Professional Documents
Culture Documents
5 de Setembro de 2010
Conteúdo
0.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
0.2 Biografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
0.3 Faraday e o Eletromagnetismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
0.3.1 Linhas de Força . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
0.3.2 Linhas de Indução Magnética . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
0.3.3 A Gaiola de Faraday . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
0.3.4 A Lei de Indução de Faraday . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
0.4 Faraday e a Quı́mica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
0.4.1 Leis de Faraday da Eletrólise . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
0.5 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
0.6 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1
Resumo
0.1 Introdução
Em março de 1812.A sala de conferência da Royal Institution, a célebre entidade in-
glesa a qual é referência quando o assunto é Ciência, está mais frequentada do que nunca.
De toda a cidade de Londres, chegam pessoas para assistir a um ciclo de quatro palestras
sobre as récem-descobertas dos fenômenos elétricos.Mais do que o assunto, excitante e
misterioso o que atrai a todos é o famoso conferêncista Sir. Humphry Davy 1 .Porém, entre
todos os espectadores destacava-se um jovem de famı́lia humilde, muito interessado, difer-
ente da maioria que encontrava-se ali, pelo seu ar deslumbrado e empenho em anotar tudo
que o orador dizia, complementando as palavras com desenhos dos fenômenos descritos e
do material de experimentação empregado.
Após alguns dias depois da conferência, Sir. Humphry Davy recebeu em seu gabinete
uma carta, na qual o remetente manifestava seu desejo de colocar-se “a serviço da ciência”
e solicitava um emprego na instituição.Michael Faraday é o nome que a subscreve,sua
ânsia de conhecimento era enorme, apesar de posssuir pouco estudo que não lhe dava
base matemática suficiente para acompahar o acelerado progresso cientı́fico do começo
do século XIX. Em compensação, possuia uma disciplina severa, um trabalho aplicado e
sobretudo, uma intuição maravilhosa em relação aos fenômenos naturais que o deixaram
extremamente ligado ao ramo do eletromagnetismo, a quı́mica e a tecnologia.
0.2 Biografia
• Michael Faraday nasceu em Newington (atualmente uma parte do sul de Londres),
sua famı́lia era pobre e seu pai, James Faraday, era um ferreiro que com a mãe de
1
Professor e quı́mico inglês pioneiro da eletroquı́mica, nascido em Paenzance, na Cornualha, um dos
mais famosos quı́micos do século XIX.
2
Faraday, Margaret Hastwell, tinha no começo de 1791 migrado do norte da Inglaterra
para Newington Butts, em busca de trabalho, elas já tinham dois filhos antes de se
mudarem (um menino e uma menina), Faraday nasceu poucos meses depois dessa
mudança. A famı́lia logo se mudou de novo, agora para Londres, onde o jovem
Michael Faraday, um de quatro filhos (uma menina nasceu após Faraday), recebeu
os rudimentos de uma educação, aprendendo a ler, escrever, e aritmética, fora isso
teve que largamente se educar.
• O primeiro livro que chamou sua atenção foi “Conversations of Chemistry” (Palestras
sobre quı́mica) de Jane Marcet, escrito em 1805.
• A obra “A melhoria da mente” de Isaac Watts2 , foi a primeira que fez com ele
meditasse.
• Fez parte da Royal Institution em 1813 como ajudante de laboratório por recomendação
de Humphry Davy.
3
Figura 2: Sede da Royal Society em Londres.
• Trabalhou como perito em tribunais tendo ganho, num só ano, cinco mil dólares.
• Em 1857, o professor Tyndall lhe oferece a presidência da Royal Society, mas Michael
recusa: “Quero ser simplesmente Michael Faraday até o fim”.
• Em 1867, Faraday morre na sua casa em Hampton Court, no dia 25 de Agosto, aos
75 anos.
4
0.3 Faraday e o Eletromagnetismo
Inspirado na concepção de que todas as forças que se manifestam na natureza têm
origem comum. Faraday buscou uma comprovação experimental, o que levou-o a grandes
descobertas no campo do eletromagnetismo.
Figura 3: Linhas de força através de limalhas de ferro espalhadas sobre uma folha de
papel.
5
Figura 4: Experimento de Oersted.
