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º 1) - RESUMÃO
(Prof. Paulo R. Kraft)
• Tribunal de Justiça;
• Juízes de Direito;
• Tribunal do Júri;
• Juizados Especiais e suas Turmas Recursais;
• Conselhos da Justiça Militar;
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O território do Estado, para efeito da administração da Justiça é dividido em:
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Comarca (Fórum). Tal redução tem por finalidade viabilizar o acesso à Justiça daqueles
que residem em comunidades longínquas.
Normalmente a Comarca recém criada é de 1ª entrância. As Comarcas de
1ª entrância são as menores, geralmente com apenas uma vara, ou seja Juízo Único,
sendo competente para apreciar e julgar todas as matérias.
Requisitos para elevação da Comarca à 2ª entrância:
• 70.000 habitantes ou 20.000 eleitores;
• 1000 feitos por ano;
• receita tributária maior que 15.000 salários-mínimos.
Obs.: O Órgão Especial do Tribunal do Justiça poderá propor a elevação da
Comarca à 2ª entrância mesmo que um dos requisitos não for alcançado, desde que
esteja próximo.
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• Conselho da Magistratura; (10 desembargadores: os 5 da Adm. +
5 eleitos pelo OE)
• Seção Criminal;
• Câmaras
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quando vaga cargo na Administração do Tribunal, ou seja, será realizada no prazo de
10 dias nova eleição para a escolha do sucessor para o tempo restante. Não sendo
realizada eleição quando o prazo for inferior a 3 meses, quando será então convocado
o desembargador mais antigo, que poderá inclusive recusar se o mandato for inferior a
um ano. (10 membros)
O presidente do T. Justiça é o presidente nato do CM. Será substituído,
sucessivamente, pelos vice-presidentes, na sua ordem, pelo Corregedor e pelos
membros efetivos do Conselho, na ordem de antigüidade. Os demais membros serão
substituídos pelos desembargadores que se seguirem ao substituído, na mesma ordem
de antigüidade.
O OE será revisor das decisões do CM.
O CM terá regimento próprio para seus atos.
O Procurador-geral da Justiça poderá funcionar junto ao CM, mas sem
direito a voto.
O CM só poderá deliberar com a presença da maioria de seus membros.
No caso de empate o Presidente terá o voto de qualidade.
Os desembargadores integrantes do CM não terão diminuição nas suas
atribuições e poderão exercer suas funções no Conselho mesmo quando afastados das
funções.
Aos desembargadores integrantes do CM também serão respeitadas as
incompatibilidades ou suspeições estabelecidas aos juízos em geral.
As sessões do CM poderão ser públicas, secretas ou sigilosas.
Os julgamentos serão reduzidos a Acórdãos e as deliberações serão
publicadas em enunciados resumidos, resguardando-se os nomes e os cargos a que se
refiram.
Quando a decisão não for unânime e somente quando a decisão não for
unânime caberá pedido de reconsideração, a ser distribuído a outro relator.
Aquele que tiver decisão desfavorável poderá recorrer da decisão, sendo o
recurso apreciado pelo OE.
Caberão embargos de declaração das decisões do CM, quando houver
obscuridade, contradição ou omissão acerca de ponto relevante. Prazo de 5 dias.
Os órgãos de 2ª instância comunicarão ao Conselho da Magistratura os
erros e irregularidades, passíveis de sanções disciplinares, praticados por magistrados.
Os processos instaurados contra os juízes correrão em segredo de justiça e serão
presididos pelo Corregedor, funcionando como escrivão o diretor geral da Secretaria da
Corregedoria.
O CM recebe as representações contra magistrados. Sendo determinada a
deflagração da representação, a instrução fica a cargo do Corregedor-Geral de Justiça,
sendo posteriormente submetido o processo, já instruído, para a decisão no próprio
CM.
18 Cíveis + 8 Criminais
O Presidente, os vice-presidentes e o Corregedor-geral não integram as
Câmaras.
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que o Regimento Interno é aprovado pelo OE, que exerce as atribuições que, em
princípio, seriam de competência do Tribunal Pleno.
