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Guia 2010/2011
Demonstrações
Financeiras e
Sinopse Legislativa
Fonte de informação
valiosa para a
elaboração das
demonstrações
financeiras do exercício
que se encerra em 31 de
dezembro de 2010.
Guia 2010/2011
Demonstrações
Financeiras e
Sinopse Legislativa
PricewaterhouseCoopers
Demonstrações financeiras e sinopse legislativa: guia 2010/2011 /
PricewaterhouseCoopers. – [20. ed.] - São Paulo : PricewaterhouseCoopers, dez. 2010.
136 p.
CDU: 657.372(81)(036)
© 2010 PricewaterhouseCoopers Brasil. Todos os direitos reservados. Neste documento, “PwC” refere-se à
PricewaterhouseCoopers Brasil, firma membro da PricewaterhouseCoopers International Limited, constituindo-se
cada firma membro da PricewaterhouseCoopers International Limited pessoa jurídica separada e independente.
Dezembro, 2010
convidamos o renomado economista Além do correto entendimento
Apresentação
Paulo Rabello de Castro. Sob sua da essência das mudanças, há o
ótica, em 2010 provamos que é desafio de aplicá-las com clareza,
possível crescer com estabilidade. diferenciando as mudanças
O equilíbrio agora depende da provocadas pelo desempenho do
conciliação entre a continuidade negócio no decorrer do ano e aquelas
do crescimento, a manutenção do advindas da mudança do padrão
controle da inflação e a crescente contábil. Nesse sentido, na seção
prosperidade para todas as camadas Contexto Normativo, apresentamos
da sociedade. O principal desafio de as nossas reflexões acerca da
nosso país, complementa, é de ordem preparação, dos impactos e das
institucional, especialmente no que se demais consequências da aplicação
refere à reforma do sistema tributário das novas normas contábeis baseadas
e redução do chamado custo Brasil. em IFRS no ambiente empresarial
brasileiro.
Os diversos aspectos e as variáveis
envolvidas na alentada reforma A ênfase do IFRS em princípios, em
tributária são apresentados no detrimento de uma abordagem mais
Contexto Tributário com enorme normativa, traz para o processo de
propriedade pelo ex-secretário da aplicação de princípios contábeis
Receita Federal, Everardo Maciel. uma dimensão mais ampla e, nesse
Entre outros pontos de reflexão, o sentido, demanda maior consideração
tributarista destaca a importância para informações sobre a estratégia,
de uma profunda discussão sobre o a doutrina e prática de governança
tamanho e a natureza do Estado como corporativa, a política de riscos
Fernando Alves base para uma reforma tributária. e gestão de recursos, os aspectos
Sócio Presidente de atuação ambiental, bem como
PwC - Brasil Nas sinopses Normativa e a consideração de elementos de
Legislativa compilamos resoluções, performance empresarial para o setor
pronunciamentos, normas, medidas ou segmento econômico específico
e decretos instituídos ou modificados da entidade. Itens essenciais para o
ao longo deste ano. Complementamos melhor entendimento do negócio e de
tal compilação com interpretações e seu desempenho, assim como de seu
O Guia Demonstrações Financeiras comentários de nossos especialistas potencial futuro.
e Sinopse Legislativa da PwC chega visando facilitar a compreensão
à 20ª edição. Todos os anos, há duas e a avaliação dos possíveis A maior amplitude e transparência de
décadas, uma equipe selecionada desdobramentos dessas normas informações se refletirão em maior
da PwC – Brasil, formada por na preparação das demonstrações confiança dos investidores não só em
profissionais das áreas de auditoria e financeiras. nossas empresas, mas em nosso país
de consultoria tributária e societária e, em consequência, demonstrações
se dedica a compilar, analisar e IFRS financeiras melhor preparadas e
comentar as instruções, deliberações, A elaboração das demonstrações com mais conteúdo informativo e de
normas e leis relativas ao processo financeiras com base no novo análise.
de preparação de demonstrações padrão contábil brasileiro, por sua
financeiras que sofreram alterações vez referenciada pelo chamado A PwC – Brasil, cônscia de seu
ou foram instituídas durante o padrão IFRS (International Financial papel como líder no seu segmento
exercício social pertinente. Tal Reporting Standards), para o de atuação, com essa publicação
trabalho culmina com a publicação exercício a findar em 31 de dezembro pretende disseminar conhecimento e
do Guia Demonstrações Financeiras de 2010 é o grande desafio neste oferece uma contribuição à melhoria
e Sinopse Legislativa. Além das momento. Chegou a hora de colocar da qualidade das demonstrações
questões técnicas, o trabalho ainda em prática o novo conjunto de financeiras no nosso país.
traz comentários de especialistas normas que vem sendo discutido e
sobre o cenário econômico, tributário analisado nos últimos anos por órgãos
e normativo no País. reguladores, membros do Comitê de
Pronunciamentos Contábeis (CPC), Fernando Alves
Para oferecer uma análise sobre o analistas, auditores, associações Sócio Presidente
Contexto Macroeconômico atual e de empresas de capital aberto, PwC - Brasil
as perspectivas para o próximo ano, acadêmicos e demais especialistas.
Contexto
Econômico
A economia brasileira diante de novos desafios: mais crescimento,
com estabilidade, inclusão social e sustentabilidade 6
Normativo
Desafios e possibilidades decorrentes da preparação, em novos padrões, de
demonstrações financeiras 14
Tributário
Reforma tributária, verdades e mitos 20
Sinopse
Normativa
1. Nacional - CPC, CFC, CVM, CMN e BACEN, SUSEP, PREVIC e IBRACON 26
2. Internacional - IASB e FASB 60
3. Navegador Contábil 78
4. Manual de Contabilidade 82
Legislativa
1. Tributos e Contribuições Federais 84
2. Tributos Estaduais e Municipais 100
3. Comércio Exterior 102
4. Outros Assuntos 103
5. Atos do Poder Judiciário 105
conciliando aceleração
do crescimento com
inflação sob controle e
crescente prosperidade
para todos.”
1
A respeito desse desafio de maior eficiência do setor público, ver o estudo, em dois
volumes, de Paulo Rabello de Castro e Raul Velloso, Panorama Fiscal Brasileiro:
Proposta de Ação, Fecomercio, 2010.
6 PwC
G1. Crescimento dos Gastos Correntes e da Receita Líquida da União
Em 2010, vimos a taxa nacional de desemprego
cair para 6,2% até setembro - o ponto mais baixo
desde 2003, que é o início dessa série histórica. Em
21%
doze meses até setembro de 2010, ante o mesmo
mês do ano anterior, o País gerou mais 816 mil
19% vagas de trabalho formais, ocupando mais 762 mil
pessoas, e pagando, em média, um salário mensal
% do PIB
1800 400
pelas famílias brasileiras já envolve um valor
correspondente a 15 vezes seu ganho salarial de
1600 350 2010. Pela primeira vez, o Brasil atinge patamares
1400
300
perigosamente altos de endividamento pessoal de
1200
longo prazo, o que exigirá muito mais cuidado e
250 sintonia fina nas políticas públicas.
1000
200
800
150
600
100
400
200 50
0 0
jan/00 jan/00 jan/00 fev/00 fev/00 mar/00 mar/00
28
26,5%
Projeção
24
19,75%
20
16,0%
16
%
13,75%
11,25%
12 10,75%
10,00%
8,75%
8
4
jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11
20
10 Projeção
-10
-20
-30
-40
-50
-60
-70
jan/95 jan/97 jan/99 jan/01 jan/03 jan/05 jan/07 jan/09 jan/11
Fonte: Bacen
(P) Projeção RC Consultores
8 PwC
A semelhança da situação vivida no período FHC, com Em resumo, a propensão a gastar do governo cria
o déficit crescente da balança em conta-corrente, e a curiosas repercussões: 1. rebaixa o poder de competição
posição deficitária atual, ao final do governo Lula - como de produtos nacionais; 2. subsidia os importados com
mostra o gráfico 5 (G5) -, dá conta de um desequilíbrio moeda local valorizada; 3. favorece a justificativa
que não é só no setor externo da economia, mas reflete, da manutenção de juro muito alto; 4. favorece a
sobretudo, o desequilíbrio fiscal interno. O governo gasta expectativa de valorização do real; 5. aumenta o
muito, mas o pior é que gasta muito mais do que arrecada, encargo financeiro suportado pelos tributos dos
provocando um excesso de demanda na economia, não contribuintes; 6. aumenta a propensão ao déficit futuro
coberto por oferta doméstica. Pelo contrário, o excesso pelo custo de rolagem de uma dívida pública majorada.
de demanda derivado do excesso de gasto de governo é
fechado por acentuada expansão das importações. Estas Tudo indica, portanto, a essencialidade da tarefa de a
são subsidiadas pelo juro alto doméstico, que financia o próxima administração mudar a sua política financeira,
gasto público com emissão de dívida interna. E de que enxugar o déficit fiscal e desonerar o contribuinte.
forma surge esse subsídio? Pela maciça entrada de dólares
que acorrem ao mercado doméstico para aproveitar o juro
alto e o câmbio que se valoriza. (G6)
85
80
75
% do PIB
70
65
60
dez/01 jan/03 fev/04 mar/05 abr/06 mai/07
Fonte: Bacen
120
110
Set/10
100
90
80
70
60
50
40
jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10
O governo americano contra-atacou a recessão, desde 2008, com sucessivas medidas de sustentação da renda e
do consumo. A mais importante e óbvia medida - a redução a quase zero da taxa de juros - não rendeu o efeito que
tivera na recessão de 2001, quando Alan Greenspan conseguiu ressuscitar o consumo por meio desse expediente,
trazendo a taxa a 1%, mas plantando a grande bolha imobiliária que se sucedeu. Desta vez, o mercado mal se
mexeu. Em 2010, a administração Obama percebeu que pouco restava também dos efeitos do enorme pacote fiscal
de estímulo de US$ 787 bilhões lançado no ano anterior. Os recursos injetados pela área pública estão circulando
muito devagar na economia americana porque os bancos, fragilizados ou quebrados em sua maioria, relutam em
emprestar. O nível de crédito, em termos absolutos, cai (!) desde o início da crise. A construção de casas novas está
estancada no nível mais baixo das décadas recentes. Por isso, o governo anuncia o que chama de novo “afrouxamento
monetário” - “Quantitative Easing 2” no jargão local - que autoriza o Fed a socorrer mais bancos, comprar mais títulos
de recebimento duvidoso no mercado e adiar o ajuste no nível de capitalização do sistema bancário. Num contexto
tão adverso, a principal economia do mundo patina e sua moeda desce ladeira abaixo. Alguns países, como o Brasil,
deixam que esse efeito de valorização “passiva” ocorra com sua moeda, o real. Porém, a China não. Esta alega que
sairia prejudicada no emprego de sua extensa mão de obra. E deixa sua moeda deslizar para baixo com o dólar. (G8)
10 PwC
G8. Valorização nominal de câmbio: moedas nacionais/dólar
Queda do índice significa valorização
140
130 Argentina
120
110
México
100
Euro
90 Chile
80 Japão
China
70
60 Brasil
50
dez/04 jun/05 dez/05 jun/06 dez/06 jun/07 dez/07 jun/08 dez/08 jun/09 dez/09 jun/10
Fonte: Bacen
PIB (%)
FMI RC JPMorgan
2009 2010 2011 2010 2011 2010 2011
Produto mundial -0,6 4,8 4,2 3,2 2,5 3,6 2,9
O ambiente internacional passou a ser de disputa As agências multilaterais, com o FMI à frente, torcem
comercial e cambial, como fora previsto por vários pela recuperação das economias ditas avançadas e pela
especialistas, ainda em 2009. O protecionismo entre manutenção de um forte crescimento entre os emergentes,
nações também grassou nos anos 1930, na Grande especialmente os BRICs, e neles, especialmente a China e a
Depressão. Muitos apontam essa deterioração da India. Este é mais um bom desejo do que um bom cenário
cooperação internacional como um dos elementos para 2011. No gráfico 9 (G9) se vê a comparação entre
alimentadores das ditaduras de direita e de esquerda, além os cenários 2011, para o crescimento mundial e de países
do detonador da 2ª Guerra Mundial. Ainda que tal cenário diversos, do FMI em cotejo com os do Banco JP Morgan e
não seja auspicioso, talvez nem provável neste momento, da RC Consultores. Estamos bem menos otimistas do que o
é bom refletir sobre seus desdobramentos possíveis, se FMI, embora acompanhando a fixa de projeções do banco.
quisermos alinhar premissas realistas do futuro.
Fonte: RC Consultores
(P) Projeção RC Consultores
12 PwC
O problema fiscal norte-americano não permitirá soluções fáceis ou rápidas.
3. 2011: O cenário A dívida federal americana negociada no mercado pode se aproximar de
100% do PIB em poucos anos se a questão fiscal permanecer no limbo
externo influencia como está. Os estados e as municipalidades estão, muitos deles, quebrados,
e define a sorte do assim como fundos de pensão de servidores públicos. Esse quadro vem
determinando que os swaps (tipo de seguro secundário de títulos) da
cenário interno dívida federal americana estejam encarecendo no mercado, refletindo
desconforto crescente dos investidores quanto à qualidade desses papéis.
Tal desconforto já fora prognosticado na atribuição de uma primeira nota
de risco AA para o Tesouro dos EUA pela agência brasileira SR Rating, em
maio de 2009. Um ano depois, os chineses, pela agência chinesa Dagong,
atribuíram a mesma nota, que não é uma nota máxima “triplo A”. Essa
mudança reflete uma quebra de paradigma. O mundo começa a se redefinir
em termos de poder e influência econômica.
Grécia
Itália
Bélgica
Portugal
Reino Unido
Áustria
França
Holanda
Espanha
Irlanda
Alemanha
Suécia
Dinamarca
Finlândia
Introdução
Neste final de exercício, as empresas deverão elaborar suas demonstrações
financeiras segundo os pronunciamentos contábeis emitidos pelo Comitê
de Pronunciamentos Contábeis (CPC), aprovados pelos órgãos reguladores,
plenamente convergentes com os Padrões Internacionais de Relatório
Financeiro (International Financial Reporting Standards - IFRS).
financeiras desde a As pequenas e médias empresas tiveram uma atenção especial. O CPC e o
entrada em vigor da Conselho Federal de Contabilidade (CFC) trabalharam e aprovaram um
pronunciamento técnico: o CPC PME, que tem aplicabilidade a todas as
Lei nº 6.404, em 1976.” entidades que não prestam conta publicamente e elaboram demonstrações
contábeis, para fins gerais, para usuários externos. Isso abrange um grande
número de sociedades anônimas fechadas e de sociedades limitadas.
Ainda com pequenos ajustes em andamento em seus pronunciamentos
nesta reta final de 2010, para um pleno alinhamento às normas
internacionais, o CPC disponibiliza a todos um conjunto completo de
normas e orientações para que as empresas deem um passo derradeiro
nesse processo relevante que será a disponibilização de suas demonstrações
financeiras no novo padrão internacional.
14 PwC
O momento atual é de certa forma semelhante ao vivido
Preparação das por milhares de empresas européias que adotaram os IFRS
em 2005. Tal fato nos dá o privilégio de aprendermos
demonstrações com os desafios enfrentados por essas empresas e nos
financeiras beneficiarmos dos avanços efetuados pelo próprio
IASB. Ler demonstrações financeiras de empresas que já
adotaram o IFRS no exterior ou mesmo no Brasil, entender
os impactos a partir da nota de reconciliação para o novo
padrão contábil, atentar para os quadros e para o volume
de informações, bem como para a seleção das práticas
contábeis é uma providência que pode ajudar bastante.
16 PwC
A mensuração de instrumentos financeiros Aquisições (combinações de empresas) feitas em etapas
mantidos para negociação ao valor justo e também o podem gerar ganhos relevantes no resultado, os quais
reconhecimento de derivativos por esse mesmo critério, podem não ser fáceis de entender e, consequentemente,
quer estejam isolados ou embutidos em outros contratos, difíceis de explicar nas demonstrações financeiras.
são exemplos de situações que resultam no aumento do Também as reorganizações societárias com o envolvimento
nível de volatilidade do resultado da empresa. de terceiros, perdas de participações ou mudanças
de controle trazem efeitos diferentes, que devem ser
Também as empresas com ativos biológicos deverão entendidos a partir da essência da regra para que uma
apresentar esses ativos ao valor de mercado, o que explicação e o seu entendimento possam ser efetivos.
impacta de forma temporal a margem bruta, o resultado
e o EBITDA. As novas normas requerem que as companhias abertas
apresentem a informação segmentada do ponto de vista
Em razão dessa volatilidade, índices financeiros serão da administração, devendo seguir o formato apresentado
impactados, inclusive os de 2009 por reapresentação ao “principal tomador de decisões” da empresa. O receio
para fins de comparação com as cifras de 2010. de divulgar informações estratégicas ao mercado e a
potenciais concorrentes, bem como a oportunidade de
Novas normas explicar melhor o negócio aparecem juntos. O desafio
para os profissionais das áreas Financeira e de Relações
A comunicação das mudanças em uma seção ou em com Investidores é encontrar o equilíbrio entre esses dois
quadros específicos do relatório da administração para aspectos. A informação por segmento é considerada de
explicar a transição para o IFRS/CPCs, em conjunto grande importância pelos investidores, e empresas podem
com outras ações de comunicação das áreas de relação se diferenciar de seus concorrentes permitindo uma
com investidores, tende a facilitar o entendimento dos análise mais apurada.
novos números. Além de ser útil e mais didático para
os investidores ou usuários não familiarizados com as O lucro líquido por ação é outra mudança importante. O
novas práticas contábeis, tanto o IFRS 1 quanto o CPC 37 conceito de lucro líquido por ação do padrão internacional
requerem a apresentação de uma nota de reconciliação é muito diferente do que vínhamos aplicando no Brasil. Ele
entre o patrimônio e o resultado, conforme a prática se subdivide em lucro básico e lucro diluído, permitindo
anterior e o novo padrão contábil. ao usuário das demonstrações financeiras entender os
impactos de eventuais potenciais alterações na composição
Algumas novas normas trazem determinados conceitos e acionária, seja por emissão de ações ou outras formas
números definitivamente diferentes. de diluição da participação dos acionistas atuais. As
dívidas conversíveis e os planos de opção de compra de
Um waiver que não tenha sido obtido até a data-base ações por funcionários são exemplos de transações que
das demonstrações financeiras poderá levar toda podem potencialmente diluir o lucro por ação dos atuais
a dívida de longo prazo para o circulante. A regra acionistas de uma empresa. Dependendo dos instrumentos
anterior permitia a obtenção do waiver até a data da financeiros com os quais uma empresa opera, o cálculo do
conclusão da elaboração das demonstrações financeiras. lucro por ação diluído pode ser complexo.
As reclassificações e redefinições para as aplicações
financeiras no balanço são outro critério que pode trazer
modificação relevante aos números.
18 PwC
Outras consequências e
futuros desafios
Contexto
política que se iniciou com a renúncia
de Jânio Quadros e culminou com a
deposição de João Goulart, em 1964,
20 PwC
É certo que aquela Reforma trazia alguns vícios de O alargamento da base do ICMS, pela inclusão dos
concepção. O mais grave deles diz respeito à titularidade serviços, encontraria oposição frontal dos 5.565
do então ICM. Por entendê-lo como sucedâneo do IVC, Municípios, que jamais admitiriam a perda da
optou-se por incluir o novel tributo na competência titularidade do ISS. Os arautos do municipalismo -
dos Estados. Desde sua instituição até a evolução para hoje, mais por pragmatismo do que por convicção
ICMS, foram se acumulando iniquidades: os saldos de - mobilizariam a opinião pública contra a proposta,
créditos oriundos de operações de exportações jamais lançando farpas contra o centralismo fiscal.
foram honrados integralmente, com base na esdrúxula
tese de que à União cabiam as responsabilidades pela A possibilidade de aproveitamento de créditos dos
política de comércio externo, o que foi reforçado pela bens de capital e consumo abre outro campo de
adoção de medidas visando estabelecer transferências controvérsias: em relação aos primeiros, há sempre a
federais para compensar virtuais perdas de arrecadação compreensível alegação dos Estados quanto à escassez
nos Estados e Municípios, em virtude da desoneração de recursos para enfrentar esse estreitamento da base
de tributos incidentes nas exportações de produtos imponível, oferecendo pretexto para uma demanda com
industrializados (art. 159, II, da Constituição) e de a finalidade de lograr uma indesejável compensação
matérias-primas e produtos semielaborados (Lei com transferências federais, ainda que essas perdas
Complementar nº 87, de 1996, conhecida como “Lei pudessem ser atenuadas por meio de uma implantação
Kandir”); a destinação do produto da arrecadação nas gradual com horizonte de médio prazo; no tocante aos
operações interestaduais gerou uma insolúvel polêmica bens de consumo, a restrição alcança não somente a
entre a prevalência dos princípios da origem e do destino perda de arrecadação, senão também as possibilidades
nas operações interestaduais, contrapondo Estados que se abrem à fraude, mediante fringe benefits
produtores e Estados consumidores; a guerra fiscal usufruídos por pessoas físicas vinculadas a empresas.
assumiu proporções alarmantes ante a impotência fática
das vedações legais à sua prática; a ampla liberdade Não se conclua, todavia, que essas restrições, ditadas
concedida aos Estados no estabelecimento de alíquotas por uma visão realista da questão tributária, venham a
e bases de cálculo gerou uma miríade de alíquotas significar uma tragédia. É possível pensar em soluções
efetivas, sem termos de comparação com os congêneres que, ao menos, mitiguem os problemas do ICMS, sem
impostos sobre valor agregado de outros países. desconhecer, entretanto, as restrições de natureza
política. Consola saber, como já assinalado, que os
Esse equívoco é compreensível. A Comissão incumbida sistemas tributários são naturalmente imperfeitos e
da Reforma de 1965-67 dispunha, à época, como única carentes de aperfeiçoamento permanente.
referência de tributação do valor agregado no consumo,
o modelo adotado na França, que, como se sabe, é um No âmbito do que poderia ser qualificado como a
Estado unitário. Não se podia, portanto, aquilatar, com reforma na tributação do consumo, aos problemas do
precisão, os efeitos perversos decorrentes da titularidade ICMS se acrescentam outros que reclamam mudanças,
estadual de um imposto sobre o valor agregado em uma com maior ou menor grau de urgência. Tal iniciativa
federação. Afora isso, havia desconforto político contra a completaria o que já se fez, na segunda metade dos anos
suposta tendência de centralizar a tributação no âmbito noventa, em relação ao imposto de renda, cuja reforma
federal. Não se deve esquecer que o espírito federativo, representou um enorme salto de qualidade, de sorte
desde a República, é de imbatível valor político. que a legislação brasileira, no caso, passou a ser um
paradigma internacional, quando antes era vista com
Sob o ponto de vista técnico, é óbvio que seria preferível desdém por especialistas brasileiros e estrangeiros.
um imposto sobre valor agregado federal, de acordo
com o figurino clássico acolhido pelos demais países
que elegeram essa forma de extração tributária. No
Brasil, essa tese, entretanto, é irrealista. Governadores e
congressistas reagiriam duramente a qualquer proposta
desse gênero, tendo em conta que o poder de governar
está intrinsecamente associado ao poder de tributar,
além do que, em termos de arrecadação, o ICMS é
hoje o mais importante tributo brasileiro. Haveria,
também, quem a inquinasse, não sem alguma razão, de
inconstitucional, por ferir o pacto federativo - preceito
irreformável da Constituição.
