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Amazonês

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Termos e expressões usadas no Amazonas

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Sérgio Augusto Freire de Souza é amazonense de Manaus, professor da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Mestre em Letras
pela própria UFAM e Doutor em Lingüística pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).

Publicou dois livros. O primeiro, em co-autoria, foi a série ¢  , pela Editora Novo Tempo. A série didática foi utilizada por anos
pelos alunos do ensino médio da rede pública do Amazonas, tendo sido reformulada em 2004 e rebatizada de  ¢  . O segundo
livro, ¢
  
    
 
   

  uma introdução à área de Análise de Discurso e foi
publicado pela Editora Valer.
O autor tem publicado artigos em vários periódic os impressos e on-line e apresentado trabalho em encontros e congressos, além de
proferir palestras em várias instituições. Suas áreas de interesse na lingüística são a Análise de Discurso, Produção de Mate rial Didático,
Aquisição de Linguagem e Informátic a e Ensino de Línguas. Mais recentemente ampliou seu interesse por Gestão da Educação Pública.

É casado com Fabiana Eid e pai de Ana Clara e de Marina. Em seu site pessoal (www.sergiofreire.com.br) podem ser encontradas mais
informações e outros textos do autor, como suas crônicas, muitas publicadas em jornais locais.

  
Este livro é fruto de paixões misturadas: a paixão pela ciência, a paixão pela linguagem e a paixão pelo Amazonas.

A paixão pela ciência se manifesta porque é por meio dos trabalhos científicos que descrevemos e explicamos (e, portanto,
compreendemos melhor) o mundo em que vivemos. No entanto, fazer ciência em um país como o Brasil não fácil. O fomento é limit ado e
as dificuldades tremendas. A despeito dos empecilhos, f azer ciência é uma forma de se eternizar no mundo, de deixar um olhar muito
particular sobre determinado objeto. Quando os obstáculos para se concretizar uma pesquisa são superados, há ainda o desafio de torná-
la pública, pois todo texto surge do social e a ele deve voltar. Nesse particular, alegra -me sobremaneira a acolhida ao trabalho feita pela
Editora Valer, grande agente de resgate e perpetuação da memória cultural de Manaus, por meio de suas inúmeras publicações, n as mais
variadas área do conhecimento .

A paixão pela ciência se manifesta por meio da paixão pela linguagem. Pela linguagem somos. Pela linguagem damos sentido ao m undo.
Na linguagem podemos nos ver da forma mais verdadeira: nossas crenças, nossos valores, nosso lugar no mundo, enfim. Somos o que
aprendemos a ser durante nossa vida e aprendemos a ser via linguagem, no nosso caso a língua portuguesa. É doce ilusão, no en tanto,
acreditar que a língua portuguesa é única e inteligível por todos os seus falantes. Um breve deslocamento basta para ou vir outras 

, com outras palavras, outros cantos, outras identidades. Há o português mineiro, um danado de 
; o português
gaúcho,  -diferente e  
; há o português caipira e seu falar 

; há o português carioca, do povo do  
sem falar do
português falado pelo maranhense, que ao perguntar qual sua 
!
quer saber o número que você calça. Há vários ³portugueses´
espalhados no Brasil, todos bem diferentes do Português que aqui chegou, supostamente nas naus de Ca bral. Depois que aqui aportou,
seria impossível que o português de Portugal não sofresse influência das mais de trezentas línguas indígenas então existentes , bem como
das línguas africanas e européias que para cá também vieram, como registram a nossa histó ria e os nossos estudos lingüísticos. A língua
portuguesa brasileira possui outra história e outra historicidade, diferentes das que embarcaram nas caravelas no séc. XVI. P or tantas
diferenças, alguns lingüistas já ousam chamá -la de   . São línguas com materialidades tão distintas que ao instalar um
programa no computador, por exemplo, há a opção para ambos os idiomas como se fossem dois, porque de fato o são.
Se cada variante do português espalhada por esse país imenso tem sua nuance é porqu e também tem sua história particular. E a variante
falada no Amazonas tem a sua. Os termos indígenas na linguagem da região são bem marcantes, como " # e  . A
linguagem dos soldados da borracha, nordestinos que para cá migraram no fim do século XIX, deixou sua marca, como  

e  . O chiado do português de Portugal se manteve no  final da pronúncia dos amazonenses.
Por tudo isso, é bobagem disputar a naturalidade dos termos. O que podemos afirmar é que todos são termo s do português brasileiro que,
pelo capricho dos movimentos da história, resolveram aparecer e se fixar aqui ou ali. Assim, o dicionário de Amazonês vai cer tamente
trazer marcas, por exemplo, de um cearês por conta do encontro lingüístico dos tempos da bor racha. Essas fronteiras lingüísticas são
muito tênues e móveis. Estar neste pequeno dicionário não batiza a palavra como amazonense, mas a naturaliza como cidadã do m aior
estado do país porque ela faz sentido na linguagem dessa região.

Essa região é a terceira paixão que confluiu para o aparecimento do livro: a paixão pelo Amazonas. Terra abençoada com uma cultura tão
rica quanto qualquer cultura e tão peculiar como peculiar é também toda cultura. Como o peixe é o último a perceber a água, é preciso se
distanciar para chegar mais perto. O texto acadêmico embrião deste livro surgiu na agradável cidade de Campinas, SP, durante o
doutorado na Unicamp. O artigo, requisito para a qualificação de área em Sociolingüística, é apresentado na primeira parte do livro. No
texto há algumas reflexões sobre linguagem e discurso que introduzem e ajudam a compreender a segunda e maior parte do livro, o
dicionário em si.

Por fim, o livro traz ainda uma entrevista sobre o Amazonês feita por Moisés Arruda para seu blog. Peixe fo ra d¶água, Moisés é um
amazonense exilado em São Paulo que viu na linguagem da sua terra uma forma de diminuir a saudade. A entrevista é excelente e
sintetiza as várias entrevista dadas à imprensa sobre o assunto durante os cinco anos necessários para que o material tomasse a forma
final e chegasse às suas mãos. A entrevista feita por Moisés responde as dúvidas mais comuns dos leitores leigos. Pelo distan ciamento da
linguagem, aqui vista não como parte naturalizada da vida, mas como objeto teórico, não há c omo não se espantar com o que nos rodeia o
tempo todo: a língua que falamos. Ou melhor: a língua que nos fala. Boa leitura.

2 c2
Verão sem chuva de 2007

   


     
Sérgio Augusto Freire de Souza

Doutor em Lingüística ± UNICAMP

!"
Um dos índices de identidade mais forte que conhecemos é a língua. É como diz Labov (1972), ³a questão sociolingüística funda mental
vem da necessidade de se compreender por que alguém diz algo´. Dizer algo passa por usar a língua. No entanto, a denominação ³língua´
apaga que dentro de uma língua há várias línguas e variações que por vezes tornam difusas as bordas e fronteiras. ³Qualquer l íngua,
falada por qualquer comunidade, exibe sempre variações´ (Alkimim 2001: 33).

É nesse pressuposto sociolingüístico que esse trabalho se constrói. O texto que aqui apresentamos é resultado de mais de cinc o anos de
análise de situações de linguagem oral em Manaus, no Amazonas. Em nossa coleta de registros, tentamos o máximo fugir do ³Paradoxo
do Observador´ (Labov,
$ $ 181), criando situações que desviavam o foco da fala, permitindo com isso que o falante se expressasse
sem saber que era ela, a fala, que estava no centro do estudo.
Como produto da análise, buscamos reunir em um dicionário signos do falar que identifica o manauara e que, por outro lado, o
desidentifica em relação ao português falado em outras regiões do país. Na costura do trabalho, como dito, enfatizamos o disc urso da
oralidade (Gallo 1995) por ser esse discurso menos sujeito às normatividades da língua padrão [1]. Buscamos ainda considerar alguns
aspectos na feitura do texto, e deixamos de fora, por uma questão de recorte, o aspecto fonético e sintático, que merecem um estudo à
parte, ainda que o reconheçamos necessários dentro da inter -relação constitutiva das partes da linguagem.
O trabalho constou das seguintes fases: definição do escopo do trabalho, d efinição do corpus, análise das enunciações, classificação e
elaboração do dicionário.

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Como em toda pesquisa, é necessário recortar o objeto para melhor trabalhá -lo teoricamente. Nosso recorte teve uma dupla
característica: foi um recorte discursivo e um recorte lingüístico ao mesmo tempo. No aspecto discursivo, privilegiaram -se a oralidade,
tomada do ponto de vista da análise de discurso (Gallo
$ $), e registros dessa oralidade em situações concretas de enunciação, a fim de
evitar procedimentos que envolvam dados ³inventados´, como os que normalmente vemos em algumas teorias, notadamente aquelas
fundamentadas nos trabalhos da Gramática Gerativa.
Esse duplo recorte nos possibilitou coletar da dos nas seis zonas geográficas de Manaus [2], assim determinadas conforme Decreto n.º
2.924 de 07 de agosto de 1996. É interessante notar, e desenvolveremos essa consideração mais à frente nas co nclusões, a predominância
dos traços que identificam a linguagem utilizada como ³amazonense´ nas áreas de menor poder aquisitivo e de menor acesso aos bens
sociais. Essa forte correlação tem, a nosso ver, uma importância fundamental na compreensão do própr io processo identitário do
manauara e de sua relação com a língua trabalhada na escolarização.
O tratamento analítico do corpus apresentou duas resultantes: uma referencial e uma pedagógica. A resultante referencial é a compilação
de um dicionário básico de regionalismos amazonenses falados na cidade de Manaus. A resultante pedagógica é uma reflexão das
implicações desse falar para o ensino de língua portuguesa nas escolas da rede pública da cidade.

^  
A língua é uma entidade caleidoscópica que simula para o falante uma falaciosa homogeneidade. Nessa simulação, entram dois níveis: o
nível lingüístico e o nível discursivo.
No nível lingüístico, o falante vê -se iludido na imagem circulante de que a língua que fala é igual para todos os ou tros falantes. Nessa
visão, basta que o processo de comunicação como proposto por Jakobson (1988: 123) se efetive para que haja comunicação: um em issor
emite uma mensagem num código inteligível pelo receptor através de um canal limpo. Se o caminho estiver perfeito a compreensão
acontece. O esquema proposto por Jakobson, no entanto, desconsidera um aspecto fundamental da linguagem, que é o discurso [3].
No nível discursivo, cada dizer não é dito se m motivação ideológica, revelando processos que localizam o sujeito enunciador em um lugar
sócio-histórico que dará sentido ao seu dizer. A teoria do discurso, no entanto, afirma que o sujeito ³esquece´ essa filiação histó rico-
ideológica, sendo esse esquec imento constitutivo da natureza da linguagem (Pêcheux e Fuchs 1975; Souza 2006). Esse apagamento de
filiação discursiva leva o sujeito à idéia de que a língua é transparente, ou seja, de que à coisa dita corresponde sempre o significado
pretendido.

Nossa análise passa, assim, pelo exame dessa dupla perspectiva: a da roupagem lingüística e a do caráter discursivo da linguagem.

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O discurso não está em correlação direta com a roupagem lingüística. Por 
 %  referimo -nos ao registro lingüístico
utilizado pelo falante. Assim, o discurso &, entendido como uma prática social, se manifesta tanto no registro padrão da língua quanto em
um não-padrão.
No entanto, tendo em vista que uma comunidade de fala se define por ser uma en tidade sociolingüística e uma unidade fundamental de
análise (Gumperz 1968), normalmente um falar é associado a um comportamento social, numa homogeneização que leva aos estereót ipos
sociais no imaginário de uma coletividade. Uma comunidade de fala é extre mamente complexa e heterogênea e é extremamente arriscado
definir correlações biunívocas entre fala e comportamento social sem uma análise mais profunda dessa complexidade. Como criti ca
Romaine (1982): ³É preciso reconhecer. Às vezes nós [lingüistas] mal s abemos quão heterogêneas algumas comunidades de fala são´ (p.
15).

Por outro lado, não há como negar que existem correlações entre as variações lingüísticas e um amplo leque de características
sociológicas dos falantes, como tem sido documentado pelos inúm eros trabalhos sob a influência laboviana.

O que estamos querendo dizer é que mesmo reconhecendo as correlações sociais entre a variante utilizada e grupo social que a utiliza,
essas correlações se dão de forma heterogênea e não são garantias de homogeneid ade discursiva. Mais do que identidade discursiva, o
que há é certa garantia de identidade lingüística. Resumindo: a identidade lingüística não garante a identidade discursiva.

Por que levantamos essa questão? Porque em nosso trabalho percebemos identidade lingüística onde não havia identidade discursiva e
vice-versa. Assim, queremos de antemão evidenciar que o estudo lingüístico aqui descrito não se inscreve na pressuposição da relaç ão
um-para-um língua-grupo social.

^ ^ 
Todo grupo social que utiliza a linguagem se organiza. Em sua organização, relações de poder (Foucault 1979) se estabelecem j untamente
com o estabelecimento de formações imaginárias em relação aos demais grupos que se inter -relacionam. Na composição dessas relações
imaginárias sociais entram como elementos fundamentais a movimentação e a composição do tecido social através das organizaçõe s
sócio-geopolíticas, ou seja, entram nessa equação as relações de classe, as relações de organização no espaço da cidade e as relações
políticas no sentido grego da 
 , da relação de cidadania.
No aspecto discursivo, podemos afirmar que existem duas principais atitudes em relação ao falar amazonense: uma atitude de
identificação positiva e uma de identificação negativa. É interessante notar que a identificação positiva aparece muito mais nos falantes
localizados em uma faixa econômica mais privilegiada economicamente e que menos está sujeita a marcações da linguagem regiona lizada
em sua fala. A identificação com ³o que é nosso´, no caso a linguagem, funciona como uma espécie de marcação de posição quanto ao que
não é: a linguagem padrão produto de investimento dos meios de comunicação de massa e da mídia em geral. Por outro lado, a
identificação negativa se mostrou muito m ais comum nos falantes das zonas mais pobres da cidade, notadamente Norte e Leste. Apesar
de fazer uso da linguagem local com mais freqüência, ser identificado como ³caboco´ [4] traz imediatament e uma sensação de negação
identitária, como se essa identidade ³ruim´ devesse ser apagada ou dissociada de si. O recado, na linguagem padrão, é: ³não é bom falar
como eu falo porque isso lembra que eu sou o que eu sou, morador da periferia sem acesso aos a parelhos sociais´.
Retomaremos a questão discursiva em nossas conclusões. Por agora, apresentaremos alguns excertos de nossa pesquisa com respec tivos
comentários.

^  # 


O que caracteriza o falar caboco? Qual a margem que o localiza como pertencente a um sujeito diferente? Definir essas margens é um dos
grandes desafios dos lingüistas. Até que ponto isso é um termo do falar amazonense e não mais uma herança do falar nordestino
incorporada ao patrimônio lingüístico local pela diacroni a lingüística, que apagou o traço da história?

Na análise de nosso corpus, são duas as grandes influências que compõe o falar amazonense: a influência nordestina e a influê ncia
indígena. É preciso um breve histórico dessa influência.

Segundo Freire (2004), o Português é língua hegemônica na Amazônia há apenas 150 anos. Até então a presença lingüística da Língua
Geral (Nheengatu) era preponderante, bem como as demais línguas das nações indígenas existentes.

Com o início do Ciclo da Borracha (1879-1912), a presença de migrantes nordestinos foi acentuada e seu falar passou a compor o cenário
lingüístico da região. Os migrantes, principalmente cearenses, fugiam da seca e da miséria que avassalava sua região então.

Sob a base do português geral, essas duas variáveis passaram a desenhar os traços do linguajar amazônico. Quando falamos da
dificuldade de definir bordas é exatamente a esses limites opacos que nos referimos. Nordestinos reconhecem em termos cabocos sua
filiação nordestina. Indígenas vêem a presença de seus termos de forma forte no português amazônico. Termos e expressões
como 
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 trazem uma cor nordestina, da mesma forma que  
 
   apontam para uma indigeniedade marcante.
Se o reconhecimento é um critério de identificação, o desconhecimento também o é. Uma vez feito o levantamento do vocabulário,
passamos a ³testar´ suas bordas com pessoas não pertencentes ao universo discursivo amazonense. Expusemos os vocábulos a paul istas,
mineiros, gaúchos, baianos, cearenses, fluminenses e catarinenses. Alguns termos foram reconhecidos na acepção utilizada pelo
amazonense, mas a maioria dos termos era desconhecida. Sabendo da impossibilidade de um recorte preciso, porque a língua é vo látil,
tentamos ajustar o máximo possível as fronteiras que definiam o que ficava dentro e fora do dicionário.

Assim, antes que alguém reclame que determinada palavra não é exclusividade do falar amazonense, explicamos que a dinâmica da
língua nunca garantirá tal propriedade exclusiva.

^  #
Afinal, é bom ou ruim ser caboco? Como nos diz Derrida (1997), todos os signos são  )
. Podem ser bons ou ruins, dependendo
da dosagem e do paciente. Não seria diferente com a imagem de ser cab oco. Encontramos índices de identificação e de contra -
identificação (Pêcheux 1988) nas falas analisadas.
Algumas falas de identificação: ³« é muito bom falar de coisas nossas, amazonenses. A nossa linguagem é única e fantástica´, ³«ouvir
essas palavras de novo me faz voltar o que de mais feliz eu tive: a minha infância´, ³« é (sic) muito  essas expressões´, ³gente,
como é bom falar e ser entendida. Odeio quando falo as coisas aqui no Rio e ninguém me entende´.
Algumas falas de contra -identificação: ³« é muita caboquice falar assim, coisa de gente pobre, do 

¶, ³« triste esse jeito de falar. Só
cabocão fala assim«´, ³« é uma pena que muita gente fala esse português errado«´.
Aqui voltamos à tese de que não há coincidência entre identidade lingüíst ica e identidade discursiva. Por um lado, muitas frases de
identificação vêm de falantes que não utilizam os termos cabocos com freqüência. Algumas frases traduzem o preconceito lingüí stico
(Bagno 1999) da associação biunívoca entre norma padrão e língua portuguesa, sendo todos os outros registros considerados como sendo
português errado ou de pior qualidade. Por outro lado, essa mesma associação habita o imaginário das classes mais pobres que possuem
acesso restrito à língua padrão, quando associam o regis tro que usam a uma língua inferior. Mesmo utilizando o registro, não o aceitam
como de valor na economia das trocas simbólicas (Bourdieu 1999), mimetizando em sua própria auto -imagem da identidade social esse
não-valor.

