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MÓDULO O3 Entretanto, uma psicologia construída a partir de


observações casuais tem algumas fraquezas
críticas.
Psicologia e Ética Aplicado a
Radiologia O tipo de psicologia do senso comum que se
adquire informalmente leva a um corpo de
Histórico e Noções Gerais de Psicologia conhecimentos inexatos por diversas razões. O
senso comum não proporciona diretrizes sadias
Em que consiste a Psicologia? para a avaliação de questões complexas.

A Psicologia é derivada de palavras gregas que As pessoas geralmente confiam muito na


significam "estudo da mente ou da alma". Hoje intuição, na lembrança de experiências pessoais
em dia é comumente definida como a ciência diversas ou nas palavras de alguma autoridade
que estuda o comportamento humano. (como um professor, um amigo, uma
celebridade da TV).
A psicologia é frequentemente aplicada na
indústria, na educação, na engenharia, na A ciência proporciona diretrizes lógicas para
saúde, em assuntos de consumo e em muitas avaliar a evidência e técnicas bem raciocinadas
outras áreas. para verificar seus princípios. Em consequência,
os psicólogos geralmente confiam no método
Você é um profissional da área da saúde e, científico para as informações sobre o
portanto, lidará com pessoas e irá se interagir comportamento e os processos mentais.
com o ser humano.
Perseguem objetivos científicos , tais como a
O profissional de saúde deve sentir-se bem descrição e a explicação. Usam procedimentos
consigo mesmo se pretende fazer alguém sentir- científicos, inclusive observação e
se bem. Ele não é um robô, nem tampouco o experimentaçãosistemática, para reunir dados
são as pessoas com quem trabalham, pacientes, que podem ser observados publicamente.
médicos, supervisores, enfermeiras, auxiliares de
enfermagem e familiares dos pacientes, cada um Tentam obedecer aos princípios científicos .
é um ser humano, semelhante e ao mesmo Esforçam-se, por exemplo, por escudar seu
tempo diferente dos demais seres humanos. trabalho contra suas distorções pessoais e
conservar-se de espírito aberto.
Qualquer pessoa que queira ingressar na área da
saúde precisa conhecer as pessoas e antes de Ainda assim, os cientistas do comportamento
tudo, a si próprio. Não está você ingressando não estão de acordo quanto aos pressupostos
nesta carreira porque se interessa pelas pessoas fundamentais relacionados aos objetivos, ao
e deseja auxiliá-las quando estão doentes? objeto primeiro e aos métodos ideais.

Como outras ciências, a psicologia está longe de


PSICOLOGIA: SENSO COMUM X COMO ser completa. Existem muitos fenômenos
CIÊNCIA importantes que não são ainda compreendidos.

Todos nós usamos o que poderia ser chamado As pessoa não devem esperar uma abordagem
de psicologia de senso comum em nosso única do objeto da psicologia ou respostas para
cotidiano. todos os seus
problemas.
Observamos e tentamos explicar o nosso próprio
comportamento e o dos outros. Tentamos
predizer quem fará o que, quando e de que
maneira. E muitas vezes sustentamos opiniões
sobre como adquirir controle sobre a vida (Ex: o
melhor método para criar filhos, fazer amigos,
impressionar as pessoas e dominar a cólera).

Prof. Antonio S. da Silva Filho


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AS 3 PRINCIPAIS TEORIAS DA Insistia que todos os detalhes se ajustam
PSICOLOGIA MODERNA perfeitamente entre si.

Os seres humanos, como conhecemos hoje, A personalidade é formada durante a primeira


apareceram na Terra há cerca de 100.000 anos infância. A exploração das lembranças dos
atrás. primeiros cinco anos de vida era essencial ao
tratamento.
Desde então têm estado provavelmente
tentando compreender-se a si mesmo.
Aristóteles (384322 a.C.), o filósofo grego, e O paciente como ser biopsicossocial
considerado o Pai da Psicologia.
Uma pessoa não pode ou não deve perder sua
Entretanto, a especulação sobre assuntos dignidade e direitos como pessoa porque está
psicológicos não começou com este pensador doente.
grego. Centenas de anos antes de Aristóteles, os
primeiros filósofos de que se tem notícia já Para May (1977), em Beland e Joyce, o
lidavam com esses assuntos. fundamental da Psicologia humanística é
compreender o homem como um ser, ou seja,
Veremos, então algumas informações a cerca atingir o aspecto mais íntimo de cada pessoa.
das três principais linhas teóricas.
E para que possamos atingir esse aspecto é
PSICANÁLISE preciso considerar a pessoa e seu ambiente
PSICOPATOLOGIA como uma unidade composta de fatores
PSICOSE interdependentes; é preciso compreender a
maneira de pensar, sentir e fazer que o próprio
homem desenvolveu como parte de seu
PSICANÁLISE ambiente e ainda ter consciência de que o bem
estar só é alcançado quando as necessidade
Para quem nunca estudou psicologia antes, é estão sendo supridas satisfatoriamente.
provável não ter ouvido falar de Watson, Skinner
ou Max Wertheimer, entretanto, provavelmente Qualquer doença altera a atuação interpessoal e
já ouviu falar de Sigmund Freud (1856-1939), o social do indivíduo e tanto maior será essa
médico vienense que se especializou no alteração conforme for o valor físico, emocional
tratamento de problemas do sistema nervoso e e intelectual que a doença representa para o
em particular de desordens neuróticas. paciente e seus familiares, sem esquecer que o
hospital poderá minimizar ou exacerbar tal
Freud adotou a hipnose para ajudar as pessoas alteração.
a reviverem as experiências traumáticas do
passado que pareciam associadas com seus A base da profissão de um profissional da saúde
sintomas atuais. deve ser a crença no valor da pessoa através do
respeito ao atendimento das necessidades
Entretanto, nem todos podiam atingir um estado básicas do paciente e, para tanto, é
de transe e a hipnose parecia resultar em curas imprescindível identificar seus problemas tendo
temporárias, com o aparecimento posterior de amplas e atualizados conhecimentos
novos sintomas. fisiopatológicos e psicossociais, sem os quais sua
atuação será desnecessária e, muitas vezes,
Freud então desenvolveu o método da prejudicial.
associação livre no qual os pacientes deitavam
num divã e eram encorajados a dizer o que quer
que lhes viesse à mente (desejos, conflitos, PSICOPATOLOGIA
temores, pensamentos e lembranças), sendo
também convidados a relatar seus sonhos. O comportamento normal e o patológico
(anormal / doença mental)
Freud tratava dos seus pacientes tentando trazer
à consciência aquilo que estava inconsciente.