22 PwC
Realpolitik parece ser a estratégia política mais eficaz Amplificar o espectro de uma reforma tributária
na condução de um projeto de reforma tributária, corresponde a maximizar as tensões políticas que se
sem dispensar também o recurso à moderação a que instalam no processo. A consequência inevitável é a
repugna o excesso das propostas radicais tendentes a paralisia. O estímulo ao conflito generalizado elimina
reestruturar integralmente o sistema tributário brasileiro. qualquer possibilidade de encaminhamento racional
A propósito, os gregos, que construíram os fundamentos da questão, sem falar do prejuízo à construção de uma
da cultura ocidental, puseram uma máxima no frontão posição hegemônica.
do templo de Apolo, em Delfos, que retrata, de forma
impressionantemente concisa, o equilíbrio apolíneo Reformas tributárias abrangentes reclamam condições
da alma helênica: “nada em demasia”, que os trágicos excepcionais, nem sempre meritórias, como regimes
sublimaram para uma expressão não menos construtiva autoritários, ou a tabula rasa dos países sem tradição
(“nada melhor que a moderação”, que vem a ser o leitmotiv fiscal. A reforma 1965-67 só teve sucesso porque foi
da ética aristotélica). concebida e implantada durante o período autoritário.
A adoção do polêmico flat tax no Leste europeu só se
tornou possível porque nos países daquela região inexistia
tradição tributária. Nos países democráticos em que o
estado fiscal de alguma forma existe, reformas tributárias
quase sempre se orientam na direção de um second best.
Tal circunstância estimula a litigiosidade e explica os Enfim, desde a reforma de 1965-67, todas as mudanças
intermináveis processos judiciais relativos a questões constitucionais (inclusive a Constituinte de 1988)
tributárias, haja vista que o direito brasileiro optou pelo importaram em perda de qualidade no sistema tributário
controle difuso de constitucionalidade, resultando, brasileiro: aumento de transferências, sem a contrapartida
portanto, em insegurança jurídica para o fisco e para o de repartição de encargos, acarretando a debilitação dos
contribuinte. impostos tradicionais (IR e IPI) e aumento vertiginoso
da participação das contribuições sociais na arrecadação
A aludida insegurança assume tamanha proporção que federal; completa autonomia dos Estados para fixação
deu lugar à bem-humorada observação de que “no Brasil de bases de cálculo e alíquotas do ICMS, resultando,
nem o passado é previsível”, como paráfrase de frase que como já mencionado, no quadro caótico de alíquotas
circulava, à época da Guerra Fria, em referência à União efetivas; instituição do orçamento de seguridade social,
Soviética. em desfavor da transparência nas contas da previdência;
eliminação dos limites à tributação do ICMS, resultando
As emendas constitucionais, em vista do quórum em alíquotas desproporcionalmente elevadas (acima
privilegiado exigido para sua aprovação, encerram de 25%) e em concentração das receitas (a incidência
um enorme custo político, especialmente por conta sobre combustíveis, energia elétrica e telecomunicações
da existência de um sistema político que estimula a representa, hoje, cerca de 43% da arrecadação nacional
fragmentação partidária e é demasiado tolerante no daquele imposto).
que concerne à fidelidade a decisões programáticas.
Abrem, além disso, espaço para introdução de privilégios
tributários e para elevação dos níveis de complexidade e
desorganização do sistema tributário.
24 PwC
Afastada a hipótese de reformas crédito no contribuinte substituído; As exigências metodológicas e
abrangentes, um caminho para desburocratização fiscal, com ênfase a extensão dos problemas não
melhorar a qualidade do sistema nas exigências relativas a obrigações podem ser vistas como restrições
tributário brasileiro seria buscar acessórias e nos procedimentos de intransponíveis. Servem apenas para
soluções centradas em problemas inscrição e baixa de contribuintes; dimensionar as dificuldades para
reais, preferencialmente pela via desoneração dos investimentos, conceber e implantar uma reforma
infraconstitucional, a exemplo de: mediante aproveitamento imediato tributária no Brasil. O tema há muito
simplificação do ICMS, sobretudo por do crédito oriundo de aquisições de tempo é merecedor de um olhar
meio de restrições às possibilidades bens de capital, no que concerne ao realista, abdicando de servilismos
de redução da base de cálculo e ICMS e ao PIS/Cofins; eliminação de intelectuais que pretendem a
limitação do número de alíquotas práticas abusivas na imputação de supremacia de modelos teóricos,
nominais; simplificação do PIS/ responsabilidade fiscal, especialmente nem sempre funcionais, ou transpor,
Cofins, procedendo-se à eliminação no que concerne à garantia do acriticamente, experiências, ainda que
dos inúmeros regimes especiais, fruto devido processo legal; diminuição da valiosas, de outros países. De resto,
de uma política fiscal que privilegiou volatilidade normativa, procedendo- não há lugar para certezas absolutas.
casuísmos; redução dos acúmulos se à ampliação do conceito de As próprias soluções alteram os
de créditos fiscais decorrentes anterioridade, com o objetivo problemas.
de operações de exportação, de condicionar a instituição ou a
facultando-se, no âmbito federal, a majoração de tributos à sua aprovação
compensação com débitos vinculados até 30 de junho do exercício anterior.
às contribuições previdenciárias
patronais e, em relação ao ICMS, o
diferimento nas saídas para empresas
preponderantemente exportadoras;
eliminação da guerra fiscal do ICMS
e do ISS, por força de um novo
disciplinamento para competição
fiscal lícita e do estabelecimento de
programas voltados para correção dos
desequilíbrios regionais; diminuição
da incidência tributária sobre a
folha de salários, visando prevenir o
conflito entre tributação e geração de
empregos; ampliação dos limites de
opção para o lucro presumido; criação
de um regime de transição entre
os optantes do SIMPLES e do lucro
presumido; maior disciplinamento
da substituição tributária, tornando
possível o aproveitamento de
Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem, necessariamente, a posição ou opinião do
network de firmas PwC.
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CPC 15 - Combinação de Negócios
• Aplicável para transações que envolvam combinação de negócios: operação ou outro evento por meio do qual um
adquirente obtém o controle de um ou mais negócios, independentemente da forma jurídica da operação. A norma
traz conceitos bastante novos. Para uma adequada compreensão e assimilação desses conceitos, é necessário leitura
da norma, bem como análise dos exemplos incluídos no CPC 15.
• Adquirente: entidade que obtém o controle da • Participação dos não controladores: avaliada
adquirida. ao valor justo ou pelo valor proporcional de
participação nos ativos líquidos (valor contábil pré-
• Alocação do preço de compra: deve ser feita, na combinação) na data da combinação de negócios e
data da aquisição, a ativos e passivos identificáveis, demonstrada como componente do patrimônio.
inclusive intangíveis, que são avaliados, para fins
das demonstrações financeiras consolidadas da • Aquisições posteriores à combinação de
adquirente, a valor justo. negócios: são consideradas transações entre sócios,
impactando diretamente o saldo de conta específica
• Aquisição por meio de incorporação ou fusão de no patrimônio líquido, de maneira semelhante a
sociedade: ocorre em algumas situações e, nesses “ações em tesouraria”, não gerando mais goodwill
casos, se houver efetiva mudança de controle e se ou ganho por compra vantajosa.
a transação não for entre entidades sob controle
comum, é necessário identificar a entidade
adquirente e esta deve ajustar a posição patrimonial
(balanço patrimonial) da adquirida na data de
aquisição para refletir seus ativos e passivos, tais
como reconhecidos e mensurados em conformidade
com o CPC 15. A contrapartida desse ajuste será na
conta “Ajustes de Avaliação Patrimonial”.
• Mudança no conceito de coligada: investimento passam a ser totalmente eliminados tanto nas
em entidade sobre a qual se tenha influência operações de venda da controladora para a
significativa, presumindo-se a existência dessa controlada quanto da controlada para a controladora
influência se a participação for, de pelo menos, 20% ou entre as controladas. Anteriormente, o lucro
do capital votante. de venda da controladora para a controlada
era eliminado obrigatoriamente apenas nas
• Reapresentação de demonstrações financeiras demonstrações financeiras consolidadas, o que
de investidas: no caso de reconhecimento, por gerava item de conciliação entre os resultados e o
controlada ou controlada em conjunto, de ajuste de patrimônio líquido das demonstrações financeiras
exercício anterior por mudança de prática contábil individuais e consolidadas.
ou retificação de erro e consequente reapresentação
retrospectiva de suas demonstrações contábeis, a Para os casos dos lucros não realizados existentes na
controladora fará o reconhecimento de sua parte data da adoção inicial do Pronunciamento Técnico
nesse ajuste e também procederá à reapresentação CPC 36 - Demonstrações Consolidadas e que não
retrospectiva de suas demonstrações contábeis, tenham sido eliminados nas demonstrações contábeis
conforme o CPC 23 - Políticas Contábeis, Mudança de individuais em razão da prática contábil anterior,
Estimativa e Retificação de Erro. os lucros devem ser apurados na data do balanço de
abertura (da demonstração contábil individual) e
• Registro de investimentos e ágio nas ajustados à conta de lucros (prejuízos) acumulados
demonstrações financeiras individuais: como requer o CPC 23 - Políticas Contábeis, Mudança
na elaboração das demonstrações contábeis de Estimativa e Retificação de Erro sobre mudança de
individuais, enquanto exigidas pela legislação prática contábil.
brasileira, a adquirente deve aplicar os requisitos da
Interpretação ICPC 9 com relação à identificação do • Perda de controle e influência e investimentos em
valor justo do acervo líquido da entidade adquirida coligadas: a perda de influência significativa impacta
para fins de registro na conta de investimento - a forma de reconhecimento contábil de investimentos,
aplicação do método de equivalência patrimonial conforme CPC 18: “O investidor deve suspender o
- e para a determinação do ágio por expectativa de uso do método de equivalência patrimonial a partir
rentabilidade futura (goodwil) ou ganho por compra da data em que deixar de ter influência significativa
vantajosa (deságio) na aquisição de controlada. O sobre a coligada e deixar de ter controle sobre a até
montante líquido apurado entre os valores justo e então controlada (exceto, no balanço individual, se a
contábil do acervo líquido, cujo controle foi obtido, investida passar de controlada para coligada); a partir
deve ser considerado como um ajuste extracontábil desse momento, contabilizar o investimento como
ao patrimônio líquido da entidade adquirida para instrumento financeiro de acordo com os requisitos
fins do cômputo da equivalência patrimonial (nas do Pronunciamento Técnico CPC 38 - Instrumentos
demonstrações individuais da controladora), mesmo Financeiros: Reconhecimento e Mensuração. Na
não estando refletido nas demonstrações contábeis perda de influência e do controle, o investidor deve
individuais da entidade cujo controle foi obtido, e irá mensurar ao valor justo qualquer investimento
compor também os saldos da entidade adquirida para remanescente que mantenha na ex-coligada ou
fins de consolidação das demonstrações contábeis. ex-controlada” e apurar o efeito dessa mudança de
mensuração no resultado do exercício.
• Vendas da controladora para a controlada passam
a ser eliminadas nas demonstrações individuais: • Na alienação de ativos da investidora para a
conforme esclarecido na ICPC 09 - Demonstrações controlada em conjunto, a investidora não reconhece
Contábeis Individuais, Separadas, Consolidadas e como lucro realizado a parte proporcional que detém
Aplicação do Método de Equivalência Patrimonial, os de participação na investida até a baixa do ativo nesta;
lucros não realizados em operações com controlada o mesmo se aplica no sentido inverso.
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CPC 22 - Informações por Segmento
• Obrigatório apenas às companhias abertas. • A entidade deve fornecer informações sobre o grau
de dependência de seus principais clientes, sem a
• A entidade deve divulgar separadamente as obrigação de identificar os nomes desses clientes.
informações sobre receita, lucro e ativos de cada
segmento operacional.
• Covenants: o passivo referente a acordo de empréstimo • Em circunstâncias extremamente raras, nas quais a
a longo prazo passa a ser classificado como circulante administração vier a concluir que a conformidade
quando a entidade não cumprir um compromisso com um requisito de Pronunciamento, Interpretação
referente a este acordo até a data do balanço, com o ou Orientação conduziria a uma apresentação tão
efeito de o passivo se tornar vencido e pagável à ordem enganosa que entraria em conflito com o objetivo das
do credor. Essa classificação se aplica neste caso, demonstrações contábeis estabelecido na Estrutura
mesmo que o credor tenha concordado, após a data do Conceitual para a Elaboração e Apresentação das
balanço e antes da data da autorização para emissão Demonstrações Contábeis (Pronunciamento Conceitual
das demonstrações contábeis, em não exigir pagamento Básico), a entidade não pode aplicar esse requisito, a
antecipado como consequência do descumprimento do não ser que esse procedimento seja terminantemente
compromisso. Entretanto, se o credor tiver concordado, vedado do ponto de vista legal e regulatório.
até a data do balanço, em proporcionar um período de
carência a terminar pelo menos 12 meses após a data • O apêndice A do Pronunciamento requer que a
do balanço, dentro do qual a entidade pode retificar o participação dos não controladores seja apresentada
descumprimento e durante o qual o credor não pode como parte do patrimônio líquido e não mais em uma
exigir a liquidação imediata do passivo em questão, linha intermediária entre o passivo e o patrimônio
este pode ser classificado como não circulante. liquido consolidado.
• É obrigatória a revisão pelo menos anual dos parâmetros que levaram à definição do valor periódico da depreciação.
CPC 30 - Receitas
CPC 35 - Demonstrações Separadas
• Havendo mais de um componente identificável
de uma única transação, deve ser refletida sua • Demonstrações opcionais para situações em que
substância. Por outro lado, pode ser necessário a avaliação em coligadas, em controladas e em
tratar dois componentes ou transações como um só, controladas em conjunto, feita por equivalência
como quando a entidade vende bens e celebra, no patrimonial, bem como quando da elaboração
mesmo momento, acordo para recomprá-los em data de demonstrações consolidadas, não revelam ou
posterior. Nesse caso, a receita de venda e a transação não evidenciam da forma mais adequada como a
de compra não devem ser registradas. administração visualiza o negócio.
• Programas de fidelização de clientes: a parcela • Investimentos: avaliados pelo valor justo, ou até
atribuída como bônus deverá implicar diferimento da mesmo pelo custo.
receita relativa a esse bônus.
30 PwC
CPC 36 - Demonstrações Consolidadas CPC 38 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento
e Mensuração e CPC 39 - Instrumentos Financeiros:
• Consolidação das demonstrações contábeis Apresentação
- é obrigatória na existência de controlada,
independentemente da controladora ser companhia • De acordo com o CPC 39, a entidade deve classificar o
aberta ou não, com raríssimas exceções. instrumento financeiro como passivo, ativo ou elemento
patrimonial, de acordo com a substância do instrumento
• Perante as normas internacionais, não existem e com suas respectivas definições, e não de acordo com
demonstrações individuais da controladora. sua forma.
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CPC 43 - Adoção inicial dos Pronunciamentos Técnicos ICPC 02 - Contrato de Construção do Setor Imobiliário
CPC 15 a 40
• Contrato de construção de imóvel, mediante o qual
• O CPC 43 determina que a entidade deve, os compradores têm apenas possibilidade limitada de
primeiramente, fazer a aplicação do CPC 37 às suas influenciar no projeto do imóvel passa a ser tratado
demonstrações consolidadas quando adotar tais como um contrato de venda de bens de acordo com o
normas internacionais pela primeira vez e, a seguir, alcance do CPC 30 e a receita é reconhecida quando
a entidade deve transpor, para suas demonstrações todas as condições do item 14 do CPC 30 são atendidas.
individuais, todos os ajustes que forem necessários, ou
pelos quais optar, na aplicação do CPC 37, de maneira • Contrato de construção em que há a transferência do
a obter o mesmo patrimônio líquido em ambos os controle, dos riscos e dos benefícios da propriedade
balanços patrimoniais (consolidado e individual) de imóvel durante a construção: se todos os critérios
observada a exceção comentada. do item 14 do CPC 30 - Receitas, forem continuamente
atendidos à medida que a construção avança a
entidade deve reconhecer a receita pelo percentual de
evolução da obra.
ICPC 01 - Contratos de Concessão
Órgão regulador
Pronunciamento
Comunicado
Deliberação
Resolução
Resolução
Exercícios
Normativa
Despacho
findos em
Vigência -
Instrução
Técnico
Circular
SUSEP
ANEEL
ANTT
IASB
CMN
CVM
ANS
CFC
CPC 00 Estrutura Conceitual Dez/2008 Framework 539/08 1.121/08 - 379/08 4.796/08 - SUREG
para a Elaboração e NBC T 1 01/09
Apresentação das
Demonstrações
Contábeis
CPC 01 Redução ao Valor Dez/2008 IAS 36 639/10 1.292/10 3.566/08 379/08 4.796/08 37/09 SUREG
(R1) Recuperável de Ativos NBC T 19.10 (*) (*) (*) (*) 01/09
(*)
CPC 02 Efeitos das Mudanças Dez/2008 IAS 21 640/10 1.295/10 - 379/08 4.796/08 37/09 SUREG
(R2) nas Taxas de Câmbio NBC T 7 (*) (*) (*) 01/09
e Conversão de (*)
Demonstrações
Contábeis
CPC 03 Demonstração dos Dez/2008 IAS 7 641/10 1.296/10 3.604/08 379/08 4.796/08 37/09 SUREG
(R2) Fluxos de Caixa NBC T 3.8 (*) (*) (*) (*) 01/09
(*)
CPC 04 Ativo Intangível Dez/2008, IAS 38 553/08 1.139/08 - 379/08 4.796/08 37/09 SUREG
exceto item 107 NBC T 19.8 01/09
(aplicável para 1.140/08
exercícios findos NBC T 19.8-
em 2009) IT 1
CPC 05 Divulgação sobre Dez/2008 IAS 24 642/10 1.297/10 3.750/09 379/08 4.796/08 37/09 SUREG
(R1) Partes Relacionadas NBC T 17 (*) (*) (*) (*) 01/09
(*)
CPC 06 Operações de Dez/2008 IAS 17 554/08 1.141/08 - 379/08 4.796/08 37/09 SUREG
Arrendamento NBC T 10.2 01/09
Mercantil
CPC 07 Subvenção e Dez/2008 IAS 20 555/08 1.143/08 - 379/08 4.796/08 37/09 SUREG
Assistência NBC T 19.4 01/09
Governamentais
CPC 08 Custos de Transação Dez/2008 IAS 39 556/08 1.142/08 - 379/08 4.796/08 37/09 SUREG
e Prêmios na Emissão (partes) NBC T 19.14 01/09
de Títulos e Valores
Mobiliários
CPC 09 Demonstração do Dez/2008 - 557/08 1.138/08 - 379/08 4.796/08 37/09 SUREG
Valor Adicionado 1.162/09 01/09
NBC T 3.7
CPC 10 Pagamento Baseado Dez/2008 IFRS 2 562/08 1.149/09 - 379/08 4.796/08 37/09 SUREG
em Ações NBC T 19.15 01/09
CPC 11 Contratos de Seguro Dez/2010 IFRS 4 563/08 1.150/09 - 379/08 - - -
NBC T 19.16
CPC 12 Ajuste a Valor Presente Dez/2008 - 564/08 1.151/09 - 379/08 4.796/08 37/09 SUREG
NBC T 19.17 01/09
CPC 13 Adoção Inicial da Dez/2008 - 565/08 1.152/09 - 379/08 4.796/08 37/09 SUREG
Lei nº 11.638/07 e da NBC T 19.18 01/09
Medida Provisória
nº 449/08
(*) Por ocasião da preparação deste guia, as homologações desses reguladores se deram somente para as versões originais dos respectivos
Pronunciamentos e não para as versões revisadas dos mesmos.
