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FATEB – FACULDADE DE TELÊMACO BORBA

CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA COM


ÊNFASE EM FABRICAÇÃO DE CELULOSE E PAPEL

TIPOS DE PAPÉIS

Telêmaco Borba - PR
Abril - 2010
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JEFFERSON LUIZ LOPES
JORGE LUÍS DE SOUZA
JOSÉ LUÍS F. VERNER
MARCELO LUIZ FERREIRA

TIPOS DE PAPÉIS

Trabalho realizado na disciplina de Processos de


Fabricação de Papel, do curso de Engenharia
Química da Faculdade de Telêmaco Borba –
FATEB, como requisito parcial para à aprovação
da disciplina.

Professor: Alexandre Augusto de Andrade

Telêmaco Borba - PR
Abril – 2010

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ------------------------------------------------------------------------------- 03

2. PAPÉIS PARA EMBALAGENS ------------------------------------------------------------ 04

3. PAPÉIS PARA IMPRIMIR E ESCREVER ------------------------------------------------- 11

4. PARA FINS SANITÁRIOS ------------------------------------------------------------------- 25

5. PAPÉIS PARA PAPELÃO ONDULADO, CARTÕES E CARTOLINAS ------------- 30

6. PAPÉIS ESPECIAIS ------------------------------------------------------------------------- 39

7. CONCLUSÃO --------------------------------------------------------------------------------- 42

LISTA DE FIGURAS ---------------------------------------------------------------------------- 43

LISTA DE TABELAS ---------------------------------------------------------------------------- 45

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS --------------------------------------------------------- 46

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1. INTRODUÇÃO

Quando o Chinês T’sai Lun inventou o papel em 105 D.C., não imaginou
que estaria entrando para historia com uma das descobertas mais importantes da
humanidade, pois hoje o papel, seja qual for o tipo, é quase que indispensável para
à vida pessoal e profissional de qualquer pessoa.
Ao mencionarmos Tipos de Papeis, estamos nos referindo aos mais
diversos modelos, formatos, cores, utilização, e essa vai ser a linha principal deste
trabalho.

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2. PAPEIS PARA EMBALAGENS

Quando citamos papeis para embalagem, estamos nos referindo à uma série
de papeis utilizados para proteger objetos, alimentos, e esses devem ter como
característica principal à sua resistência mecânica quando utilizado em embalagens
pesadas.
Nesta categoria de papel, são realizados alguns testes obrigatórios que veremos à
seguir.
¾ Gramatura e Espessura : Os perfis de gramatura e espessura deve ser
uniforme, sem irregularidades, pois afetam diretamente as propriedades
ópticas e mecânicas do papel;
¾ Resistência à Tração : É relacionada com a durabilidade e uso do papel, por
exemplo em papeis de embalagem, onde são aplicados forças de tensão
direta. Quando se deseja uma maior resistência à tração, geralmente
aumenta-se a carga de refino e reduz-se a aplicação de cargas minerais;
¾ Resistência ao Rasgo : É diretamente afetada pelo comprimento das fibras e
as ligações entre as fibras. As fibras longas possuem uma maior resistência
ao rasgo, pois distribuem os esforços sofridos entre um maior número de
ligações entre as fibras. Este tipo de teste é muito utilizado na fabricação de
papel para sacos, etiquetas, etc;
¾ Teste de Formação : A distribuição das fibras na saída da caixa de entrada é
o fator primordial para se obter uma ótima formação, por isso, busca-se
trabalhar com uma relação jato/tela maior, principalmente quando se utiliza
fibras longas;
¾ Resistência ao Estouro : É definida como a pressão necessária para produzir
o arrebentamento do material, ao se aplicar uma pressão uniformemente
crescente, transmitida por um diafragma elástico, de área circular.A medição
da resistência independe da direção de fabricação do material, pois a força
transmitida pelo diafragma é perpendicular à superfície do corpo de prova, o
esforço ao qual o material está submetido simula o emprego prático do papel,
em forma de sacos, papel de embrulho e outros;

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¾ Tensão de Rebobinamento : Procura-se manter constante para evitar a
deformação do papel, pois o papel resiste ao seu ponto de elasticidade e
deforma no seu ponto de plasticidade;
¾ Ausência de Encrespamento: Uma das propriedades mais importantes, pois
atualmente o mercado exige boa aparência para comercialização. Como
forma de evitar esse problema, trabalha-se com uma secagem mais uniforme,
com umidade mais baixa possível, atentando-se para que isso não afete às
resistências mecânicas do papel e também procura-se uma melhor formação
da folha.
Os papeis de embalagem são classificados nas seguintes formas:

2.1. Estiva e Maculatura


Papel fabricado essencialmente com aparas, em cor natural, acinzentada,
geralmente nas gramaturas de 70 à 120 g/m² (Figura 01 e02).
Usados para embrulhos que não requerem apresentação, tubetes.

Figura 01 – Papel Estiva – Fonte: www.papeissantamaria.com.br - 2010

Figura 02 – Papel Maculatura – Fonte: www.papeissantamaria.com.br - 2010

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2.2. Manilhinha ou Padaria
Papel fabricado com aparas, polpa mecânica ou semiquímica, em geral nas
gramaturas de 40 à 45 g/m², monolúcidos ou não, geralmente na cor natural e em
folhas dobrabadas. Seu principal uso é em padarias (Figura 03).

Figura 03 – Papel Manilhinha – Fonte: Fonte: www.papeissantamaria.com.br - 2010

2.3. Manilha (HD)


Papeis fabricados com aparas, polpa mecânica e/ou semiquímica, em geral
nas gramaturas de 40 à 100 g/m², monolúcidos em cores características ou cor
natural. Seu principal uso, são em lojas, indústrias e congêneres (Figura 04).

Figura 04 – Papel Manilha – Fonte: www.casadoplastico.com – 2010

2.4. Papel Tecido ( Textile Wrapping Paper)


Papel para embalagem, fabricado com polpa química e polpa mecânica ou
aparas limpas, nas gramaturas de 70 à 120 g/m², com boa resistência mecânica e
geralmente nas cores creme, bege e azul (Figura 05).
É utilizado principalmente para embrulho de tecidos e na fabricação de envelopes.

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Figura 05 – Papel Tecido/Envelope – Fonte: www.casadoplastico.com – 2010

2.5. Papel Strong (Strong Paper)


Papel de embalagem, fabricado com polpa química geralmente sulfito e ou
aparas e ou polpa mecânica, nas gramaturas de 40 à 80 g/m², geralmente
monolúcido, branco ou em cores claras (Figura 06).
Seu uso principal, fabricação de sacos de pequeno porte, forro de sacos e para
embrulhos.

Figura 06 – Papel Strong Branco – Fonte:www.riolindoembalagens.com.br – 2010

2.6. Papel Fósforo (Match Box Cover Paper)


Papel para embalagem, essencialmente fabricado com polpa química, com 40
g/m² monolúcido ou não, na cor azul característica (Figura 07).
Utilizado principalmente para forrar caixas de fósforos.

Figura 07 – Papel Fósforo – Fonte:www.danielamariamartins.blogspot.com – 2010

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2.7. Papel Seda (Tissue Paper)
Papel para embalagem, fabricado com polpa química branqueada ou não,
com 20 à 27 g/m², branco ou em cores (Figura 08).
Usado para embalagens leves, embrulhos de objetos artísticos, intercalação,
enfeites, proteção de frutas, etc.

Figura 08 – Papel Seda – Fonte: www.riodlindoembalagens.com.br– 2010

2.8. Papel Impermeável (Waterproof Paper)


Papel para embalagem, com baixa permebealidade a substâncias gordurosas.
São classificados como :
¾ Glassine, Cristal ou Pergaminho : Papel fabricado com polpa química
branqueada, trabalhada com elevado grau de refinação, para que em
conjunto com a supercalandragem obtenha sua característica típica, que é a
transparência (Figura 09). Quando tornado opaco com cargas minerais,
adquire aspecto leitoso translúcido. Fabricado apartir de 30 g/m² e com
impermeabilidade elevada. Usado essencialmente para embalagens de
alimentos, base de papel auto-adesivo, proteção de frutas nas árvores, etc.

