Professional Documents
Culture Documents
TIPOS DE PAPÉIS
Telêmaco Borba - PR
Abril - 2010
0
JEFFERSON LUIZ LOPES
JORGE LUÍS DE SOUZA
JOSÉ LUÍS F. VERNER
MARCELO LUIZ FERREIRA
TIPOS DE PAPÉIS
Telêmaco Borba - PR
Abril – 2010
1
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ------------------------------------------------------------------------------- 03
7. CONCLUSÃO --------------------------------------------------------------------------------- 42
2
1. INTRODUÇÃO
Quando o Chinês T’sai Lun inventou o papel em 105 D.C., não imaginou
que estaria entrando para historia com uma das descobertas mais importantes da
humanidade, pois hoje o papel, seja qual for o tipo, é quase que indispensável para
à vida pessoal e profissional de qualquer pessoa.
Ao mencionarmos Tipos de Papeis, estamos nos referindo aos mais
diversos modelos, formatos, cores, utilização, e essa vai ser a linha principal deste
trabalho.
3
2. PAPEIS PARA EMBALAGENS
Quando citamos papeis para embalagem, estamos nos referindo à uma série
de papeis utilizados para proteger objetos, alimentos, e esses devem ter como
característica principal à sua resistência mecânica quando utilizado em embalagens
pesadas.
Nesta categoria de papel, são realizados alguns testes obrigatórios que veremos à
seguir.
¾ Gramatura e Espessura : Os perfis de gramatura e espessura deve ser
uniforme, sem irregularidades, pois afetam diretamente as propriedades
ópticas e mecânicas do papel;
¾ Resistência à Tração : É relacionada com a durabilidade e uso do papel, por
exemplo em papeis de embalagem, onde são aplicados forças de tensão
direta. Quando se deseja uma maior resistência à tração, geralmente
aumenta-se a carga de refino e reduz-se a aplicação de cargas minerais;
¾ Resistência ao Rasgo : É diretamente afetada pelo comprimento das fibras e
as ligações entre as fibras. As fibras longas possuem uma maior resistência
ao rasgo, pois distribuem os esforços sofridos entre um maior número de
ligações entre as fibras. Este tipo de teste é muito utilizado na fabricação de
papel para sacos, etiquetas, etc;
¾ Teste de Formação : A distribuição das fibras na saída da caixa de entrada é
o fator primordial para se obter uma ótima formação, por isso, busca-se
trabalhar com uma relação jato/tela maior, principalmente quando se utiliza
fibras longas;
¾ Resistência ao Estouro : É definida como a pressão necessária para produzir
o arrebentamento do material, ao se aplicar uma pressão uniformemente
crescente, transmitida por um diafragma elástico, de área circular.A medição
da resistência independe da direção de fabricação do material, pois a força
transmitida pelo diafragma é perpendicular à superfície do corpo de prova, o
esforço ao qual o material está submetido simula o emprego prático do papel,
em forma de sacos, papel de embrulho e outros;
4
¾ Tensão de Rebobinamento : Procura-se manter constante para evitar a
deformação do papel, pois o papel resiste ao seu ponto de elasticidade e
deforma no seu ponto de plasticidade;
¾ Ausência de Encrespamento: Uma das propriedades mais importantes, pois
atualmente o mercado exige boa aparência para comercialização. Como
forma de evitar esse problema, trabalha-se com uma secagem mais uniforme,
com umidade mais baixa possível, atentando-se para que isso não afete às
resistências mecânicas do papel e também procura-se uma melhor formação
da folha.
Os papeis de embalagem são classificados nas seguintes formas:
5
2.2. Manilhinha ou Padaria
Papel fabricado com aparas, polpa mecânica ou semiquímica, em geral nas
gramaturas de 40 à 45 g/m², monolúcidos ou não, geralmente na cor natural e em
folhas dobrabadas. Seu principal uso é em padarias (Figura 03).
6
Figura 05 – Papel Tecido/Envelope – Fonte: www.casadoplastico.com – 2010
7
2.7. Papel Seda (Tissue Paper)
Papel para embalagem, fabricado com polpa química branqueada ou não,
com 20 à 27 g/m², branco ou em cores (Figura 08).
