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Planejando sua construção. Ou, evitando surpresas desagradáveis !

Por Redação do Fórum da Construção


Fonte : www.tudosobreimoveis.com.br

Existe um conceito popular que diz que nunca sabemos o que pode acontecer durante uma
construção, em virtude das dificuldades que ocorrem durante esse período. Problemas com mão de
obra, com falta de produtos, com prazos não cumpridos, e outros mais. O que fazer para evitar ao
máximo esses problemas? Como devemos nos organizar?
Para começar, você precisa, antes de qualquer coisa, planejar. Ordenar as ações que serão
desenvolvidas no empreendimento. Planejamento é fundamental para garantir uma construção
econômica, rápida e controlada. É a ação básica de apoio aos setores de produção e de informação
para as decisões da área gerencial, que devem ser tomadas desde o início da obra,
preferencialmente.

O gerenciamento de obra inclui etapas envolvendo orçamento, planejamento da obra, análise na


contratação de fornecedores e gerenciamento do empreendimento. Embora planejar a obra não seja
responsabilidade sua, é importante que você saiba quais são as etapas fundamentais para
montagem do plano, a fim de poder acompanhar e evitar possíveis problemas.

No planejamento existem etapas que devem ser seguidas: análise da situação, perspectivas,
objetivos, estratégia, plano de ação, execução, programação e controles físico e financeiro.

Analisar a situação significa traçar um objetivo e verificar as possibilidades de desenvolver o projeto.


Estabelecer essa visão de futuro é importante para orientar o melhor caminho a ser seguido. Os
resultados são o objetivo e a estratégia abrange a forma de melhor utilização dos recursos físicos,
humanos e financeiros.

Agora é hora de pensar como será a execução da obra. Hora do plano de ação: serão previstos a
realização do orçamento executivo, com custos reais baseados no projeto final e os cronogramas de
serviços e um financeiro, para distribuição dos custos ao longo do tempo previsto para a obra.
Devem ser feitas também previsões de material, mão-de-obra e equipamentos. Em seguida,
realizado o controle para acompanhar os cronogramas e garantir que tudo saia conforme previsto,
evitando aborrecimentos.

Conheça agora cada um desses processos.

Análise para efetuar a obra: esta etapa é crucial porque os profissionais de cada área, juntamente
com o proprietário, irão avaliar a viabilidade de execução da obra. É essencial manter os pés no
chão nesse momento e aproximar ao máximo as suposições. Converse com seu arquiteto e explique
todos os seus projetos para que ele consiga desenvolvê-lo e, até mesmo, aprimorá-lo.

Estabelecimento de perspectiva: aqui será determinada a configuração da edificação. Neste


momento o arquiteto define o número de cômodos necessários para que o projeto fique confortável,
econômico, funcional e enxuto.
Resultado: é a descoberta do objetivo, onde você poderá visualizar seu empreendimento no
anteprojeto. Para que o resultado seja o melhor possível, deve haver máxima empatia entre você e o
arquiteto.

Estratégias: saber utilizar os recursos financeiros, humanos e físicos, a fim de traçar métodos para
alcançar o objetivo final da melhor maneira.

Programação: feita através do cronograma físico-financeiro que irá determinar como, quando e
quanto capital será necessário para a execução das diversas fases da construção. Há também o
orçamento executivo, especificando os custos reais baseados no projeto definitivo e as
programações de mão-de-obra, materiais e equipamentos.

Plano de Ação: é desenvolvido pelo engenheiro e pelo arquiteto que irão elaborar o projeto,
gerenciá-lo, determinar, especificar e pesquisar materiais e métodos construtivos. Essa etapa adapta
ao padrão técnico e econômico tudo o que for relativo ao desenvolvimento da obra. Nesta fase
também são determinadas as responsabilidades técnicas. No plano de ação é determinado o tempo
e método de produção, onde o engenheiro planeja uma maneira de levar o projeto ao canteiro de
obras, explicado detalhadamente.

Execução: começa a etapa efetiva de construção. Os planos de ação e desenvolvimento dos


serviços são colocados em prática.

Controle: através do acompanhamento dos cronogramas você irá verificar se a execução do projeto
está de acordo com o planejamento. Ao detectar erros, o construtor terá de adaptá-los, para que o
resultado se aproxime ao máximo da meta definida inicialmente.

