Piloto Privado de Avião

Conhecimentos Técnicos
Aula 1
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Aula 1 – Conhecimentos Técnicos

Objetivos do Curso:

Preparar o aluno para os exames teóricos exigidos pelo conteúdo programático da ANAC de forma clara e ao mesmo tempo resumida.

Familiarizar o aluno quanto a operação e funcionamento dos diferentes sistemas contidos em uma aeronave.
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Aeronaves - Generalidades
Conceituação: Todo aparelho capaz de se sustentar e navegar no ar.
Classificação:
- Aeróstatos: Mais leves que o ar, Arquimedes

Princípio de Arquimedes: “Todo corpo mergulhado num fluido recebe um empuxo

para cima igual ao peso do fluido deslocado.”
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Aeronaves - Generalidades
Classificação:

- Aeródinos: Mais pesados que o ar, Newton

3ª Lei de Newton: “A toda ação corresponde uma
•

reação de igual intensidade, em sentido contrário.”

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O Avião e Seus Componentes

Estrutura: a carcaça ou corpo que dá forma ao avião, aloja os ocupantes e a

carga, e fixa os demais componentes.

Grupo Moto-Propulsor: fornece a propulsão ou força responsável pelo

deslocamento do avião no ar.

Sistemas: conjuntos de diferentes partes destinadas a determinada função

( piloto automático, sistema elétrico, etc. )
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A Estrutura do Avião

Partes Principais: Asas, fuselagem, empenagem, superfícies de

controle.

Esforços Estruturais: Tração, Compressão, Flexão, Cisalhamento,

Torção.

Materiais: Leves e resistentes

Ex: Ligas de alumínio.

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A Estrutura do Avião

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Segundo nível
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● Quarto nível

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Asas
As asas têm a finalidade de produzir a sustentação necessária ao vôo.

Diferentes partes da Asa:

Ponta, Bordo de Fuga, Bordo de Ataque, Raiz, Intradorso ou ventre, Extradorso ou dorso.

Suportes: membros estruturais que dão apoio à asa.

Longarinas: Principais membros estruturais da asa.

Tirantes: Cabos de aço esticados em diagonal que suportam os esforços de Tração.

Montantes: Suportam esforços de compressão.

Nervuras: Dão o formato aerodinâmico à asa e transmitem os esforços aerodinâmicos do revestimento para
a longarina.

Asa metálica: Ausência de tirantes e montantes ( revestimento metálico é resistente. )

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Asas
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Classificação Quanto à Asa
• Qto. ao Nº. de Asas:
Quanto a Localização: Monoplano
Asa Baixa Asa Biplano Triplano
Média Asa Alta Multiplano
Asa Pára-sol • Quanto a Forma:
• Quanto a Fixação: Retangular
Cantiléver Semi Trapezoidal
Cantiléver (com Elíptica Delta
suportes)
Quanto à Localização

Asa Baixa
Asa Média

Asa Alta Asa Parassol

Quanto ao nº de Asas

Monoplano Biplano

Multiplano: 4 ou mais
asas
Triplano
 Quanto à Fixação
Semi-Cantiléver : possui suportes

Cantiléver
 Quanto à Fixação
Semi-Cantiléver : possui suportes

Cantiléver
 Quanto à Forma

Retangular Elíptica

Delta
Trapezoidal
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Fuselagem

Estrutura Tubular: Formada de tubos de aço soldados.

Pode conter cabos de aço esticados para suportar o esforço de

tração. É recoberto por tela, com função de revestimento, que não
suporta os esforços aerodinâmicos.

Estrutura Monocoque: Formado por cavernas, que dão o formato

aerodinâmico.
Os esforços são suportados pelas cavernas e pelo
revestimento, geralmente metálico, plástico reforçado ou
contraplacado de madeira.

