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CONTEXTO HISTÓRICO DA AVALIAÇÃO: IMPLICAÇÕES E SUAS DIMENSÕES

Enredo do Meu Samba Meu coração carnavalesco não foi mais


(D. Ivone Lara/Jorge Aragão) E o adereço teve um dez
na fantasia, mas perdeu em harmonia
Não entendi o enredo desse samba amor Sei que atravessei um mar de alegorias
Já desfilei na passarela do teu coração Desclassifiquei o amor de tantas alegrias
Gastei a subvenção do amor que você me
entregou Agora eu sei... desfilei sob aplausos da ilusão
Passei pro segundo grupo e com razão E hoje tenho esse samba de amor por comissão
Passei pro segundo grupo e com razão Fim do carnaval... nas cinzas pude perceber
Na apuração perdi você... não entendi

O QUE É AVALIAÇÃO
A AVALIAÇÃO NASCE COM A CIVILIZAÇÃO
• Está diretamente ligada ao processo HUMANA
de ensino aprendizagem,apresentando
características de intencionalidade consciente. • Antes da existência da escola o sujeito
já era avaliado pelos os anciões, sacerdotes,
QUAL A SUA ORIGEM? pajés, ou seja, pelas pessoas que deti-nham
de certa forma maiores conhecimentos.
• Nasceu da compreensão progressiva
que estudiosos foram tendo sobre o TRANSIÇÃO DO PRIMITIVO PARA O ORIENTAL
comportamento humano em seus aspectos de
normalidade/anormalidade. • Neste contexto a avaliação começa a se
tornar sistematizada, ou seja, surge a escrita e

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esta começa a privilegiar a memorização e popham, 1983).


transmissão dos conhecimentos.
• Pode-se afirmar até o momento que
PARA TAL, ERA NECESSÁRIO AVALIAR.... esta geração foi abundante na elaboração de
testes, por isso denominada a “geração da
• O comportamento padrão mensuração”
/diferenciado apresentado pelo indivíduo o
que consequentemente favoreceu estudos A TRADIÇÃO DA MENSURAÇÃO NO MUNDO
sobre avaliação. OCIDENTAL

O INTERESSE POR TESTES DE • SE DEVE PRINCIPALMENTE AO FATO DE


ESCOLARIDADE QUE, DURANTE A 1ª GUERRA MUNDIAL, OS
EUA NECESSITAVA TOMAR DECI-SÕES SOBRE
• Horace Mann em 1845 introduziu o QUAIS OS INDI-VÍDUOS QUE DEVERIAM
sistema de exames escritos nas escolas FAZER PARTE DAS FORÇAS ARMADAS.
americanas como forma de substituir a
prática ordinária dos exames orais. • Tal processo de seleção permitiu que a
avaliação fosse entendida apenas como
FRANCIS GALTON EM 1882 FUNDOU O medida, pois só a partir dela poderia tomar
LABORATÓRIO decisões sensatas.
• De testes em Londres com o objetivo
DIANTE DESTA QUESTÃO HOUVE UM
de estudar as diferenças individuais, o que EMPENHO...
favoreceu a utilização de medidas
padronizadas e tratamento estatístico para os • Mundial em torno da tecnologia aplicada
dados de avaliação. à medida. Assim foi desenvolvido através de
pesquisadores tais como: Tyler...
EM 1890, ALFREDO BINET E THEOPHILE
SIMON ESTES TEÓRICOS FORAM CHAMADOS DE 2ª
• Prepararam uma série de perguntas GERAÇÃO
para diagnosticar debilidade mental nas • Esta foi fruto da busca de um melhor
crianças das escolas de paris e assim entendimento do objeto avaliação, já que ela
organizaram uma escala de idade mental. havia percebido algumas falhas na geração
anterior. Neste momento, buscavam-se dados
OU SEJA, BINET, NA FRANÇA sobre...
CRIOU UM

• Instrumento de medida, aperfeiçoado,


•O alcance dos objetivos por parte dos
alunos, em que seria necessário descrever o
posteriormente, por Galton na Inglaterra e que seria sucesso ou dificuldade com relação
nos EUA, para dar origem ao Q.I (quociente aos objetivos estabelecidos.
intelectual).
APESAR, DA FUNÇÃO DO AVALIADOR AINDA
POR VOLTA DE 1895, JOSEPH MAYER RICE SER TÉCNICA
• Insistiu na necessidade de adotar • Ele estava muito mais voltado a
medidas mais objetivas tanto para o ensino descrever padrões e critérios. Neste período a
quanto para a avaliação da aprendizagem. geração denominou-se descritiva e aconteceu
nos anos 30 e 40, o termo avaliação
EDWARD LEE THORNDIKE SE CONSAGROU educacional utilizado por Tyler, então chamado
o pai da avaliação.
• COM A SEGUINTE AFIRMAÇÃO: “TUDO
QUE EXISTE, DESDE QUE EXISTE, EXISTE TYLER FOI O AUTOR DO MODELO DE
NUMA CERTA QUANTIDADE E COMO TAL AVALIAÇÃO
PODE SER MEDIDO” (ESTEVES, 1973, p. 41 e