• Por uma delas fez passar uma corrente produzida por uma pilha;
• Enquanto passava a corrente na bobina ligada à pilha, nada ocorria na outra, porém
no momento em que se interrompia ou reatava essa passagem, aparecia outra corrente
elétrica circulando na bobina ligada ao galvanômetro.
Com essa experiência Faraday concluiu que a variação da corrente elétrica em uma das
bobinas induzia uma corrente elétrica independente na outra. O mesmo acontecia quando
6
é um instrumento que pode medir corrente elétricas de baixa intensidade, ou a diferença de potencial
elétrico entre dois pontos.
6
Figura 5: Experimento de Faraday.
um imã é aproximado no interior de um fio enrolado em bobina. A essa corrente que surgia
foi denominada corrente induzida e diz-se que é formada a partir da força eletromotriz
induzida produzida pela variação do número linhas de campo magnético que atravessam
a bobina, que em termos de fluxo magnético, a fem induzida em um circuito é dada pela
Lei de Indução de Faraday:
dΦB
|f em| =
(1)
dt
Mas veja que essa equação não especifica o sentido da fem induzida apenas sua inten-
sidade.Porém, em 1834 Heinrich Lenz7 propôs o seguinte:
Lei que ficou conhecida como a Lei de Lenz.Sendo assim, a lei de Faraday se torna:
dΦB
f em = − (2)
dt
À medida que o campo magnético é alterado, o fluxo magnético através da bobina
varia com o tempo.Porém, antes de o campo magnético começar a variar, não há corrente
na bobina. Para as cargas começarem a se mover, elas precisam ser aceleradas por um
campo elétrico. Este campo elétrico induzido ocorre com um campo magnético variável,
de acordo com a lei de Faraday. Sendo assim a lei de Faraday se tornará:
I
f em = E.d~ ~l (3)
O que mais tarde vêm a ser uma das equações de Maxwell8 na forma:
~ ~l = − dΦB
I
E.d (4)
dt
7
Heinrich Friedrich Emil Lenz foi um fı́sico alemão e Professor de fı́sica na Academia de Ciências de
São Petersburgo em 1836.
8
James Clerk Maxwell foi um fı́sico e matemático britânico conhecido por ter dado a sua forma final à
teoria moderna do eletromagnetismo.
7
0.4 Faraday e a Quı́mica
Faraday é muito conhecido por suas contribuições em fı́sica,porém seus trabalhos
experimentais estudando os fenômenos elétricos em compostos quı́micos o fez um dos
pioneiros no que diz respeito a eletroquı́mica. Fazendo de Michael um cientista realmente
diferenciado.
m = kf Q (5)
9
Processo que separa os elementos quı́micos de um composto através do uso da eletricidade.
8
2a Lei: Quando uma mesma quantidade de eletricidade atravessa diversos
eletrólitos, as massas das espécies quı́micas libertadas nos eletrodos, assim
como as massas das espécies quı́micas decompostas, são diretamente propor-
cionais aos seus equivalentes quı́micos.
m = kf E (6)
1
onde kf = 96500 .
0.5 Conclusão
As descobertas de Faraday, com resultado de um trabalho experimental metódico,
minucioso, e sobretudo, inspirador uma intuição supreendente, tiveram muita importância
para as ciências de maneira que contribuiram para o desenvolvimento da quı́mica e a fı́sica.
As leis da eletrólise chegaram criar controvérsias sobre o significado do átomo e
de equivalentes quimicos que só poderam ser resolvidas com uma nova visão da Teoria
Átomica.
Sua concepção do eletromagnetismo, foi o ponto de partida para as teorias modernas
que temos para interpretar os fenômenos eletromagnéticos, principalmente nas formulações
das equações de Maxwell, e os luminosos. O que faz de Faraday um dos maiores cientis-
tas experimentais de sua epóca, senão o maior da história, embora não conhecesse uma
matemática mais rebuscada.
0.6 Referências
1. Halliday, Resnick, Krane, “Fı́sica 3”, Editora LTC, Rio de Janeiro, 2004;
3. Grove Wilson, “Os grandes homens da ciência: suas vidas e descobertas”, São Paulo,
1940;
4. José Maria Filardo Bassalo, “Nascimentos da Fı́sica: 3500 a.C.-1900 a.D.”, EDUFPA
(ISBN:85-247-0153-6), Belém, 1996;