Estrutura Semi-Monocoque: Formado por cavernas, revestimentos e longarin

Tubular
Monocoque
Revestimento Cavernas

Monocoque
Semi-Monocoque
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Empenagem
“Conjunto de partes destinadas a estabilizar o vôo do avião”

Superfície Horizontal: Formada pelo Estabilizador

Horizontal e o Profundor.

Superfície Vertical: Formada pelo Estabilizador

Vertical (ou Deriva) e o Leme de Direção.
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Flapes e Spoilers
Flapes: Dispositivo hipersustentador.
Spoiler: Freio aerodinâmico / perturbador de vôo.

Flap Spoiler
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Controles de Vôo
“Mecanismo que movimenta as superfícies de controle do avião"

Manche: Possui duas funções:

1) Função de Cabrar (erguer o nariz do avião) ou Picar (baixar o nariz do

avião) o avião. Estes movimentos são denominados de Arfagem.

2) Função de Rolar ou Inclinar o avião. Estes movimentos são denominados

de Rolamento, Inclinação ou Bancagem.

Pedais: Função de Guinar (desviar o nariz para a direita ou a esquerda) o avião.

Composição: Os controles de vôo são compostos de manche, pedais, correias,

polias, esticadores, cabos, alavancas etc... Periodicamente devem ser feitos
algumas verificações e ajustes para garantir o bom funcionamento, são eles:
Alinhamento dos Controles, Ajuste dos Batentes, Ajuste da Tensão dos Cabos,
Balanceamento das Superfícies.
 Superfícies de Comando

• Superfícies de
Comando se
destinam a
comandar um vôo,
são elas:-
• Manche (poderá
ser do tipo volante
ou bastão).
• Pedais
Aileron
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Trem de Pouso
“Conjunto de partes destinadas a apoiar o avião no solo, amortecer os
impactos do pouso, frear o avião e controlar a direção no taxiamento”

Classificação quanto a operação:

Hidroplano ou Hidroavião
Avião Terrestre
Avião Anfíbio

Quanto a distância de pouso e decolagem:

VTOL: Decolagem ou Pouso Verticais
STOL: Decolagem ou Pouso Curtos
CTOL: Decolagem ou Pouso Convencionais

Quanto a sua mobilidade:

Trem de Pouso FixoTrem de Pouso Retrátil
Trem de Pouso Escamoteável (trem recolhido e fechado no compartimento)
Quanto a disposição das rodas: Convencional / Triciclo
Quanto a sua mobilidade

trem fixo
trem retrátil: parcialmente
visível

trem escamoteável :
recolhido e fechado no
compartimento
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Amortecedores
Mola: tipo mais simples, consiste em uma lâmina de aço flexível
que atua como mola. Porém a mola não absorve o impacto e
devolve ao avião a energia recebida.

Borracha: a estrutura do trem de pouso é rígida e articulada. O amortecime

Hidráulicos: o amortecedor hidráulico consiste em uma haste que

desliza dentro de um cilindro contendo fluído oleoso. O fluído
amortece o impacto e uma mola suporta o peso do avião.

Hidropneumáticas: Usa amortecedor de ar ou gás comprimido para absorv

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Freios
Tambor: composto de um tambor que gira junto com a roda,
quando o freio é acionado, duas sapatas ou lonas atritam-se
contra o lado interno do tambor, realizando a freagem da roda.

Disco: composto de um disco que gira junto com a roda, quando

o freio é acionado, as pastilhas fazem pressão sobre o disco,
freando a roda.
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Sistema Hidráulico
Conjunto das partes destinadas a acionar componentes através da pressão transmitida por um
fluido, utilizando o princípio da Física conhecido como Lei de Pascal

Rendimento Mecânico: r = F / f = A / a

F = Força produzida pelo cilindro atuador.

f = Força produzida pelo cilindro primário.
A = Área do pistão do cilindro atuador.
a = Área do pistão do cilindro primário.

Aplicações: “... Quando houver a necessidade de aplicar grandes forças sobre um

componente.”
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Vantagens - Sistema Hidráulico

Amplia forças com facilidade.