Ainda como exemplo de que a transversalidade valorativa perpassa as várias classes sociais, citamos dois exemplos recentes. A rede de
drogarias Pague Menos chegou a Manaus oferecendo descontos de 60% nos medicamentos por ela vendidos. Os dois grupos que
dominam o mercado farmacêutico em Mana us começaram uma propaganda maciça fazendo um chamamento à amazonidade, utilizando
o slogan ³Amazonense como você´, utilizando frases como ³quem não lhe conhece não pode inspirar confiança´ e coisas do gênero . O
Banco HSBC decidiu fazer propagandas regionalizadas e utilizou várias expressões, como ³Cortar a curica´, por exemplo. A repercussão
foi extremamente positiva na cidade e o comercial bastante comentado. Vale ressaltar que a atitude positiva veio de um públic o que é
cliente de banco e que tem acesso aos meios de comunicação.

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Em todo processo de coleta de registros, análise e compilação do dicionário, um objetivo corolário nos acompanhou. O que pode esse
percurso levantar de questões para o ensino de lí ngua portuguesa na escola? Que reflexões podem ser levantadas para o tratamento
sistemático da linguagem em ambiente escolar?

Partimos da premissa de que ao aluno deve ser proporcionado o acesso à língua padrão e cabe à escola essa experiência. É pela língua
padrão que ele acessa bens culturais que ampliam seu espaço de cidadania. A escola não deve se furtar a tal tarefa sob pena d e ser uma
escola excludente.

Com essa premissa definida, cremos que a abordagem à língua padrão pode ser feita de forma mais proveitosa através da exploração de
processos de identificação lingüísticos. Assim, o professor deve levar em conta toda a bagagem lingüística trazida pelo aluno , incluindo a
oralidade, e fazer a ponte dessa bagagem com a língua padrão. A transposição da o ralidade não-padrão para a escrita padrão, como
procedimento metodológico, já encontra bastante suporte na literatura lingüística ( $Marcuschi 2001a, 2001b).
Para isso, é necessário que o professor de língua portuguesa transite por conceitos sociolingüís ticos que lhe permitam um deslocamento
do lugar de sujeito normativista. É preciso que não caia em nenhuma das falácias abordadas por Soares (1997), como a teoria d o déficit
cognitivo, cultural ou lingüístico, já desconstruídas há algum tempo no campo da l ingüística.

O professor que souber aproveitar a capacidade do aluno de ser poliglota em sua própria língua atingirá dois objetivos desejá veis para a
escola de hoje: respeitará a diversidade constitutiva do social, ampliando no aluno a consciência de sua id entidade lingüística e, portanto,
de ser sujeito no mundo e proporcionará momentos de acesso real do aluno à chamada norma padrão, a norma de investimento naci onal,
possibilitando igualmente a inserção desse aluno num universo social cuja barreira, além de econômica, se faz muito forte e
marcadamente pela linguagem.

É, sem dúvida, necessária a ampliação de visão metodológica para o trabalho com a linguagem. Essa ampliação passa pelo trabal ho com
os diversos gêneros orais e escritos ( $Bentes & Fernandes 2005), de vários registros, para que se evidencie ao aluno o caráter complexo
da linguagem, produto e prática social.
Esse deslocamento nas posturas teóricas e metodológicas é hoje o maior desafio de todos nós que trabalhamos na formação de
professores. Conseguir deslocar imaginário faz parte do compromisso político do pesquisador que se diz educador. É na conjunção da
teoria e da prática que a mudança política se possibilita.

Terminamos onde começamos, com Labov (1972): ³a questão sociolingüística fundament al vem da necessidade de se compreender por
que alguém diz algo´. Conhecer a historicidade desse dizer nos ajuda a compreender nossa própria identidade e nosso papel na teia social,
pois sociedade e linguagem se constituem mutuamente.

Esse dicionário é uma pequena contribuição para o fascinante mundo da linguagem. Para contribuir com futuras edições mande um e -
mail para sergio_freire@uol.com.br ou participe na comunidade dedicada ao Amazonês no site de relacionamento Orkut.

)# 
Alkimim, T. ³Sociolingüística´. In: Mussalim, F.; Bentes, A. C (orgs) . !"( &'domínios e fronteiras. Vol 1. São Paulo:
Cortez, 2001.
Bagno, M.  &'o que é, como se faz São Paulo: Loyola, 1999.
Bourdieu, P. c  #  São Paulo: Perspectiva, 1999.
Bentes, A. C.; Fernandes, F. A. ³A poesia oral nas periferias do mundo: hip-hop e rap´. In: Fernandes, F. A. (org).  
 V. 2. Londrina, 2005.
Derrida, J. c  ". São Paulo: Editora Iluminuras, 1997.
Foucault, M. *' . 15 ed. Rio de Janeiro: Graal, 1979.
Freire, J. R. B. )#  a história das línguas na Amazônia. Rio de Janeiro: Atlântica, 2004.
Gallo, S. L. + 2 ed. Campinas: Editora da Unicamp, 1995.
Gumperz, J. ³The speech community´. In:  ,    New York: McMillan, 1968.
Jakobson, R. -&' !" 13 ed. São Paulo: Cultrix, 1988.
Labov, W. ³The study of language in its social context´. In: Pride, J. & Holmes, J. 2  New York: Penguin, 1972.
Marcuschi, L. A. +  atividades de retextualização. São Paulo: Cortez, 2001a.
_________ ³Oralidade e ensino de língua: uma questão pouco falada´. In:   múltiplos olhares. Rio de
Janeiro: Lucerna, 2001.
Pêcheux, M. 2 . uma crítica à afirmação do óbvio. Campinas: Editora da Unicamp, 1988.
Pecheux, M.; Fuchs, C. ´Mises au point et perspectives à p ropos de l¶analyse automatique du discours´. In: -, n. 37, 1975. Artigo
traduzido e publicado: ³A propósito da  do : atualização e perspectivas´. In: Gadet, F.; Hak, T. (Org.).  
  : uma introdução à obra de Michel $. Campinas: Editora Unicamp, 1990.
Romaine, S. ³What is a speech community´. In: Romaine, S. (ed.).2  $  London:
Edward Arnold, 1982.
S oares, M. -  uma perspectiva social. São Paulo: Ática, 1997.
Souza, S. A. F. /$  linguagem, sociedade, ideologia. Manaus: Valer, 2006.
0
[1] Em seu trabalho, Solange Gallo afirma que o Discurso da Oralidade pode ser tanto falado quanto escrito, não sendo, portanto, o meio
de produção um determinante na caracterização do discurso, mas a relação do enunciador com a institucionalização de seu dizer .
[2] São elas: Norte, Sul, Leste, Oeste, Centro-Oeste, Centro-Sul.
[3] O termo  
é um termo 
 que agrega vários entendimentos conceituais. Neste trabalho nos referimos
a  
sempre dentro do campo teórico da Análise de Discurso oriunda dos trabalhos de Michel Pêcheux, que entende  
como
seu objeto teórico (objeto histórico -ideológico), que se produz socialmente através de sua materialidade específica (a língua), uma prática
social cuja regularidade só pode ser apreendida a partir da análise dos processos de sua produção, não dos seus produtos.
[4] Utilizamos o termo ³caboco´ e não ³caboclo´ para diferenciar a identidade do falante urbano manauara da identidade do amazôni da,
que faz da subsistência seu meio de vida no interior do Estado.

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c/*1 loc. adv$ ± Quanto custa? ³


 "*+,-./  +$
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3 exp. id. ± Como queira. ³Se quiser ir embora, (
"ó E já vai tardeó´
c 4 5 loc. adv. ± â Sem dinheiro. ,0
   12 
+. ^ Muito tempo sem manter relações
sexuais. ,3
 
$4
"(    +$
c 6 c loc. adj. ± A tal, a boa, a melhor. ,0

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1  
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c  -2 loc. adv. ± Forçado, obrigado, na marra. ,¢



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c 4
c-7loc. adv. ± No varejo. ,¢
  
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c)c/c)c s. f. ± âPalmeira que dá frutos oleosos e comestíveis para vinho ou mingau. ^ Mentira. ³O Paulinho tava lá contando a maior
abacaba. Ele disse que pescou na linha cento e vinte jaraqui numa manhã´.
c)c/c)4  s. m. ± Mentiroso. ,3 "
  
8 1
  "

 9 

+$
c)c/c
c+c s. f. ± Vitamina de abacate. ,4


 
$0
 
 1(
  
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c)cc v. ± Apropriar-se de bens alheios, afanar. ,3 (

 
 !
  +$
c)c0/c -24 v. ± Sentar. ,4

1 ($1'


8+
c)c 
c+ adj. ± Cheio demais. ³Tem que trocar o saco de lixo que esse aqui já tá abarrotado´.
c)42
c+ adj. ± Apalermado, imbecil, idiota, estúpido, pessoa que não entende de nada. ,


 
$4" 





+$
c)42
c-7c+ adj. ± Ver 
$
c) 8c) s. m.Fruto arredondado de casca amarela, polpa gelatinosa, translúcida ou ligeiramente brancacenta, com sabor adocicado
e de grande delicadeza. Encontrado em grande número em estado silvestre na Amazônia Após comê-lo, os lábios ficam grudentos.
Ver ¢
 .
c) )c+adj. ± Abestalhado. ³Não confio no Guilherme pra levar os pratos lá, não. Ele é muito abirobado. Vai fazer besteira´.
c) 2/
c v. ± Ver $
c)) 07c s. f. ± Besteira, coisa sem importância. ,0 
   $:5 
  
+$
c) /6s. m. ± Fruta de origem oriental do tamanho de uma manga grande, redondo, sabor ácido -adocicado, lembra mesmo os abricós
do Oriente, de onde veio no século XVIII.
c) 2s. m. ± Nojo. ,0 
 ¢$;# 
 
  
+$
c9c:s. m. ± Palmeira altamente ornamental, de múltiplos troncos de até 25 m de altura, levemente curva e apresentando raízes visíveis
na base, caule liso. Seus frutos nascem em cachos em número de três a oito por planta. Sua freqüência no Baixo Amazonas chega a tal
ordem que produz populações homogêneas. Sua regeneração é extraordinariamente grande mesmo sendo abatida vorazmente pela
indústria de palmito. Floresce quase o ano inteiro, porém predominando de setembro a janeiro. A maturação de seus frutos verifica -se
durante a maior parte do ano, com maior intensidade nos meses de julho -dezembro. Altamente energético.
c/42 *4s. m. ± Enxerimento, atiramento. ,<
 
1    #+$
c/7c 5 c9c loc. v. ± Rir, sorrir. ,4

  



!+$
c/73)*;exp. id. ± Expressão manifestando a opinião de que a pessoa mereceu o que teve. ,3

  

 
$
"
84" 
&'
8+
c9 s. m. ± Bebida alcoólica. ,4#  

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+$
c//7c v. ± â Agarrar alguém com intenções sexuais. ,3 =

 
>+$ ^ Cobrar. ,¢ 5


*
  

$3 

8+
c/
c v. ± Encobrir namoro de um casal.
c/0
4/ + s. m. ± Fato. ³Sei não, doutor delegado. Na hora do acontecido eu tava dormindo´.
c/ 4c0c s. f. ± Mulher fogosa.
<c9 el. comp. ± Sufixo de composição significando ‰ . ,


?  
  "'!+$
c/ c v. ± Recolher-se sem chance de defesa. ,<
 

 
 

 
+$
c/ 07c v. ± Envolver-se amorosamente.
c+ )c v. ± Bajular com alguma intenção. ,4
  
 -
  $¢
 
 
$@ 
+$
c)c+adj. ± Apressado, impaciente. ,3


 +$
c-2c+adj. ± Frouxo, largo. ,3


1 

 

 +$
c 0
c+adj. ± Satisfeito, cheio, empanzinado, empanturrado. ,¢
  & 1 1 
 +$
c5= s. m. ± Arranque, falso propósito. ³O Sandro só tem agá, rapazó Diz que faz e nadaó´
c5c  s. m ± Ato de namorar despudoradamente com carícias corporais.,<
 (







  +$
c50 c+adj. ± Nervoso, inquieto. ,3?

 

 ( +$
c5 07c adv. ± Diferentemente do uso no Sudeste, 
   quer dizer 
1 

 , referindo-se ao passado e não
ao futuro. ,4(1 
   +$
c5 c3 s. m. ± Vinho ralo, com adição de água.
c> 0
c v. ± Apanhar o que está no chão. ,  1


 
+$
c> 0
c -24v. ± Amasiar-se, viver junto. ,&' 
9
 


>0
$4


 
+$
c-/2
c v. ± Encobrir namoro de um casal.
c-45c v. ± Dar algo a alguém e depois ficar passando na cara. ,;""
 (

   
1
8+
c-5 +c s. m. ± Vaso de barro ou de metal, baixo, em forma de tronco de cone invertido, e com diversos usos domésticos, inclusive
armazenagem e na fabricação do tucupi.
c-*40 loc. adv. ± Pelo menos. ,A 

$9 
+$
c-/3adj. ± Referente a quem anda ou está nas nuvens, avoado. ,0!
- 8A

"
+$
c- c+ adj. ± Exagerado. ,3B C 
 C(   1
"
 

+$
c-4 /c
cs. m. ± Sandália. ,9  
-
 +$
c-
4c v. ± Aumentar. ,A:1
 

(  +$
c- =s. m. ± Bebida fermentada, feita a partir do arroz, do milho ou do abacaxi.
c- c+adj. ± Chateado, emburrado. ,4 


$


 "
1 
6+
c- * c v. ± Iluminar. ,A 
1 1
   +$
c*c0/4)c+ s. m. ± Pessoa solteira que vive maritalmente com outra. ,4
 

$;#  +$
c*c 4-4**)c+loc. adj. ± Indivíduo fraco, de aparência frágil.
c* 5c v. ± O mesmo que se amancebar. ,4
 $
$;# +$
c*<+<) s. m. ± Cantador de toada no Boi-Bumbá.
c* c+adj. ± Emburrado, mal-humorado. , 1
   &
# 
+$
c0+c 0c  0+c:)c loc. v. ± Andar liso, duro, sem dinheiro. ,0    


? *¢

61 
"


1$;#   +$
c0+ )c s. f. ± Árvore cuja madeira é resistente e da qual se extrai o óleo (cruz-de-andiroba, carma pesado).
c04- +4 /  s. m. ± O ânus.
c05 s. m. ± Confusão. ,4 
1




1
 +$
c07c05=s. m. ± Diabo, espírito do mal.
cc c v. ± â Cortar. ,:
 

+$ ^ Coletar o papagaio no ar, após cortar. ,4



$¢



   +$
c4 4c+ adj. ± Apressado, muito nervoso, sem saber o que fazer diante de uma situação difícil. ,-2

1
#
  ( +$
c4 4c v. ± Ver 
  .
c- *c v. ± Arrumar. , 1(

5
 +$
c+4 c <24 v. ± Apossar-se de algo sem permissão. ,3
"1

      1
 (
( 8+
c c v. ± Apostar. ,:

 
 "  *+
c 07c v. ± Encher o saco. ,0 
  ( 
 8+
c 4240
c+ adj. ± Enxerido, metido a besta. , & 
$< 
  
 !*+
c /745c v. ± Aproximar-se.
c c9=<) s. m. ± O cheiro adocicado característico do araçá -boi agrada logo de primeira. Com sua polpa amarelada é possível
preparar sucos e doces deliciosos. O araçá-boi é da mesma família da goiaba e frutifica precocemente, já aos dois anos. As sementes
apresentam dormência natural, demora ndo várias semanas para germinar.
c c /cs. f. ± Armadilha para caçar feita de madeira, em forma de pirâmide.
c + 2adj. ± Ardido. ,  " 

 
+$
c 405c v. ± Implicar, brigar. ,

9
   


$C 

11
  +$
c c v. ± Lavar a louça com palha-de-aço. Quando não há, usa-se  , daí o verbo.
c 56 s. m. ± Cearense.
c 2/adj. ± Pessoal difícil de envolver nos planos. ,42 
  B $?
1
" 

  +$
c *c+ s. m. ± Gancho para pendurar a rede de dormir. ,
(
( $B

$ +$
c *c v. ± Paquerar. ,D
2  6(
 8+
c c c-s. m. ± Comércio de comidas típica s e atividades sócio-culturais para promover um evento ou uma causa.,D

 
;
? A +$
c c0/c<
/ adj. ± Valentão. ,¢ 
1
; 
 

 '

 #1 +$
c c0? 4s. m. ± Gogó, blefe. ,37"#1$ 1   
(
 +$
c c2
c c2cloc. v. ± Paquerar, dar em cima de. ,4
1  


+$
c 4+c v. ± Deslocar-se, mover-se para o lado para abrir espaço. ,   84


"#8+
c 45c9c v. ± Detonar, destruir.,0
 


(
!