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Órgão regulador
Pronunciamento
Comunicado
Deliberação
Resolução
Resolução
Exercícios
Normativa
Despacho
findos em
Vigência -
Instrução
Técnico
Circular
SUSEP
ANEEL
ANTT
IASB
CMN
CVM
ANS
CFC
CPC 15 Combinação de Dez/2010, IFRS 3 580/09 1.175/09 - - 4.722/09 37/09 -
Negócios comparativo a NBC T 19.23
2009
CPC 16 Estoques Dez/2010, IAS 2 575/09 1.170/09 - - 4.722/09 37/09 -
(R1) comparativo a NBC T 19.20
2009
CPC 17 Contratos de Dez/2010, IAS 11 576/09 1.171/09 - - 4.722/09 37/09 -
Construção comparativo a NBC T 19.21
2009
CPC 18 Investimento em Dez/2010, IAS 28 605/09 1.241/09 - - - 37/09 -
Coligada e em comparativo a NBC T 19
Controlada 2009
CPC 19 Investimento em Dez/2010, IAS 31 606/09 1.242/09 - - - 37/09 -
Empreendimento comparativo a NBC T 19.38
Controlado em 2009
Conjunto (Joint
Venture)
CPC 20 Custos de Dez/2010, IAS 23 577/09 1.172/09 - - 4.722/09 37/09 -
Empréstimos comparativo a NBC T 19.22
2009
CPC 21 Demonstração Dez/2010, IAS 34 581/09 1.174/09 - - 4.722/09 37/09 -
Intermediária comparativo a IFRIC 10 NBC T 19.24
2009
CPC 22 Informações por Dez/2010, IFRS 8 582/09 1.176/09 - - 4.722/09 37/09 -
Segmento comparativo a NBC T 19.25
2009
CPC 23 Políticas Contábeis, Dez/2010, IAS 8 592/09 1.179/09 - - 4.722/09 37/09 -
Mudança de Estimativa comparativo a NBC T 19.11
e Retificação de Erro 2009
CPC 24 Evento Subsequente Dez/2010, IAS 10 593/09 1.184/09 - - 4.722/09 37/09 -
comparativo a NBC T 19.12
2009
CPC 25 Provisões, Passivos Dez/2010, IAS 37 594/09 1.180/09 3.823/09 - 4.722/09 37/09 -
Contingentes e Ativos comparativo a NBC T 19.7
Contingentes 2009
CPC 26 Apresentação das Dez/2010, IAS 1 595/09 1.185/09 - - 4.722/09 37/09 -
Demonstrações comparativo a NBC T 19.27
Contábeis 2009
CPC 27 Ativo Imobilizado Dez/2010, IAS 16 583/09 1.177/09 - - 4.722/09 37/09 -
comparativo a NBC T 19.1
2009
CPC 28 Propriedade para Dez/2010, IAS 40 584/09 1.178/09 - - 4.722/09 37/09 -
Investimento comparativo a NBC T 19.26
2009
CPC 29 Ativo Biológico e Dez/2010, IAS 41 596/09 1.186/09 - - - 37/09 -
Produto Agrícola comparativo a NBC T 19.29
2009
CPC 30 Receitas Dez/2010, IAS 18 597/09 1.187/09 - - 4.722/09 37/09 -
comparativo a IFRIC 13 NBC T 19.30
2009
Comunicado
Deliberação
Resolução
Resolução
Exercícios
Normativa
Despacho
findos em
Vigência -
Instrução
Técnico
Circular
SUSEP
ANEEL
ANTT
IASB
CMN
CVM
ANS
CFC
CPC 31 Ativo Não Circulante Dez/2010, IFRS 5 598/09 1.188/09 - - 4.722/09 37/09 -
Mantido para comparativo a NBC T 19.28
Venda e Operação 2009
Descontinuada
CPC 32 Tributos sobre o Lucro Dez/2010, IAS 12 599/09 1.189/09 - - 4.722/09 37/09 -
comparativo a NBC T 19.2
2009
CPC 33 Benefícios a Dez/2010, IAS 19 600/09 1.193/09 - - 4.722/09 37/09 -
Empregados comparativo a IFRIC 14 NBC T 19.31
2009
CPC 35 Demonstrações Dez/2010, - 607/09 1.239/09 - - - 37/09 -
Separadas comparativo a NBC T 19.35
2009
CPC 36 Demonstrações Dez/2010, IAS 27 608/09 1.240/09 - - - 37/09 -
Consolidadas comparativo a NBC T 19.36
(R1) 2009
CPC 37 Adoção Inicial das Dez/2010, IFRS 1 609/09 1.253/09 - - - 37/09 -
Normas Internacionais comparativo a NBC T 19.39
de Contabilidade 2009
CPC 38 Instrumentos Dez/2010, IAS 39 604/09 1.196/09 - - - 37/09 -
Financeiros: comparativo a IFRIC 9 NBC T 19.32
Reconhecimento e 2009
Mensuração
CPC 39 Instrumentos Dez/2010, IAS 32 604/09 1.197/09 - - - 37/09 -
Financeiros: comparativo a NBC T 19.33
Apresentação 2009
CPC 40 Instrumentos Dez/2010, IFRS 7 604/09 1.198/09 - - - 37/09 -
Financeiros: comparativo a NBC T 19.34
Evidenciação 2009
CPC 41 Resultado por Ação Dez/2010, IAS 33 636/10 1.287/10 - - - - -
comparativo a NBC T 19.42
2009
CPC 43 Adoção Inicial dos Dez/2010, IFRS 1 610/09 1.254/09 - - - 37/09 -
Pronunciamentos comparativo a NBC T 19.40
Técnicos CPC 15 a 40 2009
CPC Contabilidade para Dez/2010 IFRS for - 1.255/09 - - - 37/09 -
PME Pequenas e Médias SMEs NBC T 19.41
Empresas
36 PwC
Orientações Técnicas
Órgão regulador
Comunicado
Orientações
Deliberação
Resolução
Resolução
Exercícios
Normativa
Despacho
findos em
Vigência -
Instrução
Técnicas
Circular
SUSEP
ANEEL
ANTT
IASB
CMN
CVM
ANS
CFC
OCPC 01 Entidades de Dez/2008 - 561/08 1.154/09 - - - - -
(R1) Incorporação NBC T 10.23
Imobiliária
OCPC 02 Esclarecimentos Dez/2008 - Ofício- 1.157/09 - Carta- - - SUREG
sobre as circular CT 03 circular 01/09
Demonstrações CVM/SNC/ DECON
Contábeis de 2008 SEP nº 001/09
01/2009
OCPC 03 Instrumentos A partir de sua - Ofício- 1.199/09 - - - - -
Financeiros: publicação em circular IT 02
Reconhecimento, outubro de 2009 CVM/SNC/
Mensuração e SEP nº
Evidenciação 03/2009
(CPC 14 R1)
Interpretações Técnicas
Órgão regulador
Interpretações
Comunicado
Deliberação
Resolução
Resolução
Exercícios
Normativa
Despacho
findos em
Vigência -
Instrução
Técnicas
Circular
SUSEP
ANEEL
ANTT
IASB
CMN
CVM
ANS
CFC
Comunicado
Deliberação
Resolução
Resolução
Exercícios
Normativa
Despacho
findos em
Vigência -
Instrução
Técnicas
Circular
SUSEP
ANEEL
ANTT
IASB
CMN
CVM
ANS
CFC
ICPC 06 Hedges de Dez/2010, IFRIC 16 616/09 1.256/09 - - - - -
Investimentos Líquidos comparativo a IT 06
em uma Operação no 2009
Exterior
ICPC 07 Distribuição de Dez/2010, IFRIC 17 617/09 1.260/09 - - - - -
Dividendos in Natura comparativo a IT 07
2009
ICPC 08 Contabilização Dez/2010, IAS 10 601/09 1.195/09 - - - - -
da Proposta de comparativo a IT 01
Pagamento de 2009
Dividendos
ICPC 09 Demonstrações Dez/2010, - 618/09 1.262/09 - - - - -
contábeis individuais, comparativo a IT 09
demonstrações 2009
separadas,
demonstrações
consolidadas e
aplicação do método
de equivalência
patrimonial
ICPC 10 Esclarecimentos Sobre Dez/2010, - 619/09 1.263/09 - - - - -
os Pronunciamentos comparativo a IT 10
Técnicos CPC 27 - 2009
Ativo Imobilizado e
CPC 28 - Propriedade
para Investimento
ICPC 11 Recebimento em Dez/2010, IFRIC 18 620/09 1.264/09 - - - - -
transferência de ativos comparativo a IT 11
de clientes 2009
ICPC 12 Mudanças em Dez/2010, IFRIC 1 621/09 1.265/09 - - - - -
passivos por comparativo a IT 12
desativação, 2009
restauração e outros
passivos similares
ICPC 13 Direitos a Participações Dez/2010, IFRIC 5 637/10 1.288/10 - - - - -
Decorrentes comparativo a IT 14
de Fundos de 2009
Desativação,
Restauração e
Reabilitação Ambiental
ICPC 15 Passivo Decorrente Dez/2010, IFRIC 6 638/10 1.289/10 - - - - -
de Participação em comparativo a IT 15
Mercado Específico 2009
- Resíduos de
Equipamentos
Eletroeletrônicos
38 PwC
1.3 Revisões de Pronunciamentos anteriormente emitidos
O processo de convergência das normas contábeis brasileiras para as normas contábeis internacionais teve
sua primeira etapa concluída em 2008, quando o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) emitiu o
Pronunciamento Técnico CPC 13 - Adoção Inicial da Lei nº 11.638/07 e da Medida Provisória nº 449/08 e o CPC
14 referente à Fase I de Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensuração e Evidenciação, após a edição
de diversos Pronunciamentos e Orientações. A segunda etapa do processo de convergência foi iniciada em 2009
e se estendeu pelo ano de 2010, com a edição dos Pronunciamentos Técnicos CPC 15 a 43 (com exceção dos CPCs
34 e 42).
Ao se aproximar da conclusão da última etapa de emissão dos pronunciamentos, surgiu a necessidade de o CPC
efetuar determinados ajustes e esclarecimentos nos pronunciamentos já emitidos, a fim de mantê-los atualizados
e garantir que estivessem totalmente convergentes com as Normas Internacionais de Contabilidade emitidas pelo
International Accounting Standards Board (IASB). Dessa forma, o CPC estabeleceu um processo de revisão dos
documentos já emitidos e, ao longo de 2010, foram efetuadas as revisões nos pronunciamentos descritos a seguir.
Parte das revisões efetuadas não altera a essência dos Pronunciamentos Técnicos originais, busca apenas
atualizar referências para os demais pronunciamentos publicados posteriormente, além de deixá-los totalmente
convergentes com as Normas Internacionais de Contabilidade, como é o caso das revisões nos CPC 01, CPC 04,
CPC 05, CPC 06 e CPC 07.
O presente resumo das revisões expõe o objetivo dos trabalhos do CPC e destaca as principais mudanças sem a
pretensão de fazer o papel de referência única para identificar as alterações realizadas nos pronunciamentos e
seus impactos.
A revisão do CPC 01, publicada em 06 de agosto de 2010, não altera a essência do pronunciamento original, mas
altera algumas referências aos demais pronunciamentos e, por exemplo, exclui o anexo B que foi eliminado no
IAS 36 - Bound Volume 2010.
CPC 02 (R2) - Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis
Desde sua publicação original, este Pronunciamento passou por duas revisões. Na primeira revisão, publicada
em 8 de janeiro de 2010, foram alterados os parágrafos 4, 5, 35 e 36, com o intuito de eliminar referências
às demonstrações financeiras individuais e à consolidação, além de proporcionar maior alinhamento com as
normas internacionais, o IAS 21.
A segunda revisão, publicada em 03 de setembro de 2010, não altera a essência do Pronunciamento original,
mas ajusta algumas referências e contempla alterações feitas pelo próprio IASB após a aprovação no último
documento. Por exemplo, ajusta o texto quanto aos objetivos do Pronunciamento, esclarecendo que os principais
pontos envolvem quais taxas de câmbio devem ser usadas e como reportar os efeitos das mudanças nas taxas de
câmbio nas demonstrações financeiras, entre outros.
Este Pronunciamento também passou por duas revisões. A revisão do CPC 05, publicada em 03 de setembro de
A primeira revisão, publicada em 8 de janeiro de 2010, 2010, contempla atualizações nas referências para os
ajustou basicamente a redação do item 8 (mudança para demais pronunciamentos publicados e atualizações
adequar o conceito de caixa e equivalente de caixa) e efetuadas no IAS 24. Por exemplo, a revisão incluiu item
item 9 (mudança para adequar o conceito de saldo sobre entidades relacionadas com o Estado e uma seção
negativo em conta-corrente) do CPC 03 para torná-la de exemplos ilustrativos, além da nota explicativa ao
semelhante à do IAS 7. Pronunciamento, que descreve certas diferenças entre
ele e as normas internacionais, notadamente referente
No item 8, foi incluído texto esclarecendo que um à exigência no Brasil, de divulgações das condições
investimento é considerado equivalente de caixa quando em que as transações com partes relacionadas foram
tiver vencimento de três meses ou menos, e no item 9 efetuadas, bem como, de transações atípicas com partes
foram efetuados esclarecimentos sobre saldos negativos relacionadas realizadas após o fim do exercício ou
de caixa, como saldos bancários a descoberto (por período. A natureza dessas divergências, como permitido
exemplo cheque especial), que podem ser usados para pelo IASB, não faz com que o Pronunciamento não esteja
gestão das disponibilidades da empresa. em conformidade com as Normas Internacionais de
Contabilidade emitidas pelo IASB.
A segunda revisão, publicada em 03 de setembro de
2010, não altera a essência do Pronunciamento original, CPC 06 (R1) - Operações de Arrendamento Mercantil
mas ajusta algumas referências e contempla alterações
feitas pelo próprio IASB após a aprovação no último A revisão do CPC 06, cuja audiência pública foi encerrada
documento. Por exemplo, foi incluída nota explicativa ao em 8 de novembro de 2010, atualiza referências para
Pronunciamento que, apesar de não ser parte integrante os demais pronunciamentos publicados e incorpora
do mesmo, o acompanha e tem a finalidade de esclarecer atualizações ocorridas no IAS 17. Por exemplo, foram
certas diferenças com relação às normas internacionais. eliminados os parágrafos 14 e 15, e foi elaborado um
Essas diferenças relacionam-se, por exemplo, a ausência, novo parágrafo que esclarece como avaliar um contrato
no CPC 03 (R2) de preferência ao método direto ou ao de arrendamento quando este contemplar terrenos e
método indireto na apresentação da Demonstração dos edifícios (detalhando que cada elemento do contrato de
Fluxos de Caixa, enquanto que o IASB menciona sua arrendamento deve ser avaliado individualmente para
preferência pelo método direto e o incentiva, além de classificação e enquadramento como arrendamento
outras exigências de divulgações existentes no Brasil, operacional ou financeiro).
mas que não constam na versão do IASB. O IASB, em
seu documento Statement of Best Practice: Working CPC 07 (R1) - Subvenção e Assistência
Relationships between the IASB and other Accounting Governamentais
Standard-Setters, admite que as jurisdições façam
exigências de informações adicionais às requeridas por A revisão do CPC 07, cuja audiência pública foi encerrada
ele e declara que isso não impede que as demonstrações em 8 de novembro de 2010, atualiza referências e
contábeis assim elaboradas possam estar de acordo com incorpora possíveis alterações ocorridas no IAS 20, no
as Normas Internacionais de Contabilidade, que é o caso entanto, não altera a essência do Pronunciamento. Por
deste Pronunciamento. exemplo, foi incluído o parágrafo 10 A, esclarecendo que
um benefício econômico obtido com um empréstimo
CPC 04 (R1) - Ativo Intangível governamental com uma taxa de juros abaixo da
praticada no mercado deve ser tratado como subvenção
A revisão do CPC 04, cuja audiência pública foi encerrada governamental, e foi incluída a Interpretação Técnica
em 8 de outubro de 2010, contempla atualizações nas sobre Assistência Governamental - sem relação específica
referências e atualizações feitas pelo próprio IASB no com as atividades operacionais (correlação com as
IAS 38 após a aprovação desse Pronunciamento. Por Normas Internacionais de Contabilidade - SIC 10).
exemplo, esse Pronunciamento foi atualizado para
ficar alinhado ao CPC 15 - Combinação de Negócios
- e, assim, foi incluído parágrafo nas disposições
transitórias esclarecendo que a entidade deve adotar esse
Pronunciamento para contabilizar um ativo intangível
adquirido em uma combinação de negócios de acordo
com o alcance do Pronunciamento CPC 15.
40 PwC
CPC 08 (R1) - Custos de Transação e Prêmios na CPC 36 (R1) - Demonstrações Consolidadas
Emissão de Títulos e Valores Mobiliários
A revisão do CPC 36, publicada em 8 de janeiro de
Este Pronunciamento Técnico está fundamentado 2010, foi efetuada para eliminar o item 3, que discorria
basicamente no IAS 39, cujo equivalente nos sobre a aplicação desse Pronunciamento também na
pronunciamentos do CPC é o CPC 38 - Instrumentos contabilização de investimentos em controladas, entidades
Financeiros - Reconhecimento e Mensuração, sendo que controladas em conjunto e coligadas quando o investidor
esse CPC foi emitido apenas em 2009, após a emissão apresentasse demonstrações contábeis separadas.
original do CPC 08. Dessa forma, a revisão do CPC 08
busca alinhá-lo com o CPC 38 e ainda ajustar alguns CPC 37 (R1) - Adoção Inicial das Normas
exemplos incluídos no Pronunciamento para torná-lo Internacionais de Contabilidade
mais claro.
A revisão do CPC 37, cuja audiência pública foi encerrada
CPC 10 (R1) - Pagamento Baseado em Ações em 8 de novembro de 2010, tem o objetivo de ajustar as
opções permitidas por esse Pronunciamento de forma que
A revisão do CPC 10, cuja audiência pública se encerra em as opções adotadas atendam plenamente ao IFRS 1.
2 de dezembro de 2010, tem por objetivo contemplar as
atualizações feitas pelo IASB no IFRS 2, após a aprovação Foi incluída uma nota explicativa ao Pronunciamento CPC
da primeira versão do CPC 10, sendo a mais relevante 37 (R1), tal qual procedimento efetuado nas revisões dos
ocorrida em junho de 2009 quando o IASB alterou IFRS 2 Pronunciamentos CPC 03 (R1) e CPC 05 (R1), destacando
para esclarecer o alcance e a contabilização de transações certas diferenças existentes entre o IFRS e a prática
de pagamento baseado em ações liquidadas em caixa. As contábil adotada no Brasil, mas com o entendimento
alterações propostas também objetivam incorporar ao expressado pelo CPC de que essas diferenças não
texto do CPC 10 as orientações contidas nas Interpretações interferem na plena adoção das Normas Internacionais de
Técnicas ICPC 04 e ICPC 05 (IFRIC 8 e IFRIC 11). Como Contabilidade pelas companhias brasileiras.
resultado, o CPC está, à semelhança do já ocorrido no
IFRS, propôs a revogação da Interpretação Técnica CPC 43 (R1) - Adoção Inicial dos Pronunciamentos
ICPC 04 - Alcance do Pronunciamento Técnico CPC 10 – Técnicos CPC 15 a 40
Pagamento Baseado em Ações e da Interpretação Técnica
ICPC 05 - Pronunciamento Técnico CPC 10 Pagamento A revisão do Pronunciamento Técnico CPC 43, cuja
Baseado em Ações - Transações de Ações do Grupo e em audiência pública se encerra em 2 de dezembro de 2010,
Tesouraria. tem por objetivo eliminar diferenças que poderiam ainda
existir, em certos casos específicos, decorrentes da adoção
CPC 16 (R1) - Estoques inicial do IFRS em comparação com a adoção de todos
os pronunciamentos deste CPC, em linha com a revisão
A revisão do CPC 16, publicada em 8 de janeiro de 2010, efetuada no Pronunciamento Técnico CPC 37.
foi efetuada para ajustar a redação do item 11, detalhando
que o custo de aquisição dos estoques, entre outros OCPC 01 (R1) - Entidades de Incorporação Imobiliária
itens, compreende os impostos de importação e outros
tributos, exceto os recuperáveis junto ao Fisco, e enfatiza A revisão do OCPC 01, publicada em 8 de janeiro de 2010,
que os descontos e abatimentos devem ser deduzidos na foi efetuada para ajustar o texto do item 8g, para melhor
determinação do custo de aquisição. compreensão do tratamento contábil a ser dado aos
encargos financeiros contabilizados em imóveis
CPC 26 (R1) - Apresentação das Demonstrações comerciais que transitam pelo estoque. Esclareceu que os
Contábeis encargos financeiros elegíveis para serem capitalizados
devem ser calculados proporcionalmente às unidades
A revisão do CPC 26, publicada em 8 de janeiro de 2010, imobiliárias não comercializadas e que os encargos
foi efetuada para ajustar referências no seu Apêndice A - financeiros referentes às unidades comercializadas
Exemplo de demonstração das mutações do patrimônio devem ser reconhecidos no resultado como custo
líquido com evidenciação dos outros resultados das unidades vendidas.
abrangentes e da demonstração do resultado abrangente.
O CPC divulgou, ainda, que pretende emitir orientações
adicionais sobre o ICPC 01 - Contratos de Concessão e
ICPC 02 - Contrato de Concessão do Setor Imobiliário,
visando auxiliar as entidades que atuam nesses setores na
implementação dos IFRS e das referidas Interpretações.
42 PwC
Pronunciamento Técnico CPC 43 - Adoção Inicial dos Pronunciamentos Técnicos CPC 15 a 40
O objetivo do CPC 43 é fornecer as O CPC 43 prevê que a entidade A manutenção do saldo de ativo
diretrizes necessárias para que as deve, primeiramente, aplicar o diferido, mesmo sendo permitida
demonstrações financeiras de uma Pronunciamento Técnico CPC pela legislação contábil brasileira
entidade, preparadas de acordo 37 - Adoção Inicial das Normas vigente, não está em conformidade
com os Pronunciamentos Técnicos, Internacionais de Contabilidade às com as normas internacionais
Interpretações e Orientações suas demonstrações consolidadas de contabilidade. No documento
emitidos pelo CPC, e as divulgações quando adotar tais normas colocado em audiência pública, o
financeiras intermediárias, para internacionais pela primeira CPC indicou seu entendimento de
os períodos parciais cobertos por vez. A seguir, a entidade deve que tal saldo deve ser eliminado
essas demonstrações financeiras, transpor, para suas demonstrações nas demonstrações consolidadas
possam ser declaradas como estando individuais, todos os ajustes que da entidade e que é recomendável
em conformidade com as normas forem necessários, ou pelos quais sua eliminação nas demonstrações
internacionais de contabilidade optou quando da aplicação do individuais. Quanto aos
emitidas pelo IASB - International Pronunciamento Técnico CPC procedimentos previstos no CPC 13
Accounting Standards Board (IFRSs). 37, de forma a obter o mesmo em relação aos saldos em reservas
Somente duas exceções, previstas patrimônio líquido em ambos os de capital decorrentes de prêmio na
na Lei das Sociedades por Ações, são balanços patrimoniais, consolidado emissão de debêntures e de doação
permitidas neste processo de busca e individual. ou subvenção para investimentos,
de convergência com as normas que também podem originar
internacionais: Nas raras exceções em que for diferenças para o padrão IFRS, o CPC
impraticável aplicar algum dos indicou, no documento de audiência
a) Manutenção de saldo de ativo procedimentos e isso gerar diferença pública para revisão do CPC 43, que
diferido até sua entre os dois patrimônios líquidos, devem ser feitos os devidos ajustes
total amortização. esse fato deve ser divulgado nas demonstrações individuais e
juntamente com a explicação consolidadas preparadas com base
b) Demonstrações financeiras dos motivos do impedimento da nos CPCs, para que sejam eliminadas
individuais de entidades com igualdade que se procura. quaisquer diferenças em relação às
investimento em controlada ou demonstrações consolidadas em
empreendimento controlado IFRS. É importante acompanhar a
em conjunto avaliado pela finalização da revisão do CPC 43
equivalência patrimonial. e seu processo de homologação
pelo regulador, para um adequado
tratamento desses temas.
A Orientação Técnica OCPC 03 foi aprovada Esta Interpretação é aplicável às entidades que têm
para ser apresentada como orientação aos obrigações para desmontar, retirar e restaurar itens do
Pronunciamentos Técnicos CPC 38 - Instrumentos imobilizado e fornece orientação sobre como contabilizar
Financeiros: Reconhecimento e Mensuração, CPC o efeito das mudanças na mensuração dos passivos por
39 - Instrumentos Financeiros: Apresentação e desativação, restauração e outros passivos similares.
CPC 40 - Instrumentos Financeiros: Evidenciação,
em substituição ao Pronunciamento Técnico CPC Os eventos que mudam a mensuração de passivo por
14 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, desativação, restauração ou outro passivo similar são:
Mensuração e Evidenciação. (i) mudanças no fluxo de saída estimado de recursos
que incorporam benefícios econômicos necessários para
Tendo em vista a complexidade do tema envolvendo liquidar a obrigação, (ii) mudanças na taxa de desconto
instrumentos financeiros e considerando que para a corrente baseada em mercado e (iii) aumento no passivo
grande maioria das empresas brasileiras o conteúdo que reflete a passagem do tempo (também referido como a
total dos Pronunciamentos CPCs 38, 39 e 40 poucas reversão do desconto).
vezes será utilizado, o CPC deliberou pela emissão
da Orientação Técnica OCPC 03, cujo teor se inicia a Dependendo do método de avaliação do ativo imobilizado
partir do Pronunciamento CPC 14, adicionando alguns (custo ou reavaliação - este último se permitido), as
tópicos anteriormente não tratados nele, mas que mudanças são registradas de forma distinta.
estão previstos nesses três outros Pronunciamentos
sobre instrumentos financeiros (CPCs 38, 39 e 40). Nas circunstâncias em que o respectivo ativo é mensurado
pelo método de custo, como é prática permitida no Brasil,
A Orientação consiste de um guia mais simplificado, as mudanças no passivo serão adicionadas ou deduzidas
contando inclusive com exemplos para a aplicação das do custo do respectivo ativo no período corrente. Se a
normas internacionais sobre instrumentos financeiros. redução no passivo exceder o valor contábil do ativo, o
Dessa forma, o objetivo da Orientação é resumir os excedente é reconhecido imediatamente no resultado. Se o
princípios para o reconhecimento, a mensuração, o ajuste resultar na adição ao custo do ativo, a entidade deve
desreconhecimento de ativos e passivos financeiros considerar se essa adição não representa uma indicação de
e de alguns contratos de compra e venda de itens que o novo valor contábil do ativo pode não ser plenamente
não financeiros, a apresentação e a divulgação de recuperável. Se houver tal indicação, a entidade deve testar
instrumentos financeiros, incluindo derivativos, e o ativo quanto à redução ao valor recuperável, estimando
o reconhecimento de perda no valor recuperável de o correspondente valor recuperável, e deverá contabilizar
ativos financeiros (o que inclui o tratamento contábil qualquer perda por redução ao valor recuperável de acordo
da provisão para créditos de liquidação duvidosa). com o Pronunciamento Técnico CPC 01 - Redução ao Valor
Recuperável de Ativos.
