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Saúde Escolar
Filipa Correia, Marta Santalha
Expressão de Expressão
Afecto de Ternura
… na Adolescência implica
Afectos, paixões, amores
Amar: adorar, apetecer, apreciar, bem-querer, desejar,
escolher, estimar, estremecer, honrar, idolatrar, preferir,
Atracção
prezar, querer, respeitar, seguir, venerar
Paixão: estado eminente patológico, obsessivo, fora do
mundo, solitário e íntimo, não compreendido por quem
não a viva (ou seja por todos os outros cidadãos)
Sedução
Namorar: acotiar, agradar, apaixonar, apetecer, arrulhar,
atrair, azeitar, cativar, chamar, cobiçar, cortejar, derriçar,
desejar, embelezar, enlevar, falar, galantear, graxear,
namoriscar, seduzir, servir, simpatizar
Sexualidade: Identidade Sexual
Desenvolve-se durante toda a vida do indivíduo;
Depende da pessoa - características genéticas,
interacções ambientais, condições socioculturais;
Existe desde o nascimento, prolonga-se até ao fim da vida
do ser humano;
Manifestações sexuais da criança adolescente
adulto idoso.
O indivíduo
Vão-seé oconstruindo
resultado dadiversos
sua formação, do seuao
equilíbrios tempo,
longo
da sua da
família,
vida de suas experiências,
permitindo crenças, religiões,
viver o conjunto da
dos seus conceitos, dos livros que leu, dos filmes que
sexualidade de uma maneira harmoniosa,
assistiu.
tranquila e gratificante…
Identidade Sexual
A criança deve ser ajudada a encontrar a sua identidade
sexual (permitir que ela se veja como uma pessoa que
pertence ao sexo que tem).
Atribuídas tarefas que lhe permitem actuar na sociedade
em que vive, de acordo com o comportamento das crianças
do seu sexo.
Alguns…
• Ficam surpreendidos com uma orientação de desejo
que não esperavam,
• aceitam mal;
• demoram algum tempo a aperceber-se o que se
passa, se estiverem mal informados.
Homossexualidade
• Afecta mais precocemente os rapazes do que as
raparigas (interessam-se mais abertamente pela
sexualidade do que as raparigas);
• Período de negação, confusão, sentimento de
raridade;
• Minoria: mais difícil de encontrar pares, por vezes não
podem demonstrar publicamente a sua conduta;
• “Viver em segredo”: grandes tensões familiares e
escolares.
Homossexualidade
Informar os pré-púberes e adolescentes da existência de
esta orientação de desejo, minoritária, mas compatível
com saúde:
não serem surpreendidos e aceitarem bem as pessoas;
Ajudar os adolescentes a conhecerem-se a si mesmos,
analisando as suas fantasias, condutas, referências
sexuais e sociais;
Se a orientação for a orientação homossexual:
apoiar e ajudar o adolescente a avançar através das várias
etapas para que se aceitam tal como são;
integrar os pais e os amigos; fazer ver aos pais que a
homossexualidade não é um problema.
Educação sexual
Não educar é uma forma – por emissão – de educar.
Significa fomentar o risco e privar de ferramentas para a
vida.
A Educação sexual
Omaior responsabilidade
principal objectivo dapelo adolescente;
educação sexual é procurar, dar
repostas
atrasar aàs necessidades
idade reais
de início das ou percebidas
primeiras das pessoas,
relações sexuais;
preparando-as para estabelecer
diminui a incidência relações afectivo-sociais
de doenças sexualmente
positivas e saudáveis.
transmissíveis.
Planeamento Familiar
Serviço de saúde fundamental que visa:
Promover a vivência da sexualidade de forma saudável e
segura
Regular a fecundidade segundo o desejo do casal
Preparar para uma maternidade e paternidade responsáveis
Reduzir a mortalidade e a morbilidade materna, perinatal e
infantil
Reduzir a incidência das DST e as suas consequências,
nomeadamente a infertilidade
Melhorar a saúde e o bem-estar da família
Planeamento Familiar
Actividades a desenvolver:
Esclarecer sobre as vantagens de regular a fecundidade em
função da idade
Informar sobre as vantagens do espaçamento adequado das
gravidezes
Elucidar sobre as consequências da gravidez não desejada
Informar sobre a anatomia e a fisiologia da reprodução
Facultar informação completa, isenta e com fundamento
científico sobre todos os métodos contraceptivos
Planeamento Familiar
Actividades a desenvolver:
Proceder ao acompanhamento clínico, qualquer que seja o
método contraceptivo escolhido
Fornecer, gratuitamente, os contraceptivos
Reconhecer e orientar os casais com desajustes sexuais
Prestar cuidados pré-concepcionais
Identificar e orientar os casais com problemas de infertilidade
Efectuar a prevenção, diagnóstico e tratamento das DST
Efectuar o rastreio do cancro do colo do útero e da mama
2ª Parte
Métodos Contraceptivos
O que são?