  +$
c 4*4+c v. ± Imitar jocosamente.
c 40
4pron. ± Pronúncia herdada dos nordestinos de , nós.,( 
+$
c c v. ± Descansar uma carga pesada sobre o solo. ,   &
+$
c *)c+ adj. ± Muito bom$,4

 
"

8C
 
*+
c +4c v. ± Dar a volta. , "$<1  ( 1 +$ ;,$7


*+,
 +$
c *c9@ s. f. ± Invenção desnecessária., &

E $
(
!
1(  

+$
c =adj. ± Ingênuo. ,;#


7   

7"¢
+$
c2c+ cs. f. ± Avião. Usada na região de Parintins. ,


 (
 $:
"    

 
+$
c22c07c v. ± â Bagunçar, despentear o cabelo. ,0    
$4 

 
8+ ^ Mexer com o que
está quieto. ,
 
 

( 1  
 
 
+$
c224c v. ± Limpar, tomar banho. ,:

 +$
c22 0
c v. ± Ficar atento à conversa alheia.
c
c v. ± Pendurar a rede de dormir no armador. ³4



1#$:
    

+$
c
c c0/c+adj. ± Sujeito baixo, forte e maceta.
c
3
/  exp. id. ± Até o máximo possível. ,-2"


 
+$ Variações: "

"


"


$
c
3c 4/4« exp. id. ± Indica dúvida, incredulidade. ,0  (
 1 *8" 64 

  $+
c
40
c+ adj. ± Muito danado, inquieto, levado. ,4 
"
8+
c
40
c v. ± Perturbar, aperrear. ,4  
80 
 

8+
c
/7c v. ± Fazer entrar à força, encher demais. ,3
  1( 
 
1  +$
c
-c+ adj. ± Metido num atoleiro, em dificuldades. ,4


 
+$
c
=2+4loc. prep. ± Em busca de, à procura de. ,:
  ( 1
 
+$
c
-4 *c+ adj. ± Abestado. ,;  

  (   
 
+$
c2c- A4B v. ± Quanto mais. ,;
‰

"  ( FG 
 +$
c2 c v. ± Apressar. ,( 8;
( 8+
c2c+adj. ± Disperso, desconcentrado. ³4 
 
(

$
1 &

+$
cCc c v. ± Ficar, namorar, paquerar. ,0 


$9



$4" 
  +$
cC 07c v. ± Arranhar com as unhas. ,4
 






" 

+$

)
)c)@s. m. ± Puxa-saco. ,49
"


1
 !
8+
)c)c-2 s. m. ± Ver E
$
)c)c s. m. ± â Punição que um grupo confere a alguém por um malfeito. Todos batem com as mãos, ao mesmo tempo, na cabeça do
indivíduo. ,C $: (
 
8+ Ver ;  ^Prejuízo total, perda irrecuperável de alguma coisa. ³Pagou serviço
adiantado prum marceneiro? Tu é leso, é? Aí é babau, mano. É dinheiro perdidoó´
)c)
c s. f. ± Dinheiro, grana. ,4*0
 *+
)c) 54*s. m. ± Resto de comida. ³Cheguei tarde. Acabou a comida. Só tem babugem na panela´.
)c/c)c s. f. ± Ver  $
)c/c)4  s. m. ± Ver   
.
)c/ s. m. ± Urinol.
)c/ -4> s. m. ± Batida policial com revista geral. ,09
  
 7
B+$
)c/ c s. m. ± Pássaro noturno.
)c/ s. m. ± â Fruta de polpa branco-amarelada e perfumada que oferece um dos sabo res mais sutis e originais da Amazônia.
Dificilmente encontrável  fora da região, mas encontrável em polpa em conserva para sucos e doçaria. ^Porquinho
pequeno  Menino.
)cc=s. m. ± Confusão, rolo, baderna. ,> "


 







+$
)c5c/4 c s. f. ± Noitada. ,3        +$
)c c/ adj. ± Pessoa gorda. ,0 
$1 

   +$
)c @<+4<+ 2s. m. ± Comida feita de arroz e feijão-de-praia que complementa o peixe frito.
)c
-c adj. ± Homossexual.
)c Dc<+c<35 c s. f. ± â Lugar para onde se mandam pessoas que estão nos chateando. , &  


$:
 & "8+ ^ Lugar distante. ,4
 &' '"$A5
 2    +$
)c Dc 2c cloc. v. ± Açoitar violentamente, surrar. ,9&
  
 &


 


+$
)c>c cs. f. ± Canoa. ,   " 

+$
)c-c (+c 2 +c) adj. ± Fulo, muito chateado$,;    
 
  ( +$
)c-c s. f. ± Bombom. Guloseima de confeitaria, em geral de chocolate, contendo, às vezes, recheio de cupuaçu ou castanha. ,<

( 
9 (
  !7 +$
)c-c+4 cs. f. ± â Estilingue feito com forquilhas de goiabeira e tiras de borracha de câmara de ar. ,<
1
 
 
 

  +$ ^ Rede de dormir.
)c-+4c v. ± â Lavar algo usando um balde para transportar a água. ,D"
(  

1   5
 + ^ Vomitar.,¢


1
 

 !
+$
)c-2cs. f. ± Embarcação de aço que serve para fazer a travessia de um lado a outro do rio. ,?(
1  
1
+$
)c0+c v. ± Dividir ao meio. ,4(
 (1

 1   
+$
)c07 s. m. ± Balneário. ,
 
#(



-  


( 9'H
 +$
)c07
4/7s. m. ± Banho rápido, em que só se lava as partes íntimas.
)c07-+4-/ c s. m. ± â Gíria futebolística: lençol, situação em que o jogador, com um leve toque, passa a bola sobre o corpo do
adversário e pega do outro lado. ^ Banho com o auxílio de uma cuia feita de cabaça-do-mato (árvore que produz cabaças).
)c0C4  s. m. ± Pequena onda que se forma nos rios amazônicos por causa do movimento dos barcos semelhante à onda do mar $
,A ( 

( E  ¢
 I
 
1( 
(
  +$
)c? 4s. m. ± Jeito. ,3; 

"1
1 8+
)c? 4c+adj. ± Doente, fora do normal. ,D

  
1

1
+$
)c +) s. m. ± Festa organizada pelos bumbas em Manaus para arrecadar dinheiro para o Festival de Parintins.
)c /c s. f. ± O povo, todo mundo. ,:  


- 
-
 
+$
)c 5 -7c s. f. ± Variação de E  zíper.
)c c<)c0+4 cs. f. ± Brincadeira infantil em que dois grupos disputam uma bandeira ou outro objeto.
)c
4<)/c s. f. ± Discussão acalorada. ,A(9 9

'
J 
‰ 
+$
)c
4<s. m. ± Furão, que falta com o compromisso assumido.
)c
4-@ s. m. ± Barco de madeira para transporte de passageiros e cargas.
)c
40+) 4-cloc. adj. ± Exaurido. ,4( 
  
1  1 $?"
 +$
)c
4 E*=? 0cloc. v. ± Datilografar. ,


1



 (1J1 +$
)c
4 /c D 07c loc. v. ± Ajudar alguém a conquistar uma pessoa. ,;1
  &   *4

 
 +$
)c
4  loc. v. ± Faltar a um encontro, descumprir algum acordo. ³ 91 


 

$4 
   +$
)c
4 4 0cloc. v. ± Andar muito. ,9  


 
+$
)c
 3 adj. ± Baixinho. ,0

$39
"
"

  +$
)4 > s. m. ± Biscoito chato, leve e fino feito com a massa da mandioca.
)4 c+4  s. m. ± Habitante das margens do rio.
)4*<4
cloc. adj. ± Diz-se da pessoa com um corpo bonito. , " 
'     
"*+
)4*-*c0+c+ adj. ± Obediente, submisso, disciplinado. ,37 "' 
  +$
)409c s. f. ± Benção. ³? ! (#D
 
*+
)40C4+ c s. f. ± Modo de curar ³quebranto´ ou ³mau-olhados´ através de orações. ,;
   (

(
¢
 +$
)4 c+4  s. m. ± Beiradão, gente do interior.
)4 *)4-s. m. ± Objeto que não tem nome e que balança. ,A 1 
  1 +$
) )/c s. f. ± Lugar esquisito, de difícil acesso. ,4(
 


  
$C 1 

 1 
+$
) /@s. m. ± Penetra. ,  

 

¢   
+$
) /74 c s. f. ± Ferida causada pelo parasitismo de insetos. ,: 
D
 A
 ‰ 
(5  1
+$
) /74 40
 adj. ± Sujeito a bicheiras $,3?
 

E
"   
  
$ (  6+$
) /7 s. m. ± â Animal em geral. ³A onça é um bicho traiçoeiro´. ^ Adj. Muito bom. ³Essa música é o bichoó´
) /s. m. ± Serviço tempor ário informal.
) / + adj. ± Amuado, zangado. ,
(  
    $4
   1(  +$
) -7cs. f. ± Objeto de barro feito para guardar água.
) - cs. f. ± Desmaio, mal-estar. ,  
 
 6+
) -
 s. m. ± â Botão. ^ Saliência carnosa, verruga. ,3 " 


 $0 

  +$
) ? 4 c s. f. ± Próximo, perto de. , 1 1     +$
) )
42s. m. ± Coisas penduradas. ,; 
      +$
) 40
adj. ± Implicante gratuito. ,K 
 

8

#  +$
))6 s. m. ± Carne do pulmão de boi. ,
9 
# 

+$
)/6 s. m. ± Bobo, abestado. , & 
# !

1
8+
)+c+ s. m. ± â Com muito sono, cansado. ,¢(

 $A2

8+^Bêbado. ,B( 1

 


+$ Chateado. ,( 

1

  
+$
)+6s. m. ± Peixe cascudo, bom para caldeirada.
)+Cc- s. m. ± Bairro pobre, periferia. ,B



 



+$
) s. m. ± Festa realizada em Parintins em que se enfrentam dois bois, o Garant ido (Vermelho) e o Caprichoso (Azul). Em Manaus, nos
meses que antecedem o Festival, que acontece no fim de junho, há os ensaios conhecidos como  

$
) -c s. m. ± Homossexual masculino.
)
c
=s. m. ± Mito amazônico cujo nome significa ³coisa de fogo´, em tupi. O Boitatá é um gênio protetor dos campos: mata quem os
destrói, pelo fogo ou pelo medo. Aparece sob a forma de enorme serpente de fogo, na realidade o fogo -fátuo, ou santelmo, do qual emana
fosfato de hidrogênio pela decomposição de sub stâncias animais.
) F0cs. f. ± Mito amazônico da ¢
‰ . Entidade escura, em forma de uma sucuri, que faz virar as embarcações e engole
pessoas.
)-c s. f. ± Rotatória. ,:  
 
 



+$
)-c+cs. f. ± Usado para referir-se ao fato de um papagaio (pipa) enroscar -se em outro.
)-4<)-4s. m. ± Brinquedo com uma pedra amarrada na extremidade de uma linha, com o qual se disputa com o adversário para
ver quem consegue romper a linha do outro.
)-+ 4s. m. ± Bolo feito de mandioca ralada.
)*)* s. m. ± Pequena guloseima de consistência firme, feita com calda de açúcar aromatizada e acrescida de corantes, ou de
ingredientes com sabores diversos. ,  


 


!
*+
)0
  c
c /c có exp. id. ± Usado no sentido de ³Tu não tens vergonha do que tu fizeste, não?´ ,
&8<
8
E
 
 8+
) c exp. id ± Vamos. ,E
 (
*+
) c 24  loc. v. ± Seja o que Deus quiser. ,-

($E
(6+
) )-4
cs. f. ± Catraca de ônibus, de cinema etc.. ,4"1
$
 &
 


2 +$
) + 0cs. m. ± Cassetete.
) *) c interj. ± Vamos embora. ,
  1 $E
 
8+
)
c )c0/cExp. id. ± Se fazer de importante. ,
 (




1  6( 
  
 &' '"8+
)
>c s. f. ± Botijão de gás. ,0

  11  
+$
)
s. m. ± Cetáceo dos rios amazônicos. Conhecido por lendas que diz em ser o ³boto´ o responsável pela gravidez das garotas
ribeirinhas. Expressão usada quando não se conhece o sujeito de uma ação: ,C



6+$
) c)adj. ± Valente, muito forte. ³Cuidado que a correnteza aqui é braba´.
) 4c v. ± Colar. ,<

(
6
1  +$
) 4/7c s. f. ± Chance. ,;1  *+
) 4/7c v. ± Olhar pela brecha, espionar. ,<
1

(    



+$
) 4/74  s. m. ± Quem gosta de brechar. :
=.
) 45 49 s. m. ± Objeto imprestável ou de uso duvidoso. ,4   !
*8?

 
 
8+
) )c s. f. ± Pequena lagartixa caseira. Provável corruptela de (
.
) 0/c0
4s. m. ± Folião do Boi-bumbá.
) /c s. f. ± Fome. ,:

!1



#
2
+$
) /c+ adj. ± Pessoa com fome. ,9
2

8:

&' 
1 
*+
) 07c s. m. ± Masturbação masculina. ,4
1#( ( 

  


 +$
) ) c s. m. ± Ver C   .
) /7 s. m. ± â Víscera de peixe, mamíferos e répteis. ,A  



 &+ ^ Mulher feia. ,¢

"1

*8A 
1

*+
) /7 +c adj. ± Grávida. ,C    
(
$L
&
6+
) c s. f. ± Pum sem ruído. ,"

8A
1 8+
)  0c s. f. ± Dinheiro, grana. ³1   $¢ 5*+
) - c+ adj. ± Arredondado. ,L
1  9$1  " 

 
+$
) - c2s. m. ± Coisa nenhuma. ,

&
 

1
 +$
)
s. m. ± O buritizeiro é uma das mais vistosas e bonitas palmeiras da flora amazônica. Uma planta adulta chega a pro duzir mais
de 600 frutos em cada cacho. Os frutos são colocados de molho por 24 hors pra soltarem a película cor -de-vinho que os envolve e então a
polpa, de coloração amarela, pode ser utilizada para a confecção do ³vinho de buriti´, bebida altamente energ ética. Com a polpa prepara-
se também sorvetes e doces.

/
/c)c s. f. ± Espécie de vespa cuja ferroada produz dor e febre. ,



1   (
+$
/c)c9cs. f. ± Recipiente usado para armazenar ou transportar água.
/c)c9 s. m. ± O hímen. ,4  1  
 !
+$
/c)c9 +c adj. ± Virgem.
/c)49c<+ cadj. ± Teimoso, que ninguém consegue fazer mudar de opinião.
/c) +4-cs. f. ± Cozido de galinha feito com o sangue da ave, dissolvido em vinagre.
/c) *40
s. m. ± Sentido. ,4 #  (  
  




  
+$
/c)/cs. f. ± Mulher. ,#

(( 

+$
/c)/@ s. m. ± Alguém que não se comporta direito. ,0 
B  )8A

 


 8+
/c)/ s. m. ± Pessoa, cara, sujeito. ,
 

 


 
+$
/c) 4 ?adj. ± Desconfiado. ,L

1
   
+$
/c) /7c s. f. ± Mulher de raça cruzada e cabelos lisos. ,4
 

1 
 +$
/c/c 4/s. m. ± Troço velho. ,:   A
 $A 1  


+$
/c/4
4 (ê) adj. ± Maçante, importuno. ,<
     8+
/c/7 05c v. ± Puxar de uma perna.
/c/7-cs. m. ± Cabeça. ,E  





 
(
 
8311 
  
  8+
/c/7 -4
c s. f. ± Peteleco dado com o dedo na orelha de alguém. ,: 
( 1 
   
8+ Ver 0.
/c/ *)cs. f. ± Poço de pouca profundidade, em que a água mina de uma fonte próxima.
/c/4
4s. m. ± Mania. ,¢

   




A 8+
/c/ s. f. ± Armadilha de pesca.
/c+G adv. ± ³Onde está?´ Existe a variação < ?
/c+ -7 s. m. ± Tigela que recebe a seiva da seringueira.
/c+ /c v. ± Acariciar criança nova com carinho. ,¢ 5
  *A   

 "*+
/c5c+ adj. ± Sortudo. ,3 " 
8‰
 (
 8+
/c5c c exp. id. ± Fazer algo mal feito, estragar tudo, colocar alguma coisa a perder, dar mancada. ,A(
 
 
$

?
 