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A divisão entre o normal e o patológico é tênue, Toda doença mental e seus sintomas se
entretanto, a normalidade possui 3 desenvolvem a partir das interações da
características importantes: personalidade da pessoa com uma ou mais
tensões. A tensão pode ser "interna" como
a flexibilidade resultado de alterações orgânicas e psicológicas
a alegria no organismo ou "externa".
a autoestima
O conhecimento da etiologia dos distúrbios
A flexibilidade para o novo, para a mudança, psíquicos ainda é rudimentar, embora esteja se
para uma nova maneira de ser, não querer ser o desenvolvendo.
dono da verdade são traços de normalidade. Na
patologia ocorre a rigidez, no sentido de que a Assim, a classificação dos distúrbios psíquicos é
pessoa acha que sabe tudo, não aceita o novo. A insatisfatória, mas como os profissionais da
rigidez é um traço patológico. saúde precisam antecipar as consequências de
qualquer doença, pesquisar e se comunicar entre
A alegria é característica de pessoas sã e a si, torna-se necessária uma classificação.
melancolia de pessoa doentes. Essa alegria pode
ser psíquica e/ou corporal. Na pessoa deprimida Os psiquiatras clínicos descrevem a
falta a alegria. personalidade em termos de estrutura mental
que está constante e regularmente presente em
A autoestima inclui a avaliação subjetiva que uma pessoa.
uma pessoa faz de si mesma como sendo
intrinsecamente positiva ou negativa em algum Uma síndrome é constituída por um certo
grau (Sedikides & Gregg, 2003). número de sintomas que, quando agrupados,
A autoestima envolve tanto crenças formam um padrão reconhecível.
autossignificantes (por exemplo, "Eu sou
competente/incompetente", "Eu sou Para que os profissionais da área da saúde
benquisto/malquisto") e emoções reconheçam da mesma maneira um portador de
autossignificantes associadas (por exemplo, transtornos mentais ou psíquicos há dois
triunfo/desespero, orgulho/vergonha). sistemas classificatórios importantes das
doenças mentais e que foram desenvolvidos pela
Organização Mundial de Saúde (OMS) e
O distúrbio mental ocorre em todas as pela Associação Psiquiátrica Americana
sociedades, embora os sintomas variem (APA).
conforme a cultura.
O primeiro é o CID10, publicado em 1992 e que
Normalmente, a personalidade de qualquer contém a 10ª revisão do capítulo sobre
doente mental mostra sinais de inadaptação e Transtornos Mentais e de Comportamento.
excesso de algum comportamento. É importante
frisar que para ser patológico, o comportamento Todas as tradições e escolas da psiquiatria estão
deve ser uma constante na vida da pessoa. ali representadas, o que dá a este trabalho seu
caráter excepcionalmente internacional.
Um comportamento que é considerado anormal
em uma sociedade pode ser aceitável em outra, A classificação e as diretrizes foram produzidas e
pode ocorrer inclusive que, numa mesma testadas em muitas línguas. Nesta classificação
sociedade, certas formas de comportamento os transtornos mentais estão elencados em 11
sejam aceitáveis para uma geração, mas não categorias maiores compreendendo 99 tipos de
para as seguintes. doenças mentais.
A psiquiatria se relaciona com o estudo e o É oferecida uma secção com as descrições
tratamento das doenças mentais e dos processos clínicas e diretrizes diagnósticas que deve ser de
de distúrbios mentais que podem também conhecimento de todo o profissional.
produzir distúrbios físicos.
Um outro sistema de classificação foi
coordenado pela Associação Psiquiátrica
Americana e é amplamente conhecido como

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DSMIV (Manual Diagnóstico e Estatístico Gosta de sentir que tem o completo controle de
de Transtornos Mentais 4º Ed.). si mesmo e de seu mundo. Mantém suas
emoções sob controle e raramente perde a
É um manual mais específico, completo e calma.
complexo.
Seu senso de humor é limitado. Parece que
Como as classificações dos transtornos mentais precisa controlar completamente seu meio
é complexa, salientaremos as 3 principais ambiente ou então não fazer nenhuma tentativa
estruturas dentro da psicopatologia, que são: neste sentido, nenhum meio-termo é possível.
Possui a moral muito rígida principalmente com
a Neurose relação a regras e horários.
a Psicose
a Perversão Tem medo exagerado que pode chegar a uma
paranóia.

Neurose É muito bom para os outros, mas pensa pouco


em si mesmo, sendo às vezes auto-agressivo e
A pessoa neurótica reconhece que está doente, possuindo autoexigência
embora não possa associar seus sintomas com (perfeccionismo).
um conflito emocional óbvio. Ele permanece em
contato com a realidade. Se sacrifica pelos outros. Tudo tem que ter
sacrifício, tem que complicar as coisas mais
Pode continuar a adaptar-se socialmente porque simples.
a pessoa neurótica não gosta da realidade que
vive, mas se adapta a ela da sua maneira. 2) Neurose histérica

O neurótico sofre de reminiscências, quer dizer, A pessoa com personalidade histérica é


o que ele passou no passado, ele sofre no diferente. Ela precisa sentir que é o centro das
presente, atualiza no presente, o que significa atenções. Um pequeno desprezo será encarado
um sofrimento inútil. como um insulto mortal, uma palavra impensada
tornar-se-á uma declaração de amor ou prova de
Como exemplos de distúrbios neuróticos temos que não é mais amada.
a:
É perfeccionista no sentido estético pois gosta
neurose obsessiva-compulsiva de se sentir bonito para seduzir as pessoas. É
neurose histérica um bom "ator", faz "teatro" em várias situações
neurose fóbica / síndrome do pânico para dar a visão que está tudo bem.
neurose hipocondríaca
É muito bom consigo mesmo, pensando mais em
1) Neurose obssessiva-compulsiva si do que nos outros, não sacrifica pelos outros
por isso se permite viver mais. É decidido,
A pessoa com personalidade obsessiva é seguro de si.
excessivamente asseada, pontual e de confiança.
Ela costuma conferir tudo o que faz muitas vezes Pacientes assim nunca são monótonos. Não é de
(rituais). estranhar a possibilidade de que as
personalidades histéricas e obsessivas sejam
Não gosta de mudança e fica contrariada com atraídas umas pelas outras!
qualquer alteração em sua rotina. Tem
atividades compulsivas, como por exemplo: 3) Neurose fóbica/ Síndrome do Pânico
gastar dinheiro demais ou ser muito avarento,
comer demais e ser obeso, ser muito organizado Uma das principais angústias do homem é o
no sentido de ser perfeccionista. medo de ficar só, o medo da solidão. O que
significa estar só?

