma partícula c) 0,4
negativa tem sentido “chegando” a ela.
eletrizada d) 0,5

A figura mostra o vetor E criado por uma partícu- e) 0,6
la eletrizada com carga Q, num ponto P situado a
uma distância d da partícula. 03. Qual é o sentido e a intensidade do vetor
Em relação à carga de prova q colocada em P, a campo elétrico no ponto P devido à partí-

intensidade de E vale:
cula eletrizada com carga Q nos seguintes
Fe = |q|.E
K.|Q|.|q|
casos? (K = 9 . 109N.m2/C2)
––––––––– = |q|.E
Se uma carga q for colocada num ponto qual- d2
quer do campo criado por Q, ela ficará submetida K.|Q|
E = ––––––
a uma força eletrostática dada por: d2
→ →
Fe = q . E Linhas de força de um campo elétrico

Se q > 0 → Fe tem a mesma direção e o mesmo Em cada ponto de uma linha de força, o vetor

sentido de E . campo elétrico tem direção tangente à linha e ao

Se q < 0 → Fe tem a mesma direção, mas senti- sentido dela. 04. (Cesgranrio) Três cargas de mesmo módu-

do oposto ao de E . lo são depositadas em três vértices dife-
rentes de um quadrado. A figura indica es-
Campo elétrico criado por vários corpos
eletrizados sa situação.
Considere vários corpos eletrizados com cargas
Q1, Q2, Q3, ... , Qn criando, num ponto P, os veto-
res E1, E2, E3, ..., Em, respectivamente. O vetor

campo elétrico total, no ponto P ( Ep), é dado pe- →
A intensidade de E é tanto maior quanto mais
la adição vetorial:
→ → → → → concentradas estão as linhas de força. A partir da
Ep = E1 + E2 + E3 + ... + En figura acima, temos: EA > EB.
O vetor campo elétrico resultante no ponto
M, que é vértice livre do quadrado, é corre-
Aplicação
tamente representado pela opção:
Uma partícula de massa m e carga q é abando-
nada numa região, submetendo-se exclusiva-
mente, a dois campos: o gravitacional e o elétri-
co. Sendo g = 10N/kg e E = 10000N/C, determi-
ne o módulo da aceleração da partícula, nos se-
guintes casos:

5
2. Campo de duas cargas puntiformes de POTENCIAL ELETROSTÁTICO OU POTENCIAL
mesmo módulo e sinais opostos ELÉTRICO
É a capacidade que um corpo eletrizado tem de
realizar trabalho, ou seja, de atrair ou de repelir
outras cargas elétricas. Para obter o potencial
elétrico de um ponto, coloca-se nele uma carga
de prova q e mede-se a energia potencial
adquirida por ela. Essa energia potencial é
proporcional ao valor de q. Portanto o quociente
entre a energia potencial e a carga é constante.
Esse quociente chama-se potencial elétrico do
01. (UFMS) Na figura, o campo elétrico é unifor- 3. Campo de duas cargas puntiformes de
ponto:
me e tem módulo igual a 20N/C: mesmo módulo e sinais iguais
Ep
V = ––––
q
V é o potencial elétrico, Ep a energia potencial e
q a carga. A unidade no S.I. é J/C = V (volt).
Então, quando se fala que o potencial elétrico
de um ponto L é VL = 10V, entende-se que esse
ponto consegue dotar de 10J de energia cada
unidade de carga de 1C. Se a carga elétrica for
3C, por exemplo, ela será dotada de uma
Importante:
Se d = 4,25m, determine a diferença de po- As linhas de força “saem” de um corpo eletrizado energia de 30J, obedecendo à proporção.
tencial, em volts, entre as superfícies eqüi- positivamente, e “chegam” a um corpo eletrizado
potenciais assinaladas. negativamente.
Linhas de força não se cruzam (se o cruzamento
02. Uma partícula carregada, tendo massa m e ocorresse, teríamos nesse

ponto duas orientações
distintas para o vetor E, o que é absurdo).
carga q>0, penetra numa região entre duas
placas metálicas paralelas com uma velo- 4. Campo eletrostático uniforme

cidade vo, cuja direção é perpendicular às O vetor E tem mesma intensidade, mesma Para calcular o potencial elétrico devido a uma
direção e mesmo sentido em todos os pontos. carga puntiforme usa-se a fórmula:
placas.
Assim, suas linhas de força são representadas K.Q
por segmentos de reta paralelos entre si, V = ––––
d
igualmente espaçados e igualmente orientados.
No S.I., d em metros, K é a constante dielétrica
do meio e Q a carga geradora.
Como o potencial é uma quantidade linear, o
potencial gerado por várias cargas é a soma
algébrica (usa-se o sinal) dos potenciais
gerados por cada uma delas como se
estivessem sozinhas:
Os potenciais das placas de esquerda e da K.Q1 K.Q2 K.Q3 K.Q4
VL = ––––– + ––––– + ––––– + –––––
direita, separadas pela distância d, são, res- d1 d2 d3 d4
Este é o tipo de campo existente entre duas
pectivamente, V > 0 e 0 volt. Quando a par- placas planas e paralelas, uniformemente O potencial elétrico tem o sinal da carga que o
tícula atravessa a região entre as placas sob eletrizadas com cargas de sinais contrários, gerou:
a ação exclusiva da força elétrica, sua ener- desde que não tomemos pontos próximos de Q>0→V>0
suas extremidades. Q<0→V<0
gia cinética sofre uma variação de:
1
a) –––– mv2o Aplicação Aplicação
2
Em cada situação esquematizada a seguir, A figura representa duas partículas eletrizadas
V
b) +q –––– temos partículas eletrizadas com carga de com cargas Q1 = 6µC e Q2 = 2µC e um ponto
d módulo Q, e cada uma delas cria no ponto P um P distante d1 = 6m e d2 = 3m das cargas Q1 e
V campo de intensidade N/C. Em cada Q2, respectivamente (K = 9 . 109 N.m2/C2).
c) – q –––– caso, trace o vetor campo elétrico resultante no
d a) Determine o potencial elétrico no ponto P.
ponto P e determine a sua intensidade.
d) +qV b) Calcule a energia potencial elétrica adquirida
por uma carga de prova q = 2µC, colocada
e) – qV
em P.
03. (Unifor-CE) Entre duas placas paralelas ho- c) Repita o item anterior considerando q = –2µC.
rizontais e uniformemente eletrizadas, com
Solução:
cargas de sinais opostos, existe um campo
a)
elétrico uniforme de intensidade E = 5,0 .
104 N/C . Uma partícula de massa m=2,0 .
10–3 kg e carga q = 2,0.10–7 C é aban-
donada em um ponto desse campo.
Solução:
a) Potencial criado pela carga Q1:
2 2 2 2
E p = E + E = 2E K.Q 9.109 . 6.10–6
V1 = –––––1 = –––––––––––– ⇒ V1= 9.103V
d1 6
b) Potencial criado pela carga Q2:
Sendo a aceleração da gravidade no local
K.Q 9.109 . 6.10–6
igual a g =10 m/s2, a acaleração que a V2 = –––––2 = –––––––––––– ⇒ V2= 6.103V
d2 3
partícula adquire, em m/s2, vale:
Potencial total em P:
a) 2,5 b) 5,0 c) 7,5 V = V1 + V2 = 9.103 + 6.103 ⇒ V= 1,5.104V
d) 10 e) 15 b) Epe= q.V = 2.10–6.1,5.104 ⇒ Epe = +3.10–2 J
EP = 10N/C c) Epe= q.V = (2.10–6).1,5.104 ⇒ Epe = –3.10–2 J

