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O IMINENTE COLAPSO EVANGÉLICO


WILLIAM LANE CRAIG

Esse é o programa Fé Racional, conversas com o Dr. William Lane Craig. Muito obrigado por estar conosco, eu sou
Kevin Harris. Muitos estão dizendo que a face do Cristianismo Evangélico, especialmente nos EUA, está mudando
rapidamente. Hoje, ouviremos alguns comentários do Dr. Craig. Lembre-se: esse podcast está disponível, com muitos
outros recursos, no website ReasonableFaith.Org

Kevin Harris, anfitrião do “Fé Racional”

Kevin: Dr. Craig, nós soubemos de um artigo que está recebendo bastante atenção do Cristianismo:
"O Iminente Colapso Evangélico." Ele afirma que um capítulo anti-cristão na história ocidental está
prestes a começar, mas que, das ruínas, surgirá uma nova vitalidade e integridade. Então, esse é um
artigo do tipo boas/más notícias de Michael Spencer. Vamos falar sobre isso, no que diz respeito à
vida de Igreja, Cristianismo no Ocidente, nos EUA e para onde estamos caminhando. Nós falamos
sobre "evangelicalismo." Vamos definir isso rapidamente. Por "evangélico" queremos dizer...

Craig: Bem, eu acho que estamos falando de uma pessoa que acredita nas doutrinas ortodoxas
tradicionais do Cristianismo, que são exemplificadas nos grandes Credos da Cristandade. Mas,
também, uma pessoa que reconhece a importância da decisão pessoal de fé, por parte do indivíduo
para chegar a uma relacionamento pessoal com Deus através de Cristo, para experimentar uma
renovação espiritual interior, chamada regeneração ou novo nascimento, que coloca uma pessoa em
um relacionamento de salvação com Deus. E também uma forte ênfase na autoridade bíblica como a
regra única para fé e prática, em oposição à tradição da igreja ou ensino eclesiástico. Essas seriam
algumas das ênfases do evangelicalismo.

Kevin: Essa é uma definição que alguns de nós afirmariam ser um "cristão do Novo Testamento."
Chame de "evangélico", ou do que for necessário para diferenciar de outros ramos... A primeira linha
desse artigo é perturbadora: "Nós estamos na margem, a dez anos, de um grande colapso do
cristianismo evangélico." Agora, isso chama sua atenção imediatamente. "Em duas gerações, o
evangelicalismo será uma casa deserta de metade de seus ocupantes. De 25% a 35% de americanos
hoje são evangélicos. O colapso anunciará a chegada de um capítulo anti-cristão do ocidente pós-
cristão. A intolerância ao Cristianismo chegará a níveis que nunca pensamos possíveis em nossas
vidas. E a política pública se tornará hostil ao Cristianismo evangélico, vendo-o como o oponente do
bem comum.”
Antes de tudo, você concorda que estamos em um ocidente pós-cristão?

Craig: Isso eu acho que é verdade. Eu acho que é bem claro que nós temos uma alta consciência da
pluralidade religiosa da nossa sociedade ocidental hoje. Eu acho que a crescente consciência do Islã
ajudou a promover nosso auto-entendimento como uma sociedade pluralista. Isso é especialmente
evidente no Canadá, que é muito pluralista, na Europa, e eu acho que crescentemente nos EUA
também. Então, eu acho que realmente há uma consciência de que não vivemos mais em uma
sociedade Cristã nesse país.

