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do 6º ano de escolaridade
Adelaide Dias
Correspondence information:
Adelaide Dias
4369-006 Porto
Portugal
21560609@por.ulusiada.pt
Article Reference
Resumo:
Introdução
Eficácia da escola
Nos últimos anos, o desenvolvimento de estudos relativo ao movimento
1994). Em países como os E.UA., Reino Unido, Austrália e Holanda (e.g. Mortimore et
al., 1988;Levine & Lezotte, 1990; Reynolds &Cuttance, 1992; Scheerens, 1992;
mesmo tempo que se foi analisando o seu impacto quer nas escolas quer nos resultados
famílias e as suas crenças e expectativas em relação à escola. Por outro lado, Firestone
(1991) refere que a eficácia da escola está intimamente relacionado com a defesa do
(e.g. Rutter et al., 1979; Mortimore et al., 1988; Nuttall et al.1989; Fits-Gibbon, 1992).
seja, o grau em que a escola consegue resultados constantes e positivos, nem sempre
Melhoria da Escola
dimensões culturais da escola (Fullan, 1992; Hopkins et al. 1996), ou seja é o processo
(humanos, materiais educativos) em resultados positivos dos seus alunos (Marsh, 1990).
melhoria das escolas: 1) esforço geral de tornar a escola um lugar melhor para os alunos
estratégia de mudança educativa que implica não apenas os resultados dos alunos mas o
activo dos elementos de gestão da própria escola (van Velzen et al., 1985; Hopkins,
1987, 1990).
demonstrado como ocorre este processo de mudança e melhoria da escola (e.g. Fullan&
Hargreaves, 1991; Siskin, 1994; Lauder et al.,1998; Hopkins et al., 1997; Jackson,
2000).
carácter dinâmico das escolas, como um grupo de indivíduos que partilham objectivos
aprendizagem é a plasticidade das escolas, já que, a partir das características dos seus
elementos (com especial ênfase nos professores e pessoal da escola) se adaptam às
características do meio em que está inserido (Leitwood & Aitken, 1995). As escolas
uma forma sistemática a auto-avaliação nas suas práticas (Hofman, Dijkstra & Hofman,
2009).
nas escolas para que se possa aumentar o desempenho académico dos alunos e a
qualidade dos seus resultados (e.g. Department of Education and Early Development,
2005).
ser definido como um processo contínuo que permite à escola verificar se os seus alunos
Existem cada vez mais investigações que demonstram que a existência do Plano
Rothman, 2009).
Para que um Plano de Melhoria da Escola seja bem sucedido deve ser dirigido
Harris, Chapman, Stoll & Russ, 2004), daí que é uma das variáveis com maior força
melhoria e eficácia da escola (e.g Black, 2008; Rothman, 2009). Hallinger e Heck
(1998) sugerem que o director (líder) da escola tem uma influência que embora
(e.g Rothman, 2009; Judson, Schwartz, Allen & Miel, 2008). Para além destes factores,
é um dos elementos centrais para a melhoria e eficácia da Escola (e.g. Muijs, Harris,
Harris, Chapman, Stoll & Russ, 2004), daí que para a melhoria e eficácia da escola o
envolvimento dos pais é fundamental (Seeley et. al., 1990). A tecnologia, para além de
dos dados recolhidos, o que permite que o processo de tomada de decisão seja mais
acertado (e.g. Black, 2008; Harvey II, 2006; Muijs, Harris, Chapman, Stoll & Russ,
2004; Potter, Reynolds & Chapman, 2002), sendo fundamental para o sucesso do Plano
de Melhoria da Escola.
escola no rendimento académicos dos seus alunos. A hipótese que se pretende testar é a
Metodologia
Este estudo é um estudo correlacional em que se pretende verificar o impacto de
Amostra
Médio-baixo Licenciatura 4
EB2/3 Ribeirão 200 50 Alto Mestrado 4
EB2/3 Bernardino 175 50 Médio-alto Licenciatura 4
Machado
EB2/3 Júlio 205 95 Alto Mestrado 4
Brandão
EB2/3 Pedômes 220 85 Baixo Mestrado 4
EB2/3 Fânzeres 195 90
Gondomar
Médio-alto Mestrado 2
EB2/3 S.Pedro da 200 90 Baixo Licenciatura 2
Cova
EB2/3 Rio Tinto 225 90 Médio-alto Mestrado 2
nº 2
EB2/3 Gondomar 190 95 Alto Mestrado 3
EB2/3 Pedrouços 150 90 Médio-alto Mestrado 3
foram a escola EB2/3 de Calendário que tem 180 alunos, 100 professores cujo nível de
sócio económico das famílias dos alunos está entre os médio-baixo por mês, quanto ao
rendimento académico médio dos alunos situa-se ao nível 4, numa escala de avaliação
económico das famílias dos alunos é alto, quanto ao rendimento académico médio dos
Júlio Brandão tem 205 alunos, 95 professores, cujo nível de habilitações literárias mais
dos alunos é alto, quanto ao rendimento académico médio dos alunos situa-se ao nível
avaliação de 1 a 5.