6
China sino-brasileiro
Português Alemanha
França
teuto-brasileiro
franco-brasileiro
Itália ítalo-brasileiro
Professor João BATISTA Gomes
Península Ibérica ibero-americano
África afro-brasileiro
Aula 111 Espanha hispano-americano
Índia indo-europeu
Concordância nominal II Itália ítalo-brasileiro
1. ADJETIVO E SUBSTANTIVO c) Compostos especiais – Os adjetivos com-
INDICANDO CORES postos seguintes são invariáveis:
a) Cor expressa por adjetivo – Quando a Azul-marinho, azul-celeste, cor-de-rosa, ADJETIVOS ADVERBIALIZADOS
cor é expressa por um adjetivo (verde, furta-cor.
Adjetivos adverbializados – São adjetivos usados no
amarelo, azul, vermelho, branco, claro, Veja construçoes certas e erradas:
lugar de advérbios. Nesse caso, não podem variar. Na
escuro, etc.), tem-se a concordância nor- 1. Na reunião, debateram-se pesquisas análise sintática, exercem a função de adjuntos ad-
mal. paraguaias-brasileiras. (errado) verbiais.
Exemplos: 2. Na reunião, debateram-se pesquisas
paraguaio-brasileiras. (certo) Advérbio em “-mente” – Geralmente, equivalem a um
1. Tinha uma coleção de belas gravatas
3. As relações lusas-brasileiras ficaram advérbio em “-mente”.
azuis.
2. Sempre adorei as flores brancas. estremecidas após a Indepedência. Veja a relação dos principais adjetivos que se transfor-
3. As roupas vermelhas caem-lhe bem. (errado) mam em advérbios (derivação imprópria).
4. As relações luso-brasileiras ficaram
b) Cor expressa por substantivo – Quando estremecidas após a Indepedência. Alto Ninguém pode dormir porque eles riem
a cor é expressa por um substantivo (aba- (certo) alto a noite inteira.
cate, anil, canário, cinza, gelo, laranja, li- 5. Questionamos, aqui, os conteúdos lin- Áspero Quando interrogados, responderam
mão, musgo, neve, ocre, ouro, pastel, ro- güísticos-sociológicos. (errado) áspero.
sa, rubi, sangue, violeta etc.), o substan- 6. Questionamos, aqui, os conteúdos lin- Baixo No hospital, a ordem é para que todos
tivo usado para exprimir cor fica invariável, güístico-sociológicos. (certo) falem baixo.
(masculino singular) quer em palavra sim- 7. Firmaram vários acordos nipo-brasi- Barato Em Manaus, carros importados custavam
ples, quer em composta. leiros de proteção ambiental. (certo) barato.
8. As blusas cores-de-rosa são meio fe-
Observação – Se o substantivo virar adje- Bonito Todos gostaram da apresentação; vocês
mininas. (errado)
tivo (cinza = cinzento; rosa = róseo; la- fizeram bonito.
ranja = alaranjado; carne = encarnado), 3. TAL QUAL Caro Estão vendendo caro estes lotes.
a concordância passa a ser normal. a) Tal – É pronome; significa semelhante, Certo Vocês decidiram certo; estão de parabéns.
Veja construções certas e erradas: análogo, este, aquele. Deve sempre con- Claro Para mim, não há dúvidas. Vocês deixa-
1. Tinha uma coleção de gravatas cinzas. cordar com o substantivo a que se refere. ram tudo muito claro.
(errado) Plural: tais. Confuso Eles redigem tudo muito confuso.
2. Tinha uma coleção de gravatas cinza. b) Tal qual – A expressão tal qual, quando Demasiado Elas comem demasiado.
(certo) estabelece comparação entre dois seres, Diferente Todos aqui são esquisitos, fazem as
3. Tinha uma coleção de gravatas cinzen- tem dupla concordância: o vocábulo tal coisas diferente.
tas. (certo) concorda com o substantivo anterior, e Difícil Falando assim, eles acham que falam
4. Em noites de boêmia, só usava cami- qual concorda com o substantivo poste-
difícil.
sas rosas. (errado) rior.
Direito Eles são honestos; agem direito.
5. Em noites de boêmia, só usava cami- b) Tal e qual – Quando o sentido é de “exata-
Disparado Eles ganharam disparado.
sas rosa. (certo) mente o mesmo”, pode-se usar, indiferen-
Doce Aqui, vocês falam tudo doce, meio canta-
6. Em noites de boêmia, só usava cami- temente, “tal qual” ou “tal e qual”.
do.
sas róseas. (certo) Veja construçoes certas e erradas:
Duro Devemos agir duro com esses presos.
7. Compramos três blusas abóboras. (er-
1. O filho era tal qual o pai. (certo) Errado Escreveram errado estas palavras.
rado)
2. O filho era tal quais os pais. (certo) Escondido Agiram escondido, mas o crime veio à
8. Compramos três blusas abóbora. (cer-
3. Os filhos eram tais quais os pais. (cer-
to) tona.
to)
9. Compramos três blusas vinho. (certo) Fácil Eles ganham dinheiro no jogo, por isso
4. Os filhos eram tal qual os pais. (erra-
do) gastam fácil.
2. ADJETIVOS COMPOSTOS Falso As testemunhas juraram falso.
5. Na família, predominava o lema: tal pai,
a) Cor + substantivo = Composto invariá- tais filhos. (certo) Feio Eles constroem feio, sem senso de perfei-
vel. Veja uma lista: ção.
4. POSSÍVEL
amarelo-ouro branco-gelo Fino Eles falam fino, parecem afeminados.
amarelo-canário branco-neve a) O mais, o menos... – Possível fica inva- Forte Elas batem forte, mas os filhos nem
riável quando faz parte de expressão su-
amarelo-ocre vermelho-rubi choram.
perlativa com a partícula o: o mais, o me-
verde-cana verde-água Frio Diante disso, todos suaram frio.
nos, o maior, o menor, o melhor, o pior.
verde-oliva vermelho-sangue Fundo Essas injustiças falaram fundo dentro de
verde-musgo verde-musgo b) Quanto possível – A expressão quanto
mim.
verde-abacate azul-turquesa possível é invariável.
Gostoso Falam tudo que lhes vem à mente e riem
Veja construçoes certas e erradas:
b) Adjetivo + adjetivo = Só a segunda pa- gostoso.
lavra pode variar. A primeira tem de ficar 1. Gosto de roupas as mais exóticas pos- Grosso Os patrões falaram grosso, e os ânimos
no masculino singular. Incluem-se, aqui, síveis. (certo) esfriaram.
os adjetivos pátrios. Quando estão justa- 2. Gosto de roupas o mais exóticas pos-
Igual Tratava igual a todos os filhos.
postos, o primeiro fica na sua forma eru- sível. (certo)
Leve Tocaram leve o rosto da moça, sem
3. Traga cervejas tão geladas quanto pos-
dita e reduzida. intenção de agredir.
síveis. (errado)
Veja uma lista de adjetivos pátrios redu- 4. Traga cervejas tão geladas quanto Ligeiro Agiram ligeiro, e o incêndio foi controlado.
zidos: possível. (certo) Macio Na família, todos falam macio por
Portugal luso-brasileiro 5. As informações obtidas sobre a moça influência do avô.
Japão nipo-brasileiro são as melhores possível. (errado)