No caso de operações mais sofisticadas, como
instrumentos financeiros híbridos, embutidos e O valor depreciável ajustado do ativo é depreciado ao
operações avançadas de hedge, será necessário o longo de sua vida útil. Portanto, quando o respectivo
acesso aos Pronunciamentos CPC 38, 39 e 40. ativo chegar ao fim de sua vida útil, todas as mudanças
subsequentes no passivo são reconhecidas no resultado, à
O IASB está emitindo minutas de alteração de suas medida que ocorrerem.
normas sobre instrumentos financeiros e, conforme o
desenrolar dessas alterações, o CPC já informou que A reversão periódica do desconto (para refletir a passagem
emitirá os respectivos Pronunciamentos e os órgãos do tempo) deve ser reconhecida no resultado como custo
reguladores se pronunciarão quanto ao início de de financiamento à medida que ocorrer. A capitalização
vigência. O IFRS 9 - Financial Instruments foi emitido prevista no PronunciamentoTécnico CPC 20 - Custos dos
em forma final pelo IASB em novembro de 2009, com Empréstimos não é permitida.
aplicação obrigatória nos exercícios sociais iniciados
a partir de 1º de janeiro de 2013. Todavia, esse
Pronunciamento do IASB ainda não foi recepcionado
pelo CPC.
44 PwC
Interpretação Técnica ICPC 13 - Direitos a Participações Decorrentes de Fundos de Desativação, Restauração e
Reabilitação Ambiental
A ICPC 13 foi emitida no contexto do processo de A ICPC 13 deve ser aplicada à contabilização nas
convergência plena das práticas contábeis brasileiras demonstrações financeiras de contribuinte por
às internacionais. Essa interpretação é equivalente ao participações decorrentes de fundos de desativação
IFRIC 5 que esclarece qual o tratamento contábil a ser que têm as seguintes características: (a) os ativos são
utilizado nas demonstrações financeiras de entidades que administrados separadamente (por serem mantidos
contribuem e são participantes de fundos constituídos em entidade legal separada ou como ativos segregados
com a finalidade de desativação, restauração e dentro de outra entidade) e (b) o direito do contribuinte
reabilitação ambiental. de acessar os ativos é restrito.
O objetivo desse tipo de fundo é segregar ativos para A Interpretação endereça o tratamento contábil em duas
custear alguns ou todos os custos de desativação situações:
de fábricas (por exemplo, usina nuclear) ou de
determinados equipamentos (por exemplo, veículos) ou a) Contabilização de participação em fundo
de reabilitação ambiental (por exemplo, despoluição de
águas ou restauração de terreno contaminado), referidos O contribuinte deve reconhecer sua obrigação de
conjuntamente como “desativação”. pagar gastos de desativação como passivo, bem como
reconhecer sua participação no fundo separadamente.
Pode haver uma grande variedade desse tipo de Caso o contribuinte tenha controle, controle conjunto
fundo. Dessa forma, a Interpretação deve ser aplicada ou influência significativa sobre o fundo, ele deve
considerando a particularidade de cada caso. contabilizar sua participação de acordo com os
Pronunciamentos CPC 18, 19, 35 e 36. Se o contribuinte
Esses fundos geralmente têm as seguintes características: não tiver controle, controle conjunto ou influência
significativa sobre o fundo, deve reconhecer o direito
i. São administrados separadamente por depositários de receber reembolso proveniente do fundo como
independentes. reembolso, de acordo com o Pronunciamento Técnico
CPC 25.
ii. Os contribuintes fazem contribuições ao fundo,
que são investidas em uma série de ativos que b) Contabilização de obrigação de fazer contribuições
podem incluir tanto instrumentos de dívida quanto adicionais
patrimoniais e estão disponíveis para ajudar a pagar
os gastos de desativação. Quando o contribuinte tem obrigação de fazer
contribuições adicionais potenciais como, por exemplo,
iii. Os contribuintes mantêm a obrigação de pagar os se o valor dos ativos de investimento mantidos pelo fundo
gastos de desativação. diminuir a um nível que seja insuficiente para cumprir
as obrigações de reembolso do fundo, essa obrigação
é considerada passivo contingente e, assim sendo,
iv. Os contribuintes podem ter acesso restrito ou está ao alcance do Pronunciamento Técnico CPC 25. O
nenhum acesso a qualquer excedente de ativos do contribuinte deve reconhecer um passivo somente se for
fundo sobre aqueles usados para cumprir os gastos provável que as contribuições adicionais serão feitas.
de desativação elegíveis.
Essa Interpretação é aplicável com a adoção inicial dos
Pronunciamentos Técnicos CPC 38 e 25.
Para a Diretiva e, por consequência, para fins desta Interpretação, são considerados
equipamentos residenciais históricos aqueles que foram vendidos antes de 13 de agosto
de 2005 e que originam resíduos por desativação, com um equivalente custo a ser gerido
por cada país-membro da União Européia.
O CPC deliberou emitir esta ICPC 15 em total conformidade com sua versão original pois:
a) Muitas empresas brasileiras têm investidas naquela região que irão aplicar o IFRC 6
e, consequentemente, as investidoras no Brasil necessitarão reconhecer seus efeitos
para fins de equivalência patrimonial e consolidação.
46 PwC
2.1 Reestruração das normas emitidas pelo CFC
2. Conselho Federal de
Resolução nº 1.298/10, de 17 de setembro de 2010
Contabilidade - CFC
Esta Resolução dispõe sobre as Normas Brasileiras de Contabilidade editadas
pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e estabelece que elas devem
seguir os mesmos padrões de elaboração e estilo utilizados nas normas
internacionais, uma vez que compreendem as Normas propriamente ditas,
as Interpretações Técnicas, os Comunicados Técnicos e o Código de Ética
Profissional do Contabilista.
O Plenário do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) aprovou, em 27 de novembro de 2009, trinta e sete Normas
Brasileiras de Contabilidade Técnica de Auditoria Independente de Informação Contábil Histórica (NBC TA) e, em
10 de dezembro de 2009, duas Normas Brasileiras de Contabilidade Profissional do Auditor Independente (NBC PA),
todas refletindo o padrão internacional e em consonância com as novas versões das ISAs, ou seja, após o projeto de ISA
Clarity 1.
As novas NBC TAs resultaram do processo de convergência das normas brasileiras com as normas emitidas pelo IAASB
- International Auditing and Assurance Standards Board, implementado pelo CFC em conjunto com o Instituto dos
Auditores Independentes do Brasil (IBRACON). Essas NBC TAs, ou as novas normas brasileiras de auditoria, mantêm
a numeração original da IFAC para facilitar as citações e revisões futuras, bem como para deixar transparente a
equivalência às normas internacionais.
Essas novas normas são aplicáveis às demonstrações financeiras para períodos, completos ou intermediários, que se
findem a partir de 30 de dezembro de 2010.
1
No início de 2009, o IAASB - International Auditing and Assurance Standards Board completou o que se denominou Clarity Project. Nesse
projeto, com duração de dois ou três anos, algumas normas foram revisadas e outras reescritas, com o propósito de deixar mais claros
os objetivos e as responsabilidades dos auditores independentes e facilitar a implementação internacional das normas de auditoria nos
diversos países.
48 PwC
NBC TAs - Normas Técnicas de Auditoria Independente de Informação Contábil Histórica
b) NBC TR 2400 - Trabalhos de Revisão de Conforme indicado na norma, o modelo a seguir parte
Demonstrações Contábeis equivalente à norma do cenário em que foi efetuada auditoria do conjunto
internacional ISRE 2400. completo de demonstrações financeiras, elaboradas para
fins gerais pela administração da entidade de acordo com
c) NBC TR 2410 - Revisão de Informações as práticas contábeis adotadas no Brasil, sendo que neste
Intermediárias Executada pelo Auditor da Entidade caso o auditor concluiu que a emissão de um relatório
equivalente à norma internacional ISRE 2410. sem ressalvas ou outras modificações é apropriada.
50 PwC
Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras
(Destinatário apropriado)
Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em nossa
auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem
o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo
de obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante.
Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos
valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados dependem
do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis,
independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles
internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras da Companhia
para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de
expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui, também,
a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas
pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em
conjunto. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa
opinião.
Opinião
Local
1
A Estrutura Conceitual para Elaboração e Apresentação de Demonstrações Contábeis utilizada no Brasil determina a apresentação de
demonstrações contábeis contendo cifras comparativas do exercício anterior, e a Lei das Sociedades Anônimas fala em apresentação
dos valores correspondentes do exercício anterior. Nesse cenário, aplicando as normas e as práticas internacionais, o auditor fará
referência, neste parágrafo, apenas ao exercício corrente.
2
Nos casos em que forem incluídas demonstrações consolidadas ou outras demonstrações, esse parágrafo e o da opinião deverão ser
adaptados.
Resolução nº 1.273/10, de 22 de janeiro de 2010 Esta Resolução inclui o Apêndice “Glossário de Termos”
à NBC T 19.41 - Contabilidade para Pequenas e Médias
Altera alguns itens de NBC Ts relacionados a Empresas, em que constam cerca de 18 páginas de termos
Pronunciamentos Contábeis (CPCs), com o objetivo de e conceitos contábeis adotados no Pronunciamento
acompanhar as revisões dos mesmos. Ou seja, altera os Contábil CPC PME para facilitar o entendimento
itens 4, 5, 35 e 36 da NBC T 7 - Efeitos nas Mudanças deste por parte daqueles que irão adotar o referido
nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Pronunciamento denominado “CPC PME - Contabilidade
Contábeis, correspondente ao CPC 02; altera os itens 8 para Pequenas e Médias Empresas” e aprovado pelo CFC
e 9 da NBC T 3.8 - Demonstração dos Fluxos de Caixa, por meio da Resolução nº 1.255/09.
correspondente ao CPC 03; altera o item 11 da
NBC T 19.20 - Estoques, correspondente ao CPC16; altera Resolução nº 1.286/10, de 23 de julho de 2010
a alínea (g) do item 8 da NBC T 10.23 - Entidades de
Incorporação Imobiliária, correspondente ao OCPC01; Revoga as Resoluções CFC nos 876/00, 913/01 e 956/03,
substitue o Apêndice A da NBCT 19.27 - Apresentação que tratam da NBC T 10.9 - Entidades Financeiras, da
das Demonstrações Contábeis, correspondente ao CPC NBC T 10.3 - Consórcio de Vendas e da NBC T 10.6 -
26; e elimina o item 3 da NBC T 19.36 - Demonstrações Entidades Hoteleiras, respectivamente.
Consolidadas, correspondente ao CPC 36.
Resolução nº 1.299/10, de 21 de setembro de 2010
O sumário dessas revisões pode ser lido na sinopse
correspondente aos Pronunciamentos Contábeis (CPCs) O CFC, no exercício de suas atribuições legais e
neste Guia. regimentais, aprovou, por meio desta Resolução,
o Comunicado Técnico CT 04, que estabelece os
Resolução nº 1.281/10, de 16 de abril de 2010 procedimentos técnicos e demais formalidades a
serem observados pelos profissionais de Contabilidade
Altera a data de aplicação da NBC Ts e ITs aprovadas quando da realização da escrituração contábil em forma
pelas Resoluções CFC nos 1.170 a 1.172, 1.174 a 1.180, digital para fins de atendimento ao Sistema Público
1.184 a 1.189, 1.193, 1.195 a 1.198, 1.239 a 1.242, de Escrituração Digital (SPED). Também revoga as
1.254 e 1.256 a 1.266, todas de 2009 e que tratam de Resoluções CFC nos 1.020/05 e 1.063/05.
Pronunciamentos Técnicos e Interpretações Técnicas
emitidos pelo CPC, que passam a ser obrigatórios a
partir de dezembro de 2010, observando, no caso de
adoção antecipada, o disposto no art. 1º da Resolução
CFC nº 1.269/09.
52 PwC
3.1 Deliberações que aprovam CPCs e ICPCs
3. Comissão de Valores emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos
Mobiliários - CVM Contábeis (CPC)
No ano de 2010, a Comissão de Valores Mobiliários - CVM, no exercício de
suas atribuições legais e regimentais, emitiu diversas deliberações com o
objetivo de homologar Pronunciamentos Técnicos, Orientações Técnicas
e Interpretações Técnicas emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos
Contábeis. Essas deliberações constam do quadro apresentado neste Guia na
seção “Pronunciamentos, orientações e interpretações emitidos pelo CPC e
homologação dos reguladores”. (páginas 34 a 38)
54 PwC
f) Demonstrações Financeiras apresentadas h) Conteúdo do Formulário de Referência (anexo
regularmente como parte das informações 24): na segunda seção, que trata dos auditores,
periódicas requeridas: as demonstrações financeiras o formulário exige informações cadastrais e
devem ser acompanhadas de alguns documentos informações detalhadas para caso de substituição de
adicionais, tais como: parecer do conselho fiscal ou auditores, incluindo a justificativa da substituição
órgão equivalente (se houver), acompanhado de e, se for o caso, razões apresentadas pelo auditor
eventuais votos dissidentes; proposta de orçamento em discordância da justificativa do emissor para
de capital preparada pela administração (se houver); sua substituição. Também deve ser informado
declaração dos diretores de que reviram, discutiram pelo emissor o montante total de remuneração dos
e concordaram com as opiniões expressas no parecer auditores independentes no último exercício social,
dos auditores independentes, informando as razões, discriminando os honorários relativos a serviços de
em caso de discordância; e declaração dos diretores auditoria e os relativos a quaisquer outros serviços
que reviram, discutiram e concordaram com as prestados.
demonstrações financeiras (vide art. 25).
Na seção 10 - “comentários dos diretores”, entre
Outro ponto de destaque no que se refere às outros assuntos, é requerido que os diretores
informações periódicas requeridas (como DFs e comentem (item 10.4) sobre mudanças significativas
ITRs) é que o artigo no 52 da instrução estabelece nas práticas contábeis, efeitos significativos de
que o registro do emissor de valores mobiliários será tais alterações, e ressalvas e ênfases presentes
suspenso caso tal emissor descumpra, por período no parecer do auditor. Ainda na mesma seção, os
superior a 12 meses, suas obrigações periódicas. diretores devem comentar, com relação aos controles
E, segundo o artigo no 54, no cenário em que o internos adotados para assegurar a elaboração das
emissor fique suspenso por mais de 12 dias, ele tem demonstrações contábeis (item 10.6), sobre o grau de
seu registro cancelado junto à CVM. Em janeiro de eficiência de tais controles, indicando imperfeições e
2010, a CVM tornou público, por meio de dois editais providências adotadas para corrigi-las, e deficiências e
divulgados em seu site, que 10 emissores tiveram seus recomendações sobre os controles internos presentes
registros suspensos, e outros 48 emissores tiveram no relatório do auditor independente.
seus registros cancelados, em atendimento aos dois
artigos supracitados. i) Regras específicas para securitizadoras: o Anexo
32-II trata de tais regras, que basicamente se referem
g) Emissores estrangeiros: a Instrução apresenta a relatórios adicionais a serem entregues com as
alguns critérios para se determinar quando um ITRs e DFPs.
emissor pode ser considerado estrangeiro. Para
os emissores registrados como “estrangeiros”, o Com a edição da Instrução CVM nº 480/09, a CVM
artigo 27 da instrução estabelece a obrigatoriedade traduz o alinhamento do mercado de capitais brasileiro
de apresentação periódica das demonstrações com a tendência mundial de ampla divulgação de
financeiras, que podem ser elaboradas em informações financeiras e não financeiras das companhias
português, em moeda nacional e de acordo com: abertas aos investidores. Mais uma vez, é dado um
a) Lei nº 6.404/76 e normas da CVM; b) normas importante passo em direção às melhores práticas de
contábeis internacionais emitidas pelo IASB; ou c) Governança Corporativa.
normas contábeis do país de origem, caso o emissor
tenha sede em país membro do Mercosul. Tais Essa nova norma contribui sensivelmente para melhorar
demonstrações financeiras devem ser auditadas por a qualidade e a apresentação das informações financeiras
auditor independente registrado: a) na CVM; ou b) e não financeiras periódicas e eventuais prestadas por
em órgão competente no país de origem do emissor. emissores de valores mobiliários no Brasil. As divulgações
Caso opte por essa última alternativa “b”, o parecer requeridas elevarão os patamares de Governança
do auditor independente registrado no país de origem Corporativa das companhias abertas brasileiras,
do emissor deve ser acompanhado de relatório de facilitando a análise por parte dos investidores e provendo
revisão especial elaborado por auditor independente parâmetros para comparação entre as diversas companhias
registrado na CVM. em variados segmentos de indústria.
setembro de 2010
3.7 Deliberação CVM nº 629, de 19
Altera a Instrução CVM nº 457/07, revogando seu artigo de maio de 2010
3º, que dispõe sobre a elaboração e a divulgação das
demonstrações financeiras consolidadas, com base no Revoga a Deliberação CVM nº 569/09 e consolida a
padrão contábil internacional emitido pelo International Estrutura Organizacional da CVM, a fim de estabelecer
Accounting Standards Board - IASB. componentes, siglas e subordinações, todas listadas
na referida Deliberação. Adicionalmente, extingue a
Esta Instrução determina que as companhias Gerência de Orientação a Investidores 2 (GOI-2) e cria a
abertas deverão: Gerência de Acompanhamento de Empresas 5 (GEA-5).
56 PwC
A Resolução do CMN nº 3.786, de 24 de setembro de 2009, determinou que
4. CMN - Conselho as instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar
pelo BACEN, constituídas sob a forma de companhia aberta ou que sejam
Monetário Nacional obrigadas a constituir Comitê de Auditoria nos termos da regulamentação
e BACEN - Banco em vigor, devem, a partir da data-base de 31 de dezembro de 2010, elaborar
e divulgar anualmente demonstrações financeiras consolidadas adotando o
Central do Brasil padrão contábil internacional (de acordo com os pronunciamentos emitidos
pelo International Accounting Standards Board (IASB). Ficou facultada a
apresentação comparativa das demonstrações financeiras consolidadas para a
data-base de 31 de dezembro de 2010.
• Notas Explicativas às
Demonstrações Contábeis.
58 PwC
“O IBRACON teve em 2009 e 2010 papel
7. IBRACON - Instituto
protagônico na adoção das Normas Internacionais
dos Auditores
Independentes do de Auditoria do IFAC e na total reformulação das
Brasil Normas Brasileiras correspondentes. Também
o IBRACON continuou orientando os auditores
independentes como responder aos requerimentos
a eles apresentados pelo mercado e reguladores, e
participando como um membro importante e ativo
do CPC.”
A lista a seguir inclui todas as normas novas aplicáveis para uma entidade que
já vem aplicando o IFRS.
60 PwC
a) Normas novas ou revisadas
IFRS 3(R) - Combinações de Empresas e IAS 27(R) - Demonstrações Financeiras Consolidadas e da Controladora
A emissão desta versão do IFRS 3 é um dos passos mais importantes dado pelo IASB e pelo FASB para aprimorar as
contabilizações e divulgações sobre combinações de empresas. Embora o documento seja de emissão conjunta, ainda
restaram algumas pequenas diferenças entre a versão do IFRS 3 e seu equivalente no US GAAP (SFAS 141). Segue um
resumo das principais mudanças em relação à versão anterior do IFRS 3:
• Aumentou seu escopo para incluir combinações de • Define minoritário como “participação não
empresas feitas por contrato e de sociedades mútuas, controladora”. Além disso, em uma combinação de
como cooperativas. empresas, essa participação não controladora pode
ser reconhecida na data da aquisição: (i) com base no
• A definição de negócio ficou mais abrangente, o percentual de participação dos ativos líquidos a valor
que pode incluir maior número de transações como justo; ou (ii) pelo valor justo total. Ou seja, na segunda
combinações de empresas. opção, haverá um acréscimo do goodwill atribuível ao
não controlador.
• O preço de compra inclui somente o valor pago aos
vendedores para obtenção do controle. Os custos • No caso de aquisição do controle em etapas (step-
incorridos em conexão com a compra, por exemplo, acquisition), o valor justo da participação preexistente
gastos com due diligence, advogados, auditores, bancos é incluído como parte do preço de compra, passando
e consultores, passam a ser lançados como despesa a afetar a determinação do goodwill. A diferença entre
quando incorridos. o valor contábil e o valor justo da parcela preexistente
gera ganho ou perda no resultado.
• Os pagamentos contingentes, mesmo que não sejam
prováveis (por exemplo, possíveis), são determinados e • Passa a ser obrigatória a adoção da abordagem da
incluídos pelo valor presente no preço de compra. entidade econômica (economic entity approach).
Nessa abordagem, os acionistas são tratados como
• Indenizações a serem pagas pelo vendedor ao donos da entidade econômica única (o consolidado),
comprador, relacionadas a contingências passivas independentemente de serem ou não controladores.
preexistentes, deixam de afetar o resultado consolidado Com isso, por exemplo, os ganhos ou as perdas na
no futuro, uma vez que o passivo é reconhecido em venda de participação em uma subsidiária, na qual
contrapartida do valor a receber ou a abater do saldo a o controle é retido, não afetam o resultado, mas são
pagar ao vendedor. tratados no patrimônio líquido, uma vez que são vistos
como uma transação entre acionistas.
• Relacionamentos preexistentes entre a compradora e
a adquirida (por exemplo, contrato de fornecimento, • Alterações subsequentes nos valores reconhecidos,
leasing etc.), que forem extintos com a aquisição, como imposto de renda diferido ativo da empresa
devem ser mensurados e excluídos do preço de compra. adquirida em conexão com a transação, após 12 meses
da data da aquisição, são registradas no resultado.
Anteriormente, qualquer alteração era sempre tratada
como ajuste ao goodwill.
