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O Gestor
Área da Produção
INTRODUÇÃO À COLECÇÃO
2. SISTEMA DE TRABALHO
2.1. DEFINIÇÃO DOS ELEMENTOS DO SISTEMA DE TRABALHO
2.1.1. Tarefa
2.1.2. Processo
2.1.3. Entrada
2.1.4. Saída
2.1.5. Homem
2.1.6. Meio de Produção
2.1.7. Influências do Meio Ambiente
a. Influências Físicas do Meio Ambiente
b. Influências Organizativas do Meio Ambiente
c. Influências Sociais do Meio Ambiente
3. ADEQUAÇÃO DO TRABALHO
3.1. ADEQUAÇÃO DOS POSTOS DE TRABALHO
3.1.1. Adequação Ergonómica de Postos de Trabalho
a. Adequação Antroprométrica de Postos
b. Adequação Fisiológica
c. Adequação Psicológica
d. Técnicas de Informação nos Postos de Trabalho
e. Técnicas de Segurança
4. DETERMINAÇÃO DE DADOS
4.1. CRONOMETRAGEM
4.2. DETERMINAÇÃO DO TEMPO DISTRIBUTIVO
4.3. DETERMINAÇÃO DO TEMPO DE DESCANSO
4.4. AUTO-REGISTO
4.5. COMPARAR-ESTIMAR
4.6. MULTIMOVIMENTO (MTM)
4.7. CÁLCULO
1. CONCEITOS GERAIS
2. PLANEAMENTO, COORDENAÇÃO E CONTROLO DE PESSOAL
2.1. PLANEAMENTO DE PESSOAL
a. Planeamento da Necessidade de Pessoal
b. Planeamento da Disponibilidade de Pessoal
1. CONCEITOS BÁSICOS
2. TIPOS DE CUSTOS
3. CENTRO DE CUSTOS
4. PORTA - CUSTOS
BIBLIOGRAFIA
INTRODUÇÃO À COLECÇÃO
O eco desta atitude organizacional ao nível da gestão das grandes (e muitas médias)
empresas industriais fez desenvolver as técnicas de gestão por disciplinas, criando
reflexos culturais e psicológicos conducentes à especialização por áreas bem
definidas. Como todos sabemos, neste tipo de empresas, a estrutura orgânica
(conjunto dos órgãos da empresa) funciona em sobreposição com a estrutura
funcional, ou seja, a produção é um departamento e tem um responsável que a gere,
os aprovisionamentos a mesma coisa, a manutenção também e o mesmo se passa
com outras áreas próximas ou afastadas da produção industrial.
Este tipo de estrutura sistémica não é, necessariamente, aplicável à maioria das PME
industriais e, ao contrário do que muitos pensam, não o é apenas por impossibilidade
económica de suportar os encargos inerentes a tão elevado número de gestores, mas
sim porque tal não é adequado à própria cultura das PME. Na verdade a sua
dimensão não ocuparia, em tempo, esses responsáveis e isso é tanto mais real quanto
mais elevado for o nível tecnológico da empresa e dos meios técnicos de apoio de
que dispõe. A contrapartida desta realidade reside na necessidade que existe de que
os gestores da PME tenham competência alargada, abrangendo áreas com afinidade.
Esta realidade é, afinal, muita antiga: hoje consciencializa-se melhor e faz-nos meditar
e rever a crítica algo depreciativa tanta vez feita ao "antigo patrão" da pequena
indústria que desempenhava ele próprio as funções de director da produção, da
manutenção, dos aprovisionamentos, da qualidade, do pessoal, das vendas, e até da
tesouraria, deixando o resto ao chefe do escritório e a alguns encarregados.
Hoje, perante um mercado bastante mais competitivo e uma tecnologia muito mais
avançada, existem meios de apoio à gestão mais eficazes e um nível cultural mais
elevado por parte dos empresários e dos seus quadros, permitindo-lhes agir num
espectro bastante mais amplo, sem prejuízo da qualidade ou profundidade com que os
assuntos são tratados. Diríamos mesmo que esta polivalência aplicada sobre a
pluridisciplinaridade da área produtiva até veio facilitar as actividades de coordenação
e permitir a realização, quase intuitiva, de uma gestão integrada.