7
6. As informações obtidas sobre a moça feminino, brasileira. O argumento é simples:
são as melhores possíveis. (certo) não se pode fazer a concordância com o ter-
7. Aqui trabalhamos com pessoas o mais mo nacionalidade, mas, sim, com o sexo da
capacitadas possíveis. (errado) pessoa que está preenchendo a ficha ou o
8. Aqui trabalhamos com pessoas o mais formulário.
capacitadas possível. (certo)
8. É BOM, É PROIBIDO, É NECESSÁRIO
5. MONSTRO
a) Sujeito determinado por adjunto adno-
a) Substantivo – O vocábulo monstro, usado
minal – Se o núcleo do sujeito vier deter-
como substantivo (aspecto espantoso, que
minado por um adjunto adnominal (artigo,
causa pasmo ou assombro) é variável: o
pronome, numeral), o adjetivo predicativo
monstro, os monstros.
(bom, necessário, permitido, proibido)
Caiu no vestibular b) Adjetivo – Quando usado como adjetivo
concorda com o núcleo do sujeito (normal-
01. (FGV) Assinale a alternativa em que NÃO (monstro = enorme, muito grande), é in-
mente feminino; quando masculino, não
ocorra erro de concordância verbal ou variável; constitui derivação imprópria: co-
oferece dificuldade de concordãncia).
mícios monstro, manifestação monstro.
nominal.
b) Sujeito sem determinação – Se o núcleo
c) Monstrengo ou mostrengo? – Para nome-
a) Elas mesmo decidiram resolver o problema do sujeito vier sem determinação, ou seja,
ar “pessoa disforme, malproporcionada
que afligia a todos. e/ou muito feia”, a norma culta aconselha sem adjunto adnominal, o adjetivo predi-
b) Quando ela disse “obrigado”, todos mostrengo. cativo (bom, necessário, permitido, proi-
aplaudiram. bido) fica no masculino.
Veja construçoes certas e erradas:
c) Os coordenadores do projeto decidiram Veja construçoes certas e erradas:
1. Houve uma passeata monstra na Ave-
ficar só.
nida Eduardo Ribeiro. (errado) 1. Não é permitido a permanência de me-
d) Ganharam bastantes elogios da diretoria. 2. Houve uma passeata monstro na Ave- nores aqui. (errado)
e) Havia pedido emprestado cinco pares de nida Eduardo Ribeiro. (certo) 2. Não é permitida a permanência de me-
meia. 3. Na época das “Diretas já”, os estudan- nores aqui. (certo)
tes fizeram manifestações monstras 3. Não é permitido permanência de me-
02. (FGV) O primeiro elemento do adjetivo
em todo o Brasil. (errado) nores aqui. (certo)
composto não corresponde ao nome 4. Na época das “Diretas já”, os estudan- 4. Nenhuma cerveja é bom para o fígado.
entre parênteses em: tes fizeram manifestações monstro em
(errado)
a) anglo-germânico (Inglaterra). todo o Brasil. (certo)
5. Nenhuma cerveja é boa para o fígado.
b) hispano-americano (Espanha). 5. Comícios monstros marcaram a elei-
(certo)
ção de Tancredo Neves para a Presi-
c) franco-marroquino (França). 6. É necessário, para trabalhar com al-
dência da República. (errado)
d) sino-napolitano (Sião). coólatras, muita paciência. (errado)
6. Comícios monstro marcaram a eleição
e) nipo-brasileiro (Japão). de Tancredo Neves para a Presidência 7. É necessária, para trabalhar com al-
da República. (certo) coólatras, muita paciência. (certo)
03. (FGV) A alternativa correta quanto à con-
7. Pelas crueldades praticadas contra os 8. Toda entrada de menor, neste carna-
cordância nominal é:
judeus, muitos alemães foram conside- val, será proibida. (certo)
a) A empregada mesmo viu tudo. rados monstros. (certo)
9. PROVA DOS NOVES
b) Já fiz isso bastante vezes. 8. Com essa fantasia, você parece um
c) Passado a crise, voltaram. monstrengo. (errado) O nome dos números, quando substantiva-
* d) As frutas chegaram meio estragadas. 9. Com essa fantasia, você parece um dos, variam normalmente. Por isso, a expres-
e) Eles têm argumentos bastante para não mostrengo. (certo) são correta é “prova dos noves”.
aderir à greve. Veja construções certas e erradas:
6. PSEUDO
1. Havia, no bloco de notas fiscais, dois onze.
04. (FGV) Assinale a alternativa cuja con- Pseudo significa falso; é um radical grego
(errado)
cordância NÃO está de acordo com os (pseudés) que entra na formação de inúme-
2. Havia, no bloco de notas fiscais, dois on-
padrões cultos: ras palavras de nossa língua. É palavra inva-
riável e provoca hífen diante de vogais, h, r e zes. (certo)
a) Ela está meio cansada. 3. Faça três quatro aí, que eu quero ver!
s.
b) Eles estão meio cansados. (errado)
Veja construçoes certas e erradas:
c) Eles estão meios cansados. 4. Dos dois dezoitos que você desenhou, só
1. Com o advento do Modernismo, muitos
d) Ele está meio cansado. um foi aproveitado. (certo)
autores tentaram impingir ao público uma
e) Ele chegou ao meio dia e meia. 5. Este é o procedimento correto para se tirar
pseuda-arte. (errado)
a prova dos noves. (certo)
05. (FGV) A concordância deixa de seguir a 2. Com o advento do Modernismo, muitos
norma padrão, na frase: autores tentaram impingir ao público uma 10. HAJA VISTA
pseudo-arte. (certo)
a) Registram-se, hoje, nas famílias mais pobres, 3. As pseudas-revoluções atrasam qualquer a) Vista – A construção correta em qualquer
taxas de natalidade maiores que a média país. (errado) situação é “haja vista” (nunca “haja visto”).
brasileira. 4. As pseudo-revoluções atrasam qualquer Significa “vejam-se”, “veja” ou “olhe-se
b) O número de pobres cresce mais do que as país. (certo) para”.
possibilidades de geração de riqueza. 5. Na sociedade moderna, muitos têm a pseu- b) Hajam – A palavra vista é invariável; o ha-
c) As condições de pobreza são perpetuadas, damania de riqueza. (errado) ja pode ir para o plural (facultativo), desde
num ciclo vicioso, pois não existem postos 6. Na sociedade moderna, muitos têm a pseu- que a expressão que venha depois esteja
domania de riqueza. (certo) no plural.
de trabalho suficientes.
d) Muitos empregados foram beneficiados com 7. NACIONALIDADE Veja construçoes certas e erradas:
as mudanças nas relações trabalhistas, 1. As aulas podem ser adiadas, haja visto
É comum, no preenchimento de fichas ou for-
melhorando as condições de vida. mulários, deparar-se com a dúvida diante da os problemas de reforma. (errado)
e) Com isso, cresceu as diferenças regionais palavra nacionalidade: brasileira ou brasilei- 2. As aulas podem ser adiadas, haja vista
entre o Sudeste e o Nordeste, região sujei- ro? os problemas de reforma. (certo)
ta a um clima inóspito. Concordância com o sexo – Pessoa do sexo 3. As aulas podem ser adiadas, hajam
masculino deve anotar brasileiro; do sexo vista os problemas de reforma. (certo)

8
de 1891, o que provocou sua transferência para

História o Rio de Janeiro logo no dia 27, onde deveria


assumir o cargo de professor da Escola Superior
de Guerra, para o qual fora designado.
Professor Francisco MELO de Souza
Retornou ao cargo de Governador do Estado
quando da renúncia do Coronel. Gregório Thau-
Aula 112
maturgo de Azevedo, sendo, inclusive, o candi-
dato do partido Democrata para a chefia do Po-
A República no Amazonas der Executivo estadual, em 1892, mesmo estan-
I – A Proclamação da República no Amazonas do em pleno exercício do cargo. Por essa razão,
foi Governador do Amazonas no período de 23
O movimento republicano no Amazonas come- 01. (UTAM) Assinale a alternativa onde não
de julho de 1892 a 23 de julho de 1896. Morreu
çou em meados de 1889. Nesse período, um gru-
consta obra realizada por Eduardo Ribeiro:
em Manaus, em circunstâncias ainda não bem
po de intelectuais da classe média (empregados esclarecidas, em 14 de outubro de 1900. a) Teatro Amazonas.
do comércio, jornalistas, professores e políticos) b) Edifício do Diário Oficial e respectivo jornal.
As principais transformações ocorridas no gover- c) Ponte de ferro da Cachoeirinha.
criou, em Manaus, em 29 de junho, o Clube Re-
no de Eduardo Ribeiro foram: criou a Comarca d) Penitenciária do Estado.
publicano do Amazonas.
de Antimari, Humaitá e Coari; iniciou a constru- e) Edifício do Instituto Benjamin Constant.
O Clube Republicano lançou o seu primeiro ma- ção do Teatro Amazonas; elevou à categoria de
nifesto, no lançamento do Clube, e logo recebeu vila a paróquia de Fonte-Boa e declarou feriado 02. O êxodo rural é um problema social ca-rac-
o apoio do Partido Conservador e do Partido Li- nos dias 13 de março, 10 de julho, 5 de setembro terístico do processo de modernização de
beral. e 21 de novembro. centros urbanos em detrimento de espaços
O Amazonas vivia isolado dos acontecimentos considerados periféricos. No Amazonas, na
II – Os Projetos de Intervenções na Economia
do resto do País, pois não havia telégrafo em Ma-
década de cinqüenta, projetos políticos vol-
na Amazônia
tados para a capital provocaram a fuga de
naus. A linha de telégrafo chegava só até Belém.
No início do século XX, a produção racional asiá- ribeirinhos que se aglomeraram às mar-
Por isso, somente no dia 21 de novembro de
tica começou a superar a produção nativa da gens do Rio Negro, no entrono da cidade.
1889, chegou a notícia da Proclamação da Repú-
Amazônia. A Associação Comercial do Amazo- Esse fenômeno deu origem a um tipo de
blica. A República no Amazonas foi proclamada
nas organizou, em 1910, em Manaus, o “Con- organização do espaço que ficou conheci-
por uma junta governativa trazida pelo vapor
gresso Comercial, Industrial e Agrícola”, para dis- do como:
“Manaus”.
cutir os problemas relativos à avicultura. a) Nova Veneza.
O governo provisório era composto pelo coronel
Em 1912, o governo federal encampou um pro- b) Cidade Nova.
Pereira do Lago, capitão-de-fragata Lopes da
grama intitulado “Plano de Defesa da Borracha”. c) Cidade Flutuante.
Cruz, Emílio Moreira, Joaquim Sarmento, Caval- d) Manaus Moderna.
Esse programa estabelecia um estímulo à produ-
cante de Albuquerque e Carvalho Leal. e) Amazonas Novo.
ção e industrialização da borracha, à migração, à
No dia 22, perante a Câmara Municipal de Ma- saúde, ao setor de transportes, à produção agrí- 03. O exemplo de participação do povo na
naus, a junta assinou o termo de posse, iniciando cola alimentar e à pesca. adesão à Proclamação da República, no
suas atividades administrativas. A Assembléia
O programa destinava-se a todo território nacio- Amazonas, fica patente.
Provincial reconheceu o Governo Provisório. Já
nal, isto é, a todos os estados brasileiros onde a) Na criação do Republicano Amazonense.
no interior do Estado, a adesão foi completa.
havia árvore produtora de goma elástica. b) No Clube Republicano do Amazonas.
A luta política entre liberais e conservadores pelo
A Companhia Ford do Brasil, com o propósito de c) No Clube da República Federalista Amazo-
poder político e privilégios no Amazonas reinicia.
fugir das manobras dos ingleses e holandeses de nense.
O presidente do Governo Provisório foi o tenente d) Na formação da Aliança Republicana.
reduzir a produção da borracha no sudeste asiá-
de engenheiro Augusto Ximeno de Villeroy, esco- e) Na Liga tenentista.
tico, fez uma projeto de exploração da borracha
lhido à revelia. Augusto Ximeno dissolveu a As-
silvestre e a plantação de mudas em Santarém, 04. (UEA 2006 – 1ª ETAPA) Desde as suas ori-
sembléia Provincial e as Câmaras Municipais;
num projeto chamado de Fordlândia. O projeto gens, pode-se distinguir no tenentismo
posteriormente, nomeou vários conselhos para
faliu, pois tanto os fungos quanto a falta de mão- duas correntes distintas, do ponto de vista
os municípios do Amazonas. Instituiu várias refor-
de-obra contribuíram para que o projeto não ideológico: a política e a social... No Ama-
mas administrativas, dentre as quais podemos
tivesse sucesso. zonas, porém, e no Rio Grande do Sul, o
citar: criou o Instituto Normal Superior, fundiu o
Ginásio Amazonense e a Escola Normal e extin- A Fordlândia foi permutada, em 1934, por Belter- problema social já surge como tema da re-
guiu o Museu Botânico. ra, ou seja, uma área mais próxima de Santarém. volução. (Carone)
O governo de Augusto Ximeno, também, proces- III – O Tenentismo no Amazonas ou a Rebelião A respeito do movimento tenentista, não é
sou as eleições para representação amazonense
de 1924, em Manaus correto afirmar que:
na Constituinte de 1891. Licenciado, Augusto Xi- A brutal recessão que se seguiu após a decadên- a) os tenentes criticaram a estrutura da carreira
meno retirou-se para o sul e entregou o governo cia do Ciclo da Borracha gerou um clima de ins- militar que julgavam dificultar a ascensão da
ao tenente de engenheiro Eduardo Gonçalves Ri- tabilidade política no Estado do Amazonas. Des- jovem oficialidade e também a cúpula militar,
beiro. que acusavam de associar-se aos maiorais ci-
de a proclamação da República no Amazonas e
vis da república oligárquica.
Eduardo Gonçalves Ribeiro, que chegara a Ma- em função da enorme receita do Estado, devido
b) tanto os “tenentes civis” como os tenentes
naus em 1887, ao receber os encargos da admi- ao Ciclo da Borracha, havia acirradas disputas
originais ou militares criticavam as oligar-
nistração do Estado, não decepcionou o espírito políticas, em época de eleição, entre as oligar-
quias, mas preservavam seus chefes, devido
positivista, procurando obter apoio da base po- quias locais. No período que se seguiu, pós-rush,
ao vigor do espírito de corporação.
pular para manter-se no governo, que assumiu, a crise política acentuou-se.
c) pode-se reconhecer, no tenentismo, uma cer-
pela primeira vez, em 2 de novembro de 1890 Mas essa crise não era só uma particularidade ta “herança” do salvacionismo.
sendo afastado do cargo a 4 de abril de 1891, re- amazonense, pois, no Brasil, foi instalada a políti- d) o tenentismo original ou militar limitava-se às
tornando no dia 12 seguinte, pela vontade popu- ca oligárquica, desde a chegada dos cafeiculto- exigências de reformas políticas e jurídicas,
lar, em manifesto firmado por 363 pessoas dentre res ao poder. A maior expressão dessa política foi enquanto os “tenentes civis” avançavam até
as de maior influência em Manaus, nele permane- a instalação da convencional “política dos gover- as propostas de reformas econômicas e so-
cendo até 5 de maio de 1891, quando transferiu nadores” ou do “café-com-leite”. Por essa organi- ciais.
o cargo ao Barão de Juruá, Guilherme José Mo- zação, o governo brasileiro era escolhido entre e) a Comuna de Manaus, além das críticas às
reira, 1.° Vice-Governador. os paulistas e os mineiros, que, por sua vez, re- oligarquias, características do movimento ori-
Seus serviços foram imediatamente reconheci- cebia o apoio do Senado, representantes das oli- ginal, avançou até a tomada de atitudes anti-
dos pelo comando militar e revolucionário, sendo garquias estaduais. imperialistas e praticou ações de justiça so-
promovido a Capitão de 1.° classe em 7 de junho cial.
A política dos grupos oligárquicos não era, por-