Figura 09 – Papel Glassine – Fonte: www.riodlindoembalagens.com.br– 2010

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¾ Granado : Papel similar ao Glassine, porém com menor transparência e
impermeabilidade que estes, devido à presença de outras polpas. Fabricado
em várias cores (Figura 10).

Figura 10 – Papel Granado – Fonte: www.riodlindoembalagens.com.br– 2010

¾ Fosco : Papel de baixa impermeabilidade, fabricado com polpa química,


geralmente a partir de 40 g/m², translúcido,sem supercalandragem, de
coloração natura (Figura 11). Usado para desenho, embalagem descartável
para alimentos, etc.

Figura 11 – Papel Fosco – Fonte: www.riodlindoembalagens.com.br– 2010

2.9. Papel Kraft (Kraft Paper)


Papel para embalagem, cuja característica principal é a sua resistência
mecânica. Se classificam como:
¾ Kraft Natural para Sacos Multifolhados: Papel fabricado com polpa química
sulfato não branqueada, essencialmente de fibra longa, geralmente nas
gramaturas de 80 à 90 g/m² (Figura 12). Altamente resistente ao rasgo e com
boa resistência ao estouro, seu uso principal são para sacos e embalagens
industriais de grande porte.
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Figura 12 – Kraft para Sacos Multifolhados – Fonte:www.sandraembalagens.com.br – 2010

¾ Kraft Extensível : Fabricado com polpa química sulfato ou soda não


branqueada, essencialmente de fibra longa, geralmente nas gramaturas de 80
à 100 g/m² (Figura 13). Altamente resistente ao rasgo e a energia absorvida
na tração. Possui alongamento no sentido longitudinal maior ou igual a
8%.Usado para embalagem de sacos de papel.

Figura 13 – Kraft Extensível – Fonte: www.sandraembalagens.com.br – 2010

¾ Kraft Natural ou em cores para outros fins : Fabricado com polpa


químicasulfato, não-branqueada, essencialmente de fibra longa, geralmente
com 30 a 150 g/m² (Figura 14), monolúcido ou alisado, com características de
resistência mecânica similar ao"kraft natural para sacos multifolhados". Usado
para a fabricação de sacos depequeno porte, sacolas e para embalagens em
geral.

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Figura 14 – Kraft Natural – Fonte: www.sandraembalagens.com.br – 2010

¾ Kraft Branco ou em cores : Fabricado com polpa química sulfato


branqueada,essencialmente de fibra longa, geralmente com 30 a 150 g/m²,
monolúcido ou alisado (Figura 15). Usado como folha externa em sacos
multifolhados, sacos de açúcar e farinha, sacolas e, nas gramaturas mais
baixas, para embalagens individuais de balas etc.

Figura 15 – Kraft Branco – Fonte: www.riorealpapelarias.com.br/images – 2010

3. PAPEIS PARA IMPRIMIR E ESCREVER

Os papéis de imprimir e escrever são usados para jornais, revistas, catálogos,


livros, impressão comercial, como também para impressão laser e digital.
Respondem por aproximadamente 30% do mercado de papel e cartão do mundo. As
variações regionais originam dos diferentes mercados e de mercados de uso final
diferentemente desenvolvido como também do ambiente empresarial. É um tipo de

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papel que possui grande valor agregado, e com isso desperta interesses de
empresas papeleiras.
Abaixo na Tabela 01, é mostrado o histórico de produção no Brasil de papel de
imprimir e escrever
Tabela 1: Histórico de produção dos papéis para imprimir e escrever no Brasil,
em 1000 toneladas.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Par termoelétrico e junções.

[Fonte: Bracelpa, 2009]

Na Figura 16, é mostrado o histórico de evolução da produção no Brasil de papeis

de imprimir e escrever.

Histórico de Evolução da Produção de Papeis para Imprimir e Escrever

Figura 16 – Histórico de Evolução da produção no Brasil de papeis de imprimir e escrever – Fonte:


Bracelpa – 2010

As principais preocupações dos fabricantes de papel de imprimir e escrever são as


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evoluções eletrônicas, principalmente a internet juntamente com o apelo ambiental.

Os maiores produtores desses tipos de papéis, são da Escandinávia, America do

Norte e Japão.

As principais propriedades físico-químicas dos papeis de imprimir e escrever

são demonstrados abaixo.

Dureza e compressibilidade;
Estabilidade dimensional;
Colagem interna (Cobb Tester);
Formação;
Umidade;
Absorvência;
Acidez e alcalinidade;
Direcionalidade (Cross Direction e Machine Direction);
Limpeza superficial;
Planicidade;
Resistência à formação de bolhas;
Resistência à tração;
Resistência à úmido;
Resistência ao rasgo interno e inicial;
Dupla face;
Resistência ao arrancamento superficial (IGT e Dinnison);
Resistência à dobras duplas;
Alongamento;
Resistência ao arrebentamento (Mullen Tester);
Resistência à abrasão;
Resistência ao deslizamento;
Rigidez à flexão;
Resistência à água;
Permeabilidade ao vapor d’água;
Permeabilidade às graxas;
Resistência à luz;
Resistência ao calor;
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Lisura superficial;
Alvura e opacidade;
Brilho.
Em papéis para impressão a superfície a ser impressa deve apresentar uma
melhor uniformidade possível. Para se obter uma impressão com qualidade devem-
se levar em conta algumas medidas como: lisura, porosidade e propriedades
ópticas. Dentre os principais testes aplicados, devem-se garantir as seguintes
condições:
Bom perfil de gramatura e espessura: sendo muito importante, pois variações de
gramatura afetaria o perfil de espessura e umidade; gerando problemas no processo
de impressão;
Umidade mais uniforme possível: uma umidade mais alta possível (dentro dos
padrões), promove um melhor acabamento no papel, como lisura, absorção de tinta
e estabilidade dimensiona;
Resistência ao arrancamento mais alto possível: quanto maior a resistência ao
arrancamento, menor será a tendência de arrancamento de fibras ou cargas
prejudicando a qualidade da impressão;
Boa formação: uma boa distribuição das fibras é muito importante para papéis de
impressão;
Absorção Cobb mais baixo possível: deve ser mais baixo possível pois está
relacionado com absorção de tinta durante a impressão, deve absorver somente o
necessário para que a tinta fique na superfície do papel;
Papel mais liso possível: a lisura influencia na aparência e na qualidade de
impressão do papel;
Ausência de encanoamento após o corte: o papel não deve apresentar
encanoamento, ou seja, a folha deve ser plana para um bom andamento das
máquinas e boa qualidade de impressão, um papel encanoado dificulta a secagem
da tinta de impressão;
Propriedades ópticas dentro dos padrões estabelecidos pelos clientes: os testes
de cor devem estar nos padrões para manter um melhor acabamento visual.

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3.1. Papeis Acetinados (Satined)
Este tipo de papel caracteriza-se pelo acabamento, com brilho em ambas as
faces, sem revestimento couché, resultado do processamento em supercalandra.
Fabricados com celulose branqueada, com adição de carga mineral na ordem de 10
a 15% de cinzas, bem colado, acabamento supercalandrado. É empregado em
maior escala para impressão tipográfica comercial de uso geral, e em menor escala
para impressão em offset, para a confecção de impressos, catálogos, folhetos, livros
e revistas(Figura 17). É usado, também, na fabricação de embalagens, às vezes
impresso em rotogravura, quando depois é laminado, colado ou impregnado com ou
em outros materiais. No primeiro caso é comercializado na revenda ou diretamente
às gráficas e editoras, principalmente nos formatos 66 x 96 e 76 x 112 cm, nos
pesos padrões de 50 a 120 g/m² e no segundo caso em bobinas diretamente aos
conversores.