 

8+
/c5c- c 2c adj. ± Neurastênico, estourado. ,3   "

 ' ( #1 +$
/c 0c) c? 4 cexp. id. ± Cair na gandaia, ir para a farra. ,E 


 

(
6 1(
"  
1 8+
/c  c
=2exp. id. ± Ficar perplexo e surpreso. ,:

1(   
7 
" 
+$
/c

s. m. ± â Pequeno porco-do-mato. ^Peça principal do aparelho de ralar mandioca: um cilindro de madeira ao longo do qual se
adaptam serrilhas metálicas, com uma das extremidades conformada em roldana de gorne para a passagem da correia ou corda que
imprime a rotação; rodete.
/c Dc< 45s. f. ± Lugar distante. ,0 
152 $4
  &'
+$
/c>=s. m. ± Fruta tropical, aromática, muito suculenta, de sabor acido -adocicado pronunciado, própria para refrescos, caipirinhas,
confeitaria. VerA.
/c-cc
4s. m. ± Profissional que veda ou fabrica embarcações de madeira.
/c-c4
c v. ± Vedar com estopa alcatroada (as junturas, buracos ou fendas de uma embarcação).
/c-+4 c+cs. f. ± Prato regional fei to com peixe, ervas, legumes, temperos e condimentos.
/c-+ +4 /c +c+4 s. m. ± Caldo feito com farinha branca, ovos, pimenta -do-reino e sal para dar sustança ou tirar ressaca. ,;
1

  
    *+
/c- ) c+adj. ± Embriagado, turbinado.
/c-*)?s. m. ± Galo, protuberância inflamada, hematoma.
/c- 0+ s. m. ± Mau-humor, zanga. ,D
    +$
/c*c c+cs. m. ± Pessoa, cara. ,
   1
   +$
/c*)c+cs. f. ± Bando. ,
1
 ( 

   (
1
1  
8+
/c*)
c adj. ± Pessoa que tem os pés para dentro ou as pernas arqueadas.
/c* c05cs. m. ± Urubu.
/c* 2c+4*4 cs. f. ± Camisa de malha.
/c* </c* s. m. ±Arbusto de pequeno porte, podendo atingir até três m de altura, caule com casca lisa. Folhas avermelhadas
quando jovens e verdes posteriormente, lisas e brilhantes. Flores brancas, aromáticas, aglomeradas em grupos de três a quatro . O fruto é
arredondado, de coloração avermelhada quando jovem e roxo-escura quando maduro. Polpa aquosa envolvendo a semente de coloração
esverdeada. Frutifica de novembro a março. Aparece predominantemente ao longo das margens de rios e lagos, com a parte inferi or do
caule freqüentemente submersa.
/c0c c0cs. f. ± Capim de beira de rio ou lago.
/c0/4-c s. m. ± Portão simples, geralmente com um pedaço de madeira que sobe e desce.
/c0+ s. m. ± Peixe intruso que se entranha nos orifícios humanos, erigindo as espinhas nas suas guelras e de lá saindo só após
muito esforço ou ação de bisturi.
/c05c3s. m. ± Brinquedo feito com um pedaço de cabo de vassoura e um prego com a cabeça lixada no asfalto na ponta que se joga
no barro como um dardo.
/c05
4 s. m. ± Parte posterior do pescoço. ,9   

 
*+
/c05 -c adj. ± âDesengonçado. ,3 
 "




 
+$ ^Papagaio penso.
/c07@ s. m. ± Mulher feia.
/c0c s. f. ± Embarcação para transporte nos rios.
/c04  s. m. ± Quem faz ou quem comanda a canoa no rio.
/c0
 s. m. ± Esquina. ,4

($?

< 
 

-D+$
/cc/7 s. m. ± Pessoal servil.
/cc 5c
 loc. v. ± Ir embora, sair. ,4

 $
1(
 

+$
/ccC;interj. ± Até pareceó ³Ele disse que vai me levar com ele?ó Capazó´
/c 0c;-c2c;2c/c; interj. ± Sai foraó ,<

    
 
1


$¢    
¢ 8B(8B( 1 8; 
  8+
/c
@ s. m. ± Bolinho de comida amassada comido com a mão.
/c
4s. m. ± Vencer num jogo com grande margem. ,‰ 
  
8< 
(
*+
/c /72s. m. ± Boi-bumbá de Parintins. O Azul.
/c? 4c+ s. m. ± Um jeito especial de fazer alguma coisa, )
'
. ,0283 " 
  1


+$
/c c+4
c/7loc. s. ± Desapontado. ,¢ 


 
 


( 


$3




  
+$
/c c<+ c?adv. ± Na cara-de-pau. ,4(
  


  ' +$
/c c*)-c s. f. ± Fruta de sabor agridoce, cor variando do verde ao amarelo, dependendo do grau de maturação, rica em sais
minerais (cálcio, fósforo e ferro) e contendo vitaminas A , C e do complexo B, a carambola é considerada uma fruta febrífuga (que serve
para combater a febre), antiescorbútica (que serve para curar a doença escorbuto -carência de vitamina C, e que se caracteriza pela
tendência a hemorragias) e, devido à grande quantidade de ácido oxálico, estimulador do apetite, sendo ainda usada pela medic ina
popular no tratamento de afecções renais. Seu suco, além de possuir um delicioso sabor, é usado para tirar manchas de ferro, de tintas e
ainda limpar metais. Sua casca, por possuir alto teor de tanino, cujo poder adstringente pode prender o intestino, é utilizad a como
antidesintérico.
/c c* 05 =s. m. ± Dinheiro miúdo. ,A  


*+
/c @ s. m. ± Esporro, ralho. ,< M   

 
+$
/c cc0@ s . m. ± Pernilongo. ,1  
  8+
/c
6s. m. ± Lugar onde ficam as solteironas. ³ AN

 
$A
  #+$
/c 04 +4
4
3 ± â Qualquer alimento não macio, que foi pouco cozido.,4    
1  "$
'

 
+$ ^ Pessoa difícil, travosa. , 
 

 
"
  "+$
/c 04*c5c+c s. ± Músculo dolorido. ,?
 

 1 
 
 +$
/c 045@s. m. ± O olho do furúnculo. ,C 
"
 
 

+$
/c 45c v. ± Roubar. ,3 

1  

6+
/c
c v. ± Exibir-se, ostentando arrogância. ,( 
 

1
 
 !+$
/c
cC s. m. ± Renome, fama, notoriedade. ³Eu nem ligo pro que ela diz. Acha que eu vou dar esse cartaz para ela?´
/c
4 c s. f. ± â Mesa escolar. , (   
!
(+ . ^ Maço de cigarros. ,: 
   ¢
 +$
/c2c+24*>4
 loc. adv. ± Caso perdido. ,A 
 
 
  
+$
/c2/c-7 s. m. ± Beiju. ,;
    
 11
  
+$
/c2/c2 c v. ± Procurar a fundo. ,;  (  
( 1

+$
/c2/ + s. m. ± Forte pancada na cabeça de alguém (quase sempre em crianças), c om o dedo médio dobrado.
/c2? 4
c s. f. ± Pequeno papagaio (pipa).
/c2? 07c s. f. ± Proveito, no sentido sexual. ,:
(

 
 1   "+$
/c
c v. ± âTirar piolho. ^Movimentar o papagaio para cima e para bai xo até que ele suba até a altura que se deseja.
/c
c c/c s. f. ± Meleca. ,: (   

$A(     +$
/c
05c s. f. ± Cheiro forte. ,1   
 "

+$
/c
05c v. ± Feder.
/c
*)?s. m. ± Ver ¢

$
/c
c cs. f. ± Pequena embarcação usada para fazer travessia em riachos urbanos.
/c D s. m. ± Planta esponjosa que causa coceira. ,:
 1 
$A 
  &  "+$
/4*
3  s. m. ± Jogo de queimada. ,:

  "
*+
/4 /c<- 409 s. m. ± Conversa mole, sem ir direto ao assunto. , &   '
!
 


11
 
+$
/4 -s. m. ± Vidro moído aplicado com cola nas linhas dos papagaios com o intuito de cortar o papagaio advers ário.
/4 
 s. m. ± Acúmulo de sujeira na pele por falta de banho. ,: 

 
$0

 






 O  



!
$+
/7c5@s. m. ± Drible rápido e desconcertante no futebol. Drible da vaca. ,: 
 
1(
*8¢ 
8+
/7cc+ adj. ± â Com cecê. ,02
8

 



*A 
8+^ De porre, bêbado ou sob o
efeito de narcóticos. ,¢ 
1
    !
+$
/74/7 s. m. ± Calote. ,
(
1
 1
&
$:
(

 
+$
/745c4 exp. id. ± Que eu até. ,<
(  ( 

 $¢  1 
8+
/74 +4/c? 4c+exp. id. ± Cheio de invenção, cheio de presepada desnecessária. ,3  
1  
  1


1 
 

 +$
/74 <24 +4s. m. ± Maço de coentro e cebolinha.
/7 )c
c adj. ± Coisa muito boa. ,-
 " 8:
( 
(
8+
/7 )3 s. m. ± Mistura de farinha, água e açúcar$,9

 " *+
/7 - ? 4 s. m. ± âDesmaio. ,¢
  
6 
  
  1+$ ^Showzinho ridículo em público. ,41  $
¢


  &   1 
1 $‰ 
8+
/7 0 c s. m. ± Sujeito afetado, metido a gostoso.
/7 c+adj. ± Bêbado.
/7 2c v. ± Fugir, correr.
/724<0@<*-7c?s. m. ± Indecisão. ,: 

( *C 
('
'
 1  8+
/ c+c s. f. ± Chibatada com cipó. ,4 
 
 +$
/ 2*c+ adj. ± Desconfiado. ,L
 (
1      
 
+$
/) 07c s. m. ± Fila. , P 1
  

 (


1 
+$
/9c s. f. ± Pisa, peia, cipoada. ,;  
( (
!  +$
// 
4 s. m. ± Ver ¢ 
.
//
 s. f. ± O alto da cabeça. ,9 
(
  



1(



+$
/-74 (ô) v. ± Recolher a linha quando se está empinando papagaio. ,¢
 
1 ( +$
/- c s. m. ± Pó vermelho feito de urucum para dor cor à comida.
/* ) c (4
+B exp. id. ± Com tudo. Expressão de exagero e alopro.,B ( 
   $C

 

 

 ("  

$





 


+$
/*) 2
-s. m. ± Óleo diesel.
/*4 c) 8c) loc. v. ± Ficar calado quando a situação é inconveniente ou desagradável. ,4 
1  $¢


 1(

 
  +$
/*4 /? 07 loc. v. ± Ficar burro. ,A""*0 1

1 
+$
/*>=40
@1; exp. id. ± Expressão de espanto. ,0


  (   $+$,¢

 
*8  *8+
/0
= s. m. ± Denominação dada ao boi adversário e a seus torcedores no festival de Parintins.
/c:)cs. f. ± Árvore da qual se extrai um óleo com propriedades medicinais. A copaíba fornece o bálsamo ou óleo de copaíba, um
líquido transparente e tera pêutico, que é a seiva extraída mediante a aplicação de furos no tronco da árvore até atingir o cerne. O óleo da
copaíba é um líquido transparente, viscoso e fluido, de sabor amargo com uma cor entre amarelo até marrom claro dourado. O us o mais
comum é o medicinal, sendo empregado como antiinflamatório natural. Pelas propriedades químicas e medicinais, o óleo de copaíba é
bastante procurado nos mercados regional, nacional e internacional.
/? 4 s. m. ± Ver ¢ 
.
/ /c s. f. ± De avançada idade. ,4


  
1 


+$Do tupi # , caduco.
/ 04-<+4<)c c0/ s. m. ± Homem que manda na região$,0
(

 



 ' '

 +$
/
c c/ /c exp. id. ± Matar a intenção no nascedouro. ,9   1  (




1

     +$
/
c 4cc c exp. id ± Humilhar ou diminuir de certa forma. ,<  
 


    +$
/
c v. ± Falar mal de alguém. ,<


(
5 #

"*+
/
4s. f. ± Pedaço de tecido para fazer roupa.
/2/cs. f. ± Cócega. ,01

 1 

(
+$
/
6adj. ± Faltando um pedaço. ³3!
 "
#$C
 +$
/
H/ ± s. m. ± Gesto de xingamento que envolve fechar a mão e esticar o dedo médio.
/  +4  /c exp. id. ± Expressão que indica alguma coisa que não se resolve, não ata nem desata. ,3
(
 
" 


   (
(
 +$
/ ? 40
4loc. adv. ± Surrado. ,;

 
( 
  

1+$
/ 40
4? 4
=c)cc0+exp. id. ± Expressão que indica que alguém acha que está chamando a atenção e não está. ,4

1(

1(

$ " 

+$
/ / adj. ± Pessoa muito chata. , &    $? 1 




+$
/ 2 c0c s. f. ± Ventinho forte na madrugada, mesmo em noites quentes.
/ C4
c s. f. ± â Cabide. ,A2 
   +$ ^ Falcatrua. ³
  
  


(

  +$
/ +/4 s. m. ± Pessoa que se faz de muito difícil, gente besta, pedante. ,< 1
1$L

 
1
 !
+$
/ c s. f. ± Fruta cuja casca dura, limpa da polpa, serve de recipiente para líquidos, como, por exemplo, o A  .
/ +c v. ± Apressar-se. ,¢ 
(  
+$
/ @s. m. ± Menino, curumim. ,3  

1  
8+
/ 07@ s. f. ± Mulher.
/ 07c0
@ s. f. ± Garota. ,<"   *+
/ 07@< c05c s. f. ± Mulher bonita. Parte do imaginário do Boi-bumbá de Parintins.
/  c9 s. m. ± As sementes de cupuaçu, por seu alto teor de gordura, prestam-se à fabricação de chocolate e já foram utilizadas para
esse fim, em lugar das sementes de cacau. Por esse emprego, o cupuaçu recebeu no passado nomes como cacau -do-peru e cacau-de-
caracas. Pertencente à família das esterculiáceas e ao mesmo gênero do cacau-verdadeiro, o cupuaçu é uma árvore de porte médio, nativa
da Amazônia, que passou a ser cultivada em quase todo o Brasil, exceto nos estados do sul. Os galhos são longos e grossos, ma s flexíveis.
As folhas, muito grandes, chegam às vezes a cinqüe nta centímetros de comprimento. É comum encontrar o suco e o creme de cupuaçu.
/ 4 c s. f. ± A massa de mandioca mole que, ao sair do espremedor (tipiti), por ser dura e embolada, não foi coada. É imprópria para
a fabricação da farinha. Alguns aproveitam para fazer mingau.
/ c v. ± Bisbilhotar, xeretar. ,31  
 *+
/ )/c s. m. ± Mestiço de branco com índio.
/ /c s. f. ± Espécie de papagaio (pipa) pequeno e sem tala (palitos da armação). ,B(   
#  +$
/ *c
@s. m. ± Peixe que se nutre de vegetais e lodo, também conhecido como papa -terra.
/
4s. m. ± Dim-dim. Usado na região do Alto Solimões.
/ -cs. f. ± Turma de amigos.
/ )c s. f. ± Ferida. ,-2
 
!

8+
/ * * s. m. ± Garoto, menino. ,¢  ( 
   6+
/  c s. m. ± Ser fantástico que, segundo a crença popular, habita as florestas e é o protetor das plantas e dos animais. Referido
desde o séc. XVI, o Curupira é descrito como tendo a estatura de um menino, pele escura e os pés às avessas, isto é, com os calcanhares
para frente; suas pegadas enganam os caçadores e seringueiros, que se perdem nas florestas. O curupira também faz as pessoas se
perderam imitando gritos humanos. P ara não serem incomodados, os seringueiros e caçadores, adaptando um costume indígena, fazem
oferendas de pinga e fumo.
/ 2 v. ± Espanar a rosca, o parafuso. ,
 1
( $4
   +$
/
/c v. ± Bater, tocar com a ponta de qualquer objeto. ,0   8
 1 
 8+
/ 2@ s. m. ± Buraco feito no chão para que se possa pôr lixo e aterrar.
/ 2
4 s. m. ± Ver 
(  
$

+
+c+c s. m. ± Mingau de mamadeira.
+c+adj. ± Alguém de fácil trato. ,4
  $‰
 
"*4" 
  +$
+c0c+ adj. ± Endiabrado, malcomportado. ,4 


$L
 
 
8+
+c09c+4 c
42cc
4c++4/c

cloc. v. ± Enrolar, postergar algo. , &  ! 

   ( 




1"
+$
+c c/c cc)4
4exp. id. ± Apostar. ,
   

&
1
+$
+c c2/c c2exp. id. ± Aparecer. ,C 1 



  +$
+c )-4*/c

c exp. id. ± Ser esperto. ,¢ 


? $3  

  $C 
8+
+c /c)exp. id. ± Dar sumiço. ,3


  
  



+$
+c / +cexp. id. ± Dar confiança. ,
 
 
1 
(  +$
+c +4 loc. v. ± Começar a« ,
    

 +$
+c +4/* 9c loc. v. ± Atacar. ,3 
? 8A 
 

!


8+
+c +4* - exp. id. ± Ser muito superior. ,3 
   
+$
+c 3loc. v. ± Dar-se conta. ,C
 
(1
 "  '
+$
+c 0 cexp. id. ± Ir embora, se mandar. ,<

      

 +$
+c )c-@exp. id. ± Fazer o retorno com o automóvel. ,3
 

 
 J  
 +$
+c ) C exp. id. ± Avisar. ,4   $" 
 6+
+c 5 c exp. id. ± Fazer bem feito, caprichar, arrumar, dar o toque final. , (  
(
 
+$
+c *c  2c- exp. id. ± Gostar muito. ,4


(
  +$
+c  0 loc. v. ± Sair sem pagar a conta.
+c  45loc. v. ± Quebrar, escangalhar, enguiçar. ,3   
 
(
+$
+c 2 0c-loc. v. ± âDar seta no carro, indicando que vai fazer a curva ^Mandar notícia. ,E
( $  (   8+
+c 
4-c loc. v. ± Dar corda, dar atenção, dar confiança. ,; 

(
(  $4 "
 +$
+c  */7c5@ exp. id. ± Esquivar-se. ,C 

-
  
1   
 
+$
+c  * -exp. id. ± Ir rapidinho em um lugar. ,9(
 
1 (

 8+
+c  *c/c 4 cexp. id. ± Correr. ,4    
 
 
2 +$
+4)+4 loc. adj. ± Menstruada. A associação vem do fato desse caprino, que não gosta de banho, exalar um cheiro muito forte,
semelhante ao cheiro do sangue de origem uterina que ciclicamente a mulher expele. ,A

5  1


" 
8+
+4//cloc. adv. ± De cócoras.
+4/*) cloc. adv. ± Expressão que indica intensidade. , (


1(
 

   +$
+4/* 9cloc. adv. ± Ver 

$
+4-c2/c loc. adv. ± Indica algo ruim em intensidade. ,3 
  +$,
(
  $+
+4-c2c+c loc. adv. ± Com grande vantagem. ,3;
- 

 ( 
C

Q&8+
+4*c-c4/ cloc. adv. ± Transferir-se para outro lugar com todos os pertences. ,4
     $ &




+$
+4*
/c loc. adv. ± Ligado na conversa alheia, de ouvidos bem atentos. ,L
   
(  6+
+4 c+c loc. adv. ± Distribuir algu ma coisa jogando para o alto, estilo quem pegar, pegou. ,4




   +$
+4 *4  loc. adv. ± Antigamente, antes. ,  
(
 
$
1



 +$
+4 440
4loc. adv. ± Indica um curto espaço de tempo. ,:
1  (

  +$
+4 /7c loc. adv. ± Com certeza. ,4(
  

  +$
+424Cloc. adv. ± â Fruta quase madura. ^Pra sempre. ,4

 (
-
 ? 
+$
+4)/7c v. ± Escarnecer, zombar. ,4
 
  !