• Por outro realçar as interactividades integrantes dos respectivos sistemas, que nas
PME industriais assumem importância decisiva para quem tem por função geri-las
de forma eficaz.
A presente colecção tem tudo isto em conta e, sem confundir matérias e técnicas
(que de facto são distintas), procura fornecer aos gestores da área produtiva das PME
industriais de hoje uma "ferramenta" de trabalho para os ajudar na resolução dos
problemas do seu quotidiano.
Esse estudo teve a colaboração da ESEO, Estudos de Mercado, Lda. e serviu de base
à objectivação da matéria exposta. Alguns dos autores fazem referência directa aos
resultados obtidos, para os quais se chama a atenção do leitor, permitindo-lhe
conhecer (um pouco) aquilo que vulgarmente se designa por "estado da arte".
CAPÍTULO I
A GESTÃO DA PRODUÇÃO NO ÂMBITO DA GESTÃO GLOBAL
2. OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS
Um objectivo, qualquer que ele seja, é uma META que se pretende alcançar num
determinado período de tempo. Esse período de tempo mais não é do que uma
ETAPA.
Estas etapas podem ser mais longas ou mais curtas consoante os factores que
condicionam o alcance dos objectivos (ou metas). Quando a etapa é longa, isto é,
quando os objectivos se obtêm apenas a longo prazo, designam-se, como já foi
referido no número anterior, por objectivos estratégicos pois definem linhas de
orientação mais ou menos vinculativas.
5. OS SISTEMAS INTEGRANTES
Serão SUBSISTEMAS:
- O Marketing
- As Vendas
- O Recrutamento e Selecção
- A Formação e Desenvolvimento de Recursos Humanos
- A Administração das Remunerações
- A Estrutura Administrativa do Cadastro de Pessoal
- As Contabilidades
- O Controlo de Gestão
- O Planeamento e Gestão Financeira
- O Património
- Do Sistema de Informação de Gestão
Não tem o menor sentido decidir sobre a Produção sem ter em conta que se
produz para colocar no mercado, e que só se produz dispondo de recursos
humanos, financeiros, técnicos e materiais.
Muito embora este caderno verse a Gestão da Produção, ela deve ser sempre
entendida no âmbito da Gestão Global.
CAPÍTULO II
ORGANIZAÇÃO E MÉTODOS
a) ORGANIZAÇÃO
• Organização Institucional
• Organização Funcional
• Organização Instrumental
Empresa
-- Organização
da Empresa
-- Organização
Da Produção
-- Organização
da Fabricação
Fabricação Montagem
de Peças
Organização
da Empresa
Objectivos
Humanização Aumento da
do Trabalho Rentabilidade
Tarefas
Planear Adequar Coordenar
Controlar
b) PROCEDIMENTO
c) MÉTODO DE TRABALHO
2. SISTEMA DE TRABALHO
AMBIENTE
2.1.1. Tarefa
2.1.3.Entrada
2.1.4. Saída
ENTRADA SAÍDA
Por exemplo: Por exemplo:
• matéria-prima Um parafuso
• energia
• informações
A mesma análise pode ser feita com cada um dos outros elementos
constitutivos do nosso Sistema de Trabalho, podendo-se concluir que os 7
constituem um todo que tem que agir harmoniosamente para se poder
conseguir deles os melhores resultados possíveis.
HOMEM Meio de
Produção
PROCESSO
Meio de
Comando
HOMEM Produção
PROCESSO
Meio de
Produção
HOMEM
Fases do Processo: 12 3 4 5 6 7 8 9 10
- rendimento quantitativo
- qualidade
- custos
- grau de esforço e segurança do trabalhador
- Função
- Fabricação
- Forma
Adequação do
Adequação das Processo, Método e
Condições de Procedimentos de
Trabalho Trabalho
Adequação do
Ergonómica Adequação do Adequação Adequação Melhoramento
Posto de Processo de Organizacional Tecnológica, da Utilização
Trabalho Movimento (Estruturação Mecanização dos Meios de
do Trabalho) Produção
- Operário - Arquitecto
- Funcionário de Escritório - Engenheiro Civil
- Engenheiro Industrial - Sociólogo
- Engenheiro de Segurança - Médico do Trabalho
- Especialista de Estudo do Trabalho - Juiz do Trabalho
- Assistentes Sociais - Encarregados de Reabilitação
- Médico do Trabalho - Administração do Trabalho
- Engenheiro de Projectos - Associações Patronais
- Instrutores - Sindicatos de Trabalhadores
- Enfermeiros - Organ. de Consumidores
- Planeadores - Seguradoras
- Desenhadores - Entidades de Ensino
- Directores de Departamento etc.