Pagamento: esse tópico deve ser definido e acordado entre você e o construtor. Na maioria das
vezes é dividido em parcelas correspondentes às etapas executadas, apresentadas através do
cronograma físico-financeiro.

Material de Construção: é recomendável aceitar o material determinado pelo engenheiro, já que ele
terá toda a responsabilidade técnica sobre a obra.

Para manter o orçamento em dia, acompanhe, junto ao engenheiro, as mudanças que possam
ocorrer na construção. Dessa forma, você evitará diferenças no custo final e desperdícios de
materiais.

A partir de agora é só definir seu projeto, contratar um profissional especializado e pôr em prática
essas dicas.
Postado por ControlaOBRA às 18:24 0 comentários

sábado, 5 de junho de 2010

Vai construir ? Planejando para economizar.


Por Eng. Luiz Carlos Thiers Silva
Do IBDA-Instituto Brasileiros de Desenvolvimento da Arquitetura
www.forumdaconstrucao.com.br

Da escolha do terreno à execução da obra, a construção deve ter um planejamento e uma


organização adequados, de forma a otimizar os seus custos. Cada etapa requer cuidados
específicos, como abaixo tentamos resumir.

Na escolha do terreno

- escolha, de preferência, um terreno plano, pois isso representará muita economia com obras de
terra, fundações e estruturas de concreto, além de reduzir a zero os custos com contenções de
arrimo;
- a avaliação da resistência do solo também é muito importante. Para isso contrate uma empresa de
sondagem. Caso o resultado apresente um solo de boa resistência superficial, e sendo a casa a
construir de apenas um pavimento, será possível utilizar uma fundação tipo baldrame corrido, que
consome menos ferragem e utiliza um concreto mais barato;
- não se precipite em fazer obras de terra como terraplanagens e cortes antes dos projetos de
arquitetura e estrutural estarem prontos e sem a orientação de um engenheiro, pois você poderá
perder dinheiro com serviços desnecessários. O arquiteto poderá tirar proveito da topografia e dos
acidentes naturais do terreno fazendo um projeto adequado para ele, economizando com redução
das obras de terra;

No projeto

- é altamente recomendável investir na contratação de um arquiteto ou um engenheiro civil, de forma


a se ter um projeto bem elaborado. Os erros durante a execução que podem ocorrer pela ausência
de projetos representam custo muitas vezes bastante elevados. Informe também a este profissional
o quanto você pretende gastar com a construção;
- converse com o seu arquiteto o mais francamente possível, fornecendo-lhe todos os detalhes da
sua vida diária, seus hábitos e de seus familiares, de maneira que o projeto arquitetônico seja bem
adaptado ao seu estilo de vida. Projetar cômodos especiais, como adegas e salas de jogos, somente
são viáveis economicamente se foram usados; de outra forma somente trarão encarecimento à
construção;
- revisar o projeto e esclarecer todas as dúvidas até o fim é um bom procedimento. É muito mais fácil
e barato solucionar erros e pedir mudanças na fase do projeto do que derrubar paredes durante a
obra;
- não pense que casas térreas são mais baratas que casas com dois ou três pavimentos pois
utilizam fundações menores e estruturas de concreto mais simples. Realmente existe economia
neste item, entretanto, analisando-se dois projetos de mesma área construída, uma casa de um
pavimento e outra de dois, a área de telhado na primeira será o dobro da segunda casa, e o custo
do m2 de telhado é um dos mais caros na construção. Além disso a quantidade de sapatas pode
dobrar.
- evite recortes no telhado pois isso representa elevação de custos de material e mão de obra;
- procure concentrar banheiros e cozinha numa mesma área pois isso permite otimizar o uso da
tubulação hidráulica necessária; - um projeto cheio de recortes encarece a estrutura, dificulta a
execução dos serviços, requer mais material e representa mais área de revestimento e pintura;
- esquadrias são elementos caros na construção. Utilize com parcimônia portas e janelas ao projetar
sua casa. Às vezes você pode utilizar apenas uma abertura em vez projetar uma porta. Ou
elementos vazados em vez de janelas.