+$
+4+c+cs. m. ± Ato de cutucar o bumbum de alguém com o dedo. ,A( 
    
    +$
+405 s. m. ± Faceirice. ,
 

1     
+$
+40
+c5c c54*loc. adv. ± No rego da bunda. ,  
 
 +$
+4 c+4 s. m. ± O último$,4 
 1
 1"
   
+$
+42)/c+cadj. ± Que fala muito palavrão. ,?1 "  
 
 $"(
 8+
+42/c)c9c v. ± Desvirginar.
+42/c v. ± Soltar a linha quando se está empinando papagaio. ,   
( 

$4 
"

 


   *+
+42/c02c v. ± Ter neném, parir. ,- (M   

$L +$
+42/c4-c v. ± Cair a pele. ,0  



  
+$
+42/c c+adj. ± Cara-de-pau, cínico.
+42/c 5cs. f. ± Escapamento. ,¢ 

1    

+$
+42/0 *4adj. ± Grande, demais, em excesso. , ( 
J

 

+$
+42/ -c42c cc+cloc. s. ± Desculpa mal fundamentada.
+424*)42
c+adj. ± Descontrolado. ,4  1  
1

1  (


+$
+42*40
v. ± Deslocar, luxar, desconjuntar, destroncar. ,
1   




$0 
&
 
+$
+42* - 05I + adj. ± Sem graça, desarrumado, desajeitado. ,3¢


   %
1
 1  
+$
+4204 c+adj. ± Com diarréia. ,3 

( 



1 

$¢
 

+$
+42-c0c2 c+ adj. ± Desatento, desmotivado. ,4
  
1!
$A



 
 ( 
+$
+42
/c v. ± Trocar o dinheiro em notas menores. ,

  1% *+
+ 0<+ 0 s. m. ± Suco congelado no saquinho. Possui variações dentro do Estado. É conhecido como Flau (Parintins), Totó (Coari), Vip
(Ipixuna), Miau (Itacoatiara)
+ 2? 4 ± Contração de '1. Consta-se, ao que parece. ,  
 * 1 +$
+ 2
 c+ adj. ± Deteriorado, acabado. ,A ¢  
(
 
 6+
+>F/ adj. ± Caboco. ,3
 
1 
 
 
+$
+*4 
loc. adv. ± Do meu tamanho, da minha altura. ,4" 



+$
+
4*+ 0/cloc. adv. ± Muito velho. ,08R
 S"(



 +$
+
2/c loc. adv. ± Sensível. ,
1

  +$
+ +424c+loc. sub. ± Dor desviada. Cólica no baço. ³:
 
84


 (
+$
+2) 0/cloc. adj. ± De brincadeira, apostar sem valer. ,;  1 6

   $


  

  8+
+2 24 c loc. adj. ± De verdade. ,4

  

$L
(+$
+ c5c s. f. ± Comilão. ,9  

  $3
" 6+

4
3c4- +exp. id. ± É pouco. ,A(  !
C
*L "*+,‰ "
$1 
 " ! +$
4*4 c; exp. id. ± Mais do que« ,;" "  +$
44 -=2c) cexp. id. ± Expressão para eximir-se de culpa. ,4 1 (  *E 6+
35;exp. id. ± Muito bom ou muito ruim. ,¢ 

 
1"

8+,0
( $4"

$9
1
11+$
4-74-74; exp. id. ± E olhe lá. ³4#

  
 
 +$
G%/c 9; Exp. id. ± Usada quando alguém se safa por pouco de uma situação complicada . ,: 808T 
!
8C




6+
35 có interj. ± Égua pode ser usado em várias situações. Tomou um susto: ³ "ó´ Alguém faz algo que você não entendeu: ³"«´.
Uma situação estapafúrdia? ³ L"" 
6+$ A entonação faz parte do sentido.
4
cc ; Interj. ± Ver 4 
8
4
c có Interj. ± Expressão de espanto, admiração. ,4 
801  

*8+
4*)c0c0c+ adj. ± Atrapalhado. ,  1


+$
4*) /c v. ± â Descer. ,4

( (1 +$ ^ Cair o papagaio em parafuso.
4*) /c v. ± Virar de ponta a cabeça. ,





 +$
4*) 407c v. ± Meter-se no meio de. ,<
( 
  


  +$
4*) =s. m. ± Piolho-de-cobra.
4*c/7c+ adj. ± Cheio, estufado$,C 
 


 
+$
4*c c v. ± Atrasar. ,A 

$¢ 8+
4*c0C 0c+adj. ± Ver 4 
.
4*c
c<+cs. m. ± Pessoa que atrapalha os planos dos outros.
4*4 ?
c+ adj. ± Enfeitado, arrumado. ,4

 1  +$
4* 0c v. ± Fazer subir. ,:
(
 


*+
4* 054 s. f. ± Micose. ³A
1"
   $A
!
   8+
4*-c+?adj. ± Cheio de calombos, caroços, com a pele irritada.
4**)c+ adj. ± Alguém cheio de orgulho.
40/c05c+ adj. ± Pessoa que anda agarrada com outra o tempo todo. ,  
  & 
 
$;#( (  
+$
40/c2? 4
c+ adj. ± Impressionado. ,  
 1


"1 
( +$
40/2
 s. m. ± Pessoa pegajosa.
40/ c+ adj. ± Travado, trancado, que não anda ou não cresce.
404Cc+adj. ± Chateado. ,4


1
   
+$
40 c+c s. f. ± Quantidade de peixe vendida junta num fio.
405c0/7c ?v. ± Engatar. ,A(  

2 1
    
  +$
405 -7c+ adj. ± Enrugado. ,<
  

  
 
 

  
+$
405I c v. ± Ter ânsia de vômito. ,<
( 



% 
+$
40>c+ adj. ± Metido a besta. ,3   

#
6+
40
@ 0
;exp. ± Expressão que indica fim de argumentação. ,
   *4


8C 
15*6+
40
> s. m. ± Enjôo, nojo. ,
(

1


#+$
40D4 + adj. ± Metido onde não é chamado. ,4 
*4
  & & 8+
40D4 *40
s. m. ± Intromissão, atrevimento, gabolic e.
40D4 v. ± â Meter-se. ,
(&  
1
" 
8+^Aparecer.,4

 

(
#
& +$
4 c2« interj. ± Usado para momentos de perplexidade. ,46  &  
1 6  5*+
3 c2
4%*c0 07ó interj.± Expressão de surpresa. ,:

 
*L 
6+
4 c+adj. ± Embaraçado, sem jeito. ,C 1 


1



+$
42)c0+c-7c v. ± Quebrar. , &   
 

8+
42/c) 4c+ adj. ± Desconfiado. ,3¢
 

  $¢  

+$
42/c-c+ s. m. ± Penetra. ,4


( 
$C
  
+$
42/c-+c+ adj. ± Esperto. ,4

$;
  
+$
42/c*)c s. m. ± â E o resto. ,4
& 
 

 


 8+ ^Expressão de indignação. ,4( 

 8+
42/c0/c c v. ± Abrir às claras. ,<

      
 
 +$
42/c05c-7c+ adj. ± Quebrado, sem funcionamento. ,4( 
   $A  
+$
42/ 
 adj. ± â Malvado, chato. ³Aquela professora é muito escrota. Não dá mole´. ^ Quando falada arrastada, a palavra tem sentido
positivo, de elogio, de algo ou alguém muito bom. ³Doutora escrooooooota essa aíó Deu remédio certo e curou o menino na hora.´
42/ -c/7 s. m. ± Esporro, esculhambação, ralho.
42/ -7c*)c+ adj. ± Ver 4  
.
425c-c* +adj. ± Guloso, comilão.
42c92 adj. ± Confiado, enxerido, atrevido, petulante, pessoa invasiva. ,4  1 
$4" 
!




+$
42c5 4
4s. f. ± Espacato. ,4&    $C1   
 
+$
42 c 26« interj. ± Interjeição que antecede algum comunicado. Usada para chamar a atenção do interlocutor. ,4 #6(

    +$
42 c v. ± Olhar. ,:
 9   


+$
42/c +4 exp. id. ± Rir até não agüentar, rir muito. ,¢
 1  

  +$
42/c v. ± Estourar, arrebentar com ruído, estalar. ,0 
P8A( 
 8+
42 c s. m. ± Pessoa ruim, malvada ou insensível. ,0
&    & 
6  
+$
42
c? 4c+ adj. ± Cabelo repicado. ,3U

#  ; =
?

 
1
+$
42
4 * exp.± Modo de se referir a alguém cujo nome é desconhecido ou que se quer denotar desprezo. ,3  6¢ 
 

$+
42
/c+ adj. ± Ver 4!

.
42
@ s. m. ± Caminho cumprido. ,L
   

1 1 "" 
 
+$
42
c+ s. m. ± Sofá.
42
4c v. ± Ferir, se dar mal. ,4






+$
42
*c+adj. ± Aloprado.
4D
c
 s. m. ± Perfume. ,:
 &
 (
 +$

c/c+c s. f. ± Pedido de dinheiro. ,3 
 ( (    


+$
c/7s. m. ± Animação. ,E &


1
( 
 

+$
c/ -
=  adj. ± Quem faz faculdade. ,4    
" 
+$
c-c +4)c 5c/74 cloc. v. ± Falar sem razão. ,A    80


 
 


1
 

 +$
c-2 c s. f. ± Malária muito violenta .
c0
c adj. ± Sem graça, fraco. ,4 " 
$9  ( 
+$
c +c s. f. ± Uniforme escolar. ,
(   ‰ (=8;#8+
c 07c s. f. ± Raiz da mandioca triturada e secada até fazer grão ou farinha grosseir a. Se come com tudo.
c 07c-+J=5 c ± Tipo de farinha fina.
c c s. f. ± Farinha preparada com manteiga, gordura ou, às vezes, ovos.
c c<+</c2/ s. f. ± Farinha-d¶água assada no casco da tartaruga após a retirada dos ovos, vísceras e carne.
c 4  s. m. ± Contador de histórias.
cC40+cs. f. ± Ver ¢
.
cC4 c/c24 cloc. v. ± Falar mal de alguém. ,4

  $;1 (    ( +$
cC4 7 c loc. v. ± Passar o tempo. ³:
J ( 
$

+$
cC4  04 0v. ± Fofocar, fuxicar. ,4
   1 

  
$0
11

*+
cC4 *c-loc. v. ± Desvirginar uma moça. ³<  
 *;8+
cC4 *4 @ exp. id. ± Fazer careta, cara feia, geralmente para intimidar. ,4
  1



  +$
cC4 4C 07 v. ± Fazer embaixada com a bola. ³:
(1  
*+
4/7 /-4 s. m. ± Zíper, fecho Éclair.
4C 3exp. id. ± O que ele/ela fez foi. ,0 1 
 
$4
"

 
+$
G*4c s. f. ± Designação genérica para as mulheres, especialmente as disponíveis para o sexo. ,3‰ 



 (I  

5 +$
4 c+ adj. ± Sujeito que se deu ou vai se dar mal de alguma forma. ,;
   
 1


 

+$
4 +4405*c s. m. ± Esquina com bifurcação triangular. ³ 
 1
 
 ; (-
 


?+$
 /c +4 ) ) c exp. id. ± Ficar sem fazer nada, ficar flutuando na água. ,47" 


*+,
$A2#1  
 
1 
+$
 /c +4*c-loc. v. ± Ficar sem falar com alguém.
 /c 0c 0/cloc. v. ± Ficar sem fazer nada. ,



" "  

 6+
 /c 240
+exp. ± Magoar-se. ,
 ( 
 ‰$4
 6+
 -3 adj. ± Pessoa bonita, desejável. ,4 " 
 "8+
 -7 +4 *c 35 c exp. ± Xingamento dirigido a alguém que nos irritou.
 0 07cs. f. ± Diarréia.
-4/7c v. ± Ato de catar o papagaio em linha reta.
) c s. f. ± Coceira na vagina. ,< 
1
 
  8A


  8+
 *c-; exp. id. ± Utilizada para pedir desculpa por algo não intencional. ,C
  $
1 
 
8+
 1 interj. ± Pergunta que pede confirmação por causa de certa incredulidade. ,

 +$,C
*+,C
$4

+$
-6 adj. ± Frouxo. ,3

 
 $4" 
 $C 
#+$
-
4adj. ± Variação de C
#$
* 07c adj. ± Pessoa egoísta, que quer tudo para si. , & 
  $ ( 
'

+$
0c2ó interj. ± Utilizada no jogo de bolinha de gude. Quando o sujeito quer ser o último a jogar, ele grita: ³ C
ó´
 c cc
4 loc. adv. ± A mais, em separado. ,0
 
$9
'
1 "
+$
 *c v. ± Menstruar pela primeira vez. ,9    


+$
 )+6 s. m. ± Encontro para dançar. ³: 


#   
A
+$
 42/c v. ± Encher a paciência, encher o saco. ,
1
1

2    8+
 9cs. f. ± Rosto, cara. ³B(

 !+$
 9c v. ± Mexer, tirar de ordem.
 -4 c54* s. f. ± Porcaria, coisa ruim. ,3 "
 +$
 -4  adj. ± Ordinário, ruim. Mas pode ser também pessoa muito irreverente, brincalhão, depende do co ntexto. ,3 " 

 
#  +$
  s. m. ± Comunicação natural entre dois rios ou um rio e um lago. Transitável em época de cheia.
 4/c adj. ± Coisa sem valor. ,?

 ! 

+$
 0c v. ± Praticar o ato sexual.

/c v. ± Mexer, investigar, fazer confusão. ,4 ( ( 
  ( +$
 D /c v. ± Fofocar.
 D ? 4 adj. ± Fofoqueiro.

5
5c)-cadj. ± Esnobe.
5c)- /4 s. m. ± Orgulho besta. ,;#
1

( 
( 

 
 
 +$
5c5c s. m. ± Mingau de mamadeira.
5c
c+cs. f. ± Risada.
5c-c s. m. ± Esperma.
5c-c-c s. m. ± Menino ou rapaz muito alto. ,3  "1

+$
5c-4 cs. m. ± â Grupo de maus elementos que atacam em bando. ^ Torcida do Boi-Bumbá de Parintins.
5c-4 2s. m. ± Membro de galera.
5c*)@ s. m. ± Soldado, militar, meganha. ,  
1
 

 



+$
5c*) c c s. f. ± Remendo, gatilho, serviço im provisado. ,¢


 1
 &
 
+$
5c*)
 s. m. ± Perna fina. ,1 " 
 $3 
  
 +$
5c0/7s. m. ± Cabide.
5c07c * 0+v. ± Sair para passear.
5c c0
+s. m. ± Boi-bumbá de Parintins. O vermelho.
5c
3 s. m. ± Canoa.
5c cc+c s. f. ± Pajelança feita por curandeiros em que se mistura ervas e essências medicinais com o objetivo de curar doenças e
descarregar maus fluidos.
5c25
c adj. ± Esganiçado. ³(
       "" 
 $H 118+
5c2
cs. f. ± Enjôo.
5c
c+ adj. ± Diz-se do olho puxado. ,3




 
+$
5c
 s. m. ± Ligação clandestina de energia elétrica ou outro serviço pago. , 
 "$A


&


+$
5cC4
c v. ± Matar aula. ,:

 
 *+
5 5-4
4s. f. ± Tiara.
5 c s. m. ± Pia rústica e improvisada. A fonte de água, na maioria dos casos, é um balde com água do igarapé. Serve para tratar o
peixe, lavar mãos etc..
5
 adj. ± Pequeno. Contrário de maceta. ,L

   
 # 
+$
5 c v. ± Dar errado. ³O passeio gorou. Tá caindo a maior chuva´.
5 5 -7s. m. ± â Pedra pequena de leito de rio. ^ Caruncho de grãos de arroz, feijão, etc..
5 6 s. m. ± Bebida alcoólica.
5  )c s. f. ± Comida improvisada, misturada.
5 c
4 s. m. ± Lapiseira. ,9
 1 1

+$
5 c0+42/ 2c;exp. id. ± Expressão de desdém. ,4 
 1  1 5'



1 (

$
R‰ 
 (

$4
!
 *+
5 c:4/cadj. ± Baixinho.
5 c c* c05c s. m. ± Barco que nunca chegou. ,

 
8:

‰ *+
5 c c0=s. m. ± O guaraná é um fruto utilizado como estimulante e revigorante. Hoje em dia o uso da semente do Guaraná se
alastrou como fitoterápico rico em cafeína e estimulante do sistema nervoso central. Além da cafeína, a semente do Guaraná contém
amido, óleo fixo, ácidos cafeo -tânico e matérias aromáticas, resinosas e pépticas. O Guaraná também é usado como tônico geral e no
combate ao estresse.
5 c )c s. f. ± Espécie de macaco.
5 c )c v. ± Dar uma melhorada disfarçando os defeitos de alguma coisa. ,:
   
 
 ( +$
5 45 4
4 s. f. ± Mulher, moça, garota. ,:
  &1  
(




*+
5 40Cs. m. ± Desajeitado. ,:   
   
*8+
5 5 40
 adj. ± Pessoa feridenta, nojenta, cheia de marcas na pe le. ,4 
 
>  $4"

     +$
5 2c v. ± destruir, destroçar (um papagaio). ,:
 
 
 1 



 
+$
5 4*c s. f. ± Peneira.