Norma Tópico
IFRS 2 - Pagamentos baseados em ações Escopo do IFRS 2 e do IFRS 3 (revisado)
IFRS 5 - Ativos não correntes mantidos para venda Divulgações exigidas de ativos não correntes (ou grupos de alienação)
e operações descontinuadas classificados como mantidos para venda ou operações descontinuadas
IFRS 8 - Informação por segmento Divulgação de informações relativas ao ativo por segmento
IAS 1 - Apresentação de demonstrações Classificação de instrumentos conversíveis entre correntes e não correntes
financeiras
IAS 7 - Demonstração dos fluxos de caixa Classificação de gastos com ativos não reconhecidos
IAS 17 - Arrendamento mercantil Classificação de arrendamentos de terrenos e edifícios
IAS 18 - Receita Determinar se uma entidade está agindo como principal ou como agente
IAS 36 - Impairment de ativos não financeiros Unidade de contabilização de testes de impairment econômica do ágio
IAS 38 - Ativos intangíveis Alterações complementares decorrentes do IFRS 3 (revisado)
Mensurando o valor justo de um ativo intangível adquirido em uma
combinação de negócios
IAS 39 - Instrumentos financeiros Tratamento de multas por pagamento antecipado de empréstimos com
derivativos estreitamente relacionados
Isenções no escopo para contratos de combinação de negócios
Contabilização de hedge de fluxos de caixa
IFRIC 9 - Reavaliação de derivativos embutidos Escopo do IFRIC 9 e do IFRS 3 (revisado)
IFRIC 16 - Hedge de investimento líquido em uma Os instrumentos de hedge qualificados podem ser detidos por qualquer
operação no exterior entidade ou entidades no grupo.
62 PwC
Exigências futuras
Apresentamos a seguir uma lista de normas/interpretações emitidas e que estão em vigor para períodos após 1º de
janeiro de 2010.
As alterações geralmente são aplicáveis para períodos anuais iniciando após 1º de janeiro de 2011, a não ser que
seja indicado de outra forma. A aplicação antecipada, embora permitida pelo IASB, na maioria dos casos não está
disponível no Brasil.
64 PwC
Norma Principais exigências Aplicações
IFRS 3 - “Combinações de a) Exigências de transição para contraprestação contingente a Aplicável a períodos
negócios” partir de uma combinação de negócios que ocorreu antes da anuais iniciando em ou
data da entrada em vigor do IFRS revisado. após 1º de julho de 2010.
Aplicada retroativamente.
Esclarece que as alterações ao IFRS 7 - “Instrumentos financeiros:
Divulgações”, IAS 32 - “Instrumentos financeiros: Apresentação”, e IAS
39 - “Instrumentos financeiros: Reconhecimento e mensuração”, que
eliminam a isenção da contraprestação contingente, não se aplicam à
contraprestação contingente que surgiu de combinações de negócios
cujas datas de aquisição precedem a aplicação do IFRS 3 (como
revisado em 2008).
(*)
trimestre
66 PwC
Norma proposta Pontos principais Minuta publicada Previsão de publicação
da norma final
IFRS X - Foi proposto um modelo de reconhecimento de Junho de 2010 2T 2011
Reconhecimento de receita para todo contrato com clientes. Seria
receita necessário identificar obrigações de desempenho,
e a receita seria reconhecida no momento de
transferência de controle dessas obrigações.
IFRS X - Contratos de Propõe um modelo novo de contabilização de Julho de 2010 2T 2011
seguros contratos de seguros para as seguradoras e outras
entidades que emitem contratos com risco de
seguros. Provavelmente, haverá volatilidade adicional
no resultado e nos requerimentos de dados e
modelos mais complexos.
IAS 1 - Apresentação Toda entidade deve apresentar uma demonstração Maio de 2010 4T 2010
de demonstrações de resultado só. Eliminaria a opção de apresentar
financeiras - uma demonstração de resultado e outra
Demonstração de demonstração de resultado abrangente.
resultado abrangente
IFRS X - Impostos de A minuta original propunha alterações significativas Setembro de 2010 2T 2011
renda ao reconhecimento e à mensuração de impostos de
renda diferidos. Subsequente ao primeiro processo
de audiência pública da norma, a alteração seria
somente para esclarecer como um ativo é realizado.
Existiria o presuposto que ativos contabilizados
a valor justo (propriedades de investimento e
imobilizado) são recuperados por meio de venda a
menos que haja evidência de outra forma.
IAS 19 - Benefícios a A alteração eliminaria a opção de aplicação do Abril de 2010 1T 2011
empregados - Planos "corredor" ou de reconhecer ganhos e perdas
de benefícios definidos atuariais no resultado e também elimina a
flexibilidade sobre em qual linha da demonstração
de resultado devem ser reconhecidas as despesas.
Eliminaria também o retorno esperado sobre ativos
em troca de "juros presumidos" sobre o déficit
líquido do plano.
IAS 27 - A norma proposta alteraria a definição de controle Dezembro de 2008 4T 2010
Demonstrações (evidenciado pelo poder de tomar decisões e um
financeiras retorno variável) para determinar quais entidades
consolidadas devem ser consolidadas. Também aprimoraria as
divulgações. Não será aplicável para entidades de
investimentos, uma vez que haverá uma minuta de
uma norma específica para essas entidades.
IAS 37 - Provisões Passivos deveriam ser mensurados ao menor entre Janeiro de 2010 2T 2011
e passivos e ativos o custo de liquidar ou transferir a obrigação, ou o
contingentes valor de não existir a obrigação. Essa última seria o
valor (incluindo lucro) que a entidade cobraria de um
terceiro para o serviço sujeito da obrigação. A norma
também introduz o conceito de valor esperado para
mensuração desse tipo de passivo.
IAS 39 - Instrumentos É a segunda parte do projeto para substituir o IAS Novembro de 2009 2T 2011
financeiros - Custo 39. Propõe um modelo de "retorno esperado" para
amortizado e mensuração de custo amortizado. A provisão de
impairment impairment voltaria a ser determinada baseada em
fluxos de caixa esperados (diferente do modelo atual
de perdas incorridas).
Comentários da Orientação não mandatória para a administração Junho de 2009 4T 2010
administração explicar como a posição financeira, o desempenho
(orientação de boas financeiro e os fluxos de caixa se relacionam com
práticas) os objetivos da administração e as estratégias para
cumprir com esses objetivos.
• IAS 27 - Demonstrações financeiras • IFRS X - Mensuração ao valor justo • IFRS X - Impostos de renda
consolidadas
• IAS 19 - Benefícios a empregados - • IAS 37 - Provisões e passivos e
• Comentários da administração Planos de benefícios definidos ativos contingentes
(orientação de boas práticas)
• IAS 39 - Instrumentos financeiros -
Custo amortizado e impairment
Foi publicado um papel para discussão sobre “Indústrias Foi publicada uma minuta de uma interpretação do IFRIC
extrativas” para promover consistência na contabilização relacionada com remoção inicial de terra/minério na
de custos de exploração e nas definições de reservas, indústria mineradora (stripping costs).
além de aumentar as divulgações requeridas.
68 PwC
2.2.1. FASB Accounting Standards Updates
2.2 Junta de Normas
No ano de 2009 o FASB adotou sua Codificação de Normas Contábeis
de Contabilidade (Accounting Standards Codification ou “ASC”) como a fonte única dos
Financeira - FASB princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos (US GAAP). Com
a ASC, a estrutura de organização de US GAAP mudou de um modelo baseado
em centenas de pronunciamentos individuais (standards-based model) para um
modelo baseado em tópicos (topic-based model).
O ASU também deixa claro que o subtópico 810-10 não Este pronunciamento se aplica a entidades envolvidas
pode ser aplicado a alienações de imóveis em substância em atividades de produção de petróleo e gás. O objetivo
ou de direitos minerais ou de exploração de petróleo ou deste pronunciamento é o de alinhar os requerimentos
gás. Existem outros subtópicos da ASC que tratam dessas relacionados à estimativa e à divulgação de reservas de
transações. petróleo e gás, constantes no tópico 932 da ASC, com os
requerimentos estabelecidos pela Comissão de Valores
No caso de uma eventual redução na participação em Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) em 31 de
uma controlada que não represente um negócio ou uma dezembro de 2008.
entidade sem fins lucrativos, a empresa deve considerar
se, em substância, a transação provocando a redução de As principais provisões da regra incluem:
participação é tratada em outra norma contábil de US
GAAP, tais como transferências de ativos financeiros, a) Expansão da definição de “atividades de produção
reconhecimento de receita, permutas de ativos não- de petróleo e gás” para abranger a extração de
monetários, alienação de imóveis em substância, hidrocarbonetos comerciáveis em forma sólida,
alienação de direitos de mineração ou de exploração de líquida ou gasosa, de areias petrolíferas, xisto,
petróleo ou gás, dentre outros. Caso não exista outra camadas de carvão ou outros recursos naturais
literatura contábil aplicável, deve-se utilizar o não-renováveis que tenham o objetivo de serem
subtópico 810-10. transformados em petróleo ou gás sintéticos, ou
atividades com este fim.
Quais as mudanças em divulgações?
b) Redefinição de “reservas provadas de petróleo e
Nos casos em que houver uma desconsolidação de uma gás” para indicar que as entidades devem utilizar o
controlada ou desreconhecimento de um grupo de método de média aritmética do preço do primeiro
ativos, de acordo com o subtópico 810-10, uma entidade dia do mês durante os 12 meses antes da conclusão
deverá divulgar: da data do período coberto pelas demonstrações
financeiras, e não utilizar o preço do final do ano,
a) As técnicas de avaliação utilizadas para mensurar quando estimando se as quantidades na reserva
o valor justo das participações retidas na ex- justificam, economicamente, a exploração.
controlada ou grupo de ativos, além de informações
que permitam aos usuários das demonstrações c) Exigência de divulgação, separadamente, de
financeiras avaliar as informações utilizadas para informações acerca das quantidades nas reservas e
desenvolver tais cálculos. informações contábeis para as áreas geográficas que
representam 15% ou mais das reservas provadas.
b) A natureza de qualquer envolvimento com a ex-
controlada ou com a entidade adquirente do grupo d) Esclarecimento que os investimentos em empresas
de ativos que continue após a desconsolidação ou contabilizados pelo método de equivalência
desreconhecimento. patrimonial devem ser considerados quando
concluindo se uma empresa tem atividades
c) Se a transação que resultou na desconsolidação ou significativas de produção de petróleo ou gás.
desreconhecimento de um grupo de ativos envolveu
uma parte relacionada ou se a ex-controlada ou e) Exigência de divulgar os montantes e quantidades
entidade adquirente do grupo de ativos será uma relacionados com investidas contabilizadas pelo
parte relacionada após a desconsolidação. método de equivalência patrimonial, observando-se
o mesmo nível de detalhe aplicável a investimentos
Quando este pronunciamento deve ser aplicado? consolidados.
Este pronunciamento é efetivo para o período em que Quando este pronunciamento deve ser aplicado?
uma entidade adotar o FASB nº 160 (agora incluído no
subtópico 810-10). Caso uma entidade já tenha adotado Este pronunciamento será efetivo para exercícios
previamente o FASB nº 160, este ASU se torna efetivo encerrados em ou após 31 de dezembro de 2009.
para períodos interinos ou anuais findos em ou após 15
de dezembro de 2009.
70 PwC
• A
SU 2010-06: Fair Value Measurements and • A
SU 2010-09: Subsequent Events (Topic 855) --
Disclosures (Topic 820) - Improving Disclosures Amendments to Certain Recognition and
about Fair Value Measurements Disclosure Requirements
Quais as principais mudanças introduzidas pelo Quais as principais mudanças introduzidas pelo
pronunciamento? pronunciamento?
Todas as entidades que fazem divulgação de Este pronunciamento afeta todas as entidades que
mensurações ao valor justo, recorrentes ou não, serão preparem demonstrações financeiras em US GAAP e
afetadas pelas provisões deste pronunciamento. Este ASU provê mudanças ao subtópico 855-10, dentre as quais:
faz alterações ao subtópico 820-10, requerendo novas
divulgações tais como: a) Uma entidade que seja (a) um emissor registrado
na Comissão de Valores Mobiliários dos Estados
a) Transferências entre os níveis 1 e 2 de classificação. Unidos (“SEC”), ou (b) um veículo para emissão de
As empresas deverão divulgar, separadamente, as títulos de dívida de repasse (conduit debt securities)
transferências significativas entre os níveis 1 e 2 e as transacionados no mercado público de capitais
razões para tais transferências. (bolsa ou mercado de balcão) deve avaliar os
eventos subsequentes até a data de emissão das
b) Atividades nas mensurações ao valor justo no nível 3. demonstrações financeiras. As demais entidades
Ao divulgar mensurações ao valor justo que utilizam devem avaliar os eventos subsequentes até a data em
critérios não observáveis (nível 3), deve-se divulgar que as demonstrações financeiras são disponíveis
informações acerca de compras, vendas, emissões para emissão.
e pagamentos de forma aberta e não como um
montante líquido. b) O glossário do Tópico 855 foi alterado para incluir a
definição de “SEC filer”. Um SEC filer é uma entidade
Adicionalmente, este ASU esclarece requerimentos requerida a fornecer demonstrações financeiras
existentes de divulgação incluído no subtópico 820-10 para a SEC ou uma entidade sujeita à seção 12(i) do
como segue: Securities Exchange Act de 1934.
a) Nível de disagregação. Uma entidade deverá prover c) Entidades que são SEC filer não são requeridas a
informações de divulgação de valor justo para cada divulgar a data quando os eventos subsequentes
classe de ativos e passivos, sendo que uma classe foram avaliados pela administração. Esta mudança
de ativos ou passivos é tipicamente menor que ameniza conflitos potenciais conflitos entre o
um componente de ativos ou passivos no balanço subtopico 855-10 e os requerimentos da SEC.
patrimonial.
d) O escopo das exigências de divulgação em caso
b) Divulgações acerca de dados e técnicas de avaliação. de reemissão das demonstrações financeiras foi
Deve-se divulgar as técnicas de avaliação e as fontes alterado para incluir apenas as demonstrações
de dados utilizadas na mensuração de valor justo, financeiras ajustadas para corrigir um erro ou
tanto para mensurações recorrentes como não aplicar um pronunciamento contábil de US GAAP
recorrentes. Estas divulgações são requeridas para retroativamente.
itens classificados nos níveis 2 ou 3.
Quando este pronunciamento deve ser aplicado?
Quando esta regra se torna efetiva?
Este pronunciamento se torna efetivo a partir de sua
As mudanças descritas acima são válidas para períodos emissão, exceto para emissores de conduit debt securities,
interinos ou anuais começando a partir de 15 de dezembro para os quais o uso da data de emissão é aplicável para
de 2009, exceto para as divulgações acerca de compras, períodos interinos ou anuais findos a partir de 15 de
vendas, emissões e pagamentos para o nível 3. Neste junho de 2010.
ultimo caso, estas divulgações se tornam obrigatórias para
exercícios começando após 15 de dezembro de 2010 e para
períodos interinos divulgados dentro daquele exercício.
72 PwC
• A
SU 2010-15: Financial Services - Insurance (Topic • ASU 2010-17: Revenue Recognition - Milestone
944): How Investments Held through Separate Method (Topic 605): Milestone Method of Revenue
Accounts Affect an Insurer’s Consolidation Analysis Recognition - a consensus of the FASB Emerging
of Those Investments - a consensus of the FASB Issues Task Force
Emerging Issues Task Force
Quais as principais mudanças introduzidas pelo
Quais as principais mudanças introduzidas pelo pronunciamento?
pronunciamento?
Mensuração e reconhecimento
As alterações deste pronunciamento impactam as
seguradoras que mantenham separate accounts (grupo de Atividades de pesquisa e desenvolvimento usualmente
ativos que são tipicamente mantidos pela seguradora para incluem pagamentos contingentes ao acontecimento
suportar as obrigações em contratos individuais de seguros de determinados eventos, tais como a conclusão bem-
de vida, planos de previdência e contratos similares, e que sucedida de determinadas fases de um projeto, ou
operam de forma similar a um fundo mútuo). As separate milestones. Algumas entidades de pesquisa aplicam
accounts podem incluir, entre outros ativos, investimentos o método de milestone, ou seja, reconhecem estes
em outras empresas. A questão é se estes investimentos pagamentos contingentes como receita somente quando
em outras empresas mantidos nas separate accounts da se alcance o milestone. O objetivo deste ASU é o de
seguradora devem ser considerados na avaliação sobre se estabelecer quando é apropriado aplicar o método de
a seguradora tenha controle sobre a empresa investida e milestone para transações de pesquisa e desenvolvimento,
incluí-la nas demonstrações financeiras consolidadas. uma vez que não havia regras específicas para este método
de reconhecimento de receita.
Esta ASU esclarece que, se as separate accounts são
mantidas para beneficiar os titulares das apólices ou De acordo com este ASU, uma entidade poderá reconhecer
planos de previdência, os investimentos nas separate a receita no período em que o milestone é alcançado
accounts não devem ser considerados na análise sobre apenas se o milestone cumpra todos os critérios para ser
se a seguradora tem controle sobre a empresa investida. considerado substantivo. A conclusão que um milestone é
Entretanto, se as separate accounts sejam mantidas para substantivo requer julgamento pela administração, mas
o benefício de partes relacionadas, os investimentos nelas deve atender as seguintes condições:
devem ser considerados nessa análise.
a) A receita é consistente com:
Quando este pronunciamento deve ser aplicado?
i. O desempenho do vendedor na realização da
As alterações deste pronunciamento serão aplicáveis para milestone.
os exercícios e períodos intermediários dentro destes
exercícios que se iniciem a partir de 15 de dezembro de ii. O aumento do valor do produto a ser entregue
2010. A aplicação antecipada deste pronunciamento é como resultado de um evento específico
permitida. As alterações deste pronunciamento devem decorrente do desempenho do vendedor na
ser aplicadas retrospectivamente para todos os períodos realização do milestone.
comparativos.
b) A receita é relacionada somente ao desempenho
ocorrido no passado.
a) Um sumário descritivo do contrato. Este ASU foi emitido em conexão com diversos
questionamentos recebidos pela SEC relacionados à
b) Uma descrição de cada um dos milestones e das conversão de demonstrações financeiras e saldos em
contraprestações correspondentes. moeda estrangeira por empresas com investimentos na
Venezuela. A legislação cambial daquele país restringe
c) A determinação de quais milestones são ao acesso ao mercado oficial de câmbio, e as empresas
significativos. podem ser forçadas a recorrer ao mercado paralelo para
realizar certas transações. Em certas circunstâncias, a
d) Os fatores considerados pela entidade na utilização de mais que uma taxa de câmbio pode resultar
determinação de quais milestones são significativos. em diferenças relevantes entre o saldo original de um
ativo ou passivo financeiro denominado em moeda forte
e) O montante de receita reconhecido no período de e o saldo resultante da conversão das demonstrações
acordo com este método. financeiras em Bolivares para moeda forte. Nestes
casos, a SEC exige que os motivos pelas diferenças sejam
Quando este pronunciamento deve ser aplicado? divulgados em notas explicativas.
Este pronunciamento se aplica de forma prospectiva para A aplicação deste investimento é imediata.
milestones alcançados em exercícios e períodos interinos
nestes exercícios que comecem em ou após 15 de junho
de 2010. Caso uma entidade opte pela adoção antecipada • A
SU 2010-20: Receivables (Topic 310) - Disclosures
deste método, deverá divulgar os efeitos nos períodos about the Credit Quality of Financing Receivables
em que foi adotado o pronunciamento, nas seguintes and the Allowance for Credit Losses
rubricas:
Quais as principais mudanças introduzidas pelo
a) Receita. pronunciamento?
b) Resultado antes dos impostos. Este pronunciamento tem por objetivo estabelecer uma
maior transparência acerca das políticas de uma entidade
c) Lucro líquido. para o cálculo da provisão para devedores duvidosos e
a qualidade de crédito dos recebíveis em carteira. São
d) Lucro por ação. excluídos do escopo deste pronunciamento os recebíveis
de curto prazo e os recebíveis mensurados ao valor justo
e) Os efeitos da adoção desta norma no patrimônio ou pelo modelo de valor justo ou custo, dos dois o menor.
líquido.
Os critérios de divulgação existentes foram alterados para
Entidades poderão optar a adotar este ASU passar a exigir:
retrospectivamente para todos os períodos apresentados.
a) Um resumo da movimentação do saldo da
provisão, por segmento da carteira de recebíveis,
do saldo inicial até o saldo final, com o saldo final
desagregado por método utilizado para calcular a
perda estimada.
74 PwC
Adicionalmente, este pronunciamento requer as seguintes • ASU 2010-24: Presentation of Insurance Claims and
divulgações adicionais: Related Insurance Recoveries - a consensus of the EITF
(Health Care Entities - Topic 954)
a) Indicadores de qualidade de crédito de recebíveis de
financiamento no final do período, abertos por classe Quais as principais mudanças introduzidas pelo
de recebíveis de financiamento. pronunciamento?
b) Divulgação dos saldos de recebíveis em atraso, por Este ASU busca harmonizar a diversidade de práticas
vencimento, no final do período reportado, por classe existente no setor de saúde para o tratamento de passivos
de recebíveis de financiamentos. decorrentes de negligência médica e os correspondentes
reembolsos de seguro esperados. A maioria dos
c) A natureza e extensão de recebíveis renegociados no prestadores de serviços médicos apresentam o passivos
exercício, por classe, e os correspondentes efeitos na líquidos dos reembolsos de seguro esperados, ao passo que
provisão. outras entidades apresentavam tais contas separadamente
em suas demonstrações financeiras. Este pronunciamento
d) A natureza e extensão dos recebíveis de estabelece que a segunda forma de apresentação deve
financiamento renegociados que entraram em ser adotada. Adicionalmente, o valor do passivo não
situação de default nos últimos 12 meses, por deve levar em consideração os reembolsos esperados da
classe de recebíveis, e os correspondentes efeitos na seguradora.
provisão.
Quando este pronunciamento deve ser aplicado?
e) Compras ou vendas significativas de recebíveis
de financiamentos durante o período, abertas por Este pronunciamento deverá ser aplicado para exercícios,
segmento da carteira. ou períodos interinos que fazem parte destes exercícios,
que comecem após 15 de dezembro de 2010. O efeito
Quando este pronunciamento deve ser aplicado? cumulativo da adoção, se houver, deverá ser reconhecido
contra os lucros acumulados no início do ano de sua
Este pronunciamento entra em vigor para empresas de adoção. A aplicação retrospectiva e/ou antecipada é
capital aberto, para períodos interinos e anuais findos permitida.
em ou após 15 de dezembro de 2010. As divulgações para
atividades ocorridas dentro de um período são aplicáveis
para períodos interinos ou anos que comecem em ou após • ASU 2010-25: Reporting Loans to Participants by
15 de dezembro de 2010. Defined Contribution Pension Plans (a consensus of
the EITF) - Plan Accounting: Defined Contribution
Para as demais entidades, entra em vigor em períodos ou Pension Plans (Topic 962)
anos findos em ou após 15 de dezembro de 2011.
Quais são as principais mudanças introduzidas pelo
As divulgações comparativas para períodos anteriores são pronunciamento?
encorajadas.