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SUPORTE
• Por objetivos, ele afirmava que a
avaliação consistiria numa constante • Teórico de questões relacionadas à
comparação dos resultados da aprendizagem avaliação como um dos componentes do
dos alunos com os objetivos previamente processo de ensino. Como manual didático...
determinados na programação do ensino

PORÉM DE TODOS OS TEÓRICOS DA • ENTRE AS DÉCADAS DE 70 E 80,


AVALIAÇÃO FORMULADOS ESPECIALMENTE PARA OS
• Bloom, Hasting e Madaus (1983)
CURSOS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES.
tiveram maior expressão no Brasil. Tendo A CARACTERÍSTICA BÁSICA DOS MANUAIS
como pressuposto a concepção tecnicista de DIDÁTICOS
educação.
• É a descrição dos elementos do
ESTES AUTORES FORAM CONSIDERADOS planejamento de ensino como essenciais à
• A 3ª GERAÇÃO (DÉCADAS DE 60 E organização e exercício do ensinar.
70).
• Esta surgiu em decorrência das
limitações percebidas na fase anterior. Por
• A DISCUSSÃO MAIS APRO-FUNDADA,
DE CARÁTER TEÓRICO, FICA NAS INDICAÇÕES
um lado, os objetivos em várias situações DAS BIBLIO-GRAFIAS DOS MANUAIS.
não eram estabelecidos a priori,
apresentando-se nem sempre claros e ATRAVÉS DAS ANÁLISES DE SCRIVEN E STAKE
visíveis;
• ECOOU-SE UM MARCANTE ALERTA
• POR OUTRO OS PROGRAMAS NÃO PARA A NECESSIDADE DO JUÍZO DE VALOR.
ESTES DEFENDIAM A IMPORTÂNCIA DA
PODIAM ESPERAR OS RESULTADOS FINAIS
AMPLIAÇÃO DO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO, PARA
PARA SEREM AVALIADOS EM FUNÇÃO DE
ALÉM DOS OBJETIVOS PREVIAMENTE
OBJETIVOS PROPOSTOS.
DETERMINADOS;
ACREDITAVA-SE QUE OS RESULTADOS
ESTES AUTORES ACREDITAVAM
SECUNDÁRIOS
• Que as situações do ensino

E não previstos podiam ser mais
organizadas sistematicamente e previamente
relevantes que os do primeiro. Consideravam
produziriam as mudanças comportamentais
que a avaliação implicava tarefas de descrição
esperadas naqueles que aprendiam.
e formulação de juízos de valor. Foi
denominada geração do julgamento do juízo de
A AVALIAÇÃO É ENTÃO ENTENDIDA COMO
valor.
(BLOOM, 1983)
Uma coleta sistemática de dados a fim de
SENDO ASSIM...
verificar se de fato certas mudanças estão
ocorrendo no aprendiz, bem como verificar a •
A avaliação não poderia ser separada de
quantidade ou grau de mudança ocorrido em julgamento, o avaliador assumiria o papel de
cada aluno juiz. Apesar da rejeição deste papel por parte
de alguns estudiosos, o julgamento tornou-se
O MODELO PROPOSTO POR BLOOM, fator decisivo do processo avaliativo.

• Em especial a partir da taxionomia dos NÃO BASTARIA MEDIR ERA NECESSÁRIO


objetivos educacionais, esteve em evidência
durante vários anos. •
JULGAR SOBRE TODAS AS DIMENSÕES
DO OBJETO, INCLUSIVE SOBRE OS OBJETIVOS
TURRA PERMANECEU HÁ DÉCADAS COMO

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Segundo Luchesi (2002)