7
7c24 cv. ± D( $³Ele veio aqui dizendo que tu que tinhas mandado« o que que eu havera de dizer´.
7 -3 cs. f. ± A floresta amazônica, segundo denominação de Alexander von Humboldt (1769 -1859), naturalista alemão, e Aimé
Goujaud Bonpland (1773-1858), naturalista francês.

c/=s. m. ± Quelônio da família das tartarugas.


5c6 s. m. ± Floresta pantanosa, encharcada e sombreada pelo mato.
5c c<c9 s. f. ± Canoa grande.
5c c<* *s. f. ± Canoa pequena.
5c c3 s. m. ± Pequeno rio, riacho, arroio.
5c
3 s. m. ± Canoa grande e forte.
5 c-C 07 adj. ± Muito semelhante. ³ 4"  

  +$
-7c 5c s. f. ± Ao lado. ,C 

      +$
* 054s. f. ± Pira, mancha no corpo. Ver 4 $
*- /c v. ± Incitar discussão. , &   8A
  
 "*+
0/c0+ c+ adj. ± Ofuscado pelo brilho. ,<
1 
 
 1    
+$
:05 c s. f. ± Caroço embaixo do braço que indica que o corpo está sofrendo uma inflamação, gânglio.
07c/c s. f. ± Cheiro forte e ruim.
02/c+ adj. ± Difícil de entender, de fazer, etc. ,4 1
" (

"*+,L84 
(



*
H(

6+
c+ s. m. ± Mingau feito com pouca água, consistente e grosso.
 c2 )c /c2 ± exp. id. ± Sair para curtir$,D
"&$  1 

  8+

c*c c/=s. f. ± A zona do baixo meretrício em Manaus.
D4ó interj. ± Expressão de estranhamento, tédio ou repugnância. ,4

 


+$,H&8+

>
>c)= s. m. ± Charque.
>c) s. m. ± Pessoa feia. ,
 1 

1 ? *+
>c/ 0
c s. f. ± Libélula. ,9 

(       &(
 
(
+$
>c/ )cs. f. ± Pirão feito com água, farinha e açúcar ou mel.
>c/ *@ s. m. ± Direção da canoa com o remo de mão numa das extremidades. ³Nós (
"
   1 "+$
>c c? s. m. ± O peixe mais popular de Manaus.
>4 * *?s. f. ± Abóbora.
> ?
c c s. f. ± Pequena formiga de picada dolorosa.
> c s. m. ± Pia rústica e improvisada. A fonte de água, na maioria dos casos, é um balde com água do igarapé. Serve para tratar o
peixe, lavar mãos etc..
> * * s. f. ± Abóbora.
>5c 0*c
loc. v. ± Jogar fora.
> 0
c 2c02 exp. id. ± Ir morar juntos.
> 0
c v. ± Catar, pegar no chão. ,?
 1

 
+$
> adj. ± Cabisbaixo, tristonho, abatido. ,0
1 *+,0
1
&'

 
+$

w
wc* c05c s. m. ± Urubu.
w4
/7)c/w s. m. ± Um lance amoroso, rolo. ,A ()  )


+$
w w@ s. m. ± Cachorro-quente.

-
-=2c ;exp. id. ± Expressão equivalente a ,((
5 
 
(
+$
-=) c s. f. ± Papo, conversa. ,4(
  +$
-c*)c09c s. f. ± â Gabolice, bazófia, fanfarrice. ,4
1
*8D 6!6+^2! mal realizado,
sujeira. ,:
1

 
 
(
$3

 M

&
!+$
-c*) >c s. f. ± Extra, vantagem, bônus. ³Vamos jogar? De dou dez pontos de lambuja´.
-c*c 0c s. f. ± Pequeno candeeiro feito de lata de cerveja ou leite em pó, com um pavio de algodão embebido em querosene.
-c*c 0c+cs. f. ± Uma dose de cachaça. ,4 

*A
   *+
-c0/74 s. m. ± Lanchonete. ,A2

$:
 
 &' 
1 
+$
-c0
4 0c54* s. f. ± Funilaria de veículos.
-c0
4 04  s. m. ± Funileiro de veículos, que conserta lataria.
-cc s. f. ± Grande, imenso, desproporcional. ,3V
 " 
8¢!NQ8+,;
 

*L
8+
-c 24 cs. f. ± Caneta esferográfica. ,0 
     1$;(E +$
-c
4>c v. ± Pulsar. ,0  

 
+$
-c2c+cs. f. ± Vantagem.
-c2c c35 c-c2c c) 07cloc. v. ± Levar vantagem, gozar um momento de felicidade, ganhar com sorte alguma
coisa, algum prêmio. ,4

 (
  $¢


1    
+$
-c2c +c= 4cloc. v. ± Ir embora de onde se está rapidinho.
-c2c  ) exp. id. ± Estar desempregado. ³0
"$C 1(
$;( !
1"
 +$
-c2 c s. f. ± Ganhar tudo na bolinha de gude.
-cCc 40
 s. m. ± Infeliz.
-45 4-73 s. m. ± João-ninguém. ,B  
$L

 "+$
-405c-405c s. f. ± Enrolação, indecisão., 

8C 6+
-4 2 s. m. ± Pessoa que de alguma forma desagrada $,3  

5 8 

8+
-42 adj., -424 c s. f. ± Leso é alguém que sofre de leseira. Leseira é um abestal hamento momentâneo que acomete o leso. Se a
leseira for uma característica contínua, dizemos que o leso sofre de  ". Dizem que a leseira baré ocorre entre os amazonenses
devido ao sol quente na cabeça, que queima alguns neurônios. Temos ainda as expressões derivadas: ³Deixa de ser lesoó´ e ³Pára de
leseiraó´ Dizem que todos os amazonenses têm três minutos de leseira por dia. Mas como tudo tem seus dois lados, dizem também que o
sol também causa nos amazonense o 
 
!
, um aumento na capacidade sexual devido ao sol quente.
-42c0
c+ +4
c+cs. m. ± Cantor de toada de boi.
-42c  *c? 4+cloc. v. ± Cair, levar um tombo. , A 

(
1 8;1

+$
- ) 0c v. ± Chuviscar. ,0 
 
($A  
+$
- 5cs. f. ± Elástico de amarrar dinheiro. ,0 
  !
 
  +$
- 2 adj. ± âSem dinheiro. ,4
(

 
 
1
2 
+$ ^Escorregadio. Ver  
.
-*) c s. m. ± â Sono de bêbado ou drogado. ^ Coisa indefinida. ,91
"
 
*+
-*) c+ adj. ± Bêbado, fora de si. ,4 #


 
6+
- 
c s. f. ± Mentira.

*
*c/c/c s. f. ± Amerelinha. ,:
  *+
*c9c c0+ )c s. f. ± Árvore da familia dos ébanos, que produz madeira de lei de cores avermelhado até vermelho escuro.
*c/cD4 c s. f. ± Mandioca comestível, aipim.
*c/4
cadj. ± Grande, imenso, de proporções anormais. ,4 1  
1

  
  
$;

6+
*@4<+=5 c s. f. ± Entidade mítica que habita os rios.
*c  c-7c loc. adj. ± Muito ruim. ,4 
"
 +$
*c 2 conj. adit. Ë E. ,0
  &1 
-  
(



+$
*c-4
c s. f. ± Febre, malária.
*c-<40/c c+adj. ± Pessoa suspeita ou estranha.
*c- 0c v. ± Reinar, fazer malvadeza gratuita, como, por exemplo, beliscar um bebê porque ele é muito fofo. ³ 4"

 
1 
(
   
+$
*c-/c s. f. ± Aldeamento de índios.
*c- 2 + s. m. ± Mal comportado. ,< 
(
8+
*c*c+c s. f. ± Mamadeira de leite. ,4
1 
¢

?
+$
*c0/c+c s. f. ± Equívoco lamentável. , 
 7 
7     1
 +$
*c0/74
4 s. f. ± Na vista. , !
  11 +$
*c0+ /c s. f. ± A grossa raiz comestível da maniva. Macaxeira.
*c0+ ? 07c s. f. ± Camburão de polícia. ,9

 

 
 1  (


+$
*c04  adj. ± â Leve, fácil de manobrar. ^ Muito legal. ,41 
1 " 
+$
*c05c v. ± Fazer pouco de alguém. ,4 
1 

  +$
*c05c c
c c s. f. ± Gengibre.
*c0>c s. f. ± Brincadeira de criança. Há a manja-esconde, manja-pega, manja-trepa, entre outras.
*c0 voc. ± Tratamento carinhoso entre conhecidos ou não. Muito usado para fazer perguntas e pedidos. ³ 9(

 *+,4

*+ Variações no diminutivo:  
,   .
*c0
4 5c+4
c
c 5c s. f. ± Feita com gordura extraída dos ovos da tartaruga.
*c0
4 5c-+4 4
+c s. f. ± Pessoa chorona.
*@Cc+c s. f. ± Tapa. ,: 
(
1 1( (
 8+
*c 05 c s. m. ± Entidade que habita a floresta com forma de um grande macaco cabeludo com um olho só na testa. Segundo a
lenda, é ele um terrível inimigo do homem, a quem devora. Mas devora somente a cabeça.
*c *c0>s. m. ± Pessoa crescida, adulto. ,9 
 
+$
*c *
cs. f. ± Invenção, arrumação, trapaça. , & 
1 6+
*c *)c s. f. ± Jirau elevado, feito com troncos ou madeira, para deixar a salvo animais domésticos, plantas e pertences dos
ribeirinhos, durante as enchentes.
*= c=ó exp. id. ± O mesmo que ³3  8+ ³9 
*+,98¢
1
8+
*c 4
4  s. m. ± Vendedor ambulante.
*c2 ? c0+?ó interj. ± Ver ,A 8+
*c2ó interj. ± Pronuncia-se ³Mách´. Interjeição de ênfase. ,A  1 *+,9 8;#8+
*c22c  0c s. f. ± Pão de leite. ,4

 
(  +$
*c22c 5 22c s. f. ± Pão francês. ,¢

 
+$
*c224
cadj. ± Ver 9 .
*c
4  adj. ± Habituado a meter-se no mato ou lá passar parte do dia.
*c
= s. f. ± Barranco dos rios com vegetação desenraizada que fica boiando conforme o nível do rio.
*45c07c s. m. ± Forma depreciativa de se referir a um soldado de polícia. ,4 
  8+
*4 5c adj. ± Mulher fácil. ,9  " $9   6+
*4*)4/c s. f. ± Espécie de grama que se desenvolve as margens dos igarapés, lagos e rios.
*40 0 )c 5 + exp. id. ± Um leso, que só faz besteira. ,0 
 




8A
 
 
 
 
8+
*4 40+c s. f. ± Lanche. ,:
 
 1


+$
*4 40+c v. ± Lanchar.
*4 * adj. ± Corruptela de ³
³. Pode ser usado para exprimir dúvida ou confirmação. ,4(  
( *+,L
1( 

6+,
( 
+$
*4 4/c s. m. ± Alguma coisa muito pouca, sobretudo dinheiro, mixaria. ,3
 
 
(
" 8+
*4 :* s. m. ± Inseto de picada dolorosa. Transmite a filariose.
*4
4 c loc. v. ± Falar mal de alguém. ,(   

+$
*4
+ adj. ± Boçal. ³


 
$L 
  


+$
*4 5 c0+4 voc. ± Tratamento para desconhecidos. Pode ser utilizado intercambiavelmente com ³ 
´. ,4 $A


*+,C  


 

 *+
*4D4 v. ± â Chamar alguém que vai passando. ³Olha a Maria do Céu alió Vou mexer com ela: Cééééééééééuó´ ^ Manter relações
sexuais. ,3C" &&

!
(   +$
* >c/@s. m. ± Bolhas de água. ,4

  

"+$
* -7
 s. m. ± Salgadinho de saquinho. Seu uso foi estendido a partir do salgadinho da marca Milhitos Jack¶s, de fabricação local.
* 05c s. m. ± Preparado rico em carboidratos a base de arroz, milho, banana ou farinha de tapioca extraída da macaxeira.
* -<+4<
4 s. f. ± Conversa fiada.
* c9@s. f. ± Alucinação. ,C 

 (

! !
+$
* c
05c s. f. ± Árvore cujo ramo tem forma de um pênis.
*/ 05 adj. ± âDesajeitado. ^Natural de Santarém (PA).
* 04Cc s. f. ± Fraqueza, indisposição, mal-estar. ,
1(
 $A 

  6+$
* 0 adj. ± Fraco, indisposto, que não oferece resistência. ,311
*4

 
+$
*0+ 05 s. m. ± âInchação, tumor subcutâneo, calombo. ^ Alguma protuberância grande e esquisita. ,<
"*<

 

" !*+
*0
4 adv. ± Bastante. ,?
 1 +$
*
 s. m. ± Barco movido a diesel com grande capacidade de carga. ,<
 


¢
 *+, $3¢ 

;"
;



 9
 *+
* / * s. m. ± â Parasita minúsculo que se alimenta de sangue e que vive no capinzal. ^ Gente pequena.
* / c s. f. ± Espécie de gambá que come frango.
* 05 0C= s. m. ± Mingau de milho.
* ? 4 s. m. ± Braço, força. ,4 



1+$
* c s. f. ± Pessoa invocada, fechada. ,:5
(

80 8+
*  s. f. ± Pimenta amarela extremamente forte.
*
/c s. f. ± Observação. ,A1
  #  (
+$

0
0@)c
4 )4* exp. id. ± Ser meio leso, abilolado. ,4 
$A
 "
 
*8+
0@3@; exp. id. ± Claro que simó ,3
  
*+,9 6
"
8+
0@cC4 04*c*c c+4-/7 04- 4
 exp. id. ± Não fazer de jeito nenhum. Nem que a vaca tussa.
0@24*? 40@
4*;exp. id. ± ,
1

  +$
030@; exp. id. ± Não é não. ,LB  "*+,"
+$
04/c+4
) )cexp. id. ± Não mesmo. ³0

 

 
 *+,      8+
04*/*0>; exp. id. ± Expressão equivalente ao ,A 8+ ,:   +$,


8+
04*/*
A+)+6Bexp. id. ± Ver 


8
07c/c c; exp. id. ± Fedorento. ,-  
 (  $
 (%+$
0)c-+4%0* 0+loc. adv. ± Ver <#$
0/c) 42
 loc. adv. ± Na linha dura, sem folga, preso$,3    
 " 
$
 #( (
 
$+
0-7 loc. adv.± Expressão utilizada para indicar que alguém recebeu uma resposta certeira. ,A  9
*+,

¢8A2 +$,A
¢8


8:  
(
( 8+
0
4*+ 0/cloc. adv. ± Há muito tempo. ,4 
A &  9"



 +$
06</45 s. m. ± Uma pessoa que é esperta, finge que faz, mas não faz e sempre se sai bem. ,
  
?

$4 "

#' 
+$
0*44 s. m. ± Palavrão. ,983¢
 


8+


) /7s. m. ± Algo muito bom, de boa qualidade. ,3B   1 ' '!
$3 "

8+
? 44 c*c 21 exp. id. ± Expressão usada por vendedores no sentido de ³9 
*+,31 
*+
-7c>=A40
@B; interj.± Interjeição de indignação correspondente a ,91
8+,4 
*+,9
  

6A 8+
-72+44
4/cloc. s. ± Olhos grandes e claros.
25cs. f. ± Lagartixa branca com os olhos pretos, que anda pelas paredes da casa e come insetos. Briba. ,<

    




+$
2c+c adj. ± Grávida, prenhe. ,  
?

( $5
+$


c/2@ s. f. ± Banana comprida usada para fazer banana frita.
c/ s. m. ± Peixe gordo.
c5c 2c exp. id. ± Humilhar. ,3 
1 




>+$
c5c v. ± Caber. ,31
 
N 
+$
c53 s. m. ± Curandeiro que cura tanto com os remédios da terra como com feitiços e benzeduras.
c54-c s. f. ± Diário de classe. ,  
  1%5 
(+$
c +J35 c adj. ± Algo ou alguém muito bom, muito legal. ,3 " S"+$,3 "  S"8+
c +J45 @ s. m. ± Adulto, marmanjo. Pode ser usado de forma exclamativa precedido de A
. ,A
 S

  

!
   !$A 8+
c>4-c09c s. f. ± Ação do curandeiro amazônico.
c-7c s. f. ± âA palma das palmeiras. ^Uma decepção. ,3


 +$
c-* 07c s. f. ± Dois pedaços de madeira retangula res (itaúba ou sucupira) usados para marcar o ritmo das toadas de Boi -Bumbá.
c*07c s. m. ± Pessoa lesa que todo mundo faz de trouxa. ,1 "
 +$
c0c s. f. ± Feira em Manaus.
c04-@ s. m. ± Dente que tem um buraco grande. ,     $4 (  
+$
c04*c adj. ± Infeliz, leso, azarado$,0!
8L( 
8+
c0+4) 0+cs. m. ± Roupa íntima.
c0 24 s. m. ± Confusão. ,;#
1   
  ( 
 
+$
cc5c c+ s. m. ± Alguém ou alguma coisa extravagantemente colorido, lembrando um papagaio. ,4
 

  8+
cc5c 5 2c+ exp. ± Papagaio amassado, imprestável normalmente disputado pelas crianças após quedar.
cc5c  s. m. ± Pipa.
c4 c s. f. ± Caxumba.
c4- * adj. ± Mulher que possui hímen, virgem. ,4
 

$;# 

 +$
c/ s. m. ± Confusão, barulho. ,A(


 #
( 


( 
 
  +.
c c *G2 Ac0% B loc. adv. ± Mês (ano) que vem. ,0
5(
(

  
(+$
c c+c s. f. ± Ponto de ônibus. ,;
  
##&  +$
c c0=s. m. ± Braço de rio que contorna uma ilha.
c + 2 adj. ± Sujeito com características do caboclo do interior, desconfiado. ,  ( 
(    " $;


"

6+
c 40
4 voc. ± Forma de tratamento usado para se falar com alguém. Equivale a 9
. ,0    1 *+
c + adj. ± Forte, musculoso. ,

(
5
   
1" 

8+
c
07c s. f. ± Franja. ,A 
 
  +$
c22c*40
s. m. ± Desmaio, mal-estar. ³Chama o médico que tua irmã está tendo um passamentoó´
c22c 4  loc. v. ± Passar roupa. ,:
 1
1
+$
c2
cs. f. ± Creme dental.
c2
 c v. ± Observar, ficar olhando. ,:
 (
  &
 


 
+$
c
= s. f. ± Palmeira que dá fruto semelhante ao açaí, rico em óleo vegetal.
c +J=5 c s. m. ± Chuva forte.
c2 -c54*, c2-c54*, c2- /4 ou c2 - /4 s. f. ± Empáfia, abestalhamento, orgulho besta. , 


 &
+$,¢

(
8 & (  

( 8+
cD F)c s. f. ± Espécie de palmeira, cujas folhas servem para cobertura.
4)c+ adj. ± Lascado, ferrado. ,3?