Usado para embalagens leves, embrulhos de objetos artísticos, intercalação,
enfeites, proteção de frutas, etc.
8
¾ Granado : Papel similar ao Glassine, porém com menor transparência e
impermeabilidade que estes, devido à presença de outras polpas. Fabricado
em várias cores (Figura 10).
10
Figura 14 – Kraft Natural – Fonte: www.sandraembalagens.com.br – 2010
11
papel que possui grande valor agregado, e com isso desperta interesses de
empresas papeleiras.
Abaixo na Tabela 01, é mostrado o histórico de produção no Brasil de papel de
imprimir e escrever
Tabela 1: Histórico de produção dos papéis para imprimir e escrever no Brasil,
em 1000 toneladas.
LISTA DE FIGURAS
de imprimir e escrever.
Norte e Japão.
Dureza e compressibilidade;
Estabilidade dimensional;
Colagem interna (Cobb Tester);
Formação;
Umidade;
Absorvência;
Acidez e alcalinidade;
Direcionalidade (Cross Direction e Machine Direction);
Limpeza superficial;
Planicidade;
Resistência à formação de bolhas;
Resistência à tração;
Resistência à úmido;
Resistência ao rasgo interno e inicial;
Dupla face;
Resistência ao arrancamento superficial (IGT e Dinnison);
Resistência à dobras duplas;
Alongamento;
Resistência ao arrebentamento (Mullen Tester);
Resistência à abrasão;
Resistência ao deslizamento;
Rigidez à flexão;
Resistência à água;
Permeabilidade ao vapor d’água;
Permeabilidade às graxas;
Resistência à luz;
Resistência ao calor;
13
Lisura superficial;
Alvura e opacidade;
Brilho.
Em papéis para impressão a superfície a ser impressa deve apresentar uma
melhor uniformidade possível. Para se obter uma impressão com qualidade devem-
se levar em conta algumas medidas como: lisura, porosidade e propriedades
ópticas. Dentre os principais testes aplicados, devem-se garantir as seguintes
condições:
Bom perfil de gramatura e espessura: sendo muito importante, pois variações de
gramatura afetaria o perfil de espessura e umidade; gerando problemas no processo
de impressão;
Umidade mais uniforme possível: uma umidade mais alta possível (dentro dos
padrões), promove um melhor acabamento no papel, como lisura, absorção de tinta
e estabilidade dimensiona;
Resistência ao arrancamento mais alto possível: quanto maior a resistência ao
arrancamento, menor será a tendência de arrancamento de fibras ou cargas
prejudicando a qualidade da impressão;
Boa formação: uma boa distribuição das fibras é muito importante para papéis de
impressão;
Absorção Cobb mais baixo possível: deve ser mais baixo possível pois está
relacionado com absorção de tinta durante a impressão, deve absorver somente o
necessário para que a tinta fique na superfície do papel;
Papel mais liso possível: a lisura influencia na aparência e na qualidade de
impressão do papel;
Ausência de encanoamento após o corte: o papel não deve apresentar
encanoamento, ou seja, a folha deve ser plana para um bom andamento das
máquinas e boa qualidade de impressão, um papel encanoado dificulta a secagem
da tinta de impressão;
Propriedades ópticas dentro dos padrões estabelecidos pelos clientes: os testes
de cor devem estar nos padrões para manter um melhor acabamento visual.
14
3.1. Papeis Acetinados (Satined)
Este tipo de papel caracteriza-se pelo acabamento, com brilho em ambas as
faces, sem revestimento couché, resultado do processamento em supercalandra.
Fabricados com celulose branqueada, com adição de carga mineral na ordem de 10
a 15% de cinzas, bem colado, acabamento supercalandrado. É empregado em
maior escala para impressão tipográfica comercial de uso geral, e em menor escala
para impressão em offset, para a confecção de impressos, catálogos, folhetos, livros
e revistas(Figura 17). É usado, também, na fabricação de embalagens, às vezes
impresso em rotogravura, quando depois é laminado, colado ou impregnado com ou
em outros materiais. No primeiro caso é comercializado na revenda ou diretamente
às gráficas e editoras, principalmente nos formatos 66 x 96 e 76 x 112 cm, nos
pesos padrões de 50 a 120 g/m² e no segundo caso em bobinas diretamente aos
conversores.