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Para ser só, a pessoa tem que entrar em contato que somente ele pode reconhecer, tem delírios e
consigo mesma, ser independente e para isso alucinações diversas (distúrbios de percepção).
ela deve ter uma boa auto-estima e saber lidar
com os próprios sentimentos. O psicótico não aceita a realidade, por isso cria
uma nova realidade para viver. Torna-se incapaz
A neurose fóbica se caracteriza pelo medo de continuar seu trabalho ou até mesmo de viver
excessivo e evitação de algum objeto com a família porque seu senso de
normalmente inofensivo. autopreservação fica seriamente perturbado.
A Síndrome do Pânico tem vários sintomas
físicos quanto psicológicos. Eis alguns exemplos: A vida do psicótico é um eterno drama. O que
fica do mundo para ele é a hostilidade. Para se
Físicos: chegar a psicose, a sua história de vida foi muito
palpitações, taquicardia, falta de ar, horrível, a hostilidade foi a marca que mais ficou
tremores, para ele e o que mantêm seu psiquismo vivo são
dormência no corpo, os delírios e as alucinações.
sudorese,
tontura, Possui dificuldades afetivas, sexuais e nos seus
medo de perder o controle, relacionamentos. Acha que não precisa das
medo de ficar louco, outras pessoas porque ele delira e cria uma
medo de morrer(medo do coração parar), pessoa que seja ideal para ele.
etc.
É muito instável de humor, são anti-sociais e
Psicológicos: possuem uma inteligência média para superior
sensação de vazio, porque ele tem um "jogo psíquico" que não se
sensação de desamparo, encontra nas outras estruturas.
medo de ficar sozinho,
culpa pelo fracasso, Eles querem ter certeza de tudo e serem os
fragilidade, donos da verdade. Quando essa certeza é
perda da identidade, atingida, o psicótico se defende com o
baixa resistência à frustração, autoritarismo e agressividade.
medo da morte,
necessidade da mentira, Usa de palavras que por serem francas demais
vira escrava do próprio medo, etc. podem magoar alguém e isso ocorre porque ele
não tem noção de limites, não tem noção do
4) Neurose hipocondríaca outro.
Se caracteriza pela preocupação com doenças
imaginárias e outros sintomas corporais. Os pacientes psicóticos são os mais difícies de
tratar, pois têm um ressentimento em relação à
EXEMPLOS DE FILMES SOBRE NEUROSE: pessoa que cuida dele, devido à autoridade que
essa pessoa representa.
"O Príncipe das Marés"
"Melhor é impossível" São persuasivos e manipuladores, porém podem
"Dormindo com o Inimigo" ser amáveis e racionais. A elhor atitude a adotar
é manter uma firmeza amistosa. Como distúrbios
psicótico temos:
PSICOSE
Esquizofrenia
O psicótico tem maior comprometimento Paranóia
psíquico. É o verdadeiro doente mental. Psicose maníaco-depressiva(PMD)

A pessoa psicótica tem sua personalidade 1) Esquizofrenia


inteiramente distorcida pela doença. Aceita seus
sintomas como reais e a partir deles passa a A etimologia da palavra esquizofrenia vem de
reconstruir seu ambiente, recriando um mundo Esquizo = cisão e Frenia = personalidade.

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Esquizofrenia é a dupla personalidade ou
personalidade múltipla.
Perversão ou Psicopatia
A pessoa com personalidade esquizóide é tímida,
acanhada e "fechada". É emocionalmente fria, Ainda é chamada de parafilias sexuais no
incapaz de se relacionar e formar amizades DSMIV. Está ligada a sexualidade.
profundas.
O perverso tem o objetivo de manipular o outro.
Frequentemente é excêntrica em seus hábitos e Vive transgredindo normas e valores, como por
leva uma vida própria, à parte das outras exemplo a corrupção. Acha que ele é o melhor,
pessoas. que no mundo só há idiotas e por isso ele nunca
vai ser pego nas suas transgressões.
É também característica dos esquizofrênicos
possuírem: Geralmente, o prazer dele está não no ato
errado em si, mas fazendo o errado, ou seja,
comportamentos bizarros ou estranhos;
transgredir, já lhe causa prazer.
o isolamento,
pois têm dificuldade de socialização;
dificuldades sexuais como a dificuldade Algumas psicopatias descritas no DSNIV:
de ereção tendo satisfação pela
masturbação ou pela humilhação, Sadomasoquismo
agressão e mágoa a pessoa com quem Exibicionismo
está tendo relações sexuais. Voyerismo
Fetichismo
Faz muitas generalizações, como por exemplo:
1) Sadomasoquismo
"Todos os homens não prestam",
"Todas as mulheres traem". Sente prazer pela violência sexual.

É irônico, debochado, busca um ponto fraco da 2) Exibicionismo


pessoa para atacar. É rígido, de pouca
brincadeira e quando brinca é através da ironia. Os exibicionistas são capazes de ereção e
orgasmo quando se expõem a uma mulher
2) Paranóia desconhecida e amedrontada.

Pelo DSMIV (Manual de Diagnóstico e Estatística 3) Voyerismo


das Perturbações Mentais), a paranóia está incluída
na esquizofrenia. Os espreitadores ou voyeurs masturbam-se até o
orgasmo enquanto observam uma
A pessoa com personalidade paranóide é mulher/homem desconhecida se despir. O
desconfiada de todos e o delírio mais constante indivíduo pode também fazer um telefone
é o delírio de perseguição. Ela é sensível e obsceno e atingir o orgasmo enquanto fala
também lhe falta senso de humor. Tem uma com uma mulher desconhecida.
idéia superior de suas próprias habilidades,
sendo difícil trabalhar com ela, pois é rígida e 4) Fetichismo
inadaptável. Tem poucos amigos.
Algumas pessoas são atraídas por objetos e não
3) Psicose maníaco-depressiva (PMD) por seres humanos. São os fetichistas e o objeto
de seu desejo sexual chama-se fetiche. Os
A pessoa com PMD vive episódios de depressão fetiches mais comuns são:
com mania, ou seja, períodos de abatimento e
desinteresse e outros de alegria contagiante e Roupas femininas, especialmente roupa
superatividade. Riscos a suicídio. íntima, sapatos, cabelos, seda, etc.