 



+$
3<+4<*-4? 4 s. m. ± Massa feita com farinha de mandioca, temperada e assada, que se come como pão.
4+ , 4+ , 4+ (repetição) ± Repetição rápida do verbo para enfatizar, dar intensidade. Qualquer verbo. ,9
   

 
 6+$,¢
 
 
 
2 

+$
4+ 40 / loc. v. ± Desistir de alguma coisa por falta de coragem ou força. ,3 
% $? 

6+
45c%*-4? 4;Int. ± Interjeição no sentido de ,

8+
45c<*c 4/c adj. ± Calça curta demais. ,H
" !
" *;
  


 !
' +$
45c / +cloc. v. ± Deixar-se influenciar, dar ouvido a. ,3
"1
  $  
1
+$
45c )4/ loc. v. ± Ir embora. ,A
 

$A +$
4 c s. f. ± Sova, surra. ,<
 
1
 +$
4-c *c+ 5c+có interj. ± Expressão de espanto. Gíria leve, usada entre pessoas mais comportadas. ,09  8:
5
  

1 +$
4-4>c s. f. ± Luta, batalha.
4-4>c v. ± Batalhar, tentar muito. ³4  ((
( +$
40/cs. f. ± Cacho, muitos. ,0   
+$
402 adj. ± Que tem pena do que tem. , ( 

'

8 & 

8+
4024 c ± Compensador para balancear um papagaio penso. ,0O 
1
+$
402 adj. ± Torto, pendendo para o lado. ,4

(  
$A 

+$
4 Kc 0+c loc. v. ± Forma sintetizada de ,4  

+$ Pode ser acompanhado de ênfase 
. ,0+   
8

8+
4 4)c s. m. ± Ferida. ,B( 

"
E8A 
 +$
4 0c+c s. f. ± Caminhada.
4 4D3 s. ± Ver 0

.
322 * adj. ± Pessoa pouco confiável. Mala-sem-alça, nó-cego. ,4"  9   
    
 +$,L
11
" 

 
+$
4
4/c s. f. ± Bola de gude. ,A  
 
*+
 c9c2cs. f. ± Fibra da palmeira utilizada em vassoura.
 /c+ 07 s. m. ± Carne moída. ,D
( 
  

+$
 /73s. m. ± Cheiro ruim. ,A 
  


*+
 / 07c s. f. ± Questiúncula irritante com que se azucrina os outros. ,H
" 
1
 $ &    ( 

  +$
 *)c s. f. ± Pênis de criança.
 *)c+c s. f. ± Ter relações sexuais, dar uma pimbada. ,C
1

  +$
 0/7c s. f. ± Tampinha de refrigerante. Mas só as de metal, hoje raras. ,¢ 5  
*L1!

!
+$
 0+c:)c s. f. ± Miséria, pobreza. ,;1 
 *D

  +$
 05 4- s. m. ± â Órgão sexual feminino. ,9 
 

 
 
+. ^Clitóris.
 0 /c v. ± Beliscar, dar bicadas. ,4
   
+$
 0
cs. f. ± Sinal. ,4 
!
$L  +$
  s. m. ± Chupeta de bebê. ,A
 
1

8+
 c s. f. ± Ferida. ,4
 

!
+$
 c/4*c s. f. ± Época de desova dos peixes que sobem o rio, procurando o local ideal.
 c/ : s. m. ± Farinha de peixe.
 c / +4/c2c/c s. m. ± Prato regional decorado a rigor, feito com farinha e banana.
 c / s. m. ± O bacalhau amazônico. Peixe grande, de escamas, cuja língua serve de lixa.
 40
07c s. f. ± Menina com quem só se quer ter envolvimento sexual. ,- 1"
 6
#   +$
 5 4
4 s. f. ± Mulher fácil. Aglutinação de 0  (ou 0 
) com‰$,  



 

   
+$
 /c s. f. ± Pênis.
 /c v. ± Perder ou cortar o cabelo. ,-
 
 6 


 


+$
 c+c s. f. ± Jogar para cima alguma coisa para ser pego pelos demais. ,9   



'
   +
 2c s. f. ± Peia, surra. ³9 
1 8;

(
  +$
 22 /cs. f. ± Opinião não solicitada, mau agouro. ,0      
+$

c/ s. m. ± Ver 0  .

F s. m. ± Cheiro. Geralmente associado a peixe. ,A 
   
1 *A


¢*+
 *s. m. ± Mosquito pequeno, que se alimenta de sangue, característico do verão, em local pouco habitado, com mato.
 Dc *s. m. ± Tipo de cabelo enrolado.
 D3 s. m. ± O mesmo que 0  .
-4
2 s. m. ± Peteleco dado com o dedo na orelha de alguém. ³: 
( 1
3 
 
   8+
L4<*42cs. f. ± Louva-Deus.
*)c s. f. ± Pênis.
*)c--42c adj. ± Lento, lerdo, mole. ,4  

 
 
( !
"
'+$,;
 8A


'(  1

(
8+
 c? Gs. m. ± Peixe-elétrico.
 05cs. f. ± Lanterna ou lamparina.
 4
c adj. ± Ver ¢  e 9 .
 + adj. ± Ver 9 .
 c  c loc. adv. ± Muito. ,D
1
8+
 45 40
 adj. ± Grudento. ,
%
 "
84" 
$
 +$
 407c adj. ± Grávida.
 42409cadj. ± Bonito, bem apessoado. ,3 1



 


1
  1
-
 

;

"!+$
 424c+c s. f. ± Palhaçada, arrumação, confusão. ³ &  
+$
 / c9@ s. f. ± Ato de procurar. ,   5
*+,
 (

!
+$
 2/c v. ± Vomitar.
 2/ (ô) s. m. ± Vômito.
  07c s. f. ± Fruta regional da família do pinhão, comida cozida.
  cadv. ± Com cheiro de, cheirando a. ,: (
1
 &+

c
4)c exp. id. ± Expressão de insatisfação. ,08 &(A:8+

c
05cexp. id. ± Expressão de indignação. ,0 8<

 1(1     8+

4)c ex. id. ± Expressão de insatisfação. ,0 8 
8+


c05c exp. id. ± Expressão de insatisfação. ,0 841      8+
 Dc +4+ exp. Id ± Puxa-se o dedo quando alguém destronca o próprio. ,A   
¢
& 
 
8+

?
? 4+ 5cexp. id. ± Melhor dizendo. Usada para correção. ,4 
 ($A51 +$
? 4+ =exp. id. ± Imagine. ,4





1 
  !
+$
? 4 04* ± Expressão de comparação. ,41+$
? 426; loc. adv. ± Indica intensidade, similar a ³0 ´. ,D
11#8+,4"1#8+,(
 
1#8+
? 4) c<*-c s. m. ± Lombada. ,:  (
1
 
$4"   1'
+$
? 4) c0
c v. ± Jogar mau-olhado. Por quebranto.
? 4) c0
s. m. ± Mau-olhado, de admiração ou inveja. ,
1"21

-&$4

 
6+$
? 4) c-? 4 D s. m. ± Guloseima dura ± daí o nome ± feita com amendoim, vendida na porta das escolas. ,<

1'
1 &
(*+
? 4+41 adv. ± Cadê? Que é de? Onde está? ,< *+
? 4 +c v. ± Ato de derrubada do papagaio, por linha com cerol.
? 4 *c v. ± Bronzear-se. ,4 1 
´.
? 4 *2 adj. ± Com muita pimenta. ,0  1 

1#+$
? 4 Dc v. ± Ganhar no grito, ficar com algo de outra pessoa, ganhar na lábia.,41 &
   

*+
? 4 0@%031 ± Usa-se para oferecer algo quando não se quer dar. Sempre na negativa e com o " no final.
? 4 +c voc. ± Falso cognato. O uso da palavra ³1 ´ no Amazonas denota certo sarcasmo ou ironia. ,4 1   
1 $4
   *+,:
5

1
$ (ou seja, você é um burroó)´. Mulher amazonense odeia ser
chamada de querida.
? 4 /42280@+ /422 exp. id. ± Expressões que garantem acesso à comida que alguém está comendo. Se alguém
chegar e disser ,1
 
+quem está comendo tem de dar. Mas se o comedor se antecipar e disser ,

 
+, aí morreu. Sem
chances de beliscar.
? 4 0@ ± Inversão sintática que deixa os interlocutores na dúvida. ,< 
 
 *+,<

+$
? adj. ± â Deserto, silencioso, calmo. ,3

(1    &
+ . ^ Tristeza.

c)4
cs. f. ± Motor de popa, de pouca potência e fácil manuseio utilizado pelos ribeirinhos.
c) /7s. m. ± Extensão elétrica.
c) -c s. f. ± Linha com tiras de papel, plástico ou pano que serve para dar estabilidade no papagaio.
c) 22c/cs. f. ± Virada de cabeça brusca em desprezo a uma pessoa com quem se cruza, manifestando clara antipatia. ,<

   
  1   *+
c/7 + s. m. ± Rachado. ,:

 ( $9- 
''

6+
=+ / 6 s. f. ± A boca pequena, a fofoca. , -
¢ #1
‰
(   
+$
c-c- c-c s. m. ± Gelo ralado colocado num copo e acrescido de xarope de vários sabores. ³ <
' 
 +$
c-7c v. ± Esculhambar, brigar. ,C    

 
+$
c-7 s. m. ± Esculhambação, sermão ou briga de alguém que tem autoridade. ,3   ( 


   
+$
c0/7 s. m. ± Cesta básica, compras do supermercado. ,A1


+$
ccC voc. ± Vocativo, usado para os dois gêneros: ,¢-8< 
 8+
c /73s. f. ± Rede de pesca.
c +-cadj. ± Muito rápido. ,0(
"
+$
c25c<*
c-7cs. f. ± Ave de mau agouro. Diz a lenda que quando passa perto de alguma casa produzindo seu ruído
característico de alguma coisa rasgando, alguém daquela casa morre.
c
c+c s. f. ± Mancada, pisada de bola. ,4 
?

 


$
 8+
4)c )cs. f. ± Resto de qualquer coisa. ,<
 
1  
-&"1+$
4)> s. m. ± Movimento das águas no rio, redemoinho.
4)-c 0 *c
 exp. id. ± Jogar fora no lixo.
4/ 4  s. m. ± Barco de recreio. ,<
 
 
0  B*+
45c
@ s. m. ± Mercador ambulante que em barco ou canoa percorre o interior parando de lugar em lugar.
4 *28 4*2 adj. ± Comida que faz mal. ,9 


  *+,A

 
$A  

  " 

$+
4 0c v. ± Fazer carinhos apertados, efusivos, em crianças.
4-c v. ± Tocar de leve em outra pessoa, na maioria das vezes com segundas e sensuais intenções.
4*c024c v. ± Enrolar, fazer corpo mole. ,0      & &
+$
4*c02 s. m. ± Pedaço do rio em que a topografia provoca um refluxo fluvial, diminuindo a correnteza.
4*4-cs. f. ± Secreção ocular, principalmente aquela presente quando acordamos.
4*40+c v. Imitar jocosamente. ,0   
80 
+$
4*2 adj. ± Ver - 

$
40+ + adj. ± â Impossibilitado de fazer algo por questões de indisposição de saúde. ,


 
1



 " +. ^ Com hérnia de escroto. ,9 
(

  &



+$
4c c v. ± Tomar conta$,


 
1
1
5+$,<1
 

*+
4 ? 4
4 s. m. ± Um súbito aumento no nível das águas no período em que o rio está baixando.
4? 405 4- adj. Meio destruído, decadente, malvestido, sujo. ,4    
(


1
+$,A( 
1 
1
 *+
424 2cs. m. ± Pneu sobressalente, estepe.
424
4ó ± Expressão de admiração por alguma coisa. ,- 
 

(
1
 
1 

8+
4
c-7s. m. ± Varejo. ,4(  

*+
6+ s. m. ± Porto. Aportuguesamento de 
 =. ,9 
( 



#
+$
4 *c   07c exp. id. ± Passar por dificuldades. ³
1
  
1
$-
 



+$
-2 s. m. ± Muitos. ,4 
&

 +$
624 adj. ± Cor de rosa. ,1"  #1 *+

c s. m. ± Ônibus de transporte que faz a condução às empresas do distrito industrial. ,3
    

+$
4 adj. ± Pessoa que não gosta de ficar em casa e arruma motivo para sair.
*cs. f. ± Indica grande quantidade. ,
"
1
84  

   8+
2
2c)c/ s. m. ± O mesmo que E. Punição que um grupo confere a alguém por um malfeito. Todos batem com as mãos, ao mesmo
tempo, na cabeça do coitado. ,C 8: ( 
 
8+
2c) +adj. ± Esperto, inteligente. ,3-
="
"*A

  ( 
1
+$
2c/4*)c adj. ± Pessoa gorda. ³A(  
¢ *A
1
+$
2c adj. ± Sujeito esperto, pessoa desembaraçada.
2c- 40
4 adj. ± Pessoa enxerida, intrometida, metida a conquistadora $,9    
(  

1" 

 8+
2c*)c+ adj. ± Objeto com muito uso.
2c0+ )c s. m. ± Sanduíche.
2c4/c v. ± Dar, bater. ,4
1 
 8+
2c c*c0+c cs. m. ± Antigo bordel de Manaus.
2c >c v. ± Tirar fora o tumor. ,3"



+$
2c >4
cs. f. ± Meio-fio.
2c 0c*) s. m. ± Originalmente pequena sobra de borracha que se forma durante o processo de defumação do látex, usado para
descrever um bife difícil de cortar. ,4   
1 
 

1+$
2c cs. m. ± Pancada. ,; 

8+
2cF2cs. f. ± Formiga grande de ferrada dolorida.
24c) loc. v. ± Rir. ³Quando eu contei o caso, ela se abriu da minha desgraça´.
24 c5c c loc. v. ± Namorar, ficar, principalmente quando há contato físico. ,4




 


   +$
24 40D4 loc. v. ± Se meter onde não é chamada. Querer aparecer. ,4

 !  #& +$
24 *c0/c loc. v. ± Se tocar. ³A 1(
1

 
*8;18+
24 *40
loc. v. ± Ver ;& .
2424 +4+ loc. v. ± Sentir muita dor. ,B(





1(
 
+$
24/ adj. ± Vazio. ,¢  ( 


  &

+$,
 2$3

+$
245 c 24-cloc. v. ± Ser um terceiro sobrando, além do casal.
24 05 4 c s. f. ± Árvore que fornece o látex do qual se fabrica a borracha.
24 07c +4 07c s. f. ± Lixa de unha.
242
c s. f. ± Repouso após refeição no calor amazônico.
2 0c-s. m. ± Semáforo.
2 0/4 c s. f. ± Moça, garota. ³;11   
 !*+
26/ :exp. id. ± Magro de dar dó. ,4 
#
 

+$¢ é a farinha seca peneirada.
2-+c++c) c/7c s. m. ± Nordestino que durante a II Guerra foi atraído pela propaganda oficial do DIP (Departamento de
Imprensa e Propaganda) de Getúlio Vargas para colher látex na Amazônia.
205c<*05c adj. ± Disfarçado, jeito de besta.
202 adj. ± Aquele que sabe o que faz e disfarça. ,C
1  
'


*3   

8+
22245c c/7 exp. id. ± Baixar a bola, se aquietar. ,0



1
(  

+$
2 cc-*c2 cc-*c24 / c9@2 c 0+)c- Expressão que se ouve quando alguém teima em fazer alguma coisa
que o locutor reprova.,4
 

!
 