9
tanto, uma característica somente do Amazonas. Arthur Bernardes, sobre a preparação da rebelião
Em todo o Brasil, havia práticas comuns tais co- militar em Manaus. No entanto nenhuma iniciati-
mo o coronelismo, a fraude eleitoral, a persegui- va foi tomada para desarticular o movimento e,
ção política, a corrupção e o voto de cabresto. No em 23 de julho de 1924, deflagrou-se a revolta.
Brasil, surgiram vários movimentos contrários a
essa política, dentre os quais podemos citar o O governador fugiu pelos fundos do palácio, en-
Tenentismo. quanto os militares tomavam a sede do governo
Surgido no seio das Forças Armadas, entre os jo- pela frente, impondo, por meio das forças das ar-
vens da baixa oficialidade, o Tenentismo esten- mas, o 1.° tenente Alfredo Augusto Ribeiro Junior
deu-se de 1922 até 1934, opondo-se frontalmen- à frente do governo dos revoltosos, que agora
01. (UFAM) A chamada civilização da borracha te ao sistema republicano vigente, que privilegia- dominavam Manaus.
produziu uma agitada vida cultural e econô- va apenas as oligarquias estaduais e fazia prolife-
mica nas cidades de Belém e Manaus, entre O tenente Ribeiro Júnior, logo após tomar o po-
rar a corrupção e a violência na política brasileira.
os anos de 1890 e 1914. der, verificou que os salários dos funcionários pú-
O movimento recebeu apoio de militares de pa-
Qual das alternativas abaixo é verdadeira blicos estavam atrasados já fazia seis meses. Por
sobre a cidade de Manaus? tentes superiores e civis provenientes da classe
isso, instituiu o Tributo de Redenção (que foi o
a) a Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais, média urbana, que pregavam a moralização das
confisco das contas bancárias dos milionários,
antecessora da Faculdade de Direito, foi criada políticas públicas, maior centralização do Estado,
suspeitos de corrupção, e dos imóveis do gover-
pelo governo Estado no final do século passa- voto secreto e restauração das forças militares.
do, com o objetivo de eliminar a dependência Os militares entendiam que os civis degeneraram nador Rego Monteiro, levados a leilão, para o pa-
dos bacharéis de Recife e Belém. a República por meio das oligarquias e julgavam gamento dos proventos dos funcionários públi-
b) Em 1889, a cidade possuía um sofisticado ser- cos, que estavam em atraso).
viço de transporte urbano: o sistema de bonde seus salvadores.
movido a vapor. O levante de 1922, que culminou com o episódio Pretendendo assegurar o controle total da capi-
c) A cidade não possuía nenhuma instituição do Dezoito do Forte, fracassou. Todavia uma no- tal, os militares prenderam autoridades e elemen-
bancária até fins da década de 1880, quando tos ligados ao grupo Rego Monteiro. Apossaram-
va rebelião tenentista, em 15 de julho de 1924, foi
foi constituído o Banco do Brasil.
d) As companhias de navegação Booth e Red deflagrada, na qual se tomou a capital paulista, se das estações telegráficas, telefônicas e do va-
Cross foram favorecidas com incentivos fiscais ocupando-a por 22 dias. Nesse segundo momen- por Bahia do Lloyde Brasileiro. Difundiram suas
amazonenses para operarem no tripé Manaus to do Tenentismo, é que influenciou a rebelião de idéias através do Jornal do Povo, convocaram re-
Rio de Janeiro – Liverpool. Manaus. servistas para a luta aramada e procuraram, logo
e) Com objetivo de elevar o nível educacional da
elite, criou-se, em 1909, a primeira Universida- A estratégia tenentista partia da tomada de várias em seguida, alcançar outros pontos, fazendo
de do Brasil: A Escola Universitária Livre de capitais do País e, simultaneamente, ocuparia a com que a rebelião chegasse ao município de
Manaus. capital da República e tomaria poder. Óbidos, no baixo Amazonas.
02. O Tributo de Redenção representou o: O governo federal, para desarticular os rebeldes, A Repressão ao Movimento
a) Confisco das contas bancárias e dos bens dos principalmente no Rio de Janeiro, onde o foco
milionários suspeitos de haverem enriquecido A estratégia de combate e repressão do governo
era mais forte, optou por transferir esses militares
ilicitamente e leilão dos imóveis do governo central aos militares rebeldes operou-se planeja-
Rego Monteiro para o pagamento do funciona- para outras cidades do Brasil, principalmente no
Norte. Para Manaus, vieram transferidos os te- damente por etapas, porém sem demoras. Pri-
lismo público.
b) Confisco dos bens do antigo governo para o nentes Alfredo Augusto Ribeiro Júnior e José meiro reprimiu o movimento que havia tomado
pagamento das principais dívidas do Estado Azamor, dentre outros. A oficialidade do exército São Paulo em fim de julho. Em seguida, partiu
para com o governo da união. para o Nordeste e desfez o motim sergipano, que
na região era basicamente constituída de milita-
c) Pagamento, por parte do governo dos Tenen-
tes no Amazonas, da dívida que o Estado tinha res ”rebeldes” vindos de outros Estados como havia iniciado em de 2 de agosto. Restava so-
para com os empresários e o Governo Federal, forma de desmontar possíveis focos de rebelião. mente liquidar a rebelião do Norte, para a qual se
em caráter de urgência. Por outro lado, em 1924, em Manaus, o clima de montou uma operação mais ampla.
d) Confisco dos bens dos altos funcionários do
inquietação e de descontentamento com o go- Comandado pelo general João de Deus Menna
governo Rego Monteiro para pagamento da dí-
vida do Estado do Amazonas para com empre- verno de Rego Monteiro era geral. A população Barreto, o destacamento do Norte saiu do Rio de
sários estrangeiros, em caráter de urgência. vivia numa aguda crise econômica, e o grupo oli- Janeiro no dia 2 de agosto e chegou a Belém no
gárquico dominante perseguia seus opositores. dia 11, fixando-se aí, inicialmente, para estudar as
03. O movimento dos Tenentes, em Manaus:
a) Não se limitava a Manaus; estender-se-ia ao Percebendo a conjuntura favorável à rebelião, os condições, os propósitos e as posições dos re-
Nordeste e ao Rio de Janeiro, capital da Repú- militares rebeldes, em geral, indivíduos sem vín- beldes.
blica. culo com a região, decidiram liderar o movimento
b) Não se vinculava ao movimento rebelde de As ações dos rebeldes estendiam-se até áreas si-
São Paulo. na cidade. Porém a rebelião não deveria limitar-
tuadas nas proximidades de Belém, descendo o
c) Limitava-se eminentemente ao Amazonas, vi- se a Manaus. Pelo contrário, ainda sob influência
rio Amazonas, suficientemente armadas e guar-
sando atingir o governo corrupto de Rego do plano proposto pelos militares, em 1922, o
Monteiro. movimento se estenderia ao Nordeste até alcan- necidas, a partir das quais dominavam as cida-
d) Baseava-se no apoio das oligarquias civis e de çar a capital da República. Estava preparado o des ribeirinhas, apoderando-se de estações tele-
grupos socialistas que visavam à derrubada de gráficas e das embarcações em trânsito.
Rego Monteiro. esquema geral da revolta.
e) Baseava-se no liberalismo político e em ideais Em meio a esse clima, surge a notícia da rebelião O primeiro passo do destacamento do Norte para
reformistas anarcossindicalistas. de 05 de julho de 1924, em São Paulo, o que co- iniciar a repressão seria a tomada em Santarém,
04. Sobre o movimento dos tenentes, em Ma- laborava para aumentar ainda mais o entusiasmo o que foi realizado, e de onde se obteve, fazendo-
naus, pode-se afirmar, EXCETO: dos militares, bem como da população de Ma- se passar por rebeldes, informações preciosas
a) Ficou circunscrito à região de Óbidos, não naus e Belém que, a essa altura, já via o movi- referentes às operações dos rebelados. Posteri-
conseguindo a ligação almejada com outros
mento tenentista com simpatia. ormente, as forças do destacamento do Norte
focos rebeldes.
b) Com a prisão dos tenentes, houve a interven- Então, ao lançar a candidatura de Aristides da (Exército e Marinha) tomaram Alenquer e Óbidos
ção federal no Amazonas, sendo o governo Rocha para o governo do Amazonas, de 1925 a (esta foi a última bombardeada, em 26 de agosto
exercido por Alfredo de Sá. 1929, a fim de assegurar a continuidade do domí- de 1924), seguindo para Manaus.
c) Alfredo de Sá, corno intervetor, após a deposi-
nio da oligarquia que estava no poder, Rego No dia 28 de agosto, com a chegada do destróier
ção dos tenentes, ficaria no poder por algum
tempo, o suficiente para as oligarquias se or- Monteiro (cacique político dessa oligarquia domi-
Mato Grosso, aprisionou-se o tenente Ribeiro Ju-
ganizarem no poder. nante) acendeu o estopim que levou os militares
nior e seus companheiros militares e civis inte-
d) Com o golpe, os tenentes tomaram o poder, à ação decisiva de iniciar o levante.
decretando o tributo da Redenção e fazendo grantes do movimento. Diversos segmentos da
Eclode a Rebelião
reformas importantes em quatro anos de go- sociedade manauense ainda prestaram homena-
vernos revolucionários. O governador em exercício, Turiano Meira, já ha- gem ao governador deposto. Dessa forma, o mo-
e) Todas as questões anteriores são verdadeiras.
via sido alertado pelo presidente da República, vimento de 1924, em Manaus, chegara ao fim.