No planejamento

- planeje o início da obra, se possível, para o final do período das chuvas. Executar fundações e
serviços externos em períodos chuvosos prejudica sobremaneira o andamento dos trabalhos,
encarecendo a mão de obra.
- depois que o projeto estiver completamente definido, é necessário um planejamento da obra.
Elaborada em conjunto com o profissional responsável pela obra, uma planilha pode registrar a
ordem de execução dos serviços, duração e custo de cada fase da obra, evitando-se gastos com
mão-de-obra e/ou materiais não necessários no momento;
- fluxo de caixa deve ser controlado para não correr o risco de parar a obra por falta de dinheiro
(obra “de igreja”, demorada, é sempre mais cara). Anotar na planilha todos os gastos e sempre
guardar recibos e notas fiscais, pois eles serão úteis para declaração do Imposto de Renda e para
enfrentar eventuais problemas legais;
- mesmo que os materiais de acabamento ainda não tenham sido escolhidos, devem ser anotadas
na planilha especificações dadas por quem fez o projeto, como tamanho, espessura, tonalidade,
classe de abrasão e nível de absorção de água das cerâmicas, o mesmo valendo para outros itens,
como madeira e carpete, poupando tempo na hora de pesquisar e comprar.

Na contratação de mão-de-obra

- dar preferência a profissionais conhecidos ou indicados por amigos ou parentes; se possível, é


bom ver um trabalho pronto;
- os operários podem ser escolhidos por você ou pelo seu arquiteto ou engenheiro. Tendo mais de
uma equipe confiável você deve pedir o orçamento de ambas para decidir. Em todo caso não se
esqueça que a supervisão do engenheiro civil ou do arquiteto é indispensável para a qualidade da
obra e para evitar aborrecimentos e custos;
- determinar uma forma de pagamento baseada na produção, estabelecendo assim que o
pagamento da mão-de-obra ficará condicionado ao cumprimento de determinadas etapas e prazos.

Na compra de materiais

- fazer cotações de materiais pedindo orçamentos em diversas casa de materiais de construção.


Pesquisar também em lojas de materiais de demolição e cemitérios de azulejos. Neles é possível
encontrar muita coisa em bom estado e por um bom preço. Mas preste atenção para não ser
enganado; em algumas casas de material de demolição costumam cobrar mais caro que mercadoria
nova;
- fazer a pesquisa levando em conta os parâmetros estabelecidos pelo profissional que elaborou o
projeto, tentando achar a melhor relação entre qualidade e preço (não esquecendo que, além do
custo de construção, há também um de manutenção, ou seja, materiais de baixa qualidade só são
economia a curto prazo, e em pouco tempo a obra começará a apresentar problemas);
- às vezes, é possível fechar um pacote para a compra de uma grande quantidade de materiais
numa única loja e, assim, negociar um desconto ou o pagamento a prazo. A pechincha é regra
básica. Às vezes é possível fazer combinando com vizinhos que estejam construindo perto de você,
e fazendo pedidos maiores;
- se optar por comprar materiais de acabamento com antecedência não deixe de considerar uma
margem de aproximadamente 10% de sobras para cobrir quebras e consertos futuros.

Na estocagem de materiais

- observar o prazo de validade de materiais como o cimento. Não deve ser armazenada muita
quantidade nem com muita antecedência (a planilha ajuda essa programação);
- o material deve estar protegido da chuva, vento e outras intempéries. A madeira e o cimento, por
exemplo, devem estar cobertos e protegidos de umidade, em local ventilado. Evite deixar materiais
em caixas de papelão ao relento.

Na execução da obra
- exija organização no canteiro de obras. Bagunça, entulhos em demasia, ferramentas e materiais
espalhados, tábuas com pregos, etc. são sinônimos de desperdícios, acidentes e custos.
- a execução da obra deve ser acompanhada diariamente pelo engenheiro ou arquiteto contratado
para esse fim. Qualquer erro na execução dos serviços pode resultar em ter que demolir e construir
novamente;
- o projeto deve ser seguido à risca. Qualquer alteração deverá ser comunicada ao engenheiro da
obra, que verificará as implicações em outros elementos do projeto. Por exemplo, o deslocamento
de um tubo pode ocasionar a sua passagem por uma viga, ocorrência não prevista no projeto
estrutural
Postado por ControlaOBRA às 17:41 2 comentários

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