Kevin: Agora, ele dá algumas razões para pensar que o evangelicalismo como conhecemos entrará
em colapso. Número 1, ele diz, "os evangélicos identificaram seu movimento com a guerra cultural e
com o conservadorismo político. Isso se mostrará como um erro muito caro. Os evangélicos serão
crescentemente vistos como uma ameaça ao progresso cultural. Líderes públicos nos considerarão
como maus para a América, maus para a educação, maus para as crianças e maus para a sociedade. O
investimento evangélico em questões morais, sociais e políticas tem sugado nossos recursos e exposto
nossas fraquezas." E ele dá exemplos: ser contra o casamento gay, ser retoricamente pró-vida, ou não
perceber que a massiva maioria dos evangélicos não consegue articular o Evangelho com alguma
coerência. "Nós caímos na armadilha de acreditar mais em uma causa do que na fé cristã."
Ele tem algumas coisas aí, Bill. Jerry Fowell morreu, a maioria moral já não existe mais, muitos dos
líderes estão passando o bastão, e muitos dos líderes mais recentes do movimento evangélico
realmente apostaram muito no processo político, no conservadorismo político e em suas várias
causas.

Craig: Isso certamente é verdade. Mas, por outro lado, Kevin, o que me preocupa é a pergunta: Qual
é a alternativa para lutar pelo direito à vida, pelo casamento tradicional e assim por diante? Eu não
acho que podemos ajustar nossas velas aos ventos políticos atuais. Me parece que, em alguns casos,
os evangélicos precisam tomar posições políticas impopulares em questões éticas. Então, dizer que
seremos culturalmente desprezados e impopulares por sermos pró-vida não é razão, me parece, para
deixar o sustento as causas pró-vida fracassar.
Me parece aí que estamos em um verdadeiro dilema: se é verdade que isso nos tornará impopulares e
desprezados, então eu temo que não temos outra escolha além de deixar que venham as
consequências. Nós estamos tomando uma posição de princípio ético em certas questões como ser
pró-vida ou a favor do casamento tradicional e, que Deus nos ajude, aqui nós ficamos! Isso eu não
acho que podemos comprometer.
Agora, isso certamente isso não significa que temos que estar no bolso de algum partido político. Eu
acho que é bom quando os cristãos expressam sua independência e tomam posições em questões
políticas não éticas que podem ser questões de debate genuíno. E aí talvez nossa diversidade precise
ser mais claramente exemplificada na arena pública.
Mas essa primeira questão que ele levanta me parece ser uma espécie de tentativa insidiosa para
levar os cristãos a comprometer sua posição em questões éticas importantes por um desejo de ser
culturalmente aprovados, serem populares. E esse é um apelo que devemos definitivamente resistir!

Kevin: Sim, ele parece censurar o fato de que nós temos reunido as "tropas evangélicas" assustando-
as e atirando-lhes essas causas. Acho que ele está dizendo que temos sido um pouco demagógicos
nisso. Nós temos que reunir as tropas, temos que levantar nossos fundos, então precisamos dizer a
todos como isso é errado. Bem, certamente é errado. Mas, quando esse bicho papão não é mais tão
mau, aquilo que antes reunia as tropas, não mais o faz. Então, não podemos construir nossa fé sobre
causas, devemos construir nossa fé sobre Cristo.