EXEMPLOS DE FILMES SOBRE PSICOSE:


"Psicose I, II, III e IV”
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Um fetichista pode ser capaz de ter relação Relacionamento Interpessoal
sexual e atingir o clímax, desde que possa
fantasiar seu fetiche. EMPATIA – COMPREENDENDO A SI PRÓPRIO E
AOS OUTROS
EXEMPLOS DE FILMES SOBRE PERVERSÃO:
· "As duas faces de um crime" Cultivar a habilidade de compreender as pessoas
é uma das tarefas mais difícies que um homem
jamais poderia se propor. Mesmo fazendo o
maior esforço, somente é possível compreender
IDENTIFICAÇÃO DE IDÉIAS SUICIDAS NOS em parte as necessidades sentidas pelo homem;
PACIENTES e, menos ainda, os sentimentos da vida interior.
Isto porque a habilidade de compreender
"Se a pessoa em crise receber ajuda adequada, abrange mais do que ser capaz de
isto é, um tipo de ajuda que lhe permita pensar perceber, entender, identificar e interpretar as
sobre o problema e chegar a algumas comunicações ou expressões captadas pelos
conclusões sobre soluções alternativas sentidos.
aceitáveis, a experiência pode levar a novos
níveis de adaptação mais amadurecida"- Especificamente no contexto de
(Beland, 1979). relacionamento interpessoal.

Quando a pessoa está doente há elementos "compreender" é análogo a "empatizar", termo


tanto de angústia como de medo, que se este que significa:
manifestam das mais variadas formas e
geralmente iguais àqueles que aprenderam a a capacidade de identificação com a
disposição ou estrutura psicológica de
enfrentar durante os perigos da vida.
outra pessoa;
Há pacientes que expressam verbalmente seus
procurar sentir como se estivesse na
temores, outros negam sua existência; alguns situação da outra pessoa;
reagem com hostilidade, outros choram, e assim tentar entender as razões e o significado
por diante. da comunicação verbal e nãoverbal,
mais do que a maneira como esta
O profissional de saúde tendo conhecimento de transparece;
que a reação de uma pessoa é geralmente compartilhar mutuamente desejos e
resultado de experiências anteriores, deverá idéias, mesmo que não se concorde com
identificar suas necessidades, respostas à o comportamento exibido
doença e tratamento e conservar a identidade ter a habilidade de perceber e
acompanhar os sentimentos de outra
pessoal do paciente chamando-o pelo nome.
pessoa, mesmo que sejam intensos,
profundos, destrutivos ou anormais.
A identificação e aceitação de seus hábitos e
atitudes e esforço para ajudá-lo a adaptar-se a
O real significado de empatia está em
situações que colocam em perigo sua saúde
compreender os outros, apesar de não se
contribuirão para que conserve sua identidade e
concordar, muitas vezes, com o comportamento
mostrando-lhe, dessa forma, que o respeita
destes.
como pessoa, fator essencial para que a
segurança e a confiança dele sejam reforçadas.
Procurar ser compreensivo e sentir como a outra
Possuindo amplos conhecimentos
pessoa estaria sentindo não significa que se
fisiopatológicos e psicossociais, o técnico
deva ser sempre permissivo e tolerante frente a
juntamente com os outros profissionais de
certos comportamentos agressivos e destrutivos.
saúde que também cuidam desse paciente
num perfeito entrosamento, será capaz de
Após analisar tais situações, o técnico deve
identificar idéias suicidas dos pacientes sob
julgar, muitas vezes, ser preciso estabelecer
seus cuidados e tomar as medidas necessárias.
limites ou restrições para garantir a segurança
do paciente ou das pessoas adjacentes.

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Compreender implica simultaneamente ser capaz
de estabelecer limites, quando necessário. O ato
de impor limites poderá gerar ira momentânea
no paciente, mas com o tempo o fato será
percebido como uma atitude de ajuda.

Neste pensamento está intrínseco que o cultivo


da habilidade de compreender não é obra do
acaso. É a combinação ativa de qualidades e
habilidades pessoais de ajustamento emocional,
de amor ao próximo, de possuir senso
equilibrado de auto-estima e autocrítica, e de
avaliar inteligentemente as necessidade das
outras pessoas.

Entretanto, assim como há fatores que


influenciam a disposição para ser mais
compreensivo, por outro lado há outros que
dificultam igualmente. Um destes é o
egocentrismo ou egoísmo pessoal do
profissional, o excesso de preocupação consigo
próprio, ou a dificuldade de discernimento do
conceito de que é "certo " ou "errado" que pode
bloquear as tentativas de empatizar-se com os
outros. REGRAS PARA FACILITAR A
COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL

A COMUNICABILIDADE 1. O tom de voz deve ser moderado, nem muito


alto, nem muito baixo.
2. A velocidade da fala deve também ter um
A comunicação é o instrumento de expressão de bom tempo,
nosso interior; do que pensamos, do que 3. ritmo e fluência.
queremos, do que acreditamos. 4. Evitar erros de sintaxe, linguagem
imprópria, palavras
Comunicar é colocar algo em comum, é tornar- 5. ambíguas, inadequadas ou incorretas.
6. Falar com clareza.
se comum com alguém. 7. Tentar despertar o interesse do paciente.
8. Escutar atenta e ativamente o paciente,
Comunicação são maneiras de receber e lembrando-se que escutar é mais que ouvir.
transmitir informações.
Eis aqui alguns comportamentos que o
Para que a comunicação ocorra, é preciso que profissional de saúde deve desenvolver a fim de
haja: escutar o paciente:

EMISSOR - MENSAGEM - RECEPTOR manter o olhar atento enquanto o paciente


fala,
não ficar o tempo todo pensando só no que
A boa comunicação depende da harmonia destes vai ser respondido,
elementos. mostrar atitude calma e receptiva,
fazer com que a comunicação (tanto verbal
como não verbal) assegure ao outro que se
está acompanhando o que ele diz,
tolerar sem ansiedade os silêncios do
paciente, se o silêncio tornar-se embaraçoso
para o paciente, procurar reformular a
última frase dita, para que ele possa
retomar a conversa,
depois de fazer uma pergunta é importante
silenciar.