- Representantes dos trabalhadores
- Assessores jurídicos
etc.
Adequação
Ergonómica
GRUPOS ETÁRIOS
=< 40 41 - 50 51 - 60
Homem Homem Homem
A 10 9 8 Forças verticais (incluindo elevação)
B 15 14 12 Exercidas para cima com as duas mãos, na
C 15 15 12 posição de pé ou de cócoras, com o tronco
D 18 16 14 razoavelmente direito. O peso deve ser
E 20 18 16 repartido simetricamente sobre as duas mãos
F 30 27 23
e estas devem encontrar-se sempre em
G 40 37 31
posições idênticas em relação ao corpo.
H 50 46 39
em pé (em mm)
C - Alcance para cima, 2 braços 1923 2061 2226 1755 1869 1992
G - Altura dos cotovelos acima da 1026 1099 1180 955 1031 1098
base
b - Altura dos olhos, sentado 752 804 853 682 736 786
c - Altura dos ombros, sentado 572 619 660 537 589 631
d - Altura dos cotovelos acima do 192 230 280 196 236 279
assento
eixo de pegar
ao joelho
ao pé
Fig. 17 - Área de acção das pernas (segundo Benz e outros (1981) ; em mm).
b. Adequação Fisiológica
Resultado
Eficiência do Trabalho Humano = x 100%
Grau de Esforço
FA FB
= 0, 67 = 0,50
FA max FB max
Rendimento obtido
Consumo relativo de oxigénio, em sete métodos de transporte de carga, utilizando o sistema (1)
do alforge como referência de 100%. Ilustra o facto de que a forma pela qual se executa uma
actividade pode influir sobre o consumo de energias (segundo DATTA e RAMANATHAN).
c. Adequação Psicológica
- a visão
- o ouvido
- o tacto
- o gosto
- o olfacto
e. Técnicas de Segurança
4 3 7 0 0
Tarefa
Técnicas de Segurança
b. Concentração de Movimentos
Fig. 28 - Métodos de trabalho com uma (em cima) e com duas (em baixo) mãos
HI - alcançar, Gr - pegar, Vr - pré-posicionar, Tp- transportar, Mt - montar, L - soldar, Wn -
esperar.
Fig. 29 - Representação da sequência dos elementos de movimento em barras de tempo
para métodos de trabalho com uma mão, duas mãos simetricamente e duas mãos não
simetricamente (Análise com auxílio do Sistema Básico WF).
c. Mecanização Parcial
Fig. 30 - Economia de tempo no Estudo dos Movimentos em relação com os
investimentos.
d. Ampliação da Tarefa
Um dos dados mais importantes é o tempo (fig. 31.1.), pela influência que tem
como parâmetro para medir a Conformação dos 7 elementos constitutivos do
Sistema de Trabalho.
Fig. 31.1. Relação do tempo com outros factores de Produção, seg. Jankowiak.
1 - Cronometragem
2 - Determinação do tempo distributivo
3 - Determinação do tempo de descanso
4 - Auto-registo
5 - Comparação - Estimativa
6 - MTM
7 - Cálculo
4.1. CRONOMETRAGEM
te = tg + tv + td
Na equação significa:
4.5. COMPARAR-ESTIMAR
4.7. CÁLCULO
th = L.i (min)
n.a
Este método de cálculo será fiável desde que as variáveis tenham sido
verificadas e correspondam, realmente, às que o operário está a usar na
máquina no momento de elaborar a peça, e que não coincidem,
necessariamente, com as descritas pelo fornecedor no catálogo da
máquina.
1. CONCEITOS GERAIS
Tarefas de
Planeamento
Planear Planear Planear Planear Planear Planear Planear Planear Planear Planear Object.