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• reversão
• exoneração
• demissão
• vacância de cargos efetivos
• desconto em folha
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DO 3º VICE-PRESIDENTE: (Art. 33)
deferir ou indeferir recurso extraordinário ou especial, desde que
delegado pelo Presidente;
Também serão julgadas pela mesma Câmara as ações conexas, acessórias ou oriundas
daquelas que já tiveram alguma manifestação da Câmara preventa.
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• ORDINÁRIA
• EXTRAORDINÁRIA
• PERMANENTE
• GERAL
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• informar, mensalmente, o boletim estatístico do Juízo (à
Presidência e à Corregedoria);
• proceder às correições gerais e permanentes;
• nomear representante do Ministério Público ad hoc, quando
ausente o representante do MP, comunicando o fato ao Procurador-Geral
da Justiça;
• nomear servidor ad hoc, nos casos de impedimento ou falta dos
titulares;
• designar servidor para exercer as funções de responsável pelo
expediente, quando a serventia se vagar e não contar com substituto,
até a expedição de ato próprio pelo Corregedor- Geral;
• conceder, exceto na Comarca da Capital, licença por motivo de
saúde até 60 dias;
• conceder férias aos servidores;
NOS JUÍZOS ÚNICOS, caberá, ainda, aos Juízes de Direito: (Art. 72, § único)
• exercer as funções de diretor do foro;
• designar serventuário para servir como secretário do Juízo, nas
atividades administrativas;
• informar sobre os candidatos à nomeação de juiz de paz e dar
posse aos mesmos;
• nomear juiz de paz ad hoc, nos casos de falta, ausência ou
impedimento do titular e de seus suplentes;
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• quando impossível a substituição por juiz da mesma competência, far-se-á a
substituição com o juiz de outra competência, seguindo a seguinte ordem: cível,
órgãos e sucessões, família, acidente de trabalho e fazenda pública;
• juiz da Vara de Registros Públicos será substituído pelo juiz da 1ª Vara Cível;
• juiz da Vara de Execuções Penais será substituído pelo juiz da 1ª Vara Criminal;
• nas Varas de Menores o juiz titular e o auxiliar mais antigo se substituirão
reciprocamente. Os auxiliares se substituirão entre si, na ordem decrescente de
antigüidade, seguindo-se a todos os auxiliares o juiz da 1ª Vara de Família;
• nas Varas Regionais, se não houver juiz auxiliar, por outro da mesma sede.
Perdurando a impossibilidade, por juiz da vara regional com sede mais próxima,
preferentemente aos da mesma especialização;
• nos casos urgentes, não estando presente nenhum juiz da mesma competência, e
mediante requerimento justificado, as petições poderão ser despachadas por outro
qualquer juiz;
• nas comarcas de 2ª entrância será observada a tabela expedida pelo presidente do
Tribunal;
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Os juízes da 1ª região judiciária funcionarão em substituição ou auxílio de
juízes de direito de qualquer outra região, conforme designação do presidente do
Tribunal de Justiça.
Os juízes regionais quando designados para auxiliares, terão suas
atribuições fixadas pelo presidente do Tribunal no ato de designação.
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EM MATÉRIA DE ÓRFÃOS, SUCESSÕES E PROVEDORIA (Art. 87):
• inventários, arrolamentos ou outros feitos decorrentes;
• anulação de testamentos ou legados;
• as ações de ausência (mesmo quando para fins previdenciários),
bens vagos ou herança jacente;
• os feitos relativos à doações, usufrutos, cancelamentos,
inscrições, sub-rogações de cláusulas ou gravames, mesmo que
decorrentes de atos entre vivos;
• as causas de interdições e as de tutela ou emancipação de
menores cujos pais sejam falecidos, interditados ou ausentes, podendo
nomear curadores ou tutores, bem como administradores provisórios;
• julgar as impugnações de contas dos tesoureiros ou dos
responsáveis por hospitais, asilos, fundações, que receberam auxílio dos
cofres públicos, podendo remover os administradores e nomear outros,
se de outro modo não dispuser os estatutos ou regulamentos;
• proceder à liquidação de firmas individuais em caso de
falecimento do comerciante;
• proceder à apuração dos haveres do inventariado, em sociedade
de que tenha participado;
• as precatórias pertinentes.