15
Figura 18 – Papel Ilustração– Fonte:www.rotogravura.com – 2010
16
Figura 20 – Papel Bouffant – Fonte: www.riorealpapelarias.com.br/images – 2010
Classificam-se em:
¾ Base para Couché: Nome genérico dado a todos os papéis fabricados
para serem revestidos em operação de acabamento fora da máquina de
17
papel. Abrange uma variedade grande de papéis, com diferentes
formulações e pesos, os mais comuns a base de celulose branqueada,nos
tipos inferiores com a inclusão de polpa mecânica de boa qualidade;
¾ Couché Fora de Máquina: Papel "Base para Couché" (suporte) revestido
com cargas minerais aglutinadas com colas, em uma ou nas duas faces,
na máquina de revestir;
¾ Couché de Máquina: Papel fabricado e revestido totalmente na própria
máquina de papel, em uma ou nas duas faces;
¾ Couché L1: Papel com revestimento Couché brilhante em um lado.
Policromia. Suas aplicações são sobre capas, folhetos e encartes;
¾ Couché L2: Papel com revestimento Couché Brilhante nos dois lados.
Policromia. Suas aplicações são em livros, revistas, catálogos e encartes;
¾ Couché Monolúcido: Papel com revestimento couché brilhante em um
lado. Mas liso no verso para evitar impermeabilidade no contato com a
água ou umidade. Suas aplicações são em embalagens, papel fantasia,
rótulos, outdoors, base para laminação e impressos em geral.
¾ Couché Matte: Papel com revestimento couché fosco nos dois lados. Suas
aplicações são em impressão de livros em geral, catálogos e livros de arte.
Os papéis couché de polpa mecânica engloba um grupo grande e crescente de
papéis de imprimir, onde a matéria-prima básica consiste principalmente de polpa
mecânica de alta qualidade e polpa química de fibra longa usada para dar maior
resistência ao papel. Papéis couché com alta e média gramatura são classificados
como HWC e MWC respectivamente e também são disponível em folhas. A Figura
22 mostra a classificação relativas dos papéis couché, em função da gramatura e
alvura.
18
Figura 22: Classificação dos papéis Couché de acordo com a gramatura e alvura segundo a TAPPI
[Fonte: Fapet, 2000].
19
A gramatura do papel LWC para offset (LWCO) varia de 39 a 80 g/m² e para
rotogravura (LWCR) de 35 até 80 g/m². Em papéis LWCO de 60 g/m², a alvura ISO é
maior que 72% até 76%. Outras propriedades importantes são a lisura com
tendência a mínima aspereza quando ocorre a secagem da tinta de impressão.
Rigidez adequada também é importante para papéis LWCO. Excelente lisura e
compressibilidade são importantes para papéis LWCR. A bobina para rotogravura
maior hoje é de aproximadamente 3,6 m de largura, e 1,35 m de diâmetro, e pode
pesar até 7 toneladas.
A composição destes papéis inclui 50%-70% de polpa mecânica, polpa de pedra
(GW ou PGW), ou polpa termomecânica ou quimotermomecânica (TMP ou CTMP),
e 30%-50% de polpa química. Contêm de 4%-10% pigmentos na composição. O
conteúdo de pigmento total varia de 24% a 36%. Pigmentos de carga mineral típicos
são caulim, talco, e também o carbonato de cálcio (CaCO3) no caso de um processo
neutro. Os pigmentos de camada mais comuns são caulim ou caulim e CaCO3 para
papéis para offset e caulim ou caulim e talco para papéis para rotogravura.
Pigmentos especiais também são usados como minerais adicionais para dar
opacidade e alvura extra, como também pigmentos plásticos para melhorar a lisura.
