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Manuel Bandeira Em 1910 entra em um concurso de poesia da Academia Brasileira de

Letras, que não confere o prêmio. Lê Charles de Guérin e toma


"...o sol tão claro lá fora, conhecimento das rimas toantes que empregaria em Carnaval.
o sol tão claro, Esmeralda,
e em minhalma — anoitecendo." Sob a influência de Apollinaire, Charles Cros e Mac-Fionna Leod,
escreve seus primeiros versos livres,em 1912.
Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho nasceu no Recife no dia
19 de abril de 1886, na Rua da Ventura, atual Joaquim Nabuco, filho A fim de se tratar no Sanatório de Clavadel, na Suíça, embarca em
de Manuel Carneiro de Souza Bandeira e Francelina Ribeiro de Souza junho de 1913 para a Europa. No mesmo navio viajam Mme. Blank e
Bandeira. Em 1890 a família se transfere para o Rio de Janeiro e a suas duas filhas. No sanatório conhece Paul Eugène Grindel, que
seguir para Santos - SP e, novamente, para o Rio de Janeiro. Passa mais tarde adotaria o pseudônimo de Paul Éluard, e Gala, que se
dois verões em Petrópolis. casaria com Éluard e depois com Salvador Dali.

Em 1892 a família volta para Pernambuco. Manuel Em virtude da eclosão da Primeira Guerra Mundial, em 1914, volta
Bandeira freqüenta o colégio das irmãs Barros Barreto, na Rua da ao Brasil em outubro. Lê Goethe, Lenau e Heine (no sanatório
Soledade, e, como semi-interno, o de Virgínio Marques Carneiro reaprendera o alemão que havia estudado no ginásio). No Rio de
Leão, na Rua da Matriz. Janeiro, reside na rua Nossa Senhora de Copacabana e na Rua
Goulart.
A família mais uma vez se muda do Recife para o Rio de Janeiro, em
1896, onde reside na Travessa Piauí, na Rua Senador Furtado e Em 1916 falece sua mãe, Francelina. No ano seguinte publica seu
depois em Laranjeiras.Bandeira cursa o Externato do Ginásio primeiro livro:A cinza das horas, numa edição de 200 exemplares
Nacional (atual Colégio Pedro II). Tem como professores Silva custeada pelo autor. João Ribeiro escreve um artigo elogioso sobre o
Ramos, Carlos França, José Veríssimo e João Ribeiro. Entre seus livro. Por causa de um hiato num verso do poeta mineiro Mário
colegas estão Sousa da Silveira e Antenor Nascentes. Mendes Campos, Manuel Bandeira desenvolve com o crítico
Machado Sobrinho uma polêmica nas páginas do Correio de Minas,
Em 1903 a família se muda para São Paulo onde Bandeira se de Juiz de Fora.
matricula na Escola Politécnica, pretendendo tornar-se arquiteto.
Estuda também, à noite, desenho e pintura com o arquiteto O autor perde a irmã, Maria Cândida de Souza Bandeira, que desde
Domenico Rossi no Liceu de Artes e Ofícios. Começa ainda a o início da doença do irmão, havia sido uma dedicada enfermeira,
trabalhar nos escritórios da Estrada de Ferro Sorocabana, da qual em 1918. No ano seguinte publica seu segundo livro, Carnaval, em
seu pai era funcionário. edição custeada pelo autor. João Ribeiro elogia também este livro
que desperta entusiasmo entre os paulistas iniciadores do
No final do ano de 1904, o autor fica sabendo que está tuberculoso, modernismo.
abandona suas atividades e volta para o Rio de Janeiro. Em busca de
melhores climas para sua saúde, passa temporadas em diversas O pai de Bandeira, Manuel Carneiro, falece em 1920. O poeta se
cidades: Campanha, Teresópolis, Maranguape, Uruquê, muda da Rua do Triunfo, em Paula Matos, para a Rua Curvelo, 53
Quixeramobim. (hoje Dias de Barros), tornando-se vizinho de Ribeiro Couto. Numa
reunião na casa de Ronald de Carvalho, em Copacabana, no ano de
"... - O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão 1921, conhece Mário de Andrade. Estavam presentes, entre outros,
direito infiltrado. Oswald de Andrade, Sérgio Buarque de Holanda e Osvaldo Orico.

- Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax? Inicia então, em 1922, a se corresponder com Mário de
Andrade.  Bandeiranão participa da Semana de Arte Moderna,
- Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino." realizada em fevereiro em são Paulo, no Teatro Municipal. Na
ocasião, porém, Ronald de Carvalho lê o poema "Os Sapos", No ano seguinte é nomeado professor de literatura do Colégio Pedro
de "Carnaval". Meses depois Bandeira vai a São Paulo e conhece II e membro do Conselho Consultivo do Departamento do Patrimônio
Paulo Prado, Couto de Barros, Tácito de Almeida, Menotti del Picchia, Histórico e Artístico Nacional. Publica Antologia dos Poetas
Luís Aranha, Rubens Borba de Morais, Yan de Almeida Prado. No Rio Brasileiros da Fase Parnasianae Guia de Ouro Preto.
de Janeiro, passa a conviver com Jaime Ovalle, Rodrigo Melo Franco
de Andrade, Prudente de Morais, neto, Dante Milano. Colabora Em 1940 é eleito para a Academia Brasileira de Letras, na vaga de
em Klaxon. Ainda nesse ano morre seu irmão, Antônio Ribeiro de Luís Guimarães Filho. Toma posse em 30 de novembro, sendo
Souza Bandeira. saudado por Ribeiro Couto. Publica Poesias Completas, com a
inclusão da Lira dos Cinqüent'Anos(também esta edição foi custeada
Em 1924 publica, às suas expensas, Poesias, que reúne A Cinza das pelo autor). Publica ainda Noções de História das Literaturas e, em
Horas, Carnaval e um novo livro, O Ritmo Dissoluto. Colabora no separata da Revista do Brasil, A Autoria das Cartas Chilenas.
"Mês Modernista", série de trabalhos de modernistas publicado pelo
jornal A Noite, em 1925. Escreve crítica musical para a revista A Começa a fazer crítica de artes plásticas em A Manhã, em 1941, no
Idéia Ilustrada. Escreve também sobre música para Ariel, de São Rio de Janeiro. No ano seguinte é nomeado membro da Sociedade
Paulo. Filipe de Oliveira. Muda-se para o Edifício Maximus, na Praia do
Flamengo. Organiza a edição dos Sonetos Completos e Poemas
A serviço de uma empresa jornalística, em 1926 viaja para Pouso Escolhidos de Antero de Quental.
Alto, Minas Gerais, onde na casa de Ribeiro Couto conhece Carlos
Drummond de Andrade. Viaja a Salvador, Recife, Paraíba (atual João Nomeado professor de literatura hispano-americana da Faculdade
Pessoa), Fortaleza, São Luís e Belém. No ano seguinte continua Nacional de Filosofia, em 1943, deixa o Colégio Pedro II. Muda-se,
viajando: vai a Belo Horizonte, passando pelas cidades históricas de em 1944, para o Edifício São Miguel, na Avenida Beira-Mar,
Minas Gerais, e a São Paulo. Viaja a Recife, como fiscal de bancas apartamento 409. Publica Obras Poéticas de Gonçalves Dias, edição
examinadoras de preparatórios. Inicia uma colaboração semanal de crítica e comentada. No ano seguinte publica Poemas Traduzidos,
crônicas no Diário Nacional, de São Paulo, e em A Província, de com ilustrações de Guignard.
Recife, dirigido por Gilberto Freyre. Colabora na Revista de
Antropofagia. Recebe o prêmio de poesia do IBEC por conjunto de obra, em
1946. PublicaApresentação da Poesia Brasileira e Antologia dos
1930 marca a publicação de Libertinagem, em edição como sempre Poetas Brasileiros Bissextos Contemporâneos.
custeada pelo autor. Muda-se, em 1933, da Rua do Curvelo para a
Rua Morais e Vale, na Lapa. É nomeado, no ano de 1935, pelo Em 1948 são reeditados três de seus livros: Poesias Completas, com
Ministro Gustavo Capanema, inspetor de ensino secundário. acréscimo de Belo Belo; Poesias Escolhidas e Poemas
Traduzidos. Publica Mafuá do Malungo (impresso em Barcelona por
Grandes comemorações marcam os cinqüenta anos do poeta, em João Cabral de Melo Neto) e organiza uma edição crítica
1936, entre as quais a publicação de Homenagem a Manuel das Rimas de João Albano. No ano seguinte publica Literatura
Bandeira, livro com poemas, estudos críticos e comentários, de Hispano-Americana e traduz O Auto Sacramental do Divino
autoria dos principais escritores brasileiros. Publica Estrela da Narciso de Sóror Juana Inés de la Cruz.
Manhã (com papel presenteado por Luís Camilo de Oliveira Neto e
contribuição de subscritores) e Crônicas da Província do Brasil. A pedido de amigos, apenas para compor a chapa, candidata-se a