Figura 17 – Papel Acetinado – Fonte: blogdojorlis.wordpress.com/.../tipos-de-papel/– 2010

3.2. Papel Ilustração (Rotogravure Paper)


Papel acetinado, fabricado essencialmente com polpas branqueadas, com
carga mineral geralmente superior a 10%. Esta pratica provoca uma absorção de
tinta maior que a do acetinado de primeira supercalandrado, que é usado para a
impressão de revistas e similares, especialmente em rotogravura, como também
para impressão tipográfica, sobretudo quando existem clichês, livros, catálogos,
folhetos e similares (Figura 18). É comercializado em formatos através da revenda,
principalmente 66 x 96, 76 x 112 e 87 x 114 cm, de 75 a 120 g/m², e também
diretamente pelas fábricas às gráficas e editores de livros e revistas.

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Figura 18 – Papel Ilustração– Fonte:www.rotogravura.com – 2010

3.3. Papel Biblia (Biblie Paper)


Papel fabricado com polpa química branqueada, gramatura máxima de 50
g/m², com alto teor de carga mineral e opacidade elevada (Figura 19). Usado para
impressão de bíblias e similares, pode conter ou não linhas d’água.

Figura 19 – Papel Biblia – Fonte:www.livrariasol.com.br– 2010

3.4. Papel Bouffant (Veter Paper)


Bouffant de 1ª: Papel fabricado essencialmente com polpa químico
branqueada, não colado, com alta carga mineral (mais de 10%), bem encorpado e
absorvente. Usado para impressão de livros, serviços tipográficos e cópias
mimeográficas, podendo ter ou não linhas d'água (Figura 20). É comercializado pela
revenda e diretamente às gráficas e editoras, principalmente nos formatos 87 x 114
cm, 66 x 96 cm, 76 x 112 cm, e 67 x 90 cm, de 63 a 110 g/m².

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Figura 20 – Papel Bouffant – Fonte: www.riorealpapelarias.com.br/images – 2010

3.5. Papel Couché (Coated Paper)


Papel para a impressão, que possui o máximo das qualidades necessárias
para a reprodução perfeita de clichês, resultante de seu revestimento com cargas
minerais em uma ou duas faces. É o nome genérico dado aos papéis revestidos com
uma camada de adesivo e pigmento, utilizados principalmente em impressão (Figura
21). A fabricação nacional é pequena em relação ao volume consumido.
Normalmente são fabricados duas classes distintas, uma para impressão em offset e
outra para tipografia. A comercialização é feita diretamente pelos fabricantes com as
gráficas e editoras, e também através da revenda, principalmente no formato 66 x 96
cm.

Figura 21 – Papel Couché – Fonte: www.storaenso.com – 2010

Classificam-se em:
¾ Base para Couché: Nome genérico dado a todos os papéis fabricados
para serem revestidos em operação de acabamento fora da máquina de

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papel. Abrange uma variedade grande de papéis, com diferentes
formulações e pesos, os mais comuns a base de celulose branqueada,nos
tipos inferiores com a inclusão de polpa mecânica de boa qualidade;
¾ Couché Fora de Máquina: Papel "Base para Couché" (suporte) revestido
com cargas minerais aglutinadas com colas, em uma ou nas duas faces,
na máquina de revestir;
¾ Couché de Máquina: Papel fabricado e revestido totalmente na própria
máquina de papel, em uma ou nas duas faces;
¾ Couché L1: Papel com revestimento Couché brilhante em um lado.
Policromia. Suas aplicações são sobre capas, folhetos e encartes;
¾ Couché L2: Papel com revestimento Couché Brilhante nos dois lados.
Policromia. Suas aplicações são em livros, revistas, catálogos e encartes;
¾ Couché Monolúcido: Papel com revestimento couché brilhante em um
lado. Mas liso no verso para evitar impermeabilidade no contato com a
água ou umidade. Suas aplicações são em embalagens, papel fantasia,
rótulos, outdoors, base para laminação e impressos em geral.
¾ Couché Matte: Papel com revestimento couché fosco nos dois lados. Suas
aplicações são em impressão de livros em geral, catálogos e livros de arte.
Os papéis couché de polpa mecânica engloba um grupo grande e crescente de
papéis de imprimir, onde a matéria-prima básica consiste principalmente de polpa
mecânica de alta qualidade e polpa química de fibra longa usada para dar maior
resistência ao papel. Papéis couché com alta e média gramatura são classificados
como HWC e MWC respectivamente e também são disponível em folhas. A Figura
22 mostra a classificação relativas dos papéis couché, em função da gramatura e
alvura.

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Figura 22: Classificação dos papéis Couché de acordo com a gramatura e alvura segundo a TAPPI
[Fonte: Fapet, 2000].

3.5.1. Papel LWC Standard (Couché de Baixa Gramatura Padrão)


Papel de LWC pode ser definido como papel couché de baixa gramatura ou
papel couché light onde a gramatura da camada de coating varia de 5 a 12
g/m²/face. Os usos típicos para os papéis LWC são revistas, catálogos,
suplementos, e impressão comercial (Figura 23). A Figura 24 mostra os usos típicos
de papel couché na Europa Ocidental e nos Estados Unidos, respectivamente (2).

Figura 23 – Papel LWC– Fonte: www.storaenso.com – 2010

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A gramatura do papel LWC para offset (LWCO) varia de 39 a 80 g/m² e para
rotogravura (LWCR) de 35 até 80 g/m². Em papéis LWCO de 60 g/m², a alvura ISO é
maior que 72% até 76%. Outras propriedades importantes são a lisura com
tendência a mínima aspereza quando ocorre a secagem da tinta de impressão.
Rigidez adequada também é importante para papéis LWCO. Excelente lisura e
compressibilidade são importantes para papéis LWCR. A bobina para rotogravura
maior hoje é de aproximadamente 3,6 m de largura, e 1,35 m de diâmetro, e pode
pesar até 7 toneladas.
A composição destes papéis inclui 50%-70% de polpa mecânica, polpa de pedra
(GW ou PGW), ou polpa termomecânica ou quimotermomecânica (TMP ou CTMP),
e 30%-50% de polpa química. Contêm de 4%-10% pigmentos na composição. O
conteúdo de pigmento total varia de 24% a 36%. Pigmentos de carga mineral típicos
são caulim, talco, e também o carbonato de cálcio (CaCO3) no caso de um processo
neutro. Os pigmentos de camada mais comuns são caulim ou caulim e CaCO3 para
papéis para offset e caulim ou caulim e talco para papéis para rotogravura.
Pigmentos especiais também são usados como minerais adicionais para dar
opacidade e alvura extra, como também pigmentos plásticos para melhorar a lisura.
A tecnologia de coating freqüentemente mais usada para papéis LWC é coating de
lâmina. Um das duas técnicas principais no uso de coating de lâmina é aplicadores
curto de tempo estendido (SDTA) - estes foram introduzidos no inicio dos anos
oitenta, com as mais recentes modificações em meados dos anos noventa. Uma
nova geração de coaters de jato livre foi introduzida em meados dos anos noventa
para máquinas de alta velocidade. A Figura 24 mostra alguns conceitos de
revestimento coating para couché papéis de imprimir e escrever. Coating na
máquina (on-machine) é o modo mais comum de produção de LWC hoje. O papel
LWC é normalmente pré-calandrado antes do coating para estabilizar a densidade e
reduzir a aspereza e porosidade.

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Figura 24: Conceitos de coating para diferentes tipos de papel couché [Fonte: Fapet, 2000].