Capital Energia Informações Material Capacidade Sequência Tarefas Object. Object. Económicos
das Tarefas Organizacionais Humanos
Tarefas de
Coordenação
e Controlo
Mudar Intervir Determinar Avaliar Comparar Determin. Fazer Determin. Determinar Supri- Determinar Preparar Colocar Provocar a
Planos durante a Causas de Causas de Dados Dados Programa Necessi- Existências mento Prazos e Documen- Meios à Execução
Realização Perturbação Perturba. Previstos Reais e Ordens dades Ocupar tação Disposi- das
da Tarefa com Reais de Serviço Capacidades ção Tarefas
Distinguem-se entre:
- Disponibilidade Teórica
e
- Disponibilidade Real
- Formação profissional
- básica
- especializada
- Formação Nova
- com a finalidade de troca de profissão
- MANUTENÇÃO DE PESSOAL
e
- LICENCIAMENTO DE PESSOAL
- Disponibilidade Teórica e
- Disponibilidade Real de Meios de produção
- a determinação da disponibilidade;
- a determinação da necessidade;
- a utilização;
- a aquisição;
- o desenvolvimento;
- a manutenção;
- a liberação de Meios de Produção.
4.1. SISTEMA OP
Assim surge o Sistema JIT como resposta dos Estados Unidos ao Sistema
Kanban. O JIT pode ser considerado uma adaptação do Sistema Kanban
às condições norte-americanas e europeias. O Sistema JIT apresenta
extraordinárias exigências a todos os factores envolvidos no processo
produtivo através duma maior atenção à :
- Redução de custos;
- Redução de stocks;
- Aumento da produtividade e melhoramento da competitividade;
- Melhoramento da flexibilidade da empresa.
Porém, a Produção JIT deve ser analisada como uma tendência que não é
nova, rotulada com essa sigla por especialistas no Estudo do Trabalho e
que deve ainda ser aperfeiçoada. As maiores dificuldades estão nas
exigências aos colaboradores em termos de formação profissional e das
empresas, implantando sistemas justos de remuneração e aplicando
métodos eficientes da ciência do trabalho para incentivar o espírito do
Trabalho em Grupo.
Também se pode afirmar que a falta de meios de transporte faz com que a
Produção JIT esteja hoje no "fogo cruzado" da crítica, pois como foi dito,
também o transporte tem de funcionar JIT. As estradas actuais não
suportam mais um aumento do transporte de camião. A Produção JIT tem
contribuído comprovadamente, a que, no Japão esta situação seja
insuportável. As firmas para atenderem JIT os seus clientes mandam até 3
camiões com a mesma mercadoria para reduzir o risco de não a entregar
em tempo, pois uma falha no prazo de entrega está sujeita a multas
rigorosas. Os stocks na Empresa foram então transferidos para as
estradas. Agora são stocks "rodantes" com o consequente aumento da
contaminação ambiental e das taxas de acidentes nas estradas.
A Fig. 41 indica os mais importantes factores de influência da Produção JIT.
A técnica Fuzzy está sendo usada com maior intensidade no Japão, onde
já se pode falar duma "onda Fuzzy", aplicada principalmente em bens de
consumo: electrodomésticos como aspiradores de pó, máquinas de lavar
roupa, fornos, refrigeradores, câmaras de vídeo, etc. .
CAPÍTULO IV
CUSTOS DA PRODUÇÃO
1. CONCEITOS BÁSICOS
2. TIPOS DE CUSTOS
- Custos da Matéria-Prima
- Custos de Salários
- Custos da depreciação de bens de investimento e dos juros
- Custos da Manutenção
3. CENTRO DE CUSTOS
4. PORTA - CUSTOS
Procedimento para o
Cálculo de Custos
Contabilidade da Empresa
Custos fixos são tipos de custos que, num determinado período, dentro dum
determinado limite de ocupação, não variam. Por exemplo: Ordenados, Área,
Juros, Alugueres, Depreciação, etc.
Custos variáveis são tipos de custos que, num determinado período e dentro
um determinado limite de ocupação, variam de acordo com uma variação da
ocupação. Por exemplo: Custos Directos de Material, Custos Directos de Mão-
de-Obra.