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sentir e de estabelecer um relacionamento
Se o paciente não responder de imediato, é positivo ou favorável, ou seja, que tenha
melhor evitar o impulso de preencher o silêncio empatia.
com comentários.
As pessoas se comportam de maneiras diversas,
Ele deve ter a oportunidade de pensar na em função de seu temperamento, de suas
questão, não interromper para retificar o outro condições culturais, de seu modo de viver e das
está dizendo, mesmo que se discorde do que circunstâncias do momento.
ele diz.
A doença modifica a personalidade e determina
É melhor esperar que termine o enunciado, não uma regressão emocional a níveis infantis de
contradizer o que o outro está dizendo por dependência, com perda de segurança e
considerar conhecido, desconhecido ou trivial. desenvolvimento de fantasias que têm por
objetivo (inconsciente) fugir à realidade.
Demonstrar respeito e aceitação mesmo que
haja grandes diferenças entre você e o seu O paciente/cliente ansioso
paciente.
Toda enfermidade, até o medo de estar doente,
Abster-se de fazer julgamentos numa provoca certo grau de ansiedade — ansiedade
comunicação, admitir que o paciente tenha reativa — e, em muitas ocasiões, são as
crenças, idéias e valores diferentes dos manifestações da ansiedade que levam o
seus,criar condições para que o paciente possa indivíduo a procurar o serviço de saúde.
expressar suas idéias, seus sentimentos e seus
valores. Isso não significa que se deve concordar O paciente/cliente sugestionável
com tudo nem impede de dizer que não se
compartilha dessa posturas. O paciente/cliente sugestionável costuma ter
excessivo medo de adoecer, vive procurando
Quando em equipe multiprofissional, fazer médicos e realizando exames para confirmar sua
comentários descritivos e não avaliativos, pois os higidez, mas, ao mesmo tempo, teme
primeiros geram um comportamento receptivo. exageradamente a possibilidade de os exames
mostrarem alguma enfermidade.
Os avaliativos predispõem ao comportamento
defensivo.
O paciente/cliente hipocondríaco
O feedback descritivo explica de maneira
O paciente hipocondríaco está sempre se
específica um fato, uma atividade ou um
queixando de diferentes sintomas. Tem
processo.
tendência a procurar o serviço de saúde ao
surgirem indisposições sem importância ou sem
O feedback avaliativo é de natureza crítica e
motivo concreto, quase sempre manifestando o
tende a apresentar uma conclusão por parte de
desejo de fazer exames laboratoriais.
quem o emite, os comentários descritivos são
mais fáceis de aceitar e descrevem o
comportamento sem atacar a outra pessoa. O paciente/cliente deprimido

O paciente deprimido apresenta desinteresse por


si mesmo e pelas coisas que acontecem ao seu
TIPOS DE ESTADO PSICOLÓGICOS redor.
DE
PACIENTES Tem forte tendência para se isolar e durante a
entrevista reluta em descrever seus
O ser humano é uma unidade biopsicossocial e padecimentos, respondendo pela metade às
seus aspectos afetivos são o que mais o perguntas feitas a ele ou permanecendo calado.
diferencia dos outros animais.
O paciente/cliente eufórico
Para avaliálos o TR se vale de sua capacidade de

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O paciente eufórico apresenta exaltação do Por isso, no que respeita ao exame radiológico, é
humor, fala e movimenta-se demasiadamente. necessário ser objetivo, fazendo-se apenas o
que for estritamente necessário e mesmo assim
Sente-se muito forte e sadio e fica fazendo adaptando-se às condições do paciente.
referências às suas qualidades.
O paciente/cliente terminal
Seu pensamento é rápido, muda de assunto
inesperadamente, podendo haver dificuldade de Conceituar paciente/cliente terminal é uma
ser compreendido. tarefa difícil.

O paciente/cliente hostil Em senso estrito, é o que sofre de uma doença


incurável em fase avançada, para a qual não há
A hostilidade pode ser percebida à primeira recursos de saúde capazes de alterar o
vista, após as primeiras palavras, ou pode ser prognóstico de morte a curto ou médio prazo.
velada, traduzida em respostas reticentes e
insinuações mal disfarçadas. Muitas situações O paciente/cliente de pouca
podem determinar este comportamento. inteligência
O paciente/cliente inibido ou tímido Não estamos fazendo referências apenas aos
casos de franco retardamento mental.
O paciente inibido ou tímido não encara o o
técnico, senta-se na beirada da cadeira e fala A todo momento, o TR entra em contato com
baixo. Não é difícil notar que ele não está à pessoas de inteligência reduzida. É necessário
vontade naquele lugar e naquele momento. reconhecê-las para se adotar uma linguagem
mais simples, adequada ao nível de
O TR deve ajudá-lo a vencer a inibição. Para compreensão do paciente.
isso, uma demonstração de interesse pelo seus
problemas é fundamental. Algumas palavras O paciente/cliente com deficiências
amistosas podem ajudar.
auditivas (surdo-mudo)
O paciente/cliente psicótico A comunicação entre o TR e um paciente que
não fala e nem escuta depende do interesse do
Reconhecer o paciente psicótico ou doente primeiro e da inteligência do segundo.
mental costuma ser difícil para o TR pouco
experiente nesta área. Quase sempre alguma pessoa da família faz o
papel de intérprete e, neste caso, a entrevista
As principais alterações mentais são a confusão assume características idênticas às que exigem a
mental, as alucinações, os delírios, a participação de uma terceira pessoa.
desagregação do pensamento, a depressão, a
excitação patológica do humor e as alterações
As crianças
do juízo crítico que levam à alteração do
comportamento.
O comportamento das crianças varia conforme a
idade, e o TR deve adaptar-se para conseguir
O paciente/cliente em estado grave estabelecer uma boa relação com o pequeno
paciente.
O paciente em estado grave cria problemas
especiais para o TR, do ponto de vista Comumente as crianças têm medo do TR e dos
psicológico. aparelhos. Este receio é lógico porque ela teme
o desconhecido.
De uma maneira geral não desejam ser
perturbados por ninguém, e os exames, de
qualquer natureza, representam um incómodo
para eles. Os idosos

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O comportamento dos idosos varia muito em CAPITULO I
função de seu temperamento e, talvez, seja em
boa parte um reflexo do que a vida lhe DA PROFISSÃO
propiciou.
O paciente idoso precisa sentir desde o primeiro Art. 1º - É objeto da profissão do Tecnólogo,
momento que está sendo alvo de atenção e Técnico e Auxiliar em Radiologia o disposto na
respeito, pois as pessoas idosas costumam ter Lei nº 7.394, de 29 de outubro
uma certa amargura e uma dose de pessimismo de 1985, regulamentada pelo Decreto nº 92.790
diante de todas as coisas da vida; às vezes, de 17 de junho de 1086, nas seguintes áreas;
tornam-se indiferentes e arredias. I - Radiologia, no setor de diagnostico médico;
II - Radioterápicas, no setor de Terapia medica;
III - Radioisotopicas, no setor de Radioisótopos;
IV - Radiologia Industrial, no setor Industrial;
Código de Ética dos Técnicos em V - De medicina nuclear.
Radiologia
CAPITULO II
Contribuição de Bueno e Costanze
24 de abril de 2007 NORMAS FUNDAMENTAIS

Última Atualização 29 de janeiro de 2010 Art. 2º - O Tecnólogo, Técnico e Auxiliar de


Radiologia, no desempenho de suas atividades
CONSELHO NACIONAL DE TÉCNICOS EM profissionais, deve respeitar integralmente a
RADIOLOGIA dignidade da pessoa Humana destinatária de
seus serviços, sem restrição de raça
CÓDIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS DAS nacionalidade, partido político, classe social e
TÉCNICAS RADIOLÓGICAS
religião.