Craig: Certamente, isso é verdade. E a segunda parte do que ele disse é uma preocupação genuína Eu
estou profundamente preocupado com a superficialidade que existe na igreja evangélica. Meu colega
J. P. Moreland chamou isso de "seres vazios." E ele descreve, no seu livro "Ame a Deus com toda sua
mente", o tipo de igreja que parecemos estar construindo na comunidade evangélica. Uma igreja que
está cheia do que ele chama "seres vazios", pessoas que não são reflexivas, que não valorizam a vida
interior da mente. Pessoas sensuais, que seguem imagens, artes visuais, e música em vez da reflexão
intelectual, estudo e discipulado cuidadoso. E eu acho que J. P. está certo ao dizer que, uma igreja
cheia com esses "seres vazios", será uma igreja impotente para resistir o avanço da cultura secular e,
no final, se acomodará à cultura secular. E Moreland prediz que, na próxima geração, esse tipo de
igreja abrirá sua própria cova. Porque, através da sua acomodação à cultura secular, se tornará igual a
ela.
Então, eu tenho uma tremenda preocupação e um grande medo de que ele esteja apontando algo
correto aqui nesse artigo. Mas, eu diria que é totalmente incorreto, ele não dá nenhuma evidência
para pensar que essa superficialidade é devida a uma perda de recursos por causa de
posicionamentos evangélicos a favor do casamento tradicional e causas pró-vida. É bobagem pensar
que esses são relacionados entre si. Não há nenhuma relação aqui. Você pode ser ardentemente pró-
vida e ser um cristão reflexivo e intelectualmente engajado, com um profundo entendimento de
doutrina cristã e apologética. Na verdade, eu diria que os cristãos que são mais ardentemente pró-
vida são aqueles que têm um entendimento profundo das questões éticas envolvidas e que são
cristãos reflexivos!
Mas, ele está absolutamente certo em que nós temos de alguma forma combater essa superficialidade
na igreja evangélica. E essa é uma razão por que nós iniciamos o Fé Racional há dois anos. O encargo
desse ministério é fornecer uma voz intelectualmente crível e articulada para o Cristianismo bíblico
na arena pública e treinar cristãos para igualmente serem defensores articulados e inteligentes da fé
cristã.

Kevin: Tendo dito isso, Bill, você pode gostar desse próximo ponto que ele faz, que é bem
relacionado ao fim do primeiro ponto: "Nós, evangélicos, temos falhado em passar para nossos jovens
uma forma ortodoxa de fé que possa criar raízes e sobreviver ao avanço secular. Ironicamente, os
bilhões de dólares que gastamos em ministérios para jovens, música cristã, publicidade e mídia tem
produzido uma cultura de jovens cristãos que sabe quase nada sobre sua própria fé a não ser como
eles se sentem."

Craig: Sim! Oh, Kevin, e isso me preocupa tanto! Eu vejo as estatísticas de Barna, por exemplo, sobre
o número de adolescentes cristãos que, uma vez que deixam o segundo grau, deixam sua casa e vão
para a faculdade, nunca mais aparecem na porta de uma igreja. Eles já perderam sua fé no grupo de
jovens em que estavam. Mas, enquanto estão sob a responsabilidade da mamãe e do papai em casa,
eles continuam a cumprir as regras, eles vão ao grupo de jovens. Mas, uma vez que vão para a
faculdade, eles dão as costas, eles abandonam isso. E eu acho espantoso quando penso em todo o
esforço que está sendo investido em música cristã, em adoração e em atividades cristãs para jovens e
todas essas coisas que fazemos para tornar as nossas igrejas relevantes e atraentes para os
adolescentes que não parecem estar produzindo o tipo de fruto duradouro que queremos esperar!
Então, eu acho que precisamos desesperadamente discipular colegiais na vida da mente e treiná-los
em quê eles acreditam e treiná-los para defender o que eles acreditam. Então, novamente, esse é um
problema que ele aponta: nós temos que fazer melhor nisso.

Kevin: Ele disse que há três tipos de igrejas evangélicas hoje: Mega-igrejas consumistas, igrejas
moribundas e novas igrejas cujo futuro é frágil. As denominações vão murchar, até mesmo
desaparecer, enquanto cada vez menos igrejas evangélicas sobreviverão e crescerão. Agora, ele põe
um ponto final aí. Eu não discordo do fato de que há muitas mega-igrejas consumistas chamadas
"igrejas sensíveis ao buscador", há um monte dessas. Igrejas moribundas, há algumas denominações
tradicionais cujos membros estão evacuando. Mas, depois ele diz "há novas igrejas cujo futuro é
frágil."

Craig: Não há nenhuma evidência que ele dá, não é?

