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GLOBALIZAÇÃO
Carlos Manuel Pereira do Couto, nº 41819, Curso ESP/1º ano
Dinâmicas do Mundo Contemporâneo
Introdução
Uma questão que tem gerado múltiplas opiniões e discussões, tem sido
o tema da globalização. Neste trabalho, proposto pela unidade curricular de
Dinâmicas do Mundo Contemporâneo, é nossa intenção explicar o fenómeno
da globalização, entendendo primeiro o seu conceito e em que se caracteriza.
Obviamente, as opiniões descritas por diferentes pensadores não são todas
consensuais, contudo todas elas encaram a globalização como uma
consequência das mudanças e transformações políticas, económicas e sociais
a nível global.
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Dinâmicas do Mundo Contemporâneo
1. Globalização
1.1 O Conceito
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1.2 O Princípio
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Dinâmicas do Mundo Contemporâneo
entre 1870 e 1913, embora ele mencione que os primeiros passos foram dados
pelos portugueses, através dos Descobrimentos, desenvolvendo o comércio
com as rotas transoceânicas. Contudo, MacGillivray (2008, p. 23) salienta que
“a globalização não é apenas história de bens em movimento”. A globalização
é também o comércio de escravos e as migrações do século XIX. Este autor
vai ainda mais longe e define em contracções, 5 décadas de globalização ao
longo dos últimos séculos: aponta a primeira contracção para 1490-1500 com a
divisão ibérica, através do Tratado de Tordesilhas; a segunda contracção em
1880-90, com o meridiano britânico, através do seu Imperialismo; na terceira
contracção, que ele designa de “o mundo Sputnik”, através da Guerra Fria
entre americanos e russos; a quarta contracção foi a cadeia de abastecimento
global (1995-2005), com a construção e cruzamento de redes de fibras ópticas
e postes de telemóveis que possibilitaram a comunicação, a colaboração e a
competição de milhões de pessoas; na quinta contracção, que denomina de
termoglobalização, MacGillivray não define uma data específica, mas explica
que prognostica desafios económicos, sociais, culturais e ambientais
resultantes das alterações climáticas. O mesmo autor referencia, ainda, que
estes acontecimentos para além de resultarem de uma intenção global são
fruto também do acaso histórico e de factores locais. Para além destas datas
referidas, muitos outros autores referem outros momentos importantes para o
surgimento da globalização (tecnologia marítima, imprensa escrita, pressão
demográfica, etc.), mas para MacGillivray (2008), estes acontecimentos não
passaram de “trabalhos de parto falsos”.
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Stiglitz (2004) não defende o fim da globalização, até porque ela trouxe
vantagens, nomeadamente, o sucesso do mercado oriental (oportunidades
comerciais e acesso aos mercados e tecnologias), trouxe melhor saúde e uma
sociedade mais activa à escala mundial, lutando por mais democracia e justiça
social. Stiglitz (2004) assume que o problema não está na globalização
propriamente dita, mas sim na forma como tem sido gerida. Aponta o problema,
em parte, a instituições económicas mundiais (FMI, Banco Mundial,
Organização Mundial do Comércio), pois eram estas que definiam as regras do
jogo e que acabaram por servir apenas os interesses dos países
industrializados mais avançados, em detrimento dos países em
desenvolvimento. Estas instituições actuaram, assim, em função desses
interesses e abordaram a globalização com um espírito estreito e uma visão
mais economicista. Stiglitz (2004) conclui que a globalização não funciona para
os pobres no mundo, para o ambiente nem para a estabilidade da economia
mundial. Por isso, ele defende uma reformulação da globalização, remodelando
as instituições económicas mundiais ao nível da mentalidade, pois é neste
aspecto que o verdadeiro problema da globalização reside, derivado de quem
governa e gere estas instituições. Deve-se trabalhar em prol do ambiente, dar
mais voz aos pobres nas decisões com a participação de todas as pessoas do
mundo e promover a democracia e o comércio justo. Stiglitz (2004) afirma que
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naturais, para além dos respectivos governos, são o alvo preferencial das
superpotências com o objectivo de estas controlarem aquelas.
Por isso, Kagan (2009) refere-se ao fim da esperança numa nova ordem
internacional pacífica após o período da Guerra Fria e das ilusões pós – 1989,
fruto, do que ele considera, como as crescentes competições das grandes
potências pelo respeito e influência. Para Kagan (2009) os Estados – Nação
continuam fortes como sempre, assim como o nacionalismo desmedido.
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2. Consideração Final
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Bibliografia
PAIGE, Martin, A Primeira Aldeia Global, Cruz Quebrada, Casa das Letras,
2008.
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Sitografia
Disponível em http://ww1.rtp.pt/multimedia/index.php?
tvprog=19920&formato=flv, consultado em 10/06/2009
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