A tecnologia de coating freqüentemente mais usada para papéis LWC é coating de
lâmina. Um das duas técnicas principais no uso de coating de lâmina é aplicadores
curto de tempo estendido (SDTA) - estes foram introduzidos no inicio dos anos
oitenta, com as mais recentes modificações em meados dos anos noventa. Uma
nova geração de coaters de jato livre foi introduzida em meados dos anos noventa
para máquinas de alta velocidade. A Figura 24 mostra alguns conceitos de
revestimento coating para couché papéis de imprimir e escrever. Coating na
máquina (on-machine) é o modo mais comum de produção de LWC hoje. O papel
LWC é normalmente pré-calandrado antes do coating para estabilizar a densidade e
reduzir a aspereza e porosidade.
20
Figura 24: Conceitos de coating para diferentes tipos de papel couché [Fonte: Fapet, 2000].
21
devido a maior gramatura de camada de coating presente. São produzidos com
gramaturas de 100 a 135 g/m², e eles competem com os papéis couché finos para
aplicação em revistas de alta qualidade, catálogos, como também na área de
propaganda direta. Os papéis HWC podem ter camada dupla ou tripla de coating.
23
Figura 27 – Papel Offset – Fonte: www.kalunga.com.br – 2010
24
4. PAPEIS PARA FINS SANITÁRIOS (TISSUE PAPER)
25
¾ Gramatura;
¾ Absorção;
¾ Maciez;
¾ Espessura (Bulk);
¾ Resistência à tração
¾ Alvura;
¾ Crepe, elongação;
¾ Aparência.
Essas características podem variar de acordo com o produto, porem pode-se
considerar como características básicas as seguintes propriedades:
Formação: Uma boa formação é extremamente importante para garantir
uniformidade do perfil transversal da folha de papel;
Gramatura: normalmente, no Brasil utiliza-se gramatura de 18 a 20 g/m² para papéis
higiênicos, de 30 a 40 g/m² para papéis toalha e de 16 a 20 g/m² para toalhas de
folha dupla e guardanapos, variações podem ser encontradas de acordo com o
fabricante.
Umidade: deve ser controlado mantendo um teor de umidade entre 7,0 e 8,5%, para
um melhor runnability (maquinabilidade) do processo. Um teor de 5,0 a 6,5%,
garante a folha características de aspereza, baixa maciez superficial além de
prejudicar intrinsecamente a crepagem. E uma umidade muito elevada, entre 9,0 a
10,5%, reduz diretamente as resistências à tração e alongamento da folha,
prejudicando também a conversão do papel;
Resistência à tração: importante para evitar a capacidade do papel em suportar
esforços no rebobinamento e durante sua aplicação;
Alongamento: características muito utilizado para se avaliar a qualidade dos papéis
tissue, estando diretamente relacionado com a crepagem;
Maciez (superficial e volumétrica): propriedade que confere aos papéis
características agradáveis de tato e sensação de maciez, como para a aparência do
produto;
Resistência à umidade: importante para aplicação do papel, garantindo que o
mesmo não se desmanche, em contato com a umidade;
Bulk (volume específico): é o grau de compressibilidade do papel. Esta relacionado
com todas as propriedades do papel (mecânicas e ópticas);
26
Crepagem: é calculado em função da porcentagem de crepe, que é a relação entre a
velocidade do cilindro secador Yankee e a velocidade da enroladeira.
Papel para fim especifico. Nome dado aos papéis de finalidade específica para uso
sanitário. Os tipos melhores são fabricados com celulose branqueada, e nos
inferiores usam-se aparas jornal e/ou polpa mecânica. Acabamento é sempre
crepado, a gramatura do produto pronto oscila em até 35 g/m².
Os tipos melhores são apresentados com folhas duplex. Quanto à qualidade,
diferenciam-se vários subgrupos, conforme a seguir:
Popular : papel fabricado com polpa química não-branqueada e/ou polpa mecânica,
e/ou aparas de papéis recicláveis, em folha única, natural ou em cores, na
gramatura em torno de 20 a 35 g/m².
Especial: papel fabricado com polpa química branqueada e aparas de boa qualidade
tratadas quimicamente, macio em folha única, branco ou em cores, na gramatura de
27
16 a 22 g/m².
Folha Dupla: papel fabricado com polpa química branqueada, incluindo ou não
aparas de boa qualidade e tratadas quimicamente, macio, nas gramaturas de 16 a
18 g/m², para uso em folha dupla branco ou em cores.