Kevin: Bem, não…

Craig: As igrejas moribundas não tendem a serem as igrejas evangélicas, essas tendem a serem essas
denominações antigas que adotaram o protestantismo liberal. E essas estão perdendo membros! Mas
não é de admirar: Porque levantar numa manhã fria e escura de domingo para ir a um culto de igreja
que só prega uma espécie de humanismo? "Você não precisa de Deus e de Cristo para ser um bom
humanista e viver uma vida decente!" Então, não é surpreendente que esse tipo de igrejas esteja
perdendo membros. E eu acho que, na medida em que essas igrejas liberais declinaram, o
protestantismo tradicional perdeu sua impressão na cultura americana e a cultura americana se
tornou mais secularizada.
O desafio será se esse declínio precipitado nas denominações liberais pode ser equilibrado pelo
crescimento das igrejas evangélicas que estão se tornando proeminentes, eu acho, em nossa cultura
americana. E, em certo ponto essas linhas precisam se cruzar de forma que o declínio seja equilibrado
pelo crescimento nas igrejas evangélicas. E eu simplesmente discordo com ele em que todas essas
mega-igrejas são igrejas consumistas e superficiais. Algumas são, mas certamente não todas. Então, aí
eu acho que ele está sendo muito pessimista. Eu acho que há esperança para o avivamento da mente
na igreja. E eu vejo isso acontecendo, Kevin.
Eu notei que, nesse artigo, ele não toma conhecimento algum, ele parece totalmente inconsciente da
revolução que está acontecendo na filosofia cristã nos últimos 40 anos e de como isso está começando
a atingir a cultura popular na igreja, através de popularizadores como Lee Strobel, Ravi Zacharias e
outros. Esse material intelectual está começando a fluir da academia para o homem no banco da
igreja. E eu vejo tremendo interesse entre leigos nas nossas igrejas em serem treinados na defesa da
fé. Eles estão famintos disso, eles querem! E, se essa revolução continuar a crescer e a ser incentivada
isso dá bases para o otimismo de que esse colapso interno que ele descreve não acontecerá.
Eu acho, eu temo, que isso pode ser uma corrida contra o tempo. O colapso acontecerá mais
rapidamente do que a ressurgência na apologética e doutrina? E eu apenas oro e espero para que o
último aconteça mais rapidamente que o colapso.

Kevin: Eu também. Vou dar uma observação aqui, Bill. Eu vejo uma luz no fim do túnel, embora
muitos reclamem das mega-igrejas consumistas e coisas assim. Sabe, eu notei nas minhas
observações, olhando essas que são chamadas "igrejas sensíveis ao buscador”, que toda igreja deveria
sensível ao buscador! Buscadores! "Buscai e achareis"! Deveríamos se importar com os buscadores.
Mas eu acho que muitas dessas igrejas, após 15 anos, têm tentado ser mais relevantes, jogar fora
alguma bagagem desnecessária e ser talvez um pouco mais do que a igreja deve ser para alcançar o
mundo secular.
Há um crescente processo, nos últimos 15 anos, para garantir que esse consumismo seja temperado
com adoração, bom ensino e assim por diante. Tenho visto sinais disso!

Craig: Alguma auto-correção!

Kevin: Tenho visto alguma auto-correção!

Craig: Isso aconteceu em Willow Creek, não é?

Kevin: Realmente aconteceu! Nós tivemos que aprender nossas lições. Nós passamos por uma
transição: "Precisamos mais relevantes, mais receptivos, precisamos receber as pessoas, precisamos
deixar nosso próprio povo se expressar nas artes, nós temos muita gente talentosa nos bancos, vamos
colocá-los para trabalhar para a glória de Deus." Então, eu vejo uma certa auto-correção. E eu oro
também para que essa corrida contra o tempo, essa correção, continue.
Ele diz, "apesar de vários desenvolvimentos bem sucedidos nos últimos 25 anos, a educação cristã
não produziu um produto que possa resistir à maré crescente do secularismo."