3.5.2. Papeis ULWC (Ultraligth Weight Coated Papers)


Os papéis couché ultraleve (ULWC), também são conhecidos como papéis de
gramatura leve, são usados na Europa para rotogravura e impressão de catálogos e
nos Estados Unidos para impressão offset de revistas. A gramatura normalmente
varia de 35 a 48 g/m² e a alvura ISO neste papel é em torno de 69%.

3.5.3. Papéis MWC (Medium Weight Coated Papers)


Os papéis couché de gramatura média (MWC) possuem gramatura da
camada de coating entre 12 a 25 g/m²/face (2). Uma estrutura superficial mais
homogênea conduz a uma lisura maior. Eles são usados para revistas de interesse
especiais de alta qualidade como anúncios, mas também para catálogos, mala
direta, e para outras propagandas.

3.5.4. Papéis HWC (High Weight Coated Papers)


Os papéis couché de alta gramatura (HWC) diferem de outros papéis couché,

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devido a maior gramatura de camada de coating presente. São produzidos com
gramaturas de 100 a 135 g/m², e eles competem com os papéis couché finos para
aplicação em revistas de alta qualidade, catálogos, como também na área de
propaganda direta. Os papéis HWC podem ter camada dupla ou tripla de coating.

3.6. Papel Imprensa e Jornal (Newsprint)


O papel Imprensa é fabricado com celulose sulfito não branqueada ou sulfato
semi-branqueada e 70% ou mais de polpa mecânica, acabamento liso na máquina,
com peso de 45 a 55 g/m² (Figura 25). Marcado com ou sem linhas d’água no
padrão fiscal, com ou sem colagem superficial, geralmente em bobinas, usado para
jornais, revistas e similares.
O papel Jornal é um papel para impressão, similar ao imprensa, porém sem
limitação de gramatura alisado ou monolúcido. Fabricado com celulose sulfito não
branqueada ou sulfato semi-branqueada, com elevada percentagem de polpa
mecânica e/ou aparas limpas. usado principalmente em serviços de qualidade
inferior para impressão tipográfica comercial de uso geral.

Figura 25 – Papel Jornal – Fonte: www.norskeskog.com – 2010

3.7. Papel Monolúcido (MG Paper)


Caracterizado pelo brilho em uma de suas faces, obtido em máquinas
dotadas de cilindro monolúcido (Figura 26).
Papel fabricado com polpa química branqueada, mecânica ou aparas, com brilho em
uma das faces, com adição de carga mineral na ordem de 10 a 12%, bem colado,
acabamento supercalandrado em uma das faces usado em flexografia, na confecção
de rótulos, cartazes, capas, impressos, sacolas, papéis fantasia, sacos e
embalagens, neste último caso isolado ou laminado, colado e impregnado com ou
em outros materiais, tais como plástico, celofane, alumínio, etc. Comercializado
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através da revenda nos formatos 66 x 96 e 76 x 112 cm, nos pesos padrões de 50
g/m² para cima, e em bobinas e formatos diversos diretamente às gráficas e
consumidores industriais.

Figura 26 – Papel Monolúcido – Fonte:www.kalunga.com.br– 2010

3.8. Offset (Offset Paper)


Papel para a impressão, fabricado essencialmente com polpa química
branqueada com elevada resistência superficial e bem colado, carga mineral entre
10 a 15% de cinzas, normalmente com colagem superficial a base de amido, usado
principalmente para serviços de impressão pelo processo offset, para revistas, livros,
folhetos, cartazes, selos, etc. É comercializado em maior escala em formatos,
diretamente às gráficas de maior porte e editores, neste último caso com linhas
d’água, e em menor escala através da revenda, nos formatos 87 x 114, 66 x 96 e 76
x 112 cm, geralmente de 60 a 150 g/m² (Figura 27). Alguns fabricantes fazem um
produto mais qualificado, geralmente mais branco, dando um nome comercial
específico.
Os papéis tipo Offset consistem em uma grande variedade de papéis de final de
máquina com vários usos finais. Por exemplo, papéis offset com 70 a 90 g/m² são
usados para impressão comercial, livros, revistas e catálogos. Embora 85% destes
papéis são vendidos em folhas, eles também estão disponíveis em bobinas.

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Figura 27 – Papel Offset – Fonte: www.kalunga.com.br – 2010

3.9. Apergaminhado (Bond Paper)


Conhecido também como papel sulfite é fabricado com celulose branqueada,
com a adição de carga mineral, na ordem de 10 a 15% de cinzas, bem colado,
acabamento alisado, para uso comercial e industrial em finalidades as mais
variadas, principalmente de escrita, tais como, cadernos, envelopes, almaços, mas
também para impressos em geral, formulários contínuos, etc (Figura 28). O volume
deste papel fabricado no país é quase igual a todos os outros papéis de escrever e
imprimir juntos. Sua maior comercialização é através da revenda, nos formatos 66 x
96 cm e 76 x 112 cm, nos pesos padrões, partindo de 16 quilos, principalmente 16,
18, 20, 24, 30 e 40 quilos (8). Para cadernos é vendido diretamente das fábricas aos
caderneiros, nos formatos 64 x 92 cm, 63 x 90 cm e outros formatos próximos,
também em bolinhas para as máquinas de grande produção. Os consumidores
industriais e as gráficas de maior porte compram diretamente das fábricas em
formatos e bobinas variados.

Figura 28 – Papel Apergaminhado – Fonte: www.kalunga.com.br – 2010

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4. PAPEIS PARA FINS SANITÁRIOS (TISSUE PAPER)

O termo "tissue" descreve os produtos fabricados com baixa gramatura, crepe


seco e alguns papéis não crepados, como papel higiênico, toalhas de cozinha,
lenços de papel, papel facial, guardanapos, toalhas, etc. A origem das fibras pode
ser fibras virgem ou fibras recicladas.
Propriedades dos papéis tissue importantes são a absorção de energia elástica,
juntamente com uma boa flexibilidade, maciez superficial, bulk e alta capacidade
para absorção de líquidos.
O maior e mais importante uso para papéis tíssue é para produtos de higiene, tais
como:
¾ Papéis Higiênicos;
¾ Toalhas de Cozinhas;
¾ Toalhas de Papel de Folhas Duplas;
¾ Lenços de Papel;
¾ Guardanapos de Mesa;
¾ Tecido Facial;
¾ Fraldas Descartáveis;
¾ Papel Hospitalar;
¾ Guardanapos Sanitários;
¾ Toalhas Refrescantes.

Os papéis tissue são usados para a produção de uma enorme quantidade de


produtos, e as exigências de qualidade variam de acordo com o propósito do
produto e as expectativas do consumidor. Em alguns produtos, a maciez pode ser a
propriedade fundamental, enquanto em outros pode ser a resistência. Em algumas
situações, o produto precisa ser absorvente a água, em outras talvez óleo.
As propriedades físicas que determinam a qualidade de um papel tissue são o
volume (bulk), a maciez e a capacidade de absorção. De acordo com essas
características, o papel pode ser classificado em três categorias de qualidade de
acordo com os diferentes requisitos dos mercados tissue no mundo: convencional,
intermediaria e premium.
As principais exigências de qualidade que podem ser medidas no papel tissue são:

25
¾ Gramatura;
¾ Absorção;
¾ Maciez;
¾ Espessura (Bulk);
¾ Resistência à tração
¾ Alvura;
¾ Crepe, elongação;
¾ Aparência.
Essas características podem variar de acordo com o produto, porem pode-se
considerar como características básicas as seguintes propriedades:
Formação: Uma boa formação é extremamente importante para garantir
uniformidade do perfil transversal da folha de papel;
Gramatura: normalmente, no Brasil utiliza-se gramatura de 18 a 20 g/m² para papéis
higiênicos, de 30 a 40 g/m² para papéis toalha e de 16 a 20 g/m² para toalhas de
folha dupla e guardanapos, variações podem ser encontradas de acordo com o
fabricante.
Umidade: deve ser controlado mantendo um teor de umidade entre 7,0 e 8,5%, para
um melhor runnability (maquinabilidade) do processo. Um teor de 5,0 a 6,5%,
garante a folha características de aspereza, baixa maciez superficial além de
prejudicar intrinsecamente a crepagem. E uma umidade muito elevada, entre 9,0 a
10,5%, reduz diretamente as resistências à tração e alongamento da folha,
prejudicando também a conversão do papel;
Resistência à tração: importante para evitar a capacidade do papel em suportar
esforços no rebobinamento e durante sua aplicação;
Alongamento: características muito utilizado para se avaliar a qualidade dos papéis
tissue, estando diretamente relacionado com a crepagem;
Maciez (superficial e volumétrica): propriedade que confere aos papéis
características agradáveis de tato e sensação de maciez, como para a aparência do
produto;
Resistência à umidade: importante para aplicação do papel, garantindo que o
mesmo não se desmanche, em contato com a umidade;
Bulk (volume específico): é o grau de compressibilidade do papel. Esta relacionado
com todas as propriedades do papel (mecânicas e ópticas);

26
Crepagem: é calculado em função da porcentagem de crepe, que é a relação entre a
velocidade do cilindro secador Yankee e a velocidade da enroladeira.

4.1. Papel Higiênico (Toilet Paper)


O papel higiênico na Europa Ocidental, é responsável por 50% do consumo
de papéis tissue. Na América do Norte, o consuma é acima de 80%.
A gramatura dos papéis tissue de banheiro (papel higiênico) pode variar de 14 a 22
g/m². Os papéis higiênicos podem ser fabricados com uma, duas, três, ou até quatro
camadas. A largura de um rolo (largura de folha) pode ser de 100 a 115 mm, e o
comprimento da folha de 90 a 150 mm.
A composição do papel higiênico varia de 100% fibra primária (polpa química) a
100% fibra reciclada (aparas). O papel pode ser liso ou gofrado com relevos,
colorido ou branco. Há muitas variações na composição de matéria-prima, cor, e tipo
de gofrado (desenho em relevo), dependendo do país e mercado em questão.

Figura 29 – Papel Higiênico – Fonte: www.ouroverdepapeis.com.br – 2010

Papel para fim especifico. Nome dado aos papéis de finalidade específica para uso
sanitário. Os tipos melhores são fabricados com celulose branqueada, e nos
inferiores usam-se aparas jornal e/ou polpa mecânica. Acabamento é sempre
crepado, a gramatura do produto pronto oscila em até 35 g/m².
Os tipos melhores são apresentados com folhas duplex. Quanto à qualidade,
diferenciam-se vários subgrupos, conforme a seguir:
Popular : papel fabricado com polpa química não-branqueada e/ou polpa mecânica,
e/ou aparas de papéis recicláveis, em folha única, natural ou em cores, na
gramatura em torno de 20 a 35 g/m².
Especial: papel fabricado com polpa química branqueada e aparas de boa qualidade
tratadas quimicamente, macio em folha única, branco ou em cores, na gramatura de
27
16 a 22 g/m².
Folha Dupla: papel fabricado com polpa química branqueada, incluindo ou não
aparas de boa qualidade e tratadas quimicamente, macio, nas gramaturas de 16 a
18 g/m², para uso em folha dupla branco ou em cores.

4.2. Papel Toalha (Towel Paper)


As toalhas de cozinha são o segundo maior produto para o setor consumidor.
O consumo varia muito de um país a outro, mas está bem abaixo do consumo dos
papéis higiênicos. As folhas são 220 a 280 mm de largura e 250 a 280 mm de
comprimento (Figura 30). A maioria das toalhas de cozinha são de folha dupla. Mais
que duas folhas são raro, mas algumas toalhas são feitas com uma folha. A
composição dos papéis toalha pode variar de 100% fibra de polpa química a 100%
fibra reciclada. Devido às exigências de resistência, a polpa da qual são feitas as
toalhas de cozinha normalmente contém alguma fibra primária, pelo menos, polpa
química. Resina de resistência à úmido é somada para adicional melhoria da
resistência mecânica do papel. É importante para os papéis toalha de cozinha terem
alta absorvência, e por isto eles possuem desenhos em relevo.
São Papéis fabricados para fim especifico, natural ou em cores, nas gramaturas
entre 20 e 50 g/m². Usado em folha única ou dupla. São os produtos fabricados
especificamente para uso em toilette, crepados, os de melhor qualidade são feitos
com celulose branqueada, e apresentados em caixas adequadas em folhas de 22 x
23 cm. Os de qualidade inferior são feitos com celulose não branqueada e polpa
mecânica, e apresentados em bobinas de 25 e 75 cm, ou em folhas dobradas de 23
x 22 cm, em gramaturas em torno de 46 g/m². São comercializados para
distribuidores especializados, os primeiros atingidos as perfumarias, farmácias e
supermercados, e os segundos colocados pelos distribuidores nos consumidores.

Figura 30 – Papel Toalha – Fonte: www.ouroverdepapeis.com.br – 2010

28
4.3. Guardanapos (Napkin Paper)
Papel crepado ou não ( Figura 31), fabricado com polpa química branqueada,
incluindo ou não aparas de boa qualidade tratadas quimicamente para fim
específico, nas gramaturas de 18 a 25 g/m², para uso em folha única ou dupla,
branco ou em cores.
São produzidos guardanapos de mesa com um, dois, três, ou quatro camadas.
O tamanho e tipo de dobra variam muito - de guardanapos de xícara de café
pequenos para guardanapos de mesa grandes para festas e jantares.
Podem ser escolhidos guardanapos de mesa para decoração, possuindo assim
muitas cores e padrões. Os papéis tissue para guardanapos de mesa podem ser
tingidos em cores. Como em outros produtos tissue, podem variar a composição da
matéria-prima tremendamente. Os guardanapos de alta qualidade têm um conteúdo
alto de polpa química juntamente com fibra reciclada selecionada ou tratada.

Figura 31 – Papel Guardanapos – Fonte: www.ouroverdepapeis.com.br – 2010

4.4. Lenços de Papel (Facial Paper)


Papel com polpa química branqueada, incluindo ou não aparas de boa
qualidade tratadas quimicamente, nas gramaturas de 14 a 18 g/m², para uso em
folhas múltiplas na confecção de lenços faciais e de bolso, branco ou em cores
(Figura 32).
Os lenços de papel são fabricados com a mais baixa gramatura (14-18 g/m²). A
superfície é freqüentemente mais calandrada. O lenço de papel é normalmente de
folha dupla possuindo até três folhas. Por causa das exigências de alta qualidade, a
matéria-prima aplicada é polpa química branqueada e fibra reciclada selecionada.
Os lenços de papel são dobrados no formato quadrado (o modo tradicional) no
tamanho de bolso. Para lenços quadrados, os ranges de tamanho da folha são de
25 cm x 25 cm e 29 cm x 29 cm.
29
Lenços de papel e os lenços faciais são usados de modos diferentes em países
diferentes. Consumo de lenço de papel é alto em países como a Alemanha e
Finlândia, considerando que o lenço facial é um produto de grande volume de
consumo em países como Estados Unidos e Inglaterra.

Figura 32 – Lenços de Papel – Fonte: www.mili.com.br – 2010

5. PAPEIS PARA PAPELÃO ONDULADO, CARTÔES E CARTOLINAS

Há uma larga variedade de papéis para papelão e papéis cartão no mercado.