28
4.3. Guardanapos (Napkin Paper)
Papel crepado ou não ( Figura 31), fabricado com polpa química branqueada,
incluindo ou não aparas de boa qualidade tratadas quimicamente para fim
específico, nas gramaturas de 18 a 25 g/m², para uso em folha única ou dupla,
branco ou em cores.
São produzidos guardanapos de mesa com um, dois, três, ou quatro camadas.
O tamanho e tipo de dobra variam muito - de guardanapos de xícara de café
pequenos para guardanapos de mesa grandes para festas e jantares.
Podem ser escolhidos guardanapos de mesa para decoração, possuindo assim
muitas cores e padrões. Os papéis tissue para guardanapos de mesa podem ser
tingidos em cores. Como em outros produtos tissue, podem variar a composição da
matéria-prima tremendamente. Os guardanapos de alta qualidade têm um conteúdo
alto de polpa química juntamente com fibra reciclada selecionada ou tratada.
31
Compressão de Disco (FCT, Flat Crush Test): nesse ensaio determina-se a
resistência ao esmagamento de um disco de 100 cm2 de área do papelão ondulado
terminado. Este ensaio determina a qualidade geral do papelão e a resistência do
fundo da caixa.
Compressão da Onda (CCT, Corrugated Crush Test): este teste determina a
contribuição do papel miolo na resistência da coluna.
Dimensões Internas da Caixa: para o transporte e adequada proteção dos produtos
embalados, as folgas internas devem ser bem controladas.
Espessura: o controle é importante no processo de encolamento, de modo a manter
uniformidade de distribuição de adesivos e das características finais da folha.
Gramatura: é o parâmetro mais usado comercialmente para caracterizar o papel e
derivados.
Resistência a Passagem de Ar : a porosidade geralmente é expressa em termos de
resistência à passagem de ar, sendo avaliada por meio do densímetro Gurley, Bekk
ou Bendtsen.
Printabilidade: expressa a facilidade e qualidade da impressão de marcas e nomes
em caixas fabricadas com papelão ondulado.
Perfuração (Punção): esse ensaio permite avaliar a resistência da caixa contra
golpes sofridos por cantos vivos que podem perfurá-las. Nesse ensaio uma amostra
da caixa é sujeita à ação de um pêndulo com ponta piramidal, medindo-se a energia
aplicada na perfuração.
Rigidez: é um parâmetro muito importante na caracterização do papelão ondulado,
indicando a resistência estrutural do mesmo e qualidade dos componentes (capa e
miolo).
Umidade: em geral, provoca redução na resistência de todos os produtos fabricados
com papel. Em casos especiais, os papéis recebem tratamento especial para reduzir
sua absorção da umidade de modo a manter suas características mecânicas.
32
Figura 33 – Papel Cartão – Fonte: www.riorealpapelarias.com.br/images – 2010
33
Branca e Cores para Impressos: Cartolina fabricada essencialmente com
polpa química branqueada, em uma só massa e uma só camada, com ou
sem tratamento superficial, alisado ou super calandrado, com gramaturas de
120 a 290 g/m², usado para impressos, polpas para arquivos, cartões de visita
e comerciais, confecção de fichas e similares.
* Outras Branca e Cores: Cartolinas fabricadas com polpas químicas, semi-
químicas, aparas e/ou polpa mecânica, em uma só massa e em várias camadas, na
máquina de papel ou de colar (bristol), alisado ou monolúcido. Usado para
confecção de polpas para arquivos, calendário, etiquetas, encartes escolares, fichas
pautadas, cartões de ponto, capas de livros e cadernos, separadores de matéria,
etc. É chamado também genericamente de cartão branco, ou cartolina branca.
Fabricado em menor escala com uma folha só supercalandrada, sendo neste caso,
menos rígido, menos encorpado e por isso, menos reputado. Alguns tipos mais
qualificados, tem nomes comerciais específicos do fabricante. Em menor escala são
fabricados em cores características e denominados Cartão Bristol Cores.