• A nossa prática educativa se pauta por • TRATA-SE DE UMA ABORDA-GEM
uma Pedagogia do Exame, ou seja, uso da MADURA, QUE VAI ALÉM DA CIÊNCIA PORQUE
avaliação da aprendizagem como CAPTA TAMBÉM OS ASPECTOS HUMA-NOS,
disciplinamento social dos alunos. A utilização POLÍTICOS SOCIAIS, CULTURAIS E ÉTICOS
das provas como ameaça aos alunos, sob a ENVOLVIDOS NO PROCESSO.
égide do medo.
EM SÍNTESE:
• Para Comenius o medo é excelente
• A 1ª GERAÇÃO PARTE DOS
fator para manter a atenção dos alunos. O
RESULTADOS DE TESTES, A 2ª, DE
professor pode e deve usar esse excelente
OBJETIVOS, A 3ª PREOCUPA-SE COM O
meio para manter os alunos atentos as
JULGAMENTO DE VALOR QUE SE VAI ATRIBUIR
atividades escolares (Séc. XVII)
E A 4ª INICIA COM O PROCESSO DE
NEGOCIAÇÃO.
Medo e Avaliação: Qual a relação???
• O medo é um fator importante no PORTANTO, PODE-SE CONCLUIR QUE:
processo de controle social. Internalizado, é
um excelente freio as ações que são • AS BASES QUE FUNDAMENTAM A
supostamente indesejáveis. Este produz não CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO DA DÉCADA DE
só uma personalidade submissa como 80 E 90 ESTÁ ASSENTADA NUM PARADIGMA
também hábitos de comportamento físico CRÍTICO, QUE ESTABELECE UMA NOVA
tenso que conduzem as doenças RELAÇÃO ENTRE PROFESSOR, ALUNO,
respiratórias, gástricas, sexuais, etc... CONHECIMENTO E SOCIEDADE

CONFORME OS PRESSUPOSTOS OS ASPECTOS


• O castigo é o instrumento gerador do
medo, seja ele explícito ou velado. Hoje não •
Desta avaliação baseiam-se na
estamos mais usando o castigo físico concepção qualitativa , ou seja, a avaliação
explícito, porém estamos utilizando um deve ter finalidade diagnóstica, preocupada
castigo muito mais sútil: o psicológico com as dificuldades dos alunos, com vistas à
correção de rumo e à preocupação de
A QUARTA GERAÇÃO QUE INICIA NA DÉCADA reformular
DE 80-90
ENCAMINHAMENTOS E OBJETIVOS DIDÁTICOS
• Emerge um novo conceito de avaliação

Isto é, a avaliação escolar deve ser
em que a característica principal é a
negociação, o equilíbrio é buscado entre considerada um instrumento de estímulo, de
pessoas de valores diferentes... promoção da aprendizagem e colocada a
serviço do avanço, com qualidade, do processo
RESPEITANDO AS DIVERGÊNCIAS, DE QUE de escolarização do aluno.

• Quanto maior a participação das Para Luckesi (2002)


questões avaliativas, dos métodos, e da • Para que a avaliação diagnóstica seja
interpretação dos resultados; maior é o nível possível, é preciso compreendê-la e realizá-la
de negociação. comprometida com uma concepção pedagógica
pautada na teoria histórico-crítica.
É UMA GERAÇÃO QUE CARACTERIZA A
AVALIAÇÃO E COMO ISTO PODE ACONTECER?
• COMO UM PROCESSO INTERATIVO,
• ATRAVÉS DAS DIMENSÕES

NEGOCIADO, FUNDAMENTADO NUM DIMENSÃO PEDAGÓGICA


PARADIGMA CRÍTICO E TRANSFORMADOR

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• Compreende-se que o trabalho do


ISTO POSTO
professor com seus alunos passa
necessariamente por uma organização que
inclui objetivos a atingir, conteúdos a
• A avaliação deve ser integral o que
pressupõe avaliação do aluno em seus
trabalhar, uma metodologia para desenvolver aspectos cognitivos e afetivos com a utilização
esse trabalho e um processo de avaliação de de técnicas diversas para isso.
resultados.
• Diz respeito a sua relação com esse DIMENSÃO ÉTICA
conjunto de elementos essenciais do trabalho
do professor com seus alunos, em qualquer •Aquela que reflete sobre os aspectos
nível de escolaridade, assim como a morais subjacentes ao ato de avaliar.
necessidade de coerência explícita entre
esses elementos. O ATO DE AVALIAR, COMO TODA AÇÃO
PEDAGÓGICA
DIMENSÃO INSTRUMENTAL
•Implica conseqüências que nem sempre
• É constituída por elementos que estão em consonância com o objetivo maior da
compõem a estrutura operacional de educação, que é o crescimento e o
acompanhamento do rendimento escolar. desenvolvimento humano.