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• conceder suprimento de idade para o casamento da menor de 16
anos ou do menor de 18 anos;
• designar comissário de menores voluntários, mediante
autorização do Corregedor-Geral;
• determinar a apreensão de impressos que ofendam a moral e os
bons costumes;
• avocar, quando julgar necessário, os processos distribuídos a juiz
auxiliar;
• exercer a censura de exibições;
• fiscalizar estabelecimentos públicos e particulares de internação
de menores;
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Obs.1:
• as Varas da Infância e da Juventude terão cada uma delas dois
juízes auxiliares;
• a 11ª e a 12ª Vara de Fazenda Pública também terão cada uma
delas dois juízes auxiliares;
• a Vara de Execuções Penais, as Varas Cíveis e as 04 Varas
privativas do Júri terão cada uma delas um juiz auxiliar.
• Nas demais Varas o funcionamento de juízes auxiliares poderá ser
determinado pelo presidente do Tribunal de Justiça sempre que
necessário.
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Não é matéria cobrada nos concursos anteriores. Ao nosso ver, seria uma
covardia tamanha cobrar em concurso as competências de cada Comarca em todo
território do Estado. Mas, é sempre bom dar uma passada pelos artigos só por não
deixar a consciência pesar . . .
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O provimento dos cargos de desembargador, juiz de direito ou juiz
substituto far-se-á por ato do Presidente do Tribunal de Justiça. Há uma exceção: no
cargo de desembargador, quando se tratar de vaga a ser preenchida pelo "quinto
constitucional" (v. art. 94 da CF), será ele provido pelo Governador do Estado.
Obs.: O art. 94 da CF determina que um quinto das vagas de
desembargador sejam preenchidas por membros do Ministério Público (com mais de 10
anos de carreira) e por advogados (com mais de 10 anos de carreira, reputação ilibada
e notório saber jurídico). Desta forma, concluímos que das 160 vagas de
desembargador, um quinto delas devem ser desembargadores que ou foram do
Ministério Público ou foram advogados.
A escolha do desembargador indicado pelo quinto constitucional far-se-á
através de uma lista sêxtupla fornecida pelo Órgão (MP ou OAB/RJ = quando vaga
uma vaga para o quinto constitucional esta vai ou para o MP ou para a OAB,
alternadamente). O Tribunal de Justiça, através do seu Órgão Especial, torna esta lista
tríplice e a encaminha ao Governador para a escolha do novo desembargador.
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São condições para o ingresso na magistratura de carreira:
- ser brasileiro;
- pleno exercício dos direitos civis e políticos e quite com o serviço militar;
- ser bacharel em direito e possuir pelo menos dois anos de prática
forense (ou como advogado, juiz, membro do Ministério Público,
Delegado de Polícia ou como serventuário da Justiça, desde que em
atividade relativa a processamento). Será computado como tempo de
prática forense o tempo referente ao curso de formação ministrado pela
EMERJ, desde que tenha sido aprovado. Também será computado como
tempo de prática forense o exercício da função de conciliador, restrita a
advogados, nos Juizados Especiais.
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A lista de antigüidade será revista, anualmente, pelo Conselho da
Magistratura, que poderá receber, no prazo de 15 dias contados da publicação da
lista, a reclamação dos que se julgarem prejudicados.
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DOS VENCIMENTOS E VANTAGENS (Art. 192/197)
Os magistrados são membros do Poder Judiciário. Assim, a eles será
aplicado o art. 39, parágrafo 4º da Constituição Federal, ou seja, serão remunerados
através de subsídio que não poderão exceder ao recebido pelos Ministros do Supremo
Tribunal Federal, conforme art. 37, XI, da CF.
Entretanto, ainda não foi definido o teto a ser recebido pelos Ministros do
STF, então, como não há parâmetros, aguarda-se,........