PREÂMBULO Parágrafo Primeiro - Respeitar integralmente


a dignidade da pessoa humana destinatária de
I - O código de Ética Profissional enuncia os seus serviços, sem restrição de raça,
fundamentos éticos e as condutas necessárias a nacionalidade, sexo, idade, partido político,
boa e honesta praticas das profissões do classe social e religião.
Tecnólogo, Técnico e Auxiliar de Radiologia e
relaciona direitos e deveres correlatos de seus Parágrafo segundo - Pautar sua vida
profissionais inscritos no sistema observando na profissão e fora dela, os mais
CONTER/CRTRs e das pessoas jurídicas rígidos princípios morais para a elevação de sua
correlatas. dignidade pessoal, de sua profissão e de toda a
classe, exercendo sua atividade com zelo,
II - Para o exercício da profissão de Tecnólogo, probidade e decoro, em obediência aos preceitos
Técnico ou Auxiliar de Radiologia impõe-se a da ética profissional, da moral, do civismo e da
inscrição no Conselho Regional da respectiva legislação em vigor.
Jurisdição.
Parágrafo terceiro - Dedicar-se ao
III - Os preceitos deste Código de Ética têm aperfeiçoamento e atualização de seus
alcance sobre os profissionais das Técnicas conhecimentos técnicos científicos e a sua
Radiológica e Auxiliares de Radiologia, quaisquer cultura geral, e assim para a promoção do bem
que sejam seus níveis de formação, modalidades estar social.
e especializações.
Art. 3º - O Tecnólogo, Técnico e Auxiliar de
Radiologia, no exercício de sua função
profissional, complementará a definição de suas
responsabilidades, direitos e deveres nas
disposições da legislação especial ou em geral,
em vigor no país.

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Parágrafo quinto - Compactuar, de qualquer
forma, com irregularidades dentro do seu local
CAPITULO III de trabalho, que venham prejudicar sua
dignidade profissional, devendo denunciar tais
DAS RELAÇÕES COM O CLIENTE/PACIENTE situações ao Conselho Regional de sua
jurisdição.
Art. 4º - O alvo de toda a atenção do
Tecnólogo, Técnico e Auxiliar em Radiologia é o Parágrafo sexto - Participar da formação
cliente/paciente, em beneficio do qual deverá profissional e de estágios irregulares.
agir com o máximo de zelo e o melhor de sua
capacidade técnica e profissional.
CAPITULO V
Art. 5º - Fica vedado ao Tecnólogo, Técnico e
Auxiliar em Radiologia, obter vantagem indevida DAS RELAÇÕES COM OUTROS
aproveitando-se da função PROFISSIONAIS
ou em decorrência dela, sejam de caráter físico,
emocional econômica ou política, respeitando a Art. 8º - O Tecnólogo, Técnico e Auxiliar em
integridade física e emocional do Radiologia tem obrigação de adotar uma atitude
cliente/paciente, seu pudor natural, sua de solidariedade e consideração a seus colegas,
privacidade e intimidade. respeitando sempre os padrões de ética
profissional e pessoal estabelecidos neste
Art. 6º - Ao Tecnólogo, Técnico e Auxiliar em código, indispensáveis a harmonia e a elevação
Radiologia é expressamente vedado fornecer ao de sua profissão, dentro da classe e no conceito
cliente/paciente, informações diagnósticas da sociedade.
verbais ou escritas sobre procedimentos
realizados. Parágrafo Único - As relações do Tecnólogo,
Técnico e Auxiliar de Radiologia, com os demais
profissionais, no exercício da
CAPITULO IV sua profissão, devem basear-se no respeito
mutuo, na liberdade e independência profissional
DAS RELAÇÕES COM OS COLEGAS de cada um, buscando sempre o interesse e o
bem estar do cliente/paciente.
Art. 7º - É vedado ao Tecnólogo, Técnico e
Auxiliar em Radiologia: Art. 9º - O Tecnólogo, Técnico e Auxiliar em
Radiologia se obriga, caso seja solicitado seu
Parágrafo primeiro - Participar de qualquer depoimento em processo administrativo, judicial
ato de concorrência desleal contra colegas, ou procedimento de dispensa por justa causa a
valendo-se de vantagem, física, emocional, depor compromissado com a verdade, sobre
política ou religiosa. fatos que envolvam seus colegas, de que tenha
conhecimento em razão do ambiente
Parágrafo segundo - Assumir emprego, cargo profissional, jamais dando falso testemunho para
ou função de um profissional demitido ou obter vantagens com alguma das partes ou
afastado em represália a atitude de defesa de prejudicar injustamente os mesmos.
movimentos legítimos da categoria e da
aplicação deste código. Parágrafo único - Ao Tecnólogo, Técnico e
Auxiliar em Radiologia é terminantemente
Parágrafo terceiro - Posicionar-se vedada a obtenção de informações prejudiciais
contrariamente a movimentos da categoria, com ao seu colega, utilizando-se de meio ilícito ou
a finalidade de obter vantagens. imoral a fim de obter qualquer vantagem pessoal
e profissional, em detrimento da imagem do
Parágrafo quarto - Ser conivente em erros outro.
técnicos, infrações éticas e com o exercício
irregular ou ilegal da profissão.