efeitos de estudo a escola EB2/3 de Fânzeres tem 195 alunos, 90 professores, o nível de
económico das famílias dos seus alunos é médio-alto, quanto ao rendimento académico
médio dos alunos situa-se ao nível 2, numa escala de avaliação de 1 a 5..A escola EB2/3
das famílias dos alunos é baixo, quanto ao rendimento académico médio dos alunos
tem 225 alunos, 90 professores, o nível de habilitações literárias mais frequente é o grau
quanto ao rendimento académico médio dos alunos situa-se ao nível 2, numa escala de
sócio-económico das famílias dos alunos é alto, o rendimento académico médio dos
alunos é médio-alto quanto ao rendimento académico médio dos alunos situa-se ao nível
Instrumentos
relativos às notas médias obtidas pelos alunos nos exames nacionais de Português e de
Plano de Melhoria da Escola (CPME). Esta é constituída por 2 partes: a primeira remete
para a existência de um plano de melhoria na escola (“A escola a que pertence tem um
Plano de Melhoria e Eficácia da Escola”) as escolas têm duas opções de resposta Sim
ou Não. A segunda parte da checklist só deverá ser respondida pelas escolas que
melhoria na escola (Há quanto tempo está implementado o PME, na sua escola?) sendo
que as escolas podem seleccionar entre a) Neste ano lectivo; b) Há 1 ano lectivo; c) Há
2 anos lectivos; d) Há 3 anos lectivos, ou e)>3 anos lectivos. A terceira pergunta refere-
pergunta visa saber quais as dimensões abrangidas no plano de melhoria da escola (Que
dimensões estão abrangidas pelo PME?) as escolas deverão seleccionar duas das
têm duas opções de resposta, Sim ou Não. A oitava questão é saber de quanto em
quanto tempo é feita essa avaliação (“Quando é feita a avaliação do PME, na sua
escola?”) sendo que as escolas devem seleccionar uma das seguintes opções
checlist remete para quem faz a avaliação do plano de melhoria da escola (“Quem faz a
avaliação do PME, na sua escola?”) as escolas devem seleccionar entre uma das
A presente checklist foi construída para efeitos deste estudo daí que não se
psicométricas da mesma.
Procedimentos
plano de melhoria da escola e que não possuíam um plano de melhoria da escola, mas
de Gondomar).
Após consulta com os Conselhos Executivos de cada escola e após reunião com
os seus responsáveis onde lhes foi explicado o objectivo do estudo e a relevância da sua
uma reunião em que lhes foi pedido o preenchimento da checklist sobre o plano de
melhoria da escola (CPME). Neste momento, foi também pedido aos Conselhos
média das notas dos alunos do 2º período nas disciplinas de Português e Matemática;
média das notas dos alunos do 6º ano nos exames nacionais de Português e de
Matemática.
for the Social Sciences, (SPSS) versão 17.0. Num primeiro momento, após a realização
do teste de Kolmogorov-Smirnov, que nos permite conhecer as características da
teste (p=0.02) utilizamos o teste não paramétrico Mann-Whitney que permite analisar a
diferença de médias entre os dois grupos: grupo de escolas com planos de melhoria da
Resultados
totalidade dos itens que constituem o CPME. Desta forma, não se registaram valores
omissos a assinalar.
que pertencem ás escolas com planos de melhoria da escola (M =4,00; DP= 0.000) é
superior à média do rendimento académico dos alunos que pertencem às escolas sem
Tabela 2: Média e desvio padrão do Rendimento académico dos alunos em escolas com e sem Planos de
Melhoria
Média e desvio padrão do Rendimento académico dos alunos em escolas com e sem Planos de Melhoria
Variável ECPME (n=5) ESPME (n=5)
Mínimo Máximo Média Desvio Mínimo Máximo Média Desvio
Padrão Padrão
Rendimento 4 4 4,00 0,000 2 3 2,60 0,548
Académico dos
alunos
alunos que pertencem a escolas sem planos de melhoria. Sendo que o mean rank do
rendimento académico dos alunos das escolas com planos de melhoria (M=8) é superior
ao mean rank do rendimento académico dos alunos das escolas sem planos de melhoria
(M=3,00).
Tabela 3: Diferenças de médias entre o grupo de escolas com planos de melhoria (ECPME) e o grupo de
escolas sem planos de melhoria (ESPME)
Diferenças de médias entre o grupo de escolas com planos de melhoria (ECPME) e o grupo de escolas sem planos
de melhoria (EsPME
Média das Média das U Z p
ECPME (n= 5) ESPME (n=5)
Rendimento 8.00 3.00 0.000 -2.835 0.005
académico
A hipótese que neste estudo se pretendeu verificar foi que as escolas que
possuem planos de melhoria são aquelas que apresentam melhor rendimento académico.
rendimento académico dos alunos de escolas sem planos de melhoria sendo esta
alternativa.
elemento-chave para o sucesso académico dos alunos (e.g Black, 2008; Rothman,
2009). As escolas com planos de melhoria são aquelas que apresentam melhores
conta as estratégias que são utilizadas e implementadas pelas escolas, sugerindo que a
nos permitem afirmar que a melhoria no rendimento académico dos alunos se deve á
com planos de melhoria). Em que cada uma das escolas devia ser inicialmente avaliada
presente estudo. Por último, as características da nossa amostra (n=10) não nos permite
assegurar a validade dos resultados, pois como é uma amostra de conveniência não é
Dada a escassez de estudos que abordam esta temática é necessário que outras
estudo encontrou.