Eficácia
Conveniência
Duração de acção
Reversibilidade
Efeito no período menstrual
Frequência de efeitos secundários
Custo
Protecção contra DST´s
Métodos Contraceptivos
Métodos
Métodos de Hormonais
Barreira
Métodos
Métodos Naturais Cirúrgicos
Métodos Contraceptivos
Anticonceptionais
Métodos de Preservativo Métodos hormonais orais
Barreira Feminino/Masculino Hormonais (pílula)
Adesivo hormonal
Anel Vaginal
Métodos Contraceptivos
Laqueação Tubar
Método do Calendário
Vasectomia
Método do Muco
Cervical
Método da
Temperatura Basal
Métodos Contraceptivos
Métodos Contraceptivos
Métodos Contraceptivos
Métodos de
Barreira
Métodos Contraceptivos
Métodos de
Barreira
Preservativo
Métodos de
Barreira
Métodos de
Barreira
Preservativo Feminino
Protegem contra DST’s e gravidez
Sem efeitos colaterais
Pode ser usado por todas as mulheres
Mitos
Não se perdem no corpo da mulher.
Não são difíceis de utilizar, mas o uso correcto precisa ser aprendido.
Não possui orifícios pelos quais o HIV possa passar.
Métodos Contraceptivos
Métodos de
Barreira
Diafragma
Anel flexível, coberto por uma membrana de borracha fina, que a mulher
deve colocar na vagina, para cobrir o colo do útero. Impede a entrada dos
espermatozóides, devendo ser utilizado junto com um espermicida, no
máximo 6 horas antes da relação sexual.
Espermicidas
Dispositivo Intra-Uterino
Métodos
Hormonais
Métodos Contraceptivos
Métodos
Hormonais
Existem pílulas de tipo combinado (COC) que contêm estrogénio e progesterona e pílulas que contêm
só progesterona (POC), que devem ser receitadas caso o estrogénio não seja recomendável
Eficácia
Pílula de tipo combinado (COC): 0,1-1 gravidezes por ano em cada 100 mulheres
Pílula de tipo progestativo (POC)1,15 gravidezes por ano em cada 100 mulheres
Métodos Contraceptivos
Métodos
Hormonais
Gravidez
Fumadora e Idade > 35 anos
HTA não controlada ( sistólica > 160 mmHg ou diastólica > 100 mmHg)
História actual ou passada de tromboembolismo venoso, doença arterial cerebral ou
coronária
Enxaqueca com sintomas neurológicos focais
Neoplasias hormonodependentes (ex cancro de mama)
Diabetes complicada (retinopatia, nefropatia, neuropatia)
Doença hepática crónica ou Tumor Hepático
Hemorragia genital anormal sem diagnóstico conclusivo
Métodos Contraceptivos
Métodos
Hormonais
Desvantagens
Fácil esquecimento
Não protege contra DST´s
Eficácia
Quando tomados correctamente têm uma taxa de eficácia de 99%
Como iniciar
Começar no 1º dia do ciclo (1º dia da menstruação)
Tomar 21 dias seguidos e interromper 7 (período em que é espera hemorragia de privação)
Métodos Contraceptivos
Métodos
Hormonais
Tomar o comprimido logo que possível, e os seguintes tomar à hora normal. A fiabilidade da
pílula é mantida.
Opção 1: Tomar o comprimido logo que se lembre (mesmo que seja 2 ao mesmo tempo) e
tomar os seguintes à hora habitual.
Começar a embalagem seguinte logo que terminar a embalagem actual, de modo a
que não haja intervalo entre as embalagens.