É bastante confiável.

É um sistema leve.

É de fácil instalação.

É controlado com facilidade.

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Motores - Generalidades
Conceituação: Máquinas que produzem energia mecânica a partir de
outros tipos de energia são denominadas motores.

Motores de combustão externa: o combustível é queimado fora do

motor. Ele tem como vantagem aceitar qualquer tipo de combustível.
Muito pesado!

Motores de combustão interna: o combustível é queimado no interior

do motor. Pode desenvolver elevada potência e ser ao mesmo tempo
leve, o que é vantajoso para uso aeronáutico.
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Motores - Generalidades
Aviões a Hélice

A hélice produz a tração, não o motor.

Ação e reação ( 3ª lei de Newton ).
Impulsiona grandes massas de ar.
Velocidades relativamente pequenas.

Motores a pistão.
Motores Turboélice.
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Motores - Generalidades
Aviões a Reação

Impulsionam o ar diretamente.
Deslocam pequenas massas de ar a grande velocidades.

Turbojato
Turbofan
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Motores - Pistão

Assemelha-se aos dos automóveis.

Leve
Confiável
Eficiente

É econômico e eficiente em baixas altitudes.

Baixo custo.
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Motores - Turbojato

Baixas altitudes ou velocidades, é

antieconômico e ineficiente.

Aviões Supersônicos.
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Motores - Turbofan

Turbojato acrescido de um “fan”.

Elevada Tração.
Baixo ruído.
Grande economia de combustível.

Motor mais amplamente utilizado nos aviões de alta

velocidade atuais.
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Motores - Turboélice

Turbojato modificado.

Ideal para velocidades intermediárias.

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Qualidades do Motor Aeronáutico

Principais:

Segurança de funcionamento
Durabilidade
Ausência de vibrações
Economia
Facilidade de manutenção
Compacidade
Eficiência térmica
Leveza
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Motores - Qualidades

Eficiência Térmica:

Relação entre a potência mecânica produzida e a

potência térmica liberada pelo combustível.

25% a 30%

Baixa eficiência térmica.

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Motores - Qualidades

Leveza:

Relação massa potência. L = M / P

Menor possível
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Motores - Qualidades

Facilidade de Manutenção e durabilidade:

Inspeções Periódicas:

Os motores devem ser inspecionados em determinados

intervalos.

Facilidade é importante.
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Motores - Qualidades

Facilidade de Manutenção e durabilidade:

Revisão Geral

Após determinado número de horas,

( durabilidade ).
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Motores - Qualidades

Economia:

Baixo consumo de combustível.

Consumo horário: Quantidade de combustível consumido por hora de

funcionamento.
Ex: 30 litros/ hora, 7 galões/ horas.

Consumo específico: Leva em conta a potência do motor.

Ex: 0,2 litro/ HP / hora
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Motores - Qualidades

Economia:

Baixo consumo de combustível.

Consumo horário: Quantidade de combustível consumido por hora de

funcionamento.
Ex: 30 litros/ hora, 7 galões/ horas.

Consumo específico: Leva em conta a potência do motor.

Ex: 0,2 litro/ HP / hora
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Motores - Qualidades

Equilíbrio e Regularidade do Conjugado Motor:

Equilíbrio:
Forças Internas do motor são equilibradas.
Evitando aparecimento de vibrações no sentido transversal.

Regularidade:
Ausência de vibrações no sentido da rotação.
Motor girando de forma mais regular e contínua possível.
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Motores - Qualidades

Excesso de Potência na Decolagem:

Devem ser capazes de manter por curto tempo uma potência

superior à de projeto, para ser usada durante a decolagem /
arremetida.
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Motores - Qualidades

Pequena Área Frontal:

Preferivelmente devem apresentar pequena área frontal, para

que possam ser instalados em aviões de fuselagem estreita e
aerodinâmica.