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Art. 10 - O Tecnólogo, Técnico e Auxiliar em Art. 15 - O Tecnólogo, Técnico e Auxiliar em
Radiologia deve reconhecer as limitações de Radiologia deve recusar-se a executar atividades
suas atividades, procurando que não sejam de sua competência legal.
desempenhar suas funções segundo as
prescrições medica e orientações técnicas do
Coordenador Técnico do serviço. CAPITULO VII

Art. 11 - Quando investido em função de Chefe, DAS RESPONSABILIDADES PROFISSIONAIS


Coordenador ou Supervisor, deve o Tecnólogo
ou Técnico em Radiologia, em suas relações com
colegas, auxiliares e demais funcionários, pautar Art. 16 - O Tecnólogo, Técnico e Auxiliar em
sua conduta pelas normas do presente Código, Radiologia deve:
exigindo deles igualmente fiel observância dos
preceitos éticos. Parágrafo primeiro - Preservar, em sua
conduta, a honra, a nobreza e a dignidade da
profissão, zelando pelo seu caráter de
essencialidade e indispensabilidade, pela sua
CAPITULO VI reputação pessoal e profissional.

DAS RELAÇÕES COM OS SERVIÇOS Parágrafo segundo - Reconhecer as


EMPREGADORES possibilidades e limitações no desempenho de
suas funções profissionais e só executar técnicas
Art. 12 - O Tecnólogo ou Técnico em Radiologia radiológicas, radioterápicas, nuclear e industrial,
deverá abster-se junto aos clientes de fazer mediante requisição ou solicitação do
critica aos serviços hospitalares, assistenciais, e especialista.
a outros profissionais, devendo encaminhá-la,
por escrito, à consideração das autoridades Parágrafo terceiro - Assumir civil e
competentes. penalmente responsabilidades por atos
profissionais danosos ao cliente/paciente a
Art. 13 - Deverá o Tecnólogo ou Técnico em que tenha dado causa por imperícia,
Radiologia, empregado ou sócio, respeitar as imprudência, negligencia ou omissão.
normas da instituição utilizadora dos seus
serviços, desde que estas não firam o presente Parágrafo quarto - Assumir sempre a
Código de Ética. responsabilidade profissional de seus atos,
deixando de atribuir, injustamente, seus
Art. 14 - O Tecnólogo ou Técnico em insucessos a terceiros ou a circunstancias
Radiologia, tem o dever de apontar falhas nos ocasionais, devendo primar pela boa qualidade
regulamentos e normas das instituições em que do seu trabalho.
trabalhe, quando as julgar indignas do exercício
da profissão ou prejudiciais aos clientes, Art. 17 - O Tecnólogo, Técnico e Auxiliar em
devendo Radiologia, deve observar, rigorosa e
dirigir-se, nesses casos, aos órgãos competentes permanentemente, as normas legais
e ao Conselho Regional de Técnicos em de proteção contra as radiações ionizantes no
Radiologia de sua jurisdição. desempenho de suas atividades profissionais,
para resguardar sua saúde, a do cliente, de seus
Parágrafo único - O Tecnólogo, Técnico e auxiliares e de seus descendentes.
Auxiliar em Radiologia, uma vez constatado
condições indignas de trabalho que possam Art. 18 - Será de responsabilidade do Tecnólogo
prejudicar a si ou a seus clientes/pacientes deve ou Técnico em Radiologia, que estiver operando
encaminhar, por escrito, à Direção da instituição o equipamento emissor de Radiação a isolação
relatório e pedido de providencias, caso do local, a proteção das pessoas nas áreas
persistam comunicar às autoridades irradiadas e a utilização dos equipamentos de
competentes. segurança, em conformidade com as normas de
proteção Radiológica vigentes no País.

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Art. 19 - O Tecnólogo, Técnico e Auxiliar em
Radiologia é obrigado a exigir dos serviços em CAPÍTULO IX
que trabalhe todo o equipamento indispensável
de proteção radiológica, cumprindo DO SIGILO PROFISSIONAL
determinações legais e adotando o procedimento
descrito no parágrafo único do art. 16 deste Art. 24 - Constitui infração ética:
Código, podendo, caso persistam, negar-se a
executar exames, procedimentos ou tratamentos I - revelar, sem justa causa, fato sigiloso de que
na falta dos mesmos. tenha conhecimento em razão do exercício de
sua profissão;
Art. 20 - O Tecnólogo, Técnico e Auxiliar em II - negligenciar na orientação de seus
Radiologia jamais poderá deixar de cumprir as colaboradores quanto ao sigilo profissional;
normas emanadas dos Conselhos Federal e III - fazer referência a casos clínicos
Regionais de Técnicos em Radiologia e de identificáveis, exibir clientes ou seus retratos em
atender as suas requisições administrativas, anúncios profissionais ou na divulgação de
intimações ou notificações no prazo assuntos Radiológicos em programas de rádio,
determinado. televisão ou cinema, e em artigos entrevistas ou
reportagens em jornais, revistas, congressos
Art. 21 - A fim de garantir o acatamento e cabal e/ou simpósios, ou outras publicações legais,
execução deste Código, cabe ao Tecnólogo, salvo se autorizado pelo cliente/paciente ou
Técnico e o Auxiliar em Radiologia comunicar ao responsável,
Conselho Regional de Radiologia, com discrição
e fundamento, fatos de que tenha conhecimento Parágrafo único - Compreende-se como justa
e que caracterizem possível infrigência do causa, principalmente:
presente Código e das normas que regulam o
exercício das Técnicas Radiológicas no país. 1.colaboração com a justiça nos casos previstos
em Lei;
2.notificação compulsória de doença;
CAPITULO VIII 3.perícia radiológica nos seus exatos limites;
4.estrita defesa de interesse legítimo dos
DA REMUNERAÇÃO PROFISSIONAL profissionais inscritos;
5.revelação de fato sigiloso ao responsável pelo
Art. 22 - Os Serviços profissionais do incapaz.
Tecnólogo, Técnico e Auxiliar em Radiologia,
devem ser remunerados em níveis compatíveis
com a dignidade da profissão e sua importância CAPÍTULO X
reconhecida na área profissional a que pertence.
Parágrafo único - Ao candidatar-se a emprego, DA PESQUISA CIENTÍFICA
deve procurar estipular as suas pretensões
salariais, nunca aceitando ofertas inferiores às Art. 25 - Constitui infração ética:
estabelecidas na legislação em vigor e nas
negociações feitas pelo órgão de classe. I - desatender às normas do órgão competente
à Legislação sobre pesquisa envolvendo as
Art. 23 - A remuneração do Tecnólogo, Técnico Radiações;
e Auxiliar em Radiologia será composta de II - utilizar-se de animais de experimentação
salários, comissões e produtividade, por sem objetivos claros e honestos de enriquecer os
qualidade, participações em faturamento de horizontes do conhecimento das Radiações e,
empresas ou departamentos radiológicos, conseqüentemente, de ampliar os benefícios à
cursos, aulas, palestras, supervisão, chefia e sociedade;
outras receitas por serviços efetivamente III - realizar pesquisa em ser humano sem que
prestados, sendo terminantemente vedado o este ou seu responsável, ou representante legal,
recebimento de gratificações extras de tenha dado consentimento, livre e estabelecido,
cliente/paciente ou acompanhante. por escrito, sobre a natureza das conseqüências
da pesquisa;