Estes papéis são classificados em três categorias: papéis cartão, papelão para
caixas, e cartões especiais. Não há nenhuma definição clara de como o papel cartão
se diferem de papel, porém, há certas coisas que são comuns para a maioria dos
tipos de papéis cartão e papelão. Normalmente a gramatura dos papéis cartão é
maior que 150 g/m². Há exceções como os papéis linerboard e corrugados que
podem ter uma gramatura abaixo de 100 g/m².
Por causa da função destes papéis nas embalagens, as propriedades de resistência
são freqüentemente muito importantes para os cartões.
Para boas propriedades de impressão, a maioria dos papéis cartão é coberto com
pigmento. O lado impresso possui freqüentemente camada dupla de coating, o lado
do topo pode ter camada tripla de coating.
A função do papelão ondulado é de proporcionar uma relação resistência/peso o
mais elevada possível, que significa a máxima resistência com um mínimo. O
papelão ondulado é uma estrutura de baixo peso e alta rigidez, composta por duas
capas e um miolo ondulado que é utilizado para embalagens devido a sua boa
resistência e ao pouco peso relativo.
A qualidade do papelão ondulado depende dos papéis componentes, da forma que
estes papéis são manipulados na onduladeira e da qualidade da cola empregada. As
30
principais propriedades do papelão ondulado são descritos a seguir.
Arrebentamento: esta propriedade é determinada por meio do aparelho Mullen, que
mede a pressão necessária para romper uma capa ou a estrutura do papelão
ondulado. Essa pressão é expressa em kPa, kgf/cm2 ou lbf/pol2.
Atrito: altos valores de atrito provocam dificuldade na movimentação de caixas e,
portanto, maior necessidade d energia. Podem provocar emperramento em esteiras
e canaletas.
Concorra Medium Test (CMT): este ensaio determina a contribuição do papel miolo
na resistência do papelão ondulado ao esmagamento perpendicular da folha.
O ensaio é realizado com uma fita de papel miolo de 12,7 x 152 mm, previamente
ondulada em onduladeira de laboratório, após a ondulação, o papel é fixado com
uma fita adesiva obtendo-se uma espécie de cartão simples que sofre um
esmagamento vertical por meio de uma prensa, Mede-se o esforço necessário em
Newton para amassar as 10 ondas.
Cobb Test (Absorção de Água): a capacidade de absorção de água da caixa e seus
componentes são importantes devido a: capacidade de absorção de tintas
flexográficas na impressão das caixas; capacidade de absorção e penetração das
colas usadas na fabricação do corrugado; capacidade de absorver água e ter as
resistências mecânicas reduzidas.
Colagem, Teste de Adesão de Camadas (PAT, Pin Adhesion Test): o ensaio de
adesão é definido como a força máxima por unidade de comprimento de linha colada
necessária para separar a união entre a capa e o papel ondulado.
Compressão do Anel (RCT): este ensaio tem por objetivo determinar a contribuição
individual das capas na resistência da coluna e por extensão da caixa.
Compressão da Coluna e ECT: o ensaio de coluna mede a resistência ao
esmagamento da coluna de uma caixa de modo a estimar a resistência final de uma
caixa construída de papelão.
Compressão de Caixas (BCT, Box Compression Test): essa é a propriedade mais
importante para a caracterização de caixas de papelão, pois permite estimar: as
deformações, pontos de colapso e cargas máximas; o comportamento de pilhas sob
condições especiais de carga. Este teste mede a habilidade das caixas de resistirem
a forças externas de compressão.

31
Compressão de Disco (FCT, Flat Crush Test): nesse ensaio determina-se a
resistência ao esmagamento de um disco de 100 cm2 de área do papelão ondulado
terminado. Este ensaio determina a qualidade geral do papelão e a resistência do
fundo da caixa.
Compressão da Onda (CCT, Corrugated Crush Test): este teste determina a
contribuição do papel miolo na resistência da coluna.
Dimensões Internas da Caixa: para o transporte e adequada proteção dos produtos
embalados, as folgas internas devem ser bem controladas.
Espessura: o controle é importante no processo de encolamento, de modo a manter
uniformidade de distribuição de adesivos e das características finais da folha.
Gramatura: é o parâmetro mais usado comercialmente para caracterizar o papel e
derivados.
Resistência a Passagem de Ar : a porosidade geralmente é expressa em termos de
resistência à passagem de ar, sendo avaliada por meio do densímetro Gurley, Bekk
ou Bendtsen.
Printabilidade: expressa a facilidade e qualidade da impressão de marcas e nomes
em caixas fabricadas com papelão ondulado.
Perfuração (Punção): esse ensaio permite avaliar a resistência da caixa contra
golpes sofridos por cantos vivos que podem perfurá-las. Nesse ensaio uma amostra
da caixa é sujeita à ação de um pêndulo com ponta piramidal, medindo-se a energia
aplicada na perfuração.
Rigidez: é um parâmetro muito importante na caracterização do papelão ondulado,
indicando a resistência estrutural do mesmo e qualidade dos componentes (capa e
miolo).
Umidade: em geral, provoca redução na resistência de todos os produtos fabricados
com papel. Em casos especiais, os papéis recebem tratamento especial para reduzir
sua absorção da umidade de modo a manter suas características mecânicas.

5.1. Papéis Cartões e Cartolinas


Os papéis cartões se caracterizam, essencialmente, por sua elevada
gramatura e relativa rigidez, conforme seja requerida para a produção de cartuchos,
mostruários, polpas, caixas pequenas, etc (Figura 33).

32
Figura 33 – Papel Cartão – Fonte: www.riorealpapelarias.com.br/images – 2010

Algumas definições típicas são mostradas a seguir:


* Cartão Duplex (Duplex Board): Cartão composto de forro e suporte, com 200
a 600 g/m², usado para confecção de cartuchos, impressos ou não. O Forro é a
camada superior, geralmente fabricada com polpa química Branqueada, monolúcido,
com ou sem tratamento superficial. O Suporte é a camada(s) inferior(s) fabricada(s)
com polpa não branqueada e/ou aparas. A maior utilização destes cartões é nas
indústrias de caixas e cartuchos. Geralmente são comercializados diretamente pelas
fábricas aos consumidores. O nome destes produtos varia de fabricante para
fabricante. Entre outros, podemos citar o Duplex Tipo-Kraft, onde o forro é feito com
celulose não branqueada e polpa mecânica, e o contra-forro ou suporte com aparas
e/ ou celulose semi-química e polpa mecânica, usado em larga escala para capas de
cadernos.
* Cartão Triplex (Triplex Board): Cartão composto de um suporte coberto, em
ambas as faces, por forros. De usos e características semelhantes ao Cartão
Duplex.
* Sólido (Folding): Apresentada todas as suas camadas brancas. Usado em
embalagens de cigarros, cosméticos, medicamentos, higiene pessoal, fast food,
capas de livros e cartões postais.
* Cartolina ou Cartão Branco e em Cores (White and Tinted Cardboard):
Cartão de uma só massa, em uma ou várias camadas, com acabamento de acordo
com a finalidade e fabricado com polpa química branqueada. Pode ser dividida em:
™ Para Copos: Rigidez controlada, resistente a recravagem, com alta colagem,
fabricado com polpa química branqueada, nas gramaturas de 150 a 270 g/m²,
para confecção de copos (fundo e corpo).