Em 17/07/2001 entrou em vigor a Lei Estadual n.º 3.609 que acrescentou os
parágrafos 4º e 5º ao art. 194 do CODJERJ. Vejamos como ficou:
"Art. 193. (...)
§1º. (...)
§2º. (...)
§3º. (...)
§4º. Aos magistrados, quando no exercício cumulativo de suas funções com
as de outro cargo da carreira, será paga uma gratificação equivalente a 1/3 de seus
vencimentos, proporcional aos dias trabalhados;
§5º. A gratificação a que se refere o parágrafo anterior será devida pela
metade quando o magistrado, no exercício pleno de um dos cargos da carreira,
acumular outro, em função de auxílio, também em proporção aos dias trabalhados."
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DA ÉTICA FUNCIONAL (Art. 206/211)
Os magistrados devem manter irrepreensível procedimento na via pública e
particular, pugnando pelo prestígio da justiça, zelando pela dignidade das suas funções
e respeitando as do Ministério Público e dos advogados.
Além das vedações constitucionais previstas no art. 95, parágrafo único, da
CF, o magistrado não poderá exercer as funções de árbitro o juiz fora dos casos que lhe
forem submetidos.
A pena de advertência será aplicada nos casos em que a falta não grave e será
sem em caráter reservado.
A pena de censura será aplicada quando a falta não seja punida com pena
mais grave e revela ou uma negligência reiterada ou um procedimento incorreto ou
indecoroso.
O juiz que for censurado não poderá durante um ano concorrer à promoção
por merecimento.
Das penas impostas caberá recurso no prazo de 5 dias e com efeito suspensivo
para o Orgão Especial.
A pena de demissão só será aplicada em virtude de sentença judiciária.
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O magistrado será afastado da função antes de passar em julgado, ou seja,
antes que se torne definitiva, a sentença que o pronunciou (prática de crime doloso
contra a vida) ou que o condenou (qualquer crime).
Tanto a remoção por motivo de interesse público quanto a disponibilidade
compulsória correrão em segredo de justiça perante o Órgão Especial.
A disponibilidade compulsória, com vencimentos proporcionais, será aplicada
ao magistrado que revelar desídia habitual no exercício de suas funções, praticar atos
de notória incontinência pública ou incompatíveis com o decoro do cargo, ou quando
ocorrer qualquer outro motivo de interesse público.
O magistrado poderá ser afastado das funções, sem prejuízo de seus
vencimentos, no curso de um processo disciplinar.
A aplicação de uma pena disciplinar a um magistrado não impede que lhe seja
instaurado um processo criminal quando se verificar também a prática de uma
infração penal.
DISPOSIÇÕES GERAIS
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- nos dias declarados como de ponto facultativo nas repartições
estaduais;
- 2ª e 3ª-feira da semana do Carnaval;
- 5ª e 6ª-feira da Semana-Santa;
- nos feriados nacionais, estaduais e nos municipais (sede das respectivas
Comarcas);
- no período de 20 de dezembro a 6 de janeiro, inclusive. (Recesso de
final de ano);
AGRADECIMENTO
Agradeço a vocês candidatos a cargos no Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro por terem
acreditado neste trabalho, especialmente aqueles que assistiram as aulas de Organização Judiciária no
Curso Êxito, na Av. Viicente de Carvalho, na Cidade do Rio de Janeiro. Esperamos que este trabalho incentive
vocês concursandos a acreditar que não é difícil assimilar os dispositivos do CODJERJ. Lembramos a todos
que a leitura reiterada de todo o Código é indispensável e que este "resumão" tem por fim fixar os tópicos
essenciais.
Um forte abraço em todos e até a posse, quando então teremos o prazer de parabenizar os mais
novos integrantes da Justiça do Estado do Rio de Janeiro.
Não percam também os "resumos" do Estatuto dos Func. Públicos do Estado e dos artigos 49/97 da
Resolução nº. 5 do CODJERJ.
Paulo Rodolfo Kraft. Agosto de 2001.
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