As alterações deste pronunciamento exigem que, no
balanço patrimonial de um plano de contribuição definida,
os empréstimos cedidos aos participantes do plano sejam
classificados como títulos a receber de participantes,
os quais são segregados dos investimentos do plano e
mensurados pelo seu saldo devedor principal mais os juros
vencidos e não pagos.
a) Custos diretos incrementais de aquisição de As alterações deste pronunciamento são válidas para
contratos. Custos diretos incrementais são os custos os exercícios, e períodos interinos dentro desses
que resultam diretamente e são essenciais para a exercícios, com início após 15 de dezembro de 2011. As
realização do contrato, e não teriam sido incorridos alterações deste pronunciamento devem ser aplicadas
pela entidade seguradora caso a transação não prospectivamente. A aplicação retrospectiva a todos os
tivesse ocorrido. períodos anteriores apresentados também é permitida,
mas não é obrigatória. A adoção antecipada é permitida,
b) Determinados custos diretamente relacionados com mas apenas no início de um exercício.
as seguintes atividades realizadas pela seguradora
em relação ao contrato: 2.2.2 Projeto conjunto de
i. Subscrição. convergência IASB e FASB
ii. Política de emissão e processamento. Esta seção foi preparada para descrever os
desenvolvimentos mais recentes do projeto conjunto de
iii. Exame médico e inspeção. emissão de normas contábeios do Financial Accounting
Standards Board (FASB) e do International Accounting
iv. Força de vendas de contratos. Standards Board (IASB). Com uma estratégia modificada
anunciada em junho de 2010, o FASB/IASB têm estado
Os custos diretamente relacionados com essas focado na execução do novo plano de trabalho. Apesar
atividades incluem somente a parte da remuneração de uma desaceleração prevista, o grupo de convergência
total do empregado e benefícios da folha de pagamento continuou a todo vapor, emitindo novas propostas para
relacionados diretamente ao tempo gasto pelos tratamento contábil de arrendamentos e de contratos
funcionários na execução destas atividades e outros de seguros. A partir de agora, a meta para conclusão de
custos diretamente relacionados com as atividades e que um número significativo de projetos é meados de 2011,
não teriam sido incorridos caso o contrato não tivesse incluindo instrumentos financeiros, reconhecimento de
sido adquirido. receitas e arrendamentos. Após essa etapa, o FASB/IASB
deverão avaliar os comentários recebidos do mercado
Os custos de propaganda e mala direta devem ser sobre essas propostas.
capitalizados apenas se os critérios incluídos no subtópico
340-20 foram atendidos. E se tudo isso não bastasse, o FASB anunciou
recentemente a aposentadoria de seu presidente, Bob
Todos os outros custos relacionados à aquisição, incluindo Herz, e a expansão dos membros do seu comitê de cinco
despesas incorridas pela seguradora para buscar para sete membros. Essas mudanças podem trazer mais
potenciais clientes, pesquisa de mercado, treinamento, incerteza no processo de convergência, em grande parte
administração, aquisições de contrato sem sucesso pelo risco de que algumas premissas adotadas pelos
ou esforços de renovação e de desenvolvimento de membros atuais podem mudar com a chegada de novos
produtos devem ser contabilizados como despesa quando membros.
incorridos. Custos administrativos, aluguel, depreciação,
equipamentos e todas as outras despesas gerais são
considerados custos indiretos e devem ser contabilizados
como despesa quando incorridos.
76 PwC
Como será a nova estratégia?
O sucesso da estratégia depende muito dos comentários do mercado e a revisão desse comentários
pelo grupo. Há uma expectativa de que o FASB vai dedicar um tempo significativo na reavaliação
das suas decisões sobre o projeto de instrumentos financeiros ao longo dos próximos meses. Em
seguida, o FASB/IASB terão de decidir se há um caminho a seguir que levará a uma convergência
sobre este importante projeto.
A revisão dos comentários às minutas das novas normas sobre reconhecimento de receita e
arrendamentos deverá ocorrer em breve. Ainda que o grupo esteja seguindo o mesmo plano em
relação a esses projetos, os comentários que serão recebidos do mercado deverào confirmar ou
alterar esse estratégia. Os prazos para comentário para ambos os projetos se encerram no último
trimestre de 2010.
As datas de vigência das normas não foram incluídas nas minutas emitidas recentemente. Isso
ocorre porque o FASB/IASB pretendem construir um entendimento mais abrangente sobre os
esforços para execução das propostas de mudanças antes de decidir sobre as datas de vigência.
Para construir esse entendimento, FASB/IASB emitiu um documento para discussão em busca de
contribuições do mercado sobre as datas de vigência e estratégias de transição. Se o FASB/IASB vão
decidir continuar com datas de vigência de forma paulatina ou vai empregar uma abordagem mais
agressiva ainda é uma incógnita.
Instrumentos financeiros
Reconhecimento de receita
Arrendamentos
Mensuração do valor justo
Propriedades para investimento
Demonstração do resultado abrangente
Operações descontinuidades
Instrumentos financeiros com
IASB - Contratos de Seguros
Consolidação - Projeto abrangente
Consolidação - Companhias de...
Compensação de valores no balanço...
IASB - Benefícios pós-emprego
IASB - Contingências
Planos de negociação de direito
de emissão Q3 2C10 Q4 2010 Q1 2011 Q2 2011 Q3 2011 Q4 2011 2012
Revisão da pré-minuta da norma Minuta da norma emitida ou esperada para ser emitida
Por meio dessa publicação semanal, o Navegador Contábil, a PwC compartilha com o
mercado a experiência na aplicação das normas na Europa, incluindo exemplos reais,
entrevistas, perguntas e respostas. A cada edição é tratado um tópico específico a fim de
esclarecer dúvidas e facilitar a adoção dos IFRSs e dos CPCs pelas entidades brasileiras.
78 PwC
As publicações anteriores, em sua íntegra, podem ser acessadas no site www.pwc.com/br. Também, no site, os
interessados podem se cadastrar para receber semanalmente o Navegador Contábil em sua caixa de e-mails.
Transcrevemos a seguir trechos da 5a Edição do Navegador Contábil, importante neste momento de preparação das
demonstrações financeiras. Nessa edição, foram tratados os erros mais comuns observados em publicações de entidades
que adotaram o IFRS pela primeira vez, notadamente na Europa.
Balanço
Participação dos não controladores Confusão entre “ativos mantidos para venda” e “ativos
disponíveis para venda”
A participação dos não controladores, embora deva ser
destacada, deve ser apresentada dentro do patrimônio Ativos mantidos para venda são ativos ou grupos de ativos
líquido. [IAS 1/CPC 26.54] não circulantes que serão vendidos no curto prazo e foram
classificados assim conforme IFRS 5/CPC 31.
IR/CS diferidos no longo prazo
Ativos “disponíveis para venda” fazem parte de uma
Os ativos e passivos de tributos sobre a renda (IR/CS) categoria de instrumento financeiro classificado conforme
diferidos devem ser classificados sempre no longo prazo IAS 39/CPC 38.
no balanço, mesmo que a expectativa de sua realização
seja de curto prazo. Em nota explicativa é que se deve Apresentação bruta/líquida das provisões e dos
fazer a distinção da parcela de curto prazo. depósitos judiciais
[IAS 1/CPC 26.56]
As circunstâncias devem ser analisadas cautelosamente
Impostos indiretos e impostos de renda para determinar se uma apresentação bruta ou líquida é
apropriada. A suspensão da exigibilidade de um tributo e a
Os ativos e/ou passivos por imposto de renda impossibilidade do resgate do depósito são indícios fortes
e contribuição social devem ser apresentados de que esse depósito deve ser apresentado reduzindo
separadamente dos ativos e passivos de tributos indiretos o saldo do correspondente contas a pagar. Quando
(PIS, COFINS, IPI, etc.). [IAS 1/CPC 26.54(n)] não existe estes indícios, o depósito é normalmente
apresentado como ativo. A análise deve ser feita caso
a caso. Não se pode, indiscriminadamente, apresentar
provisões/tributos a pagar líquidos de depósitos judiciais.
Em geral, esperamos que alguns depósitos atendam à
definição para apresentação pelo líquido e outros não.
[IAS 1/CPC 26.32]
Misturando apresentação das despesas por função e “Receita bruta” apresentada na demonstração de
por natureza resultado
Despesas devem ser apresentadas por função A receita a ser apresentada na demonstração de resultado
(exemplos: Custo de venda, Despesas Administrativas, deve ser a “receita” como definido no IAS 18/CPC 30.
Despesas de Vendas) ou por natureza (exemplos: Neste caso, em geral a demonstração do resultado deve
Despesas com pessoal, Despesas com matérias-primas, partir do que anteriormente chamávamos no BR GAAP de
Depreciação e amortização). Não se pode misturar os “receita líquida de vendas”. Portanto, não é mais aceitável
dois modelos (exemplos: Custo de venda, Despesas apresentar no resultado a “receita bruta”, que em geral
Administrativas, Depreciação e amortização). inclui impostos sobre vendas e, é anterior às deduções de
[IAS 1/CPC 26.99] vendas (descontos, abatimentos, devoluções, etc.).
Não apresentar o lucro por ação (básico e diluído) Apresentação de “despesas não recorrentes”
As companhias abertas, em suas DFs consolidadas de Devem ser apresentados linhas adicionais de despesas,
acordo com o IFRS, devem apresentar lucro por ação, ganhos ou perdas relevantes na demonstração de
tanto básico quanto diluído, na demonstração do resultado, quando essa apresentação for relevante para o
resultado (i.e. não pode ser em nota explicativa, exceto entendimento do desempenho da companhia no período.
demonstrativo detalhado do cálculo), com base no Isso não significa que “despesas não recorrentes” podem
número médio de ações do período. [IAS 33.66] Até que ser apresentadas como uma linha separada e identificada
seja emitido em forma final o CPC que trata do lucro por como tal na demonstração de resultado.
ação, há diferenças de prática contábil entre BR GAAP e [IAS 1/CPC 26.85]
IFRS neste tema. O lucro por ação deve ser apresentado
por classe de ação. Apresentação líquida de despesas e receitas
financeiras
Recomendação: É melhor apresentar ganhos e perdas cambiais em uma linha separada no resultado financeiro, ou mesmo
na linha de outras receitas e despesas operacionais, divulgados os valores em nota explicativa. O mais importante é não
tratá-los como despesas e receitas financeiras.
Tanto o resultado abrangente quanto o resultado O CPC 26 não permite apresentar uma demonstração de
do exercício devem ser atribuídos aos acionistas da resultado abrangente que compreende tanto o resultado
companhia e aos não controladores (minoritários). do exercício quanto os outros resultados abrangentes.
[IAS 1/CPC 26.83] Portanto, essa demonstração deve ser apresentada
separadamente da demonstração do resultado.
Alternativamente, o CPC 26, diferente do IAS 1, permite
apresentar o resultado abrangente na demonstração de
mutações no patrimônio liquido. [CPC 26.10]
[IAS 1/CPC 26.56]
80 PwC
Demonstrações das mutações do patrimônio Demonstração dos fluxos de caixa
líquido (DPML)
Apresentação líquida de captações e amortizações de
O saldo de reservas legais e estatutárias são diferentes empréstimos
entre DFs societárias e DFs em IFRS
As captações de recursos (empréstimos, financiamentos,
As reservas legais e estatutárias (exemplos: reservas etc.) devem ser apresentadas numa linha separada de
de capital, legal, para investimento, etc.) devem ser suas amortizações. A apresentação pelo líquido é comum
iguais nas demonstrações financeiras societárias e nas somente para instituições financeiras.
demonstrações financeiras consolidadas de acordo [IAS 7.21/CPC 03.23]
com o IFRS. Quaisquer diferenças de GAAP devem ser
tratadas em conta de lucros acumulados ou de avaliação Classificação equivocada de captações e concessões de
patrimonial, dependendo do caso. empréstimos
82 PwC
Manual de contabilidade: IFRS/CPC - Adoção
inicial e Ativos intangíveis
Esta primeira obra toma por base dois importantes capítulos do Manual of
accounting - IFRS 2010 da PwC LLP: Adoção inicial do IFRS - que propõe
elucidar como as entidades devem aplicar o conjunto das novas normas
contábeis na elaboração de suas demonstrações financeiras pela primeira vez,
e Ativos intangíveis - que orienta as circunstâncias para reconhecer esse tipo de
ativo, mensurar seu valor contábil e esclarecer os requisitos de divulgação.
Este livro estará em breve disponível para venda nas principais livrarias do país.
A proposta do Manual
é discutir as normas
e exemplos concretos,
publicados por companhias
que já adotaram o
IFRS, para um melhor
entendimento dos nossos
padrões contábeis.
84 PwC
ii. No caso de endividamento com pessoa jurídica • Dedutibilidade de juros pagos a residentes no
vinculada no exterior que não tenha participação exterior localizados em países com tributação
societária na pessoa jurídica residente no Brasil, o favorecida ou regime fiscal privilegiado (art. 25
valor do endividamento com a pessoa vinculada no da Lei)
exterior, verificado por ocasião da apropriação dos
juros, não seja superior a 2 (duas) vezes o valor do Sem prejuízo das hipóteses de dedutibilidade de juros
patrimônio líquido da pessoa jurídica residente no previstas nas normas sobre preço de transferência, os
Brasil. juros pagos ou creditados por fonte situada no Brasil
à pessoa física ou jurídica residente, domiciliada ou
iii. em qualquer dos casos previstos nos incisos I e II, o constituída no exterior, em país ou dependência com
valor do somatório dos endividamentos com pessoas tributação favorecida ou sob regime fiscal privilegiado,
vinculadas no exterior, verificado por ocasião da somente serão dedutíveis, para fins de determinação
apropriação dos juros, não seja superior a 2 (duas) do lucro real e da base de cálculo da CSLL, quando se
vezes o valor do somatório das participações de verifique constituírem despesa necessária à atividade,
todas as vinculadas no patrimônio líquido da pessoa no período de apuração, atendendo cumulativamente
jurídica residente no Brasil. ao requisito de que o valor total do somatório dos
endividamentos com todas as entidades situadas em
Essa regra se aplica, ainda, às operações de país ou dependência com tributação favorecida ou sob
endividamento de pessoa jurídica residente ou regime fiscal privilegiado não seja superior a 30% do
domiciliada no Brasil, em que o avalista, fiador, valor do patrimônio líquido da pessoa jurídica residente
procurador ou qualquer interveniente for pessoa no Brasil.
vinculada.
Para efeito do cálculo do total do endividamento
Verificando-se excesso em relação aos limites acima serão consideradas todas as formas e prazos de
fixados, o valor dos juros relativos ao excedente será financiamento, independentemente de registro do
considerado despesa não necessária à atividade da contrato no Banco Central do Brasil.
empresa e não dedutível para fins de IRPJ e CSLL.
Aplica-se essa disposição às operações de
Ademais, a Lei prevê que: endividamento de pessoa jurídica residente ou
domiciliada no Brasil, em que o avalista, fiador,
• Os valores do endividamento e da participação da procurador ou qualquer interveniente for residente ou
vinculada no patrimônio líquido serão apurados pela constituído em país ou dependência com tributação
média ponderada mensal. favorecida ou sob regime fiscal privilegiado.
• O disposto no inciso III não se aplica no caso Verificando-se excesso em relação aos limites acima
de endividamento exclusivamente com pessoas fixados, o valor dos juros relativos ao excedente será
vinculadas no exterior que não tenham participação considerado despesa não necessária à atividade da
societária na pessoa jurídica residente no Brasil. Nessa empresa e não dedutível para fins de IRPJ e CSLL.
hipótese, o somatório dos valores de endividamento
com todas as vinculadas sem participação no capital A lei ainda prevê que:
da entidade no Brasil, verificado por ocasião da
apropriação dos juros, não poderá ser superior a 2 • Os valores do endividamento e do patrimônio
(duas) vezes o valor do patrimônio líquido da pessoa líquido serão apurados pela média ponderada
jurídica residente no Brasil. mensal.
• Essas disposições não se aplicam às operações • Essas disposições não se aplicam às operações
de captação feitas no exterior pelas instituições de captação feitas no exterior pelas instituições
financeiras previstas no § 1º do art. 22 da financeiras previstas no § 1º do art. 22 da Lei
Lei nº 8.212/91 (bancos comerciais, de investimentos, nº 8.212/91 para recursos captados no exterior
de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades e utilizados em operações de repasse nos termos
de crédito, financiamento e investimento, sociedades definidos pela RFB.
de crédito imobiliário, sociedades corretoras,
distribuidoras de títulos e valores mobiliários,
empresas de arrendamento mercantil, cooperativas
de crédito, empresas de seguros privados e de
capitalização, agentes autônomos de seguros
privados e de crédito e entidades de previdência
privada abertas e fechadas), para recursos captados
no exterior e utilizados em operações de repasse, nos
termos definidos pela Secretaria da Receita Federal
do Brasil.
Demonstrações Financeiras e Sinopse Legislativa 85
• Dedutibilidade de valores pagos a residentes no b) Pessoa física - transferência de residência para
exterior submetidos a tributação favorecida ou país com tributação favorecida ou regime fiscal
regime fiscal privilegiado (art. 26 da Lei) privilegiado (art. 27 da Lei)
Sem prejuízo das normas do IRPJ, não são dedutíveis A transferência do domicílio fiscal da pessoa física
na determinação do lucro real e da base de cálculo da residente e domiciliada no Brasil para país ou
CSLL as importâncias pagas, creditadas, entregues, dependência com tributação favorecida ou regime
empregadas ou remetidas a qualquer título, direta ou fiscal privilegiado, nos termos a que se referem,
indiretamente, a pessoas físicas ou jurídicas residentes respectivamente, os arts. 24 e 24-A da Lei nº 9.430/96,
ou constituídas no exterior e submetidas a um tratamento somente terá seus efeitos reconhecidos a partir da data
de país ou dependência com tributação favorecida ou sob em que o contribuinte comprove:
regime fiscal privilegiado (arts. 24 e 24-A da
Lei nº 9.430/96), salvo se houver, cumulativamente: i. ser residente de fato naquele país ou dependência
(pessoas físicas que tenham efetivamente
i. a identificação do efetivo beneficiário da entidade no permanecido no país ou dependência por mais de
exterior, destinatário dessas importâncias. 183 dias, consecutivos ou não, no período de até
12 meses, ou que comprovem ali se localizarem a
Considerar-se-á como efetivo beneficiário a pessoa residência habitual de sua família e a maior parte de
física ou jurídica, não constituída com o único ou seu patrimônio; ou
principal objetivo de economia tributária, que auferir
esses valores por sua própria conta, e não como ii. sujeitar-se a imposto sobre a totalidade dos
agente, administrador fiduciário ou mandatário por rendimentos do trabalho e do capital, bem como o
conta de terceiro; efetivo pagamento desse imposto.
• a comprovação do disposto no inciso (ii) não se aplica Nos termos da Lei nº 12.249, a partir do ano-calendário
no caso de operações: de 2011:
i. que não tenham sido efetuadas com o único ou i. o direito de efetuar a opção pelo regime de
principal objetivo de economia tributária; e competência somente poderá ser exercido no mês de
janeiro;
ii. cuja beneficiária das importâncias pagas,
creditadas, entregues, empregadas ou remetidas ii. o direito de alterar o regime adotado no decorrer do
a título de juros seja subsidiária integral, filial ou ano-calendário é restrito aos casos em que ocorra
sucursal da pessoa jurídica remetente domiciliada elevada oscilação da taxa de câmbio.
no Brasil e tenha seus lucros tributados na forma
do art. 74 da MP nº 2.158-35/2001. Considera-se elevada oscilação da taxa de câmbio aquela
superior a percentual determinado pelo Poder Executivo.
86 PwC
d) Margens de lucro do PRL - Não conversão da 1.2 Preços de Transferência - Alteração dos
revogação - Lei nº 12.249/2010 Métodos - Medida Provisória nº 478/2009
O art. 61 da MP nº 472/2009 revogou o art. 2º da Em 29 de dezembro de 2009, foi publicada a Medida
Lei nº 9.959/2000, que trazia disposições sobre as margens Provisória nº 478, para, entre outras disposições, alterar a
de lucro fixadas em relação ao método PRL (Preço de legislação tributária relativamente às regras de preços de
Revenda Menos Lucro), com efeitos a partir de 16.12.2009. transferência.
Esse dispositivo de revogação não foi convertido no texto A principal alteração foi a instituição do Método do Preço
da Lei nº 12.249/2010. de Venda menos Lucro - PVL (em substituição ao PRL),
definido como a média aritmética ponderada dos preços
e) Multa de ofício - compensação de venda no país dos bens, direitos ou serviços importados
e calculado conforme a metodologia a seguir:
Será aplicada multa isolada de 50% sobre o valor do
crédito objeto de declaração de compensação não a) Preço líquido de venda: a média aritmética ponderada
homologada, salvo no caso de falsidade da declaração dos preços de venda do bem, direito ou serviço
apresentada pelo sujeito passivo. produzido, diminuídos dos descontos incondicionais
concedidos, dos impostos e das contribuições sobre as
f) Outros Assuntos trazidos na Lei ora tratada vendas e das comissões e corretagens pagas.
• Instituição do REPENEC - Regime Especial de b) Percentual de participação dos bens, direitos ou
Incentivos para o Desenvolvimento de Infraestrutura serviços importados no custo total do bem, direito
da Indústria Petrolífera nas Regiões Norte, Nordeste ou serviço vendido: a relação percentual entre o
e Centro-Oeste, que concede a suspensão de tributos custo médio ponderado do bem, direito ou serviço
incidentes na importação dos bens e serviços, importado e o custo total médio ponderado do
destinados à incorporação ao ativo imobilizado, na bem, direito ou serviço vendido, calculado em
forma da Lei. (artigos 1º a 5º da Lei). conformidade com a planilha de custos da empresa.
• Instituição do RECOMPE - Regime Especial para
c) Participação dos bens, direitos ou serviços importados
Aquisição de Computadores para uso Educacional, que
no preço de venda do bem, direito ou serviço vendido:
concede suspensão de tributos na aquisição de bens
aplicação do percentual de participação do bem,
e na prestação de serviços destinados a promover a
direito ou serviço importado no custo total, apurada
inclusão digital nas escolas das redes públicas de ensino
conforme a alínea (b), sobre o preço líquido de venda
federal, estadual, distrital, municipal ou nas escolas
calculado de acordo com a alínea (a).
sem fins lucrativos de atendimento a pessoas com
deficiência, nas condições definidas na Lei (artigos 6º a
d) Margem de lucro: a aplicação do percentual de
14 da Lei).
35% sobre a participação do bem, direito ou serviço
importado no preço de venda do bem, direito ou
• Instituição do RETAERO - Regime Especial para a
serviço vendido, calculado de acordo com a alínea (c).
Indústria Aeronáutica Brasileira, concede a suspensão
de tributos no fornecimento de bens e na prestação de
e) Preço parâmetro: a diferença entre o valor da
serviços, conforme especifica a Lei.
participação do bem, direito ou serviço importado no
preço de venda do bem, direito ou serviço vendido,
• Alterações nas regras do PADIS - Programa de Apoio
calculado conforme a alínea (c), e a “margem de
ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de
lucro”, calculada de acordo com a alínea (d).
Semicondutores, a que se refere a Lei n o 11.484/2007.
88 PwC
• Regime Especial de Tributação para Construção, • Isenção e Alíquota 0% - Mercadoria equivalente
Ampliação, Reforma ou Modernização de à empregada ou consumida na industrialização
Estádios de Futebol - RECOM de produto exportado
Fica instituído o Regime Especial de Tributação para A aquisição no mercado interno ou a importação, de
construção, ampliação, reforma ou modernização de forma combinada ou não, de mercadoria equivalente
estádios de futebol - RECOM, com utilização prevista à empregada ou consumida na industrialização de
nas partidas oficiais da Copa das Confederações FIFA produto exportado poderá ser realizada com isenção
2013 e da Copa do Mundo FIFA 2014. do Imposto de Importação e com redução a zero do
IPI, de PIS/COFINS e PIS/COFINS-Importação.