33
™ Branca e Cores para Impressos: Cartolina fabricada essencialmente com
polpa química branqueada, em uma só massa e uma só camada, com ou
sem tratamento superficial, alisado ou super calandrado, com gramaturas de
120 a 290 g/m², usado para impressos, polpas para arquivos, cartões de visita
e comerciais, confecção de fichas e similares.
* Outras Branca e Cores: Cartolinas fabricadas com polpas químicas, semi-
químicas, aparas e/ou polpa mecânica, em uma só massa e em várias camadas, na
máquina de papel ou de colar (bristol), alisado ou monolúcido. Usado para
confecção de polpas para arquivos, calendário, etiquetas, encartes escolares, fichas
pautadas, cartões de ponto, capas de livros e cadernos, separadores de matéria,
etc. É chamado também genericamente de cartão branco, ou cartolina branca.
Fabricado em menor escala com uma folha só supercalandrada, sendo neste caso,
menos rígido, menos encorpado e por isso, menos reputado. Alguns tipos mais
qualificados, tem nomes comerciais específicos do fabricante. Em menor escala são
fabricados em cores características e denominados Cartão Bristol Cores.
* Papelão (Plyboard): Cartão de elevada gramatura e rigidez. Fabricado
essencialmente de polpa mecânica e/ou aparas, geralmente em varias camadas da
mesma massa. Sua cor, em geral, é conseqüência dos materiais empregados em
sua fabricação. Usado na encadernação de livros, suporte para comprovantes
contábeis, caixas e cartazes para serem recobertos. Comercializado em formatos e
identificados por números que indicam a espessura das folhas contidas num
amarrado de 25 kg. Vide subitens para melhor classificação:
™ Papelão Madeira ou Papelão Paraná: É o cartão fabricado com fibras
geralmente virgens de polpa mecânica ou químico-mecânica. O papelão
pardo obtido de polpa mecânica em toras pré-impregnadas com vapor, deve
ser incluído neste item.
™ Papelão Cinza: É o cartão obtido a partir de aparas recicladas.
™ Papelão Laminado: Papelão fabricado essencialmente de aparas, obtido por
colagem de folhas sobrepostas, não revestidos na superfície, gramaturas de
349 a 1749 g/m².

34
5.1.1 Papéis Folding Boxboard
Os papéis folding boxboard do tipo escandinavo são usados para várias
aplicações de embalagem. Produtos típicos que podem ser embalados por papéis
folding boxboard incluem cosméticos, caixas de sabão em pó cigarros,
farmacêuticos, artigos de confeitaria, e alimentícios (Figura 34). Alguns tipos de
folding boxboard são usados para cartões postais e coberturas de livro. A gramatura
para papéis folding boxboard são de 160 a 450 g/m².

Figura 34 – Papel Folding Boxboard – Fonte: www.imagemcorporativa.com.br – 2010

Os papeis folding boxboard são fabricados tipicamente de três, ou em alguns


casos quatro camadas. A camada superior e inferior são fabricados de polpa
química branqueada. Polpa mecânica (pasta mecânica de pedra, pasta mecânica de
pedra pressurizada, TMP ou CMTP) é usada para a camada do meio.
A polpa mecânica é usada na camada superior e inferior é minimizado pelo alto bulk
e também reduz o custo da matéria-prima.

5.1.2 Papéis White Lined Chipboard (WLC)


Os papeis white lined chipboard são usados para fins semelhantes ao FBB,
com gramatura típica em torno de 200 a 450 g/m². A estrutura é bem parecida ao
FBB, porem com diferentes composições nas camadas ( Figura 35).
A camada superior normalmente é feito de polpa química branqueada, como
também aparas de escritório recicladas ou aparas brancas podem ser usadas. A
camada do meio pode ser composta de uma mistura de aparas de papelão velho
(OCC), papel de jornal velho, e aparas misturadas.
Por causa dos vários tipos de fibra reciclados na camada do meio, o white lined
chipboard não pode ser usado para embalagem de alimentos. Porém, junto com
uma sacola plástica protetora entre o produto e a embalagem, podem ser embalados

35
mantimentos como cereais em white lined chipboard. Como com FBB, o WLC está
também disponível em rolos ou como folhas.

Figura 35 – Papel White lined chipboard – Fonte:www.vulcan-online.com/catalog – 2010

5.1.3 Cartão para Alimentos Líquidos ( Liquid Packaging Board, LPB)


Há vários tipos cartões para alimentos líquidos no mercado. Os cartões para
alimentos líquidos são usados para embalagem de vários líquidos, aplicações das
quais o mais comum é embalagem de leite e sucos( Figura 36). Há basicamente
dois tipos de embalagens líquidas. Papel cartão com camada dupla de revestimento
de polietileno de baixa densidade, usado para produtos de leite pasteurizados.
Embalagens de leite de longa vida requerem uma alta barreira no cartão revestido.
Devido ao papel cartão LPB ser usado para embalagem de leite e sucos, sua pureza
e limpeza é de extrema importância. Isto significa que só fibra virgem pode ser
usada para a fabricação do LPB. Para uma boa embalagem, é necessária uma alta
rigidez no papel cartão. Isto conduziu a um papel com uma estrutura multicamadas.
Polpas que fornecem alto modulo de elasticidade é usadas para a camada superior
e inferior, polpas que conferem alto bulk são usadas na camada do meio.

Figura 36 – Papel para Alimentos Líquidos – Fonte: www.storaenso.com – 2010

36
5.1. Papéis para Papelão Ondulado
Papel para embalagem, utilizado na fabricação de papelão ondulado. A seguir
são mostrados alguns subitens para melhor classificação.
¾ Miolo (Fluting): Papel fabricado com polpa semiquímica e/ou mecânica e/ou
aparas, geralmente com 120 a 150 g/m². Usado para ser ondulado na fabricação
de papelão ondulado.
¾ Capa de 1ª (Kraftliner): Papel fabricado com grande participação de fibras
virgens, geralmente com 120 g/m² ou mais, atendendo ás especificações de
resistência mecânica requeridas para constituir a capa ou o forro das caixas de
papelão ondulado.
¾ Capa de 2a (Testliner): Papel semelhante a capa 1ª, porém com propriedades
mecânicas inferiores, conseqüentes da utilização de matérias-primas recicladas
em alta proporção.
¾ White Top Liner: Papel fabricado com grande participação de fibras virgens,
geralmente com 150 a 385 g/m², atendendo as especificações de resistência
mecânica requeridas para constituir parte das caixas de papelão ondulado.
Os cartões para papelão ondulado são usados para produzir caixas de papelão
ondulado. O papelão ondulado é um material para embalagem antigo, mas ainda é
muito competitivo em muitas aplicações.
Os cartões para papelão ondulado pode ser dividido nas seguintes categorias:
™ Ondulado de face única;
™ Ondulado de parede única;
™ Ondulado de parede dupla;
™ Ondulado de parede tripla.
A gramatura dos cartões para ondulado depende do uso final e a proteção
necessária. Para uma boa operação em uma máquina onduladeira, é necessário um
perfil de umidade linear, que deve ser em torno de 8% a 9%.
A colagem é uma fase crítica na fabricação do papelão ondulado. O resultado da
colagem é afetado por muitos fatores inclusive a cola, a temperatura usada na
máquina onduladeira, as condições operacionais, e as propriedades do papel cartão.
Então as propriedades de resistência do papelão são muito importantes. Esta
resistência é tipicamente medida com o teste de compressão da coluna (ECT), e o
teste de compressão de disco (FCT), e o teste de resistência ao estouro.

37
5.1.2 Cartão Linerboard ( Kraftliner e Testliner)
Os cartões linerboard são usados como capa para cartões ondulados. O
range de gramatura típica para cartões linerboard são de 125 a 350 g/m², embora
gramaturas abaixo de 100 g/m² são adequadas para caixas pequenas.
O cartão linerboard é quase sempre um produto com camada dupla, que consiste
em uma camada superior e uma camada base. O linerboard é fabricado com várias
matérias-primas na camada do superior.
Fibra virgem (softwood, em alguns casos hradwood) e fibras recicladas são usadas
na fabricação de papéis linerboard. Os papéis linerboard que são fabricados com
fibras virgens são chamados Kraftliner (Figura 37), e se o cartão linerboard possuir
fibras recicladas na composição, então é chamado de Testliner(Figura 38). Porém,
durante os anos recentes, quase todos os papéis linerboard novos são fabricados
com fibra reciclada. Se polpa virgem kraft de softwood for usada, a polpa para a
camada base é cozida para um alto rendimento e então ligeiramente refinada.
Para a camada superior, a polpa é cozinhada a um número kappa mais baixo e
também mais refinada.
O estouro e a resistência à compressão direcional são as propriedades de
resistência mais importantes para os cartões linerboard. O estouro é medido com
aparelho Mullen Tester, e a resistência à compressão é medida pelo teste de
compressão do anel ou ring crush test (RCT) ou então pelo short column test (SCT,
também chamada de STFI tester). Embora o processo de impressão para o
linerboard não é muito exigente (especialmente para kraftliner), certa lisura é
requerida. A lisura é medida pelo método Bendtsen ou Sheffield, como também o
método Emveco é utilizado.

