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A Primeira Audiência Pública do Parque Tecnológico

Ocorreu hoje, dia 23 de março a prometida audiência pública como o fim de 'democratizar'
o debate sobre o polêmico tema do Parque Tecnológico na UFRGS, contava com mais de 300
pessoas lotando ambos os andares do auditório da Informática,do Campus do Vale. Já de início, não
se mostrou tão democrático, além de algumas faixas e cartazes da “oposição” serem vetados, o
debate era estruturado assimetricamente: 4 debatedores “a favor”------------------- e “2
contra”----------------, após foi liberado um tempo para intervenções dos próprios estudantes que se
inscreveram para falar, que de certa forma reverteram a vantagem a favor da do debate em prol de
“um outro parque possível”.O público contava com participação em peso de estudantes contrários
ao atual modelo do parque dos mais diversos cursos (Ciências Socias, Biologia, Economia,
Geologia, Educação Física, Farmácia, História,Relações Internacionais,Pedagogia, Jornalismo,
Filosofia, Políticas Públicas, entre outros).

Durante o debate os 2 opositores desenvolveram argumentos em prol de uma economia


alternativa, indicando uma inversão de valores no parque tecnológico( o projeto prioriza o mercado
para ocasionalmente contribuir com social,que deveria ser o contrário). Já os quatro “defensores” do
projeto vigente apresentaram um 'power point” apresentando seu suposto projeto de parque,usando
parque parecidos, principalmente em universidades particulares,como o da PUCRS como modelo e
elencaram elementos não presentes no projeto oficial, disponível na própria página da UFRGS que
aparentavam maquiar muitos dos problemas criticados durante as manifestações: Diziam que
priorizariam os pequenos empreendimentos nacionais, que não desalojariam as famílias dos
arredores, que teriam licença ambiental, que as verbas seriam federais , entre outras falácias.
Um dos defensores …........ da Escola de engenharia inclusive apresentou um slide com um
diagrama que indicava 4 fatores ligados ao parque tecnológioco: Excelência Acadêmica( no topo,
bem destacado) sustentabilidade, competitividade e responsabilidade social, em ordem decrescente
de destaque., fortemente criticado. Outra falácia, da Secretária …......,que diz que já havia sido
aprovado um parque tecnológico pela gestão do DCE anterior, que foi desmentido posteriormente.

Falando em falácias, muitos desses defensores do atual projeto tinham como principal
argumento(ou único), totalmente infundado, que dizia que manifestantes eram contra a construção
de qualquer Parque, enquanto tanto estudantes quanto debatedores declararam sucessivamente não
opor a construção de um Parque Tecnológico, mas sim ao seu caráter empresariam e seus
regulamentos.

Durante as participações de estudantes o momento mais lamentável foi o discurso do militante


PPista Marcel Van Haten, do DCE, que além de repetir a falácia de que não se quer parque, ele
chamou os manifestantes que protestaram para que houvesse esse debate de vândalos e vagabundo,
inclusive acusou-os de estarem armados naquela ocasião. Foi efusivamente vaiado pelos presentes.

Muitos alunos e funcionários contribuíram durante as intervenções para “reverter” a correlação


anti-democrática de forças daquele debate, levantando críticas e proposições construtivas,exigindo
mais participação de corpo discente e docente e dos técnicos-administrativos, uma melhor
distribuição de tecnologia, não só favorecendo grandes empresas,inclusive maior acesso popular à
universidade sendo fortemente aplaudidos pelos presentes reforçando a idia que sim, um outro
parque é possível.

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