deputado pelo Partido Socialista Brasileiro, em 1950, sabendo que
Recebe o prêmio da Sociedade Filipe de Oliveira por conjunto de não tem quaisquer chances de eleger-se. No ano seguinte
obra, em 1937, e publica Poesias Escolhidas e Antologia dos Poetas publica Opus 10 e a biografia deGonçalves Dias. É operado de
Brasileiros da Fase Romântica. cálculos no ureter.  Muda-se, em 1953, para o apartamento 806 do
mesmo edifício da Avenida Beira-Mar.
No ano de 1954 publica Itinerário de Pasárgada e De Poetas e de Escreve para a Editora El Ateneo, em 1963, biografias de Gonçalves
Poesia. Faz conferência no Teatro Municipal do Rio de Janeiro sobre Dias, Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Junqueira Freire e
Mário de Andrade. Publica 50 Poemas Escolhidos pelo Autor, em Castro Alves. A Editora das Américas edita Poesia e Vida de
1955. Traduz Maria Stuart, de Schiler, encenado no Rio de Janeiro e Gonçalves Dias. Traduz a peça Der Kaukasische Kreide Kreis, de
em São Paulo. Em junho, inicia colaboração como cronista no Jornal Bertold Brecht. Escreve crônicas para o programa "Vozes da Cidade"
do Brasil, do Rio de Janeiro, e na Folha da Manhã, de São Paulo. Faz da Rádio Roquette-Pinto, algumas das quais lidas por ele próprio,
conferência sobre Francisco Mignone no Teatro Municipal do Rio de com o título "Grandes Poetas do Brasil".
Janeiro.
Traduz as peças O Advogado do Diabo, de Morris West, e Pena Ela
Traduz Macbeth, de Shakespeare, e La Machine Infernale, de Jean Ser o Que É, de John Ford. Sai nos EUA, pela Charles Frank
Cocteau, em 1956. É aposentado compulsoriamente, por motivos da Publications, A Brief History of Brazilian Literature (tradução,
idade, como professor de literatura hispano-americana da Faculdade introdução e notas de R. E. Dimmick), em 1964.
Nacional de Filosofia.
No ano de 1965 traduz as peças Os Verdes Campos do Eden, de
Traduz as peças Juno and the Paycock, de Sean O'Casey, e The Antonio Gala. A Fogueira Feliz, de J. N.Descalzo, e Edith Stein na
Rainmaker,de N. Richard Nash, em 1957. Nesse ano, publica Flauta Câmara de Gás de Frei Gabriel Cacho. Sai na França, pela Pierre
de Papel. Em julho visita para a Europa, visitando Londres, Paris, e Seghers, na coleção "Poètes d'Aujourd'hui", o volume Manuel
algumas cidades da Holanda. Retorna ao Brasil em novembro. Bandeira, com estudo, seleção de textos, tradução e bibliografia por
Escreve, até 1961, crônicas bissemanais para o Jornal do Brasil e Michel Simon.
a Folha de São Paulo.
Comemora 80 anos, em 1966, recebendo muitas homenagens. A
Em 1958, publica Gonçalves Dias, na coleção "Nossos Clássicos" da Editora José Olympio realiza em sua sede uma festa de que
Editora Agir. Traduz a peça Colóquio-Sinfonieta, de Jean participam mais de mil pessoas e lança os volumes Estrela da Vida
Tardieu. Publicada pela Aguilar, sai em dois volumes sua obra Inteira (poesias completas e traduções de poesia) e Andorinha
completa -- Poesia e Prosa. Andorinha (seleção de textos em prosa, organizada por Carlos
Drummond de Andrade). Compra uma casa em Teresópolis, a única
No ano seguinte traduz The Matchmaker (A Casamenteira), de de sua propriedade ao longo de toda sua vida.
Thorton Wilder. A Sociedade dos Cem Bibliófilos
publica Pasárgada, volume de poemas escolhidos, com ilustrações Com problemas de saúde, Manuel Bandeira deixa seu apartamento
de Aldemir Martins. da Avenida Beira-Mar e se transfere para o apartamento da Rua
Aires Saldanha, em Copacabana, de Maria de Lourdes Heitor de
Em 1960 traduz o drama D. Juan Tenório, de Zorrilla. Pela Editora Souza, sua companheira dos últimos anos.
Dinamene, da Bahia, saem em edição artesanal Estrela da Tarde e
uma seleção de poemas de amor intitulada Alumbramentos. Sai na No dia 13 de outubro de 1968, às 12 horas e 50 minutos, morre o
França, pela Pierre Seghers,Poèmes, antologia de poemas poetaManuel Bandeira, no Hospital Samaritano, em Botafogo,
de Manuel Bandeira em tradução de Luís Aníbal Falcão, F. H. sendo sepultado no Mausoléu da Academia Brasileira de Letras, no
Blank-Simon e do próprio autor. Cemitério São João Batista.