Figura 37 e 38 – Papel Kraftliner e Testliner– Fonte: www.sopasta.com.br – 2010

38
5.1.3 Papel Miolo (Corrugating Medium)
O cartão miolo é usado no papelão ondulado como a "onda" entre as duas
camadas de linerboard. O range de gramatura para o miolo de ondulado é de 112 a
180 g/m². Polpa semiquímica e fibra reciclada são usadas como matéria-prima para
o cartão miolo (Figura 39). O papel miolo de ondulado é um produto de camada
única. Se a matéria-prima for aparas de baixa qualidade, a colagem superficial pode
ser usada para melhorar as propriedades de resistência.
A resistência à compressão do papel miolo é uma propriedade de resistência
importante que é medida com o teste Concora (CMT).

Figura 39 – Papel Miolo– Fonte:www.ovfi.ca – 2010

6. PAPEIS ESPECIAIS

6.1 Base de Carbono (Carbonized Paper)


Papel para fim específico, fabricado com polpa química, geralmente com
gramaturas até 24 g/m², branco ou em cores (Figura 40). Usado como base para
fabricação, de papel carbono.

Figura 40 – Base de Carbono– Fonte:www.anpark.com – 2010

39
6.2 Crepado (Creped Paper)
Papel para fins específicos, com crepagem obtida durante a fabricação, para
aumentar sua elasticidade e maciez, fabricado essencialmente com polpa química.
Usada para reforço de costura em sacos multifoliados, base para fitas adesivas,
germinação de sementes, base para lençóis plásticos, etc. Como também para
isolamento, papéis condutivos são também manualmente aplicados. Isto pode ser
facilitado através da crepagem, os papéis podem ser fabricados em máquinas de
crepe off-line que permitem um grau de crepagem de até 100% de alongamento
(Figura 41).

Figura 41 – Papel Crepado– Fonte:www.birthdaypartycentral.com/crepe_paper/– 2010

6.3 Filtrante (Filter Paper)


Papel fabricado geralmente com polpa química de línter, nas gramaturas de
80 a 400 g/m², com características definidas quanto ao uso (Figura 42).
As exigências deste tipo de papel é para uma porosidade controlada, alta.
Características específicas dos papéis filtro é a porosidade, a eficiência de filtração,
e a capacidade de reter pó. Estas propriedades são todas em função da porosidade
e distribuição do tamanho de poros do papel.

Figura 42 – Papel Filtrante– Fonte: www.sciencestuff.com – 2010

40
6.4 Papel Mata-borrão (Blotting Paper)
Papel fabricado com polpa química sem colagem, branca ou em cores, e com
grande poder de absorção (Figura 43).

Figura 43 – Papel Mata Borrão– Fonte: www.deskaccessories.co.uk – 2010

6.5 Papéis Cigarros (Cigarrete Paper)


Papel para fim específico, fabricado com polpa química branqueada, de fibras
têxteis e/ou madeira, geralmente contendo carga mineral até 26%, nas gramaturas
de 13 a 25 g/m², não colado, de alta opacidade, com marca d'água, "velin" ou marca
filigrana, com combustibilidade controlada, com ou sem impregnantes (Figura 44).

Figura 44 – Papel Cigarro – Fonte: www.tradenote.net - 2010

41
7. CONCLUSÃO

Através deste trabalho, podemos verificar a variedade de papéis que existem,

haja visto que não foi citados todos, pois aqui destacamos os mais comuns e mais

importantes.

Os tipos, as propriedades, características, uso final também é de grande valia, pois

além de incrementar nossos conhecimentos pessoais e profissionais, também

poderá ser usado para prospectar mercado no caso de entramos no ramo de vendas

técnicas para fábricas de papel.

42
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Papel Estiva

Figura 2 – Papel Maculatura.

Figura 3 – Papel Manilhinha

Figura 4 – Papel Manilha.

Figura 5 – Papel Tecido/Envelope.

Figura 6 – Papel Strong Branco.

Figura 7 – Papel Fósforo.

Figura 8 – Papel Seda.

Figura 9 – Papel Glassine.

Figura 10 – Papel Granado.

Figura 11 – Papel Fosco.

Figura 12 – Kraft para Sacos Multifolhados.

Figura 13 – Kraft Extensível.

Figura 14 – Kraft Natural.

Figura 15 – Kraft Branco.

Figura 16 – Histórico de Evolução da Produção no Brasil de Papéis de Imprimir e

escrever.

Figura 17 – Papel Acetinado.

Figura 18 – Papel Ilustração.

Figura 19 – Papel Biblia.

Figura 20 – Papel Bouffant.

Figura 21 – Papel Couché.

Figura 22 – Classificação dos Papéis Couché de acordo com a gramatura e alvura

43
segundo a TAPPI.

Figura 23 – Papel LWC.

Figura 24 – Conceitos de Coating para diferentes tipos de papel couché.

Figura 25 – Papel Jornal.

Figura 26 – Papel Monolúcido.

Figura 27 – Papel Offset.

Figura 28 – Papel Apergaminhado.

Figura 29 – Papel Higiênico.

Figura 30 – Papel Toalha.

Figura 31 – Papel Guardanapo.

Figura 32 – Lenços de Papel.

Figura 33 – Papel Cartão.

Figura 34 – Papel Folding Boxboard.

Figura 35 – Papel White Lined Chipboard.

Figura 36 – Papel para Alimentos Líquidos.

Figura 37 – Papel Kraftliner.

Figura 38 – Papel Testliner.

Figura 39 – Papel Miolo.

Figura 40 – Base de Carbono.

Figura 41 – Papel Crepado.

Figura 42 – Papel Filtrante.

Figura 43 – Papel Mata-Borrão.

Figura 44 – Papel Cigarro.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Histórico de Produção dos papéis para imprimir e escrever no Brasil, em

1000 toneladas.

45
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

[1] BRACELPA. Associação Brasileira de Celulose e Papel.


<http://www.bracelpa.org.br/bra/saibamais/tipos/index.html>. Acesso em: 21
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<http://www.papeissantamaria.com.br>. Acesso em: 22 de Março de 2010.

[3] Casa do Plástico.


<http://www.casadoplastico.com.br>. Acesso em: 22 de Março de 2010.

[4] Rio Lindo Embalagens.


<http://www.riolindoembalagens.com.br>. Acesso em: 22 de Março de 2010.

[5] Kalunga Papelarias.


<http://www.kalunga.com.br>. Acesso em: 06 de Abril de 2010.

[6] Rio Real Papelarias.


<http://www.riorealpapelarias.com.br>. Acesso em: 06 de Abril de 2010.

[7] Stora Enso.


<http://www.storaenso.com>. Acesso em: 06 de Abril de 2010.

[8] Gullichsen, Johan; Paulapuro, Hannu. Papermarking Science And Technology


Book 17, Pulp and Paper Testing. Fapet Oy, Helsinki, Finland 2000.

[9] Daniela Maria Martins.


<http://www.danielamariamartins.blogspot.com>. Acesso em: 06 de Abril de
2010.

[10] Sandra Embalagens.


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[11] Mili.
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46
[12] Jorlis.
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<http://www.sopasta.com.br>. Acesso em: 06 de Abril de 2010.

[16] Norsk Skog.


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[17] Ouro Verde Papéis.


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[18] Imagem Corporativa.


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[25] Birth Day Party Central.


<http://www.birthdaypartycentral.com>. Acesso em: 20 de Abril de 2010.

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