É beneficiária do RECOM, a pessoa jurídica que
tenha projeto aprovado para esses fins, nos termos do Aplica-se também à aquisição no mercado interno ou à
Convênio ICMS nº 108/2008, o qual concede isenção importação de mercadoria equivalente:
do ICMS nas operações com mercadorias e bens
destinados à construção, à ampliação, à reforma ou à i. À empregada em reparo, criação, cultivo ou
modernização de estádios a serem utilizados na Copa atividade extrativista de produto já exportado.
do Mundo FIFA de 2014.
ii. Para industrialização de produto intermediário
O benefício será aplicado para os projetos aprovados até fornecido diretamente à empresa industrial-
31.12.2012. exportadora e empregado ou consumido na
industrialização de produto final já exportado,
No caso de venda no mercado interno ou na importação observadas as hipóteses excetuadas pela MP.
de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos,
novos, e de materiais de construção para utilização ou • Operações de Day Trade - Instituição
incorporação nos estádios de futebol aqui enquadrados, intermediadora
ficam suspensos, quando adquiridos por PJ beneficiária
do RECOM, os seguintes tributos: A MP estabelece ainda que se considera de day trade
a operação ou a conjugação de operações iniciadas e
• PIS/COFINS incidentes sobre a receita da pessoa encerradas em um mesmo dia, com o mesmo ativo,
jurídica vendedora. em uma mesma instituição intermediadora, em que
a quantidade negociada tenha sido liquidada total ou
• PIS/COFINS-Importação devidas pelo importador. parcialmente.
90 PwC
1.8 Regime Especial de Fiscalização - 1.9 Restituição/compensação de créditos
Instrução Normativa RFB nº 979/2009 de PIS/COFINS - alterações - IN RFB
nº 981/2009
Publicada em 17 de dezembro de 2009, a Instrução
Normativa RFB nº 979/2009 disciplina o Regime Especial Publicada em 21 de dezembro de 2009, a Instrução
de Fiscalização (REF), instituído pela Lei nº 9.430/96, Normativa RFB nº 981 apresenta novas regras para a
estabelecendo, resumidamente o quanto segue: compensação: (i) de créditos de PIS/COFINS objeto de
O REF poderá ser aplicado nas seguintes situações: ressarcimento; (ii) de créditos presumidos de PIS/COFINS
sobre estoque de abertura; (iii) de crédito que podem ser
i. Embaraço à fiscalização, caracterizado pela negativa utilizados na compensação de outros débitos (relativos
não justificada de exibição de livros e documentos, a custos e despesas vinculados à exportação, à venda
bem como pelo não fornecimento de informações desonerada das contribuições e à aquisição de embalagens
sobre bens, movimentação financeira, negócio ou de bebidas para revenda).
atividade, próprios ou de terceiros, quando intimado,
e demais hipóteses que autorizam a requisição do • Compensação vinculada à prévia apresentação de
auxílio da força pública. arquivos digitais/assinatura digital
v. Prática reiterada de infração à legislação tributária. Esse arquivo digital deverá ser transmitido por
estabelecimento mediante o Sistema Validador e
vi. Comercialização de mercadorias com evidências de Autenticador de Arquivos Digitais (SVA), disponível para
contrabando ou descaminho. download no sítio da RFB, com utilização de certificado
digital válido.
vii. Evidências de que a pessoa jurídica esteja constituída
por interpostas pessoas que não sejam os verdadeiros Fica dispensado da apresentação do arquivo digital o
sócios ou acionistas, ou o titular, no caso de firma estabelecimento da pessoa jurídica que, no período de
individual. apuração do crédito, esteja obrigado à Escrituração Fiscal
Digital (EFD).
A aplicação do REF poderá ter como consequência
a adoção das seguintes medidas isolada ou O Pedido de Restituição, Ressarcimento ou Reembolso e
cumulativamente: de Declaração de Compensação (PER/DCOMP) e o pedido
de cancelamento e retificação da PERDCOMP poderão ser
i. Manutenção de fiscalização ininterrupta no apresentados com assinatura digital mediante certificado
estabelecimento do sujeito passivo, inclusive com digital válido.
presença física permanente de Auditores-Fiscais da
Receita Federal, podendo abranger todos os turnos
de funcionamento da empresa e os dias não úteis
ocorridos no período fixado para aplicação do regime.
1.11 IR - Rendimentos e Ganhos Líquidos v. Uma vez manifestada a opção pelo RTT, conforme
- Mercados financeiro e de capitais disposto nos itens II e IV, não é possível a
- Instrução Normativa RFB nº transmissão de DIPJ retificadora posterior com o
objetivo de cancelar a opção pelo referido regime.
1.022/2010
Não tendo optado pelo RTT, é permitida a transmissão
A Instrução Normativa RFB nº 1.022, publicada em 7 de de DIPJ retificadora para manifestar essa opção,
abril de 2010, consolida as disposições sobre o imposto observado o disposto no item I. Quando paga até o prazo
sobre a renda incidente sobre os rendimentos e ganhos previsto no item III, a diferença apurada será recolhida
líquidos auferidos nos mercados financeiro e de capitais, sem acréscimos.
e revoga diversas INs que antes dispunham sobre o
assunto, inclusive as INs SRF nos 25/2001 e 487/2004.
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1.13 Países ou dependências com tributação favorecida - Instrução Normativa
RFB nº 1.037/2010
A Receita Federal do Brasil divulgou a Instrução Normativa nº 1.037, de 4 de junho de 2010, determinando que se
consideram países ou dependências que não tributam a renda ou que a tributam à alíquota inferior a 20%, ou ainda
cuja legislação interna não permite acesso a informações relativas à composição societária de pessoas jurídicas ou à sua
titularidade, as seguintes jurisdições:
i. Com referência à legislação de v. Com referência à legislação da viii. Com referência à legislação da
Luxemburgo, o regime aplicável Islândia, o regime aplicável às Espanha, o regime aplicável às
às pessoas jurídicas constituídas pessoas jurídicas constituídas pessoas jurídicas constituídas sob
sob a forma de holding company. sob a forma de International a forma de Entidad de Tenencia
Trading Company (ITC). de Valores Extranjeros
ii. Com referência à legislação do (E.T.V.Es.).
Uruguai, o regime aplicável às vi. Com referência à legislação da
pessoas jurídicas constituídas Hungria, o regime aplicável às ix. Com referência à legislação de
sob a forma de “Sociedades pessoas jurídicas constituídas sob Malta, o regime aplicável às
Financeiras de Inversão (Safis)” a forma de offshore KFT. pessoas jurídicas constituídas
até 31 de dezembro de 2010. sob a forma de International
vii. Com referência à legislação dos Trading Company (ITC) e
iii. Com referência à legislação da Estados Unidos da América, de International Holding
Dinamarca, o regime aplicável às o regime aplicável às pessoas Company (IHC).
pessoas jurídicas constituídas sob jurídicas constituídas sob a
a forma de holding company. forma de Limited Liability
Company (LLC) estaduais, cuja
iv. Com referência à legislação do participação seja composta de
Reino dos Países Baixos, o regime não residentes, não sujeitas ao
aplicável às pessoas jurídicas imposto de renda federal.
constituídas sob a forma de
holding company.
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1.15 País com tributação favorecida e regime fiscal privilegiado - Instrução Normativa RFB
nº 1.045/2010
A Instrução Normativa nº 1.045, da RFB, publicada em 23 de junho de 2010, promoveu alterações na lista de regimes
fiscais privilegiados prevista na IN RFB nº 1.037/2010, relativamente à legislação da Dinamarca e do Reino dos Países
Baixos, da seguinte forma:
• Com referência à legislação da Dinamarca, o regime aplicável às pessoas jurídicas constituídas sob a forma de
holding company que não exerçam atividade econômica substantiva.
• Com referência à legislação do Reino dos Países Baixos, o regime aplicável às pessoas jurídicas constituídas sob a
forma de holding company que não exerçam atividade econômica substantiva.
• Em relação aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º.01.2011, as pessoas jurídicas sujeitas a acompanhamento
econômico-tributário diferenciado e sujeitas à tributação do IR com base no Lucro Real.
• Em relação aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º.07.2011, as demais pessoas jurídicas sujeitas à tributação do
IR com base no Lucro Real.
• Em relação aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º.01.2012, as demais pessoas jurídicas sujeitas à tributação do
IR com base no Lucro Presumido ou Arbitrado.
• Também com relação aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º.01.2012, as pessoas jurídicas referidas nos §§ 6º, 8º
e 9º do art. 3º da Lei nº 9.718/98 (instituições financeiras que específica, pessoas jurídicas que tenham por objeto a
securitização de créditos, operadoras de planos de assistência à saúde) e empresas particulares que explorem serviços
de vigilância e de transporte de valores (Lei nº 7.102/83).
Às demais pessoas jurídicas não obrigadas fica facultada a entrega da EFD-PIS/COFINS, em relação aos fatos contábeis
ocorridos a partir de 1º.01.2011.
A apresentação dos livros digitais, nos termos da IN em comento, supre, em relação aos arquivos correspondentes, a
exigência contida na IN SRF nº 86/2001 de manter os arquivos digitais e sistemas utilizados pela pessoa jurídica pelo
prazo decadencial.
A não apresentação da EFD-PIS/COFINS no prazo fixado acarretará a aplicação de multa no valor de R$ 5 mil/mês-
calendário ou fração.
• Previsão de multa isolada de 50%, mediante Além disso, também a partir do ano-calendário de
lançamento de ofício, sobre o valor do crédito objeto 2011, a opção pelo regime de competência deverá ser
de pedido de ressarcimento indeferido ou indevido comunicada à RFB por intermédio da DCTF relativa ao
e de 100% na hipótese de ressarcimento obtido com mês de adoção do regime, não sendo admitida DCTF
falsidade no pedido apresentado pelo sujeito passivo. retificadora, fora do prazo de sua entrega, para essa
comunicação.
• Fica mantida a previsão de multa de 150% sobre
o valor total do débito tributário indevidamente Adotada a opção pelo regime de competência, o
compensado, quando se comprove falsidade da direito de sua alteração para o regime de caixa, no
declaração apresentada. Essa multa passa a ser de decorrer do ano-calendário, é restrito aos casos em
225%, nos casos de não atendimento à intimação para que ocorra elevada oscilação da taxa de câmbio
prestação de esclarecimentos ou para apresentação de comunicada mediante a edição de Portaria do
documentos ou arquivos magnéticos. Ministro de Estado da Fazenda. Note-se que essa
alteração deverá ser informada à RFB por intermédio
da DCTF relativa ao mês subsequente ao da
publicação da Portaria Ministerial que comunicar a
oscilação da taxa de câmbio.
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Alteração do critério de reconhecimento de um ano- 1.19 Parcelamento de débitos federais (Lei nº
calendário para outro 11.941/2009 e MP nº 470/2009)
Caixa para Competência • Débitos a serem incluídos nos parcelamentos
especiais - Instrução Normativa RFB
Na hipótese de alteração do critério de reconhecimento nº 1.049/2010
das variações monetárias pelo regime de caixa para o
regime de competência, deverão ser computadas na base Em 1º de julho de 2010, a RFB publicou a Instrução
de cálculo do IRPJ, da CSLL, do PIS e da COFINS, em 31 de Normativa nº 1.049 para dispor sobre os débitos a serem
dezembro do período de encerramento do ano precedente incluídos nos parcelamentos especiais de que trata a
ao da opção, as variações monetárias dos direitos de Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 6/2009 e revogar a IN
crédito e das obrigações incorridas até essa data, inclusive RFB nº 968/2009, que anteriormente dispunha sobre o
as de períodos anteriores ainda não tributadas. assunto.
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• Reabertura do prazo para inclusão de débitos • Tratamento das adesões em casos de eventos de
no parcelamento - Portaria Conjunta PGFN/ incorporação, fusão ou cisão
RFB nº 13/2010
Será cancelado o requerimento de adesão à modalidade
Como se sabe, a Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 3/2010 de parcelamento ou de pagamento à vista com a utilização
dispôs que até 30.06.2010 os sujeitos passivos, que tiveram de créditos decorrentes de prejuízo fiscal ou de base de
deferido seu pedido de parcelamento previsto na Lei cálculo negativa da CSLL, de que tratam os arts. 1º a 3º Lei
nº 11.941/2009, deveriam se manifestar sobre a inclusão nº 11.941/2009, efetuado em nome de pessoa jurídica que
dos débitos nos respectivos parcelamentos. tenha sido extinta por operação de incorporação, fusão ou
cisão total, ocorrida em data anterior à adesão.
Em 5 de julho de 2010, a Procuradoria Geral da Fazenda
Nacional e a Receita Federal do Brasil publicaram a Os débitos da PJ com adesão cancelada poderão ser
Portaria Conjunta nº 13, que reabriu o prazo da Portaria consolidados pela pessoa jurídica sucessora, responsável
Conjunta PGFN/RFB nº 3/2010 até 30 de julho de 2010. pelos referidos débitos, caso a sucessora seja optante por
modalidade da Lei nº 11.941/2009, compatível com as
Na hipótese de o optante se manifestar pela não inclusão características dos débitos a serem consolidados.
da totalidade dos débitos nos parcelamentos, deverá
indicar, pormenorizadamente, os débitos a serem incluídos Na hipótese em que a pessoa jurídica tenha sido extinta
até 16 de agosto de 2010. em data posterior à adesão, os seus débitos serão
consolidados nas modalidades requeridas pela PJ extinta,
O optante que não cumprir com o disposto na Portaria independentemente da existência de requerimento de
em comento terá seu pedido de parcelamento adesão por modalidades da Lei nº 11.941/2009 pela
automaticamente cancelado. pessoa jurídica sucessora.
A Portaria também dispõe que são válidas as manifestações Caso a pessoa jurídica sucessora também seja optante
de que trata a Portaria Conjunta nº 3/2010 feitas até a sua por modalidade da Lei nº 11.941, de 2009, deverá ser
publicação. realizada a consolidação dos seus débitos separadamente
dos débitos da pessoa jurídica extinta. Não sendo optante,
• Parcelamento da Lei nº 11.941/2009 - Portaria a indicação dos débitos para consolidação abrangerá
Conjunta RFB/PGFN nº 15/2010 exclusivamente débitos de responsabilidade da pessoa
jurídica extinta.
Em 3 de setembro de 2010, foi publicada a Portaria
Conjunta nº 15, por intermédio da qual a Receita Federal O disposto aplica-se às modalidades de parcelamento
do Brasil e a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional ou de pagamento à vista com a utilização de créditos
dispõem sobre procedimentos a serem adotados pelos decorrentes de prejuízo fiscal ou de base de cálculo
sujeitos passivos optantes pelos parcelamentos ou negativa da CSLL.
pagamentos à vista de que tratam os artigos 1º a 3º da Lei
nº 11.941/2009. • Efeitos do Cancelamento de Requerimentos de
Adesão
Dentre suas principais disposições, destacam-se,
resumidamente: Os pagamentos efetuados pelos optantes que tiverem
cancelados os requerimentos de adesão poderão ser
• Reabertura do Prazo para Desistência de Ações restituídos ou aproveitados para amortização dos débitos
Judiciais e Administrativas consolidados nas modalidades requeridas pela pessoa
jurídica sucessora, observadas as demais disposições da
Foram reabertos, até 30 de setembro de 2010, os Portaria.
prazos para desistência de ações para os optantes pelos
parcelamentos ou pagamento à vista, atendidas as O sujeito passivo poderá requerer a regularização da
condições da portaria. situação de modalidade de parcelamento que tiver sido
cancelada, caso comprove a quitação integral dos débitos
passíveis de inclusão na respectiva modalidade, mediante
pagamento realizado até 16 de agosto de 2010.
100 PwC
2.2 Importação por conta e ordem - Reconhecimento dos
recebimentos ao ES - Decreto Estadual/SP nº 56.045/2010
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4
Outros
Assuntos
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5
Atos do Poder
Judiciário
Tribunal Federal e do Enfatizou-se que tal raciocínio seria próprio tanto no caso de insumo sujeito
à alíquota zero ou não tributado quanto no de insumo isento, tema não
Superior Tribunal de examinado nos precedentes citados. Contudo, julgou-se inexistir dado
Justiça. específico a conduzir ao tratamento diferenciado.
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No tocante à CSLL, ficaram vencidos os Ministros STF - Legitimidade do Ministério Público:
Gilmar Mendes, relator, Cármen Lúcia, Eros Grau, Ação Civil Pública e Anulação de TARE
Celso de Mello e Cezar Peluso (Presidente).
O Ministério Público tem legitimidade para propor ação
Quanto à CPMF, prevaleceu o voto do Min. Gilmar civil pública com o objetivo de anular o Termo de Acordo
Mendes, relator, no propósito de não enquadrá-la na de Regime Especial - TARE firmado entre o Distrito Federal
hipótese de imunidade em questão, visto que ela não e as empresas beneficiárias de redução fiscal.
se vincularia diretamente à operação de exportação,
mas a operações posteriormente realizadas, nos Com base nesse entendimento, o Tribunal, por maioria,
termos do art. 2º da Lei nº 9.311/96. proveu recurso extraordinário interposto contra acórdão
do STJ que afastou essa legitimidade - v. Informativos 510,
Observou que a exportação, tomada isoladamente, 545 e 563.
não constituiria fato gerador para a cobrança da
CPMF, conforme disposto na aludida lei. Acrescentou Na espécie, alegava o Ministério Público, na ação civil
que, se fosse o caso de haver imunidade, ela seria pública sob exame, que a Secretaria de Fazenda do Distrito
garantida ao exportador apenas na operação de Federal, ao deixar de observar os parâmetros fixados no
entrada do numerário no país, e, após esse primeiro próprio Decreto regulamentar, teria editado a Portaria
momento, haveria a incidência da CPMF, pois a 292/99, que estabeleceu percentuais de crédito fixos para
imunidade não marcaria o resultado da operação os produtos que enumera, tanto para as saídas internas
indeterminadamente. quanto para as interestaduais, reduzindo, com isso, o valor
que deveria ser recolhido a título de ICMS.
Assim, uma vez configurada a entrada no país da
receita provinda da exportação, igualar-se-iam esses Sustentava que, ao fim dos 12 meses de vigência
valores a qualquer outro existente no território do acordo, o Subsecretário da Receita do DF teria
nacional, a fim de submeter-se às regras pertinentes, descumprido o disposto no art. 36, § 1º, da Lei
inclusive à incidência da CPMF. Complementar federal 87/96 e nos artigos 37 e 38 da Lei
distrital 1.254/96, ao não proceder à apuração do imposto
Vencidos os Ministros Marco Aurélio e Menezes devido, com base na escrituração regular do contribuinte,
Direito. RE 474132/SC, rel. Min. Gilmar Mendes, computando eventuais diferenças positivas ou negativas
12.8.2010. RE 564413/SC, rel. Min. Marco Aurélio, para o efeito de pagamento.
12.8.2010. Tribunal Plenário do STF. Informativo
de Jurisprudência do STF nº 595 (9 a 13 de agosto Afirmava, por fim, que o TARE em questão causara
de 2010). prejuízo mensal ao DF que variava entre 2,5% a 4%,
nas saídas interestaduais, e entre 1% a 4,5%, nas saídas
STF - Art. 149, § 2º, I, da CF e CPMF internas, do ICMS devido.
Ao aplicar o entendimento antes firmado, o Tribunal, Entendeu-se que a ação civil pública ajuizada contra o
por maioria, desproveu recurso extraordinário no citado TARE não estaria limitada à proteção de interesse
qual se sustentava que a imunidade das receitas individual, mas abrangeria interesses metaindividuais,
decorrentes de exportação, prevista inciso I do § pois o referido acordo, ao beneficiar uma empresa privada
2º do art. 149 da CF, incluído pela EC 33/2001, e garantir-lhe o regime especial de apuração do ICMS,
abrangeria a CPMF - v. Informativo 532. Vencidos os poderia, em tese, implicar lesão ao patrimônio público,
Ministros Marco Aurélio e Cezar Peluso (Presidente), fato que, por si só, legitimaria a atuação do parquet, tendo
que lhe davam provimento. RE 566259/RS, rel. em conta, sobretudo, as condições nas quais foi celebrado
Min. Ricardo Lewandowski, 12.8.2010. Tribunal ou executado esse acordo (CF, art. 129, III).
Plenário do STF. Informativo de Jurisprudência do
STF nº 595 (9 a 13 de agosto de 2010). Reportou-se, em seguida, à orientação firmada pela Corte
em diversos precedentes no sentido da legitimidade
do Ministério Público para ajuizar ações civis públicas
em defesa de interesses metaindividuais, do erário e do
patrimônio público.
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STF - Contribuição Previdenciária e Vale-Transporte
O Tribunal, por maioria, proveu Após digressão sobre o tema, Vencidos os Ministros Joaquim
recurso extraordinário, afetado concluiu-se que, pago o benefício em Barbosa e Marco Aurélio que
ao Pleno pela 2ª Turma, no qual vale-transporte ou em moeda, isso desproviam o recurso ao fundamento
a instituição financeira discutia a não afetaria o caráter não salarial do de que o valor configuraria vantagem
constitucionalidade da cobrança de auxílio. Tendo isso em conta, reputou- remuneratória e, portanto, se
contribuição previdenciária sobre o se que a cobrança de contribuição enquadraria no gênero “ganhos
valor pago, em dinheiro, a título de previdenciária sobre o valor pago, em habituais do empregado”, integrando
vales-transporte aos seus empregados, pecúnia, a título de vales-transporte a remuneração (CF, art. 201, § 11).
por força de acordo trabalhista - v. pelo recorrente aos seus empregados,
Informativo 552. afrontaria a Constituição em sua O Min. Marco Aurélio afirmava
totalidade normativa. ainda não estar diante do vale-
Inicialmente, enfatizou-se que a transporte tal como definido pela lei,
questão constitucional envolvida Consignou-se ademais que a autarquia porquanto esse não poderia ser pago
ultrapassaria os interesses subjetivos previdenciária buscava fazer incidir em pecúnia.
da causa. Em seguida, salientou-se pretensão de natureza tributária sobre
que o art. 2º da Lei 7.418/85, a qual a concessão de benefício, parcela esta RE 478410/SP, rel. Min. Eros
instituiu o vale-transporte, estabelece que teria caráter indenizatório. Grau, 10.3.2010. Tribunal
que o benefício: Plenário do STF. Informativo de
Jurisprudência do STF nº 578 (8 a
i. Não tem natureza salarial, nem 12 de março de 2010).
incorpora a remuneração para
quaisquer efeitos.