Craig: Viu? É aí que eu me pergunto: ele sabe o que está acontecendo na filosofia cristã? Ou talvez... é
aí que eu penso, eu tenho minha própria dúvida, Kevin, eu penso: Será que o fato de eu estar tão
envolvido com filosofia cristã está me fazendo ser meu próprio padrão e a pensar que essa é uma
influência maior do que realmente é? Como deixar o dedo na frente do nariz e pensar que é maior
que um edifício. Talvez eu esteja superestimando o impacto da filosofia cristã mas... eu espero que
não. E minha esperança é que, enquanto essa revolução continua, impactaremos mais e mais a
universidade secular com filósofos cristãos em todas as disciplinas e que isso terá um efeito
cumulativo positivo na educação cristã em nossa cultura.
Então, eu acho que esse companheiro não está em contato com o que está acontecendo na educação
cristã.

Kevin: Okey. Antes de encerrar hoje, mais alguns pontos da suas observações. Por um lado, ele
espera que a "igreja emergente" de que todos estão falando hoje diminua e desapareça.

Craig: Eu acho que ele está certo.

Kevin: Ele não diz isso, mas eu penso, e acho que você concorda, que a igreja emergente diagnosticou
mal o chamado "domínio do pós-modernismo", que não é o bicho papão que pensamos que era, e eles
foram nessa direção e construíram uma fundação de areia.1
Nós podemos participar da "igreja emergente", mas estou dizendo que ele disse que ela vai
desaparecer. Mas ele espera que um evangelicalismo melhor surja. Ele diz, "não precisamos tentar
salvar aquilo que precisa de um funeral." Ele diz que nossas crianças não serão tão confiantes na
Bíblia quanto nós somos. Mesmo em áreas onde os evangélicos são fortes, como o Cinturão da Bíblia,
nós encontraremos grande inabilidade de passar para nosso filhos uma vital confiança evangélica na
Bíblia.

1 Assista ao vídeo no Blog para saber sobre o falso diagnóstico do domínio do pós-modernismo e suas implicações na
doutrina e apologética cristã. É muito interessante e relevante.
Craig: Eu notei que ele é bem a favor de igrejas nas casas surgindo como um novo cristianismo vivo o
que eu suspeito, novamente, que seja sua inclinação pessoal. Eu não vejo nenhuma razão para pensar
que isso vai caracterizar a vida de igreja em geral nos EUA. Então, eu acho que isso provavelmente
reflete as preferências pessoais do autor.

Kevin: Aqui diz, "Michael Spencer é um escritor e comunicador vivendo e trabalhando em uma
comunidade cristã em Kentucky." Ele descreve a si mesmo como "um cristão pós-evangélico
reformado em busca de uma espiritualidade moldada por Jesus." Seu site: InternetMonk.Com.
Então, sim: igrejas nas casas, células caseiras, comunidade cristã, eu acho que é uma tentativa de ser
mais com o cristão do livro de Atos do NT. Nada errado com isso.
Igrejas nas casas, muitas dessas igrejas estão tendo dificuldade para levar pessoas a essas células
caseiras enquanto o paradigma muda2: em vez de uma escola dominical e reunião no Domingo,
células caseiras estão se desenvolvendo. Porém, muitos pastores estão dizendo, "isso é uma boa coisa
do Novo Testamento, mas nos desconecta da igreja."

Craig: Eu não vejo motivo para pensar que, no contexto mais amplo de um grupo ou comunidade de
uma igreja, você não possa ter esses grupos pequenos, que adicionem intimidade e conexão com um
pequeno grupo de pessoas. Mas eles não precisam ser separados do contexto mais amplo. E essa
igreja grande terá grandes vantagens para impactar a cultura e a sociedade. Eu vivi na França por
algum tempo com minha esposa e tenho que dizer: ir a essas a pequenas ilhas-igrejas pode ser
tremendamente deprimente porque, você não tem coisas como excelente música, por exemplo, que
você teria na igreja onde atualmente vamos, onde temos um maravilhoso coral, uma orquestra