Pode não ter menstruação até ao final da embalagem ou pode ter spotting durante os
dias em que toma os comprimidos
Métodos Contraceptivos
Métodos
Hormonais
Opção 2: Parar de tomar os comprimidos da embalagem actual, fazer um intervalo sem toma
de comprimidos durante 7 dias e continuar com a embalagem seguinte.
Métodos Contraceptivos
Métodos
Hormonais
Vómitos ou diarreia
Vómitos nas 3-4 h após toma da pílula: tomar outra pílula e continuar com as seguintes à
hora habitual.
Vómitos após 4h ou mais da toma da pílula: A eficácia da pílula está assegurada, continuar
com as pílulas seguintes à hora habitual.
Métodos Contraceptivos
Métodos
Hormonais
Reduz o risco de gravidez após relação sexual desprotegida se usada dentro de 72 h, mas a
eficácia é maior se usada o mais cedo possível.
Pode actuar de várias formas para prevenir a gravidez, consoante a altura do ciclo menstrual
em que é tomada, mas nunca interrompe uma gravidez em curso.
Métodos Contraceptivos
Métodos
Hormonais
Injectável Hormonal
Taxa de Falha
Injecção mensal varia de 0.1% a 0.6%
Injecção trimestral é de 0,3%
Desvantagens
Pode provocar irregularidades no ciclo menstrual
O retorno aos níveis de fertilidade é mais lento
Não protege contra as infecções sexuais transmissíveis
Métodos Contraceptivos
Métodos
Hormonais
Eficácia : 99,8%
Métodos Contraceptivos
Métodos
Hormonais
Vantagens
Adequado para quem pretende um efeito de longa duração e de elevada eficácia.
Não interfere com a relação sexual e não requer a toma diária.
Não interfere com o aleitamento.
Desvantagens
Dispendioso
Não protege contra as infecções sexualmente transmissíveis
Métodos Contraceptivos
Métodos
Hormonais
Adesivo Hormonal
Impede a ovulação (libertação do óvulo) e torna mais espesso o muco do colo do útero,
dificultando a entrada dos espermatozóides no útero.
Eficácia: 98%
Métodos Contraceptivos
Métodos
Hormonais
Adesivo Hormonal
Vantagens
Não implica toma diária
Fácil de usar.
Não requer absorção por via digestiva portanto a sua fiabilidade é mantida mesmo perante
vómitos e diarreia
Geralmente regulariza ciclos menstruais e diminui dismenorreia
Reversível.
Desvantagens
Não protege contras as infecções sexualmente transmissíveis
Anel Vaginal
Colocado pela própria mulher na vagina e deve ser mantido durante 3 semanas, período
durante o qual vai libertando estrógenio e progestativo, que entram na circulação sanguínea
e inibem a ovulação.
Anel Vaginal
Vantagens
Não interfere no acto sexual
Reversível
Geralmente reduz o ciclo menstrual
Retorno rápido aos níveis de fertilidade anteriores à utilização do anel
Pode ter outros efeitos benéficos para a saúde, como a protecção contra os cancros dos
ovários ou do colo do útero.
Previne também o aparecimento de quistos nos ovários
Desvantagens
Não previne contra as DST’s
Podem provocar a irritação vaginal
Métodos
Cirúrgicos
Métodos Contraceptivos
Métodos
Cirúrgicos
Métodos Cirúrgicos :
De acordo com a legislação portuguesa, a esterilização voluntária só pode ser feita por
maiores de 25 anos.
Métodos
Naturais
Métodos Contraceptivos
Métodos
Naturais
Método do calendário
O método de calendário permite calcular os períodos férteis através de uma contagem dos dias de
duração de um ciclo menstrual.
35% 31%
30% 26%
25% 21%
18%
20%
15%
10%
4%
5%
0%
HPV C. T.Vaginalis N. Gonorreia HSV 2
Trachomatis
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS – FACTORES DE
RISCO
Factores Comportamentais
Conjuntivite Artrite
Faringite Síndrome
Fitz- Hugh– Curtis
Doença gonocócica
disseminada
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
QUAIS SÃO?
Clamidiose – Linfogranuloma venéreo
Chlamydia trachomatis gram negativo intra-celulares obrigatórios
Maior prevalência : ♀ sexualmente activas 15-24 anos
Hemorragia endocervical
Uretrite
Leucorreia muco-purulenta
Exsudado muco-purulento
Hemorragias inter-menstruais
Disúria Disúria
Dor abdominal Dor Escrotal
Doença Inflamatória Pélvica
Linfogranuloma venéreo
70% das ♀ e 25%
dos ♂ são
assintomáticas 30% das pessoas com infecção por N. gonorrhoeae têm
infecção concomitante por C. trachomatis
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
QUAIS SÃO?