110 PwC
Superior Tribunal de Justiça
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STJ - ISS - Locação de Serviços STJ - IR sobre indenização de dano moral
Cuida-se de mandado de segurança impetrado por O imposto de renda não incide sobre o valor recebido a
sociedade empresária, com objetivo de afastar a incidência título de dano moral visto inexistir qualquer acréscimo
de ISS sobre locação de bens móveis. O tribunal a quo patrimonial em seu percebimento. Essa verba tem
confirmou a sentença, pela denegação da ordem, ao natureza indenizatória, de reparação do sofrimento e da
fundamento de que não se trata de simples locação de dor causados pela lesão de direito e sentidos pela vítima
máquinas copiadoras, impressoras e outros equipamentos, ou seus parentes. Com a reiteração desse entendimento, a
pois o contrato firmado entre a sociedade empresária e Seção negou provimento ao especial sujeito ao regramento
o município também englobaria serviços de assistência contido no art. 543-C do CPC (recurso representativo
técnica para manutenção das máquinas. Assim, por causa de controvérsia). Na hipótese, a indenização adveio
da prestação desse serviço, entendeu aquele tribunal de reclamação trabalhista. Precedentes citados: REsp
tornar-se obrigatória a exação sobre o valor total da 686.920-MS, DJe 19/10/2009; AgRg no Ag 1.021.368-RS,
operação, adotando o critério da preponderância do DJe 25/6/2009; REsp 865.693-RS, DJe 4/2/2009; AgRg
serviço prestado. Para Min. Relatora, tal circunstância não no REsp 1.017.901-RS, DJe 12/11/2008; REsp 963.387-
justifica a incidência do ISS sobre a parcela referente à RS, DJe 5/3/2009; REsp 402.035-RN, DJ 17/5/2004, e
operação de locação “pura” de bem móvel, apenas permite REsp 410.347-SC, DJ 17/2/2003. REsp 1.152.764-CE,
a tributação sobre os serviços em questão, visto que não rel. Min. Luiz Fux, julgado em 23/6/2010. Primeira
se aplica mais o critério da preponderância do serviço Seção do STJ. Informativo de Jurisprudência do STJ nº
para definir a exação devida. Ademais, a partir do advento 444 (21 a 25 de junho de 2010).
da Súmula Vinculante n. 31-STF, é inconstitucional a
cobrança de ISS pelo Fisco sobre a totalidade do contrato STJ - ICMS-ST - Bonificação
de locação de bens móveis. Destacou que sempre há
dúvida nos casos em que não se individualiza o quantum Trata-se, no caso, da base de cálculo a ser considerada em
remuneratório para cada atividade, ou seja, não se regime de substituição tributária quando o contribuinte
delimita o valor da operação relativa à locação e à quantia substituto concede descontos incondicionais em sua
devida a título de serviços de manutenção. Mas o STF própria operação. A Turma, ao prosseguir o julgamento,
ainda não tem solução definitiva para as situações de por maioria, manteve seu entendimento de que, embora
conjugação de locação de bens móveis e serviços. Dessa as mercadorias dadas em forma de bônus não integrem
forma, assevera merecer reforma o acórdão recorrido, sob a base de cálculo do tributo, considera-se devido o
pena de ofensa direta ao referido enunciado vinculante, ICMS no regime de substituição tributária, já que não se
devendo a autoridade fiscal (o município) proceder pode presumir a perpetuação da bonificação na cadeia
à apuração do quantum devido apenas a título dos de circulação no sentido de beneficiar igualmente
serviços de assistência técnica prestados, por meio do o consumidor final. Na hipótese de bonificação -
procedimento administrativo próprio ou retificação do concessão de mais mercadorias pelo mesmo preço -, há
auto infracional, respeitando-se o prazo decadencial do favorecimento tão somente ao partícipe imediato da
débito tributário. Com essas considerações, a Turma deu cadeia de circulação (próximo contribuinte na cadeia), a
provimento ao recurso. REsp 1.194.999-RJ, Rel. Min. não ser que a bonificação seja estendida a toda a cadeia
Eliana Calmon, julgado em 26/8/2010. Segunda Turma até atingir o consumidor final, o que demandaria prova
do STJ. Informativo de Jurisprudência do STJ nº 444 da repercussão. O mesmo se pode dizer da existência
(21 a 25 de junho de 2010). do desconto incondicionado na operação por conta do
próprio substituto. Precedente citado: REsp 993.409-MG,
DJe 21/5/2008. REsp 1.167.564-MG, Rel. Min. Eliana
Calmon, julgado em 5/8/2010. Segunda Turma do STJ.
Informativo de Jurisprudência do STJ nº 441 (28 de
junho a 6 de agosto de 2010).
A Seção, ao julgar recurso submetido ao regime do art. Cuida-se de tributo sujeito a lançamento por
543-C do CPC e da Resolução n. 8/2008-STJ, reiterou homologação em que as contribuintes declararam e
que a responsabilidade tributária da empresa sucessora recolheram o valor que entenderam devido, realizando
abrange, além dos tributos devidos pela empresa o autolançamento e, posteriormente, apresentaram
sucedida, as multas moratórias ou punitivas que, por declaração retificadora com o intuito de complementar
representarem dívida de valor, acompanham o passivo do o valor do tributo, acrescido de juros legais, antes de
patrimônio adquirido pela empresa sucessora desde que qualquer procedimento da administração tributária. Na
seu fato gerador tenha ocorrido até a data da sucessão. espécie, ficou caracterizada a incidência do benefício
Assim, quanto à multa aplicada à empresa incorporada da denúncia espontânea; pois, se as contribuintes não
sucedida, procede a cobrança; pois, segundo dispõe o efetuassem a retificação, o Fisco não poderia promover
art. 113, § 3º, do CTN, o descumprimento de obrigação a execução sem antes proceder à constituição do crédito
acessória faz surgir imediatamente nova obrigação tributário atinente à parte não declarada, razão pela
consistente no pagamento da multa tributária. Isso qual é aplicável o benefício previsto no art. 138 do CTN
porque a responsabilidade da sucessora abrange, nos com a devida exclusão da multa moratória imposta.
termos do art. 129 do CTN, os créditos definitivamente Com relação à prescrição da ação de repetição de
constituídos, em curso de constituição ou constituídos indébito tributário de tributo sujeito a lançamento por
posteriormente aos mesmos atos, desde que relativos a homologação, a jurisprudência deste Superior Tribunal
obrigações tributárias surgidas até a referida data, que é adotou o entendimento de que, quando não houver
o caso dos autos. Por outro lado, como ficou consignada, homologação expressa, o prazo para a repetição do
nas instâncias ordinárias, a ausência de comprovação indébito é de 10 (dez) anos a contar do fato gerador
da incondicionalidade dos descontos concedidos (REsp 1.002.932-SP, DJe 25/11/2009, julgado como
pela empresa recorrente, a questão não pode ser repetitivo). Na hipótese dos autos, a ação foi ajuizada
conhecida. Precedentes citados: REsp 1.111.156-SP, DJe em 18/3/2001, referindo-se a fatos geradores ocorridos
22/10/2009; REsp 1.085.071-SP, DJe 8/6/2009; REsp a partir de 1995, razão pela qual não há que se falar em
959.389-RS, DJe 21/5/2009; AgRg no REsp 1056302- prescrição. Diante do exposto, a Turma deu provimento
SC, DJe 13/5/2009; REsp 544.265-CE, DJ 21/2/2005; ao recurso. Precedentes citados: AgRg no AgRg no
REsp 745.007-SP, DJ 27/6/2005, e REsp 3.097-RS, REsp 1.090.226-RS, DJe 2/12/2009; MC 15.678-SP,
DJ 19/11/1990. REsp 923.012-MG, rel. Min. Luiz DJe 16/10/2009, e AgRg no REsp 1.039.699-SP, DJe
Fux, julgado em 9/6/2010. Primeira Seção do STJ. 19/2/2009. REsp 889.271-RJ, rel. Min. Teori Albino
Informativo de Jurisprudência do STJ nº 438 (7 a 11 Zavascki, julgado em 1/6/2010. Primeira Turma do
de junho de 2010). STJ. Informativo de Jurisprudência do STJ nº 437 (31
de maio a 4 de junho de 2010).
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STJ - Recurso Repetitivo - Prescrição - STJ - IR - Alienação de Ações Societárias
Lançamento por Homologação
Discute-se o reconhecimento do direito adquirido à
O prazo prescricional quinquenal para o Fisco exercer isenção de imposto de renda (IR) sobre o lucro auferido
a pretensão da cobrança judicial do crédito tributário na alienação de ações societárias, nos termos do DL
conta-se da data estipulada como vencimento da obrigação n. 1.510/1976, revogado pela Lei n. 7.713/1988. O
tributária declarada, nos casos de tributos sujeitos a contribuinte recorrente alega que, entre a aquisição
lançamento por homologação, em que o contribuinte das ações (dezembro de 1983) e o início da vigência da
cumpriu o dever instrumental de declarar a exação citada lei (janeiro de 1989), houve o transcurso dos cinco
mediante Declaração de Débitos e Créditos Tributários anos estabelecidos no referido DL como condição para
Federais (DCTF) ou Guia de Informação de Apuração do obter a isenção do imposto, não havendo revogação do
ICMS (GIA), entre outros, mas não adimpliu a obrigação benefício, mesmo que a venda das ações tenha ocorrido
principal de pagamento antecipado, nem sobreveio depois da revogação da regra de isenção. Diante disso, a
qualquer causa interruptiva da prescrição ou impeditiva Min. Relatora, ao enumerar precedentes deste Superior
da exigibilidade do crédito. A hipótese cuida de créditos Tribunal quanto ao direito adquirido, reconheceu a
tributários de IRPJ do ano-base de 1996 calculados pleiteada isenção. Sucede que o Min. Herman Benjamin,
sobre o lucro presumido. O contribuinte declarou seus em voto vista, divergiu ao consignar que o art. 178 do CTN
rendimentos em 30/4/1997, mas não pagou mensalmente apenas atribui caráter irrevogável àquelas isenções que
o tributo no ano anterior (Lei n. 8.541/1992 e Dec. n. observarem, concomitantemente, os requisitos do prazo
1.041/1994). Assim, no caso, há a peculiaridade de que certo e onerosidade. Assim, na hipótese, como o benefício
a declaração entregue em 1997 diz respeito a tributos fiscal foi deferido por prazo indeterminado, entendeu que
não pagos no ano anterior, não havendo a obrigação de seria lícita sua revogação por aquela lei. Por sua vez, o
previamente declará-los a cada mês de recolhimento. Min. Castro Meira, em seu voto vista, apesar de reconhecer
Consequentemente, o prazo prescricional para o Fisco ponderáveis as razões do voto divergente, acompanhou
cobrá-los judicialmente iniciou-se na data de apresentação a Min. Relatora, ressaltando a peculiaridade de que a
da declaração de rendimentos, daí não haver prescrição, própria Fazenda Nacional, mediante pronunciamentos
visto que foi ajuizada a ação executiva fiscal em 5/3/2002, de seu Conselho Superior de Recursos Fiscais, tem
ainda que o despacho inicial e a citação do devedor sejam reconhecido o direito adquirido dos contribuintes em casos
de junho de 2002. É incoerente interpretar que o prazo semelhantes ao julgado; dessarte, negar a isenção seria
prescricional flui da constituição definitiva do crédito afrontar a segurança jurídica e o princípio da isonomia.
tributário até o despacho ordenador da citação do devedor Assim, a Turma, ao prosseguir o julgamento, por maioria,
ou de sua citação válida (antiga redação do art. 174, deu provimento ao recurso especial do contribuinte.
parágrafo único, I, do CTN). Segundo o art. 219, § 1º, do Precedentes citados: REsp 656.222-RS, DJ 21/11/2005,
CPC, a interrupção da prescrição pela citação retroage à e REsp 723.508-RS, DJ 30/5/2005. REsp 1.126.773-
propositura da ação, o que, após as alterações promovidas RS, Rel. Min. Eliana Calmon, julgado em 4/5/2010.
pela LC 118/2005, justifica, no Direito Tributário, Segunda Turma do STJ. Informativo de Jurisprudência
interpretar que o marco interruptivo da prolação do do STJ nº 433 (3 a 7 de maio de 2010).
despacho que ordena a citação do executado retroage à
data do ajuizamento da ação executiva, que deve respeitar
o prazo prescricional. Dessa forma, a propositura da ação
é o dies ad quem do prazo prescricional e o termo inicial
de sua recontagem (sujeita às causas interruptivas do art.
174, parágrafo único, do CTN). Esse entendimento foi
acolhido pela Seção no julgamento de recurso repetitivo
(art. 543-C do CPC). Precedentes citados: EREsp 658.138-
PR, DJe 9/11/2009; REsp 850.423-SP, DJ 7/2/2008; AgRg
no EREsp 638.069-SC, DJ 13/6/2005, e REsp 962.379-
RS, DJe 28/10/2008. REsp 1.120.295-SP, rel. Min. Luiz
Fux, julgado em 12/5/2010. Primeira Seção do STJ.
Informativo de Jurisprudência do STJ nº 434 (10 a 14
de maio de 2010).
116 PwC
STJ - Súmulas
• Súmula nº 457 • Súmula nº 430
Os descontos incondicionais nas operações mercantis O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade
não se incluem na base de cálculo do ICMS. Rel. Min. não gera por si só a responsabilidade solidária do sócio-
Eliana Calmon, em 25/8/2010. Primeira Seção do STJ. gerente. Rel. Min. Luiz Fux, em 24/3/2010. Primeira
Informativo de Jurisprudência do STJ nº 444 (23 a 27 Seção do STJ. Informativo de Jurisprudência do STJ
de agosto de 2010). nº 428 (22 de março a 2 de abril de 2010).
É legítima a penhora da sede do estabelecimento É legítima a incidência de ISS sobre os serviços bancários
comercial. Rel. Min. Luiz Fux, em 2/6/2010. Corte congêneres da lista anexa ao DL n. 406/1968 e à LC n.
Especial do STJ. Informativo de Jurisprudência do STJ 56/1987. Rel. Min. Eliana Calmon, em 10/3/2010.
nº 437 (31 de maio a 4 de junho de 2010). Primeira Seção do STJ. Informativo de Jurisprudência
do STJ nº 426 (8 a 12 de março de 2010).
118 PwC
Cotação do último Dólar norte-americano comercial Euro Libra esterlina Iene
dia do mês Compra Venda Venda Venda Venda
2008
Janeiro 1,7595 1,7603 2,61510 3,50115 0,016545
Fevereiro 1,6825 1,6833 2,55685 3,34623 0,016190
Março 1,7483 1,7491 2,76060 3,46864 0,017547
Abril 1,6864 1,6872 2,63527 3,35567 0,016247
Maio 1,6286 1,6294 2,53502 3,22719 0,015458
Junho 1,5911 1,5919 2,50629 3,17059 0,014991
Julho 1,5658 1,5666 2,44388 3,10594 0,014522
Agosto 1,6336 1,6344 2,39848 2,97918 0,015022
Setembro 1,9135 1,9143 2,69309 3,40219 0,017985
Outubro 2,1145 2,1153 2,69197 3,41008 0,021453
Novembro 2,3323 2,3310 2,96234 3,58714 0,024407
Dezembro 2,3362 2,3370 3,23815 3,41506 0,025800
2009
Janeiro 2,3154 2,3162 2,96911 3,34899 0,025779
Fevereiro 2,3776 2,3784 3,02116 3,41015 0,024341
Março 2,3289 2,3297 3,07404 3,32124 0,024001
Abril 2,1775 2,1783 2,88254 3,22258 0,022086
Maio 1,9722 1,9730 2,78935 3,18509 0,020734
Junho 1,9508 1,9516 2,73985 3,21294 0,020265
Julho 1,8718 1,8726 2,67145 3,12977 0,019783
Agosto 1,8856 1,8864 2,70100 3,06751 0,020285
Setembro 1,7773 1,7781 2,60108 2,84217 0,019811
Outubro 1,7432 1,7440 2,57031 2,86663 0,019372
Novembro 1,7497 1,7505 2,62621 2,87409 0,020296
Dezembro 1,7404 1,7412 2,50733 2,82405 0,018809
2010
Janeiro 1,8740 1,8748 2,60297 3,00045 0,020746
Fevereiro 1,8102 1,8110 2,46694 2,76467 0,020376
Março 1,7802 1,7810 2,40760 2,70430 0,019060
Abril 1,7298 1,7306 2,3039 2,6454 0,01843
Maio 1,8159 1,8167 2,2365 2,6426 0,01995
Junho 1,8007 1,8015 2,2043 2,6929 0,02038
Julho 1,7564 1,7572 2,2942 2,7586 0,02033
Agosto 1,7552 1,756 2,2261 2,6951 0,02092
Setembro 1,6934 1,6942 2,3104 2,6619 0,02030
Outubro 1,7006 1,7014 2,3666 2,7273 0,02113
Novembro
Dezembro
2007
Janeiro 290,608 0,69 2,09 344,850 0,43 3,49
Fevereiro 291,589 0,34 2,42 345,652 0,23 3,79
Março 292,991 0,48 2,69 346,407 0,22 4,49
Abril 293,899 0,31 2,67 346,878 0,14 4,61
Maio 294,633 0,25 3,12 347,421 0,16 4,38
Junho 295,874 0,42 2,98 348,328 0,26 3,96
Julho 296,694 0,28 4,20 349,628 0,37 4,17
Agosto 297,945 0,42 4,47 354,495 1,39 5,19
Setembro 298,616 0,23 4,50 358,633 1,17 6,16
Outubro 299,005 0,13 4,50 361,308 0,75 6,10
Novembro 299,801 0,27 4,53 365,100 1,05 6,60
Dezembro 301,909 0,70 4,60 370,485 1,47 7,89
2008
Janeiro 304,850 0,97 4,90 374,139 0,99 8,49
Fevereiro 304,862 0,00 4,55 375,558 0,38 8,65
Março 306,220 0,45 4,52 378,194 0,70 9,18
Abril 308,433 0,72 4,95 382,414 1,12 10,24
Maio 311,115 0,87 5,59 389,585 1,88 12,14
Junho 313,512 0,77 5,96 396,954 1,89 13,96
Julho 315,173 0,53 6,23 401,406 1,12 14,81
Agosto 315,619 0,14 5,93 399,870 (0,38) 12,80
Setembro 315,327 (0,09) 5,60 401,327 0,36 11,90
Outubro 316,805 0,47 5,95 405,707 1,09 12,29
Novembro 318,588 0,56 5,52 405,185 0,07 11,20
Dezembro 320,244 0,52 6,07 404,185 (0,44) 9,110
120 PwC
Índice Geral de Variação acumulada - % Índice Nacional de Variação acumulada - %
Preços Mercado Preços ao
(IGP-M) Consumidor (INPC)
No mês 12 meses No mês 12 meses
2009
Janeiro 322,906 0,83 5,92 404,244 0,01 8,05
Fevereiro 323,596 0,21 6,15 403,737 (0,13) 7,50
Março 325,563 0,61 6,32 400,353 (0,84) 5,86
Abril 327,099 0,47 6,05 400,530 0,04 4,73
Maio 328,387 0,39 5,55 401,232 0,18 2,99
Junho 328,768 0,12 4,87 399,966 (0,32) 0,76
Julho 329,892 0,34 4,67 397,393 (0,64) (1,01)
Agosto 330,555 0,20 4,73 397,758 0,09 (0,54)
Setembro 331,166 0,18 5,02 398,738 0,25 (0,65)
Outubro 331,214 0,01 4,55 398,575 (0,04) (1,76)
Novembro 332,076 0,26 4,23 398,857 0,07 (1,76)
Dezembro 332,884 0,24 3,95 398,407 (0,11) (1,43)
2010
Janeiro 337,188 1,29 4,42 402,425 1,01 (0,45)
Fevereiro 319,288 0,74 5,04 406,826 1,09 0,77
Março 342,390 0,86 5,17 409,399 0,63 2,26
Abril 345,002 0,76 5,47 412,341 0,72 2,95
Maio 345,730 0,21 5,28 418,811 1,57 4,38
Junho 344,987 (0,22) 4,93 420,241 0,34 5,07
Julho 344,273 (0,21) 4,36 421,154 0,22 5,98
Agosto 343,992 (0,08) 4,06 425,788 1,10 7,05
Setembro 345,590 0,46 4,36 430,453 1,10 7,95
Outubro 347,629 0,59 4,96 434,882 1,03 9,11
Novembro
Dezembro
122 PwC
Índice Geral de Variação acumulada - % Índice Nacional de Variação acumulada - %
Preços Mercado Preços ao
(IGP-M) Consumidor (INPC)
No mês 12 meses No mês 12 meses
2008
Janeiro 0,93 11,68 0,92 11,64
Fevereiro 0,80 11,60 0,80 11,56
Março 0,84 11,37 0,84 11,33
Abril 0,90 11,33 0,90 11,28
Maio 0,88 11,16 0,87 11,12
Junho 0,96 11,22 0,95 11,17
Julho 1,07 11,33 1,06 11,27
Agosto 1,02 11,36 1,01 11,30
Setembro 1,10 11,69 1,10 11,63
Outubro 1,18 11,97 1,17 11,90
Novembro 1,02 12,17 1,10 12,19
Dezembro 1,12 12,48 1,11 12,49
124 PwC
Período Taxa SELIC - Variação Taxa CDI - Variação
percentual ao mês acumulada - percentual ao acumulada -
percentual mês percentual
12 meses 12 meses
2009
Janeiro 1,05 12,61 1,04 12,63
Fevereiro 0,86 12,68 0,85 12,68
Março 0,97 12,83 0,97 12,83
Abril 0,84 12,76 0,84 12,76
Maio 0,77 12,64 0,77 12,65
Junho 0,76 12,41 0,75 12,42
Julho 0,79 12,10 0,78 12,11
Agosto 0,69 11,74 0,69 11,76
Setembro 0,69 11,28 0,69 11,31
Outubro 0,69 10,74 0,69 10,78
Novembro 0,66 10,35 0,66 10,29
Dezembro 0,73 9,92 0,72 9,87
2010
Janeiro 0,66 9,50 0,66 9,46
Fevereiro 0,59 9,21 0,59 9,17
Março 0,76 8,98 0,76 8,95
Abril 0,67 8,80 0,66 8,75
Maio 0,75 8,77 0,75 8,73
Junho 0,79 8,81 0,79 8,77
Julho 0,86 8,88 0,86 8,86
Agosto 0,89 9,10 0,89 9,08
Setembro 0,85 9,27 0,84 9,24
Outubro 0,81 9,40 0,81 9,37
Novembro
Dezembro
Com a finalidade de aprimorar o conteúdo desta publicação para as próximas edições, gostaríamos
de saber qual sua opinião sobre o “Guia 2010/2011 de Demonstrações Financeiras e Sinopse
Legislativa”. Para tanto, solicitamos sua gentileza em responder o questionário abaixo e nos enviar
pelos Correios por meio desta Carta-Resposta.
Contexto macroeconômico
Contexto normativo
Contexto tributário
Sinopse Normativa Nacional
Sinopse Normativa Internacional
Sinopse Normativa Legislativa
Evolução das taxas de câmbio
Evolução dos índices de inflação
Evolução das taxas de juros
Suplemento ao Guia - Checklist de divulgação IFRS/CPC - 2010
2. O conteúdo da(s) seção(ões) de seu interesse é suficiente e adequado para atender suas
necessidades?
Sim Não
Serrilha
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
Sim Não
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
6. Qual(is) o(s) tema(s) que você gostaria de ver publicado(s) nas próximas edições?
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
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O Guia 2010/2011: Demonstrações Financeiras e Sinopse Legislativa é uma publicação anual editada pelos
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