2Nota do Tradutor: Eu admiro e concordo com 99% do que li do Fé Racional, mas nesse ponto tenho que dizer:
O movimento das chamadas “igrejas nas casas” é uma busca às raízes neotestamentárias da prática cristã. Essa visão
enfatiza a importância da comunhão em pequenos grupos caseiros e da prática universal do sacerdócio e chama a
atenção para o papel destrutivo e divisivo que a criação de diferentes identidades denominacionais tem sobre o Corpo
de Cristo em cada cidade. Essa visão não exclui o que Craig chama de “grupo maior” ou “corpo maior”, pois afirma que
há uma só igreja e um só Corpo de Cristo em cada cidade, nem exclui as “reuniões grandes” desse Corpo.
Observe que os cristãos desse movimento afirmam estar buscando uma semelhança com a “igreja primitiva” onde existia
grande evangelismo e muitas conversões sem a existência de denominações reunidas em “lugares especiais, com
homens especiais, em dias especiais” (na verdade, isso era impossível, graças à perseguição judaico-romana). Então o
argumento de que “muitas dessas igrejas estão tendo dificuldade para levar pessoas a essas células caseiras” e que “a
igreja grande terá grandes vantagens para impactar a cultura e a sociedade” parece bastante infundado, e não invalida
em nada a visão das “igrejas nas casas.”
completa! Eu aprecio uma excelente música3, e você não terá isso quando tiver oito pessoas na sua
sala tentando cantar hinos juntas.
Você não terá os mesmos talentos que podem ser exercitados no contexto de um grande corpo.
Então, há tremendas vantagens de fazer parte de um grupo maior e ter um grupo menor e mais
íntimo dentro do contexto do grupo maior.
Então, embora algumas coisas que esse companheiro disse eu pense que são avisos que devem ser
ouvidos, boas admoestações, eu não acho que devemos ser tão pessimistas quanto ele ou
necessariamente seguir todos os conselhos que ele dá.

Kevin: Muito obrigado por passar algum tempo conosco no Fé Racional com William Lane Craig.
Esse podcast está disponível no ReasonableFaith.Org, assim como uma riqueza de materiais de
áudio, vídeo e escritos do Dr. William Lane Craig.
Você encontra também um fórum interativo e uma seção de perguntas e respostas que é muito
popular! Pessoas no mundo todo têm se beneficiado das idéias do Dr. Craig e nós convidamos você a
investigar nossos recursos no ReasonableFaith.Org
Quando você doa para o Fé Racional, ou compra nossos recursos, você nos ajuda a expandir em mais
mídia e eventos públicos no mundo todo. Se você apreciou esses tópicos e esse ministério, por favor,
considere ser nosso parceiro com suas doações financeiras.
Para mais informações, vá para ReasonableFaith.Org. Eu sou Kevin, nos vemos novamente no Fé
Racional, com o Dr. William Lane Craig

3É interessante ver como o Dr. Craig critica o movimento da igreja nas casas como “tendência pessoal do autor” e depois
defende uma igreja denominacional (lugares especiais, homens especiais, dias especiais) com base na sua apreciação por
uma excelente música! Parece que é a opinião dele contra a dos “cristãos caseiros”! Para termos uma posição séria sobre
isso, devemos procurar por evidências nas escrituras e na história do modelo de Deus para a Igreja.
Por isso, quero deixar um desafio para você responder: a prática de Igreja em que vivemos hoje é baseada nas Escrituras e
segue o modelo histórico lançado pelos primeiros apóstolos? Sugiro como leituras para meditação no assunto os escritos
de Frank A. Viola (com moderação: Repensando os Odres, Cristianismo Pagão e Conversa Franca Com Pastores no site
www.editorarestaurcao.com.br) e de Watchman Nee (A Vida Cristã Normal da Igreja no www.google.com hehehe).

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