10
Os animais onívoros alimentam-se tanto de autó-
Biologia trofos quanto de heterótrofos, podendo ocupar
mais de um nível trófico. É o caso, por exemplo,
do ser humano: quando se alimenta de plantas,
Professor GUALTER Beltrão ocupa o segundo nível trófico (consumidor pri-
mário), mas, quando se alimenta de carne de boi,
ocupa o terceiro nível trófico (consumidor secun-
Aula 113 dário).
5. Cadeias e teias alimentares
Cadeias alimentares A cadeia alimentar corresponde à seqüência de
INTRODUÇÃO À ECOLOGIA E À ESTRUTURA organismos em que um serve de alimento para o
DOS ECOSSISTEMAS outro, a partir do produtor.
Na cadeia a seguir, foram representados cinco ní- 01. (UFG 2005) Observe a cadeia alimentar tí-
1. A Ecologia e sua importância
veis tróficos.
A palavra Ecologia deriva de duas palavras gre- pica de lagoa, apresentada a seguir.
gas: oikós = casa e logos - estudo. Podemos di-
zer que, literalmente, Ecologia significa o estudo
da casa. Considerando, entretanto, o termo casa
como todo o ambiente terrestre, a palavra Ecolo-
gia passa a se referir ao estudo do ambiente.
A Ecologia é uma ciência que se tem tornado ca-
da vez mais importante nos dias atuais, uma vez
que a interferência do homem sobre os ecossis-
temas vem aumentando consideravelmente.
Essa interferência pode provocar sérios desequi- A ocorrência de poucos níveis tróficos se
líbrios ecológicos. Por isso, é cada vez mais im- deve ao fato de
perioso conhecermos a estrutura e o funciona- a) o produtor garantir o fornecimento contínuo
mento dos ecossistemas, a fim de podermos pro-
de biomassa para um contingente grande de
por maneiras racionais de utilização dos recursos
naturais sem provocar alterações ambientais animais.
drásticas. b) a distribuição geográfica de animais ser con-
2. Componentes estruturais de um ecossis- dicionada à disponibilidade de território.
tema. c) a competição entre duas espécies conduzir à
Os ecossistemas apresentam dois componentes extinção ou à expulsão de uma delas.
principais que se inter-relacionam: d) o fluxo decrescente e unidirecional de ener-
– fatores abióticos – são os fatores não-vivos. gia limitar o potencial biótico do sistema.
Podem ser físicos, como a radiação solar, tem- e) a quantidade de indivíduos em cada nível tró-
peratura, luz, umidade, ventos, ou químicos, fico diminuir à medida que servem de alimen-
como os nutrientes, presentes nas águas e no to ao nível seguinte.
solo;
– fatores bióticos – representados pelos seres 02. (Unitau 95) Considere as descrições a se-
vivos que compõem a comunidade ou bioce- guir:
Figura 01
nose ou biota. I– Conjunto de todos os organismos de
O conjunto desses fatores forma o biótopo (bio Nos ecossistemas, entretanto, não existe apenas um ecossistema com o mesmo tipo de
= vida; topos = lugar). uma cadeia alimentar possível, mas várias ca- nutrição.
Podem ser consideradas ecossistemas parcelas deias que se inter-relacionam, formando o que se
II– Conjunto das várias cadeias alimentares
da biosfera de diferentes tamanhos, como, por chama de teia ou rede alimentar.
de um ecossistema.
exemplo, uma pequena lagoa ou o oceano todo,
desde que haja intercâmbio de matéria e de ener- III– Seqüência linear de seres vivos em
gia entre seus elementos. A biosfera toda pode que um serve de alimento para o outro.
ser considerada um grande ecossistema. Indique a alternativa que corresponde cor-
3. Hábitat e nicho ecológico retamente às descrições I, II e III, respecti-
O lugar que um organismo ocupa no ecossiste- vamente.
ma é o seu hábitat; o seu papel, ou seja, a sua a) cadeia alimentar, nível trófico e teia alimentar
função, é o seu nicho ecológico.
b) teia alimentar, cadeia alimentar e nível trófico
4. Estrutura trófica dos ecossistemas c) nível trófico, cadeia alimentar e teia alimentar
O conjunto de todos os organismos de um ecos- d) teia alimentar, nível trófico e cadeia alimentar
sistema com o mesmo tipo de nutrição constitui e) nível trófico, teia alimentar e cadeia alimentar
um nível trófico.
O primeiro nível trófico é formado pelos organis- 03. (Fuvest 2001) "O tico-tico tá comendo meu
mos autótrofos, também chamados de produto- fubá/ Se o tico-tico pensa/ em se alimentar/
res.
que vá comer/ umas minhocas no pomar
Por sua vez, os heterótrofos podem ser classifica-
dos como consumidores, quando se alimentam (...)/ Botei alpiste para ver se ele comia/
Figura 02
de outros organismos, ou decompositores, quan- Botei um gato, um espantalho e um alça-
do obtêm energia a partir da decomposição do Exemplo de teia alimentar em um ecossistema: pão (...)"
corpo de organismos mortos. Os decomposito- um lago. Os seres representados não estão em
escala. (Zequinha de Abreu, "Tico-tico no Fubá").
res devolvem ao ambiente substâncias orgânicas
e inorgânicas que poderão ser utilizadas pelos É muito importante que tenhamos conhecimento
das cadeias e das teias alimentares dos ecossis-
No contexto da música, na teia alimentar
produtores. Esse processo é fundamental no ci- da qual fazem parte tico-tico, fubá, minho-
clo da matéria na natureza. temas para planejar o uso de determinada re-
gião. Não se pode retirar elos da estrutura trófica, ca, alpiste e gato,
Os consumidores podem ser: nem acrescentar outros, sem que se avalie o im-
– primários, quando se alimentam de produto- pacto que essa interferência pode trazer ao ecos- a) a minhoca aparece como produtor, e o tico-
res – caso dos animais herbívoros, ou seja, sistema. tico como consumidor primário.
que se alimentam de plantas. Ocupam o se- 6. Energia e matéria nos ecossistemas b) o fubá aparece como produtor, e o tico-tico
gundo nível trófico; como consumidor primário e secundário.
Os principais produtores da Terra são os organis-
– secundários, quando se alimentam de herbí- mos fotossintetizantes. c) o fubá aparece como produtor, e o gato como
voros. Ocupam o terceiro nível trófico; A energia luminosa do Sol é fixada pelo autótrofo consumidor primário.
– terciários, quando se alimentam de consumi- e transmitida, sob a forma de energia química, d) o tico-tico e o gato aparecem como consumi-
dores secundários. Ocupam o quarto nível tró- aos demais seres vivos. Essa energia, no entan- dores primários.
fico; to, diminui à medida que passa pelos consumi- e) o alpiste aparece como produtor, o gato co-
– quaternários, quando se alimentam de consu- dores, pois parte dela é utilizada para a realiza- mo consumidor primário, e a minhoca como
midores terciários. Ocupam o quinto nível trófi- ção dos processos vitais do organismo, e a outra
decompositor.
co. é liberada sob a forma de calor. Sempre restará,

