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Graça Joaquim
Introdução
Sustentabilidade: A Inovação
O turismo sustentável reporta-se a um modelo de desenvolvimento e não a um
tipo de turismo. É um modelo tripartido, onde à rentabilidade económica, e á
preservação dos ecossistemas, se alia a equidade social, isto é a distribuição da
riqueza. O incipiente turismo que existe no Alentejo, não é nem social, nem
economicamente sustentável. Não tenho conhecimentos que me permitam afirmar se é
ambientalmente sustentável, já que os critérios estéticos não bastam para avaliar a
sustentabilidade ecológica.
O Turismo sustentável engloba todos os tipos de turismo, o rural, o aventura, o
cultural, o balnear, e por aí adiante. Estamos a falar de um modelo de
desenvolvimento, que pretende ser em simultâneo um instrumento de ordenamento do
território, e um instrumento de fixação das populações.
Permitam-me que partilhe convosco, uma outra reflexão que tenho vindo a
desenvolver. Não serve o desenvolvimento local, o desenvolvimento sustentável e o
turismo sustentável, uma lógica de costas voltadas entre um “bom turismo” e um
“mau turismo”. A lógica de integração territorial, pelo tipo de verticalização que o
sector tem em termos de comercialização e distribuição não se compadece com este
discurso ideológico, que revela uma profunda ignorância sobre o turismo. Articular
produtos turísticos diferentes, articular ofertas diferenciadas, ter produtos
complementares, articular o interior e o litoral ,ter itinerários que possam articular
formas de alojamento distintas e ofertas de animação distintas, em suma articular o
território e articular com os nossos vizinhos espanhóis é absolutamente fundamental.
Sob pena de continuarmos a ter a situação que temos no Alentejo, com formas de
turismo alternativas, diferenciadas, claramente incipientes, que não têm
sustentabilidade económica e social.
Uma região que não é capaz de fixar os seus filhos, uma região que não é
capaz de criar emprego, é uma região que está condenada.
Sustentabilidade: A tradição
Reflexões Finais
Bibliografia
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