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IV - usar, experimentalmente, sem autorização CAPITULO XII
da autoridade competente, e sem o
conhecimento e o consentimento prévios do DOS CONSELHOS NACIONAL E REGIONAIS
cliente ou de seu representante legal, qualquer E DA OBSERVÂNCIA E APLICAÇÃO DO
tipo de terapêutica ainda não liberada para uso CÓDIGO
no País;
V - manipular dados da pesquisa em benefício Art. 29 - Compete somente ao Conselho
próprio ou de empresas e/ou instituições; Nacional e aos Conselhos Regionais orientar,
VI - divulgar assunto ou descoberta de disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão de
conteúdo inverídico; Tecnólogo, Técnico e Auxiliar em Radiologia,
VII - utilizar-se sem referência ao autor ou sem bem como aplicação de medidas disciplinares
sua autorização expressa de dados ou que possam garantir a fiel observância do
informações publicadas ou não. presente Código.
VIII - publicar em seu nome trabalho científico
do qual não tenha participado ou atribui-se Parágrafo único - Ao se inscrever em qualquer
autoria exclusiva quando houver participação de Conselho Regional o Tecnólogo, Técnico e
subordinado ou outros profissionais, Auxiliar em Radiologia assume tacitamente a
tecnólogos/técnicos/Auxiliar ou não. obrigação de respeitar o presente Código.

CAPÍTULO XI
CAPITULO XIII
DAS ENTIDADES COM ATIVIDADES NO
AMBITO DA RADIOLOGIA DAS PENALIDADES

Art. 26 - Aplicam-se as disposições deste Art. 30 - Os preceitos deste Código são de


Código de ética e as normas dos Conselhos de observância obrigatória e sua violação sujeitará
Radiologia a todos aqueles que exerçam a o infrator e quem, de qualquer modo, com ele
radioimaginologia, ainda que de forma indireta, concorrer para a infração, ainda de forma
sejam pessoas físicas ou jurídicas. omissa as seguintes penas:

Art. 27 - Os profissionais quando proprietário 1.Advertência confidencial


ou responsável Técnico responderão 2.Censura Confidencial
solidariamente com o infrator pelas infrações 3.Censura Publica em publicação oficial;
éticas cometidas. 4.Multa no valor de até 10 anuidades;
5.Suspensão do exercício profissional por 30
Art. 28 - As entidades mencionadas no artigo dias;
26 ficam obrigadas a: 6.Cassação do exercício profissional "ad
referendum" do Conselho Nacional
Parágrafo primeiro - Indicar o Supervisor
técnico, de acordo com a legislação vigente; Parágrafo Único - Salvo nos casos de
manifesta gravidade, que exijam aplicação
Parágrafo segundo - Manter a qualidade mediata das penalidades mais sérias, a
técnica científica dos trabalhos realizados; imposição das penas obedecerá a graduação
conforme a reincidência;
Parágrafo terceiro - Propiciar ao profissional,
condições adequadas de instalações, recursos Art. 31 - Considera-se de manifesta gravidade,
materiais, humanos e tecnológicos os quais principalmente:
garantam o seu desempenho pleno e seguro.
I - Levantar falso testemunho ou utilizar-se de
má-fé e meios ilícitos contra colega de profissão
com o objetivo de prejudica-lo;
II - Acobertar ou ensejar o exercício ilegal ou
irregular da profissão;

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III - Manter atividade profissional durante a igualmente vedada lançar notas nos autos ou
vigência de penalidade suspensiva; sublinhá-los de qualquer forma.
IV - Exercer atividade privativa de outros
profissionais;
V - Exercer, o Auxiliar, atividade inerente ao CAPITULO XIV
Tecnólogo e ao Técnico em Radiologia;
VI - Ocupar cargo cujo profissional dele tenha DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
sido afastado por motivo de movimento
classista; Art. 39 - As duvidas e os casos omissos serão
VII - Ofender a integridade física ou moral do resolvidos pelo Conselho Nacional, para o qual
colega de profissão ou do cliente/paciente; podem ser encaminhadas
VIII - Atentar contra o decoro e a moral dos consultas que, não assumindo caráter de
dirigentes do órgão a que pertence. denúncia, incorrerão nas mesmas exigências de
discrição e fundamentação.
Art. 32 - São circunstâncias que podem atenuar
a pena: Art. 40 - Caberá ao Conselho Nacional e aos
Conselhos Regionais, bem como a todo
I - Não ter sido antes condenado por infração Tecnólogo, Técnico e Auxiliar em
ética; Radiologia, promoverem a mais ampla
II - Ter reparado ou minorado o dano. divulgação do presente Código.

Art. 33 - Avalia-se a gravidade pela extensão do Art. 41 - O presente Código de Ética do


dano e por suas conseqüências; Tecnólogo, Técnico e Auxiliar em Radiologia,
elaborado pelo Conselho Nacional de Técnicos
Art. 34 - A pena de multa aplicada em casos de em Radiologia, atende ao disposto do artigo 16,
transgressões não prejudica a aplicação de outra do Decreto nº 92.790/96, de 17 de julho de
penalidade concomitantemente; 1986.

Art. 35 - As referidas penas serão aplicadas


pelos Conselhos Regionais e comunicadas ao
Conselho Nacional que dará ciência aos demais
Conselhos Regionais.
Art. 36 - Ao penalizado caberá recurso
suspensivo ao Conselho Nacional até 30 (trinta),
dias após a notificação.

Parágrafo único - A parte reclamante ou a


acusação, também caberá recurso até 30
(trinta), dias após o julgamento.

Art. 37 - Em caso de reincidência, a pena de


multa deverá ser aplicada em dobro.

Art. 38 - Somente na secretaria do Conselho


Regional poderão as partes ou seus
procuradores terem vistas do processo, tirar
cópias mediante pagamento das custas,
podendo, nesta oportunidade tomar as notas
que julgarem necessárias a defesa ou acusação.

Parágrafo Único - É expressamente vedada a


retirada de processos pelas partes ou seus
procuradores, sob qualquer pretexto, da
secretaria do Conselho Regional, sendo

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