11
portanto, uma parcela menor de energia disponí- vessa, com facilidade, a membrana
vel para o nível seguinte. Como, na transferência plasmática e causa graves danos ao
de energia dos seres vivos, não há reaproveita-
mento da energia liberada, diz-se que essa trans- sistema nervoso.
ferência é unidirecional e se dá como um fluxo
de energia. A matéria, no entanto, pode ser reci- 01. Os microorganismos que vivem asso-
clada; por isso, fala-se em ciclo da matéria ou ciados às raízes dos aguapés e aos ou-
ciclo biogeoquímico.
tros seres vivos que deles se alimentam
7. Pirâmides ecológicas formam uma cadeia trófica. Assinale a
As transferências de matéria e de energia nos alternativa que apresenta uma possível
ecossistemas são freqüentemente representadas cadeia trófica para um lago, iniciando
01. (Mackenzie) de forma gráfica, mostrando as relações entre os pelo nível dos produtores.
diferentes níveis tróficos em termos de quantida- a) – aves aquáticas – peixes carnívoros –
de. Como há perda de matéria e de energia em peixes planctófagos – zooplâncton – fito-
cada nível trófico, as representações adquirem a plâncton
forma de pirâmides. b) – fitoplâncton – peixes planctófagos -
As pirâmides ecológicas podem ser de número, zooplâncton - aves aquáticas - peixes
de biomassa ou de energia. carnívoros
c) – fitoplâncton – aves aquáticas – peixes
A respeito da teia alimentar representada carnívoros – zooplâncton – peixes planc-
acima, considere as seguintes afirmações. tófagos
I. Fungos não podem ocupar o nível I.
II. Bactérias podem ocupar os níveis I e d) – fitoplâncton – zooplâncton – peixes
VI. planctônicos – peixes carnívoros – aves
III. Aves podem ocupar os níveis II e V. aquáticas
IV. Algas podem ocupar os níveis I e VI. e) – zooplâncton – fitoplâncton – peixes
Assinale:
planctônicos – aves aquáticas – peixes
a) se apenas I estiver correta.
b) se apenas II e III estiverem corretas. carnívoros
c) se apenas II, III e IV estiverem corretas.
02. (PUC-RIO) Quando nos referimos ao
d) se apenas I, II e III estiverem corretas.
e) se apenas IV estiver correta. ecossistema de um lago, dois concei-
tos são muito importantes: o ciclo dos
02. (UFPE) A figura abaixo mostra as
interrelações entre produtores, consumi- nutrientes e o fluxo de energia. A ener-
dores e decompositores num ciclo alimen- gia necessária aos processos vitais de
tar. Avalie as proposições em função dos todos os elementos desse lago é rein-
organismos que representam cada troduzida nesse ecossistema:
Figura 03
categoria, considerando a distribuição na
ordem numérica crescente. a) pela respiração dos produtores.
b) pela captura direta por parte dos consu-
midores.
c) pelo processo fotossintético.
d) pelo armazenamento da energia nas ca-
deias tróficas.
e) pela predação de níveis tróficos infe-
riores.

03. (Puccamp) Considere:


( ) capim, coelho, raposa, homem, I. maior acúmulo de energia
bactérias;
II. maior biomassa
( ) grama, gafanhoto, peixe-boi, cão,
fungos; III. maior número de indivíduos
( ) cana-de-açúcar, cavalo, onça, homem, Nos primeiros níveis tróficos de um
bactérias;
ecossistema no qual os produtores são
( ) alface, lagarta, veado, homem,
fungos; gramíneas,
( ) cogumelo, tamanduá, bode, homem, a) ocorre somente I
Figura 04
bactérias. b) ocorrem somente I e lI
03. (Ufrs 2001) A figura abaixo apresenta uma c) ocorrem somente I e III
pirâmide invertida de biomassa, onde os Exercícios
d) ocorrem somente II e III
valores representam o peso seco/m£ em Texto para próxima questão. e) ocorrem I, II e II
cada nível trófico.
(UFSM) O sistema radicular do aguapé
forma uma verdadeira "cortina" que re-
tém as partículas em suspensão. Nesse Arapuca
microambiente, proliferam bactérias, al-
(Fuvest) O homem estará ocupando o
Assinale a alternativa que corresponde à gas microscópicas, protozoários, pe-
nível trófico em que há maior aproveita-
cadeia trófica apresentada. quenos crustáceos, larvas de insetos e
mento de energia fixada pelos produto-
a) cana-de-açúcar, gafanhoto e sapo moluscos.
* b) alga, zooplâncton e peixe res, quando escolher como cardápio
c) pitangueira, sabiá e verme parasita Em águas poluídas por mercúrio, os mi-
a) carne com creme de leite.
d) figueira, bugio e carrapato croorganismos presentes ao redor das
b) peixe com camarão.
e) eucalipto, abelha e ave raízes dos aguapés facilitam a bioacu-
c) frango com toucinho.
mulação desse metal ao transformá-lo
d) pão com geléia de frutas.
em metilmercúrio. Esse composto atra-
e) ovos com queijo.

12
camos binômios, usando i2 = –1
Matemática (a+bi) . (c+di) = (ac – bd) + (ad + bc)i
Exemplos
Professor CLÍCIO Freire = 6 – 8i + 9i – 12i2
= 6 + i – 12 . (–1)
Aula 84
= 6 + i + 12
= 18 + i
Números complexos Distributiva
–8i + 9i = i e i2 = –1
Vimos, na resolução de uma equação do 2.°
grau, que, se o discriminante é negativo, ela não = – 8 – 4i + 4i + 2i2
admite raízes reais. Por exemplo, a equação = – 8 + 2 . (–1) 01. O produto (5 + 7i) (3 – 2i) vale:
x2 + 9 = 0 =–8–2 a) 1 + 11i
não admite raízes reais. Se usarmos os métodos = – 10 b) 1 + 31i
que conhecemos para resolvê-la, obtemos Distributiva
x2 = –9 ⇒ x = ± -4i + 4i = 0 e i2 = –1
c) 29 + 11i
mas é inaceitável tal resultado para x; os núme- d) 29 – 11i
ros negativos não têm raiz quadrada. = – 3i . (4) – 3i . (–2i) e) 29 + 31i
Para superar tal impossibilidade e poder, então, = – 12i + 6i2 02. Se f(z) = z2 – z + 1, então f(1 – i) é igual
resolver todas equações do 2.° grau, os matemá- = –12i + 6 . (–1)
a:
ticos ampliaram o sistema de números, inventan- = –6 –12i
a) i
do os números complexos.
O conjugado e a divisão b) –i + 1
Primeiro, eles definiram um novo número
A divisão de números complexos é semelhante à c) i–1
i=
racionalização do denominador de uma fração
Isso conduz a i2 = –1. Um número complexo é, d) i+1
com radicais. Assim, se temos o quociente
então, um número da forma a + bi,onde a e b e) –i
são números reais. nosso objetivo é escrevê-lo na forma a + bi. Para
03. (FUVEST) Sendo i a unidade imaginária
Para a equação acima, fazemos isso, introduziremos, inicialmente, o conceito de
(i2=–1), pergunta-se: quantos números
x=± ⇒x=± ⇒x=± conjugado de um número complexo.
x=±3i Complexos conjugados
reais a existem para os quais (a + 1)4 é
As raízes da equação x2+9 = 0 são 3i e –3i. um número real?
O conjugado de um número complexo a + bi é a
Definição – bi, e o conjugado de a – bi é a + bi. a) 1
Os números complexos a + bi e a – bi são cha- b) 2
Um número complexo é uma expressão da forma
a + bi, onde a e b são números reais e i2 = –1. mados complexos conjugados. c) 3
No número complexo a + bi, a é a parte real, e b Para um número complexo z, seu conjugado é d) 4

é a parte imaginária. representado com Z ; então, se z = a + bi e) infinitos

escrevemos Z = a – bi.
Exemplos 04. Sendo i a unidade imaginária, o valor de
Exemplos:

Um número, como 12i, com parte real 0, chama- O conjugado de z = 2 + 3i é Z = 2–3i i10 + i–100 é:

se número imaginário puro. Um número real, co- O conjugado de z = 2 – i é Z = 2 + 3i a) zero

mo –9, pode ser considerado como um número O conjugado de z = 5i é Z = –5i
– b) i
complexo com parte imaginária 0. O conjugado de z = 10 é Z = 10 c) –i
Quando multiplicamos um número complexo z = d) 1

a + bi pelo seu conjugado Z = a – bi, o resultado e) –1
que se obtém é um número real não negativo:
– 05. Sendo i a unidade imaginária, (1–i )–2 é
z . Z = (a + bi) . (a – bi)
= a2 – abi + abi – b2i2 igual a:
= a2 – b2 . (–1) a) 1
Igualdade de números complexos
A soma dos quadrados de dois números reais b) –i
Os números complexos a + bi e c + di são iguais nunca é negativa c) 2i
se suas partes reais são iguais e suas partes ima- = a2 + b2 d) –i/2
ginárias são iguais, isto é: Usamos essa propriedade para expressar o quo- e) i/2
ciente de dois números complexos na forma
a + bi = c + di se a+bi. 06. A potência (1–i )16 equivale a:
Dividindo dois números complexos a) 8
Exemplos Para escrevermos o quociente na forma b) 16–4i
c) 16–16i
A + Bi, multiplicamos o numerador e o denomi-
nador pelo conjugado do denominador. d) 256–16i
e) 256
Potências de i
2 + 5i = Temos: 07. Se os números complexos z1 = 2–i e z2 =
Se x e y são números reais e x + yi = 7 – 4i, então i0 = 1 i4 = i2.i2=(–1).(–1)=1 x + 1, x real e positivo, são tais que |z1 .
x = 7 e y =–4. i1 = i i5 =i4.i=1. i = i z2|2 = 10 então x é igual a:
i2 = –1 i6 =i4.i2=1. (–1) = –1
Aritmética dos números complexos a) 5 b) 4 c) 3
i3 = i2 . i = –1 . i = –i i7 =i4.i3=1(–i)= –i
Adição Observe que as quatro potências de i, na coluna d) 2 e) 1
Para adicionarmos dois números complexos, adi- da esquerda, repetem-se nos quatro casos se- 08. O módulo do complexo cos a–i .sen a é:
cionamos as partes reais e as partes imaginárias guintes na coluna da direita. Esse ciclo 1, i, –1, –i
a) –1 b) –i c) i
(a + bi) + (c + di) = (a + c) + (b + d)i repete-se indefinidamente.
Então, para simplificar ix para x > 4, buscamos o d) i4 e) i5
Subtração
Para subtrairmos dois números complexos, sub- maior múltiplo de 4 contido em x; por exemplo 09. Calcular as raízes quadradas do número
traímos as partes reais e as partes imaginárias i26 = i24 . i2 = (i4)6 . i2 = 16 . (–1) = –1 complexo 5–12i.
(a + bi) – (c + di) = (a – c) + (b – d)i i43 = i40 . i3 = (i4)10 . i3 = i10 . (–i) = –i

Multiplicação Representação dos números complexos 10. Achar o conjunto-verdade, em R, da


Multiplicamos números complexos como multipli- Para desenharmos o gráfico do número comple- equação x8–17x4+16=0.

13
xo a + bi, marcamos o ponto (a; b) no plano. Operações com números complexos na forma
polar
Sejam os números complexos:
z1 = r1(cosq1 + i . senq2), z2 = r2(cosq2+ i.senq2)
e z=r(cosq+i .senq).
Temos as seguintes fórmulas, demonstráveis
sem excessivo trabalho:
F1) Produto
z1.z2 = r1.r2 [cos(q1+q2)+ i .sen(q1+q2)]
Exemplo: z1 = 15(cos30°" + i . sen30°) e z2 =
01. (3+4i) + (–7+8i) =
Módulo de número complexo 3(cos60º + i . sen60º).
(–5+6i) – (4–2i) = (–5–4) + [6–(–2)] i
O módulo (ou valor absoluto) do número comple- z1 . z2 = 15.3[cos(30°+60°) + i . sen(30° + 60°)]
= –9 + 8i
xo a + bi é distância de a + bi à origem do plano = 45(cos90° + i . sen90°) = 45(0 + i . 1) = 45i
Na prática fazemos
complexo. Usando o Teorema de Pitágoras, F2) Divisão
concluímos que a distância de (a; b) a (0; 0) é
.
(–5 + 6i) Definição
Exemplo:
02. Vamos escrever o quociente na forma a+bi. O módulo (ou valor absoluto) do complexo z = a
+ bi é |z| = z1=10(cos120°+i .sen120°) e z2 = 5(cos30°+i .
Multiplicamos o numerador e o denominador pelo Exemplos: sen30°)
conjugado do denominador, para obter um número O módulo do número complexo - 3 + 4i é z1/z2 =10/5 [cos(120°–30°) + i .sen(120°–30°)] =
real no denominador. |-3 + 4i| = 2(cos90°+ i .sen90°) = 2(0+i.1) = 2i
O módulo do número complexo 7 + 4i é
F3) Potenciação
|7 + 4i|=
zn = rn(cos n.q + i.sen n.q )
A forma trigonométrica (ou polar) de um número
complexo Exemplo:
03. Dado o número complexo z=1+ i, determi- Módulo e argumento z = 10(cos30° + i . sen30°)
ne o módulo e o argumento de z. Considere a figura a seguir: z3=103(cos3.30°+i .sen3.30°) = 1000(cos90°+i
.sen90°) = 1000(0+i .1) = 1000i
a) Módulo: ou seja r = z9= 109(cos9.30°+ i .sen9.30°)=109(cos270°+
2. i.sen270°) = 109[0+i .(–1)]=109.i
b) Argumento: tga=b/a= /1= a = 60° = π /3 Um aspecto interessante da fórmula de potencia-
rad (radianos).
ção de números complexos é obtido fazendo-se
04. r = 1 ( ou seja, considerando o módulo r do com-
plexo igual a 1) na fórmula F3 acima:
Solução: Teremos, então:
Sendo P o afixo do número complexo z , de mó-
Observe que 1/2 = cos 60° e /2 = sen 60°. Logo dulo |z| , no triângulo OaP, podemos escrever: z = cosq + i .senq ⇒ zn = cos(nq) + i .sen(nq)
podemos escrever: cosa = a / |z|’ ⇒ a = |z|.cosa e b = |z|.sena Substituindo o valor de z, vem, finalmente:
z=(cos 60°+ i .sen 60°)100 = cos (60.100)+ i.sen O ângulo a é denominado argumento do número (cosq +i .senq)n = cos(nq)+ i.sen(nq)
(60.100), de acordo com a fórmula de Moivre. Logo: complexo z, e a distância OP é denominada mó- Exemplos:
z=cos 6000°+ i.sen 6000°. Como o argumento do dulo do complexo e representada por |z| ou pe- (cos 30°+ i .sen 30°)2 = cos 60° + i .sen 60°
complexo é 6000° , um arco maior que uma volta, la letra grega σ (rô). (onde n = 2)
devemos dividi-lo por 360° para retirar as voltas No triângulo retângulo AOP, podemos escrever a (cos 30° + i .sen 30°)3 = cos 90° + i .sen 90° =
completas e considerar o resto da divisão. O resto seguinte expressão para a determinação da tan- 0 + i.1 = i(onde: n=3)
da divisão de 6000° por 360° é 240° . Logo z=cos gente do ângulo a: Seja o número complexo z = r (cosq +i .senq).
b
240° + i .sen 240°= –1 /2 – /2i, pois cos 240°= tg α = ––– ... onde 0° ≤ a ≤ 360° Radiciação
–1/2 e sen 240° = – / 2 . Assim, a resposta do a Para o cálculo das raízes e-nésimas do complexo
problema é: Usando o Teorema de Pitágoras no triângulo AoP, z, ou seja, para o cálculo de , deveremos
podemos escrever a seguinte relação para calcu- utilizar a seguinte fórmula:
lar o módulo do número complexo z:

03. Resolva a equação z6–16z3+64=0, onde z?


Notas: onde k = 0,1,2,3, ... , n–1.
Vamos começar fazendo z3 = x; daí, vem z6= (z3)2
1) é usual representar o módulo de um número Vamos determinar, como exemplo, as três raízes
complexo pela letra grega σ (rô)
= x2; substituindo, fica:
cúbicas da unidade. Seja o número complexo z
x2–16x+64 = 0\(x – 8)2= 0\x= 8
2) Um número complexo de módulo r e argumen- = 1 (unidade).
Como z3=x, vem z3=8. O problema consiste, então,
to q pode ser representado pelo símbolo z = r
no cálculo das raízes cúbicas de 8. Observe que Podemos escrever na forma polar:
cis q. (Esta simbologia é muito utilizada nos es-
8 = 8 + 0. i (i=unidade imaginária). tudos mais avançados de Eletricidade. Para o z =1(cos 0°+ i .sen 0°)
Portanto: vestibular, essa notação não tem grande inte- Temos então:
resse). módulo: r = 1; argumento: q= 0°=0rad
Forma polar de um número complexo Substituindo na fórmula dada, vem:
Sabemos que existem três raízes cúbicas; logo, fa-
Sendo z = a + bi e substituindo os valores de a
zendo k = 0, obteremos a primeira raiz:
e b vistos acima, vem:
z1= 2(cos 0°+ i .sen 0°) = 2(1 + 0.i) = 2
z = |z|(cosa+i.sena), denominada forma polar Fazendo k=0, obteremos a primeira raiz, ou seja:
Usando a dica vista acima , vem:
ou trigonométrica do número complexo. z1 = 1(cos 0°+i.sen 0°) = 1(1+ i.0) = 1
z2= 2(cos 120° + i. sen 120°) = 2(–1/2 + i. / 2)
Assim, o número complexo do exemplo anterior
= –1 + i Fazendo k=1, obteremos a segunda raiz, ou se-
poderá ser escrito na forma polar como segue:
z3= 2(cos 240° + i . sen 240°) = 2[–1/2 +i .(– / ja:
z = 2(cos60°+ i.sen60°)
2) = –1– i z2 = 1(cos 120°+ i.sen 120°) = –1/2 + i . /2
Exemplos:
Portanto, o conjunto solução da equação dada é: Finalmente, fazendo k=2, obteremos a terceira e
z = 10(cos30°+i.sen30°) = 10( /2+i.1/2)=
S = {2; –1 + i; –1– i} última raiz:
5 +5i
z3 = 1(cos 240° + i .sen 240°) = –1/2 – i . /2
w = 2(cos0°+i.sen0°) = 2(1+ i .0)=2

14
Gabarito do Calendário
número anterior 2008
Aprovar n.º 18

Aulas 109 a 147


DESAFIO FÍSICO (p. 3)
01. III;
02. a) I – aumenta, II – diminui;
b) A distribuição de cargas na esfera
cria um novo campo elétrico
03. E; As Pombas
DESAFIO FÍSICO (p. 4) Raimundo Correia
01. a) errada, b)certa, c)errada, d) errada e
e)errada; Vai-se a primeira pomba despertada...
02. a) Q/3, b) FAC=0;
Vai-se outra mais... mais outra... enfim
03. B;
[dezenas
EXERCÍCIOS (p. 4)
01. E; 02. D; De pombas vão-se dos pombais, apenas
Raia sangüínea e fresca a madrugada...
DESAFIO GEOGRÁFICO (p. 5)
01. A;
02. E; E à tarde, quando a rígida nortada
03. B;
Sopra, aos pombais de novo elas, serenas,
DESAFIO GEOGRÁFICO (p. 6) Ruflando as asas, sacudindo as penas,
01. C;
02. A; Voltam todas em bando e em revoada...
03. D;
DESAFIO BIOLÓGICO (p. 07) Também dos corações onde abotoam,
01. E; Os sonhos, um por um, céleres voam,
02. B;
03. A; Como voam as pombas dos pombais;
04. E;
DESAFIO BIOLÓGICO (p. 08) No azul da adolescência as asas soltam,
01. A; Fogem... Mas aos pombais as pombas
02. B;
03. D; [voltam,
04. C; E eles aos corações não voltam mais...
DESAFIO LITERÁRIO (p. 9) 1. ENJAMBEMENT – Processo poético de pôr no
01. C;
02. C; verso seguinte uma ou mais palavras que comple-
03. B; tam o sentido do verso anterior. O termo francês
04. A;
pode ser substituído por cavalgamento ou en-
DESAFIO QUÍMICO (p. 11) cadeamento. No poema As Pombas, o processo
01. D;
02. A; em questão ocorre entre os versos 2/3 e 5/6
03. C;
04. B; 2. VERSOS DECASSÍLABOS – Todos os versos
do soneto têm dez sílabas métricas.
DESAFIO QUÍMICO (p. 12)
01. A; Vamos verificar o 13.o verso:
02. E;
03. B; Fo/gem/... Mas/ aos/ pom/bais/ as/
04. B; 1 2 3 4 5 6 7
DESAFIO GEOGRÁFICO (p. 13) pom/bas/ vol/tam
01. Soma=(01+02+16=19);
8 9 10
02. D;
03. C;
3. RIMAS MASCULINAS – São masculinas as ri-
DESAFIO GEOGRÁFICO (p. 14) mas que ocorrem entre palavras oxítonas ou
01. D;
02. C; monossílabas. Em todo o soneto, há apenas
03. D; uma rima masculina: pombais/mais.
EXERCÍCIO (p. 12) 4. RIMAS RICAS – Ocorrem entre palavras de clas-
01. Soma=(08+16=24);
02. E; ses diferentes. Encontramo-las nos seguintes
03. E; pares de versos: 1/4 (despertada: adjetivo; ma-
drugada: substantivo), 2/3 (dezenas:
substantivo; apenas: advérbio), 6/7 (serenas:
adjetivo; penas: substantivo) e 11/14 (pombais:
substantivo; mais: advérbio).

5. SÍMILE – É figura que consiste em comparar, de


maneira comum, coisas semelhantes. Note a
comparação que o poeta faz entre o fenômeno
que ocorre com as pombas (saem dos pombais,
mas voltam) e o que ocorre no coração dos se-
res humanos (os sonhos saem e não voltam
mais).

15
LÍNGUA PORTUGUESA REIS, Martha. Completamente Química: físico-química. São Paulo:
ALMEIDA, Napoleão Mendes de. Dicionário de questões vernáculas. FTD, 2001.
3. ed. São Paulo: Ática, 1996. SARDELLA, Antônio. Curso de Química: físico-química. São Paulo:
BECHARA, Evanildo. Lições de português pela análise sintática. Rio Ática, 2000.
de Janeiro: Fundo de Cultura, 1960. BIOLOGIA
CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário de dúvidas da língua AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Conceitos de
portuguesa. 2. impr. São Paulo: Nova Fronteira, 1996. Biologia das células: origem da vida. São Paulo: Moderna, 2001.
CUNHA, Celso; CYNTRA, Lindley. Nova gramática do português CARVALHO, Wanderley. Biologia em foco. Vol. Único. São Paulo:
contemporâneo 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985. FTD, 2002.
GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna. 13. ed. Rio de LEVINE, Robert Paul. Genética. São Paulo: Livraria Pioneira, 1973.
Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1986. LOPES, Sônia Godoy Bueno. Bio. Vol. Único. 11.a ed. São Paulo:
HOLANDA, Aurélio Buarque de. Novo dicionário da língua Saraiva. 2000.
portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. MARCONDES, Ayton César; LAMMOGLIA, Domingos Ângelo.
HOUAISS, Antônio. Pequeno dicionário enciclopédico Koogan Biologia: ciência da vida. São Paulo: Atual, 1994.
Larousse. 2. ed. Rio de Janeiro: Larousse do Brasil, 1979. FÍSICA
HISTÓRIA ALVARENGA, Beatriz et al. Curso de Física. São Paulo: Harbra,
ACUÑA, Cristóbal de. Informes de jesuítas en el amazonas: 1660- 1979, 3v.
1684. Iquitos-Peru, 1986. ÁLVARES, Beatriz A. et al. Curso de Física. São Paulo: Scipicione,
______ Novo Descobrimento do Grande Rio das Amazonas. Rio de 1999, vol. 3.
Janeiro: Agir, 1994. BONJORNO, José et al. Física 3: de olho no vestibular. São Paulo:
CARDOSO, Ciro Flamarion S. América pré-colombiana. São Paulo: FTD, 1993.
Brasiliense, 1986 (Col. Tudo é História). CARRON, Wilson et al. As Faces da Física. São Paulo: Moderna,
CARVAJAL, Gaspar de. Descobrimento do rio de Orellana. São 2002.
Paulo: Nacional, 1941. Grupo de Reelaboração do Ensino de Física (GREF). Física 3:
FERREIRA, Alexandre Rodrigues. (1974) Viagem Filosófica pelas eletromagnetismo. 2.a ed. São Paulo: Edusp, 1998.
capitanias do Grão-Pará, Rio Negro, Mato Grosso e Cuiabá. PARANÁ, Djalma Nunes. Física. Série Novo Ensino Médio. 4.a ed.
Conselho Federal de Cultura, Memórias. Antropologia. São Paulo: Ática, 2002.
MATEMÁTICA RAMALHO Jr., Francisco et alii. Os Fundamentos da Física. 8.a ed.
BIANCHINI, Edwaldo e PACCOLA, Herval. Matemática. 2.a ed. São São Paulo: Moderna, 2003.
Paulo: Moderna, 1996. TIPLER, Paul A. A Física. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e
DANTE, Luiz Roberto. Matemática: contexto e aplicações. São Científicos, 2000, 3v.
Paulo: Ática, 2000.
GIOVANNI, José Ruy et al. Matemática. São Paulo: FTD, 1995.
QUÍMICA
COVRE, Geraldo José. Química Geral: o homem e a natureza.
São Paulo: FTD, 2000.
FELTRE, Ricardo. Química: físico-química. Vol. 2. São Paulo:
Moderna, 2000.
LEMBO, Antônio. Química Geral: realidade e contexto. São Paulo:
Ática, 2000.

You might also like