Tricomoníase
Prurido
Disúria e ardor
Leucorreia vaginal branca espessa
tipo “queijo fresco/iogurte”
Mucosa friável que sangra com facilidade
Placas esbranquiçadas
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
QUAIS SÃO?
Cancro Mole
Haemophilus ducreyi
Recorrência: 50-80%
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
QUAIS SÃO?
Sífilis
Treponema Pallidum
Sífilis primária Sífilis Secundária Sífilis Terciária
Úlcera genital indolor única com (6-8 semanas depois) Lentamente progressiva com
bordos bem definidos firme, dura Febre compromisso do SNC, Sistema
(3 semanas depois da inoculação) Linfadenopatia generalizada CV e músculo-esquelético
Erupção cutânea maculo-papular
com atingimento de palmas e plantas
Lesões nas membranas mucosas
Condilomas planos
Sífilis Lactente:
infecção
assintomática
detectada por testes
serológicos
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
QUAIS SÃO?
Pediculose púbica
Phithirus pubis (chatos)
Pápulas eritematosas
Risco de sobreinfecção
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
VIH/ SIDA QUAIS SÃO?
o Mais de 16.000 pessoas são infectadas por VIH por dia
Fase Pré-Ictérica
(duração~1 semana)
Cefaleia
Anorexia
Mal-estar
Desconforto abdominal
Náuseas e Vómitos
Fase Ictérica
Icterícia
Colúria
Acolia fecal
Dor abdominal (HD)
Hepatomegalia
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
Resumindo …
Exsudado uretral/vaginal
Disúria
Prurido vaginal/peniano Pode ser
Úlceras genitais ou outras lesões genitais sejam ou não dolorosas uma DST
Adenopatias inguinais
Dispareunia (dor no acto sexual)
Lesões cutâneas (condilomas, rash cutâneo…)
25%
Sim Não
Reconhecer
Esclarecer
Orientar
Prevenir….
Preservativo SEMPRE
Portugal ocupa o 2º lugar nos países europeus com maior incidência de gravidez na
adolescência (só superado pelo RU)
Adolescência
Esquece a
Momento de… responsabilidade
Intensidade
Impulsividade
Paixão Esquece
o
Esquece as
mundo
consequências
dos actos
Gravidez na adolescência
Prematuridade
Baixo Peso
Gravidez: Anemia
HTA
Indesejada Diabetes
Impensada Gestacional
Problemática …
Conflitos pessoais
Baixa auto-estima
Insegurança
Depressão
Abandono escolar
b)Se mostra indicado para evitar perigo de morte e duradoura lesão para o corpo ou
para a saúde física ou psíquica da mulher grávida e seja realizado nas primeiras 12
semanas de gravidez;
Gravidez na adolescência
c) Houver seguros motivos para prever que o nascituro virá a sofrer, de forma
incurável, de grave doença ou malformação congénita, e for realizada nas
primeiras 24 semanas de gravidez, excepcionando-se as situações de fetos inviáveis,
caso em que a interrupção poderá ser praticada a todo o tempo;
Artigo 3°
Direitos de ensino
1 - As mães e pais estudantes abrangidos pela presente lei cujo filhos tenham até 3 anos de
idade gozam dos seguintes direitos:
a) Um regime especial de faltas, consideradas justificadas, sempre que devidamente
comprovadas, para consultas pré-natais, para o período de parto, amamentação, doença e
assistência a filhos;
Gravidez na adolescência
Artigo 3°
Direitos de ensino
b) Adiamento da apresentação ou da entrega de trabalhos e da realização em data
posterior de testes sempre que, por algum dos factos indicados na alínea anterior, seja
impossível o cumprimento dos prazos estabelecidos ou a comparência aos testes;
c) Isenção de cumprimento de mecanismo legais que façam depender o aproveitamento
escolar da frequência de um número mínimo de aulas;
d) Dispensa de obrigatoriedade de inscrição num número mínimo de disciplinas no
ensino superior.
Gravidez na adolescência
Responsabilizar o adolescente
Apoiar qualquer que seja a decisão