* Papelão (Plyboard): Cartão de elevada gramatura e rigidez. Fabricado
essencialmente de polpa mecânica e/ou aparas, geralmente em varias camadas da
mesma massa. Sua cor, em geral, é conseqüência dos materiais empregados em
sua fabricação. Usado na encadernação de livros, suporte para comprovantes
contábeis, caixas e cartazes para serem recobertos. Comercializado em formatos e
identificados por números que indicam a espessura das folhas contidas num
amarrado de 25 kg. Vide subitens para melhor classificação:
Papelão Madeira ou Papelão Paraná: É o cartão fabricado com fibras
geralmente virgens de polpa mecânica ou químico-mecânica. O papelão
pardo obtido de polpa mecânica em toras pré-impregnadas com vapor, deve
ser incluído neste item.
Papelão Cinza: É o cartão obtido a partir de aparas recicladas.
Papelão Laminado: Papelão fabricado essencialmente de aparas, obtido por
colagem de folhas sobrepostas, não revestidos na superfície, gramaturas de
349 a 1749 g/m².
34
5.1.1 Papéis Folding Boxboard
Os papéis folding boxboard do tipo escandinavo são usados para várias
aplicações de embalagem. Produtos típicos que podem ser embalados por papéis
folding boxboard incluem cosméticos, caixas de sabão em pó cigarros,
farmacêuticos, artigos de confeitaria, e alimentícios (Figura 34). Alguns tipos de
folding boxboard são usados para cartões postais e coberturas de livro. A gramatura
para papéis folding boxboard são de 160 a 450 g/m².
35
mantimentos como cereais em white lined chipboard. Como com FBB, o WLC está
também disponível em rolos ou como folhas.
36
5.1. Papéis para Papelão Ondulado
Papel para embalagem, utilizado na fabricação de papelão ondulado. A seguir
são mostrados alguns subitens para melhor classificação.
¾ Miolo (Fluting): Papel fabricado com polpa semiquímica e/ou mecânica e/ou
aparas, geralmente com 120 a 150 g/m². Usado para ser ondulado na fabricação
de papelão ondulado.
¾ Capa de 1ª (Kraftliner): Papel fabricado com grande participação de fibras
virgens, geralmente com 120 g/m² ou mais, atendendo ás especificações de
resistência mecânica requeridas para constituir a capa ou o forro das caixas de
papelão ondulado.
¾ Capa de 2a (Testliner): Papel semelhante a capa 1ª, porém com propriedades
mecânicas inferiores, conseqüentes da utilização de matérias-primas recicladas
em alta proporção.
¾ White Top Liner: Papel fabricado com grande participação de fibras virgens,
geralmente com 150 a 385 g/m², atendendo as especificações de resistência
mecânica requeridas para constituir parte das caixas de papelão ondulado.
Os cartões para papelão ondulado são usados para produzir caixas de papelão
ondulado. O papelão ondulado é um material para embalagem antigo, mas ainda é
muito competitivo em muitas aplicações.
Os cartões para papelão ondulado pode ser dividido nas seguintes categorias:
Ondulado de face única;
Ondulado de parede única;
Ondulado de parede dupla;
Ondulado de parede tripla.
A gramatura dos cartões para ondulado depende do uso final e a proteção
necessária. Para uma boa operação em uma máquina onduladeira, é necessário um
perfil de umidade linear, que deve ser em torno de 8% a 9%.
A colagem é uma fase crítica na fabricação do papelão ondulado. O resultado da
colagem é afetado por muitos fatores inclusive a cola, a temperatura usada na
máquina onduladeira, as condições operacionais, e as propriedades do papel cartão.
Então as propriedades de resistência do papelão são muito importantes. Esta
resistência é tipicamente medida com o teste de compressão da coluna (ECT), e o
teste de compressão de disco (FCT), e o teste de resistência ao estouro.
37
5.1.2 Cartão Linerboard ( Kraftliner e Testliner)
Os cartões linerboard são usados como capa para cartões ondulados. O
range de gramatura típica para cartões linerboard são de 125 a 350 g/m², embora
gramaturas abaixo de 100 g/m² são adequadas para caixas pequenas.
O cartão linerboard é quase sempre um produto com camada dupla, que consiste
em uma camada superior e uma camada base. O linerboard é fabricado com várias
matérias-primas na camada do superior.