PERRENOUD (1993) ENFATIZA QUE NÃO SE A DIMENSÃO ÉTICA TEM A VER COM AS
TRATA DE UM
• Conseqüências das práticas avaliativas
• Mecanismo independente num que muitas vezes desviando-se desse objetivo,
determinado contexto social e sim de podem ter implicações éticas.
medidas próprias de tal engrenagem, para A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
revelarem ao professor, ao sistema e a
sociedade, o que o aluno aprendeu •
É, talvez, o momento pedagógico mais
crítico e mais imbuído de elementos éticos,
QUANDO DESEJAMOS TER UM QUADRO MAIS pois é o momento em que podemos definir a
COMPLETO? vida acadêmica do aluno.

• Do desenvolvimento do aluno, COM NOSSAS ATITUDES, PODEMOS TER UM


necessitamos combinar uma série de
técnicas, tanto as que se ajustam mais à • Comportamento que revela nosso
avaliação de aspectos quantitativos como as respeito, nosso compromisso ético com a
que são mais adequadas à avaliação de aprendizagem e o crescimento dos alunos, ou
fatores qualitativos. ao contrário,

A ESTRUTURA OPERAIONAL DA AVALIAÇÃO PODEMOS TER COMPORTAMENTOS QUE

• Compreende as formas, os • Revelam arbitrariedades, abusos de


instrumentos, os meios que os professores poder, uso de punições, injustiças,
utilizam para obter dados sobre o protecionismos, falta de consideração e de
desempenho acadêmico, em relação ao respeito, que resultam em prejuízos dos
processo ensino e aprendizagem alunos.

DIMENSÃO EMOCIONAL PORTANTO......

• Baseada nos preceitos da psicologia • O professor é um profissional que se


cognitiva, que avalia os ganhos acadêmicos movimenta num plano onde são poucas as
do aluno, suas capacidades e potencialidades, pessoas qualificadas para julgar suas ações e
seu ajustamento pessoal e social por isso realiza funções pouco suscetível a

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controle externo ou supervisão direta. b) possibilidade de aceleração de estudos


para alunos com atraso escolar;
AVALIAÇÃO, ESCOLA E SOCIEDADE c) possibilidade de avanço nos cursos e
nas séries mediante verificação do
• Ludke (1992) propõe que se lance um aprendizado;
olhar sociológico sobre a avaliação não só d) aproveitamento de estudos concluídos
para enxergar melhor a sua função com êxito;
controladora, mas, sobretudo, para tentar e) obrigatoriedade de estudos de
recuperação, de preferência paralelos
ENTENDER COMO SE TRADUZEM NO DIA-A- ao período letivo, para os casos de
DIA baixo rendimento escolar, a serem
• Das ações e relações escolares os seus
disciplinados pelas instituições de
ensino em seus regimentos;
mecanismos de poder, seja no planejamento
curricular, seja na distribuição dos tempos DIMENSÕES DA AÇÃO AVALIATIVAS
escolares,
– Técnica ou burocrática:
• Seja nas relações da escola com os – classificatória, somativa, controladora
pais e a comunidade, seja na atribuição de
notas e conceitos aos alunos. – objetiva certificação ou registro formal
– Formativa ou continuada
DIFERENTES FORMAS DE AVALIAR
– diagnóstica, processual, descritiva e
AVALIAÇÃO ESCOLAR qualitativa
O que avaliar? Para que avaliar? Como
avaliar? – indicativa de aprendizagens
Avaliação na escola: currículo, gestão escolar, consolidadas, dificuldades e possibilidades
organização do tempo na escola, estratégias
de articulação escola e comunidade, outros. PERFIS DO TRABALHO DOCENTE NA AÇÃO
Processo de ensino e aprendizagem – sala de AVALIATIVA
aula, de acordo com: 1) registrar, certificar e comunicar resultados
- Concepção de Educação 2) orientar e regular a prática pedagógica
Tem funções diagnósticas e acompanhamento
- Concepção de Ensino
- Concepção de Linguagem FUNÇÃO DIAGNÓSTICA
- Concepção de Alfabetização Com que conhecimentos e atitudes o aluno(a)
inicia o processo de aprendizagem?
Avaliação: Até que ponto o aluno aprendeu ou cumpriu as
Organização Escolar, Projetos pedagógicos, metas estabelecidas para o período?
Prática do professor -> PERFIL DO ALUNO E DA TURMA
Concepções sobre o processo de ensino-
aprendizagem, linguagem, alfabetização -> – Conhecimentos prévios e sistematizados
Processo regulado por valores – Progressos

Lei de Diretrizes e Bases da Eucação, 1996 – Possibilidades


Art 24 (...)
– Dificuldades
V- A verificação do rendimento escolar
Planejamento de atividades e estratégias
observará os seguintes critérios:
didáticas adequadas
a) avaliação contínua e cumulativa do
desempenho do aluno, com
FUNÇÃO DE ACOMPANHAMENTO
prevalência dos aspectos qualitativos
FUNÇÃO PREVENTIVA
sobre os quantitativos e dos
AMPLIA a possibilidade de perceber os avanços
resultados ao longo do período sobre
e rupturas no processo de ensino-
os de eventuais provas finais;