+. Significa que o teimoso está entregue à sua
própria sorte.
2 / s. f. ± Enorme cobra sem veneno, que mata apertando, sufocando e quebrando os ossos do infeliz para depois engolir a vítima.
2 4*cadj. ± Passado. ,4 &$

+$
2 2
c09c s. f. ± Força, energia. ,A1
     
1"!+$

=A+4B 4 exp. id. ± Estar bêbado. ,B(1F G


+$

=)42
c; exp. id. ± Deixa de inventar, deixa de leseira. ,4 
"  $ $A8+

= c? c0
1 exp. id. ± Maneira de perguntar o preço de alguma coisa.,A1

1 
 

!
*+

=
/*exp. id. ± Está com muita raiva de. ,
1

$A2

+$

=%/74 2; exp. id. ± Não, mesmoó ,:


 
 ' '
*+,A  

841 8+

c)c
05cs. m. ± Barro usado para artesanato.

c)44 s. m. ± Tapa. ,:1


1( 
8+

c)4 4)= s. m. ± Ver ¢ $

c)4 0c s. f. ± Vendinha. ,9 


( 
#
+$

c/c/= s. m. ± Mingau quase líquido de goma de tapioca temperado com tucupi, jambu, camarão e pimenta. ,:

  
 
+$

c/c07)cs. f. ± Tanguinha.

c/c v. ± Jogar, arremessar. ,:


  
 

 *+

c/7s. m. ± Vaso de metal ou de barro, largo e de pouca fundura, em geral com asas.

c-+4± Expressão de desdém usada antes de nome próprio. ,C




 9 +$

c-c s. f. ± Fina varinha da parte externa do tronco das palmeiras. Usada na confecção de papagaios.

cc+adj. ± Sujeito que não enxerga as coisas, abestalhado.

c /c s. f. ± Iguaria que se faz de mandioca. Pode ser de manteiga ou de coco. ,<
 
 

+$

c s. m. ± Casebre coberto com palha.

c s. m. ± Verme. ,4  $3 #   +$

c 4c s. f. ± Exercício caseiro da escola. ,:




  
 

+$

c ccs. f. ± Pequena rede de pescaria.

4 *c0/có interj. ± Te toca, cai na real, vê como tu estás sendo abestalhado e abusado. ³ &
  
*+,A
  
8+

4 *c0+có interj. ± O mesmo que ¢ . ,311  


1 
18A 8¢ 8+

4 *4
4ó Exp. id. ± Humilhouó ,3 
 


   8+,A8+

G/c s. f. ± Órgão sexual masculino. ,(



   
5  +$

4** -; interj. ± Expressão que significa indignação. ,3  


#

 
+$,315*;
 
*A 
8+Há a variante ³ ó´, mais fraquinha.

4* * 3*Exp. id. ± Tem um detalhe. ,4 1


( !
$9
"    +$

407 c* * Exp. id. ± Eu acho. ,4


 1 "=+$

4  *c22c*40
loc. v. ± Desmaiar.

4 8+c  *c) - cloc. v. ± Desmaiar. ,A      



 "(W  


"
+$

4 9c+ s. m. ± Facão grande de cortar mato. ,3





 !  +$

42@+4* *c9s. m. ± Virilidade do amazonense causada ao calor.,


"

 $;#"





!
+$

4
3 c s. f. ± Mulher bonita, engraçadinha.

/c v. ± â Cortar o peixe para quebrar as espinhas. ^ Furar alguém com faca numa briga.

5 ) s. f. ± Mulher baixinha e gorda. ,3 1 



 1  +$


s. m. ± Utensílio que consiste numa espécie de cesto cilíndrico extensível, feito de palha, com uma abertura na parte superior e
duas alças, usada entre os povos indígenas brasileiros para extrair, por pressão, o ácido da mandi oca brava.

? c s. f. ± Aguardente feita de mandioca.

c c70 cloc. v. ± Deflorar, desvirginar.

c c2 ) 0/c2 loc. v. ± Disfarçar, fingir que nada aconteceu. ,


1


(

> 
!


(  
+$

c / loc. v. ± Cobrar muito caro. ,3


"
"
$) $9
  



Q8+

c v. ± Comprar a prazo. ,3 


 
    
(+$

c+cs. f. ± Música de Boi-Bumbá.

)cs. m. ± O ânus.

+ 4 c+ loc. adj. ± Situação em que a pessoa está muito envergonhada e sem saber o que fazer. ,<

(1


   




+$

+ */ 07có exp. id. ± Usado pelos homens quando alguém não quer fazer o que é esperado dele. ,(
8+,4
+$,H #


 +$

-4
4s. m. ± Bolo de fezes.

- /4 s. f. ± Relativo a tolo. ,3C #


 $A
 S
8+

- adj. ± Bobo, leso. ,3C  




"





+$

*c;Int. MAprendeó ³A
8:  
(



18+

*c +4 /0
c loc. v. ± Tomar conta. ,4  &


 
 
+$

*c
40G0/ c loc. v. ± Tomar jeito. ,A 5( 8:5
5 +$

*4
40
; Interj. ± Tenha juízoó

0
0s. m. ± Cangote. ,: 
$;
1 



 +$

c v. ± Encontrar. ,<

(
 
1 +$

 c v. ± â Cortar rente à base. ³4 


 
 $
1(

+. ^ Transar com alguém. ³;1
 

*;  +$

 6s. m. ± Chuva forte com pingos grossos. ,E



1(   


#+$


6s. m. ± Dim-dim, flau. Usado na região de Coari.

c0/c s. f. ± Pedaço de madeira que serve para fechar portas.

c
c v. ± Preparar o peixe para cozinhar. ,4

$9
  &+$

c2422c s. f. ± Tiara de cabelo. ,4"1  (+$

c22 adj. ± â Que tem cica, igual caju verde. ,T  (


  +$ ^Pessoa difícil. ,1

"(

1#+$

4-c s. f. ± Conversa fiada. ,; 


  +$

)  s. m. ± Ver A  .

cs. m. ± Homem que fica embaixo do boi na festa do Boi-Bumbá.

2/c v. ± O mesmo que , tocar.

/c+ s. m. ± Cobrador de ônibus. ³


     
  1 &



 
 &
   +$

0/7 adj. ± Pessoa torta do juízo ou fisicamente, mutilado. ,3  



 
 1(
8+

> c? exp. id. ± Verdade? ,4(


+$,A *+

/c0+4 c s. f. ± Formiga gigante que produz ferroadas muito doloridas.

/ 0c 3 s. m. ± Peixe amazônico de águas escuras.

/  s. m. ± Molho feito do líquido extraído da mandioca.

:
s. m. ± Acertar duas bolinhas em uma só jogada no jogo de bolinha de gude.

D 0c s. f. ± Verme branco que aparece nas fezes e dá uma coceira danada; oxiuríase.


c 0 s. f. ± Farinha amarela de grãos grandes.
*c c+cloc. s. ± Um monte de, bastante. ,3 


 $A
   +$
*40 adv. ± Pelo menos. ,: 
+$
cs. f. ± Berne.
) 24 2c v. ± Olhar atentamente. ,0  (





8+
/ )c/c s. f. ± Mau olhado, azar, falta de sorte.
/ * s. f. ± Pigmento natural utilizado de várias formas.

2
2c 
4-c2/c ; interj. ± Expressão de raiva ou de decepção. ,:   
(
* (  8+
2c-G0/ c s. f. ± O que serve para livrar de uma situação adversa. ,C
  

!$(5 
1
 
  

 
 +$
2c c+ A+4*4B adj. ± Com muita fome. ,3
!



2(
 
+$
2c c v. ± Sair do juízo normal. ,A
 N84 ( 
 1( (
(#? 1
 

+$
2c2 cadj. ± Criança graciosa. ,98<(  8+
2cCc+ adj. ± â Faminto. ,:


*A2(
6+ ^ adv. Rapidamente. ³A2
$:
1 
(
 1 8+
2404
cs. f. ± Cabeça. , (
  
 &J5  +$
24 5cs. f. ± Sinal que nasceu depois na pessoa.
24Dc+ adj. ± Apressado, envergonhado. ,C 1(&

$:  
(
 
+$
2 c+adj. ± Pessoa trabalhadora.
2 2c54* s. f. ± Alma de outro mundo, assombração, fantasma. , 1(# (5( +$
2
c* 0c+c s. f. ± Vitamina, alimento preparado no liquidificador com leite, açúcar e uma(s) fruta(s), normalmente ba nana. ,
1"(   1   *;
 (

(

+$
2 D4*c c;Interj. ± Expressão de espanto que se relaciona à Virgem Maria.
2c+4 c s. f. ± Lancha de alumínio com motor de popa. ,; 
 (

     
(
  +$
2 -
4ó exp. id. ± Expressão de indignação. ,4




  $T   
8:
 '8+
D
D</c)? 07 s. m. ± Sanduíche de pão com queijo e tucumã, fruta regional de carne alaranjada.
D ) s. f. ± A vagina.
D+6s. m. ± Favorito. ,-"
&
#

$A
1 +$
D *) 45c adj. ± Sem valor, comum.

C
Cc5c c s. f. ± Tipo de arpão artesanal, lança.
Cc*)4
c adj. ± Tonto. ,4


1  +$
C4 <)c-c adj. ± Renovado, pronto pra outra. ,A( 




'+$
C4C@adj. ± Abobado, besta, leso.
C *c+ adv. ± Rapidamente. ,<
( 
  
!   1  
+$
Cc+c s. f. ± Barulho. ,3   
 

1 


 +$
c  $;
Por Moisés Arruda

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Quando descobri por acaso, na Internet, o ³+c ³, de Sérgio Augusto Freire de Souza, doutor em Lingüística pela
Unicamp e professor efetivo da Universidade Federal do Amazonas, fiquei eufórico e orgulhoso. Afinal, alguém com autoridade no
assunto tinha coletado, estudado e organizado a língua da minha terra e até o jeito (e trejeitos) do falar amazonense. Melhor ainda, tinha
jogado tudo no !
, onde o mundo poderia apreciar. Que orgulhoó Não só meu, uma vez que o trabalho do professor tem sido
replicado ³até o tchoco´. Desde então, tenho divulgado o Dicionário e, recentemente, fiz dele uma das minhas primeiras postag ens, que,
como esperado, foi um grande sucesso. Sérgio Freire é subsecretário municipal de educação de Manaus, autor de ³Conhecendo Análise de
Discurso: linguagem, sociedade e ideologia´ e co-autor de ³New Citizen, inglês para o ensino médio´, curiosa série didática, adotada na
rede estadual de ensino do Amazonas, que utiliza o imaginário da cultura local. Passados dois anos e muitos

  depois, tive a
honra de um contato direto com o professor Sérgio e não quis perder a chance de tirar dúvidas e conhecer detalhes do seu magn ífico
trabalho. Acredito que a entrevista a seguir, concedida via e-mail, seja a primeira do autor sobre o ³Dicionário de Amazonês´ na internet:
* c ± $ $ # $%c %  $1
2  ± A linguagem sempre foi objeto de curiosidade. A língua é um dos índices mais fortes de identidade. Muito
provavelmente outras pessoas devam ter compilado termos utilizados aqui na região. Acredito que o diferencial do trabalho que
desenvolvo é que este dicionário, na sua forma final, terá um tratamento lingüístico, científico, com classificações e terminologias da
lexicografia.
*c ±     $  # 1
2 ± O dialeto é qualquer variedade lingüística coexistente com outra e que não p ode ser considerada uma língua em si própria. Portanto,
os regionalismos são dialetos, sim. São dialetos geográficos. Há dialetos sociais também, como os dos ³mano´ em São Paulo ou o dos
³galerosos´ em Manaus.
*c ±  +  % %  1
2 ± Como a língua é dinâmica, termos vêm e vão, ganhando e perdendo força por meio do uso e desuso. Um termo relativamente novo é
³piriguete´, uma aglutinação de ³piranha´ com ³gueguete´, usado para se r eferir a uma moça perigosa no que diz respeito a atacar o
marido ou namorado de outra. Já uma expressão em desuso é ³cortar a curica´, que significa ³frustrar os planos de alguém´. Mu itos
jovens de hoje não compreendem porque não soltam mais papagaio, área na qual surgiu a expressão. O banco HSBC fez uma propaganda
regionalizada e utilizou a expressão. Muita gente nova não entendeu. Mas o público alvo do banco (as pessoas de trinta para c ima)
entendeu. A língua acompanha os movimentos simbólicos e culturais e caminha no tempo.
*c ± ?(   %  % %    !" %'
1
2 ± É muito difícil quantificar a língua. Acho até que é inútil. O importante, acredito, é identificar as inf luências e trocas lingüísticas
ocorridas. O Brasil herdou de Portugal a língua, mas a história diferente do país fez daquela língua outra língua, com materi alidade toda
própria. Apesar de carregar o mesmo nome, já no século XVII pode-se dizer o brasileiro se fazia notar como uma língua diferente. Grande
parte do vocabulário é, claro, de origem do português europeu. Mas, por meio do tráfico de escravos, as línguas africanas tro uxeram
palavras como ³figa´, ³orixá´, ³dendê´, ³vatapá´, ³minhoca´ e outras hoje i ncorporadas na nossa língua como nossas. O contato com as
línguas indígenas, principalmente o Tupinambá, agregou um sem -número de termos ao português. É muito comum ver termos indígenas
apontados pela toponímia (ciência que estuda a origem dos nomes de lug ares): ³Mogi-Mirim´, ³Mogi -Guaçu´, ³Paraíba´, ³Manaus´.
Muitos nomes de plantas, frutas e animais brasileiros têm origem no tupinambá, como ³abacaxi´, ³buriti´, ´curió´ ³piranha´, ³ sucuri´ e
³tatu´. A influência indígena também acabou propiciando a criação de expressões como ³andar na pindaíba´ e ³estar de tocaia´. Mas
quantificar é quase que impossível.
*c ± c     $N  1
2 ± Como alguns termos são originados de línguas ágrafas, sem esc rita, e são basicamente termos oralizados, a escrita acaba sendo
arbitrária. Um desses termos é ³Masseta´, que significa algo grande, forte, com massa. Muita gente escreve ³Maceta´, que é um a variável
aceitável também, ainda que eu prefira a primeira por q uestões de etimologia. Esse é um exemplo.
*c ±     %  '  %  %"  
  +c 1
2 ± Não há monopólio na linguagem. O contato cultural enriquece a utilização de novas palavras. A língua funciona assim. Usamos
³mouse´, ³site´ e ³blog´ porque a língua portuguesa não nos deu palavras para nos referirmos a esses conceitos, que vieram ju nto com a
informática. A língua acompanha os movimentos econ ômicos também. Um dicionário de ³Amazonês´ não tem a intenção de dizer ³isso é
nosso´, mas de dizer ³isso é significativo aqui´. E com a influência dos nordestinos na época da Borracha, muito se ganhou de termos
daquela região. Portanto, há de haver sobreposições, sim. E isso não é problema porque as fronteiras das línguas e dos dialetos são muito
difusas e não muito claras. A língua é viva e não tem osso. Ela se mexe mesmo.
*c ± $     #O1
2 ± Má rapá« como um bom amazonense eu uso que só.
*c ±          2   
%   N1
2 ± Porque se tem uma coisa de que o ser humano gosta é de falar de si e de suas coisas. Como um índice de identidade, a língua traz
esse chamariz. Falar da minha língua é falar de mim. Já dizia o poeta: ³minha pátria é minha língua´. Estou com Fernando Pess oa.
Quanto ao uso sem créditos, isso é uma das questões mais atuais sobre a utilização da internet como fonte: a autoria. Esse conceito tem
mudado muito em relação aos meios de circulação tradicionais. Uma enciclopédia como a Wikipédia, por exemplo, é feita por que m? Na
internet os textos tendem a deixar de ter autores e passar a ter ³organizadores´ ou ³disponibilizadores iniciais´. É uma questão que me
interessa bastante como estudioso de Análise de Discurso.
*c ±      #1
2 ± Depende do estilo e do escritor. Não acredito que seja uma regra geral, tipo ³para ser escritor amazonense tem de usar vocabu lário
local´. Nos escritores famosos, os regionalismos aparecem como devem aparecer: naturalmente. Senão fica uma linguagem f orçada, sem
verossimilhança, comprometendo a boa literatura. Mas gosto muito da poesia de Aníbal Beça e de Luiz Bacellar. Seu ³Rondel da
mandioca´ é muito bom:
manimani
teu corpo branco
esfarelado
no caititu
chora espremido
no tipiti
lágrimas vivas
de tucupi
depois no tacho
dança lundus
cateretês
todo doirado
dança emboladas
de amido e luz
*c ±   %  %     7  $!1
2 ± A grande semelhança é o ³s´ chiado. Mas a prosódia, que é o nome bonito que o lingüista dá para o estudo da entoação, é bem
diferente. A frase do carioca é mais cantada do que a nossa. Há também a coincidência do uso do ³tu´ como pronome de tratamen to. Isso
ajuda a confundir os ouvidos menos apurados.
*c ± 3  N%  #(    %O 
 1
2 ± A internet criou um canal de troca muito interessante quanto a isso. Recebo e -mails de várias pessoas do interior do Estado
sugerindo expressões e palavras particulares à determinada região. ³Flau´ é o ³Din -din´ em Parintins. ³Nem com o pitiú do bodóó´ é o
equivalente ao ³nem que a vaca tussa´ em Coari. E assim, vai. Espero ampliar essa participação e conto com a internet para isso.
*c ± $   !") %  %  %   
 !" '%    1
2 ± A língua sabe se defender. Ela permite entrar o que acha que deve. Qualquer tentativa de regulamentar a língua por decreto é vã.
Abrir mão do regionalismo é abrir mão das especificidades identitárias. Nenhum grupo permite isso. Não vejo esse perigo, não.
*c ± * #  P   4           1
2 ± As duas coisas. Mas a tendência maior quando se chega a outra comunidade de fala é a assimilação do falar do local. Minha esposa é
de Campinas e ela já aponta os carapanãs massetas no quarto com a boca. Em Campina s ela utilizaria o dedo para apontar um pernilongo
grande.
*c ± 7     " c N$   '1
2 ± Isso é muito sazonal. Na época em que o boi ganhou mídia nacional, a palavra ³toada´ com a acepção utilizada pelos bois até que
circulou. Mas a língua não existe por si só. Quando ela vai, ela vai acompanhando a cultura ou o econômico. Quando essas área s se
movimentam, ela se movimenta junto. Assim se dá o banzeiro lingüístico.
#  $ 88QQQ    #     ^ #^
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