Fibra virgem (softwood, em alguns casos hradwood) e fibras recicladas são usadas
na fabricação de papéis linerboard. Os papéis linerboard que são fabricados com
fibras virgens são chamados Kraftliner (Figura 37), e se o cartão linerboard possuir
fibras recicladas na composição, então é chamado de Testliner(Figura 38). Porém,
durante os anos recentes, quase todos os papéis linerboard novos são fabricados
com fibra reciclada. Se polpa virgem kraft de softwood for usada, a polpa para a
camada base é cozida para um alto rendimento e então ligeiramente refinada.
Para a camada superior, a polpa é cozinhada a um número kappa mais baixo e
também mais refinada.
O estouro e a resistência à compressão direcional são as propriedades de
resistência mais importantes para os cartões linerboard. O estouro é medido com
aparelho Mullen Tester, e a resistência à compressão é medida pelo teste de
compressão do anel ou ring crush test (RCT) ou então pelo short column test (SCT,
também chamada de STFI tester). Embora o processo de impressão para o
linerboard não é muito exigente (especialmente para kraftliner), certa lisura é
requerida. A lisura é medida pelo método Bendtsen ou Sheffield, como também o
método Emveco é utilizado.
38
5.1.3 Papel Miolo (Corrugating Medium)
O cartão miolo é usado no papelão ondulado como a "onda" entre as duas
camadas de linerboard. O range de gramatura para o miolo de ondulado é de 112 a
180 g/m². Polpa semiquímica e fibra reciclada são usadas como matéria-prima para
o cartão miolo (Figura 39). O papel miolo de ondulado é um produto de camada
única. Se a matéria-prima for aparas de baixa qualidade, a colagem superficial pode
ser usada para melhorar as propriedades de resistência.
A resistência à compressão do papel miolo é uma propriedade de resistência
importante que é medida com o teste Concora (CMT).
6. PAPEIS ESPECIAIS
39
6.2 Crepado (Creped Paper)
Papel para fins específicos, com crepagem obtida durante a fabricação, para
aumentar sua elasticidade e maciez, fabricado essencialmente com polpa química.
Usada para reforço de costura em sacos multifoliados, base para fitas adesivas,
germinação de sementes, base para lençóis plásticos, etc. Como também para
isolamento, papéis condutivos são também manualmente aplicados. Isto pode ser
facilitado através da crepagem, os papéis podem ser fabricados em máquinas de
crepe off-line que permitem um grau de crepagem de até 100% de alongamento
(Figura 41).
40
6.4 Papel Mata-borrão (Blotting Paper)
Papel fabricado com polpa química sem colagem, branca ou em cores, e com
grande poder de absorção (Figura 43).
41
7. CONCLUSÃO
haja visto que não foi citados todos, pois aqui destacamos os mais comuns e mais
importantes.
poderá ser usado para prospectar mercado no caso de entramos no ramo de vendas
42
LISTA DE FIGURAS
escrever.
43
segundo a TAPPI.
44
LISTA DE TABELAS
1000 toneladas.
45
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
[11] Mili.
<http://www.mili.com.br.com.br>. Acesso em: 06 de Abril de 2010.
46
[12] Jorlis.
<http://blogdojorlis.wordpress.com>. Acesso em: 06 de Abril de 2010.
[13] Rotogravura.
<http://www.rotogravura.com>. Acesso em: 06 de Abril de 2010.
[15] Só Pasta.
<http://www.sopasta.com.br>. Acesso em: 06 de Abril de 2010.
[19] Vulcan.
<http://www.vulcan-online.com/catalog>. Acesso em: 20 de Abril de 2010.
[20] Ovfi.
<http://www.ovfi.ca>. Acesso em: 20 de Abril de 2010.
[21] Anpark.
<http://www.anpark.com>. Acesso em: 20 de Abril de 2010.
[22] Deskaccessories.
<http://www.deskaccessories.co.uk>. Acesso em: 20 de Abril de 2010.
47
[23] Trade Note.
<http://www.tradenote.net>. Acesso em: 20 de Abril de 2010.
48