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aprendizagem 2) Provas diagnósticas


ORIENTA A AÇÃO DOCENTE • Identificação dos conhecimentos
– Redimensionamento da prática
construídos pelos alunos relativos à
leitura, à escrita e à compreensão dos
pedagógica
princípios do nosso sistema de escrita
– Planejamento metas e ações • Compreensão das hipóteses
espontâneas dos alunos acerca da
– (re)organização dos alunos escrita e da leitura
- Elaborações conceituais propiciadas
A ALFABETIZAÇÃO E O PROCESSO DE pelas intervenções de adultos
AVALIAÇÃO 3) Auto avaliação
• Dimensão formativa • Finalidade principal: Tomada de
- Fonte de informação para formulação consciência, pelo aluno, de suas
das práticas pedagógicas mediante capacidades e dificuldades, de modo a
registros reestruturar estratégias, atitudes e
Compreender e descrever os desempenhos e formas de estudo
aprendizagens dos alunos. 4) Portifólio
O processo de avaliação deve ocorrer durante • Organização e arquivo de registro das
o processo de aprendizagem aprendizagens dos alunos

INSTRUMENTOS DE REGISTRO Sistemática de Avaliação


Fontes de informação sobre o processo de PROVA DIAGNÓSTICA INICIAL
aprendizagem dos alunos
1) Observação e registro – Identificar os conhecimentos sobre a
Conhecimentos prévios - Consolidação de escrita já construídos pelos alunos
aprendizagens – Classificar os alunos quanto ao domínio
- O que observar? em leitura e escrita
- Que roteiro utilizar para a observação? Os resultados serão comparados com os
- Que recursos utilizar? resultados finais
Possibilita ao professor o exercício de refletir (término do curso)
sobre os processos vivenciados pelos alunos e CADERNO DE ACOMPANHAMENTO
sobre suas próprias práticas e mediações
– Acompanhamento da evolução dos
Exemplo: alunos
Escola: Data:___/___/____ – Compilação de atividades que
Aluno(a): Professor(a):
demonstrem os avanços do aluno em algum
Objetivos e propostos e conteúdos:
Compreender o funcionamento do sistema de
aspecto da escrita ou leitura
escrita alfabética
– Reconhecer as letras, percebendo os invariantes PROVAS DIAGNÓSTICAS
nos traçados
– Reconhecer a palavra enquanto unidade de
– ficha de acompanhamento com
significado (consciência da palavra) indicação do nível de compreensão do sistema
– Perceber que ‘a cada fonema corresponde uma alfabético, do nível de fluência de leitura, do
letra ou mais de uma nível de compreensão de texto e de produção
– Estabelecer correspondências grafofônicas, de texto.
percebendo a freqüência de uso das vogais nas
sílabas PROVA DIAGNÓSTICA FINAL
Atividade desenvolvida:
– Jogo de forca – Os dados serão comparados aos dados
Níveis atingidos pela turma e pelo aluno em coletados no início do processo para avaliação
questão: final do projeto
Encaminhamentos:
A importância do REGISTRO ESCRITO

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O CADERNO –Toquinho

Sou eu que vou seguir você


Do primeiro rabisco até o bê-a-bá
Em todos os desenhos
Coloridos vou estar
A casa, a montanha, duas nuvens no céu
E um sol a sorrir no papel

Sou eu que vou ser seu colega


Seus problemas ajudar a resolver
Te acompanhar nas provas bimestrais
Você vai ver
Serei de você confidente fiel
Se seu pranto molhar meu papel
Sou eu que vou ser seu amigo
Vou lhe dar abrigo
Se você quiser
Quando surgirem seus primeiros raios de mulher
A vida se abrirá num feroz carrossel
E você vai rasgar meu papel

O que está escrito em mim


Comigo ficará guardado
Se lhe dá prazer
A vida segue sempre em frente
O que se há de fazer

Só peço a você um favor


Se puder
Não me esqueça num canto qualquer

• Para Luckesi (2002


• A avaliação da aprendizagem escolar
tem que ser compreendida como um ato
amoroso. O ato amoroso é aquele que acolhe
a situação, na sua verdade. Quando não nos
acolhemos e/ou não somos acolhidos,
gastamos nossa energia nos defendendo e,
ao longo da existência, nos acostumamos às
nossas defesas, transformando-as em nosso
modo permanente de viver.

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