No ano seguinte traduz Mireille, de Fréderic Mistral. Começa a


escrever crônicas semanais para o programa "Quadrante" da Rádio
Ministério da Educação. Em 1962 traduz o poema Prometeu e
Epimeteu de Carl Spitteler.
Bibliografia: - Colóquio Unilateralmente Sentimental - Editora Record - RJ, 1968
- Seleta de Prosa - Nova Fronteira - RJ
Poesia: - Berimbau e Outros Poemas - Nova Fronteira - RJ

- A Cinza das Horas - Jornal do Comércio - Rio de Janeiro, 1917 Antologias:
(Edição do Autor)
- Carnaval - Rio de janeiro,1919 (Edição do Autor) - Antologia dos Poetas Brasileiros da Fase Romântica, N. Fronteira, 
- Poesias (acrescida de O Ritmo Dissoluto) - Rio de Janeiro, 1924 RJ
- Libertinagem - Rio de Janeiro, 1930 (Edição do Autor) - Antologia dos Poetas Brasileiros da Fase Parnasiana - N. Fronteira,
- Estrela da Manhã - Rio de Janeiro, 1936 (Edição do Autor) RJ
- Poesias Escolhidas - Rio de Janeiro, 1937 - Antologia dos Poetas Brasileiros da Fase Moderna - Vol. 1, N.
- Poesias Completas acrescida de Lira dos cinqüent'anos) - Rio de Fronteira, RJ
Janeiro, 1940 (Edição do Autor) - Antologia dos Poetas Brasileiros da Fase Moderna - Vol. 2, N.
- Poemas Traduzidos - Rio de Janeiro, 1945 Fronteira, RJ
- Mafuá do Malungo - Barcelona, 1948 (Editor João Cabral de Melo - Antologia dos Poetas Brasileiros Bissextos Contemporâneos, N.
Neto) Fronteira, RJ
- Poesias Completas (com Belo Belo) - Rio de Janeiro, 1948 - Antologia dos Poetas Brasileiros - Poesia Simbolista, N. Fronteira,
- Opus 10 - Niterói - 1952 RJ
- 50 Poemas Escolhidos pelo Autor - Rio de Janeiro, 1955 - Antologia Poética - Editora do Autor, Rio de Janeiro, 1961
- Poesias completas (acrescidas de Opus 10) - Rio de Janeiro, 1955 - Poesia do Brasil - Editora do Autor, Rio de Janeiro, 1963
- Poesia e prosa completa (acrescida de Estrela da Tarde), Rio de - Os Reis Vagabundos e mais 50 crônicas - Editora do Autor, RJ,
Janeiro, 1958 1966
- Alumbramentos - Rio de Janeiro, 1960 - Manuel Bandeira - Poesia Completa e Prosa, Ed. Nova Aguilar,  RJ
- Estrela da Tarde - Rio de Janeiro, 1960 - Antologia Poética (nova edição), Editora N. Fronteira, 2001
- Estrela a vida inteira, Rio de Janeiro, 1966 (edição em homenagem
aos 80 anos do poeta). Em conjunto:
- Manuel Bandeira - 50 poemas escolhidos pelo autor - Rio de
Janeiro, 2006. - Quadrante 1 - Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1962
  (com Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles, Dinah
Prosa: Silveira
  de Queiroz, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos e Rubem
- Crônicas da Província do Brasil - Rio de Janeiro, 1936 Braga)
- Guia de Ouro Preto, Rio de Janeiro, 1938
- Noções de História das Literaturas - Rio de Janeiro, 1940 - Quadrante 2 - Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1963
- Autoria das Cartas Chilenas - Rio de Janeiro, 1940   (com Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles, Dinah
- Apresentação da Poesia Brasileira - Rio de Janeiro, 1946 Silveira 
- Literatura Hispano-Americana - Rio de Janeiro, 1949   de Queiroz, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos e Rubem
- Gonçalves Dias, Biografia - Rio de Janeiro, 1952 Braga)
- Itinerário de Pasárgada - Jornal de Letras, Rio de Janeiro, 1954
- De Poetas e de Poesia - Rio de Janeiro, 1954 - Quatro Vozes - Editora Record - Rio de Janeiro, 1998
- A Flauta de Papel - Rio de Janeiro, 1957   (com Carlos Drummond de Andrade, Rachel de Queiroz e Cecília
- Itinerário de Pasárgada - Livraria São José - Rio de Janeiro, 1957   Meireles)
- Prosa - Rio de Janeiro, 1958
- Andorinha, Andorinha - José Olympio - Rio de Janeiro, 1966 - Elenco de Cronistas Modernos - Ed. José Olympio - RJ
- Itinerário de Pasárgada - Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1966    (com Carlos Drummond de Andrade, Rubem Braga
- CD "Manuel Bandeira: O Poeta de Botafogo" - Gravações inéditas
- O Melhor da Poesia Brasileira 1 - Ed. José Olympio - Rio de Janeiro feitas pelo poeta e por Lauro Moreira, tendo como fundo musical
  (com Carlos Drummond de Andrade e João Cabral de Melo Neto) peças de Camargo Guarnieri interpretadas pelo pianista Belkiss
Carneiro Mendonça, 2005.
- Os Melhores Poemas de Manuel Bandeira (seleção de Francisco de 
  A. Barbosa) - Editora Global - Rio de Janeiro) Sobre o Autor:

Seleção e Organização: - Homenagem a Manuel Bandeira, 1936

- Homenagem a Manuel Bandeira (edição fac-similar), 1986


- Sonetos Completos e Poemas Escolhidos de Antero de Quental
- Obras Poéticas de Gonçalves Dias, 1944 - Bandeira a Vida Inteira - Edições Alumbramento, Rio de Janeiro, 1986
- Rimas de José Albano, 1948   (com um disco contendo poemas lidos pelo autor).
- Cartas a Manuel Bandeira, de Mário de Andrade, 1958
Dados obtidos em livros de Manuel Bandeira, e nas publicações "Homenagem a Manuel
Multimídia: Bandeira" e "Bandeira a Vida Inteira", na Academia Brasileira de Letras e sites da Internet.

Os Sapos
Faço rimas com  Tudo quanto é vário, 
Consoantes de apoio.  Canta no martelo". 
Enfunando os papos, 
Saem da penumbra, 
Vai por cinquüenta anos  Outros, sapos-pipas 
Aos pulos, os sapos. 
Que lhes dei a norma:  (Um mal em si cabe), 
A luz os deslumbra. 
Reduzi sem danos  Falam pelas tripas, 
A fôrmas a forma.  - "Sei!" - "Não sabe!" - "Sabe!". 
Em ronco que aterra, 
Berra o sapo-boi: 
Clame a saparia  Longe dessa grita, 
- "Meu pai foi à guerra!" 
Em críticas céticas: Lá onde mais densa 
- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!". 
Não há mais poesia,  A noite infinita 
Mas há artes poéticas..."  Veste a sombra imensa; 
O sapo-tanoeiro, 
Parnasiano aguado, 
Urra o sapo-boi:  Lá, fugido ao mundo, 
Diz: - "Meu cancioneiro
- "Meu pai foi rei!"- "Foi!"  Sem glória, sem fé, 
É bem martelado. 
- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".  No perau profundo 
E solitário, é 
Vede como primo 
Brada em um assomo 
Em comer os hiatos! 
O sapo-tanoeiro:  Que soluças tu, 
Que arte! E nunca rimo 
- A grande arte é como  Transido de frio, 
Os termos cognatos. 
Lavor de joalheiro.  Sapo-cururu 
Da beira do rio...
O meu verso é bom 
Ou bem de estatuário. 
Frumento sem joio. 
Tudo quanto é belo, 

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