You are on page 1of 2

Modos Gregos:

Na Grécia antiga, as diversas organizações sonoras (ou formas de organizar os sons) diferiam
de região para região, consoante as tradições culturais e estéticas de cada uma delas. Assim,
cada uma das regiões da antiga Grécia deu origem a um modo (organização dos sons naturais)
muito próprio, e que adoptou a denominação de cada região respectiva.

Os modos gregos são uma série de sons melódicos pré-defnida. Ao todo são 7.
Partimos da escala padrão diatónica (a que se forma pelas notas sem acidentes) dó - ré - mí - fá
- sol - lá - sí, e sobre cada uma destas notas criamos uma nova escala diatónica. Quando
fazemos isto, a relação dos tons é alterada, consequentemente todo o campo harmónico
tambem muda visto que, ao estabelecer uma nota como a inicial, estabelecemos a tónica da
nova escala. Para ser mais claro, na escala musical temos funções que classificamos como
graus para cada uma das notas, de acordo com sua posição acerca da primeira. Portanto, (nota
por nota) sendo os graus: tónica, super-tónica, mediante, sub-dominante, dominante, super-
dominante e sensivel (para, por exemplo: dó - ré - mí - fá - sol - lá e sí), o que mudamos no
sistema modal é esta função de cada uma, criando uma nova relação entre os graus e notas.
Tudo isso deve-se unicamente por estabelecermos uma nova tônica mantendo os intervalos.

Da escala diatónica: dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, extraimos a relação intervalar de tons (T) e semitons
(st) seguinte: T - T - st - T - T - T - st. Sempre que existir esta relação intervalar, teremos o modo
jónio ou escala maior (no caso, de dó). Se firmarmos como tónica o ré, usando a mesma escala
diatónica, teremos: ré, mí, fá, sol, lá, sí, dó: T - st - T - T - T - st - T. Sempre que esta relação
existir, teremos o modo dórico, e assim por diante:

Modos
T - T - st - T - T - T - st: Jónio
T - st - T - T - T - st - T: Dórico
st - T - T - T - st - T -T: Frígio
T - T - T - st - T - T - st: Lídio
T - T - st - T - T - st - T: Mixolidio
T - st - T - T - st - T - T: Eólio
st - T - T - st - T - T - T: Lócrio

Exemplos:
dó - ré - mí - fá - sol - lá - sí: Jónio
ré - mí - fá - sol - lá - sí - dó: Dórico
mí - fá - sol - lá - sí - dó - ré: Frígio
fá - sol - lá - sí - dó - ré - mí: Lídio
sol - lá - sí - dó - ré - mí - fá: Mixolidio
lá - sí - dó - ré - mí - fá - sol: Eólio
sí - dó - ré - mí - fá - sol - lá: Lócrio

Para sabermos utilizar tais sistemas na prática, devemos estabelecer uma tonalidade e sobre
esta (sem mover a nota da tónica) estabelecer cada uma das funções de um modo.

Exemplo
Partindo sempre da nota dó:
Jónico: dó - ré - mí - fá - sol - lá – sí
Dórico: dó - ré - míb - fá - sol - lá - síb
Frígio: dó - réb - míb - fá - sol - láb - síb
Lídio: dó - ré - mí - fá# - sol - lá - sí
Mixolídio: dó - ré - mí - fá - sol - lá - síb
Eólio: dó - ré - míb - fá - sol - láb - síb
Lócrio: dó - réb - míb - fá - solb - láb - síb
Isso cria, para cada modo, um novo campo harmónico, uma tónica em escalas diferentes.

You might also like